Revista Embalagemmarca 030 - Fevereiro 2002

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  • Pages: 31
30editorial

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Novidades e mais serviços

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É vital aprimorar os produtos e as embalagens como forma de melhora geral da qualidade

omo ocorre na maioria dos empreendimentos e mesmo na vida particular, o período de passagem de um ano para outro é tempo de balanço e planejamento, e em EMBALAGEMMARCA não é diferente. Mas não vamos tomar o tempo dos leitores relatando como foi o ano para nós. Basta dizer que a revista se consolidou como um veículo útil e de alta credibilidade. Isso nos coloca ante o futuro. Em retribuição ao reconhecimento dado ao nosso trabalho, vamos nos empenhar ainda mais este ano para que a revista se aperfeiçoe como ferramenta de

trabalho indispensável à cadeia de embalagem. O setor tem uma contribuição indispensável a dar para o fortalecimento da economia e para o crescimento tanto do mercado interno quanto das exportações de produtos com maior valor agregado. A nosso ver, para isso acontecer é vital aprimorar produtos e embalagens. O resultado será o aumento do nível de exigência dos consumidores e, em conseqüência, para atendê-lo, a elevação da qualidade. É dentro desses propósitos que esta edição destaca as reportagens sobre o mercado single e sobre cursos di-

recionados ao aprendizado na área de embalagem. A matéria sobre este tema procura, além de fazer uma análise, fornecer os endereços de cursos disponíveis no país. Outros que não tenham sido citados serão incluídos no site da revista se encaminharem à redação as informações básicas, como endereço, tipo de curso, duração etc. Estamos também inaugurando, na página 32, uma nova seção, Painel Gráfico, com notícias sobre esse importante segmento da economia. Em breve, mais novidades. Até março.

Wilson Palhares

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fevereiro 2002

Diretor de Redação Wilson Palhares [email protected]

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ENTREVISTA: ODAIR ABATE O economista chefe do Lloyd demonstra porque o Brasil tem um ano razoável pela frente e que o próximo presidente da República, seja quem for, não fará mudanças radicais na economia

CAPA Literalmente, já não se fazem profissionais de embalagem como antigamente. Em vez de só aprenderem na prática, hoje eles saem em número cada vez maior das escolas especializadas

Reportagem [email protected]

Flávio Palhares [email protected]

Guilherme Kamio [email protected] Leandro Haberli

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Editorial

Colaboradores Josué Machado e Luiz Antonio Maciel Diretor de Arte Carlos Gustavo Curado Administração Marcos Palhares (Diretor de Marketing) Eunice Fruet (Diretora Financeira) Departamento Comercial

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Wagner Ferreira

MAKING OF Depois de trocar por um pote a embalagem de queijo que era um saco, a Vigor faz nova reviravolta nas gôndolas com o Danubio

Circulação e Assinaturas Claudia Regina Salomão [email protected] Assinatura anual (11 exemplares): R$ 60,00

Público-Alvo EMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais que ocupam cargos técnicos, de direção, gerência e supervisão em empresas fornecedoras, convertedoras e usuárias de embalagens para alimentos, bebidas, cosméticos, medicamentos, materiais de limpeza e home service, bem como prestadores de serviços relacionados com a cadeia de embalagem.

PAINEL GRÁFICO Uma nova seção com notícias sobre o que acontece na área, da criação ao acabamento de embalagens e outros impressos

Tiragem desta edição 7 500 exemplares Filiada ao

Panorama

A essência da edição do mês

Movimentação na indústria de embalagens e seus lançamentos

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A guerra dos lactobacilos

Thays Freitas [email protected]

[email protected]

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[email protected]

SINGLE O mercado de pessoas que consomem sozinhas, independente de morarem com outras, aumenta sem parar, criando atraente segmento de mercado e oportunidades para o setor de embalagem

Impressa em papel couché Image Mate 115 g/m2 (miolo) e papelcartão ArtPremium PEX2 330 g/m2 (capa) da Ripasa S.A. Celulose e Papel Impressão: Lavezzo Gráfica e Editora (capa) e Grande ABC (miolo)

Display

Embalagem, arma dos leites fermentados para ganhar mercado

Lançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagem

30 Interpack

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Veja oportunidades de negócio na grande feira mundial de embalagem

Fatos não muito conhecidos do universo das embalagens

Almanaque

Veja mais Toda vez que este ícone aparecer no final de artigos e reportagens, significa que há informações adicionais em www.embalagemmarca.com.br

FOTO DE CAPA: STUDIO AG – ANDRÉ GODOY

30sumario

EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da Bloco de Comunicação Ltda. Rua Arcílio Martins, 53 – Chácara Santo Antonio - CEP 04718-040 - São Paulo, SP Tel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463

www.embalagemmarca.com.br O conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA é resguardado por direitos autorais. Não é permitida a reprodução de matérias editoriais publicadas nesta revista sem autorização da Bloco de Comunicação Ltda. Opiniões expressas em matérias assinadas não refletem necessariamente a opinião da revista.

30cartas

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C

omo responsável pelo setor de exportação da Brasilcote, tenho visitado todos os países da América do Sul buscando desenvolver espaços já conquistados por nossa empresa, como também a abertura/criação de novos espaços com o objetivo de incrementar nossas exportações. A Brasilcote participou com ações na Revista EMBALAGEMMARCA por duas vezes consecutivas, demostrando sua qualidade através das capas das edições números 18 e 19. Particularmente, tive o prazer não somente de utilizar esses trabalhos como mostruário, mas também de presentear alguns de nossos clientes com eles. Digo “o prazer” devido à maravilhosa repercussão causada, primeiramente, pela excelente qualidade da capa e depois pelo conteúdo da revista. Quero parabenizá-los pelo alto nível desses trabalhos e, sem nenhuma modéstia, pela escolha, particularmente, daquelas duas capas, que demostram um pouco do alto nível de nossa qualidade também. Fátima Cezar Enc. Com. Exterior Brasilcote Ind. Papéis Ltda.

A

cabo de receber a 28ª edição de EMBALAGEMMARCA. Como seu editorial ressalta, aplausos alegram e aumentam o compromisso de sempre fazer melhor. Por isso, enaltecer a criatividade na apresentação de novos materiais, layout caprichado, conteúdo e outros aspectos da revista seria cair no lugar comum. Somos uma multinacional fabricante de canetas, líder no mercado promocional. Es-

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tamos focando para outros segmentos e temos grandes dificuldades para encontrar fornecedores de blisters, take-one e outras embalagens para auto-serviço. Quem sabe esta sugestão possa ser usada como pauta para uma futura reportagem, ou para estimular esses fornecedores a anunciar. Ou será que eles estão com a vida ganha? Rímantas Valavicius Sócio gerente Lecce Pen EAC Company Manaus, AM Podemos responder à primeira parte da pergunta: está anotada a sugestão de pauta. Quanto à segunda parte, esperamos que fornecedores dessas embalagens respondam diretamente ao signatário e também que atendam sua sugestão implícita, anunciando em EMBALAGEMMARCA.

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ostaria nesta oportunidade de parabenizar EMBALAGEMMARCA pelo excelente trabalho que vem fazendo ao longo de sua existência, sempre primando pela inovação, qualidade visual e conteúdo da revista. É uma grande satisfação termos uma revista como essa no Brasil. Gostaria de propor à revista que fizesse reportagens com as equipes de desenvolvimento de embalagens, pois sabemos que o trabalho de desenvolvimento, sendo multifuncional, é a maior prova do trabalho em equipe nas corporações e agências. Assim sendo, acho que devemos valorizar nossa equipes, mostrando a cara de todos, pois muitas vezes temos ótimos profissionais que ficam nos bastidores dos projetos. Paulo E. Berbel Supervisor de Engenharia de Embalagem 3M do Brasil Ltda. Campinas, SP

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oi com muito orgulho e satisfação que lemos, na edição dezembro 2001/janeiro 2002, a homenagem aos anunciantes que, como o Instituto do PVC, prestigiaram esse importante veículo de comunicação no ano passado. Agradecemos a menção e esperamos que essa parceria continue em 2002. Francisco de Assis Esmeraldo, Presidente Instituto do PVC São Paulo, SP

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uero parabenizá-los pelo belo trabalho que a equipe da revista EMBALAGEMMARCA vem realizando, com as diversas e interessantes reportagens do setor de embalagem. Gostaríamos, entretanto, de notificar um equívoco constatado na edição dezembro 2001/janeiro 2002. Na reportagem do prêmio Qualidade Flexo 2001, a Escola SENAI Vila Canaã - Goiás se classificou em 1º lugar na categoria “Desempenho Especial (Escolas)”, e não em 2º, como foi publicado. Daniel F. Krieck SENAI Vila Canaã, Goiás A lista de vencedores do prêmio Qualidade Flexo 2001 (edição nº 29, pág. 36) contém outra informação incorreta. Na categoria “Etiquetas e Rótulos em Papel (Policromia)”, a segunda colocada foi a Soft Color Etiquetas Adesivas, responsável pela amostra Baden Baden Gold, e não a Grif Etiquetas Adesivas. MENSAGENS

PARA

EMBALAGEMMARCA

Redação: Rua Arcílio Martins, 53 CEP 04718-040 • São Paulo, SP Tel (11) 5181-6533 Fax (11) 5182-9463 [email protected] As mensagens recebidas por carta, email ou fax poderão ter trechos não essenciais eliminados, em função do es-

Na medida do possível, mostramos os trabalhos de bastidores na seção Making Of (nesta edição na página 28). De qualquer forma, a sugestão é muito boa, e vamos estudar uma maneira de implementá-la.

paço disponível, de modo a dar maior número possível de oportunidades aos leitores. As mensagens poderão também ser inseridas no site da revista (www.embalagemmarca.com.br).

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entrevista

“Não há lugar para radicalismos” ara as pessoas que costumam participar do almoço de final de ano da Abre – Associação Brasileira de Embalagem, a presença de Odair Abate, economista chefe do Lloyds Bank, tornou-se, pelo menos no mais recente, no encerramento de 2001, se não uma atração, uma boa oportunidade de exercício de previsão do que poderá ocorrer no panorama macroeconômico no ano seguinte. É que, tendo ele sido o palestrante do almoço de 2000, foi convidado a falar novamente no encontro desta passagem de ano, para, como disse o presidente da entidade, Sérgio Haberfeld, “mostrar se suas previsões anteriores estavam certas”. Abate saiu-se muito bem. No geral, seus prognósticos se cumpriram, obviamente desconsiderados imponderáveis como os atentados de setembro nos Estados Unidos e o redemoinho argentino. Considerando que a análise que ele fez desta vez complementa – na verdade, amplia e aprofunda – o conteúdo da reportagem de capa da edição de dezembro de 2001/janeiro de 2002, com Tendências e Perspectivas para o ano que se inicia, a redação de EMBALAGEMMARCA considerou muito oportuno entrevistá-lo. Para quem desconhece as qualificações de Odair Abate, aqui vão algumas informações básicas. Ele é formado e pós-graduado em Economia pela Universidade de São Paulo. Tem pós-graduação em Economia de Empresas pela FGV/SP e curso e especialização em Mercado de Capitais no St. Catherine College, de Oxford, Inglaterra. É professor universitário de Finanças Públicas e Moeda e Bancos e exerceu o cargo de conselheiro do Sindicato de Economistas de São Paulo no início dos anos 90. Atua no mercado financeiro há mais de vinte anos e hoje é responsável pela diretoria de Estudos Econômicos do Lloyds TSB Brasil.

DIVULGAÇÃO

P ODAIR ABATE, economista chefe do Lloyds TSB Brasil, analisa como o Brasil vem reagindo de forma positiva contra eventos adversos e prevê que o próximo governo do país, seja ele da situação ou da oposição, não terá condições para mudar muita coisa na economia, sob pena de desestabilizá-la 8 – EMBALAGEMMARCA • fev 2002

Em sua palestra no almoço de final de ano da Abre o senhor definiu 2001 como “um ano atípico com três períodos totalmente distintos”. Quais seriam esses períodos? O primeiro foi um período no qual, no mer-

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A desvalorização do peso não pode afetar a cado de maneira geral, prevaleceu a percepnossa balança comercial para pior? ção otimista de que a economia brasileira Pode. Pode afetar também nossa conta turiscontinuaria crescendo a uma taxa superior a mo. Mas esse impacto será forte o suficien4% ao ano, como havia ocorrido em 2000. te para prejudicar nossas contas externas? Esse período prevaleceu por um trimestre, Creio que não, porque o preço do petróleo mas depois tivemos uma série de fatos necaiu e vai ajudar a melhorar a balança cogativamente surpreendentes que afetaram mercial brasileira, que está melhor. Temos a essa performance mais favorável da econoexpectativa de que a economia internaciomia no início do ano. Houve um recrudescinal, que é o segundo ponto relevante, vai mento da crise argentina, tivemos a contiapresentar melhora a partir do segundo trinuação do desaquecimento econômico mestre do ano, favorecendo nossas contas mundial, especialmente nos Estados Uniexternas. O impacto negativo que a Argendos, a crise energética, que afetou expressitina vai trazer será provavelmente compenvamente o lado real da economia, alguns sesado por essas outras variáveis. Os indicatores mais especificamente, como o de eledores mais recentes dos Estados Unitroeletrônicos. Por fim, em setembro dos já mostram essa melhora. houve o ataque terrorista contra os O clima vem Estados Unidos. Isso inverteu muito A questão da energia não permanece a tendência econômica que prevaleajudando, as chucomo uma ameaça? cia no país. Em vez dos 4,2% previsvas têm sido inten- O racionamento ainda é uma variável tos, passamos a crescer perto de zero sas. O racionamen- a ser olhada, sem dúvida alguma. Foi no segundo e no terceiro trimestres. to de energia elétri- um elemento muito importante para mudar o humor dos consumidores, as Apesar disso, a economia reagiu. ca, apesar de ser pessoas passaram a ser muito menos De fato, contra as previsões mais ainda uma variável otimistas em relação ao futuro a partir pessimistas, a economia brasileira de abril do ano passado. Mas o clima deu mostras de que é vigorosa, e no que merece muita último trimestre do ano muitos setoatenção, tende a ter vem ajudando, as chuvas têm sido intensas, os consumidores deram mosres que haviam sido penalizados pasimpacto negativo tras de que realmente foram capazes saram a mostrar números bem mede seguir o racionamento proposto lhores. É possível estimar que a ecomuito menor do pelo governo, os investidores privanomia deve ter crescido algo próxique teve no ano dos vêm trabalhando de maneira a mo a 1%, sinalizando um ano de passado. poupar e até de encontrar fontes alter2001 um pouco melhor do que foi nativas de energia. Assim, o raciona2000 na média. mento, apesar de ser ainda uma variável que merece muita atenção, tende a ter Quanto ao que esperar em 2002, gostaríaimpacto negativo muito menor do que teve mos que fizesse um resumo do que disse nano ano passado. quela apresentação, incluindo o item valor do real em relação ao dólar. É lícito, por A questão eleitoral desta vez vai influir meexemplo, imaginar que o Brasil conseguiu nos na economia do que costuma? se descolar do vizinho? Não há dúvida de que vai ser a variável chaÉ, porque o Brasil tem apresentado números ve para determinar o humor dos mercados em suas contas externas melhores do que vino Brasil na segunda metade do ano. Semnha apresentando, a balança comercial mepre foi assim em países com o perfil do Bralhorou, temos recebido um bom volume de sil. As eleições têm um papel muito imporinvestimentos diretos de fora. O Brasil tem tante, mas eu não creio que o futuro presitambém apresentado números fiscais muito dente da República possa fazer mudanças bons, de acordo com o que foi negociado radicais em relação ao que vigora no país com o FMI. Isso leva uma boa diferença em hoje. Talvez possa atuar para reduzir mais relação à Argentina, sem falar na base polírapidamente a taxa de juros, talvez olhar tica, que no Brasil, apesar de não ser totalcom maior atenção ou postergar um pouco mente consistente, é muito melhor..

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as privatizações, que no governo Fernando Henrique Cardoso foram muito intensas. Mas não será nada que divirja muito do que está em vigor hoje. Independente de ser um candidato da situação ou da oposição? Exatamente, até porque não existe muita coisa a fazer. Colocar em risco todo o processo de estabilidade que foi obtido nos últimos sete anos poderia trazer um preço a pagar muito intenso à oposição. Eu não creio que haja uma atitude muito radical em relação ao que vigora hoje, mas não há dúvida de que todos os candidatos tentarão fazer a economia brasileira crescer a uma taxa média maior do que cresceu nos últimos sete anos. A expectativa geral é de que o próximo presidente da República, qualquer que seja ele, venha a trabalhar nesse sentido, mas antes das eleições especulações acontecem, as pessoas ficam muito temerosas em relação ao futuro. Por isso mesmo o ambiente político interno pode afetar um pouco a economia, mas nada muito grave. Não podemos esquecer que o

Congresso Nacional tem um papel muito importante, e dificilmente a composição do próximo será diferente o suficiente para permitir medidas muito radicais. É uma variável relevante, que deve ser observada com atenção, mas seus efeitos mais intensos ocorrerão antes das eleições. O câmbio poderá ser afetado? Podemos dizer que o câmbio vai flutuar com base na evolução daquelas quatro variáveis. Eu diria que flutuará mais intensamente, para cima ou para baixo, dependendo do andar da carruagem na Argentina e no calendário eleitoral. Em 2002 o câmbio tem grandes chances de seguir o câmbio médio verificado em 2001, que foi de R$ 2,34 por dólar. Corrigido pela inflação, teremos no final do ano o dólar em R$ 2,50, R$ 2,55. Pode chegar acima disso às vésperas da eleição, mas a tendência natural é que volte a um patamar muito próximo. “Exportar ou morrer.” Como sair vivo? Essa expressão do presidente Fernando Henrique Cardoso sintetiza bem o quanto é

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necessário o país ser capaz de gerar dólares, para viabilizar o produtor nacional e vender no chamado on going business. A “emprea marca Brasil. O país tem de participar sa Brasil” tem de ser capaz de gerar dólares com maior intensidade das feiras internapara fazer frente a suas necessidades. Não cionais, e o governo pode viabilizar isso. E podemos ficar na dependência de investio produtor nacional tem de chegar no mermentos externos ou de viabilização mais facado externo, que é altamente interessante e vorável de uma privatização ou outra. São pode até minimizar os efeitos de oscilação questões muito incertas, que não dão o reseconômica interna. Ele tem de prospectar paldo da necessidade de dólares que temos. mercados, conhecer o que o comprador inIsso só será obtido se o país for capaz de ternacional precisa, ver o que é possível faalavancar significativamente suas vendas zer para atendê-lo, seja na América, na Euexternas. O Brasil é um país ainda relativaropa ou na Ásia. É um trabalho conjunto: mente fechado. O total das exportações brauma parte cabe ao governo e uma parte sigsileiras em relação ao PIB é muito pouco nificativa cabe ao produtor nacional. representativo, algo próximo a 1% do comércio mundial, o que não é compaQual a contribuição que o setor de tível com a sua pujança, de um PIB embalagem pode dar nesse esforço? O candidato do que está entre os doze maiores do Vamos fazer uma analogia com uma mundo. É fundamental ao Brasil ter venda interna. Muitas vezes somos governo, qualquer essa capacidade de gerar dólares. O levados a consumir o produto A em que seja, tem passo inicial foi dado, que é uma podetrimento do produto B, porque a chances de ganhar a cara do primeiro, a forma como é lítica cambial flexível, capaz de permitir ao exportador ser mais compeofertado, parece mais interessante, dá eleição. Se Fertitivo e, ao produtor interno, defenmaior segurança. A imagem do pronando Henrique der-se melhor em relação aos produduto é muito relevante. O setor pode Cardoso transferir os ajudar na ampliação das vendas extores externos. Mas não basta. índices de aprovação ternas oferecendo qualidade compatíQue mais é preciso? de que goza, dará ao vel com as exigências do comprador A estrutura tributária do Brasil é internacional. seu candidato muito onerosa, não adequada aos ganhos de produtividade por parte do grande possibilidade Falemos de eleições. Hoje, as pesquiprodutor nacional. Há uma série de sas não apontam o candidato do gode chegar ao seimpostos em cascata que tiram boa verno à presidência como favorito. A gundo turno parte da competitividade do produto seu ver, esse candidato tem chance de brasileiro. Na medida que aumentaganhar? mos os impostos no Brasil nós favorecemos O candidato do governo, qualquer que seja o produtor internacional, que consegue preele, tem chances de ganhar a eleição por ços mais baixos e competitivos. Cabe ao uma simples constatação: o presidente Fergoverno tentar viabilizar junto ao Congresnando Henrique Cardoso ainda goza de so uma reforma tributária que amplie a base 20% a 22% de aprovação ao seu governo, de tributação, mas reduza a carga tributária, com índices de bom ou ótimo. Se transferie acabe com os impostos em cascata. Assim do, esse percentual daria ao candidato do vamos ter uma condição competitiva muito governo grande chance de chegar ao segunmelhor. Se não ocorrer neste ano, que é do turno. Fernando Henrique foi eleito em eleitoral, o próximo governo deve ter isso primeiro turno, e talvez tenha condição de como prioridade. viabilizar um aumento do poder de fogo do seu candidato. Outro dado que mostra Percebe-se pouca agressividade do goveraquela possibilidade é o crescimento rápido no e das empresas brasileiras no exterior. da Roseana Sarney. Ela saiu de um limite Como ser competitivo se não se vai à luta? de aceitação popular muito baixo para um Sem dúvida, cabe também ao governo branível muito elevado, e de acordo com as sileiro em suas andanças pelo mundo aproprévias eleitorais ela teria grandes chances veitar para fazer transações comerciais, de bater o Lula no segundo turno.

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veja mais: www.embalagemmarca.com.br

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reportagem de capa

Bacharéis em Packaging Multiplicam-se os cursos que oferecem especialização em embalagem. Resta saber se haverá mercado para tantos alunos Leandro Haberli

ão bastasse a visível melhora do que se vê nos pontos-devenda, uma evidência de que a embalagem é cada vez mais levada a sério no Brasil está na maneira como mudou a forma de aprendizado nesse campo. Historicamente, a formação dos profissionais de embalagem no país se dava por duas vias, não necessariamente dissociadas entre si. Fazia-se um curso, preferencialmente de graduação, com algum tipo de abordagem na imensa cadeia produtiva do pack-

N

ILUSTRAÇÃO: THIAGÃO

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aging. Os mais cotados eram desenho industrial e engenharia de produtos, além de propaganda e marketing. Trabalhar em agências de design especializadas, ou em departamentos de desenvolvimento de embalagem de grandes empresas, era outra forma de aprender o bê-á-bá das chamadas vendedoras silenciosas, ou de pôr em prática o que se aprendia nas escolas. Tudo leva a crer, porém, que esse modelo enfraquecerá. Obviamente, a prática não deixará de ser fundamental no aprendizado. Mas chama a atenção a velocida-

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de com que o ensino de embalagem se disseminou nas salas de aula do país. É difícil obter estatísticas precisas quanto ao número de cursos, mas calcula-se que nos últimos quatro anos 8 500 estudantes se matricularam em escolas que oferecem programas específicos sobre desenvolvimento de embalagens. Destes, pelo menos 500 eram alunos de graduação. É evidente também que o ensino de embalagem não se restringiu às grandes metrópoles (ver o quadro). Expandido além do eixo sul-sudeste, o leque hoje abrange desde estreantes cursos técnicos profissionalizantes a programas de pós-graduação consolidados. Tem crescido também a oferta de cursos de graduação, que, para espanto de pais que só conseguem imaginar seus filhos como médicos ou advogados, hoje estão credenciados a formar bacharéis em design de embalagem.

Ensino dinâmico Além da posição cada vez mais estratégica da embalagem na economia, e até mesmo da saturação de profissões tradicionais, o aumento do número de cursos como o de design de embalagem, de modo geral ainda visto como uma opção profissional pouco ortodoxa, é fruto de recentes mudanças na le-

gislação de ensino brasileira. Em 1996, entrou em vigor no país a atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação. A idéia do novo texto é tornar a legislação de ensino superior sintonizada com um mercado de trabalho cada vez mais dinâmico e que se expande em direções às vezes imprevisíveis. “Nos mais diferentes setores, a sociedade está precisando de profissionais extremamente qualificados, por exigência do próprio mercado”, diz Rui Otávio de Andrade, presidente de uma das comissões do Ministério da Educação, o MEC, encarregadas de avaliar novos currículos. Segundo ele, “tal qualificação só a formação acadêmica pode proporcionar”. Em sintonia com esse discurso, grande parte das faculdades brasileiras que já abordavam o tema embalagem em seus currículos não tardou em lançar cursos especí-

Mestrado garantido Muito antes de se cogitar o início de cursos de graduação em embalagem no Brasil, a Escola de Engenharia Mauá detectou a existência de uma lacuna no sistema acadêmico brasileiro, que não oferecia programas de especialização para profissionais do setor. Para preenchê-la, a instituição criou uma área de concentração em engenharia de embalagem, dentro do programa de mestrado em engenharia de processos industriais. A fim de não correr o riso de oferecer um currículo de conteúdo duvidoso, a Mauá, que formou a primeira turma de engenharia de embalagem em 1998, tem buscado assessoria técnica e didática para seus cursos de pósgraduação na área. No Brasil, procurou o Centro de Tecnologia de Embalagem – Cetea do Instituto de Tec-

nologia de Alimentos (ITAL), de Campinas (SP). Buscou referências também nos Estados Unidos, país onde o reconhecimento do ensino de embalagem remonta a pelo menos três décadas passadas. Foi lá que a Mauá fechou uma parceria com a School of Packaging, da Universidade de Michigan. Porém, mesmo com tantas referências, os coordenadores do curso lembram que muitas vezes os alunos, que chegam a acumular décadas de vivência na cadeia de embalagem, têm tantas coisas para ensinar quanto os professores, o que torna o aprendizado multilateral, e até mais enriquecedor. Ainda que lidando com gente cheia de bagagem, a Mauá garante não faltarem interessados no seu mestrado de engenharia de embalagem.

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ficos para graduação de profissionais especializados no setor. É um processo em formação, mas que aos poucos começa a mostrar a que veio. A pioneira a formar bacharéis de embalagem no país será a Faculdade Belas Artes, de São Paulo. A primeira turma ingressou em 1999, na expectativa de concluir o curso em três anos e meio – portanto, seus integrantes conseguirão o canudo no meio deste ano.

Falta de quorum Questões legais à parte, o fator que tem realmente motivado o lançamento de cursos de graduação em embalagem é plausível e bastante razoável, como explica Auresnede Pires Stephan, coordenador do curso de Design Industrial da Belas Artes. “Lançamos nosso curso de tecnologia de embalagem por perceber que parte significativa de nossos alunos de desenho industrial acaba ingressando nesse mercado”, ele conta. Mas a multiplicação dos cursos específicos no país não traz à tona apenas aspectos animadores. Um exemplo não muito alentador partiu recentemente da FAAP – Fundação Armando Álvares Penteado, de São Paulo, tradicional centro formador de designers gráficos. Animada com as perspectivas do mercado de em-

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balagem, a faculdade lançou um curso de pós-graduação denominado Gerência Estratégica de Embalagem. Devido à baixa procura, a iniciativa foi provisoriamente cancelada. “Embora o mercado de embalagem apresente um potencial fantástico, temos de lembrar que, academicamente, esta é uma área nova”, pondera Stephan, da Belas Artes. “Portanto, a consolidação dos cursos de embalagem dependerá, a princípio, da demanda por parte dos alunos.” Mas, a julgar pela experiência de outras universidades com cursos de graduação em embalagem, a falta de alunos nem de longe será um obstáculo insuperável. Na Anhembi Morumbi, também de São Paulo, todas as 290 vagas do estreante curso de Design Digital e de Embalagem, aberto em 2001, foram preenchidas. O contraste no nível de procura entre cursos direcionados a profissionais já atuantes e outros voltados para jovens que querem ingressar no mercado de embalagens também pode suscitar uma leitura pouco animadora: o Brasil estaria correndo o risco de formar uma reserva de mercado em sua cadeia de embalagem? A discussão sobre uma possível superestimativa da demanda por parte de escolas e faculdades é procedente, principalmente num país que convive com taxas vertiginosas de desemprego e de trabalho informal. O debate já chegou inclusive no Comitê de Design da Abre – Associação Brasileira de Embalagem. Segundo seu coordenador, Manoel Müller, que também organizou o por hora inexistente curso de pós-graduação da FAAP, à revelia dos tradicionais solavancos da economia, a Abre está empenhada em estimular o ensino de embalagem no Brasil. Uma das iniciativas nesse sentido, numa prática comum em outras profissões, é reconhecer o estágio como uma etapa da formação do profissional de em-

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balagem. “Não podemos permitir que o temor do desemprego, presente em qualquer área, interfira em nossa capacidade de geração de novos profissionais especializados em design de embalagem”, diz Müller. A ação ainda não colheu frutos diretos, até por que o reconhecimento do estágio não depende apenas da Abre, aí de novo entrando em cena o MEC. Mas, no que depender das iniciativas das escolas, a capacidade de formação de novos profissionais estará cada vez mais consolidada. É o que comprova, além dos casos já relatados, a ESPM – Escola Superior de Propaganda e Marketing, que também pretende iniciar um curso de graduação em embalagem. Neste caso, a iniciativa é peculiar, à medida que a instituição já tem um considerável background na área. Desde 1997, a ESPM vem oferecendo um curso livre de design de embalagem, que tem duração de um ano. Em 2003, mediante o sinal verde do MEC, a idéia é

iniciar a primeira turma num curso de graduação que formará bacharéis em design gráfico e design de embalagem. “Estamos confiantes na aprovação do curso”, diz Francisco Gracioso, diretor-presidente da ESPM. “O MEC já percebeu que eles são imprescindíveis para as exigências de comunicação visual das empresas, nas quais a embalagem hoje tem papel importantíssimo.” Não há motivos para duvidar que essa filosofia esteja se consolidando entre os potenciais empregadores de profissionais de embalagem no país. Concluir um curso na área de design e desenvolvimento de embalagem, portanto, tenderá a ser cada vez mais um diferencial competitivo. Por outro lado, ver no mercado de embalagem a consolidação da velha máxima sobre diplomas – “ruim com eles, pior sem” –, que infelizmente ganhou ares de realidade em outros setores, não deverá ser um motivo de celebração. Sobretudo para a nova geração de escolas e estudantes que inevitavelmente vem por aí.

Algumas das opções de cursos oferecidos no Brasil Escola

Telefone

Internet

Centro de Educação Profissional Ensitec – PR

(41) 345-0030

www.ensitec.com.br

Escola de Engenharia Mauá – SP

(11) 4239-3403

www.maua.br

Escola Panamericana de Arte – SP

(11) 259-8511

www.escola-panamericana.com.br

(11) 5085-4600

www.espm.br

FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado) – SP

(11) 3662-1662

www.faap.br

Faculdade Belas Artes – SP

(11) 5576-7300

www.belasartes.br

PUC Rio – RJ

(21) 529-9213

www.puc-rio.br

Senai

0800-551000

www.senai.br

Universidade Anhembi-Morumbi – SP

(11) 6090-4500

www.anhembimorumbi.com.br

UNB – Universidade de Brasília – DF

(61) 348-2840

cid.bce.unb.br

Universidade Católica de Goiás – GO

(62) 227-1361

www.ucg.br

(21) 598-3009

www.ufrj.br

(55) 220-8470

www.ufsm.br

(51) 477-4000

www.ulbra.br

ESPM

(Escola Superior de Propaganda e Marketing)

– SP

(Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial)

UFRJ

(Universidade Federal do Rio de Janeiro)

UFSM

(Universidade Federal de Santa Maria)

– RJ

– RS

Ulbra – Universidade Luterana do Brasil – RS

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mercado

Disputa fermentada

Para alcançar a líder Yakult, demais marcas de leites fermentados

res ambulantes, a Yakult azedou a segunda posição no levantamento, com 37,4%.

A

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de embalagem

Marketing infantil

Chamito e Batavito abusam das possibilidades do papel cartão, enquanto a Yakult aposta no visual tradicional

O acirramento da disputa por consumidores nos pontos-devenda de varejo acelerou investimentos em diferenciação visual. No caso do Chamyto, é inegável que a Nestlé, basicamente a partir das embalagens do produto, vem empreendendo um eficiente marketing infantil. Sem inovar no sistema de acondicionamento, o Chamyto - que usa frascos plásticos (da Logoplast), fechados com uma lâmina circular de alumínio (da Alcan) e agrupados em multipacks de papel cartão (da Riverwood)–, tem um conjunto visual com preocupações gráficas inovadoras. Tanto os frascos quanto o papel cartão são decorados com ilustrações de um personagem que tem cativado a garotada. É o Gênio Chamyto, criado pela própria Nestlé. Sobretudo a embalagem secundária tem forte apelo entre as crianças, como aponta Marcio Weiler, gerente de marketing da Nestlé. Em paralelo à discussão de ações focadas em nichos, é preciso ressaltar que os frascos plásticos, que a Yakult ajudou a tornar referência de embalagem no mercado de leites fermentados, não são mais as únicas opções de acondicionamento nessa categoria de produto. Também inovando, a Parmalat é a única no setor a empregar embalagens cartonadas assépticas. Relançada no início do segundo semestre de 2001, sob o lema o “Melhor de A a Z”, a linha láctea infantil da empresa teve todas as embalagens reformuladas. No caso

FOTOS: STUDIO AG – ANDRÉ GODOY

história do mercado de leites fermentados no Brasil se confunde com a trajetória da Yakult, marca japonesa que aportou no país em 1966. Àquela época, dizer ao consumidor comum que o hábito de tomar qualquer coisa contendo lactobacilos vivos faz bem ao organismo soava como piada sarcástica, já que tais microorganismos eram conhecidos apenas pela causa de enfermidades – vide o bacilo Koch, causador da tuberculose. Mas de lá para cá o leite fermentado teve seus valores nutricionais devidamente reconhecidos, e hoje faz parte da linha de lácteos de outras gigantes do setor alimentício, como Nestlé, Parmalat e Batávia. Não é de estranhar que isso tenha acontecido. A própria Yakult, vendendo basicamente de porta em porta, é hoje uma das maiores referências em bebidas prontas no mercado brasileiro, com um faturamento de mais de 150 milhões de dólares anuais. A divisão alimentícia, onde a estrela é o leite fermentado, responde por 80% desse valor. Neste cenário, a embalagem se fortaleceu entre as diferentes marcas de leite fermentados como um excelente meio de comunicação e, portanto, uma das vias mais eficientes para gerar negócios. Especialistas atribuem basicamente às ações de ponto-de-venda o crescimento das concorrentes da Yakult. De acordo com dados Nielsen, no bimestre agosto-setembro de 2001, a marca Chamyto, da Nestlé, foi, pela primeira vez, líder na venda em supermercados na categoria, com 45,3% de participação. Sem considerar os negócios prospectados pelo seu exército de vendedo-

fortalecem marketing

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do Turma Parmalat, as caixinhas da Tetra Pak, empregadas para facilitar o consumo em situações como o recreio escolar das crianças, passaram a contar com ilustrações que remetem ao abecedário, numa tentativa de tornar o produto uma espécie de item de colecionadores mirins.

Fator preço Ao largo de estratégias segmentadas, outro fator contribuiu para o crescimento dos concorrentes da Yakult: o preço. Os produtos da Nestlé, Parmalat e Batávia chegam a custar 30% menos que os da precursora japonesa. Se por um lado esta guerra de preços é sinal de uma desalentadora ausência de fidelidade de marca, de outro ela revela que projetos de embalagens também podem ser uma maneira eficiente de, numa única ação, gerar empatia com os consumidores e cortar custos de produção. É mais ou menos isso que vem comprovando o case do Batavito, leite fermentado da Batávia. Desde julho deste ano, a garrafinha de polietileno (PE) do produto, decorada com um astronauta mirim, criado pela Komatsu Design, passou a ser produzida pela Tetra Pak, em equipamento instalado na planta da Batávia, em Carambeí (PR). Segundo Achilles Reinhardt, diretor geral da Batávia, a redução de

Yakult 40: mais lactobacilos, mesma estratégia de vendas

Alcan (11) 5503-0722 www.alcan.com.br

DIVULGAÇÃO

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Batávia 0800-900874 www.batavia .com.br Logoplast (11) 38465311 www.logoplast.ind.br Nestlé (11) 5508-9300 www.nestle.com.br Parmalat (11) 3848-0975 www.parmalat.com.br Riverwood (11) 4589-4500 www.riverwood.com.br Tetra Pak (11) 5501-3262 www.tetrapak.com.br Yakult 0800-131260 www.yakult.com.br

Turma Parmalat é o único leite fermentado vendido em embalagem cartonada na categoria

custo está entre os principais benefícios desse sistema. “Com essas mudanças, e um intenso trabalho de ampliação da distribuição, o Batavito foi o leite fermentado que apresentou melhor desempenho em 2000, com um crescimento de 76% em volume de vendas”, disse o executivo. Sabedora de que a concorrência está em seu encalço, a Yakult não está parada. A empresa lançou recentemente o Yakult 40, leite fermentado que contém cinco vezes mais lactobacilos vivos que o tradicional. No entanto, os supermercados não fazem parte dos planos para a comercialização da novidade. A alegação é a de que o prazo de expiração do Yakult 40, 14 dias, não permite um planejamento logístico voltado a pontosde-venda de varejo. Novamente, a Yakult deixará tudo nas mãos das formiguinhas que, com seus inseparáveis carrinhos, revezam-se entre o bater de palmas e o acionamento de campainhas para oferecer seus produtos às donas de casa. Mas aí fica a questão: será que, ao invés de desprezar os supermercados, não era hora de a Yakult lançar mão de uma embalagem mais moderna, com graus de barreiras menos restritivos? É uma hipótese que, como qualquer outra empresa, a ainda líder do mercado de leites fermentados parece precisar considerar.

YAKULT CHAMITO PARMALAT BATAVO 1997 1998 1999 2000 2001*

75,0% 63,0% 53,4% 49,4% 42,0%

21,0% 27,6% 33,6% 36,8% 40,3%

– 3,9% 7,0% 7,0% 8,3%

– 3,2% 3,5% 4,8% 7,3%

*Acumulado de janeiro a setembro fev 2002 • EMBALAGEMMARCA – 21

FONTE: ACNIELSEN

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(Nestlé)

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single

Mesa para… um Boa notícia: faltam opções para quem consome sozinho Guilherme Kamio á momentos em que estratégias consagradas de marketing precisam ser questionadas, no mínimo para ver se não comportam variações. Não é de hoje, por exemplo, que as empresas investem em linhas de produtos com apelo familiar. São aquelas que, aplicando a equação volume acima dos padrões a preços mais em conta, procuram seduzir as donas de casa que comandam a típica grande família. Entretanto, sinal dos tempos, vem crescendo a passos largos o número de moradias de uma única pessoa. Mais do que por motivos circunstanciais, como desquite ou viuvez, morar sozinho hoje é um estilo de vida, uma opção. E não é coisa só de soltei-

H

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rões. Já não são raros os casais em que cada cônjuge tem seu próprio lar. Mais que isso, mesmo nas famílias, seus integrantes, cada vez mais, consomem sozinhos. O último censo realizado pelo IBGE revelou um dado surpreendente: os solitários já ocupam 9% das residências brasileiras. Isso significa um contingente de cerca de 4 milhões de consumidores. Essa categoria ascendente, que os americanos chamam de single, traz oportunidades ímpares de negócio. As empresas dos Estados Unidos, aliás, sabem tirar bom proveito disso. Lá, os singles formam hoje um universo consumidor que movimenta 80 bilhões de dólares por ano, aplicados em vasta gama de produtos pensados especialmente para eles. No Bra-

FOTO: STUDIO AG – ANDRÉ GODOY

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sil o fenômeno é mais recente – e isso significa que há ainda muitas oportunidades no mercado. O interessante é notar como a embalagem é primordial nesse ponto. “Quem mora sozinho se aborrece, por exemplo, com a apresentação dos leites, pois não acha alternativa além de 1 litro de conteúdo”, observa Antônio Muniz Simas, diretor da DIL Consultores em Design e Comunicação de Marketing. “Sem itens com comunicação direcionada a ele, o single muitas vezes tem de recorrer a produtos posicionados para públicos como o infantil ou o adolescente.” Para atestar como a apresentação realmente pesa na tarefa de agarrar esse público, Simas lembra dos resultados da pesquisa conduzida por sua agência e pela Research International, em parceria com EMBALAGEMMARCA (nº 18) sobre o envolvimento e a avaliação dos consumidores frente a novidades em embalagem. O estudo mostra que, confrontados com donas de casa, os singles são mais suscetíveis a novidades – e mais exigentes. Para se ter idéia, 21% deles afirmaram ter deixado de comprar determinado produto pelo fato de ele não poder ir ao forno de microondas. Entre as donas-decasa, esse número cai para 10%. Em tempo: 85% dos singles entrevistados afirmaram possuir forno de microondas. “Geralmente essas pessoas têm formação superior, são viajadas, conhecem produtos estrangeiros, valorizam o design e as

Singles ajudaram na alta do mercado de massas instantâneas, diz a Nissin

ÇÃO LGA DIVU

Lasanhas são a arma da Perdigão em porções individuais

marcas premium”, analisa Ronald Sasine, gerente de marketing da Rigesa Westvaco. “Elas formam um nicho que dá muita atenção à qualidade, que não é distraído ao que não atenda às expectativas, e que, portanto, permite embalagens mais caras, com maior valor agregado”, ressalta. Se há combinação de beleza e praticidade, bingo! Sasine cita o sucesso que sorvetes importados, como o Häagen-Dasz, fazem entre esse público, combinando na embalagem o esmero visual com a porção adequada, pequena. Não é à toa que marcas nacionais vêm seguindo essa trilha. Entre elas, a Linea, com potes cartonados fornecidos pela Kentinha. Nos outros segmentos que estão tomando a frente nesse relacionamento, o de pratos prontos congelados já é íntimo de quem mora só. Sua evolução no país – 323% nos últimos três anos, segundo dados Nielsen – é em grande parte creditada aos bolsos dos singles. Dinâmicas, as principais empresas da área não param. A Perdigão lançou, recentemente, suas versões enxutas especialmente dedicadas aos singles. Os primeiros itens, em porções de 350 gramas, são lasanhas. Tal prato parece agradar aos solitários, já que é o mesmo disponível em quantidade individual na linha Todo Sabor, da concorrente Sadia. Ambas as fabricantes deixam claro, no cartucho, tratar-se de um produto single serve, e com bandeja especial para ir ao forno de microondas.

Apelo prático

Frios e massas frescas

Fora dos balcões refrigerados, diferentes produtos com apelo prático vêm lucrando com o fenômeno single. É o caso dos macarrões instantâneos. A Nissin, dona da marca de referência no campo de macarrão instantâneo, a Miojo, diz que o segmento cresceu 29% nos últimos três anos. “Segundo nossa última pesquisa de hábitos de consumo, a penetração do produto entre o público single é de 54%”, afirma Paulo Sola, chefe de marketing da Nissin. fev 2002 • EMBALAGEMMARCA – 23

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Na esteira dessa tendência, outras empresas investem em refeições rápidas e práticas. A Nestlé, sob a chancela Maggi, vem apostando em snacks desidratados, para os quais basta adicionar água quente no preparo, como as recém-lançadas sopas Meu Instante. As sopas também são o trunfo da Liotécnica, dona da marca Qualimax, para atender a quem mora só. São produtos que, ao lado de risotos, outras massas e derivados de feijão, vêm enchendo sachês e demais pouches aluminizados da Alcan, da Embalagens Diadema, da Empax e de outras convertedoras. A Maggi também colocou recentemente no mercado a linha Hot Pot, de pratos à base de massas, arroz e batata, com grande penetração entre os singles. Eles vêm em um pote térmico, que serve como recipiente de preparo e prato, como o Cup Noodles, da Nissin. Na área de pães, a Wickbold se antecipou e lançou há cerca de dois anos um pão de forma para o consumidor individual, o Fatias. Pães dos tipos preto, integral e light são acondicionados em flow-packs de BOPP, com quatro fatias. Dois desses conjuntos são reembalados em outro pacote, permitindo o consumo gradual. Ronaldo Wickbold, diretor da empresa, conta que o produto foi uma resposta aos apelos de um consumidor single. “Hoje o Fatias já vende cerca de 520 toneladas por ano”, contabiliza o empresário.

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Nestlé aposta em refeições desidratadas, como o Hot Pot

Com grande aprovação do público que mora sozinho, a tática de dividir o produto em pequenos magazines também é utilizada pela Quaker, com o Quaker + Sabor, cereal matinal cujo cartucho, nobremente impresso com detalhes em relevo pela Igel, traz cinco porções individuais, acondicionadas em flow-packs. E, quem diria, até o arroz foi incluído na moda. A Josapar, forte no mercado de semiprontos, lançou a Tio João Cozinha Fácil, linha de pratos de arroz com sabores embalada em saquinhos plásticos de fácil preparo: vão direto ao banhomaria. O produto é vendido em um standDIVULGAÇÃO

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Fatias, da Wickbold, já é sucesso no mercado de pães

Porções menores abrem caminho para sachês e pouches aluminizados

up pouch, com zíper, da Shellmar, que traz quatro pequenas porções. Dentro dessa tendência, a Femepe, indústria de pescados com sede em Navegantes (SC) e que vende sobretudo na Grande São Paulo, lançou latinhas de atum de 85 gramas, suficientes para um sanduíche. É a metade da menor embalagem até então existente no mercado, e reflete a tendência de consumo em pequenas porções. O lançamento atendeu a reclamações de consumidores, no sentido de que, depois de abertas as embalagens, o conteúdo ficava seco no refrigerador. O aumento do assédio a quem mora sozinho também pode ser constatado, no varejo, no crescimento da oferta de massas frescas e de frios e queijos em pequenas porções, além do inTio João: pouch com cremento das seções “saquinhos que cozinham” de rotisseria das pró-

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Com porções individuais e cartucho nobre, Quaker +Sabor faz sucesso

Alcan (11) 5503-0722 www.alcan.com.br Dil Consultores (11) 3086-2466 [email protected] Embalagens Diadema (11) 4066-7833 www.embdiadema.com.br Empax (11) 5693-5400 www.empax.com.br Igel (11) 4071-9999 www.igel.com.br Kentinha (11) 4057-6000 www.kentinha.com.br

prias redes. São fatores que geram mais e mais negócios atraentes para a cadeia de embalagem em bandejas, potes, processos de atmosfera modificada e filmes plásticos.

Bebidas, uma luva Na área de bebidas, a variedade de apresentações e o crescimento da preferência pelos recipientes one-way, como latas, longnecks e garrafas plásticas pequenas, na última década, caíram como uma luva para os singles. Bebidas de maior valor agregado, como vinhos, dão mais espaço para a meia garrafa. Experiências com doses menores foram feitas recentemente, com espumantes, pela Chandon e pela Georges Aubert, em garrafas de vidro de 187ml, da Subrasa. O alumínio também está atento ao filão. Pesquisa feita pela Alcan num universo de 800 casos para determinar hábitos de compra e consumo para refrigerantes e cervejas mostrou que os consumidores são favoráveis às embalagens de consumo individual, principalmente porque permitem que a opção de cada um por tipo de bebida e sabor seja respeitada, sem que Bebidas nobres: haja desperdício, mesmo doses menores, em momentos de consulucro maior

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Research International (11) 3066-6400 www.research-int.com.br Rigesa Westvaco (19) 3707-4000 www.rigesa.com.br Shellmar (11) 4128-5200 www.shellmar.com.br

mo social, em família ou entre amigos. Segundo Adriana Stecca, gerente de desenvolvimento de mercado da Alcan, “isso explica o crescimento de vendas das latas no canal auto-serviço, onde a maioria das compras é feita para consumo no lar” A partir desse estudo, a empresa, em parceria com os principais fabricantes de refrigerantes e cervejas, planeja aumentar a distribuição e a variedade das multipacks para facilitar o transporte e reforçar o conceito “lata em casa”, conta Adriana. Além disso, está reposicionando para segmentos diferenciados de consumo a lata de 237ml, usada há algum tempo promocionalmente pela cerveja Antarctica Fiesta. É compreensível que algumas empresas ainda achem que posicionar produtos para singles é restrição de target, preferindo centrar fogo nos pacotões econômicos. Assim, atendem a um maior número de consumidores. Vale, porém, lembrar que porções individuais e em embalagens práticas vão além de suprir apenas os moradores solitários. Nas famílias, resolvem as incompatibilidades de vontades e de horários, pois rareiam aquelas cujos membros podem dividir a mesa. Como os independentes crescem no ritmo dos coelhos, uma coisa é certa: quem não atentar para a sua importância pode ficar para trás. Talvez sozinho.

veja mais: www.embalagemmarca.com.br

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A VISÃO DE CADA UM (como os consumidores avaliam as embalagens; em %)

FONTE: DIL, RESEARCH INTERNATIONAL, EMBALAGEMMARCA JAN/2001

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making of

E os outros ainda são Pioneira com pote, Danubio faz nova reviravolta em queijo frescal Para não ficar do lado de lá da tênue linha que separa empresas inovadoras daquelas que apenas seguem tendências ditadas pelo mercado, a Danubio está saindo na frente mais uma vez, agora de maneira até mais marcante do que na já remota década de 80. Para começar, os potes, fornecidos pela Huhtamaki, passarão a ser expostos nos pontos-de-venda de cabeça – ou, mais exatamente, de boca – para baixo, de modo que a tampa, depois que o produto é retirado da embalagem, sirva como uma bem acabada queijeira.

mbora a boa embalagem seja cada vez mais associada a uma espécie de porto seguro de marcas, além de munição imprescindível para aumentar vendas, poucas empresas podem afirmar que anteviram com nitidez a necessidade de se apresentar de maneira inovadora, funcional e atraente nas gôndolas. Dentre o pequeno grupo que pode, são escassas as que ajudaram a virar algumas páginas da história da embalagem no Brasil. A Danubio, marca surgida em 1986, fruto de negociações entre a Vigor e a dinamarquesa MD Foods, é uma delas. Conhecida por sua linha de queijo minas frescal, essa chancela da Vigor deu duro golpe num conceito de acondicionamento que, para dizer o mínimo, destoa completamente do que se poderia considerar uma boa embalagem. Pouco higiênicos, por falta de barreira, e nada práticos, os saquinhos plásticos ainda largamente usados no mercado de queijos frescos funcionam como um ralo por onde escoa qualquer valor que a marca neles expressa ainda pode ter agregado.

E

Baixo relevo

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Barulho em 86 Com o lançamento de seus queijos frescos em potes de polipropileno (PP) transparentes, a Danubio apresentou vantagens até então desconhecidas para os consumidores dessa categoria: inviolabilidade (garantida por um selo de alumínio), facilidade de abertura e possibilidade de retampamento. Hoje pode parecer prosaico, mas em 1986, quando surgiu, a novidade causou barulho. Tanto que outros produtores de minas frescal, percebendo que consumir seus queijos era sinônimo, no sentido vulgar, da embalagem então predominante – um saco – vêm crescentemente se tornando adeptos dos potinhos.

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A embalagem pioneira do Danubio

Em vez do formato circular que acompanhava o da boca do pote, a tampa é arredondada nas duas pontas e reta na parte central, a fim de ajustar-se na embalagem secundária, de papel cartão. Não menos interessante foi a idéia de imprimir o logotipo em baixo relevo. O truque faz com que a marca Danubio fique moldada diretamente no queijo, podendo ser vista mesmo com o produto fora da embalagem, no momento em que é consumido. “Foram as mudanças mais radicais nas embalagens da linha, desde que lançamos a idéia dos potes”, confirma Adriane Sugawara, do departamento de marketing da Vigor. Se antes já haviam sido feitas alterações de layout, agora foram agregados novos benefícios. Basta dizer que uma das poucas, mas recorrentes, críticas feitas pelos consumidores foi eliminada: a dificuldade de retirar as primeiras fatias de queijo de dentro do pote. “Já que a peça toda já está fora, o consumidor tem mais uma facilidade”, diz Adriane. Além de funcional, o produto tem visual sofisticado, requinte que foi alcançado de maneira igualmente criativa. No lugar de rótulos, é usada uma complexa e sofisticada embalagem secundária de papel cartão, cujo

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o um saco layout, desenvolvido pela a10 Design, é impresso em alto relevo, numa superfície envernizada. Nessa etapa do projeto, a Danubio contou com a parceria da gigante Riverwood do Brasil, que atuou como uma verdadeira empresa de solução integrada de embalagem: forneceu o papel cartão, trazido da matriz nos Estados Unidos, o maquinário, instalado junto à linha de produção da Vigor, e também atuou como gráfica e convertedora da luva celulósica. Ademais, desenvolveu o projeto estrutural da embalagem secundária, serviço que ficou a cargo do profissional Paulo Vítor de Oliveira.

Um desafio a mais Carlos Zardo, do marketing da Riverwood, conta que o fato de o produto ter sido desenvolvido para ficar de ponta-cabeça nas gôndolas trouxe um desafio a mais para os técnicos e projetistas da empresa. Devido à localização das dobraduras, que ficam na parte de baixo da embalagem, rente à tampa, foi preciso desenvolver um dispositivo, parecido com um braço automático, para que o pote fosse invertido antes de entrar na máquina que aplica o papel cartão. Além de pensar em aspectos de produção, a Riverwood preocupou-se em aumentar a visibilidade do produto na gôndola. Nesse sentido, somado ao acabamento gráfico caprichado, a empresa desenvolveu uma aba lateral na estrutura do papel cartão, para cobrir um espaço ocioso entre o fundo do pote e o topo da embalagem secundária. Optou também por arredondar as dobraduras do sistema. “Após inúmeros testes com mockups, decidimos adotar um sistema a vácuo, que disponibiliza as embalagens uma a uma, de modo que outro equipamento dobre as laterais, e em seguida feche o conjunto”, resume Elias Lourenço, responsável por máquinas e instalação da Riverwood.

Na posição inovadora, mais um truque: a marca vai do baixo relevo do pote para o produto

Por envolver uma história de sucesso, que, com forte contribuição da embalagem, dura quase dezesseis anos, o caso da Danubio demonstra que projetos verdadeiramente integrados são um excelente caminho para construir marcas fortes. Afinal, no quesito embalagem, não só a logotipia, território ao qual agências de design têm atuado com mais força, garante o sucesso de um produto. Há muita gente experiente dizendo o contrário: pensando em conjunto, pode-se conceber formatos diferenciados e outras “sacadas” estruturais que valem muito mais do que um logotipo estudado durante meses.

Huhtamaki do Brasil (11) 5505-6677 www.huhtamaki.com Riverwood (11) 4589-4500 www.riverwood.com.br Vigor 0800 126433 www.vigor.com.br

As embalagens secundárias e a faca (acima) do Danubio

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evento

Negócios no exterior Na Interpack 2002, boas oportunidades para empresas brasileiras enchmarking, antenas ligadas, atualização permanente, janelas abertas para o mundo, “exportar ou morrer”. Qualquer dessas opções (que em alguns casos querem dizer rigorosamente a mesma coisa) é fundamental para empresas que pretendem permanecer e crescer no mercado, sobretudo em tempos de globalização. Para isso, desnecessário dizer da importância de visitar ou expor em eventos internacionais, onde sempre podem surgir contatos para futuros negócios. Agora, no caso específico de um dos mais importantes eventos mundiais da área de embalagem, a Interpack 2002 (Düsseldorf, Alemanha, de 24 a 30 de abril de 2002), não é mais preciso deixar as coisas nas mãos do destino. Durante a feira, a Fiesp realizará a rodada de negócios AL-Invest Packaging-Interpack 2002, para promover o intercâmbio entre pequenas e médias empresas do Brasil e da Europa ligadas ao setor. As empresas da União Européia e da América Latina inscritas irão ao evento especialmente para realizar contatos, parcerias e alianças estratégicas. Mais de 13.000 empresas já participaram da AL-Invest, criada pela Comissão Européia. Inscrevendo-se no Encontro Empresarial AL-Invest Packaging-Interpack 2002 as empresas terão, sem custos, assistência completa do Eurocentro São PauloFIESP, no que diz respeito às negociações, busca individual dos parceiros, suporte para elaboração de projetos de cooperação industrial e de estudos de viabilidade de investimentos/parcerias, além do apoio de logística e tradutores durante suas reuniões com as empresas européias que atendam às suas necessidades.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

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(11) 3549-4606/4607/4620 [email protected]

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O pacote de viagem da ABRE com a Tristar Outra oportunidade atraente para os interessados em tirar o máximo proveito de sua visita à Interpack 2002 está sendo oferecida pela ABRE – Associação Brasileira de Embalagem, a começar pelo chamado “pacote de viagem”. A entidade fechou acordo para o envio de uma comitiva brasileira com a Tristar, agência oficial do evento para o Brasil – o que não deixa de significar algumas vantagens, como a experiência da presença nos eventos anteriores e as facilidades de trânsito que isso pode trazer. Ademais, os integrantes da comitiva da ABRE a Düsseldorf terão, com exclusividade, a oportunidade de visitar a fábrica da SIG Combibloc em Linnich, a cerca de uma hora de ônibus de distância do local da Interpack 2002. O transporte será cortesia da SIG Combibloc. (11) 3082-9722 www.abre.org.com.br

Uma visão pelo ângulo brasileiro Quem não tiver condições de ir a Düsseldorf poderá ter uma boa visão do que será apresentado lendo a edição de cobertura da Interpack 2002 em EMBALAGEMMARCA. Como sempre faz, a revista procura apresentar nas reportagens desse tipo o que há de mais inovador e proveitoso segundo o interesse que pode ter para as empresas brasileiras. EMBALAGEMMARCA seleciona o que é apresentado nas feiras por critérios rigorosamente jornalísticos.

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O setor visto de forma ampla e profunda Da concepção à produção da embalagem e de produtos impressos em geral o seu empenho de oferecer sempre mais informações úteis aos leitores, EMBALAGEMMARCA abre nesta edição um novo espaço – Painel Gráfico – com notícias sobre novidades no setor, que passa por uma das mais impressionantes transformações tecnológicas e de conceitos e atinge diretamente o segmento de embalagens. noticiário do Painel Gráfico, porém, não se destinará apenas a quem trabalha no mundo do packaging. Atendendo a expressivo número de sugestões, esta nova seção é direcionada também aos profissionais e às empresas atuantes no universo gráfico de modo geral. Assim, conterá notícias que abrangerão desde o design e a pré-impressão até equipamentos e insumos necessários à atividade, como substratos, tintas, complementos e acessórios. ários são os motivos para essa segmentação dentro de EMBALAGEMMARCA. Para citar apenas dois: 1) os recipientes celulósicos, no quais é preponderante a presença da atividade gráfica, respondem por nada menos que 41% do mercado brasileiro de embalagens; 2) as embalagens flexíveis de todos os tipos, cuja avassaladora presença não para de crescer, somente chegam ao mercado depois de passarem por algum sistema de criação gráfica e de impressão. sso, acreditamos, bastaria para justificar a criação deste espaço. Mas a intenção de EMBALAGEMMARCA é ir um pouco além. A revista pretende trazer no Painel Gráfico notícias sobre produtos, materiais, tendências e cases

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importantes da área. amos assim, acreditamos, uma contribuição, embora modesta, para valorizar e facilitar o trabalho das pessoas, empresas e entidades que fazem o setor gráfico brasileiro ser internacionalmente reconhecido não só como um dos que apresentam elevada qualidade técnica, mas também como um pólo de alta criatividade. propósito, com apoio da ADG – Associação dos Designers Gráficos, a seção mostrará também, a cada edição, um pouco do trabalho da entidade e de seus associados. Com isso, acreditamos, contribuiremos para mudar mais rapidamente do que vem ocorrendo o entendimento de que a atividade criativa é “coisa de artista”, forma debochada de dizer “supérfluo”. ada a necessidade forçada pela globalização da economia, que as colocou na contingência de oferecerem produtos competitivos ao mercado se nele quiserem permanecer, as empresas brasileiras começaram a ver as embalagens como algo mais que meros complementos de seus produtos. qual a importância do designer nisso? Se for levado em conta que não há embalagem se não como resultado do trabalho concebido a partir de um conceito gráfico, pode-se afirmar que é crucial. Na verdade, não existe objeto industrial cuja produção não seja antecedida de uma concepção enquadrada no que se convencionou chamar de design gráfico. e ajudar a reforçar a compreensão de que para agregar valor aos produtos brasileiros, tornando-os mais competitivos e mais desejados no mercado interno e lá fora, estará justificada a criação deste espaço.

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Para quem quer crescer Na área de pré-impressão, a Heidelberg está trazendo para o Brasil a família Prosetter de gravadoras computer-to-plate (CTP) a laser violeta, em três modelos (Prosetter 52, 74 e 102), projetados para atender a pequenas, médias e grandes empresas interessadas em expandir seus negócios de pré-impressão. Segundo a empresa, a tecnologia dessa gravadora resulta em maior produtividade, por ser mais rápida. A Prosetter 52 produz vinte chapas por hora, em tamanhos que variam de 370mm x 323mm a 670mm x 525mm, utilizadas na entrada de impressoras do formato Quickmaster 46 até a Speedmaster 52. Upgrade pode ser feito. A Prosetter 74 pode imprimir com velocidade de 16 a 24 chapas chapas por hora. Já o modelo 102, na descrição da Heidelberg, “é extremamente flexível e é uma excelente entrada para inúmeros modelos de impressoras, desde GTO 52, passando pelos mais diversos formatos, com limite máximo na Speedmaster 102, em ritmo de 12 a 18 chapas por hora”. O público-alvo para os três modelos são gráficas editoriais, de embalagens, promocionais e fotolitos. O mercado comprador potencial abrange mais de 2 500 empresas no Brasil.

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Banco de dados gráficos Iniciativas cada vez mais freqüentes e sérias têm aos poucos apagado o estigma de que o Brasil é um país carente de levantamentos e pesquisas de mercado. Uma delas foi recentemente divulgada pelo Sindigraf (Sindicato das Indústrias Gráficas). Em conjunto com o Iemi (Instituto de Estudos e Marketing Industrial), o Sindigraf começará em breve a enviar a todas as empresas gráficas do país um questionário com perguntas sobre

faturamento, número de funcionários e histórico de atuação. Como no Censo promovido pelo IBGE, que faz a contagem geral da população, a idéia é obter, com o máximo de precisão possível, um panorama do mercado gráfico brasileiro. O presidente do Sindigraf, Sílvio Ísola, justifica a ação lembrando que, para o desenvolvimento de todas as políticas de atuação do Sindicato, a atualização dos dados do setor é essencial.

Flor para flexografia No esforço de vendas e atendimento de equipamentos de impressão, muitas vezes é mais fácil e mais produtivo induzir o potencial cliente a ir até o local onde as máquinas são produzidas e expostas – freqüentemente outros países – do que trazê-las até eles. Um exemplo é o da Comprint, que representa no Brasil a Gidue, fabricante italiana de impressoras flexográficas. A empresa estará participando da Ipex 2002, em Birmingham, na Inglaterra, de 9 a 17 de abril, ocasião em que apresentará em seu stand (pavilhão 19,

nº 114) um módulo de impressão Combat com duas unidades flexográficas Flower. A marca deriva do fato de a máquina ter sido projetada para abrir como uma flor, garantindo uma troca de serviço fácil e rápida. (011) 3371 3371 [email protected]

Criação sem dúvidas Um guia de fácil consulta, que mostra como o designer faz design. Esse é o conceito do Guia Prático do Design Gráfico como Ferramenta de Comunicação, editado pela ADG. Seu objetivo é tirar dúvidas sobre a atividade e aproximar as empresas em geral dessa imprescindível ferramenta estratégica da comunicação empresarial contemporânea. Nele é mostrado, de forma prática, rápida e simples, passo a passo, o que é, para que serve e como obter os melhores resultados na utilização do design gráfico em benefício dos negócios. Traz desde as formas re-

comendadas de se contratar um profissional ou empresa de design, até o resultado final, em uma seqüência lógica, passando por todas etapas do trabalho nas áreas de planejamento estratégico, identidade visual, embalagem, sinalização, editorial, mídia eletrônica e material promocional. Para ilustrar, o guia traz exemplos práticos e experiências bem sucedidas, com algumas das principais marcas brasileiras, bem como a opinião de profissionais de algumas das mais importantes empresas de design do país. À venda na ADG. (11) 3081-5513 e 3088-1322.

Só não se destaca quem não quer Criar embalagens para produtos requintados, ou de alto valor agregado, não é mais problema mesmo no Brasil. O Grupo Arjo Wiggins, um dos maiores fabricantes de papéis especiais do mundo, está trazendo para o país sua nova linha de produtos para revestimento. A empresa adquiriu em 1990 a Guarro Casas, companhia espanhola com três séculos de tradição na fabricação de materiais para revestimento, e agora começa a atuar mais fortemente neste segmento dentro do mercado nacional. São aproximadamente dez linhas distintas de produtos, de papéis similares a couro, tecido e cortiça, dentre outros, para os mercados de embalagem, editorial, religioso, decorativo, escolar e de agendas. Segundo Marcelo Artel, gerente da divisão no Brasil, “são materiais especialmente desenvolvidos para revestimento, cartonagem e encadernação, com resistência ao rasgo, perfeita aderência à colagem, e que além de tudo aceitam várias técnicas de impressão”. Ele diz que “essas características proporcionam acabamento perfeito a embalagens, caixas, agendas, livros, cadernos e bíblias, aumentando o valor agregado de cada produto e melhorando sua produtividade”. (11) 3061-2366

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Um guia que orienta A distribuidora de papéis especiais Fine Papers, cujo público-alvo é composto por designers e publicitários, lançou um catálogo com seus quase 100 diferentes tipos de papéis. A empresa, que representa e distribui papéis das norte-americanas Fox River, Gilbert e Crane, juntou treze gráficas concorrentes e dois fornecedores num único projeto, o Text & Cover. Trata-se de um guia/orientador de papéis, ao mesmo tempo um manual técnico e didático que aborda diversas técnicas

de impressão. Idealizado por Rosilene Brino, especificadora da Fine Papers, com a participação do designer gráfico Miguel de Frias e editoração da SG Botelho Propaganda, o catálogo procura transmitir segurança às gráficas, que muitas vezes mostram certo receio ao fazer trabalhos com papéis especiais. (11) 3819-2000 www.finepapers.com.br

Finalistas da VI Bienal de Design Gráfico Item obrigatório da agenda de quem atua no setor, a VI Bienal de Design Gráfico, a mais representativa exposição de design do Brasil, que se realizará de 20 de março a 7 de abril de 2002, no Sesc Pompéia, em São Paulo, já tem pronta a relação dos 57 finalistas entre os 338 trabalhos selecionados para integrar a Mostra Seletiva, uma das três exposições que compõem a Bienal. No evento, serão apresentados os mais significativos trabalhos de design gráfico do Brasil produzidos nos últimos dois anos. A Bienal terá também as mostras Institucional e Temática, que apresentarão, respectivamente, a produção dos associados da ADG – Brasil (Associação dos Designers Gráficos do Brasil), promotora do evento em parceria com o Sesc São Paulo e o Senac, e uma instalação inédita do artista plástico Guto Lacaz. As três

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mostras estarão montadas, simultaneamente, na Área de Convivência do Sesc Pompéia. Para indicar os trabalhos da mostra seletiva foram destacados 35 jurados, escolhidos segundo critérios rígidos estabelecidos pelo curador Chico Homem de Melo. Os avaliadores deveriam ser designers ou atuar na área de design, além de precisarem respeitar diferenças entre os trabalhos. Uma das exigências é que não fossem nomes envolvidos com a ADG ou a Bienal. Foram inscritos trabalhos de praticamente todo o País, com destaque para a cidade de São Paulo (1066 inscritos), Rio de Janeiro (316), Belo Horizonte (88) e Curitiba (42). O interior de São Paulo enviou 41 inscrições. Além das exposições, a programação abrigará várias oficinas dirigidas aos freqüentadores de todas as faixas etárias do Sesc Pompéia.

Especialização para todos Após fechar acordos técnicos com importantes entidades de pesquisa e desenvolvimento na área gráfica, como a alemã FOGRA (Instituto de Pesquisas Gráficas), e a americana GATF (Graphic Arts Technical Foundation), a ABTG (Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica) volta suas atenções à oferta de cursos de especialização para profissionais do setor no país. A entidade está divulgando seu calendário para 2002, com programas de ensino abertos a todos os interessados, mas com distinção de preço para associados e não associados. Os cursos, que serão dados na sede da ABTG em São Paulo, se estendem desde abordagens de vendas e marketing até assuntos essencialmente técnicos. Informações sobre o nível de cada módulo, a carga horária e preços podem ser obtidas no site da ABTG (www.abtg.org.br), ou pelo telefone (11) 6693-9535.

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Com licença... Para cuidar de seus licenciamentos no Brasil e oferecer suporte a seus parceiros de varejo, a Warner Bros. criou a Warner Bros. (South), Inc., empresa que será liderada pelo brasileiro Marcus Macedo. ...para o Brasil No portfólio da empresa há desde marcas tradicionalíssimas, como Pernalonga e Batman, a febres do momento, como as Garotas Superpoderosas e o bruxinho Harry Potter. Novo comando José Carlos Grubisich assumiu em 2 de janeiro a presidência da OPP Química. Ele será o futuro presidente da Braskem, holding que resultará da integração das empresas Copene, OPP Petroquímica, Trikem, Polialdem e Nitrocarbono. Alta esperada Os fabricantes brasileiros de polietileno apostam em 2002 num crescimento de 8% sobre o total negociado no país no ano passado. Cisão postergada... A divisão dos negócios de químicos especiais e plásticos da Eastman em duas empresas, programada para o fim deste ano, foi adiada. Motivos alegados: condições adversas de mercado e dificuldade de formulação de previsões de curto prazo. ...por enquanto Todavia, se as perspectivas econômicas globais melhorarem, a divisão poderá acontecer em meados de 2002. A alta cúpula da

Química na era do B2B eletrônico A empresa global de especialidades químicas Rohm and Haas está lançando sua solução de e-commerce para negócios na América Latina. Desenvolvido e hospedado pelo Citibank e-Business, o site fará a empresa aumentar e tornar mais eficiente as relações com seus clientes, que poderão efetuar suas ordens de compra de produtos, rastrear o status de seus pedidos e consultar faturas e contas a pagar 24 horas por dia, 7 dias por semana. “Essa solução irá nos ajudar a buscar oportunidades significativas e adicionais de crescimento, além de melhorar nossas vendas e serviços de distribuição”, afirma Guillermo Novo, vice-presidente

da Rohm and Haas e diretor regional para a América Latina. Inicialmente o projeto atenderá clientes no Brasil, mas em breve estará disponível aos demais países latinos. www.latinrohmhaas.com

700 milhões em ação

PORTÁTIL E VERSÁTIL

Estimulada pelo retorno do mercado nacional de águas minerais, para o qual fornece anualmente cerca de 700 milhões de tampas, a Alcoa anunciou que deverá instalar em 2002 uma planta no Brasil para a produção de sistemas de fechamento. A unidade deverá fabricar as tampas Sports Lok, atualmente importadas dos Estados Unidos e que tiveram ótima aceitação no mercado interno de águas. O segmento é o que mais tem crescido dentro do mercado de bebidas envasadas em embalagens PET, para as quais se destinam as tampas da Alcoa. Considerando-se apenas as garrafas sopradas a partir desse material, a empresa fornece 65% das tampas consumidas no país. Para este ano, a expectativa de crescimento do segmento de tampas no mercado de águas minerais é de 7%. As atuais fábricas de tampas da Alcoa estão situadas em Lages (SC), São Paulo e Itapissuma (PE).

Conectividade múltipla. Esta é a principal virtude da impressora móvel QL 320, que a Zebra está lançando no Brasil. Os módulos de rádio intercambiáveis QuickLink permitem a “conversa” com diversas redes de comunicação, incluindo as baseadas nas novas tecnologias wireless (sem fio). Projetada para volumes médios de impressão em ambientes internos ou externos, a QL 320 é ideal para utilização no comércio varejista e pelos setores de manufatura, saúde, rotinas

empresa continua acreditando

de embarque e distribuição, contabili-

que focos distintos de gestão

dade de rotas, controle de bens, eti-

trarão benefícios aos acionistas.

quetagem e serviços de hospedagem.

(11) 3857 1466 www.zebra.com

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Justi2i, finalmente no ar Após alguma espera, o portal Justi2i

diretor do Justi2i, aposta na movi-

iniciou suas operações em dezembro.

mentação de negócios na casa dos

O site pretende agilizar as operações

200 milhões de dólares já no primeiro

comerciais envolvendo fabricantes,

ano do serviço. “Somando-se o porte

compradores e usuários de embala-

da indústria nacional de embalagens

gens na América Latina. Maurice Max,

aos recursos, inéditos, que iremos

SACHÊS EM RITMO CONTÍNUO

disponibilizar, essa cifra é perfeitamente factível”, acredita. Além de Max, formam a direção do Portal Justi2i os executivos Graham Wallis, criador e presidente da Datamark e Carlos Martin, experiente profissional da área de embalagens, responsável pela área comercial.

www.just121.com.br

VERÃO DA LONGA VIDA “Fruta direto na boca” é o nome da campanha da Tetra Pak para fomentar a venda de sucos prontos embalados em suas caixinhas assépticas cartonadas no verão 2002. Estão sendo investidos cerca de três milhões de reais na campanha, que terá outdoors, jingles em rádios, anúncios em revistas e distribuição de amostras em praias, aeroportos e bares do território brasileiro. O mercado de sucos está dando bom retorno à multinacional de origem sueca: de acordo com Heloísa Rios, gerente de marketing na categoria sucos e bebidas da Tetra Pak, houve um aumento de 56% na venda de sucos embalados pela empresa de janeiro a novembro de 2001, se comparado ao desempenho de 2000. Como apoio à campanha, a Tetra Pak lançou também o site www.bebasuco.com.br, que traz dicas para uma vida saudável.

Embalar agora é batata! PaperFoam é o nome de um

Foi aprovado recentemente em di-

novo material que promete cha-

versos testes climáticos e de resis-

coalhar o mercado de embala-

tência mecânica na Europa, onde

gem. Ele é baseado numa liga

já pode ser visto embalando al-

de amido de batata e fibras natu-

guns produtos. Entre eles, a marca

rais, moldada a partir de um pro-

Ascom de telefones de mesa, na

cesso especial de injeção paten-

Alemanha (foto).

teado pela empresa homônima.

www.paperfoam.com

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A Zanotti está lançando uma envasadora automática de sachês de quatro soldas, baseada no conceito form, fill & seal (forma, envasa e sela). O equipamento pode embalar diversos tipos de produtos e em diferentes velocidades, pois tem motor de corrente alternada, trifásica. Outros trunfos são a pressão da selagem, o baixo nível de ruído e o painel elétrico com display luminoso, que exibe as variáveis do sistema. Há ainda vários opcionais, como datador de baixo relevo, codificador hot stamping ou ink jet, unidade para injeção de gás inerte, picote de fácil abertura e sachês duplos para diferentes produtos, entre outros. (16) 3961-3501

Studio AG

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Para dar um gelo na sede Pioneiro no mercado de chás

Já a predominância da cor amarela

prontos no mundo, o Lipton Ice

no fundo das embalagens foi man-

Tea – que no Brasil é produzido e

tida. O projeto foi desenvolvido

distribuído pela AmBev, graças a

por profissionais da própria Unile-

uma joint-venture com a Unilever,

ver. Além das latas de alumínio, o

detentora da marca –, está es-

Ice Tea será vendido em embala-

treando novo visual nos mais de

gens cartonadas de um litro, for-

150 países em que é vendido.

necidas pela Combibloc. A novida-

O logotipo passa a figurar sobre

de, neste caso, são tampas plásti-

pedras de gelo, onde está decalca-

cas que, além da facilidade de

da a inscrição Ice Tea. O produto

abertura, permitem controlar o flu-

ganhou também uma versão light.

xo de saída do chá.

Faber-Castell volta às aulas Apostando na volta às aulas 2002 a Faber-Castell lançou 28 produtos para uso estudantil. O destaque é o kit escolar, que reúne todos os itens básicos numa única embalagem, proporcionando economia ao consumidor. O kit é composto por 12 lápis de cor, dois lápis pretos, uma caneta esferográfica, uma borracha e um apontador. As embalagens são produzidas pela própria Faber-Castell, na fábrica de São Carlos, e o design foi desenvolvido pela agência Estúdio 11.

Vaquinha da Mococa em destaque As novas embalagens do leite UHT desnatado da Mococa têm em destaque uma vaca, tradicional símbolo da marca. O logotipo da Mococa é a cara de uma vaquinha. Na embalagem do leite, o animal aparece de corpo inteiro, em um cenário que lembra o início do século XX (a empresa foi fundada em 1919, na cidade paulista de mesmo nome). A vaquinha apareceu pela primeira vez em 1956, quando a empresa inaugurou a primeira linha de produção de leite em pó nacional, e hoje é um dos ícones da propaganda brasileira. A embalagem do leite UHT desnatado é da Tetra Pak, e o design foi criado pela Packing.

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Moda também na caixinha Neste verão as novas embalagens da grife carioca de moda de praia Totem, desenvolvidas pela Porto+Martinez Design Studio, vão surpreender pela analogia com o visual inspirado nas embalagens Tetra Pack de suco de frutas. Os desenhos se basearam em produtos consagrados,

como o suco de laranja Tropicana, e foram exploradas cores e formas de três frutas tropicais: caju, melancia e abacaxi. As embalagens, produzidas em cartão duplex 350g pela Ondupel, possibilitam seu aproveitamento na decoração das vitrines e prateleiras das lojas.

Dove no mercado de hidratantes Conhecida por seus sabonetes hidratantes, a marca Dove, da Unilever, está entrando no segmento de loções hidratantes. Aproveitando a chegada do verão, a Dove lançou duas versões de loções hidratantes: NutriCare, para pele seca, e Hydra Intense, para pele normal.

O desenho das embalagens é o mesmo que já existe na Alemanha para frascos maiores (400 ml), que foi adaptado para o mercado brasileiro (200ml). O frasco é de PEAD, fornecido pela Sinimplast do Brasil. A tampa de polipropileno mate é fabricada pela Weener da Alemanha.

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A Copa está chegando

O chicle de bola Gang, da

mascotes de cada país.

General Brands, já entrou

Para receber o álbum, as

no ritmo do campeonato

crianças devem enviar

mundial de futebol: lan-

quatro embalagens do

çou o álbum de figuri-

chicle Gang à caixa pos-

nhas “História das Copas

tal da General Brands.

do Mundo”, contada pela

As figurinhas acompa-

“Turma do Chicle Gang”,

nham os chicles. Aque-

composta pelos persona-

les que enviarem o ál-

gens infantis Kadu, Tico,

bum preenchido à com-

Bel, Rafa, Rô e Thigão. A

panhia vão receber um

turminha estampa as figu-

presente surpresa, e o ál-

rinhas com as bandeiras

bum de volta. A caixa

dos países que já sedia-

postal da General Brands

ram copas, as principais

é 12 724, CEP 04675-210,

jogadas do futebol e os

São Paulo, SP.

Del Valle lança novo sabor A Sucos Del Valle lançou mais um sabor para a sua linha light. A novidade é o néctar de uva, que a empresa está colocando no mercado para atender o público que procura produtos de baixa caloria. A bebida é encontrada em caixinhas de 1 litro e 200ml e

latas de alumínio de 335ml. O design das embalagens é da Packing.

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MAIS COR EM EMBALAGENS DE SABONETE Os sabonetes Gessy, produzidos pela Unilever, estão chegando ao mercado de cara nova. As embalagens ganharam cores mais fortes e estampas com flores diferentes para cada fragrância do sabonete.

Tatuagem só no verão Cerca de um milhão de pontos-devenda do Brasil, exceto as regiões Norte e Nordeste, começaram a receber no dia primeiro de fevereiro 35 milhões de latas de 350ml da cerveja Brahma com uma decoração diferente. A novidade é a es-

tampa do casal de tatuagens que fez sucesso no comercial de televisão. São dois modelos de latinha, desenhados pela F/Nazca S&S, um com a garota e outro com o rapaz. As latinhas ficarão no mercado até o início de março.

Também foi alterada a logomarca Gessy, que passou a exibir contornos mais largos e está mais destacada, tanto na embalagem quanto no próprio sabonete. A frase “Com ingredientes naturais” ganhou maior destaque, em referência aos óleos essenciais das diferentes fragrâncias. O projeto gráfico foi desenvolvido pela Rex Design. A embalagem, constituída por um filme monocamada de BOPP perolizado, tem impressão em rotogravura e adesivo “cold seal” (adesivo para selagem a frio). O fornecedor é a Empax.

Site da Bassi ganha área infantil O site www.bassi.com.br, que oferece receitas, dicas de churrasco e informações sobre embalagens, entre outros itens, agora tem uma área destinada às crianças. Nessa área há personagens criados especialmente para o site: são três alienígenas que caíram na terra, e com a

Como enviar as suas informações Quando a sua empresa tiver algum lançamento que se encaixe no perfil desta seção, é importante que no material enviado para a nossa redação constem informações referentes ao material da embalagem (se for mudança de material, informar qual era o anterior), quem é o fornecedor da embalagem e quem é o responsável pelo design. Assim, a sua informação ganha em conteúdo.

ajuda de uma esperta garotinha, descobrem as maravilhas do churrasco. As crianças podem pintar o cenário, imprimir e formar um livrinho de pinturas. Periodicamente a área ganhará novas atrações, como jogos e cenas inéditas. O site foi desenvolvido pela Lighthouse.

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Almanaque

Marketing de guerra é isso aí Com o triunfo militar da maior potência bélica do planeta no Afeganistão, não chega a ser exagero imaginar que, como mais um dos efeitos inesperados dos ataques terroristas aos Estados Unidos, a Coca-Cola acabe sendo produzida naquele país, um dos únicos quatro em que não é fabricada. Precedente não falta: a expansão global daquela marca de refrigerante deu-se na esteira do avanço das forças americanas nos países

em que enfrentaram as forças do Eixo durante a II Guerra Mundial. O mote do fabricante era o de que nenhum soldado americano ficaria sem ter à mão uma garrafinha de Coca-Cola, então a única embalagem do refrigerante. Aqui o produto entrou na esteira da política da boa vizinhança, como mostravam anúncios da época. Em tempo: os outros países que não fabricam Coca-Cola são Cuba, Líbia e Sudão.

Ganha quem tem coragem de apostar Este ano a Nadir Figueiredo completa 90 anos e reaviva o conceito de que oportunidades são de quem as aproveita, não de quem apenas sonha. Em 1912, o Brasil vivia a tensão do limiar de uma guerra mundial. Era um daqueles típicos momentos em que a maioria fica indecisa e os mais arrojados arriscam tudo. O jovem Nadir Figueiredo, então com 20 anos, estava entre estes. Abandonou um seguro emprego de ajudante de guarda-livros na próspera Casa Guinle, em São

Paulo, para montar sua própria empresa, voltada à venda e ao conserto de máquinas de escrever e de somar e caixas registradoras, um promissor segmento de tecnologia de ponta na época. Contava com a experiência de um único emprego, como encarregado das

seções de eletricidade, de mecânica e de máquinas de escrever, e com 20 000 réis emprestados pelo tio Ezequiel Dias. Foi com essa base que, na manhã de 12 de agosto de 1912, um novo estabelecimento abriu suas portas no Largo do Tesouro, no coração da pacata São Paulo de então. Na fachada, uma placa com o nome que hoje identifica o maior produtor brasileiro de objetos de vidro para uso doméstico. O que ficou no meio também é história, mas não cabe aqui.

Pensando bem... ... sem o bulbo de vidro (a “embalagem” da luz artificial), a humanidade não disporia de luz sem chama depois do por-de-sol. Teria de recorrer a tochas, velas e lampiões para não ter de ir deitar à mesma hora que as galinhas. ... sorvetes, hoje um alimento (e guloseima) ao alcance de praticamente qualquer pessoa, graças à refrigeração e às embalagens, no passado – principalmente no verão, quando mais desejados – eram privilégio de nobres: para produzi-los era preciso transportar neve retirada de montanhas em geral distantes. ... até hoje não se inventou material que substitua com a mesma eficácia a cortiça no fechamento de garrafas de vinho: veda, permite que o produto respire e é reutilizável.

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