Revista Embalagemmarca 033 - Maio 2002

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Ano IV • Nº 33 • Maio 2002 • R$ 6,00

Depois de fechar embalagens, sua tarefa é incrementar vendas

www.embalagemmarca.com.br

COBERTURA ESPECIAL DA INTERPACK 2002: UMA VISÃO BRASILEIRA

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Para não comprar gato por lebre

N

Com o aval de um órgão independente o cálculo do Custo por Mil torna-se mais confiável

esta edição, entre vários temas interessantes, destaco a cobertura da feira Interpack 2002, realizada na Alemanha. É de responsabilidade do enviado especial Guilherme Kamio, “um jornalista que vale por três”, como dizemos na redação. Como visa atender às necessidades de informação dos profissionais da cadeia de embalagem no Brasil, a reportagem procura interpretar o evento segundo a óptica brasileira. Não se limita a reproduzir comunicados nem extravasa para a bajulação de setores ou empresas, já que EMBALAGEMMARCA não tem participação nem compromissos secretos com nenhum deles, nem vende espaço editorial. Gostaria de chamar a atenção para outras matérias jornalísticas que enriquecem a edição, a começar pela reportagem de capa, de autoria de Leandro Haberli, que igualmente “vale por três”. Mas certas práticas que chegam a nosso conhecimento nos

obrigam a aborrecer os leitores com considerações sobre credibilidade, que num mundo ideal deveria ser compromisso de todas as pessoas, empresas e produtos. Porém, para forjar-se esse estado virtuoso está implícito que não se minta. Infelizmente, a boa índole e os princípios éticos não prevalecem em todas as iniciativas, sejam pessoais, políticas ou comerciais. É por isso que, em defesa da honestidade e do esforço daqueles determinados a agir eticamente, surgem organismos destinados a atestar a verdade de suas afirmações. A ação dessas entidades é de vital importância para quem anuncia, pois atestam se a tiragem declarada pelos editores é real. Como funcionam? Seu trabalho consiste, resumidamente, em conferir na gráfica as quantidades de exemplares impressos, acompanhar a postagem e auditar periodicamente o cadastro. No final elaboram relatórios, que são enviados a agências de pro-

paganda e anunciantes filiados. Senão, como provar o que diz um editor que não apresenta provas do que diz? Afinal, o papel aceita tudo. Ter a tiragem avalizada por auditorias rigorosas e respeitadas é muito importante para a credibilidade do veículo e também para o investimento do anunciante. Com aval independente, o cálculo do famoso CPM, ou Custo por Mil, que define a relação custo/benefício entre o valor pago pelo anúncio e o número de impactos que causa, torna-se confiável. Quando a isso se alia a credibilidade do veículo, por não confundir a parte editorial com a comercial nem divulgar números falsos sobre sua circulação, adiciona-se credibilidade aos anúncios nela contidos. Em outras palavras, agrega-se valor a eles. Ou seja: ninguém está comprando gato por lebre. Até junho.

Wilson Palhares

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maio 2002

Diretor de Redação Wilson Palhares [email protected]

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ENTREVISTA: MÁRIO CÉSAR DE CAMARGO O presidente da Abigraf defende uima postura mais ativa por parte do setor para crescer e alerta para a ameaça da Alca

Reportagem [email protected]

Flávio Palhares [email protected]

Guilherme Kamio [email protected] Leandro Haberli [email protected]

Thays Freitas [email protected]

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PAPEL CARTÃO Uma alternativa criativa às caixas plásticas de DVD

Colaboradores Josué Machado e Luiz Antonio Maciel

ESPECIAL O enviado especial da revista a uma das maiores feiras de embalagem do mundo, a alemã Interpack, dá uma visão do que viu de mais interessante

Diretor de Arte Carlos Gustavo Curado Administração Marcos Palhares (Diretor de Marketing) Eunice Fruet (Diretora Financeira) Departamento Comercial [email protected]

Wagner Ferreira Circulação e Assinaturas Claudia Regina Salomão [email protected] Assinatura anual (11 exemplares): R$ 60,00

Público-Alvo

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EMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais que ocupam cargos técnicos, de direção, gerência e supervisão em empresas fornecedoras, convertedoras e usuárias de embalagens para alimentos, bebidas, cosméticos, medicamentos, materiais de limpeza e home service, bem como prestadores de serviços relacionados com a cadeia de embalagem.

CAPA: TAMPAS Muito mais do que cumprirem as funções básicas de vedar e proteger o produto, elas se fortalecem como ferramentas para ampliar vendas

Tiragem desta edição 8 000 exemplares Filiada ao

3 Editorial

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Considerações sobre a relação custo/benefício dos anúncios

Movimentação na indústria de embalagens e seus lançamentos

6 Cartas

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A opinião, a sugestão e os comentários dos leitores

Movimentação na indústria de embalagens e seus lançamentos

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Painel Gráfico

Panorama

Impressa pela Grande ABC

Display

Prêmio

Algumas novidades nas áreas de impressão e pré-impressão

Os ganhadores brasileiros do WorldStars for Packaging

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Rótulos

Ações antitabagistas abrem oportunidades para o setor

Impressa em papel couché Image Mate 115 g/m2 (miolo) e papel cartão Royal 250 g/m2 (capa) da Ripasa S. A. Celulose e Papel

Almanaque

A parte pouco vista do mundo das embalagens e das marcas

FOTO DE CAPA: STUDIO AG – ANDRÉ GODOY

33sumario

EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da Bloco de Comunicação Ltda. Rua Arcílio Martins, 53 – Chácara Santo Antonio - CEP 04718-040 - São Paulo, SP Tel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463

www.embalagemmarca.com.br O conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA é resguardado por direitos autorais. Não é permitida a reprodução de matérias editoriais publicadas nesta revista sem autorização da Bloco de Comunicação Ltda. Opiniões expressas em matérias assinadas não refletem necessariamente a opinião da revista.

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palestras só confirmam o conhecimento comercial e a visão técnica dos responsáveis pela revista. Em nome do E-Packing Group, declaro que EMBALAGEMMARCA será a mídia principal para qualquer lançamento futuro de nossos produtos. Marco Antonio Dias de Oliveira Diretor Comercial E-Packing Group São Paulo, SP

N

a reportagem “Lucro Divertido” (EMBALAGEMMARCA nº 31, março 2002), foi publicada a foto de uma lata oval do produto Mini Gran-Páscoa, da Bauducco, com decoração inspirada no seriado infantil Meninas Super-Poderosas. O texto informa erroneamente que o fabricante de tal lata é a Tapon Corona. Na verdade, quem fornece essas embalagens à Bauducco é a Metalgráfica Itaquá. Jorge Mendes Cara Gerente Comercial Metalgráfica Itaquá Itaquaquecetuba, SP N.R.: A informação partiu da assessoria de imprensa da Bauducco.

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obre a foto de capa da edição de março, acho bárbara a interatividade sugerida entre moda e acessórios de embalagem, como etiquetas auto-adesivas e lacres termoencolhíveis. Foi sem dúvida uma grande sacada! Só gostaria de dizer que “básico”, na linguagem de moda, não significa apenas mesmice. Aliás, acho que vocês poderiam consultar um personal stilyst para cuidar do visual desses “models packages”. Santo Bedendo Personal Stylist São Paulo, SP

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uero agradecer o comparecimento da equipe de EMBALAGEMMARCA ao 1º Evento de Ações Promocionais, que se realizou no dia 8 de maio, em São Paulo. A eficiente cobertura jornalística e os comentários sinceros sobre o conteúdo das

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uero parabenizar toda equipe desta conceituada revista, pela excelente qualidade editorial e pelas informações sempre atuais sobre o mercado de embalagem. EMBALAGEMMARCA tem sido meu instrumento principal de consulta. Luiz Fernando Pereira Diretor Fispal Tecnologia São Paulo, SP

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ico surpresa a cada nova edição de EMBALAGEMMARCA. A qualidade da revista me seduz e não consigo deixar de ler todas suas reportagens. A cada mês, a revista fica mais bonita e mais bem escrita. É algo realmente difícil de acontecer nesse ramo de publicações segmentadas. Como designer gráfica, sei o quanto é difícil criar e manter um padrão gráfico para uma publicação. Faço votos para que vocês mantenham o excelente trabalho. Ariane Bacellar Designer Gráfica São Bernardo do Campo, SP MENSAGENS

PARA

EMBALAGEMMARCA

Redação: Rua Arcílio Martins, 53 CEP 04718-040 • São Paulo, SP Tel (11) 5181-6533 Fax (11) 5182-9463 [email protected] As mensagens recebidas por carta, email ou fax poderão ter trechos não essenciais eliminados, em função do espaço disponível, de modo a dar maior número possível de oportunidades aos leitores. As mensagens poderão também ser inseridas no site da revista (www.embalagemmarca.com.br).

CORREÇÕES Endereço e auto-adesivos da Prodesmaq Na edição nº 31 (abril/2002), saiu informado erroneamente, na reportagem “Com que roupa eu vou?”, que a cidade em que está situada a Prodesmaq, uma das maiores convertedoras de rótulos autoadesivos do Brasil, seria Valinhos, no Estado de São Paulo. O correto é Vinhedo, também em São Paulo. Na edição seguinte, outro equívoco e uma omissão: na reportagem “Para as gôndolas brilharem”, na página 18 a legenda da foto da linha Pratice, da Bombril, troca a marca por Prátika e deixa de informar que os rótulos auto-adesivos são da mesma Prodesmaq.

O papel cartão certo O crédito correto do papel cartão em que foi impressa a capa da edição nº 32 da revista é Royal 250g/m2, da Ripasa Papel e Celulose, não papel couché Image Art 145g/m2, como foi informado no Expediente da revista.

riverwood/sonoco

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Anote na agenda: em junho, edição de aniversário de EMBALAGEMMARCA

Anuncie

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entrevista

“Vamos entregar o ouro” omo ocorreu com o conjunto da economia mundial e, especialmente, da brasileira, em 2001 a indústria gráfica foi duramente atingida pela crise energética, pelo desastre argentino, pelos atentados nos Estados Unidos e por tantos outros problemas já repisados. No fechamento do exercício o setor registrava queda de 20% em relação ao ano anterior. “Esse resultado só não é mais grave porque sua base de comparação é o ano de 2000, quando foi registrado um crescimento de 27%, o maior do Plano Real”, pondera Mário César de Camargo, presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf). Empossado no cargo no final de 2001 para um mandato que vai até 2004, esse administrador de empresas e bacharel em Direito, que é também diretor-presidente e sócio de duas indústrias gráficas (Bandeirantes e W. Roth), sente-se à vontade para falar do setor em que atua. Ele dedicou muito mais da metade de seus 44 anos de idade a atividades na área, incluindo dois mandatos como presidente da Abigraf Regional do Estado de São Paulo e da ABTG – Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica. Camargo considera “ridículo” o índice de 1,1% de participação do setor gráfico no Produto Interno Bruto brasileiro (2,7% no PIB industrial), principalmente se comparado com países de economia forte, como a Alemanha, que detém 3,7% de um PIB muito maior que o do Brasil, “e sem falar nos Estados Unidos, onde o setor entra com 1,8% num PIB de 10 trilhões de dólares, contra 5,3 do PIB brasileiro”. Apesar do desaquecimento, o setor continuou investindo em tecnologia e equipamentos (10,8% sobre um faturamento de 30,9 bilhões de dólares, ou seja, US$ 3,34 bilhões). No entanto, o mercado, renitentemente morno, não parece justificar a expectativa otimista representada por aqueles números. Como a maior parte desse investimento representa dívidas em dóla-

DIVULGAÇÃO

C MÁRIO CÉSAR DE CAMARGO, presidente da Abrigraf (Associação Brasileira das Indústrias Gráficas), propõe uma postura mais ativa do setor para superar o desaquecimento e para evitar uma possível quebradeira ante o endividamento em dólares. E alerta para a atitude de “rendição, não de negociação”, em relação à Alca 8 – EMBALAGEMMARCA • mai 2002

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res, o presidente da Abigraf não descarta o risco de quebradeira. Entretanto, acredita que uma das saídas é a mudança de determinadas atitudes e a adoção de uma postura mercadológica mais ativa pelo setor, bem como o empenho para exportar produtos gráficos com maior valor agregado. Nesse aspecto, o segmento de embalagens pode ter papel importante. E há um aspecto para o qual Mário César de Camargo faz um alerta: a proximidade de implantação da Alca, a Área de Livre Comércio das Américas. Na opinião dele, “vamos entregar o ouro ao bandido”. Ao tomar posse no final do ano passado, o senhor disse que em 2002 a indústria gráfica teria um novo desafio: buscar saídas para o crescimento, que havia caído em relação ao ano anterior. Esse desafio está sendo vencido? Eu diria que não. À exceção de poucos setores da indústria gráfica, especificamente o setor promocional, o resto está estagnado. Não vejo possibilidades de crescimento neste ano. Pelo contrário. Alguns segmentos estão com níveis inferiores a 2001, como o de livros, que está com uma demanda menor, em função da queda do programa do livro educativo do governo.

O setor de embalagens já foi o de maior participação percentual. No ano passado, o faturamento foi 5,27 bilhões de dólares, uma queda em relação a 2000. Hoje o setor é o segundo, com 22% de participação no bolo total da indústria gráfica. O setor que comanda é o editorial, com 24%. Em terceiro vem o setor de formulários contínuos, com 18%, e em quarto o promocional, com 15%.

Em termos de embalagens, quando se fala em indústria gráfica, tem-se a impressão de que a Abigraf engloba apenas indústrias dedicadas aos sistemas de impressão em offset e rotogravura. Flexografia ficaria de fora. Essa Ao cliente impressão é correta? não interessa saber Estranhamente, é. A nossa definição de gráfica, por história, acabou se o processo de se concentrando em processo, não impressão é roto, em mercado. Eu, particularmente, offset ou flexo. acho isso muito estranho, porque na federação japonesa, por exemplo, Ele quer o produto “print” é “print”, qualquer que seja com o preço, o o suporte. No Brasil a gráfica acaprazo e a qualidade bou se caracterizando como uma impressora do suporte papel, porcontratados. A divisão feita por nós tanto basicamente orientada por processo de offset ou rotogravura.

é um vício de origem que vamos ter de corrigir

Como está o setor de embalagens? Pelos indicadores que temos na Abigraf, permanece estável. Na área de papel cartão, o consumo também tem se mantido estabilizado. Infelizmente, também não vejo perspectiva de crescimento. Nós imaginávamos que o setor neste ano pudesse crescer entre 5% e 10%. Há um quadro de estabilidade de consumo em relação ao ano passado. Na realidade há queda de preço. O excesso de oferta tem feito com que o preço médio caia. O setor gráfico faturou cerca de 6 bilhões de dólares/ano na média dos últimos anos. Qual a participação da área de embalagens nesse bolo? Melhor: como se divide o bolo?

Feiras como a Drupa, na Alemanha, e a Fiepag, no Brasil, englobam todos os processos. Não seriam bons exemplos? As feiras são globais. Elas já captaram uma tendência que vai se consolidar. Ao cliente não interessa saber se o processo é roto, offset ou flexo. Ele quer o produto com o preço, o prazo e a qualidade contratados. Esse é um vício de origem nosso que vamos ter de corrigir ao longo do tempo. Eu tenho tentado manter contato com várias entidades que são paralelas, convergentes com nossos interesses. Uma delas é a Abre (Associação Brasileira de Embalagem). Quero desenvolver com o Fábio Mestriner, novo presidente da entidade, um programa conjunto para acabar com essa divisão associativa. Outra entidade com que vamos tentar relacionamento é a Abflexo (Associação Bramai 2002 • EMBALAGEMMARCA – 9

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sileira de Flexografia), até porque muitas empresas do setor gráfico têm os dois processos, offset e flexografia.

dade do produto? Com isso, o papel cartão, com impressão offset, tem retomado espaços que estavam sendo ocupados por outros processos.

Também existe uma divisão muito grande em embalagens flexíveis, representadas O papel cartão é impresso fundamentalpor três ou quatro associações. Isso é admente em offset. O material não comporministrável? Não reflete basicamente inta flexografia? teresses de grupos ou de empresas? Pelos nossos associados, é offset ou rotoTalvez isso reflita mais uma distorção na gravura, quando as quantidades são muiformação dessas entidades. Define-se a to grandes. A flexografia ainda não é um entidade como aquela de empresas que processo disseminado no Brasil para imconcorrem utilizando o mesmo processo. pressão sobre papel cartão, mas pode vir No futuro vamos ter de desenvolver a ser. Com a qualidade crescente do proações conjuntas. Como já disse, ao cliencesso, pode se tornar uma alternativa. te não interessa saber qual o processo. E, perante o governo, nossa A indústria gráfica brasileira é posição partida, segmentada, pulcompetitiva internacionalmente em Faremos verizada, nos enfraquece. Quando qualidade. E em preços? workshops de vamos brigar por redução de alíAcho que sim, se se destacar os implanejamento quota de importação para máquipostos, que oneram a cadeia produestratégico para nas, imposição de barreiras tarifátiva no Brasil. Para ser mais exato: rias para determinado produto que mobilizar a diretoria enquanto se vende a tonelada do vem de fora, questões salariais ou cavaco a 100 dólares, a tonelada da em busca de um tratamento de resíduos sólidos, a celulose a 400 dólares e a tonelada projeto comum. divisão nos enfraquece. Temos de do papel a 700 dólares, a tonelada começar a desenvolver ações condo livro no mercado internacional Outro destaque da juntas em algumas políticas, manvale 2 000 dólares. Há uma grande minha gestão será tendo as individualidades de cada fatia do processo onde o valor agrea inauguração entidade. O interlocutor, seja gogado está situado entre o papel e o verno, sindicato ou cliente, não livro impresso. Do valor agregado, do Museu da está muito interessado na nossa di65% estão na fase de impressão e Propaganda e da visão – ou talvez esteja. acabamento.

Embalagem

No mundo inteiro nota-se uma significativa tendência de uso de embalagens flexíveis, e dentro dessa tendência uma crescente preferência pelo processo de flexografia. Isso não ameaça as indústrias representadas na Abigraf que se dedicam à produção de embalagens? Sim e não. Temos percebido uma evolução tecnológica em termos de produtividade e de qualidade no processo de flexografia. Mas por outro lado o processo de impressão offset, que hoje está centrado nos semi-rígidos, está sendo reconsiderado como alternativa em face dos problemas ambientais, da disposição do produto após o uso. É um problema que não aflige muito o Brasil, ainda, mas tem suma importância na Europa: o que fazer com o lixo? Qual o grau de biodegrabili-

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As exportações brasileiras de papel crescem mais do que as de produtos impressos. Não seria interessante desenvolver um trabalho para exportar papel já na forma de embalagens, livros e revistas? Existe algum entendimento com algum organismo governamental para fazer o que fazem os chineses, que imprimem livros em português e vendem aqui a preço extremamente baixo? A Abigraf contratou uma consultoria de comércio exterior para formar um grupo de exportação. Eu não confio nas iniciativas governamentais. Se o governo não atrapalhar, está bom. Normalmente ele nos atrapalha, há burocracia para exportar. Isso onera o processo produtivo. Ao governo deve caber somente desonerar a cadeia produtiva em termos de impostos.

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qualquer outro país, é a condição tributária. O governo quer discutir a implantação da Alca com uma estrutura tributária que nos onera. Não teríamos problema nenhum de concorrer se não tivéssemos o custo de Brasília. Como os Estados Unidos não têm o “custo de Washington” eles vão entrar aqui como faca quente na manteiga. Nós já pudemos observar isso em 2000, quando uma série de editoras, antes brasileiras, agora multinacionais, foi comprar serviços gráficos na ColômAs exportações do setor cresceram de bia e no Chile para impressão de livros 150 milhões de dólares em 2000 para para o programa didático brasileiro. A 165 milhões em 2001. Que produtos comminha empresa quis exportar livros para põem essas exportações? É consio programa educacional da Flórida, derado exportação o que é expormas fui impedido porque o governo O setor tem tado por clientes da indústria grádisse que privilegiaria a indústria fica, como embalagens usadas local. Para os Estados Unidos eu investido muito. pela indústria de alimentos? não posso exportar livros. O Brasil Como o endividaNão. Isso não é considerado exporé um país fraco em termos de negomento é em tação do setor gráfico, porque inteciação internacional. Considerando gra o produto. Entra como crédito essa fraqueza, nós vamos entregar o dólares, há risco de exportação do cliente. Na ouro ao bandido. Minha visão sobre de quebradeira. exportação de geladeira vai o maa Alca não é das mais alvissareiras. No ano passado nual, mas é a geladeira que está enO que antevejo não é uma negociatrando na contabilidade. A mesma algumas empresas ção, é uma rendição. Nós carregacoisa com automóvel e o produto mos um governo ineficiente nas entraram em alimentício. Os 165 milhões de dócostas e isso vai pesar muito na situação crítica. lares de exportação do ano passado hora da concorrência internacional. são unicamente produtos gráficos Sete por cento da ociosidade ameriMuitas não embarcados como tal. Acontece cana correspondem ao mercado vão sobreviver que esse valor é ínfimo. Alguns brasileiro. Imagine a que preço eles até 2003 produtos gráficos são, por definivão vender essa ociosidade no Bração, não exportáveis. Um exemplo sil! Vão acabar com a indústria grásão as revistas. Com exceção dos fica brasileira. países da América Latina, é praticamente impossível exportar revistas, pela freO setor tem investido fortemente em tecqüência e pela peridiocidade. É difícil exnologia e equipamentos. No entanto, o portar uma revista para os Estados Unimercado não parece justificar a expectados, ainda que se tenha preço competititiva otimista representada por esses núvo, porque o transporte inviabiliza. Nós meros. Existe o risco de quebradeira? estamos no processo de filtragem. Que tiHá uma possibilidade real muito grande pos de produtos são exportáveis? Embade quebradeira, já que a maior parte deslagens são exportáveis? Claro que são. se investimento representa dívidas em dólares. No fim do ano passado nós obComo a indústria gráfica brasileira preservamos algumas empresas entrando em tende manter-se competitiva ante a proxisituação crítica. Muitas não vão sobrevimidade de implantação da Alca? ver até 2003. Infelizmente, o setor gráfiA indústria gráfica brasileira é competitico no mundo inteiro, até por ser pulveriva internacionalmente em termos de prezado e concorrencial, investe por imitaços. O que nos impossibilita concorrer ção, não faz um estudo de qual é a real não só com os Estados Unidos, mas com necessidade do mercado.

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veja mais: www.embalagemmarca.com.br

O setor gráfico já agradeceria se o governo fosse capaz de fazer isso. Eu não espero que o governo desenvolva grandes políticas exportadoras. Essa tem de ser uma iniciativa da comunidade empresarial. A Abigraf está formando um grupo de empresas para explorar oportunidades no mercado internacional. Vamos começar pela área de livros e, eventualmente, estender para a de embalagens. Nós temos que exportar papel com valor agregado.

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papel cartão

Coisa de cinema Rigesa traz ao Brasil linha Digipak de cases e estojos para DVDs e CDs participação de materiais celulósicos no mercado de embalagens para CDs e DVDs, hoje dominado pelas resinas plásticas, tem cada vez melhores perspectivas de crescimento. No Brasil trata-se de uma tendência nova, mas há países em que embalagens de papel cartão, por exemplo, detêm segmento tão expressivo quanto o dos estojos e cases plásticos usados para acondicionamento de discos digitais. Além das vantagens ambientais em relação às embalagens plásticas, os estojos celulósicos têm a seu favor o apelo da sofisticação, normalmente explorado em um acabamento mais refinado. Sedentos por detalhes como complexos desdobramentos e abas, colecionadores de filmes em DVD ou mesmo compradores compulsivos de CDs de áudio costumam dar preferência a exemplares embalados em cases de papel cartão, caso o mesmo título esteja disponível também numa embalagem plástica. Com a acelerada popularização dos aparelhos de DVD, não restam dúvidas de que o fornecimento de embalagens para esse tipo de mídia revelará excelentes oportunidades de negócio. Conhecida por sua atuação com embalagens de papelão ondulado para hortigranjeiros e cartuchos de papel cartão para pratos prontos e semiprontos de linhas de alimentos congelados, a Rigesa saiu na frente na corrida por esse novo mercado.

FOTO: DIVULGAÇÃO

A

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Rigesa Westvaco (19) 3869-9330 www.rigesa.com.br

A empresa produzirá com exclusividade no Brasil as embalagens Digipak, feitas de papel cartão e famosas entre os públicos americano e europeu. A idéia é colocar no mercado 500 000 unidades de estojos e cases para DVD e CD por mês. A fabricação será feita em Valinhos, cidade do interior de São Paulo onde está instalada a principal unidade produtiva da empresa. Um dos primeiros títulos a usar as embalagens da Digipak feitas no Brasil é Harry Potter e a Pedra Filosofal, distribuído pela Warner Bross. Trata-se de um DVD duplo, o que prova que as embalagens Digipack têm na versatilidade estrutural mais um atrativo. Elas podem ser encomendadas em quatro, seis ou oito painéis de superfície impressa, com possibilidade de suportes de CD ou DVD nas cores preta, branca ou transparente. Trata-se de uma solução realmente diferenciada dos prosaicos estojos plásticos que hoje dominam a cena no mercado de embalagens para discos digitais. Resta saber qual a dimensão do mercado brasileiro para esse tipo de solução, que pode ser classificada sem exageros como uma verdadeira embalagem de cinema.

Politeno

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Copa e eleições animam (pouco) o setor A um mês do início da Copa do Mundo, o setor gráfico previa que o evento esportivo e a proximidade das eleições poderiam propiciar um crescimento de encomendas em torno de 7%. É um índice modesto, apesar de parecer otimista na atual situação de marasmo da economia brasileira. Em anos anteriores, eventos como os que ocorrerão em 2002 já representaram incremento em torno de 12% a 13% na performance do setor. O presidente da Abigraf – Associação Brasileira da Indústria Gráfica, Mário César de Carmargo, atribui esse andamento moderado à falta de credibilidade no desempenho da Seleção Brasileira de Futebol e ao investimento dos políticos em mídia eletrônica. É de certa forma uma frustração para o setor. Mas, apesar da expectativa sobre o reflexo daqueles eventos no faturamento da indústria gráfica, uma comparação do desempenho do setor nos últimos anos mostra que os melhores anos não foram os eleitorais. Em 1994, quando o presidente Fernando Henrique foi eleito para seu primeiro mandato, o setor faturou US$ 5,3 bilhões; em 1995, não houve eleições, mas o faturamento foi maior (US$ 6,5 bilhões). Em 1996, apesar

das eleições municipais, o resultado foi inferior (US$ 5,8 bilhões), saltando para US$ 6,5 bilhões em 1997, quando os brasileiros não foram às urnas. Em 1998, quando ocorreram as eleições gerais e a reeleição do presidente da República, o faturamento do setor gráfico caiu um pouco em relação ao ano anterior, ficando em US$ 6,44 bilhões. Em 1999, ano sem voto, o resultado foi menor. A queda, porém, refletiu muito mais o choque cambial do início do ano do que a ausência de eleições. Em 2000 o setor registrou seu melhor desempenho desde o advento do Real, faturando US$ 6,72 bilhões. A principal razão não foram as eleições municipais, mas a retomada geral do nível de atividades e a forte reação de alguns segmentos, como os de impressos promocionais e o editorial. Em 2001, houve uma queda significativa, com resultado de US$ 5,37 bilhões. Mas ela se deveu muito mais ao “apagão", aos atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos, à crise argentina, à elevação das taxas de juros e do valor do dólar. (11) 5087-7777 [email protected]

Bons ventos para acabamento de embalagens Com a crescente busca de melhor estrutura por parte do segmento de acabamento para embalagens, a fim de atender usuários cada vez mais exigentes, o mercado de prestação de serviços gráficos tem crescido. Os processos estão se segmentando, e em conseqüência empresas especializadas surgem e investem em novos equipamentos. Na opinião de Sergio Vidal, gerente de produtos de acabamento para embalagens da Intergráfica, esse é o principal motivo do crescimento do segmento. Segundo ele, há expectativa de que essa área cresça nos próximos meses, já que as gráficas investiram mais em máquinas de acabamento em 2001. Esse comportamento reflete uma tendência mundial de buscar qualidade e baixo custo produtivo, e cada vez mais especialização. "As pequenas gráficas estão procurando melhorar seu produto e quem já fez o primeiro investimento está apostando no up-grade", diz Vidal. Entre outras marcas mundiais, a Intergráfica representa no segmento a suíça Steineman e as alemãs Jagenberg e a H+S. www. intergrafica.com.br (11) 4076-1155

T&C e IBF juntas com a Screen A IBF Indústria Brasileira de Fil-

da Screen. Pelo acordo, a IBF in-

ca Latina de chapas térmicas para

mes, líder de mercado em chapas

cluirá os modelos de equipamentos

CTP. AScreen anunciou no início

offset e filmes para artes gráficas,

CTP fabricados pela Screen na sua

deste ano que as chapas térmicas

e a T&C, distribuidora oficial da

linha de produtos comercializados

IBF Million foram oficialmente

Screen, uma das maiores empre-

no Brasil. Em contrapartida, a T&C

aprovadas e certificadas para uso

sas mundiais na fabricação de

fornecerá total suporte e assistên-

em todos os seus modelos de

equipamentos CTP e pré-impres-

cia técnica para as vendas efetua-

equipamentos CTP.

são, selaram acordo de coopera-

das pela IBF.

www.ibf.com.br

ção para a linha de produtos CTP

A IBF é a única fabricante da Améri-

www.tecbrasil.com

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A irmã caçula da Luxel F-9000 A Fujifilm Eletronic Imaging (FFEI) acaba de lançar no Brasil a imagesetter Luxel F-6000, que combina a tecnologia multilaser com a configuração de tambor interno. O equipamento foi trazido para o Brasil pela Microservice Tecnologia Digital, representante exclusiva da empresa no país. Considerada a irmã caçula da F-9000, a máquina mais rápida do mercado, a F-6000 foi projetada para ser adequada ao tamanho do negócio do usuário. Enquanto a primeira usa formato B1 (1.130 x 930), a F-6000 trabalha com formato B2 (768 x 686), o que a torna menor, porém mantendo a mesma qualidade e velocidade de impressão, podendo atingir até 67 lâminas no formato máximo, por hora, a 2.400 dpi. Assim como a Luxel F-9000, a F-6000 utiliza a tecnologia multilaser para obter velocidade de exposição e pode produzir automaticamente filmes positivos ou negativos. Está disponível nos modelos de um, dois ou três laseres, oferecendo a possibilidade de escolha de acordo com a demanda de produção. Possui um tambor interno em forma de C invertido, que reduz os efeitos das partículas de contaminação, e vem equipada com um sistema de fixação do spinner sem necessidade de manutenção. www.microservice.com.br (11) 3959-1300

Escola Senai está mais equipada A Escola Senai Theobaldo de Nigris, especializada no ensino de artes gráficas em São Paulo, recebeu recentemente novos equipamentos, doados pela FEVA e pela Heidelberg, para as áreas de flexografia e de off-set. • A Máquinas Ferdinand Vaders (FEVA) entregou à escola uma Fevaflex FFR 1000/6, uma das estações impressoras de última geração fabricadas pela empresa. O equipamento tem tambor central metalizado, potenciômetro eletrônico, pirômetro de secagem entre cores e final, desbobinador duplo com freio de carga, rebobinador duplo com motor C.C. e encosto e desencosto hidráulico e trava. Mais que isso, traz também sistema de vídeo-inspeção computadorizado e emenda rápida do desbobinador. Segundo a FEVA, a doação ajuda a “confirmar a importância da parceria entre fabricantes de máquinas e escolas profissionalizantes”. • Por sua vez, a Heidelberg investiu 5 milhões de euros e trouxe para a Print Media Academy (PMA), localizada na escola, novos equipamentos e softwares: a Printmaster PM 74-4, a Speedmaster CD 102, os softwares Prinect e a QM 46-4 DI Pro, que está sendo lançada no Brasil. O Prinect reúne um conjunto de diferentes produtos, hardwares e softwares, que integram o processo de produção gráfica, da pré-impressão ao acabamento final. Por sua vez, a Printmaster PM 74-4 é uma impressora offset plana compacta, voltada para o mercado promocional, que imprime 12 000 folhas por hora, no formato 53 x 74. O equipamento é indicado para impressão de folders, posters e

cartazes promocionais. A Speedmaster CD 102, primeiro equipamento de folha inteira da PMA, é uma solução para os mercados promocional e industrial ou rótulos e embalagens. Imprime até 15 000 folhas por hora, em diversos substratos, como papéis, inclusive adesivados, plásticos e papel-cartão. O setup da máquina é rápido, e há o sistema de transferência com colchão de ar (airTransfer) exclusividade da Heidelberg, que permite a passagem de papel eficiente e sem marcas. Já a QM 46-4 DI Pro, novidade no país, é ideal para empresas promocionais, focadas em pequenas tiragens (500 a 3 000 folhas), que trabalham com o formato 34 x 46. As chapas são gravadas a laser, pela tecnologia de Direct Imaging, “garantindo menor tempo de produção, maior confiabilidade e qualidade de reprodução de imagem”, segundo a Heidelberg. Além disso, o sistema de alimentação funciona por escama, o que permite velocidade de até 10 000 folhas por hora, com papéis de baixa gramatura, como 50 gramas, com registro perfeito frente e verso. O equipamento possui uma saída com secador IR, reduzindo cada vez mais o tempo de entrega e manuseio do material impresso para operações de acabamento, como corte e vinco, além de reduzir a aplicação de pó para evitar o decalque. Segundo Dieter Brandt, presidente da empresa no Brasil, o objetivo do investimento é disponibilizar ao mercado gráfico a última geração em tecnologia e, com isso, diversificar sempre a oferta de cursos aos profissionais da área. mai 2002 • EMBALAGEMMARCA – 25

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internacional

Interesse único: e EMBALAGEMMARCA mostra alguns destaques da Inte rp

Enviado especial a Düsseldorf

amosa pela cerveja, pela culinária e pelas grandes indústrias químicas e mecânicas, a Alemanha também virou o país das feiras de negócios. Com qualidade na organização e propaladas através de um marketing tão contundente quanto os ataques das outrora temidas divisões Panzer, as messen alemãs atingiram o status de musts, acontecimentos de peso. No calendário dessas rodadas industriais, a embalagem tem sua vez a cada três anos na Interpack, sediada em Düsseldorf e cuja 16a edição rolou de 24 a 30 de abril deste ano. Pujante e cosmopolita, a feira deixou a constatação inequívoca de que o setor está crescendo e ganhando importância. Isso ficou claro pelo público, que bateu a casa das 170 mil pessoas, e pelo alto número de pedidos por estandes, que obrigou os organizadores a abrir mais dois pavilhões para comportar o show. Com isso, a Interpack 2002 se espalhou por dezessete pavilhões, que totalizaram uma área de 150 mil metros quadrados. Nesse espaço, 2 554 expositores mostraram desenvolvimentos que, bem provavelmente, deverão desembarcar no Brasil a qualquer momento. É essa convergência mundial de interesses, provocada pela globalização econômica, que, para a sorte dos organizadores, vem elevando o caráter crucial do even-

F

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to. “Há expositores de 51 países e mais da metade dos visitantes é de estrangeiros”, comenta Ernst H. Berndl, o presidente da Interpack 2002. “É uma prova de que, a despeito de outras opções tecnológicas como a internet, as teleconferências e o e-mail, uma feira de negócios ainda é o melhor local para discussões pessoais, comunicação e uma demonstração do melhor em soluções personalizadas para os clientes”, ele defende. Contudo, apesar desse ressaltado caráter de oportunidade única, foi baixíssimo na feira o número de empresas nacionais com estandes. “Falta ainda ao brasileiro a cultura de arriscar, de pensar em longo prazo” afirmou Sergio Haberfeld, ex-presidente da Associação Brasileira de Embalagem (ABRE) e atual presidente da World Packaging Organisation (WPO), durante o evento. “A Interpack é um evento representativo do mundo inteiro, que pode marcar o início de negócios internacionais.” Os poucos que apostaram nessa teoria parecem ter saído da Interpack com saldo positivo. Com estande na feira, a Inbramaq conseguiu vender exemplares de suas empacotadoras para terras distantes. “Nossa intenção era conquistar clientes do Oriente Médio e do Sudeste Asiático e a Interpack, mesmo sendo na Europa, dá e nos deu essa oportunidade”, apontou Hikaru Katayama, consultor técnico da empresa. A participação da indústria brasileira de embalagem foi mais efetiva através de funcionários enviados à feira, para a prospecção de negócios ou simplesmente para acompanhar novidades em seus segmentos de atuação. Fabricante de embalagens rígidas, a Exatoplast usou o evento para sacramentar sua joint-venture com a empresa alemã Menchen, que será apresentada durante a Fis-

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: embalagem te rpack, uma das maiores feiras de embalagem do mundo pal. “O evento serviu para nos dar a real dimensão da potência que o nosso parceiro tem”, diz Leonardo Coelho Alves, gerente geral da empresa. Para dar um exemplo dos integrantes do segundo time, Roberto Brandão, da Propack, e Ronaldo Lopes Canteiro, da Plastlacre, procuraram acompanhar na feira tendências em rótulos e lacres plásticos termoencolhíveis. Da mesma forma, não faltaram profissionais enviados por diversas empresas usuárias de embalagem no Brasil, como Unilever, Johnson & Johnson, Kraft Foods, Sadia, Quaker e Arcor, entre outras, para se antenar com inovações e novas possibilidades de acondicionamento de seus produtos, agregando conhecimento aos seus departamentos de embalagem ou de pesquisa e desenvolvimento. “O evento é um grande aglutinador de idéias”, diz Paulo Eduardo Pereira, técnico de embalagens da Johnson & Johnson. É essa chance, de conferir as tendências em materiais, sistemas e processos de acondicionamento nos mais variados mercados e de se conseguir uma visão panorâmica da indústria européia de embalagem, que também faz da Interpack um evento que vale a pena, não apenas como centro de aproximação de negócios. Nesse sentido, a feira mostrou que os desafios mais destacados nos últimos anos para a embalagem estão ganhando respostas sofisticadas. São os casos das buscas por embalagens ativas e inteligentes, para gerar maior

conveniência ao consumidor, por soluções efetivas para melhorar processos logísticos, por maneiras de atenuar o drama dos furtos e contrafações e por incrementos para tornar máquinas e equipamentos mais amigáveis ao usuário. Isso sem falar no óbvio estado de arte que vai sendo conseguido para tornar as embalagens visualmente atraentes. EMBALAGEMMARCA mostra nas próximas páginas algumas dessas novidades, para quem não pôde conferi-las in-loco. E a cobertura não acaba aqui. Pelo número de novidades, ela será estendida ao nosso site, à próxima edição e a reportagens que figurarão em breve na revista. Tal amplitude no acompanhamento da Interpack é justificada pela opinião unânime dos brasileiros que foram à feira alemã: é indispensável.

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Valor agregado às latas No campo das latas, a Schmalbach-Lubeca e a Rexam apresentaram inovações bastante similares. Primeiramente, ambas estão focando esforços em formatos slim, de 250ml, e em diferenciais em acabamento. Nesse campo, a S-L apresentou a lata de aço do drinque alcoólico alemão Volt (foto), com um acabamento que garante o mesmo brilho e efeito que o das latas de alumínio, e a Rexam mostrou a lata do energético inglês Carbon, cujo logotipo leva tinta fluorescente verde, que brilha sob luz UV, e que conta com um verniz fosco. Reforçando sua forte competição, tanto a Rexam quanto a S-L apresentaram tecnologias para a inscrição a laser de desenhos minúsculos ou símbolos na parte inferior (interna) das películas de abertura das latas. Concebidas para ações promocionais, como sorteios, ou simplesmente para campanhas publicitárias, tais tecnologias funcionam mesmo em linhas de envasamento de alta velocidade. A S-L também destacou sua tecnologia pioneira de envasamento asséptico para latas, que está ganhando novos clientes na Europa. Ela garante a bebidas, inclusive não carbonatadas, shelf life de um ano. Por sua vez, a Rexam introduziu uma tinta termosensível, que muda de cor quando o conteúdo está adequadamente gelado para o consumo, e anunciou para breve a disponibilidade de tintas e vernizes “táteis”, para detalhes em relevo nas latas. www.rexam.com • No Brasil: (11) 3266-3199 • www.schmalbach.com

Bastões se popularizam As embalagens stick (bastão) vão se popularizando mundo afora, concomitantemente ao crescimento das indústrias de catering e fast food. Elas são a especialidade da inglesa Stickpack Europe, que apresentou na feira o resultado obtido pelo seu mais novo cliente, a HJ Heinz, fabricante dos famosos molhos Heinz. Os sticks são embalados em uma máquina form-fillseal vertical de cinco linhas, fabricada pela Stickpack em aço inoxidável. www.stickpack.co.uk

Amostras práticas – e com valor agregado Preocupada com soluções para a indústria de perfumaria e cosméticos, a francesa Valois fez na feira a premiére do Clic And Dream, embalagem para acondicionar fragrâncias para processos de amostragem. Ela é composta por uma estrutura termoformada recoberta com papel cartão, com sistema prático de abertura e uso do tipo squeezable, porém com saída do perfume na forma de spray, graças a um mecanismo de troca de ar entre ambiente e embalagem. www.valois.com • No Brasil: (11) 4141-4344

Braguilhas modernas e convenientes Soluções para re-selar embalagens estão evoluindo rapidamente. Para flexíveis, a Zip Pack, dona de várias invenções, destacou na Interpack o Cut-n-Seal. Com ele, o consumidor corta uma aba aparente na parede traseira da embalagem, serve-se e, depois, fecha o zíper (abaixo e à esquerda). Vantagem: as embalagens podem ser entregues já com o sistema, dispensando modificações na linha de embalagem do cliente. Já a americana Presto, controlada pela Alcoa, quer difundir seus sliders Fresh-Lock (à direita). São zíperes que, em vez do tradicional fechamento macho/fêmea, usam mecanismos deslizantes, como braguilhas. www.ripnzip.com • www.fresh-lock.com

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Embalagens engajadas

As vantagens do descasque suave A DuPont destacou na Interpack um desenvolvimento conjunto com a transformadora alemã de papel cartão Knapp. É uma embalagem do tipo skin em que a fina película que recobre o produto, feita a partir da resina ionomérica Surlyn, se separa suavemente do cartão, sem danificar sua impressão. Dessa forma, a fronte da cartela pode ser usada para trans-

A notória busca por materiais alternativos aos plásticos, que originem embalagens mais amigáveis ao ambiente, ao mesmo tempo com custos acessíveis, mostrou

mitir informações permanentes, de uso ou de marketing. Com a fácil abertura o consumidor ganha segurança, já que tesouras ou estiletes são desnecessários. www.dupont.com • No Brasil: (11) 4166-8300

frutos consistentes na Interpack.

Adeus ao gargalo da logística

Fabricado completamente a partir do mi-

Para transporte de produtos com máxi-

lho, recurso natural que se renova em um

ma segurança, a 3M lan-

processos logísticos, no

ano, o polímero NatureWorks PLA foi

çou na feira o Air Cushion

qual um dos destaques

destacado pela Cargill Dow (abaixo). Re-

Packaging (ACP), siste-

é a Combitape, fita ade-

ciclável, ele pode ser transformado em

ma de amortecimento ba-

siva dois em um: lacra

processos de injeção, extrusão e so-

seado em almofadas in-

caixas de papelão e, ao

pro/estiramento. Coca-Cola e Sony, entre

fláveis de filme flexível

ser removida, deixa na

vulgou um pacote de soluções para

outras empresas, já utilizaram o polímero

(ao centro). Ele protege o

superfície uma banda

em suas embalagens. A Cargill Dow sus-

produto de maneira mais

que serve como fitilho

tenta que ele tem ótima performance seja

eficaz e, pelas possibili-

de abertura fácil (abaixo,

em estruturas rígidas ou flexíveis.

dades únicas de design,

à esquerda).

Também chamaram a atenção os reci-

ocupa menor espaço que

Já a Europa Carton

pientes da tailandesa Twalai, feitos a par-

outros sistemas, reduzin-

mostrou o bandpac, sis-

tir do amido extraído da mandioca. A favor

do custos de transporte.

tema para o transporte

deles contam o baixo custo de produção,

A Tesa, por sua vez, di-

seguro de eletro-eletrô-

a possibilidade de ir ao freezer e ao forno

nicos constituído por pa-

de microondas e sua biodegradabilidade.

pelão ondulado e uma

Bandejas e copos do material se desinte-

fita envoltória, que pode ser automati-

gram 24 horas após contato com água, e

zado.

podem virar adubo ou até mesmo ração

www.3m.com

para gado (!).

No Brasil: (19) 3838-7938

www.cargilldow.com

www.tesa.com

www.biodegradablepack.com

No Brasil: (41) 224-8100 www.europa-carton.de

Bisnagas sofisticadas A Tubex apresentou bisnagas plásticas com tubos altamente transparentes, e que permitem um diferencial visual ao acondicionar cosméticos transparentes. Imagens impressas na parede traseira dos tubos podem ser vistas pela frente com um efeito tridimensional. No quesito segurança, a Tubex divulgou uma solução para evitar adulterações nas bisnagas, com tampas lacradas com sleeves, e os modelos com Electronic Article Surveillance (EAS), um circuito antifurto escamoteado no interior da tampa flip-top das bisnagas. www.tubex.de

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Codificação quebrando barreiras Rapidamente o setor de codificação e marcação de embalagens produz máquinas mais sofisticadas e com mecanismos e interfaces mais amigáveis ao usuário. Na Willett a vedete foi a impressora digital ink jet de alta resolução 610 (à esquerda). Sua principal virtude é a qualidade da impressão combinada de códigos de barras, textos e gráficos para caixas de transporte e etiquetas, com tecnologias especiais de troca dos tinteiros e limpeza dos cabeçotes. A Markem lançou o SmartTouch, um painel de controle com visor LCD e controles Touch Screen, o que permite programações mais fáceis, backup de legendas on-line ou off-line e a visão fiel de modificações através do display colorido WYSIWYG. O painel está integrado às novas codificadoras SmartLase 1 Plus, a laser, e SmartDate 3i Plus e 3c Plus, que imprimem por termo-transferência (à direita). Já a Domino destacou a impressora a laser DDC3L, capaz de imprimir duas linhas em até 72 mil garrafas de vidro por hora. Também funciona em outros substratos, com alta qualidade e tempo de secagem zero. www.willett.com • No Brasil: (11) 4195-3260 www.markem.com • No Brasil: (11) 3735-2155 www.domino-printing.com • No Brasil: (11) 3048-0110

Quente inovação para frios A Convenience Food Systems mostrou na feira alguns lançamentos, entre eles o da embalagem FlipFresh, premiada pelo German Packaging Prize. Trata-se de uma estrutura termoformada para acondicionar alimentos fatiados, que traz uma abertura resselável. Depois de aberta, pode ser fechada de maneira segura diversas vezes, expelindo o ar do seu interior, o que mantém o alimento fresco, mesmo as fatias superiores. A embalagem é também versátil no PDV: as embalagens são encaixáveis umas nas outras, podendo ficar em pé ou na horizontal, e possuem orifícios para serem colocadas em ganchos. A CFS oferece a solução completa ao cliente: o material, a máquina termoformadora, a impressão e outros serviços. www.cfs.com • No Brasil: (19) 3731-3820

Produção mais fácil de garrafas A SIPA adicionou mais um modelo à sua linha de sopradoras rotativas, a SFR 8. Com oito cavidades, ela é capaz de produzir até 13 200 garrafas de 500ml por hora, e seus principais trunfos são o design compacto, a simplificação da mecânica e de seus comandos e a baixa manutenção. Assim como os outros modelos de sopradoras da SIPA, a SFR conta com o “crocodile mold”, ou seja, a abertura vertical no movimento de finalização do molde, o que dá maior velocidade ao processo. www.sipa.it • No Brasil: (11) 4154-8300

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Bandejas com múltiplas funções

Novidades em tampas peelable

Os principais lançamentos da Huhtamaki foram para soluções para o acondicionamento de alimentos frescos. O MultiHot é uma bandeja em polipropileno para assados e outros alimentos prontos para consumo. Sua tampa, transparente, encaixa-se à base pelo sistema de encaixe snap-on. Já a PolarDuo é uma linha de bandejas de papel cartão com laminação de PET, cuja maior virtude é ser dual-ovenable, ou seja, pode ir tanto ao forno convencional quanto ao de microondas (no pé da página). Pode ser fornecida com uma, duas ou três divisões e é ideal para embalar refeições completas, inclusive em restaurantes e redes de varejo, pois pode ser selada a quente com um filme, através de máquina manual, e receber impressões em até cinco cores. Por fim, a TopTray Ultra, feita em poliestireno expandido (EPS), é uma bandeja para carnes que já possui em sua construção um mecanismo de drenagem e retenção de líquidos (abaixo). Além de garantir o bom visual do produto embalado, prolonga a shelf life. www.huhtamaki.com No Brasil: (41) 661-1000

A Walki Wisa, divisão da fabricante de pa-

direita). Sela herméticamente tanto em-

péis finlandesa UPM-Kymmene, desta-

balagem de produtos quentes como de

cou na feira o WalkiLid, tampa produzida

refrigerados.

com papel laminado com diferentes ca-

No mesmo ramo, a Hueck Folien apre-

madas de polímero (no alto à esquerda).

sentou tampas em material único, um

Resistente e com boas propriedades de

novo filme de PET metalizado (ao cen-

selagem, ela busca concorrer com as

tro). Além do descasque fácil, ele propor-

tampas feitas de película de alumínio em

ciona ótima maquinabilidade, mesmo em

diversos mercados, como os de iogurtes,

processos assépticos, e nobre impres-

sorvetes, saladas e doces, entre outros.

são. Nesse último aspecto, aliás, a Hueck

Entre as vantagens frente ao alumínio,

Folien anunciou o desenvolvimento de

estão a abertura mais fácil, a capacidade

tintas apropriadas para a impressão digi-

de receber impressão mais rica, o apelo

tal de tampas peelable, que suportam

ecológico e a inexistência do risco de se

temperaturas de até 250o C. Com isso,

cortar a mão no momento do consumo.

abrem-se novas possibilidades em tira-

Também com os apelos de abertura fácil

gens pequenas, inclusive promocionais,

e alta printabilidade, a Pactiv/Sengewald

e diminuem-se os custos.

enfatizou na feira o filme Freshness Seal,

www.pactiv.com

que está sendo utilizado em produtos

www.hueck-folien.com

como as saladas premium da Homann (à

www.walkiwisa.upm-kimmene.com

Stand-up pouches com tudo Apesar de não terem se difundido em

limpeza, além do baixo ruído de funcio-

larga escala no Brasil, os stand-up pou-

namento.

ches só crescem em popularidade na

A Volpak, por sua vez, exibiu a SG2-

Europa. Por isso, vários fornecedores

420 L4F, máquina de alta velocidade

estiveram mostrando novidades na

também para stand-up pouches. Pro-

área durante a Interpack.

duz até 240 unidades por minuto na for-

A espanhola Bossar, por exemplo, des-

ma form-fill-seal, e até 480 por minuto

tacou duas novas máquinas form-fill-

com pouches pré-formados, em linhas

seal horizontais para o processamento

de uma ou duas bobinas.

dessas embalagens, a BL-3000 e a B-

www.bossar.com

2500/STU. A primeira delas produz até

www.volpak.com

150 pouches por minuto e tem design

No Brasil (ambas): (11) 3812-2577

modular, que permite fabricar pouches unitários, duplos e triplos. Já a B2500/STU permite produzir pouches com válvulas no topo, nas extremidades (córner) e frontais, e insere automaticamente

canudos nas embala-

gens após o enchimento. Ambas são destacadas pela fácil manutenção e

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Filmes de primeira categoria cortados (magazines) com colas com base em água, a empresa lançou o filme metalizado Label Lyte 85XP280. A Linpac lançou três novos filmes para envolver alimentos, o Linalta, o Lintop THB e o Triolin. O primeiro é voltado para

PET quebra barreiras

a embalagem de alimentos gordurosos.

A migração de sucos premium, isotôni-

O Lintop, de alta barreira (com EVOH), é

cos, águas enriquecidas e bebidas lác-

ideal para fechar bandejas plásticas. Por

teas para garrafas de PET está deman-

fim, o Triolin é um filme três em um que,

dando a criação de novos formatos e

Embalagens flexíveis e rótulos estão a

segundo a Linpac, é o único que protege

atributos dessas embalagens pela

cada dia ganhando filmes plásticos mais

o produto, vai a processos de congela-

Schmalbach-Lubeca. A empresa prevê

sofisticados e até com funções ativas.

mento e tem uso global no forno de mi-

lançar perto de 40 inovações em 2002,

Os filmes Oxyshield, que proporcionam

croondas, no descongelamento, no rea-

e algumas delas foram introduzidas du-

barreira ao oxigênio até dez vezes mais

quecimento e até no cozimento.

rante a feira. Entre elas, as garrafas de

eficaz que estruturas laminadas através

Por fim, a Moplefan lançou um filme de

330ml para envasamento a quente, de-

de uma combinação de poliamida e

polipropileno “twistable”, com objetivo de

senvolvidas para um produtor de sucos

EVOH, o Combitherm, capaz de eliminar

substituir filmes de PVC ou celofane no

em Portugal. Sob refrigeração no pon-

oxigênio residual do interior de embala-

acondicionamento de balas. Tal caracte-

to-de-venda, o produto tem a shelf life

gens, e os termocrômicos e fotocrômicos,

rística complementa os apelos de recicla-

estendida por vários meses, por ter

que mudam de cor a certas temperaturas

bilidade, printabilidade, boa solda e resis-

sido envasado a 85o C. Destaque tam-

ou quantidade de luz no ambiente (abaixo

tência à umidade do PP.

bém para as garrafas multicamada

à direita), foram alguns dos destaques da

www.wipak.com

para envasamento asséptico, que con-

Wipak. Os de alta barreira podem ser

www.exxonmobil.com

tam com Bind-Ox, uma barreira ativa

interessantes para países com clima tro-

No Brasil: (11) 6165-7000

ao oxigênio, ideais para sucos – nelas,

pical, como o Brasil.

www.linpac.com

os produtos ganham vida de prateleira

Por sua vez, a Exxon Mobil lançou os fil-

No Brasil: (12) 243-1450

de até nove meses em temperatura

mes de BOPP Bicor XB635, transparente,

www.moplefan.com

ambiente –, e para a resina Supercy-

de alto brilho e laminado com acrílico,

cle, produzida a partir de garrafas PET

para dar barreira a aromas em embala-

recicladas. Com ela, torna-se viável a

gens de produtos como chás, perfumes,

produção de novas garrafas a partir de

biscoitos e tabaco, e os brancos

garrafas descartadas, dos pontos de

70LX002, fosco, e o 65LX001, de alto bri-

vista técnico e econômico. As novas

lho, que estão substituindo rótulos de pa-

embalagens feitas com o material são

pel em processos de rotulagem com co-

inclusive certificadas para entrar em

las frias (acima). Para uma tarefa similar,

contato com alimentos.

em aplicações unitárias de rótulos pré-

www.schmalbach.com

Função prática ou protetora Os hologramas ganham espaço para fortalecer o visual ou a segurança de produtos. Vários exemplos foram mostrados na Interpack. A Hueck Folien apresentou um novo filme de apenas 12 micra de espessura, selável a quente, especialmente desenhado para revestir embalagens metálicas. Um exemplo de utilização recente é o da embalagem secundária do licor Bailey’s utilizada no Natal de 2001 (à direita). Já a Holoprotec lançou lacres termoencolhíveis de PVC com bandas holográficas (ao lado), películas para blisters de medicamentos também com listras holográficas e selos de indução com holografia. www.hueck-folien.com www.holoprotec.com

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Rápido como nunca com cartuchos Com atuação ampla no segmento de

macêuticos ou cosméticos em cartu-

equipamentos para embalagem, a Ro-

chos com cola já aplicada, com abas re-

maco apresentou na feira novas encar-

versas ou do tipo “avião”, numa veloci-

tuchadeiras, como a AS300 (abaixo),

dade de até 300 cartuchos por minuto.

apropriada para embalar produtos far-

Sua operação é feita em um prático painel touch screen. Já a P150 também é uma encartuchadeira horizontal, porém mais simples, confeccionando até 120 cartuchos por minuto. www.romaco.com No Brasil: (11) 9129-4594

Form-fill-seal para doses únicas A Unifill, parte do grupo norueguês

Mais resistentes, práticos e bonitos Em aerossóis, a Corus Packaging Plus divulgou os benefícios de suas folhas metálicas laminadas com polímeros para a produção de frascos de duas peças. Tais laminações permitem versatilidade no enchimento das latas, resistência à abrasão e corrosão e possibilidades diferenciadas de acabamento, inclusive com detalhes holográficos. Já a Cebal está dedicando atenção para o consumo nômade, principalmente às pessoas que viajam constantemente, e lançou para elas o mini-recipiente de alumínio Clic-

Elopak, mostrou na feira a TF-01 má-

Can, de 10 ou 30 mililitros. Para perfuma-

quina termoformadora-envasadora-

ria e cosméticos, a Cebal ainda destacou

seladora compacta para produtos lí-

os vernizes para acabamento, que produ-

quidos ou viscosos. Sua principal vo-

zem texturas diferenciadas nos frascos,

cação é a produção de embalagens

abrindo a chance de intercalar zonas fos-

mono-dose com volumes de 1 a

cas e brilhantes e despertar no consumi-

100ml, tanto do tipo peelable (des-

dor uma sensação diferente ao toque.

cascáveis) ou squeezable. Tais embalagens também podem ficar em pé. A empresa deu um exemplo com as “portionpacks” conseguidas pela Nestlé no Chile, com a marca La Lechera. Pela proximidade e pelo apelo, não será surpresa se a solução aportar no mercado nacional.

www.corusgroup.com www.cebal.pechiney.com No Brasil: (11) 4727-2333

www.elopak.com

Rotulagem roll-fed aprimorada A B&H Labelling Systems introduziu na

dem. Rotula recipientes de 220ml a

feira sua nova rotuladora BH8000, para

3000ml. Para trocas rápidas, há o opcio-

rótulos do tipo roll-fed (wrap-around).

nal Rapid Change Over (RCO), conjun-

O equipamento possui um novo sistema

to de peças que torna a mudança de se-

computadorizado de registro e controles

tups passível de ser feita por apenas

touch screen em seu painel, o que faci-

uma pessoa num tempo de quinze a vin-

lita a operação e a resolução de proble-

te minutos.

mas, e conexões de rede para monito-

www.bhlabeling.com

ramento e suporte via intranet ou mo-

No Brasil: (11) 3746-0306

Não perca também a cobertura do prêmio WorldStars, da WPO, que aconteceu paralelamente à Interpack, na página 48 desta edição. mai 2002 • EMBALAGEMMARCA – 38

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rótulos

Sem cobrir nada Promoções em maços de cigarro abrem polêmica e oportunidades esde que entrou em vigor a mais recente medida antitabagista da Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, ações promocionais envolvendo embalagens de algumas marcas de cigarro vêm despertando confusão. Os fabricantes quereriam ocultar as imagens assustadoras impressas nas embalagens com vistas a combater o hábito de fumar? Já não se trata de discutir o fato de que outras providências – como fiscalização enérgica contra comerciantes que vendem cigarro a menores – seriam mais eficazes. A questão entrou no campo das intenções, supostas ou não. Maior empresa brasileira de tabaco, a Souza Cruz viu-se no centro de uma saraivada de acusações, depois que, numa de suas principais marcas, a Free, teria tentado burlar a exigência de impressão de cenas alusivas aos malefícios do fumo, imposta no início de 2002.

D

FOTO: STUDIO AG

Estratégia Segundo as denúncias, as etiquetas e rótulos auto-adesivos aplicados no Free visavam, sorrateiramente, cobrir o sofrimento das vítimas do tabaco e da nicotina, retratado nas imagens impostas pela determinação legal, como a de um homem engravatado sem fôlego para subir um lance de escadas ou a de um bebê prematuro, filho de mãe fumante. A ação seria, então, uma tentativa de amenizar a aversão ao hábito de fumar. Em comunicado fornecido por sua gerência de assuntos corporativos, a Souza Cruz diz que os rótulos colados nas embalagens do Free fazem parte de uma estratégia

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que já dura sete anos e, portanto, nada tem a ver com a medida da Anvisa. “É uma forma de divulgar o lançamento de novas embalagens”, posiciona-se a empresa, acrescentando que, além de promocionais, as ações são uma possibilidade de diferenciação frente ao cigarro ilegal. Chamados de inserts (nas embalagens box) e onserts (nos maços), os rótulos foram produzidos pela própria Souza Cruz. No entanto, o filão das ações promocionais em embalagens de cigarro já abriu oportunidades. A Novelprint desenvolveu recentemente um auto-adesivo para a marca Plaza, também da Souza Cruz. Novamente, o objetivo é divulgar a mudança de embalagem e o novo logotipo da marca. Nesse caso, a idéia é permitir que o auto-adesivo seja retirado pelo consumidor, depois de ler as mensagens sobre a mudança de embalagem. Para isso foi desenvolvida uma laminação especial. Mesmo puxando a aba do adesivo, um filme plástico transparente permanece colado à embalagem, com a face adesivada virada para o maço, de modo que o consumidor não tem contato com o selante. A Souza Cruz garante que todas as estratégias de marketing envolvendo inserts e onserts são esporádicas. Comprovado que o objetivo das etiquetas e rótulos promocionais não é cobrir coisa alguma, as embalagens tornaram-se a maneira mais eficaz que os fabricantes têm para comunicar-se com seus consumidores. Mais ainda: com as crescentes restrições à propaganda de cigarro, esse canal de comunicação poderá render muitos outros projetos para o setor de embalagem.

modulos

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Negócio de peso A australiana Amcor anunciou a compra da unidade de embalagens de PET da rival alemã SchmalbachLubeca, por US$ 1,56 bilhão. Isso coloca a Amcor entre as três maiores fabricantes de embalagens do mundo. Reestruturação... A fabricante italiana de equipamentos de sopro SIPA anunciou que a Maláquinas Representações de Equipamentos para Plásticos é a nova responsável por sua área comercial no Brasil. ...E inovação A SIPA anunciou também que a SF 8/4, sua primeira sopradora de fabricação nacional, será mostrada ao mercado durante a Fispal 2002. Maiores informações podem ser conseguidas pelo tel. (11) 4154-8300 ou pelo e-mail [email protected].

Mais leite, logo mais caixinhas As principais empresas de embalagens cartonadas assépticas (longa vida) no país elegeram o mercado de leites como menina dos olhos para focar seus investimentos no primeiro semestre de 2002. Detentora de 98% do fornecimento das cartonadas para leites no Brasil, a Tetra Pak está estreando em maio uma nova campanha institucional em todo o país. Filmes, spots de rádio, anúncios e outdoors, criados pela Ogilvy, mostram crianças medindo sua altura com caixas de leite, sob o mote “Quantas caixas de leite você quer crescer?”. “Assim como acontece em diversos países na Europa, queremos incentivar o Brasil a ser também um grande consumidor de leite longa vida”, explica Paulo Rochet, diretor de marketing da Tetra Pak. A multinacional também disponibilizou um site (www.bebaleite. com.br) com informações e dicas

úteis sobre o leite. No outro córner, a SIG Combibloc quer aumentar sua competitividade no Brasil e brigar mais diretamente com a Tetra Pak. Após revelar a intenção de construir uma planta local para fabricar suas caixinhas, a empresa acaba de atingir uma grande conquista: o ingresso no mercado de leites, através do cliente Laticínio Jussara, de Franca (SP). Com isso, a SIG Combibloc espera, em três anos, conquistar em torno de 5% de participação. Por falar na SIG Combibloc, a reportagem de EMBALAGEMMARCA visitou, no dia 26 de abril, a fábrica da empresa em Linnich, na Alemanha, podendo acompanhar “na fonte” o meticuloso processo de fabricação das suas caixinhas. www.tetrapak.com.br (11) 5501-3200 www.combibloc.com (11) 3168-4029

Desejo de colar Visando expandir sua atuação na América Latina, a fornecedora gaúcha de adesivos Artecola adquiriu as argentinas Química Madepa e Indústrias Madequin, fortes em adesivos para papel e embalagem no país vizinho.

A um pequeno gole do recorde

Saída repentina

A Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) divulgou um dado animador: o Brasil reciclou em 2001 119,5 mil toneladas de latas de alumínio, ou seja, quase 9 bilhões de unidades. Tais números, que configuram um crescimento de 16,3% sobre o volume coletado em 2000, significa que o país reciclou 85% de todas as latas de alumínio para bebidas consumidas durante 2001.

O presidente do conselho de administração da CSN, Benjamin Steinbruch, vai acumular interinamente a função de presidente da siderúrgica, no lugar de Maria Silvia Bastos Marques, que deixou o cargo por motivos pessoais. Êxodo continua Continuando seu processo de enxugamento, a Unilever vendeu 19 marcas de produtos à base de milho, entre elas a Mazola, para a americana ACH Food Companies, por US$ 360 milhões. Já são 1 200 as marcas vendidas pela Unilever.

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Com esse índice o país supera o seu próprio recorde e está muito perto de tornar-se o campeão mundial da reciclagem das embalagens do material. O anúncio oficial ainda tem que esperar a divulgação do índice de reciclagem do até agora líder Japão, o que deverá ser confirmado em junho. Em 2000 o país do sol nascente reciclou 81% de suas latas.

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TRAÇOS MAIS FINOS PARA AS EMBALAGENS DE DOVE A marca Dove, da Unilever, mudou a cara das embalagens da linha de sabonetes. Adotada mundialmente, a mudança tem como objetivo mostrar a suavidade do produto. As embalagens passaram a estampar a logomarca Dove com traços mais finos, numa tonalidade azul escura. Os benefícios de cada sabonete também ganharam destaque. Na nova identidade visual, as embalagens mostram um ícone de uma gota de cre-

me fluindo, simbolizando a capacidade de hidratação do produto. A pomba, símbolo da marca, também está diferente, com a asa mais aberta, o que modernizou o design. Nos cartuchos das versões em barra, impressos pela Brasilgráfica, foi colocado um sombreado azul na parte superior. No Dove Light, a diferença é o tom esverdeado nas laterais, e a versão Dove Baby tem um sombreado rosa na parte superior.

Bis muda de cara depois de 60 anos

Homenagem ao Rei

Depois da campanha

das latas utilizou uma

com Romário, a Coca-

foto de perfil do Rei do

Cola volta a campo com

Futebol em close. O tra-

mais uma iniciativa para

tamento gráfico dado

identificar sua marca

para a foto gerou a idéia

com o futebol e a Copa

de criar uma família ex-

do Mundo. Está chegan-

plorando a relação das

do às prateleiras dos su-

marcas. Foram feitas, en-

permercados uma edição

tão, outras fotos de Pelé

especial de latas come-

fazendo embaixadas e a

morativas da parceria

bola foi substituída pelo

Pelé/Coca-Cola. Trata-se

logotipo da Coca-Cola.

de uma família de latas

Foi criada uma família de

colecionáveis, em tama-

três latas com um cartu-

nho premium: com

cho para serem vendidas

473ml, mais altas que as

como coleção, além da

tradicionais de 350ml.

versão six pack e um

Desenvolvido pela Oz

cartaz para os pontos-de-

Design, o projeto gráfico

venda.

A Kraft Foods vai investir 10 milhões de reais na mudança da tradicional embalagem do chocolate Bis, da Lacta. A novidade faz parte da comemoração dos 60 anos da marca. O investimento inclui campanhas de marketing e publicidade para informar os clientes sobre a novidade. Esta será a primeira vez, desde 1942, que o Bis muda sua identidade visual, a não ser por pequenas alterações. As cores tradicionais da embalagem do produto – azul, branco e vermelho –, contudo, estão mantidas. As mudanças visam a uma modernização, com letras tipo fantasia e design contemporâneo. O novo desenho foi desenvolvido pela Ogilvy Brasil, que também está preparando a campanha de divulgação do produto, com anúncios em TV, revista e ações promocionais em pontos-de-venda.

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L'Oreal reformula rótulo do xampu Citrus A L ‘Oreal do Brasil colocou no mercado a nova embalagem do xampu Citrus, da linha Elsève. A principal reformulação está no rótulo que passa a ter duas impressões em hot stamping, uma holográfica e uma convencional, em dourado.

O rótulo, impresso em polietileno (PE) transparente é produzido pela Prodesmaq. A produção do rótulo exigiu uma tecnologia bastante complexa que permite combinar, em um único processo, esses dois tipos de impressão hot stamping.

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Diferenciação ao alcance de todos

Cartuchos ainda mais divertidos

Num mercado tão pulverizado

Fundada em 1995 para atuar com

como o de produtos de beleza e

produtos de body care, a Belle Crin

higiene pessoal, não são apenas as

acaba de lançar uma linha de

Toda a linha de cereais da Kel-

marcas consolidadas que investem

hidrantes acondicionada em belas

logg’s está de cara nova, num

em diferenciação no ponto-de-

embalagens, dotadas de eficientes

venda. Cada vez mais pequenas e

válvulas pump. Feitos de PVC, os

trabalho da Oficina d’ Design.

médias empresas de cosméticos se

frascos, desenvolvidos pela

mostram cientes de que belas e

Embaclass, contam com atraentes

Loops, Choco Krispis e Honey

funcionais embalagens podem ser

rótulos auto-adesivos, fornecidos

Nutos trazem no back panel de

ferramentas de venda tão

pela Flex Color. Já as vedetes do

seus cartuchos, impressos pela

poderosas quanto chancelas fortes

conjunto, as tampas propulsoras,

e reconhecidas nacionalmente.

foram importadas dos EUA.

Os produtos Chokos.com, Froot

Brasilgráfica, uma diversão interativa direcionada ao seu públi-

Massas e visual frescos

co-alvo. O Chokos.com, direcio-

A Oficina d' Design é a agência

nado aos adolescentes, traz, na

responsável pelo novo visual das

frente da embalagem, uma ilus-

massas Frescarini. Líder no mer-

tração com efeito especial no

cado de massas frescas, a marca

estilo cyber, e na parte traseira

renovou toda sua linha de embalagens, fabricada pela Unipac,

há um jogo de Resta Um que

composta por massas re-cheadas

pode ser jogado com o próprio

(ravioli, cappeletti e fagottini),

cereal. No Froot Loops, a brin-

nhoque, talharim e lasanha.

cadeira é uma catapulta para

Segundo os designers responsáveis pelo projeto, a idéia é

destacar e montar, para arre-

estimular o appetite

messar o próprio cereal. Já o Choco Krispis, direcionado a

appeal, “fazendo o consumidor comer os produtos com os

bém criou o projeto gráfico do

olhos”. A Oficina d’ Design tam-

novo Livro de Receitas Frescarini.

Bonito pra cachorro O Papel Higiênico Nice, produzido pelo grupo Klabin Kimberly, está de cara, e também focinho, novos. Explica-se. Além de visível na textura do papel, o mascote da marca, um pequeno cachorro branco, foi rejuvenescido, e ganhou destaque na embalagem, que é fornecida pela convertedora Regmar. Além da presença canina, a marca Nice ganhou novo visual. A cor branca ficou mais presente, para enfatizar as principais características do produto, como a maciez. Tanto o cachorrinho quanto a

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crianças de 6 a 9 anos, propicia um truque de mágica com cartas.

marca ganharam tratamento gráfico que visa gerar jogos de luz e sombra. O produto está à venda em três cores diferentes, uma para cada versão. Azul para o Neutro, rosa para Flor do Campo e verde para o Aloe Vera. O design das novas embalagens é da agência a10.

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prêmio

Reconhecimento mundial Embalagens brasileiras são condecoradas em festa da WPO proveitando a Interpack 2002, a World Packaging Organisation (WPO) reuniu empresários e profissionais da cadeia de embalagem do mundo todo para a cerimônia de entrega do prêmio WorldStars. Num evento no auditório Rheinterasse, em Düsseldorf, às margens do rio Reno, a entidade premiou 186 projetos de destaque em 2001, de 35 países. No lado brasileiro, sete projetos ganharam o troféu da WPO. A maioria (fotos nesta página) já tinha sido contemplada com o Prêmio ABRE de Design de Embalagem no ano passado, uma espécie de eliminatória para o prêmio mundial. Foram eles o rótulo termoencolhível para o champanhe Chandon Rouge, inscrito pela Sleever International; a embalagem do Natura Fotoequilíbrio, da Natura; a embalagem do Natura Chronos, também da Natura; o frasco do enxaguante bucal Reach, da Johnson & Johnson; a Lata Retangular de 18 litros com abertura maior, da Cia. Metalúrgica Prada; as embalagens da linha Tensor, da Sara Lee; e o kit Free Shop Kraft/Lacta Brasil, concebido pela PH2 Design. O President’s Award, que premia o case de maior destaque entre os participantes, ficou dividido entre o CoolKeg, da alemã Cool System, um barril de alumínio de 20 litros que tem embutido um mecanismo que resfria automaticamente o conteúdo em menos de uma hora; e o Paper Bottle, da japonesa Kao Corporation, uma garrafa feita totalmente de polpa moldada reciclada, com barreira à umidade proporcionada pelo jateamento de uma emulsão acrílica em sua parede.

A

Linha Tensor, design da DIL

Kit Lacta, projeto da PH2 Design

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Chandon Rouge, rótulo da Sleever

Prêmio para a J&J com o Reach

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Lata retangular da Cia. Prada

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Almanaque Contribuição árabe

Contribuição irlandesa

O papel, inventado na China por volta do século I da Era Cristã, somente chegou à Europa na Idade Média, levado pelos árabes, que tiveram contato com o material no século VIII, quando viajavam pela Rota da Seda para comerciar. Não se sabe por que, a fabricação, que florescera no mundo islâmico, virtualmente desapareceu por volta do século 16, e a impressão só foi assimilada no século 18. Por essa época, a Europa estava publicando os relatos da história mundial que prevaleceram. Neles, a contribuição árabe que o papel traria para o conhecimento e, mais tarde, para o desenvolvimento das embalagens industriais foi praticamente ignorada.

A origem da famosa variedade de cerveja preta que se toma nos pubs do Reino Unido com o nome de stout remonta a uma disputa secular entre ingleses e irlandeses: quem produziria a cerveja mais encorpada? Os ingleses criaram a cerveja porter, semelhante à stout, mas a vitória ficou com os irlandeses, que conseguiram que sua criação entrasse para o livro Guinness de recordes e assim incorporasse seu próprio nome. Dona de uma imagem muito masculina, a stout é pesada, bem encorpada, tem sabor amargo e espuma muito cremosa. É produzida com parte do malte substituído por cevada não maltada e torrada. Daí, a cor preta. As marcas mais famosas desse tipo de cerveja são a Murphy's e a Guiness.

Contribuição brasileira

Contribuição americana

Um dos grandes problemas da conservação de alimentos – antiga obsessão do ser humano – é, justamente, o uso de conservantes. Normalmente, eles são adicionados aos alimentos em volumes suficientes para serem eficazes. Dependendo de quando se consuma o produto, isso pode significar excesso ou escassez: no começo da validade, o consumidor ingere uma quantidade muito grande do conservante; no final, a substância pode ter perdido parte de seu poder de combate aos microorganismos. Esse desequilíbrio pode estar em vias de ser contornado. Uma equipe da Universidade Federal de Viçosa (MG), coordenada pela pesquisadora Nilda Ferreira Soares, está testando com êxito um filme plástico antimicrobiano capaz de liberar gradativamente o conservante nos alimentos industrializados. Em testes, pão recoberto com o filme ficou totalmente livre de microorganismos por quinze dias. A equipe da UFV vai desenvolver o mesmo princípio para uso em garrafas plásticas.

Durante uma viagem ao México, em 1869, um anônimo habitante de Nova York, Thomas Adams, interessou-se por uma substância que os maias mascavam havia mais de mil anos. Chamava-se “chicle” e era extraída da sabodilha, uma árvore nativa. Como bom ianque, Adams levou uma amostra para os Estados Unidos, pensando em sua industrialização. Tentou, primeiro, misturar o chicle com borracha, de olho na nascente indústria de pneus para automóveis. Depois, já com a ajuda do filho, Junior, misturou a substância com parafina, visando ao público infantil. O produto, na forma de esfera, era embrulhado em papel colorido. Foi um sucesso. Logo começou a produção industrial, com o chicle em forma cilíndrica e sabor licoroso. Somente alguns anos de sucesso depois é que foi introduzido o formato tablete, já em caixinhas. Nas primeiras décadas do século XX o chicle já corria o mundo. Chegou ao Brasil na época da II Guerra Mundial.

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