Revista Embalagemmarca 022 - Maio 2001

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Ano III • Nº 22 • Maio 2001 • R$ 6,00

www.embalagemmarca.com.br

PAPEL X FILME • A VITALIDADE DO AÇO • MAKING OF DA EMBALAGEM

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Carta do editor

Mais que nova, inovadora

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mpenhados em inovar sempre e em oferecer informação de utilidade aos leitores, inauguramos nesta edição uma nova seção. Chama-se Making Of, mais um estrangeirismo em voga que no entanto, temos de reconhecer, define muito bem o que se quer dizer. A idéia que está por trás da nova seção é mostrar, contado por quem o fez, como se desenvolveu o processo de construção de embalagens, desde sua concepção até o resultado final. Making Of nasce por sugestões de leitores e de amadurecida troca de opiniões entre a equipe da revista e profissionais da área. Nossa expectativa é estimular a percepção de que a embalagem e seus componentes são vitais para o êxito do produto. Mais do que isso, são parte inseparável dele. Quando desenvolvidos de forma correta, profissional, harmonizando engenho e arte, constituem-se em ícones que remetem ao produto. A seção Making Of está aberta aos profissionais e às empresas que queiram contribuir para levar um pouco de sua experiência ao conhecimento do público de EMBALAGEMMARCA. Ao destacar a estréia da nova seção, move-nos também a intenção de ressaltar um aspecto que é motivo de muito orgulho e de incentivo para a equipe de EMBALAGEMMARCA: em menos de dois anos

desde seu lançamento, a revista consagrou-se como a mais inovadora publicação da área de embalagem no Brasil. Quem o diz não somos nós, mas testemunhos escritos de inúmeros leitores, em parte reproduzidos na seção Espaço Aberto desta e das 21 edições que a antecederam. Animam-nos, também, os depoimentos verbais. Eles nos incentivam não só com elogios, mas também com proveitosas críticas e sugestões. Queremos implementar cada vez mais a interação entre a revista, os leitores e os anunciantes. É da sintonia com eles e de suas su-

gestões que a redação e o departamento comercial retiram a inspiração para fazer de EMBALAGEMMARCA uma publicação que já deixou de ser apenas nova, como uns poucos ainda insistem em classificá-la levando em conta exclusivamente o critério cronológico. É verdade que, com pouco menos de dois anos, é a revista mais nova do setor. Mas basta um exame, mesmo superficial, de suas 22 edições, para verificar que é inovadora. Não “a mais” inovadora, mas simplesmente inovadora.

Wilson Palhares

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Espaço aberto

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cada edição de EMBALAGEMMARCA percebo o quanto a revista se mostra capacitada, sempre buscando temas atuais, como em “Cada vez mais, reciclar poderá ser um bom negócio” (nº 20, março de 2001). Marketing Ecológico não é moda, veio para ficar. Parabéns ao Sr. Guilherme Kamio pelo texto. Roberto Inson Gerente de Marketing Prakolar Rótulos Auto-Adesivos São Paulo, SP

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arabéns a toda equipe da EMpela excelente qualidade da revista. Na nossa empresa a leitura dessa publicação já se tornou obrigatória pela diretoria e pelas gerências. Álvaro de Souza Gerente Comercial Cobrirel Ind. e Com. Ltda. São Paulo, SP

BALAGEMMARCA

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eceber EMBALAGEMMARCA é um prazer que se renova a cada

mês não só por seu conteúdo, mas também pela expectativa de uma surpresa em termos de inovação jornalística e mercadológica. Desde o título da revista, que denota raciocínio e planejamento para atingir o público-alvo definido no expediente, e das reportagens sempre oportunas e pertinentes até as capas e outras iniciativas de grande impacto, destinadas a mostrar e amostrar diferentes materiais de embalagem, essa publicação tem-se revelado altamente inovadora, ousaria até dizer revolucionária. Digo isso com a experiência de quem acompanha o assunto há mais de trinta anos. Continuem nesse caminho de sucesso. Carlos Caprara Diretor da Caprara Publicidade São Paulo, SP

F

oi um grande prazer tê-los conhecido em seu stand na Fiepag. Gostaria de reiterar votos de sucesso à revista. Trata-se de um produto editorial da mais alta qualidade. Antonilde Prata Ribeiro Gráfica Prata Ltda. Belo Horizonte, MG

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arabéns pela revista, está cada dia com conteúdo melhor e mais diversificado. Marcelo Arnold Designer Gráfico Zoomp/ZAPPING São Paulo, SP

A

cabo de receber a edição nº 21 de EMBALAGEMMARCA — primorosa, aliás, como sempre — e tive a imensa satisfação de ver a destacada notícia acerca de nossa página na internet. Fico muito grato pela especial deferência. Ernani Paulino Packnology! Campinas, SP

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ós, pequenos empresários do Nordeste, temos na revista EMBALAGEMMARCA, todos os meses, a oportunidade de entrar em contato com o que ocorre nos mercados mais dinâmicos do país e também de conhecer tendências internacionais. Já fizemos adaptações bem sucedidas. Silvino Mansur Raffaz SMR Plásticos Jaboatão dos Guararapes, PE

MENSAGENS

PARA

EMBALAGEMMARCA

Redação: Rua Arcílio Martins, 53 CEP 04718-040 • São Paulo, SP Tel: (11) 5181-6533 Fax: (11) 5182-9463 [email protected] As mensagens recebidas por carta, e-mail ou fax poderão ter trechos não essenciais eliminados, em função do espaço disponível, de modo a dar o maior número possível de oportunidades aos leitores. As mensagens poderão também ser colocadas dentro do site da revista (www.embalagemmarca.com.br).

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maio 2001 Diretor de Redação Wilson Palhares [email protected]

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ENTREVISTA: JOSÉ EUSTACHIO Diretor da Talent Comunicação afirma que “ceder a preços é caminhar para a morte”

Reportagem [email protected]

Flávio Palhares [email protected] Guilherme Kamio [email protected] Lara Martins [email protected]

Thays Freitas [email protected]

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CAPA Mercado de sucos industrializados prontos para beber se consolida

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MATERIAIS Ao contrário das previsões, a lata de aço está mais vigorosa que nunca

ROTULADORAS Quais as máquinas mais adequadas para rótulos auto-adesivos

Colaboradores Josué Machado Luiz Antonio Maciel Diretor de Arte Carlos Gustavo Curado Administração Marcos Palhares (Diretor de Marketing) Eunice Fruet (Diretora Financeira) Departamento Comercial [email protected]

Wagner Ferreira Circulação e Assinaturas [email protected] Assinatura anual (11 exemplares): R$ 60,00

Público-Alvo

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EMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais que ocupam cargos técnicos, de direção, gerência e supervisão em empresas fornecedoras, convertedoras e usuárias de embalagens para alimentos, bebidas, cosméticos, medicamentos, materiais de limpeza e home service, bem como prestadores de serviços relacionados com a cadeia de embalagem.

PAPEL X FILME Embalagens flexíveis celulósicas mexem-se para recuperar espaço perdido para o plástico

Tiragem desta edição 8 000 exemplares

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MAKING OF Uma nova seção, em que designers mostram como se concebe e como se faz uma embalagem

E MAIS CARTA DO EDITOR..........................3 ESPAÇO ABERTO............................4

Impresso em papel Couché Image Mate 115g/m2 (miolo) e Couché Image Art 145g/m2 (capas), da Ripasa Filiada ao

EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da Bloco de Comunicação Ltda. Rua Arcílio Martins, 53 – Chácara Santo Antonio - CEP 04718-040 - São Paulo, SP Tel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463

www.embalagemmarca.com.br

ESTRATÉGIA..................................21 DISPLAY.........................................36 PANORAMA...................................40 EVENTOS........................................44 ALMANAQUE..................................46

O conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA é resguardado por direitos autorais. Não é permitida a reprodução de matérias editoriais publicadas nesta revista sem autorização da Bloco de Comunicação Ltda. Opiniões expressas em matérias assinadas não refletem necessariamente a opinião da revista.

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ENTREVISTA

DIVULGAÇÃO

“Ceder a preços é a morte”

JOSÉ EUSTACHIO, sócio diretor do Grupo Talent de Comunicação e especialista no tema das marcas, discute a questão do empenho do varejo em favor das (suas) marcas próprias e da subordinação da indústria à pressão por preços 8 – EMBALAGEMMARCA • mai 2001

questão das marcas vem-se tornando um tema de debate cada vez mais intenso e de reflexão obrigatória no mundo dos negócios, especialmente quando pipocam pesquisas dando margem à idéia de que esse precioso patrimônio empresarial vem perdendo significado. Ouve-se mesmo dizer que, com a crescente força das grandes redes de varejo, as marcas próprias – delas – tomarão de vez o espaço das grandes marcas. A fim de contribuir para esse debate, EMBALAGEMMARCA entrevistou José Eustachio, sócio diretor da Talent, uma das três maiores agências do Brasil e o quinto maior

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grupo de comunicação no mundo. Eustachio, 43 anos, profissional de comunicação há 24, tem trabalhado no desenvolvimento de estratégias de comunicação para grandes grupos nacionais e internacionais e marcas como Brastemp, Lojas Americanas, Semp Toshiba, jornal O Estado de S. Paulo, O Boticario, Intelig, Cia União de Refinadores e Petróleo Ipiranga, entre outras. Formado em comunicação, Eustachio é diretor da Associação Brasileira de Agências de Propaganda pela segunda gestão. Contribui com participações sobre o tema em veículos de mídia eletrônica e impressa e escreve regularmente para o jornal Gazeta Mercantil. Nesta entrevista, ele não deixa dúvidas quanto à sua opinião sobre o risco que a indústria corre ao produzir para a marca própria em detrimento da sua e, sobretudo, entrar numa guerra de preços sem limite. Como acontecia na mitologia com os incautos marinheiros que se deixavam seduzir pelo canto das sereias, “isso pode significar o caminho para a morte”, nas palavras textuais do entrevistado. Ultimamente, virou moda dizer que as marcas estão morrendo. O senhor concorda? As marcas estão fortíssimas. O consumidor precisa delas para sua tomada de decisão. Uma pesquisa realizada recentemente pelo instituto Popai mostra que o tempo médio gasto pelo consumidor para escolher o produto no supermercado é de cinco segundos. Se não estivesse escolhendo pela marca, ele precisaria de um tempo enorme para comparar todas as opções que há na gôndola, os preços, as medidas, até tomar a decisão sobre o que vai colocar dentro do carrinho.

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É obvio que o consumidor já chega ao ponto-de-venda com marcas na cabeça. Basta olhar para nossa própria despensa. Quantas vezes nós compramos marcas diferentes? Pouquíssimas. Tendemos a repetidamente levar aquela marca que de alguma forma conquistou a nossa preferência e à qual atribuímos valores. Avaliações que os institutos especializados em branding vêm fazendo mostram que cada vez mais a marca é o principal ativo que uma empresa pode ter.

rejo americano, iniciou-se uma guerra de preço sem limite. Então, grandes ícones do varejo mundial, como Sears ou Bloomingdale’s, literalmente quebraram, porque acharam que a melhor forma que tinham para atrair o consumidor era vender a preços cada vez menores. Isso está acontecendo agora na Alemanha, onde todas as grandes cadeias de supermercados estão acumulando endividamentos e

O que estaria levando o mercado a pensar que o poder das marcas está se enfraquecendo? É meramente uma questão de conflito de interesses. De um lado, você tem a revenda tentando defender a idéia de que o que importa são o canal e o preço. E eles têm feito um trabalho muito competente de disseminar esse pensamento. Na verdade, se a marca não fosse uma coisa importante, os supermercados não estariam interessados em desenvolver suas marcas próprias. Se fosse uma coisa dispensável, bastaria colocar o produto numa embalagem totalmente branca e colocá-lo à disposição do consumidor. Ora, por que não se faz assim? É porque a marca, e sua expressão na embalagem, são da maior importância para a decisão da compra e pela preferência do lugar de compra. Existe uma tentativa de se vender para o mercado a idéia de que as marcas estão perdendo sua relevância com o objetivo de pressionar a indústria e obter preços menores e prazos maiores.

indústria acaba se

Num mercado em crise, situação mais ou menos permanente no Brasil, a ordem não é manter vendas a qualquer custo, inclusive a preço baixo? Isso pode significar o caminho para a morte. Nos anos 80, praticamente tudo entrou em crise no va-

Quando a dobrando e fazendo o jogo do supermercado, aceitando condições aviltantes, está abdicando da única coisa que pode manter o equilíbrio nesse relacionamento: a marca forte vivendo sérios problemas. Recentemente, a Andersen Consulting realizou uma pesquisa junto a consumidores, tanto de varejo de autoserviço como de varejo de bens duráveis, e constatou que o preço não é o principal elemento de decisão pela escolha do local da compra. É o serviço que o supermercado ou a loja presta ao consumidor. A idéia de que o ponto-de-venda de maior sucesso é o que vende mais barato não é verdadeira. Se pegarmos dez itens em diferentes lojas, veremos que não há uma que vende todos esses itens pelo menor preço. O preço baixo é uma falácia. Deve-se vender pelo preço justo, não pelo preço mais baixo. Por falar em pesquisa, o Instituto

Nielsen tem uma, recente, indicando que nos supermercados 41% dos brasileiros são influenciados pelos preços em sua decisão de compra, 29% pela publicidade, 23% por folhetos e apenas 2% pela marca. Como se explica? Essa pesquisa deve ter algum tipo de desvio, principalmente porque o consumidor tem certa resistência a assumir que toma decisões baseado em marcas. As pessoas tendem a querer ser politicamente corretas quando respondem uma pesquisa, dentro daquilo que acham que os outros gostariam de ouvir. Caso contrário, a marca de sabão em pó mais vendida no Brasil não seria Omo, a de refrigerante não seria Coca-Cola, a Nestlé não teria a marca São Luiz como a mais vendida em biscoito, marcas como açúcar União, café Pilão, o óleo Soya ou o óleo Lisa não seriam, cada um em seu segmento de mercado, os líderes. O consumidor compra qualidade, e as marcas líderes são a melhor expressão de qualidade que ele pode desejar. Como é importante administrar bem o orçamento, normalmente as pessoas acabam respondendo que o preço baixo é fundamental. Mas, na hora em que vão tomar sua decisão, fazer as compras do mês, as marcas de qualidade prevalecem. Forçando os preços para baixo, os supermercados não estão contribuindo para matar aquilo que foi construído a duras penas, que consumiu muito dinheiro e é um dos principais bens do empreendimento, que é a marca? Ou seja, não estão levando à morte seus parceiros, que no entanto parecem gostar? Não tenha dúvida. Quando a indústria acaba se dobrando e fazendo o jogo do supermercado, aceitando condições comerciais que são aviltantes, inclusive desviando os investimentos que seriam feitos na marca para promoções de pontomai 2001 • EMBALAGEMMARCA – 9

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de-venda, verbas cooperadas e por aí vai, está abdicando da única coisa que pode manter o equilíbrio nesse relacionamento, que é uma marca forte. Todo o dinheiro desviado da alimentação da mística de sua marca e do relacionamento com o consumidor, para financiar o supermercado, é um investimento que ela faz contra seus próprios interesses. O supermercado tem uma visão de curto prazo, pensa apenas no dia de hoje, enquanto a indústria tem de pensar que está construindo um patrimônio para muitas décadas. Com marcas fracas, o supermercado deixa de ter valor para poder vender. Aí sim ele vai ter cada vez mais de oferecer preços ainda mais baixos para poder ganhar o consumidor. As marcas têm sido historicamente o grande instrumento dos supermercados para gerar lucro. Se não fossem as marcas fortes, os supermercados, de forma geral, não teriam valor para vender. Então, como compreender o esforço quase obsessivo dos supermercados para ter marcas próprias, se teoricamente não agregam lucro? A marca própria é mais um instrumento que o supermercado vem utilizando para pressionar os seus fornecedores, e infelizmente eles têm concordado em produzir para o supermercado, que vai vender um produto similar ao seu por preços muito menores. É absurdo que a indústria concorde em fabricar marcas próprias – que são diferentes das genéricas. Quando o Carrefour se instalou no Brasil, lançou o conceito dos produtos genéricos. Eram produtos em embalagens totalmente desprovidas de decoração, a única coisa que se tinha era o produto, biscoito ou leite em pó. Foram um enorme fracasso, porque as pessoas precisam ter marcas que sirvam como referência. Os supermercados então mudaram sua

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estratégia, e passaram a ter marcas próprias, como é o caso da Qualitá, marca que tem embalagens bem desenvolvidas, uma linha de produto extensa, promovida nos encartes que o varejo realiza e que compete com os produtos similares que a indústria fabrica. É como se a Nestlé fabricasse produtos para a Mococa, viabilizando assim para a concorrente ter um produto de qualidade assemelhada, e a preços muito mais competitivos.

Da instalação de serviços de atendimento ao consumidor, os SACs, até a colocação da marca nos maiores espaços possíveis, de caixas de embarque a talões de nota fiscal, as empresas têm de entender que tudo é mídia Como a indústria pode enfrentar de maneira criativa a pressão do varejo para que suas marcas continuem atraindo o consumidor? Toda manifestação da empresa em relação a seus públicos é uma boa oportunidade para ela reafirmar o seu compromisso com o consumidor e reforçar o valor da marca. Desde a instalação de serviços de atendimento ao consumidor, os SACs, até a colocação da marca nos maiores espaços possíveis, de caixas de embarque a talões de nota fiscal, as empresas têm de entender que tudo é mídia. No desenvolvimento de suas embalagens, a empresa precisa demonstrar respeito ao consumidor, oferecendo embalagens modernas, de qualida-

de, práticas, convenientes, que cada vez mais sejam adequadas aos hábitos de consumo que as pessoas vão adquirindo num mercado em transformação. A sua comunicação com o mercado deveria ser menos intensa e mais constante. Na área específica em que EMBALAGEMMARCA está inserida, que é a cadeia de embalagem, observase, entre fornecedores de equipamentos, de matérias-primas e até de embalagens e seus complementos, alguma resistência em investir em informação, em propaganda. As empresas preferem atuar topicamente, em feiras, ou só com malas diretas, ou com outras ações isoladas. Isso é uma característica de empresário brasileiro ou em outros países também é dessa forma? Obviamente não é de se esperar que o fabricante de bens de capital, que não faz produtos acabados, um produto para o mercado de consumo, vá anunciar na novela das 8 da Rede Globo. Mas em outros países podemos observar que há uma visão mais rica, mais abrangente de como se comunicar com os clientes. O marketing direto é utilizado, mas há muita utilização de revistas especializadas, que têm penetração nesse público. Há utilização de jornais, especialmente os voltados à comunidade de negócios. Lá fora recorre-se mais do que aqui à comunicação interativa, especialmente à internet, não? A internet hoje é usada como uma forma de não só de estabelecer comunicação, mas de prestar serviço. Nota-se também a utilização de atividades ligadas à comunidade, que é uma coisa que no Brasil se faz muito pouco. A indústria de insumos deveria ter uma atividade mais intensa relacionada a projetos comunitários, a projetos sociais, porque de uma certa forma o material básico, a matéria-prima dela,

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sai do ambiente onde todos nós estamos colocados. Os fornecedores de papel, de papelão, de alumínio, de latas, que consomem grande quantidade de energia, um tema hoje muito em discussão, deveriam de alguma forma retornar para a comunidade, devolvendo em parte recursos que são de todos nós. Esse tipo de atividade é muito comum fora do Brasil. A indústria de transformação, a indústria que fornece insumos para a indústria de consumo devolve à sociedade aquilo que de uma certa forma a sociedade dá a ela. Ocupar o máximo de espaço possível, mas de tempo também, não? Uma coisa que as empresas esquecem é que os vínculos precisam ser reforçados diariamente e não com espaços no decorrer do ano. Muitas delas investem em campanhas de comunicação que duram duas, três semanas. Isso é fazer a química do marketing. É melhor fazer um comercial por semana, por mais tempo, do que dez numa única semana. Em todos os momentos em que tenha oportunidade de se relacionar com o mercado, a empresa precisa dar uma demonstração de coerência na sua atitude, e agregar valor a esse relacionamento. É muito importante entender que preço e valor são coisas totalmente diferentes. Preço é aquilo que queremos cobrar pelo produto que vendemos; valor é aquilo que o consumidor acha que merece ser pago pelo produto. Para isso é preciso estar reforçando constantemente essa relação. Quem manda no mercado é quem tem o consumidor do seu lado. Se a marca tiver o consumidor do seu lado e ele fizer questão de levar para casa aquela marca, quem vai ter o poder é a indústria. Se quem tiver o consumidor for o supermercado, porque o consumidor vai comprar naquela loja, vai ficar

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muito difícil para a indústria poder fazer frente ao varejo. No Grupo Talent nós reforçamos muito a importância de as indústrias, as empresas com que trabalhamos, investirem constantemente, em todos aqueles aspectos que fazem parte da comunicação com o consumidor, para que ele possa ver na marca um elemento que agregue valor aos seus relacionamentos. Isso é fundamental. Uma marca de valor é a única forma de a empre-

Por comodismo ou medo de errar, as marcas tendem a se repetir. Às vezes a justificativa é: Nós precisamos parecer com a categoria para sermos identificados, porque se não o consumidor não nos perceberá sa não só vender mais, mas em melhores condições comerciais. Fala-se muito que produtos de primeira linha ou que queiram se diferenciar não devem seguir a política do “me too”, ou seja, não devem copiar a marca líder na sua categoria. No entanto, o que se vê no mercado é uma espécie de “me too” generalizado. Cada categoria de produto é caracterizada por um tipo genérico, um padrão de embalagem. Biscoitos, por exemplo, vêm todos em pacotes com materiais, formatos, cores, tipos, design, imagens e tipologia muito parecidos. Detergentes têm praticamente o único formato de frasco, e por aí vai. Como sair disso?

Com a democratização das tecnologias é muito difícil obter-se hoje um produto que traga diferenciais que sejam singulares. Os recursos estão disponíveis a todos os fabricantes. Se fizermos um “blind test” (teste às escuras) na degustação de um biscoito, será muito difícil alguém dizer “esse biscoito é da marca A, esse da marca B”. Nesse particular a embalagem é fundamental, é o elemento mais forte porque é tátil, é visual, enfim, é o que dá diferenciação. Há uma tendência, não sei se por comodismo ou por medo de ousar, que faz com que as marcas acabem se repetindo. É comum apresentarmos uma proposta original de embalagem ao cliente, seja no seu formato, seja na decoração ou na forma visual de trabalho, e ele ficar com medo de fugir do padrão e, por isso, de não conseguir sensibilizar o consumidor. Já houve vezes em que a justificativa era: “Nós precisamos parecer com a categoria para sermos identificados, porque se não formos iguais aos produtos existentes, o consumidor tende a não nos perceber”. Por isso vemos as embalagens de café todas iguais, as de margarinas também, as de açúcar, em que a União estabeleceu um padrão para todas as demais... Como você pode querer sair do lugar comum, se acha que para pertencer à categoria precisa ser semelhante a alguém? Na verdade, é preciso romper a gestalt. Se não houver o elemento de ruptura, muito provavelmente você vai ficar invisível no ponto-de-venda, confundir-se com a paisagem. Os fabricantes deveriam ter uma visão mais ousada, mais inovadora. Deveriam incentivar os profissionais que trabalham no negócio de desenvolver embalagens a colocar na prática toda sua capacidade de criar coisas originais, inovadoras. Mas não é o que acontece.

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SUCOS

CONVENIÊNCIA E

saúde

O consumidor brasileiro já não resiste tanto a produtos industrializados q ue Por Guilherme Kamio

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e , CRESCIMENTO CERTO q ue concorrem com os feitos na hora – e a categoria cresce

STUDIO AG - ANDRÉ GODOY

s

e o crescimento do mercado de refrigerantes já não se dá a passos largos, o mesmo não pode ser dito do de sucos industrializados prontos para beber. O consumidor brasileiro já não resiste tanto a produtos que concorrem com os feitos na hora, numa mudança de comportamento que vem impulsionando a categoria. Consumir suco em caixinha, lata ou garrafa é hoje uma alternativa cômoda para os que não apreciam bebidas carbonatadas ou buscam uma opção para fugir de seus sabores previsíveis. Opção, aliás, parece ser uma palavra-chave, pois a maior procura pelos sucos “ready to serve” não pode ser encarada como uma migração explicada pela questão do preço. Eles geralmente custam o mesmo ou são mais caros que colas, guaranás e outras bebidas gaseificadas. Diante dessa constatação, torna-se mais plausível creditar o aumento da preferência à busca da população por uma alimentação mais saudável, tendência na qual pesam as campanhas inerentes ao marketing da categoria, que exploram o fato de o produto ser mais nutritivo, repleto de vitaminas. Essa alteração de hábito de consumo vem gerando um movimento espantoso. O instituto de pesquisas de mercado Datamark estima que 2001 fechará com um total produzido de cerca de 233 milhões de litros de sucos prontos, volume quase dez vezes maior que o registrado em 1993. Caso se cristalize a previsão

de que o poder de compra da população melhore, não há dúvida de que os próximos anos continuarão sendo favoráveis ao crescimento dessa indústria. “A perspectiva para os produtos com apelo natural é das melhores”, opina Graham Wallis, diretor do Datamark. Diante do quadro favorável, a competição entre marcas vai se acirrando, e as gôndolas e demais locais de venda mostram que os fabricantes estão apostando como nunca na embalagem como arma para conquistar o consumidor. Afinal, a apresentação tem sido fundamental na evolução da categoria. Para citar só um exemplo, o filão dos sucos prontos para consumo doméstico (Leve Para Casa) se firmou no rastro da utilização das caixinhas Tetra Rex de 1 litro, da Tetra Pak, que se tornaram “a cara” do produto.

Alvo: consumo individual Agora é o mercado de consumo individual que abre oportunidades, com maior espaço para diversidade em embalagem. É também onde cada vez mais se aposta em soluções convenientes, próprias para públicos e momentos específicos de consumo. Numa segunda onda de marketing na categoria, os fabricantes estão preconizando a segmentação, direcionando linhas a alvos bem definidos. Nessa estratégia, o atual momento de mercado deixa claro que as crianças são a bola da vez. E nos esforços para vender demandados por esse fator pululam como nunca os investimentos em diferenciação da embalagem. Prova disso acaba de ser dada pela mai 2001 • EMBALAGEMMARCA – 15

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Coca-Cola quer conquistar mercado com embalagem inédita do Kapo

gigante Coca-Cola, que está entrando com tudo no páreo dos sucos prontos. O Kapo, primeiro lançamento da empresa na categoria, é acondicionado numa embalagem de aspecto incomum, inédita no mercado nacional. Trata-se da Tetra Wedge Aseptic Slim, de 200 mililitros, da Tetra Pak, cartonada asséptica que foge do tradicional formato de paralelepípedo com um topo vincado, lembrando uma bisnaga. Hector Nuñez, diretor de novos negócios da CocaCola, explica que “essa diferenciação é fundamental, pois as crianças gostam de coisas especiais, feitas só para elas”. Dentro da intenção de conquistar a garotada, foram também desenvolvidos personagens associados aos cinco sabores do produto para estampar a fronte

Design especial é a arma da Del Valle para cativar crianças e ampliar canais

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das embalagens. Eles foram “emprestados” pela versão chilena de Kapo, que lidera o mercado de sucos prontos naquele país, e redefinidos no Brasil pela Dia Design, que adaptou o visual do modelo chileno, vendido em embalagem flexível tipo pouch (doy pack), para a cartonada. Incluindo esses investimentos em embalagem, a entrada no Brasil da marca Kapo – palavra que em espanhol significa “o melhor” – consumiu 20 milhões de reais, o que mostra que a Coca-Cola tem planos ambiciosos para a categoria.

Agitar antes de beber Na verdade, a fabricante da marca de refrigerante mais popular do planeta revelou que pretende tornar as bebidas

FOTOS: DIVULGAÇÃO

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não-carbonatadas responsáveis por 25% de seu faturamento mundial. Por isso, Kapo também foi lançado recentemente na Turquia e na África do Sul. “A tendência é continuar evoluindo devido à busca por produtos nutritivos prontos, especialmente para as crianças”, comenta Nuñez, que trabalhou anteriormente como executivo da Sucos Del Valle – empresa cujos resultados devem ter alertado a Coca-Cola de que os sucos prontos configuram um mercado que não pode ser ignorado. Os números da subsidiária brasileira da Del Valle, empresa de origem mexicana, impressionam. Em menos de cinco anos de atuação no país, a marca já detém uma participação de mercado de 17% na categoria, segundo o instituto Nielsen. Em faturamento, a empresa fechou 1999 com 30 milhões de reais, 2000 com 50 milhões de reais e, para 2001, prevê que esse valor chegará a 75 milhões de reais.

Direto à mesa também no fast-food Cadeias de fast food estão se configurando em mais um canal potencial para se vender sucos especialmente acondicionados. É o que deixa transparecer a recente aliança firmada entre a produtora Cargill e a rede Pizza Hut para a comercialização de suco de laranja. Na jogada, o produto é comercializado em embalagem Tetra Rex de 500 ml, da Tetra Pak, para ir diretamente à mesa. Ela traz uma lingüeta no topo, para ser levantada e facilitar o encaixe do canudo para o consumo direto. Jorge Aguirre, diretor geral da Internacional Restaurantes do Brasil, administradora da Pizza Hut em São Paulo, justifica o lançamento levando em conta a exclusividade. “Somos a única grande rede de restaurantes que oferece suco de laranja 100% natural, integral e com embalagem personalizada.”

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Garrafa de vidro: adequada ao suco orgânico

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A Del Valle reforça a constatação de que os sucos prontos têm potencial para explorar com força o universo infantil. A empresa está colocando no mercado a linha Mini Valle Kids, acondicionada em caixinhas Tetra Brik de 200 mililitros, quantidade que virou padrão na adequação ao público mirim. Mais que acertar na porção, a empresa também sentiu a necessidade de direcionar a apresentação, trabalho que a Packing Design desenvolveu utilizando ilustrações esportivas nas caixinhas. O posicionamento visa aproximar o produto dos “momentos de agito e na escola”, como deixa claro Horácio Rocha, diretor de vendas e marketing da Del Valle. A partir da iniciativa, a empresa pretende abrir novos canais de venda, como escolas, parques e clubes. Com eles, Rocha espera elevar em 20% as vendas da linha dedicada às crianças. Aliás, pensar em linhas variadas é estratégia conhecida da Del Valle, tendo em vista as diferentes embalagens consumidas pela empresa. Além da Tetra Brik, a empresa utiliza latas de alumínio de 335 mililitros, fornecidas pela Crown Cork, e as Tetra Rex de 1 litro, para consumo doméstico.

Vendas energéticas com açaí em caixinha Não demoraria para que alguém tivesse a idéia de colocar o açaí, em forma de suco, no varejo. A fruta, que caiu no gosto do público jovem com o apelo de energético natural, é o principal ingrediente do Suco de Açaí Mix da marca Raízes, que ainda leva extrato de guaraná e purê de banana em sua composição. No mercado há cerca de um ano pela Santamate, de Santa Maria (RS), empresa adquirida em 1999 pelo grupo Infrupar – Indústria de Frutas do Paraná, o produto vem obtendo “desempenho mais que satisfatório em vendas”, nas palavras do gerente de marketing Sérgio Henrique de Oliveira Barbosa. O suco é envasado em cartonada asséptica Tetra Brik Square de 1 litro, da Tetra Pak, com exclusiva tampa plástica de rosca, detalhe ressaltado em um splash da embalagem. Para dar continuidade aos bons negócios da empresa, Barbosa adianta que serão lançados em breve novos produtos, e as linhas atuais, também encontradas em latas de alumínio da Latasa, ganharão versão em cartonadas de 200 mililitros e novos modelos para a Tetra Brik de 1 litro. No segundo semestre irá estrear um novo visual das embalagens, trabalho que já está sendo tocado pela agência Chama Advertising.

PET e vidro No frenesi pela disputa de um lugar ao sol no mercado, a diversificação no acondicionamento dos sucos prontos está indo muito mais longe. Outras marcas estão mostrando que há espaço para inovação em embalagem sem obrigatoriamente passar pelas latas e pelas cartonadas. Para estrear no ramo apostando em diferenciação, a IRB – Indústrias Reunidas de Bebidas Tatuzinho–3 Fazendas acaba de lançar o refresco de frutas cítricas First Cítricos em garrafa de PET de 330 mililitros. A bebida faz parte da chancela First One, que sustenta produtos voltados ao público

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adulto. A IRB aproveitou a embalagem utilizada nas linhas de águas aromatizadas e chás gaseificados First One para lançar o First Cítricos.

Corpo feminino Fabricada pela Polipet com forma que “lembra as curvas do corpo feminino”, como gosta de frisar a empresa, a garrafa parece estar agradando ao consumidor, a julgar pelas vendas: as linhas First One faturaram 7 milhões de dólares no ano passado. Para 2001, a empresa tem a expectativa de que esse montante sofra um incremento de 10 milhões de dólares. A esperança depositada num bom rendimento do suco contribui significativamente para essa estimativa. “Observamos o grande crescimento de consumo pelos brasileiros registrado nesse segmento”, diz César Rosa, presidente da empresa. Já a Wessanen, detentora da

marca Maraú, está lançando um suco pronto de laranja orgânico, de olho no crescimento da procura por produtos do gênero. O produto atende aos requisitos ambientalmente amigáveis exigidos na fabricação dos orgânicos, o que lhe garante um aspecto premium.Essa percepção é reforçada pela embalagem escolhida para o produto, uma garrafa de vidro de 1 litro, fornecida pela Cisper. Segundo Maurício Filippetti, gerente de marketing da Wessanen, a embalagem de vidro foi escolhida “por ser feita do mais reciclável de todos os materiais, o que contribui para totalizar o conceito de produto orgânico”. Também seguindo a orientação de causar impacto ambiental mínimo com a embalagem, o rótulo é de papel. O produto deverá estrear em linha para consumo individual, porém a preocupação momentânea, é atender satisfatoriamente ao mercado doméstico, conta Filippetti.

Para entrar no mercado, a IRB aposta no PET para o First Cítricos

Novos canais com imagem premium Para debutar na era industrial, em meio a um mercado altamente competitivo como o de bebidas não alcóolicas, a água de coco ganhou roupa nova. O coco verde, embalagem natural do produto, foi substituído pelas cartonadas assépticas, as populares caixinhas longa vida. As vendas responderam tão bem que hoje a preocupação dos fabricantes é aumentar a capacidade de produção, para poder acompanhar a demanda do mercado interno e as crescentes exportações. É exatamente o caso da Amacoco, proprietária das marcas Kero Coco e Trop-Coco, que inovou ao acondicionar a bebida em caixinhas Tetra Prisma Aseptic, da Tetra Pak. “Com essa embalagem o produto ganhou um inegável as-

pecto premium”, conta Gilmar Sanches, diretor de marketing da empresa. A valorização da imagem do produto se deu por duas vias, segundo o profissional. Primeiro,

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pela conveniência, proporcionada pelo selo pull-tab da Tetra Prisma, que permite o consumo direto na embalagem e enobrece a ida à mesa, dispensando o uso de canudo. Depois, pelo visual da embalagem, com acabamento metalizado, assinado pela agência mineira By Design. Mais do que causar impacto nas gôndolas, a inovação permitiu a aceitação em restaurantes e bares, ampliando os canais de venda do produto. “Não entraríamos nesse mercado com as caixinhas com canudinho”, comenta Sanches, que frisa ainda outras vantagens propiciadas pela embalagem cartonada ao longo da cadeia de produção. “Ela dispensa o uso de conservantes e a refrigeração no transporte e no ponto-de-venda.”

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ESTRATÉGIA

ACOMPANHADO, MELHOR AINDA

U

ma embalagem especial para promover uma nova maneira de beber o brandy Domecq, na forma de drinque. Com essa estratégia a empresa Allied Domecq espera ampliar seu público, limitado a homens acima dos trinta anos. Intitulado Domecq Cola, o drinque consiste na combinação do conhaque com refrigerante de cola. De acordo com Bruno Zolotar, gerente de produtos da Allied Domecq, “surgiu para difundir a prática de consumo diferenciado, quebrando o conceito de que o brandy é para ser bebido somente no inverno e puro”. Para tanto, o estojo de papel cartão que acomoda a bebida, desenhado pela Estratégica e fabricado pela Escala 7, apresenta a receita no verso e destaca a cor vermelha, fortemente associada à imagem das colas. A grande janela da embalagem dá visibilidade ao copo alto e personalizado que acompanha a garrafa, um brinde agregado ao produto para derrubar outro mito. “O copo alto vem para mudar a idéia do modelo balão, tradicional na apreciação do conhaque”, diz Zolotar. Segundo ele, a estratégia vem rendendo bons resultados. “As mulheres sempre acharam o Domecq muito forte, e os jovens, uma bebida careta”, analisa. “Com a ação, conquistamos o interesse desses consumidores.” A expectativa com a edição limitada da “embalagem kit” é aumentar em 10% as vendas nos meses de maio e junho, período de duração da promoção. E, para o inverno, a empresa planeja ações em festas que seguem essa linha de quebra de conceito, divulgando o consumo de Domecq com chocolate quente.

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MATERIAIS

aço

O DÁ A VOLTA POR CIMA Contrariando previsões pessimistas, lata de folha-de-flandres está à toda

n

a guerra dos materiais por conquista de espaço, a lata de aço, poucos anos atrás classificada, pelo menos pelos concorrentes, como uma espécie de patinho feio da área de embalagem, está, como na historia infantil, se revelando um cisne cheio de vitalidade. Empresas do setor não só vêm conquistando seguidos prêmios internacionais como, no conjunto, previsões de que novos materiais engoliriam fatias crescentemente substanciosas do aço não se concretizaram. Ao contrário, em 2000 o consumo de latas no Brasil, medido pela

Os quatro frisos verticais evitam o “embarrigamento” e o atrito

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produção de folha-de-flandres (cerca de 700 000 toneladas/ano), cresceu 2% sobre 1999 e deverá manter o ritmo este ano, segundo prevê Elio Cepollina, coordenador geral do Prolata (Programa de Valorização e Incentivo ao Uso da Embalagem Metálica) e conselheiro da Cia. Metalúrgica Prada, maior fabricante brasileira de latas, com alegados 20% do mercado. Mas não é só no consumo que o vigor da lata transparece. O setor vem fazendo seguidos lançamentos e conquistando prêmios internacionais, atestando o avanço da qualidade, o design moderno e a inovação dos produtos. A Prada, por exemplo, está colocando no mercado dois produtos, para uso, respectivamente, em aerossóis (químicos, tintas e vernizes) e massas para construção civil (corrida e textura). O primeiro é um recipiente com diâmetro de 65 milímetros, tipo neck-in, que se enquadra no padrão internacional dessa de categoria de embalagem, explica Tetsuya Higashi, gerente de vendas da empresa. O segundo é uma lata de 18 litros com quatro frisos, cuja função é aumentar a resistência do recipiente, evitando seu “embarrigamento” e, conseqüentemente, a possibilidade de atrito durante a movimentação e o transporte de mais de uma unidade. “Com esse aperfeiçoa-

mento”, diz Higashi, “o empilhamento melhora e o risco de prejuízo do aspecto visual das latas pelo atrito deixa de existir.” Outra vantagem desse implemento, segundo o gerente de vendas da Prada, é que “a resistência aumenta, mas sem encarecer, pois a espessura da chapa é a mesma das latas sem frisos”.

“Espaguete” na paralela Na lata de aerossol, foi eliminada a recravação externa do modelo anterior, que deixa de ser fabricado. Ou seja, o recipiente, destinado a produtos químicos, tintas e vernizes, não traz mais o “anel” que unia a parte superior e o corpo cilíndrico. A lata passa a ter ombro, permitindo que a tampa plástica fique perfeitamente alinhada na lateral. Graças a esse implemento, que já existia nas latas de 57 milímetros de diâmetro, o “espaguete”, um tubo flexível para aplicação que vinha enrolado no topo das latas de aerossol de lubrificantes, passa a vir na paralela, seguro por um dispositivo na tampa plástica. É como fornecedora de embalagens para alimentos processados, onde mais se destaca, que a Prada pretende manter e ampliar o ritmo de crescimento. De acordo com

FOTOS: DIVULGAÇÃO

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Djalma Carlos, gerente comercial para o segmento, a empresa está investindo para que a unidade de Uberlândia (MG), hoje dedicada exclusivamente à produção de latas de 900ml para óleo comestível, passe a fabricar também recipientes para alimentos. Em agosto próximo, quando estiver em pleno funcionamento, a unidade mineira terá capacidade para produzir mensalmente 17 milhões de latas com diâmetro de 73mm. Além dessa fábrica, a Prada produz embalagens para

alimentos processados na matriz, situada na capital paulista, e nas filiais de Mairinque e Araçatuba, também no Estado de São Paulo

CSN investe Além dos investimentos dos cerca de 25 fabricantes de latas de aço existentes no país em tecnologias e processos que os tornem mais competitivos, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) prevê aplicar 30 milhões de dólares este ano na modernização da produção de folha-

de-flandres para embalagens de óleos comestíveis e rações animais. Estão previstos, também, investimentos de 80 milhões de dólares para uma nova fábrica da Metalic, de latas para bebidas, no Sudeste do país. A expectativa da empresa é que, somada à produção da fábrica já existente no Nordeste, a participação da lata de aço no segmento salte dos atuais 5% para 12%. Como se pode prever, o aço promete esquentar ainda mais a já aquecida guerra dos materiais.

Lá fora, lata brasileira leva ouro, prata e bronze A passagem verão/outono tem sido frutífera para o setor brasileiro de embalagens de aço. Entre março e maio deste ano, fabricantes de latas de folha-de-flandres destinadas a uso em diferentes segmentos de produtos de consumo, conquistaram nada menos que quatro prêmios internacionais. Somente no concurso Cans of the Year deste ano, disputado por fabricantes de latas do mundo inteiro, o Brasil conquistou duas medalhas de bronze e uma de prata. Esse é o mais importante certame mundial do segmento de embalagens metálicas, pro-

movido pela revista inglesa The Canmaker e realizado este ano, em Denver, nos Estados Unidos, durante a feira Cannex, de 24 a 27 de abril. A lata de alimento para cães do Bomguy Premium, projeto da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) em parceria com a Dumilho, fabricante de rações para animais, e com a agência de design Packing Design, conquistou bronze em Alimentos e representa a primeira conquista de um prêmio de design internacional na área de embalagens metálicas. A premiação tem significado especial por ter ocorrido na categoria mais disputada do concurso, pois não havia um item específico para pet food. O projeto consiste numa lata promocional com capacidade para 7 quilos de ração seca, lançada para armazenamento do produto vendido em embalagens flexíveis, de modo a conservá-lo por mais tempo. Foi impressa pela Metalgráfica São Miguel, de Contagem (MG), que conseguiu reproduzir fielmente as nuanças sutis de fundo e obter um colorido vibrante e atrativo, valorizando o design. O outro bronze foi ganho pela Real Embalagens, com uma lata de 1/4 de galão para tinta. A medalha de prata, ganha pela Brasilata na categoria Protótipo, com a lata de 1/4 de galão Plus UN é mais um prêmio atribuído ao Fechamento Plus desenvolvido pela empresa. De fato, a Plus UN, que em março último

obteve a certificação das normas recomendadas pela Organização das Nações Unidas para acondicionar produtos perigosos, havia sido premiada no mês anterior com medalha de ouro no Congresso Latincan, realizado em Cancún, no México. Esse sistema de fechamento, na medida de galão inteiro, já havia conquistado o prêmio ouro no concurso Cans of the Year de 2000, realizado em Brisbane, na Austrália. A categoria Protótipo, em que a Plus UN foi premiada este ano, é disputada por embalagens inovadoras que se encontram em tiragem inicial. Entretanto, adianta Antonio Carlos Teixeira, diretor superintendente da empresa, como se trata de uma extensão da linha de Fechamento Plus, a embalagem será comercializada no mercado brasileiro ainda este ano.

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SERVIÇO

MAIS

rotuladoras

Diante da variedade de modelos, escolher não é nada fácil

c

omo prometemos em edição anterior, apresentamos neste número de EMBALAGEMMARCA mais opções de rotuladoras disponíveis no mercado. Tendo em vista as necessidades específicas de cada indústria usuária, renovamos a sugestão de se pesquisar muito antes de escolher definitivamente qual modelo adquirir. Vale lembrar os conselhos le-

vantados na reportagem anterior. Considere todos os aspectos, avaliando suas reais necessidades e as características de sua linha de produção e de embalagem. Peça o maior número possível de informações ao fabricante ou ao representante do equipamento, para ter a certeza de que está fazendo a escolha certa – e para avaliar a qualidade do atendimento do vendedor. Fatores como modularidade e

capacidade de expansões da máquina, assistência técnica, garantia e opcionais – tudo, enfim – deve ser levado em conta. Se você não tem familiaridade com as marcas e empresas que atuam no mercado, peça o conselho do seu fornecedor de rótulos, que poderá lhe dar uma assistência considerável. Usando o bom senso e pesquisando, com certeza você encontrará aquilo que precisa.

KHS Anker Ao incorporar a conhecida fabricante de rotuladoras Anker, em 1999, a KHS ampliou sua faixa de atuação. Hoje, não só a indústria de bebidas, para a qual a KHS já fornecia rotuladoras de alta velocidade, mas todos os outros segmentos industriais são atendidos pela KHS Anker. A linha RF 25/33, para a aplicação de rótulos wrap-around, como os de garrafas PET de refrigerantes, pode atingir a velocidade de até 42 000 aplicações por minuto, em embalagens cilíndricas ou re-

tangulares. Se a necessidade for versatilidade, há a linha Roland de máquinas rotativas, que aceitam o trabalho com cola fria ou rótulos auto-adesivos, em embalagens de diversos formatos, numa velocidade de até 36 000 aplicações por hora. Há ainda as linhas KL 2000, para velocidades extremas (70 000 aplicações/hora com cola fria ou 50 000/hora com auto-adesivos), a Variant, para rotular frascos cilíndricos ou baldes e caixas, e a Wiking, de rotula-

doras lineares para frascos de formatos variados.

(11) 5096-3614 / (11) 6951-8100 www.khs.com.br

Label Systems Oferecendo diversos tipos de rotuladoras, a Label Systems trabalha com linhas para várias necessidades. Há desde uma pequena dispensadora portátil semi-automática, a LS Baby 100/70, que facilita o destaque de etiquetas em processos ma-

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nuais, até equipamentos modernos como os modelos LS 100/150 3C e LS 100/150 2C, rotuladoras automáticas que são comandadas pelo Softlogic, software de última geração. Estes últimos aplicam rótulos na frente e no verso de embalagens

(cilíndricas ou poligonais) simultaneamente, possibilitando assim um processo sem parada de máquina. A velocidade de rotulagem é de 20 metros por minuto.

(11) 4158-3037 www.labelsystems.com.br

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s PARA O MERCADO Label Fix Com usuários no Brasil como Novartis, Laboratórios Aché, Avon, Johnson & Johnson, Prodesmaq e Ceras Johnson, as rotuladoras da conhecida marca australiana Tronics são comercializadas no mercado nacional pela Label Fix. Todos os movimentos nas máquinas (não somente do cabeçote aplicador) são regidos por motores de passo sincronizados entre si, o que garante precisão e ausência de falhas, dobras ou rugas na aplicação. Outros pontos de destaque são os sensores fotoelétricos, que inspecionam os frascos em todas as etapas da rotulagem, a velocidade ajustável de aplicação de 30 até 250

frascos por minuto, o reduzido tempo de setup e o chassi reforçado, que não vibra nem balança. Há ainda opcionais como marcadores hot-stamping para datar os rótulos e alarmes de final de bobina ou falta de rótulos. A Label Fix distribui as rotuladoras Tronics Série 3 e Econo Series, estas últimas mais básicas e econômicas.

(11) 3744-2669 www.labelfix.com.br

Tudela Linhas de rotuladoras automáticas e semi-automáticas são fabricadas pela Tudela. Para a aplicação de um rótulo sobre frascos redondos, a rotuladora automática RAR1, que utiliza motor de passo, tem estrutura em aço inoxidável, painel eletrônico destacável e inversor de freqüência para ajustar a velocidade da esteira, adaptando-se às mais diferentes linhas de produção. É possível trabalhar com frascos de tamanhos variados e a velocidade de rotulagem, dependendo das dimensões do rótulo, pode chegar a 8 000 unida-

des por hora. Já a linha de rotuladoras semi-automáticas é composta pelos modelos RDR, para frascos redondos, e RDF, para frascos planos e semi-planos, podendo aplicar em frente e verso. A alimentação de ambas é manual, e a rotulagem é controlada por pedal, podendo chegar a até 1 500 aplicações por hora. Há ainda a possibilidade de adicionar em linha um datador hot-stamping, da própria Tudela, para datar nos rótulos a fabricação, a validade e o lote.

(11) 6941-6930 www.tudelaindustria.cjb.net

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Willett

O sistema etiquetador DEA 02 vem sendo trabalhado pela Willett junto ao setor farmacêutico, às voltas com a recente publicação de uma portaria governamental que estabelece normas de identificação para produtos acondicionados em ampolas. As principais características do produto são bandeja de entrada e saída de fácil extração e reposição, capacidade de mudar rapidamente de produtos com dimensões diferentes, possibilidade de incluir uma codificadora ink jet na mesma operação e sistema de segurança do processo. A velocidade de rotulagem é variável, podendo chegar a 300 aplicações por minuto. Outro produto da Willett para a área de rotulagem é a aplicadora de etiquetas 210, com controle microprocessado e que funciona a partir de motor de passo, numa velocidade de aplicação de até 30 metros por minuto. Sua memória interna armazena parâmetros para até dez produtos. Há uma série de acessórios e kits que permitem alterar o método de aplicação sincronizado para jato de ar ou tamp pneumático.

(11) 4689-8855 www.willett.com

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Omni Representada no país pela Omni Representação, a fabricante americana de rotuladoras automáticas Quadrel Labeling Systems está diversificando linhas com novos produtos. Dentro da categoria premium, a rotuladora Premier tem precisão de 0,5 mm na aplicação, que pode chegar a uma velocidade de até 400 produtos por minuto. Para a indústria farmacêutica, a Pharmaline PL30 é capaz de etiquetar frascos cilíndricos de pequeno diâmetro, especialmente ampolas – a alimentação e a saída são feitas por sistema de bandejas. A Versaline Vac Wrap tem cabeçote aplicador que funciona a

partir de um sistema a vácuo, que permite a inserção de dois rótulos em frascos cilíndricos, o que a torna própria para a indústria de bebidas. Aplica de 150 a 200 rótulos por minuto, dependendo das dimensões da embalagem e do rótulo. Já para uma “linha de combate”, de rotuladoras de baixo custo para trabalhos simples, a Quadrel dispõe da Econoline, para até 6000 aplicações por hora. A Quadrel ainda produz impressoras/etiquetadoras para processos de marcação e codificação de caixas de expedição e embalagens de produtos.

(11) 3167-2433 / (41) 243-3950 [email protected]

Pavax A Pavax representa no Brasil as máquinas rotuladoras da empresa americana Trine Labelling Systems, todas com grande apelo de versatilidade. É o caso da Trine Quick Change 4500, cuja característica mais marcante é a facilidade na troca de ferramental, graças ao projeto modular e às peças de rápido desencaixe. Isso a torna ideal para empresas que processam múltiplas linhas de produtos com diferentes tamanhos de embalagem. A máquina também elimina mudanças no

cortador, fazendo com que todos os tamanhos de rótulos possam ser cortados. O projeto é robusto e seu painel de controle, com tela sensível ao toque, é de operação intuitiva.

(11) 4789-5511 www.pavax.com.br

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MAKING OF

SOLUÇÃO

profissional

Ainda há quem aposte em soluções “mais baratas” na hora de definir o de si

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credite: em plena época de globalização da economia e de competição mortal por fatias de mercado, ainda há empresas que desenvolvem as embalagens de seus produtos do jeito caseiro. Fazem como o sujeito que, incomodado com as pessoas que na rua olham torto para seu corte de cabelo, reconhece a necessidade de cuidar melhor da própria aparência. Vai então a um bom salão de cabeleireiro, vê a tabela de preços e lembra de uma amiga que corta o cabelo do filho em casa. Para economizar, liga para ela, que fica sem jeito de recusar o pedido. Resultado: sua cabeça fica com o formato de um fundo de alcachofra, os poucos reais economizados acabam custando caro. Da mesma forma, certas empresas, em vez de procurar especialistas, deixam a cargo de amigos ou “jovens talentosos com bons conhecimentos de computação gráfica” a criação e o desenvolvimento de embalagens. Quando o produto vai mal nas gôndolas, os responsáveis ainda se perguntam, surpresos, o porquê do fiasco. Em negócios, é melhor deixar as coisas nas mãos de profissionais, lembrando que a remuneração por eles cobrada para criar uma embalagem acaba sendo diluída na venda dos produtos, por muito tempo. Para mostrar o trabalho desses profissionais, a partir desta edição, EMBALAGEMMARCA publicará, mensalmente, um case de design explicado por quem o desenvolveu. A intenção é mostrar que o design de embalagens é uma função complexa, que extrapola o bom grafismo. Com um bom design, pode haver ganhos na logística do produto e economia na produção das embalagens – além, é claro, de reforçar a imagem da marca e implementar vendas. Obviamente, o retorno de investimentos em design não é garantido. Mas, ao menos, reduzem-se as chances de fracasso. A agência que inaugura este espaço é a Haus Design, de São Paulo. Mas, desde já, todas as agências (inclusive os departamentos internos das empresas) e todos os designers interessados em colaborar estão convidados a entrar em contato com a redação da revista, por telefone (11) 5181-6533 ou por e-mail (redaçã[email protected]). Este espaço está aberto a todos.

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“A EMBALAGEM DEVE VALORIZAR A MARCA”

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empresa paulista de temperos Penina decidiu, no ano passado, modificar as embalagens de sua linha de produtos. Voltados para um público de menor renda – mas nem por isso menos exigente –, os produtos precisavam ganhar uma imagem “mais moderna”, conforme o briefing passado pela empresa à Haus Design, agência a quem coube a tarefa. “No briefing, devemos buscar o maior volume possível de informações sobre o produto e sobre a empresa”, explica Gisela Schulzinger, diretora da agência de design. “Como a Penina tinha a intenção de mudar suas embalagens, mas não tinha clareza de como fazê-lo, começamos a verificar qual era o significado de cada elemento da embalagem.” A agência foi aos pontos-de-venda onde os temperos Penina eram vendidos – supermercados menores, atacadistas e distribuidores –, para analisar o comportamento do público-alvo da marca frente à embalagem. “É preciso verificar o que acontece no mercado”, recomenda Gisela, “para que se possa fazer um verdadeiro diagnóstico da embalagem que se quer mudar”. A primeira coisa a ser mexida nas embalagens da Penina, na percepção dos profissionais da Haus Design, era a marca. Na opinião de Gisela, “um dos principais “Primeiro, trabalhou-se sobre as letras, que transmitiam desequilíbrio, desorganização, um visual meio infantil”

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al OU JEITO caseiro ? de sign da embalagem, mas procurar especialistas ainda é o mais indicado

“A figura da negra foi rejuvenescida, ganhou uma nova linguagem de desenho e foi incorporada à marca”

objetivos da embalagem, hoje em dia, é valorizar a marca que carrega”. Porém, como se tratava de uma marca já tradicional, não era possível fazer as modificações abruptamente. Alguns problemas foram identificados imediatamente. Em primeiro lugar, era preciso mexer nas letras. “O espaçamento entre as letras, as próprias letras, as cores, tudo dava uma sensação de desequilíbrio, de desorganização, com um visual até um pouco infantil”, ressalta Gisela. “Do jeito que estava, passava-se ao cliente uma sensação de pouco profissionalismo, e tudo isso poderia estar atrapalhando a percepção da marca.” Além disso, a imagem da negra idosa, que aparecia na parte inferior da embalagem, desvinculada da marca, também passou por mudanças. “A mulher da embalagem era considerada pela empresa como a própria marca”, conta Gisela. “Era ela que dava a identidade aos produtos, era um elemento central na marca Penina.” Por isso, incorporou-se a figura à marca redesenhada. “Depois, trabalhamos na ilustração, na linguagem do desenho.” Foi mantido o conceito, mas a negra

foi “rejuvenescida”, e ganhou um traço diferente. O resultado é que, de acordo com a agência, a nova marca ganhou personalidade mesmo fora das embalagens. Nas análises de campo, descobriu-se também que não era necessário o produto ficar tão exposto, como acontecia com as embalagens antigas. Por isso, a janela foi diminuída, e ganhou uma ilustração com especiarias e condimentos ao redor, de forma a aumentar o apelo visual da embalagem, mostrando o colorido do produto. “Optamos pelo traço hiper-realista, e não por uma fotografia, porque os elementos têm diferentes tamanhos, e a composição poderia perder harmonia.” O fundo ficou amarelo. “É a cor que dá mais destaque, que chama mais a atenção, e na ocasião não havia concorrentes diretos que usassem essa cor”, explica Gisela. “A intenção era diferenciar a embalagem na gôndola, frente à concorrência.” Como conseqüência, a embalagem, que antes era impressa em flexografia com quatro cores, ganhou mais uma. O substrato, de BOPP, foi mantido na mudança (um pouco à frente, a empresa o substituiu por poliéster póli). O resultado, segundo a diretora da Haus Design, é que a imagem da marca Penina melhorou muito. “O que eu acho mais fantástico é que a mudança das embalagens modificou a mentalidade da empresa”, comemora Gisela. “Hoje, estamos trabalhando para alterar as embalagens distribuídas para feiras, e estamos desenvolvendo um estudo para diminuir os custos de todas as linhas de embalagens da empresa.”

“Diminuímos a janela e jogamos uma ilustração hiper-realista sobre um fundo amarelo, para dar destaque no ponto-de-venda e valorizar a marca”

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Display Etiqueta em forma de coração para atrair os enamorados Com o objetivo de atrair a atenção para o Dia dos Namorados, a Arcor está decorando os potes plásticos das balas Cofler, Butter Toffees e da linha de recheados com chocolate com uma peça auto-adesiva no formato de um coração vermelho. Trata-se da etiqueta

Flag, da Novelprint, sistema que ocupa espaço aéreo na gôndola ou prateleira, proporcionando apelo visual. “A solução é muito versátil e não interfere no design da embalagem”, afirma Gilberto Colorni, chefe do departamento de design da Arcor.

ÍCONES GARANTEM MAIOR VISIBILIDADE A agência B+G designers é a responsá-

ELIANA BEVILÁCQUA

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Visual de inverno

vel pela alteração das embalagens da linha Caldo Maggi. A fim de atribuir maior visibilidade nas prateleiras às embalagens dos sabores Camarão, Bacon e Legumes e Vegetais, a agência desenvolveu a mesma linguagem das versões tradicionais – carne e galinha: um ícone representando cada variedade. Além disso, a marca Maggi ocupa um espaço maior em toda a linha (inclusive nos sabores tradicionais) e as cores foram redefinidas. Os cartuchos são impressos pelo Ibratec.

Tradição dá lugar à praticidade A tradicional latinha das Pastilhas Valda, no mercado há cem anos, agora tem uma companheira: embalagens de plástico similares a ela. A necessidade de uma nova versão surgiu de reclama-

ções dos consumidores, que estavam descontentes com o som do metal emitido ao fechar ou abrir a latinha. A nova versão em plástico metalizado, desenvolvida pelo laboratório francês Canonne, apresenta um sistema de fechamento mais prático, basta girar e puxar. Segundo a empresa, as vendas aumentaram em 5% desde que foram colocadas no mercado as novas embalagens, que são fornecidas pela Pevi Embalagens Plásticas.

ENERGÉTICO EM MULTIPACKS Durante a APAS 2001 (Feira da Associação Paulista de Supermercados), a Flash Power apresentou a embalagem mutlipack da bebida energética.

O multipack fornecido pela Riverwood-Igaras acomoda três ou seis latinhas de alumínio com capacidade para 250ml, importadas da inglesa Rexan.

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O visual, elaborado exclusivamente para a América do Sul, é assinado pelos designers Jimmy Leroy (MTV) e Marcelo Bergasse (Eye Dea).

A cerveja Kaiser Bock volta ao mercado nesse inverno com aparência reformulada. O novo rótulo apresenta características mais refinadas e a indicação de que a produção é limitada. Criado pela agência NewDesign, a apresentação visual segue o conceito de modernização das embalagens da Kaiser, iniciado em janeiro de 2000. Os rótulos são da Dixie-Toga.

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Display Sabor inovador para marca ascendente A marca de creme dental Gessy Cristal acaba de ganhar mais um sabor, Canela e Menta. O produto vem acondicionado em bisnagas da Metalpack e os cartuchos são impressos pela Brasilgráfica. De acordo com pesquisa AC Nielsen, a marca cresceu de 4,8% em 1998 para 7,1% em 2000 no share do mercado brasileiro de cremes dentais. O visual foi desenvolvido pela R234.

Frascos modernos: arma da Niely Com frascos modernos, a Niely Cosméticos está lançando uma linha de produtos para os cabelos. As embalagens de 300ml dos xampus e condicionadores e de 500ml do creme de hidratação são fornecidas pela Embalagens Maddox. Os rótulos, impressos em flexografia, são fornecidos pelas empresas Prakolar, Multilabel, Grif e Escritolar.

Feitas na “Big Apple” Shine Free, a nova linha de produtos para maquiagem da L’Oréal, é composta por três produtos que combatem a oleosidade da pele. As embalagens da linha são importadas, fornecidas pela Gotham New York, com design

POTINHO INÉDITO PARA AS CRIANÇAS A Danone está lançando o Danoninho para beber. Mas a novidade não está apenas no produto. Sua embalagem também é inédita no mercado. Voltada para o público infantil, a garrafinha vermelha, cor tradicional da marca, possui 65g em um formato adaptado para o uso infantil. Comercializadas em multipacks de papelcartão com seis unidades, da Mead, as garrafinhas são fornecidas pela Logoplast. O rótulo adesivo é da Pimaco e a tampa de metal da Alcan.

concebido nos Estados Unidos.

BANDEIRINHAS PARA ENTRAR NO CLIMA Em edição limitada, a Bauducco estará colocando nas prateleiras uma linha de produtos juninos. Inspirado nas decorações de Festas Juninas, o design assinado pela De Goes ganhou badeirinhas e chapéus de palha. As embalagens flexíveis, em BOPP, são da Shellmar.

Embalagem segue sucesso da propaganda Para o Dia dos Namorados, a Sukita vai aproveitar o clima de conquista existente em seus comerciais para lançar uma lata decorada com o tema. Laranjas em forma de coração ilustrarão a embalagem que traz, ainda, três opções de mensagens diferentes (“Vamos dividir?”, “Vamos tirar uma casquinha?” e “Alguém que escolheu você não engole qualquer coisa”). Quem assina o design é a Carillo Pastore Euro RSCG.

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Panorama Serviços integrados e ágeis A It’s Marketing Mix está lançando a USE – Unidade de Soluções Estratégicas, divisão que tem a proposta de oferecer serviços para todas as etapas do desenvolvimento de pro-

duto – engenharia de embalagem, especificação técnica de materiais, linha de produção, diagnóstico de cadeia produtiva, exposição em PDV, desenvolvimento e especificação de fornecedores, estratégias de relacionamento fabricante/usuário de embalagem, gestão de qualidade e gestão ambiental. A It’s também está lançando a Clínica da Embalagem, ferramenta de busca personalizada de empresas fornecedoras da cadeia de embalagem. Mais de 5 000 fornecedores, de gráficas a fabricantes de máquinas, estão cadastrados pelo serviço. (11) 5083-1304 www.clinicadaembalagem.hpg.com.br

LACRE PARA PRODUTOS NOBRES Para garantir segurança, evitando a adulteração de produtos, a Novelprint acaba de lançar o Lacre Antiviolação. “O produto tem na parte superior uma camada de filme sem cortes, enquanto a inferior possui picotes”, explica Martin Mato Marques, gerente de desenvolvimento da Novelprint. O sistema é ideal para embalagens de produtos de alto valor agregado, como eletrônicos, peças de automóveis e produtos de linha branca. Devido ao adesivo, agressivo, é impossível remover o selo sem danificar a embalagem. Há vários formatos e cores para o produto, de acordo com a necessidade do cliente.

DE OLHO NA DEMANDA Segundo dados da ABIA – Associação Brasileira da Indústria de Alimentos, hoje mais de 25% das refeições são feitas fora do lar, e a 7% desse comportamento neste ano. Atenta a esta demanda, a Plásticos Formar está lançando a linha Food Pack Prática (FPP) de embalagens termoformadas, do tipo tampa e berço, com base em polipropileno e corante atóxico. São três itens, em formato retangular, com até três divisões, que podem ir diretamente ao freezer e ao microondas.

(11) 4056-3655 www.formar.com.br

MAURÍCIO SPERANZINI

FOTOS: DIVULGAÇÃO

perspectiva é de crescimento de

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SIG assume negócios “Wet” da Sasib Como mais um passo na política de expansão de atividades globais, o grupo suíço SIG está adquirindo do grupo CIR as atividades da grande fabricante de máquinas Sasib na área “Wet”, que compreende o processamento e embalagem de produtos alimentícios líquidos, nos mercados dos EUA, do México, do Brasil, da China e de filiais européias. O negócio ainda está sujeito a aprovação das autoridades antitruste nacionais e internacionais. Caso aprovado, a SIG irá atingir um volume de negócios de cerca de 3 bilhões de francos suíços, e irá concentrar um amplo know-how, estando capacitada a oferecer soluções completas no setor de embalagem de líquidos alimentícios – nas áreas de sopro, enchimento, rotulagem e logística. De acordo com a Sasib, a operação tem uma lógica muito clara: os dois grandes grupos têm interesses comuns e convergentes, com uma sobreposição mínima em termos de produtos e mercados, “o que torna as possíveis sinergias evidentes.”

(11) 3768-4111 www.novelprint.com.br

Para acabamentos gráficos Serrilhadeiras, micro-serrilhadeiras, dobradeiras e envelopadoras são os produtos que a Ribra está apresentando ao mercado. Com versões de mesa e de gabinete, possuem alimentação automática e design robusto, com desempenho adequado a pequenas ou grandes tiragens de empresas gráficas. (11) 5575-0094 • www.ribra.com.br

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Panorama ITW aposta em multipacks comunicativos

Os braços agradecem

Provedora de soluções em embalagens para múltiplas unidades de produtos, a ITW Hi-Cone está aumentando a possibilidade de seus clientes se comunicarem com o consumidor. Esse é o apelo que seus conhecidos anéis plásticos, para unir latas ou garrafas PET, potencializam com a incorporação dos MPCs – Merchandising Panel Carriers. São painéis incorporados aos anéis que podem servir para divulgar brindes, promoções com varejistas ou simplesmente como ferramenta para dar visibilidade à marca e fortalecê-la. “Podem até carregar o preço sugerido do produto”, diz Darcle Nielsen, do marketing da ITW Hi-Cone no Brasil. A solução pode se encaixar a todos os tipos de hi-cones produzidos pela ITW, desde os mais simples até os que incorporam alças, seja na lateral ou no topo da estrutura, ou mesmo os com zíper para abertura. Pelo fato de virem impressos para a linha do cliente, dispensam investimentos de capital e de espaço. O produto vem sendo usado em larga escala por grandes produtores de bebidas na Europa, Ásia e Estados Unidos. (11) 4152-8436 / www.hi-cone.com

de água mineral nos suportes, a Cobrirel Indústria e Co-

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Observando a falta de praticidade para encaixar os galões mércio, fabricante de utilidades domésticas, lançou a Bomba Prática, produto que promete acabar com esse problema. A bomba deve ser acondicionada dentro do garrafão e presa em sua boca. Uma torneira controla a entrada e saída da água. Dessa maneira, não há necessidade de virar a garrafa de cabeça para baixo e não há desperdícios.

(11) 291-3155

RECIPIENTE “DO MAL”

Como estratégia de marketing, a empresa americana Inter-Continental Cigar Corporation resolveu explorar o romantismo associado à época da Lei Seca, tempo em que os gângsteres dominavam o submundo dos Estados Unidos. Para marcar esse posicionamento, resolveu expor sua cigarrilha, que leva o sugestivo nome Al Capone, em displays especiais. Eles têm a inusitada forma de um chapéu do tipo usado pelo lendário criminoso. A Advance Plastics Unlimited, que fabrica o recipiente, utilizou o copoliéster Eastar, da Eastman, para obter o resultado único. Segundo Abe Kolker, diretor da transformadora, a vantagem é que o copolímero da Eastman tem melhor transparência que o PVC e é resistente como policarbonato, porém mais econômico. (1 423) 229-3078 www.eastman.com

Nova presidência assume na ABIEF Empossado no dia 3 de maio, Sérgio Haberfeld é o novo presidente da ABIEF – Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis. Em cerimônia de posse, ele definiu como ações prioritárias durante seu mandato a integração da cadeia da embalagem flexível, formar parcerias e alianças estratégicas, dar ênfase à mudança de imagem da embalagem flexível perante o meio ambiente, criar novos canais de comunicação com o mercado e fomentar a formação de novos profissionais. Haberfeld também acumula as presidências da Abre – Associação Brasileira de Embalagem, da ULADE – União Latinoamericana de Embalagem e da WPO – World Packaging Organization.

NOVO LOGOTIPO Na seção Panorama da edição anterior, que abordava novidades da a 16 edição da feira Fiepag, reproduzimos erroneamente o novo logotipo da Brasilcote Indústria de Papéis. O correto, desenvolvido recentemente pela agência It’s Marketing Mix, é o que segue abaixo.

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EVENTOS JUNHO • Fispal 2001 – Com as atenções voltadas para a segmentação do setor alimentício, o Grupo Brasil Rio criou um novo formato para a Fispal. Serão realizadas, simultaneamente, de 19 a 22 de junho, a Fispal Alimentos & Bebidas, no International Trade Mart, e a Fispal Tecnologia & Embalagem, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, oficializando a “Semana Internacional da Alimentação no Brasil”. Informações: (11) 3758-0996 • Techno Plus – 3ª Feira Internacional de Tecnologia para as Indústrias Farmacêutica, Química e Cosmética, que a partir de 2001 acontecerá integrada à Fispal Tecnologia & Embalagem – 17ª Feira Internacional de Tecnologia & Embalagem para a Indústria Alimentícia. De 19 a 22 de junho de 2001, das 10h às 19h no Pavilhão de Exposições do Anhembi, São Paulo. Informações: (11) 3758-0996 JULHO • LatinPack 2001 – Quinta versão da conferência Premier na América Latina sobre conversão de plásticos e embalagens no Mercosul. Serão apresentados trabalhos de extrusão e co-extrusão de filmes e folhas, de impressão e versão de filmes, novos desenvolvimentos em embalagens de barreira e tecnologias emergentes em plásticos rígidos e flexíveis. Dias 11 e 12 de julho no hotel Deville, em Guarulhos, São Paulo. Informações: (8) 47 577-2435. • FCE Pharma – Feira de matérias-primas, embalagens, serviços e equipamentos para a indústria farmacêutica. De 24 a 27 de julho no Expo Center Norte, São Paulo. Informações: (11) 3873-0081 • HBA South America – Matérias-primas, embalagens, serviços e equipamentos para a indústria de cosméticos. De 24 a 27 de julho no Expo Center Norte, São Paulo. Informações: (11) 3873-0081 AGOSTO • Food Ingredients South America – Ingredientes e matérias-primas de alimentos e equipamentos para laboratórios da indústria alimentícia. De 1 a 3 de agosto no Expo Center Norte, São Paulo. Informações: (11) 3873-0081 SETEMBRO • Envase 2001 – 7ª Exposição Internacional de Envase e Embalagem e 2ª Exposição de Maquinaria e Equipamentos para processamento de alimentos e bebidas. De 10 a 14 de setembro no Centro de Exibições Costa Salgueiro, Buenos Aires, Argentina. Informações: (54 11) 4957-0350 ou pelo email: [email protected] • Cosmoprof Cosmética – Feira Internacional da Beleza. 21 a 24 de Setembro de 2001. Pavilhão de Exposições do Anhembi, São Paulo. Informações: (11) 3826-9111

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CORES: CONHECENDO E APLICANDO A LINGUAGEM E SIGNIFICADOS Workshop que tem o objetivo de estudar a linguagem da cor conhecendo sua sintaxe e semântica e como ela se diferencia entre diferentes países, povos e culturas. No programa, introdução à história da cor através dos sistemas cromáticos e de sua relação com a arte, a ciência e uma teoria da cor; introdução à metodologia do SCC – Sistema de Cores Cecor, com abordagem à sintaxe e semântica da cor; análise dos conceitos internacionais de cores coordenadas para comunicação, organização e expressão social e de sua contribuição para mais conforto, mais produtividade e maior segurança. O evento é voltado a profissionais de marketing, promoção e vendas de produtos ligados à cor, profissionais e estudantes das áreas de arquitetura, design, moda, decoração, comunicação visual e webdesign. O curso é ministrado por Nelson Bavaresco, designer gráfico, artista plástico e pesquisador da cor. Dias 4, 5, 6, 7 e 8 de junho, na rua Nilo, 202, São Paulo. Informações: fax: (11) 288-8517 E-mail: [email protected] QUALIDADE CONTRA CONTAMINAÇÃO Preocupado com a contaminação de bebidas por agentes microbiológicos, o Centro de Tecnologia de Alimentos e bebidas do Senai / RJ oferece o curso “A Garantia da Qualidade Microbiológica nas Indústrias de Bebidas”. O curso, composto por palestras e orientações práticas, é voltado para os profissionais ligados ao setor de microbiologia, controle de qualidade e à produção em uma indústria de bebidas. O evento acontece no Centro de Tecnologia de Alimentos e Bebidas do Senai / RJ, Vassouras (RJ) nos dias 04 a 07 de junho ou 18 a 21 de junho. Informações: (24) 471-1004 www.alimentos.senai.br E-mail: [email protected] CONCURSO BAHIA DESIGN PARA ESTUDANTES Aconteceu dia 17 de maio no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM) a premiação e abertura da 2a. edição da Mostra do Concurso Bahia Design para Estudantes. O concurso, realizado entre estudantes de cursos técnicos e cursos superiores baianos desde 1999, é formado por sete categorias: design de produtos, design de embalagens, design gráfico, fashion design, design de interfaces – multimídia e web, ensaio crítico e design de jóias. Dos 45 trabalhos inscritos, somente 23 serão expostos. A mostra permaneceu na Sala de Exposição II do Museu de Arte Moderna da Bahia até o dia 27 de maio, quando teve início uma exposição itinerante pelas instituições de ensino participantes (UNEB, UFBA, UNIFACS, UCSAL e SENAI). O evento faz parte do Programa Bahia Design, instituído em 1996, que promove ações a fim de estimular o desenvolvimento e evolução do design no estado e divulgar o trabalho baiano no país. (71) 343-1219 www.fieb.org.br/bahiadesign/eventos_2001

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Almanaque Racionalização demorada É mais ou menos de conhecimento geral que a conserva de alimentos em lata nasceu de uma espécie de concurso promovido pelo governo francês para premiar quem inventasse uma maneira de manter a comida fresca por longo tempo e transportável a longa distância. A novidade estreou em 1815, na Batalha de Waterloo, aquela em que Napoleão Bonaparte se deu mal. O que menos gente sabe é que o abridor de latas só surgiria 40 anos depois, criado pelo inglês Robert Yates. Durante quatro décadas as latas eram abertas com ajuda de faca, quando em casa, ou de baioneta, no campo de batalha. Os mais práticos usavam martelo e talhadeira.

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O jeitinho monástico foi longe A imposição, vigente nos mosteiros, de alimentação apenas uma vez ao dia durante a Quaresma levou os monges beneditinos alemães a apelar, no século IX, para uma espécie de chicana canônica. Como ingerir líqüidos não era proibido, os religiosos nutriam-se de uma bebida fermentada, produzida à base de cevada, lúpulo e outros cereais, que chamavam de “pão líqüido”. Quem imaginou que se tratava de cerveja? Bem, pelo

E assim nasceu o supermercado O primeiro supermercado parecido com os atuais surgiu em 1930, idealizado pelo norte-americano Michael Cullen, quando percebeu que o orçamento das pessoas para as compras domésticas era muito apertado: “Eu podia vender uma lata de leite a preço de custo se vendesse uma lata de ervilha com lucro”, explicou. Antes disso, lojas mais ou menos parecidas, em que os clientes se abasteciam e pagavam ao sair, já existiam desde 1879, também nos Es-

Um golpe antes, dois prazeres depois Deve-se à indústria de refrigerantes e seus fornecedores de garrafas de vidro a popularização de uma brincadeira infantil até hoje comum em pequenas cidades e mesmo na periferia das metrópoles: o jogo de bolas de gude. No final do século XIX, as “gasosas” eram vendidas em gar-

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menos a Kaiser, que nos anos 90 (do século XX) editava um jornal dirigido a revendedores, o Balcão de Notícias, com uma tira humorística do Frade Barrica, personagem sedento por cerveja.

rafas de vidro. A tampa era uma esfera de vidro, fixada pelo aquecimento de um anel de ferro existente na boca do recipiente. Para abrir, dava-se um golpe seco na esfera, que ia parar no fundo da garrafa. A alegria da garotada vinha durante o consumo e depois, quando, quebradas as garrafas, pegavam as bolinhas para brincar.

tados Unidos. Mas não eram concebidas dentro do conceito formulado por Cullen, que, com poucas diferenças básicas, vigora até hoje.

O carrinho de supermercado foi criado em 1936 pelo americano S. N. Goldman, dono da Standard Humpty Dumpty Food Markets, como forma de estimular os clientes a comprar maiores quantidades de produtos.

Idéia luminosa A caixa de fósforos nasceu de uma idéia do advogado americano Joshua Pusey, que a patenteou em 1892.

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