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É um sonho e um compromisso
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O mundo não acabou, e as previsões não são tão negras para o ano que vem
ão somos exageradamente otimistas como aquele rapaz que, ao deparar com o que uma vaca deixara à sua porta, saiu festejando pela rua a boiada que pensava ter ganho. Mas convenhamos que é difícil ser totalmente pessimista e entregar os pontos num país que, parecendo ter tudo para dar errado, acaba dando certo. Há um ano faziam-se projeções de que a economia iria caminhar bem, apesar dos percalços. Quando estes se acentuaram, na forma de crises como a energética, a da Argentina, a dos atentados de setembro e a dos saltos cambiais, ou-
viu-se a gritaria de sempre. O mundo acabou! O país vai falir! O país continua indo em frente, e as previsões não são tão negras para o ano que vem. Isso está registrado com muito estilo, talento e esforço na reportagem de capa, de responsabilidade de Guilherme Kamio e de Leandro Haberli. Eles não são futurologistas, nem economistas. Mas sabem trabalhar duro e usando a cabeça, ouvindo e interpretando o que profissionais e empresários especializados têm a dizer e que pode ser útil ao setor de embalagem ao planejar o ano que começa. Assim,
a reportagem Tendências e Perspectivas 2002 não pretende servir de plano de vôo para ninguém, mas constitui confiável projeção de cenário. É um serviço de EMBALAGEMMARCA que já se tornou tradicional nos finais de ano. A equipe da revista aproveita para agradecer o reconhecimento de leitores e anunciantes ao seu esforço. É o que nos anima a tentar fazer uma publicação sempre melhor e, quem sabe, um dia, impecável. É um sonho e um compromisso. Boas festas! Até a próxima.
Wilson Palhares
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dezembro 2001/janeiro 2002
Diretor de Redação Wilson Palhares
[email protected]
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ENTREVISTA: CAIO MATHIESSEN GUDMON Presidente da Aspac – Associação Paulista da Cachaça conta como a bebida brasileira, com qualidade, pode conquistar o mercado externo
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AUTO-ADESIVOS Fórum de empresários e executivos do setor reafirma a determinação de continuar crescendo
Reportagem
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Flávio Palhares
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Guilherme Kamio
[email protected] Leandro Haberli
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Thays Freitas
[email protected] Colaboradores Josué Machado e Luiz Antonio Maciel Diretor de Arte Carlos Gustavo Curado
CAPA Serviço: As principais tendências e as perspectivas da cadeia de embalagem em 2002
Administração Marcos Palhares (Diretor de Marketing) Eunice Fruet (Diretora Financeira)
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PRÊMIOS Os ganhadores dos prêmios Fernando Pini e Qualidade Flexo (que, modéstia à parte, beliscamos)
Departamento Comercial
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Wagner Ferreira Circulação e Assinaturas Claudia Regina Salomão
[email protected] Assinatura anual (11 exemplares): R$ 60,00
Público-Alvo EMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais que ocupam cargos técnicos, de direção, gerência e supervisão em empresas fornecedoras, convertedoras e usuárias de embalagens para alimentos, bebidas, cosméticos, medicamentos, materiais de limpeza e home service, bem como prestadores de serviços relacionados com a cadeia de embalagem.
Tiragem desta edição 8 000 exemplares ILUSTRAÇÕES DA CAPA E DA REPORTAGEM DE CAPA: PHILIPP MAI – MAI 3D
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Editorial
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Panorama
A essência da edição do mês, opinião – e agradecimentos
Movimentação na indústria de embalagens e seus lançamentos
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Os anunciantes do ano
Display
Modesta homenagem a quem faz a revista ser cada vez melhor
Lançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagem
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A busca da OPP Química pela auto-suficiência tecnológica
Fatos não muito conhecidos do universo das embalagens
Almanaque
Veja mais Toda vez que este ícone aparecer no final de artigos e reportagens, significa que há informações adicionais em www.embalagemmarca.com.br
Filiada ao
Impressa em papel couché Image Mate 115 g/m2 (miolo) e papelcartão ArtPremium PEX2 330 g/m2 (capa) da Ripasa S.A. Celulose e Papel Impressão: Lavezzo Gráfica e Editora (capa) e Grande ABC (miolo)
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homenagem
Os Anunciantes do Ano EMBALAGEMMARCA agradece a todos que a apoiaram em 2001 ecentemente, estivemos em festas de premiação de empresas ligadas à cadeia de embalagem, com entregas de troféus, diplomas, comida e bebida fartas, música e gente feliz. Em algumas chamou-nos a atenção o fato de existir, entre as categorias premiadas, a de “Anunciante do Ano”, homenagem explicada pela existência, por trás da premiação,
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Abividro ABML Activas Adere ADVB Alcoa Antilhas Arco Convert Asterisco Avery Dennison Bauch + Campos Bomguy Premium Bracelpa Brady Brasemba Brasilata Brasilcote Ciba Cisper Comprint Congraf CSN Demarcas DIL Design EAC Canetas E S & Partners (GB) Emballage (França) Embamark Empax
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de alguma publicação segmentada. Houve quem comentasse tratarse de homenagens merecidas mas interessadas, por visarem a incentivar o afluxo de anúncios. A idéia nos pareceu interessante, por isso decidimos também homenagear nossos parceiros, modestamente, mas de forma mais democrática. Por entendermos que quem anuncia o faz na medida de suas possibilidades financeiras, conside-
Envase (Argentina) Fasson FCE Pharma Fiepag Fispal Flexopower Fotograv Grupo Orsa HBA South America Hervás Henkel Incapack Instituto do PVC It’s Marketing Mix JAC do Brasil Krones Lavezzo Lemca LightHouse Liofol M. A. Associados Mac Dermid MD Papéis Multilabel Nadir Figueiredo Novelprint O-I Tampas OPP Packing
ramos que seria injusto homenagear apenas o anunciante mais presente na revista em 2001. Assim, nesta página apresentamos nossos agradecimentos àqueles que nos prestigiaram durante o ano. Foram todos muito importantes para a consolidação e o aperfeiçoamento da revista. Esperamos tê-los de novo conosco durante todo o ano que se inicia. Nossas homenagens vão para:
Papirus Politeno Prada Prakolar Prodesmaq Propack Rigesa Riverwood Ripasa Rohm and Haas Saint-Gobain Sanvi Propaganda Sidel Siel Silk Mac Sinimplast Sleever Internacional Sonoco For-Plas SPL Dessecantes Suzano Studio AG Tetra Pak TME Plásticos Topcoat Torres Tupahue Tintas Votocel Willett Wheaton
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entrevista
“A hora da virada para a cachaça” enófobos diriam que, além dos nossos minérios, do nosso petróleo, da multiplicidade genética de nossa fauna e de nossa flora, a cobiça internacional recai sobre outra riqueza: a cachaça. Na verdade, tal seria o potencial de exportação da bebida que gente esperta lá fora já tentou registrar a expressão “cachaça” como marca – acredite quem quiser – francesa. Por sua vez, os americanos, grandes especialistas na criação de barreiras comerciais, classificam a popular manguaça como “brazilian ron”, de modo a taxar mais alto as importações. Por ter aprendido com os franceses, que têm direito exclusivo ao uso das marcas “cognac” e “champagne” para o destilado e para o vinho espumante fabricado naquelas regiões, e com os portugueses, donos das referências “porto” e “vinho do Porto”, o governo brasileiro contratou escritórios especializados para obter mundialmente a marca “cachaça”, em mais um reforço da luta pelo fortalecimento da “marca Brasil”, que a APEX – Agência de Promoções à Exportação vem encaminhando. O certo é que, como já se previa há alguns anos, parece ter chegado a hora de a caninha brasileira matar a sede de álcool que atormenta gargantas em todo o planeta. Todavia, para mitigar esse anseio – e assim equilibrar a deficitária balança comercial brasileira – é preciso ampliar um trabalho que já se iniciou pela melhora da qualidade da aguardente. Em crescente número, os produtores e engarrafadores se dão conta disso e de que, além de o conteúdo ser puro, é vital uma boa apresentação, isto é, um sistema de embalagem capaz de competir ombro a ombro nas prateleiras, nos balcões e nas mesas com os mais sofisticados destilados do mundo. Com isso, percebem que podem conquistar o público tupiniquim hoje adepto de destilados importados mais caros, pois a famosa água-que-passarinho-não-bebe tornou-se exemplo de bebida de péssima qualidade. Coisa, justamente, de “cachaceiro”, de “pinguço”. Que chegou a hora da virada não resta mais
DIVULGAÇÃO
X CAIO MATHIESSEN GUDMON, presidente da Associação Paulista da Cachaça, grande produtor e pequeno engarrafador do produto, fala sobre a necessidade de o país empenhar-se na obtenção de aguardente qualidade como forma de conquistar o mercado externo e, ao mesmo tempo, atrair o brasileiro 8 – EMBALAGEMMARCA • dez 2001/jan 2002
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dúvida, como expõe nesta entrevista Caio Mathiessen Gudmon, presidente da recémfundada Aspac – Associação Paulista da Cachaça e gerente geral da BBL – Brazilian Beverage & Liquors Ltda. Grande produtor e pequeno engarrafador determinado a conquistar o mercado externo, ele falou extensamente sobre o tema e mostra aspectos que muitos apreciadores de cachaça talvez desconheçam. Além da parte contida nestas páginas, há mais informações na continuação da entrevista, na rubrica “Veja mais” do site www.embalagemmarca.com.br
mascavo, na época do Brasil Colônia. Mais tarde continuou com essa fama, tornando-se bebida de consumidores de classe social mais baixa, devido principalmente ao preço acessível – e produto de baixo preço geralmente deixa muito a desejar quanto à qualidade. Só agora os produtores estão se conscientizando da necessidade de investir em qualidade, já que, para expandir o mercado, é preciso conquistar o mercado externo. Neste caso, as exigências são bem maiores que aquelas vigentes em nosso país.
Não seria interessante trabalhar para elevar o nível de exigência do consumidor inNo momento em que tanto se fala na necesterno? Se isso for feito e o consumo sidade de o Brasil exportar, um dos de cachaça de qualidade aumentar produtos que mais vêm à lembrança O brasileiro internamente, estará sendo criada esdas pessoas é a cachaça. Qual o vocala para poder exportar um produto lume hoje exportado pelo país e qual paga muito mais aceitável em mercados mais exigena produção total conhecida? em bares e restautes. Afinal, se há grande consumo de A estimativa de produção para o ano rantes para tomar uísque e de vodca importados, que 2001 é de 1,3 bilhão de litros, dos são muito mais caros do que cachaça, quais apenas 8 milhões são exporta- uma “ caipiríssima” deve haver mercado para um bom dos. Em valores, em 1999 as exporfeita de rum ou destilado nacional. tações corresponderam a algo próxiuma “ caipiroska”, É lógico. Nós brasileiros temos um mo a 7,4 milhões de dólares, em péssimo costume: compramos e 2000, a 8,1 milhões, e em 2001 dede vodca. consumimos produtos estrangeiros verão totalizar 8,5 milhões. Comparadas com porque dá status. Pagamos muito uma autêntica mais caro em bares e restaurantes Qual é a porcentagem exportada a granel e a exportada já acondiciocaipirinha, as duas para tomar uma “caipiríssima” feita de rum, ou uma “caipiroska”, de nada em garrafas, estojos e outros perdem de longe vodca. Comparados com uma autêncomplementos de embalagem, isto é, em qualidade tica caipirinha ou até com uma cacom maior valor agregado? chaça de primeira linha, essas duas Não possuo esses dados neste mobebidas perdem de longe em qualimento, mas a exportação a granel é dade. Além de ser muito mais saborosa, a de suma importância para as exportações boa cachaça é menos agressiva ao organisbrasileiras. Nesse sistema, nossa aguardente mo humano. pode ser envasada no exterior por filiais de empresas brasileira, por um custo de frete Como um consumidor pode distinguir uma mais baixo, tornando nosso produto mais cachaça de boa qualidade de uma ruim? competitivo no mercado externo, principalOu apenas saber se o produto é bom? mente no Mercado Comum Europeu. Uma cachaça de má qualidade geralmente apresenta, entre outros defeitos, acidez exHistoricamente, a cachaça virou sinônimo cessiva, que provoca a tal de “queimação” de produto de má qualidade. Até a palavra na garganta quando a bebida é ingerida. Geque define os consumidores mais entusiasralmente, o consumidor confunde esse inmados é pejorativa: “cachaceiro”, ou “pinconveniente, acha que está tomando um guço”. Por que aconteceu isso? produto de teor alcoólico mais elevado que Provavelmente devido à origem da bebida, o convencional. Puro engano! Se a cachaça que inicialmente era considerada bebida de é de boa qualidade, a “queimação” não escravos, produzida de forma artesanal a ocorrerá. Não é o álcool que provoca aquepartir do resíduo da fabricação do açúcar
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la sensação, mas sim o ácido acético, quando presente em quantidade excessiva. Qual é a tendência de consumo de bebidas alcoólicas no mundo? Há alguns anos falava-se que o ano 2000 seria o ano mundial da cachaça. Isso vem acontecendo? Quais as reais possibilidades de ampliar o volume das exportações de cachaça? A tendência mundial é pelo consumo de bebidas alcoólicas mais fracas. Desse modo, dificilmente teremos um aumento no consumo de cachaça pura, mas sim na forma de coquetéis, misturada com sucos de frutas. Para a cachaça, a grande jogada é investir maciçamente na caipirinha. Esta sim já está sendo considerada a bebida deste século.
rial de primeira qualidade, com embalagem secundária. Todo produto tem sua classificação de qualidade, e a embalagem é um insumo crucial para isso. Não restam dúvidas de que a imagem do produto é o primeiro requisito para atrair a atenção do consumidor. Uma embalagem de primeira linha, associada a uma garrafa de vidro top, além de rótulos sofisticados e fechamentos seguros, como ocorre principalmente com a maioria dos whiskies e cognacs, valorizarão o produto. É verdade que temos diversas marcas com essa roupagem, mas convém não esquecer que em seu interior deverá existir uma bebida de alta qualidade.
Na questão de garrafas e de complementos de embalagens temos muito a aprender. Uma apresentação adequada representa quase 80% do caminho para uma venda de produtos mais caros, mas de qualidade muito superior
Não faz muito tempo ocorreu o fenômeno da explosão de consumo de tequila. Qual a categoria de bebida mais consumida no mundo? A vodca é um dos destilados mais consumidos no mundo. A cachaça vem em segundo lugar. O rum e a tequila são os destilados mais consumidos nos Estados Unidos. Acontece porém que houve uma grande queda na produção da matéria-prima da tequila, e os preços aumentaram. Na região do Caribe, devido à diminuição das culturas de cana-de-açúcar, o rum também sofreu uma queda de produção e, portanto, um aumento de preço. Agora então é chegada a hora da cachaça para os americanos, que diferentemente dos europeus não a consumiam em quantidades. É o nosso despertar para conquistar um mercado exigente em qualidade e cativo em produtos para consumo humano. Por isso é nosso dever produzir produtos premium, pois a cachaça é um dos poucos destilados nobres que atendem ao consumo humano. Aqui entra a importância da embalagem. Em geral, os engarrafadores de cachaça dizem que os custos não permitem usar embalagens dotadas de todos os requisitos de apresentação e segurança – garrafas personalizadas, fechamentos pilfer-proof, rótulos impressos em várias cores, em mate-
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Vai ser difícil convencer o consumidor brasileiro, que está acostumado a ver o preço da cachaça lá em baixo, de que deve pagar mais pelo produto, mesmo que seja melhor. O engarrafador tem como sair do dilema de precisar necessariamente ter custo alto de produção, para poder melhorar a qualidade, e preço final baixo, para poder vender? Muitos fabricantes brigam pelo baixo custo e, com isso, adquirem embalagens de baixa qualidade. Na questão de garrafas e complementos de embalagens em geral, temos muito a aprender, pois uma apresentação adequada representa quase 80% do caminho para uma venda de produtos mais caros, mas de qualidade muito superior. Eu aconselharia os fabricantes de garrafas e de acessórios de embalagens a reestudarem sua estratégia de venda, oferecendo produtos mais sofisticados e reduzindo as exigências quantitativas nas encomendas. Chegou a hora de construir e fixar mercados novos e promissores.
De modo geral, a cachaça brasileira tem qualidade aceitável para ser importada por países que possuem organismos reguladores rigorosos, como Estados Unidos, Canadá e Alemanha? Atualmente, várias empresas brasileiras estão exportando cachaça para esses países. É evidente que elas melhoraram consideravelmente os padrões de qualidade, mas ain-
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da precisamos percorrer um longo caminho para chegar ao ponto ideal, produzindo uma cachaça premium. Uma parcela considerável da cachaça brasileira ainda não apresenta alta qualidade e, certamente, seria reprovada por alguns organismos estrangeiros. Teremos de melhorar a qualidade de modo a atender as exigências dos países importadores, principalmente o Canadá. Em que pé está a qualidade da cachaça? A realidade mudou para melhor. O plantador de cana diversificou o plantio para atender os usineiros fabricantes de açúcar e álcool. Consequentemente, para poder sobreviver, os produtores de cachaça, agora em menor número, iniciaram uma fabricação mais esmerada, agregando qualidade não somente à sua lavoura de cana-de-açúcar, mas principalmente a todo seu sistema industrial. Recentemente, os produtores da região de Piracicaba fundaram a Aspac – Associação Paulista das Cachaças, da qual o senhor foi eleito presidente. O que é a Aspac?
AAspac foi criada com apoio do prefeito da cidade, José Machado, tendo em vista o Projeto Piracicaba 2010, que visa exportar produtos de qualidade manufaturados no município. É uma associação sem fins lucrativos, composta por produtores, engarrafadores, industrializadores e envelhecedores de aguardente de cana-de-açúcar existentes no Estado de São Paulo. Além de objetivos corporativos comuns a associações do gênero, tem entre suas principais metas proporcionar aos associados a oportunidade de união e cooperação em defesa da qualidade da cachaça paulista. Conhecendo as diferentes realidades e dificuldades de cada segmento integrante da associação, será mais facil e objetivo atender a deficiências no campo da tecnologia, na adequação do produto ou nos conhecimentos operacionais para poder operar no comércio internacional. Temos de adequar-nos para vender um produto com valor agregado e diferenciado, que atenda ao consumidor do mercado interno e, principalmente, ao consumidor mais exigente do mercado externo.
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Perspectivas 2002 O ano que vem traz chances de bons negócios m vez de criatividade para traçar planos de marketing ou argúcia para negociar com fornecedores e clientes, o empresariado brasileiro teve é que se valer de um equilíbrio digno dos saltimbancos para atravessar 2001. Há um ano, era impossível prever que o exercício que está acabando pudesse ser tão complicado. O quase-consenso era de que em 2001 haveria a continuidade dos bons resultados colhidos em 2000. Tal quadro era desenhado mesmo com a crise argentina e a retração na economia americana já se configurando de maneira inequívoca. Focos de apreensão desse nível, que envolvem o cenário macroeconômico, são sempre previsíveis. Mas o forçado racionamento de energia elétrica caiu como uma ducha de água fria sobre a atividade industrial. Para piorar, veio em setembro a instabilidade provocada pelos atentados terroristas nos Esta-
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dos Unidos. E ainda se assistiu, em 2001, à desvalorização cambial e à elevação dos juros. Inevitável: a soma dos problemas fez as expectativas positivas irem para o limbo. Previsões de crescimento do PIB no exercício, entre 4% e 5% há um ano, sucumbiram à dura realidade. De acordo com recente estimativa do Instituto de Pesquisas Econômicas Avançadas (IPEA), o ano fechará com evolução de cerca de 1,7% do PIB. Numa análise técnica, vale dizer que não haverá avanço econômico em termos reais. Com esse panorama desfavorável, a performance da cadeia de embalagem, em que se previa um ano de crescimento palpável, termina em empate técnico com 2000, em volumes e valores, com receita em torno de 13 bilhões de reais. Até maio, os negócios foram promissores. Depois, despencaram no compasso dos acontecimentos inusitados. A crise do apagão e o efeito Bin Laden foram convidados desa-
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gradáveis da festa. “Eles abalaram a cadeia inteira, pois não geraram mudança no perfil de consumo, mas retração geral, em função de expectativas negativas”, pondera Lucien Belmonte, superintendente da Associação Brasileira das Indústrias de Vidro (Abividro). Vaivéns no preço da nafta também tiraram o sono dos componentes da cadeia de embalagem. “As oscilações são um câncer para nós, pois os transformadores não têm condições de reajustar preços a toda hora”, diz Merheg Cachum, presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast). “O repassse é um drama.” Mesmo a recuperação do volume de negócios em novembro, decorrente da reposição de estoques e do aquecimento frente ao comércio de fim-de-ano, não foi suficiente para tranqüilizar o setor. “O ano para nós foi zero a zero”, resume Sérgio Haberfeld, presidente da Associação Brasileira de Embalagem (ABRE). “E isso não nos deixa satisfeitos.” O ano que vem, porém, traz a perspectiva de melhora nos negócios. O IPEA e o FMI prevêem crescimento de 2,4% e 2%, respectivamente, no PIB brasileiro para 2002. A opinião de Haberfeld e de representantes das entidades setoriais que participam da indústria de embalagem também é de melhora – prognóstico que já vem “vacinado” pela sucessão de provações de 2001. Na verdade, muitos baseiam a sensação de recuperação na incredulidade de que seja possível enfrentar mais adversidades que em 2001. “O ano que vem é eleitoral”, diz Walter Derani, vice-presidente de Papelcartão da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa). “Portanto, há a expectativa de que o governo invista, que haja taxas de crescimento maiores que as deste ano, e isso vai ser favorável para todos os setores.” Sérgio Haberfeld alia ao fator eleitoral a Copa do Mundo, que “ajuda a gerar um ânimo mais gastador “Uma pequena recessão lá na população, refletindo fortefora gera uma mente na área de embalagem”. bruta pneumoSegundo ele, a retomada nia por aqui” de bons negócios do setor deSérgio Haberfeld, verá estar focada não em bens presidente de consumo duráveis, mas nos da ABRE segmentos de alimentos e be-
bidas, sobretudo os considerados supérfluos. Entram nesse rol iogurtes, refrigerantes, sorvetes, candies e similares. “São produtos que têm grandes picos de vendas quando sobra um dinheirinho”, argumenta. Já Graham Wallis, presidente do instituto de pesquisas de mercado Datamark, aposta fichas no mercado de águas minerais. “É um mercado com grande potencial, cujo consumo já dobrou em volume desde 1995”, pondera. “Os sucos prontos para beber também devem continuar crescendo, pois em 2001 já evoluíram de maneira notável.”
Quatro pontos-chave O setor de embalagem também estará de antena ligada em quatro outros pontos-chave de 2002. Primeiro, o desdobramento das ações para fomentar as exportações, com a concretização das estratégias do Comitê de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex) para incrementar a balança comercial. O governo já anunciou que, nessa cruzada, a embalagem terá peso importante, como fator que pode agregar valor aos produtos. Em segundo lugar está a questão ambiental, com a entrada em vigor, prevista para março, da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que estabelece regras para a coleta e a destinação dos detritos urbanos. Expectativa três: a espera por um aquecimento das fusões, aquisições e divisões de empresas de embalagem, seguindo as tendências divergentes de ampliação e de concentração de negócios em campos específicos. Por último, a cadeia de embalagem está ligada na ameaça da continuidade da recessão nos países de economia forte. Já se sabe que o quadro não deverá assentar no primeiro semestre de 2002. “Isso pode levar o Brasil a uma fase negativa”, diz Haberfeld. “Afinal, uma pequena recessão lá fora gera uma bruta pneumonia por aqui.” A seguir, EMBALAGEMMARCA apresenta sintéticos balanços de como foi 2001 e o que esperar de 2002, segundo os setores que trabalham com os principais materiais de embalagem no país. dez 2001/jan 2002 • EMBALAGEMMARCA – 15
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Metálicas: bons ventos Ainda que integrem a indústria siderúrgica brasileira, os fornecedores de folhas-de-flandres para a confecção de embalagens não estiveram inteiramente envolvidos com as discussões em torno do protecionismo e das polêmicas leis antidumping americanas, alvo de grande parte das atenções no setor em 2001. A explicação para isso é simples: mesmo sendo um grande exportador de aço bruto, o Brasil consome internamente quase que a totalidade dos laminados de aço que produz para as indústrias usuárias de embalagens. Conquanto sem sofrer os efeitos da intransigência do comércio internacional, a indústria brasileira de embalagens de aço terá de pensar na solução de outros dilemas no próximo exercício. Um deles é a capacidade instalada de produção do minério no Brasil, que está estagnada há dez anos, sem ultrapassar a casa das 30 milhões de toneladas anuais. Mas o setor de embalagens dá a entender que, se a mudança de tal situação dependesse apenas de seus resultados, a expansão já teria se concretizado. Élio Cepollina, coordenador geral do Programa de Valorização e Incentivo ao Uso da Embalagem Metálica (Prolata), lembra que o aço tem aberto caminho em setores inimagináveis para futurólogos de dez anos atrás. O exemplo mais recente é o das latas que começam a ser usadas para acondicionar pet food. Outra contribuição importante, ele diz, tem partido da CSN, que em 2001 não deixou em nenhum momento de
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exaltar as vantagens das latas de aço para bebidas, na tentativa de retomar o espaço perdido para o alumínio. “Além disso, a demanda de setores que são tradicionais usuários de embalagens de aço, como o de tintas, vernizes, conservas e atomatados, tem apresentado crescimento bem acima do PIB”, aponta Cepollina. Assim, a despeito de todos os problemas que ameaçaram comprometer o cenário macroeconômico brasileiro em 2001, o Prolata acredita que as previsões de crescimento e de investimentos na seara das embalagens de aço não sofrerão qualquer tipo de retração.
Consumo baixo Por outro lado, a entidade não tem dúvidas de que gastos com modernização e massificação produtiva, calculados em 8 milhões de dólares em 2001, ainda constituem um ponto crítico no setor. Afinal, o Brasil apresenta um dos consumos per capita de laminados de aço para embalagens mais baixos do mundo: 4,2 quilos anuais. Na União Européia, lembra Cepollina, tal relação bate na casa dos 14 quilos por ano. Além de investimentos em produção, outro caminho para reverter esta situação continua sendo a aposta no chamado marketing premium, ou seja, ressaltar as possibilidades do aço para o emprego em embalagens de produtos sofisticados, como biscoitos finos, chás, perfumes e até artigos de vestuário. O embate também deverá ser retomado no setor de óleos comestíveis, onde as latas de
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aço, que já representaram 98% da categoria, agora somam, em decorrência do crescimento do PET, 66% de participação.
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Quadro paradoxal Já para a indústria do alumínio, o primeiro ano do século 21 trouxe à luz um quadro paradoxal. Segundo a Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), no primeiro semestre de 2001 o consumo doméstico de transformados de alumínio cresceu 19,9% em relação ao mesmo período do exercício anterior, atingindo 384 000 toneladas. O mercado de embalagens, novamente catalisado pelas latas de bebidas, foi um dos principais impulsionadores desta curva de crescimento. Por outro lado, no mesmo período, as exportações de alumínio registraram queda de 10,2% em relação ao primeiro semestre de 2000. Na segunda metade do ano, a relação entre consumo interno e externo foi menos antagônica, mas não porque houvesse qualquer tipo de fôlego de reação. Na verdade, nos últimos seis meses de 2001 houve queda de 8,5% no consumo doméstico de transformados de alumínio. O arrefecimento foi considerado natural, por causa do bug energético. Tal evento, aliás, teve impacto especialmente negativo na indústria de alumínio, que é essencialmente eletro-intensiva. O que se pode esperar para 2002 em termos de embalagens de alumínio são exatamente ações para diminuir a dependência do Brasil com relação a insumos importados. É o que mostrou a Alcan, que passará a produzir internamente chapas para a confecção das tampas das latinhas – um mercado estimado em 350 000 toneladas
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por ano. Até então, a demanda vinha sendo suprida integralmente pela importação. Em paralelo às tentativas de se tornar auto-suficiente, o Brasil também poderá ver embalagens de alumínio acondicionando produtos mais variados. Nessa linha, as especulações são de que importantes nomes da indústria de pescados já estariam desenvolvendo experiências com embalagens de alumínio para acondicionar, entre outros, sardinha e atum.
“O aço tem aberto caminhos inimagináveis dez anos atrás” Élio Cepollina, coordenador do Prolata
De olho em alimentos Os excelentes índices de reciclagem das embalagens de alumínio podem contribuir para que o material de fato conquiste empresas do ramo alimentício. Vale lembrar que o Brasil é hoje o segundo país do mundo que mais recicla as latas originadas da bauxita, com índice de 78%, e é esperada para muito breve a conquista da liderança nesse quesito, ultrapassando o índice japonês, de 81%. Contribui para essa expectativa o lançamento pioneiro, neste ano, do Alcan Recicla, portal na internet para fomentar a reciclagem de latinhas. O site cadastra compradores e interessados em vender latas, inclusive pequenas quantidades. Além disso, mostra a história da lata de alumínio, seu processo de fabricação e de reciclagem e dados do setor. Há também aguardados débuts no Brasil, casos de novos padrões de tampas para latas, anunciados pela Crown Cork Embalagens e outras empresas que seguem tendências mundiais, e de latas com tecnologia de autoaquecimento ou auto-resfriamento, se a conjuntura permitir e houver interesse da indústria. Na Europa, elas já são realidade.
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Celulósicas: retomada Apesar dos problemas de ordem econômica, o ano passa ao largo de terminar trágico para as indústrias que comandam a produção de embalagens derivadas de materiais celulósicos. De acordo com as entidades de classe que representam os diferentes setores da indústria de celulose e papel, foi possível “assimilar” os golpes sofridos em 2001, como diria o jargão dos boxeadores. Globalizado desde 1970, o setor se beneficiou da desvalorização cambial, que se acentuou no meio do ano e que contrabalançou perdas no mercado interno. “Ela compensou a queda de preços e teve o efeito adicional de desestimular a importação”, explica o presidente da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), Boris Tabacof. Isso ajudou na obtenção de um saldo de 1,7 bilhão de dólares na balança comercial do setor em 2001, um crescimento de 8,6% em relação ao exercício anterior. Em termos de volumes de produção, estatísticas preliminares dão conta de que 2001 fechará com 2,2% a menos de celulose produzida que em 2000, mas com aumento da produção de papel de 1,3%. A indústria de embalagem ainda continua sendo a principal consumidora do setor, com participação de 48%. O turbilhão de acontecimentos inusitados de 2001 faz a perspectiva para o próximo ano ser “menos otimista do que a que predominava no ano passado”, como confessa Tabacof. Mesmo assim, ainda existe a es-
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perança de que haverá crescimento, e que em 2002 poderá haver uma retomada gradual de cotações, já que os preços do setor já caíram cerca de 40% no período de 1999 para cá. Para os setores mais específicos, correlatos à Bracelpa, a expectativa por crescimento também é grande. “Acredito que o próximo exercício deva ser mais constante, crescente do começo para o fim”, prevê Walter Derani, vicepresidente de Papelcartão da Bracelpa.
Papelão cresce Por sua vez, o presidente da Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO), Paulo Sérgio Peres, espera que 2001 registre números próximos aos excelentes de 2000. “Caso o PIB cresça entre 2,5% e 3%, aguardamos um crescimento de até 5% para 2002”, diz Peres. O otimismo se deve ao fato de que, mesmo com vaivens de 2001, o desempenho do setor foi significativo – o faturamento previsto é de 2,3 bilhões de reais, com um volume vendido de 1,757 milhões de toneladas. No que diz respeito a tendências que deverão se intensificar em 2002 no país, uma aposta certa é a intensi“Esperamos, em 2002, crescimento e uma retomada gradual de cotações” Boris Tabacof, presidente da Bracelpa
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ficação das ações empresariais em duas vertentes principais, a da busca de escala de produção e a da concentração de foco em segmentos específicos – celulose, papel, papéis sanitários, papéis editoriais e embalagens. Tabacof aponta que este caminho já está sendo percorrido através de grandes fusões em nível mundial e também em associações, acordos estratégicos e aquisições no Brasil. Dentre estes movimentos, alguns já estão refletindo diretamente na cadeia de embalagem, como a aquisição da Igaras pela Klabin, a entrada da VCP como acionista da Aracruz e a incorporação plena da Bahia Sul pela Cia. Suzano. No cenário internacional, destaque para a esperada concretização da fusão entre a Mead e a Westvaco. Também vale lembrar que há bons sinais de que a atuação de empresas internacionais no país aumente. Em termos de implicações no mercado de bens de consumo, as indústrias que trabalham com papel cartão sentem cheiro de bons negócios. Após um ano de turbulência, o mercado de congelados deve retomar seu crescimento, elevando a necessidade de cartuchos. E lançamentos de produtos são outro nicho de oportunidades. “Neste ano houve a entrada de produtos orgânicos e outros oriundos da agricultura em embalagem de papel cartão”, lembra Walter Derani.
Caixinhas em alta Outro ponto que vale ressaltar é que a escalada das embalagens assépticas cartonadas deve crescer, mantendo o avanço que aconteceu em 2001. Vale lembrar que a multinacional
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“O próximo ano deve ser mais constante” Walter Derani, vice-presidente de Papelcartão da Bracelpa
sueca Tetra Pak aproveitou o racionamento de energia elétrica como uma oportunidade mercadológica, e entrou com força no segmento de polpas de frutas, valendo-se do argumento de que produtos acondicionados em suas embalagens dispensam refrigeração. Suas caixinhas também marcam presença cada vez mais acachapante em sucos prontos, categoria que terá atenção especial da empresa em 2002. Uma campanha de marketing para o verão enfocando os sucos já foi anunciada, tendo em vista o crescimento de mais de 50% do volume de embalagens da empresa destinados a esse mercado em 2001. Além disso, sabe-se que a Tetra Pak quer difundir suas embalagens Tetra Rex, aquelas comumente usadas em leites e sucos, para acondicionar alimentos. Já a concorrente SIG Combibloc deve iniciar a construção de sua planta local, para aumentar sua capacidade de fornecimento. No mais, também é importante ressaltar a continuidade dos esforços das empresas que trabalham com embalagens flexíveis de papel na concorrência com as plásticas. Nesse campo, a VCP e a MD Papéis devem consolidar lançamentos e reforçar a comunicação dos atributos do material celulósico.
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Plásticos: tranqüilidade À exceção do primeiro trimestre, o ano que passou não foi bom para o setor de transformação de plásticos. O peso negativo do exercício pode ser medido pelo fato de que, segundo Merheg Cachum, presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), 2001 quebra o crescimento médio de 10% dos últimos dez anos. “Mais que a crise de energia, o problema argentino foi gravíssimo para nós”, aponta Cachum. “O reajuste da nafta também criou desequilíbrio.” Contudo, na contramão do que se poderia supor, 2002 é previsto como bem menos estarrecedor. Além da esperança de avanços na economia, o otimismo se justifica por aspectos mais palpáveis. Nessa direção, uma das ações previstas pela Abiplast é o fortalecimento de parcerias entre transformadores e produtores de resinas, para evitar qüiproquós como os noticiados em 2001, envolvendo oferta de commodities como o PVC e o polietileno, e fazer caminhar a política de exportação do setor. Sobre a necessidade de melhorar o saldo da balança comercial brasileira, aliás, Cachum sinaliza ações do setor plástico em busca de saídas para exportar produtos com maior valor agregado. Esse objetivo, diz ele, é comum aos produtores de resinas e aos cerca de 6 500 transformadores que compõem a entidade de classe que representa. “Temos de reforçar a comunicação de que embalagens plásticas bem trabalhadas enobrecem produtos”, pontifica. Para alcançar tal cenário, porém, Cachum alerta para a necessidade de investimentos imediatos e agressivos para poder competir tecnologicamente em nível mundial, principalmente na aquisi-
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ção de novas máquinas, campo em que os financiamentos são essenciais. Além de acalentado por esperanças de solidificação de uma política eficiente de exportações, o pseudo-otimismo da indústria plástica com relação a 2002 é reforçado pela aparente tranqüilidade que o setor enfrenta na oferta de resinas, inclusive o PET. Tal percepção deve-se aos recentes investimentos das petroquímicas em aumento de capacidade instalada e em tecnologia.
Enfim, PET em cerveja? Com relação ao PET, por sinal, há a expectativa de que, em 2002, o material seja, finalmente, empregado pelas cervejarias. Se isso ocorrer, certamente as previsões de consumo do material neste ano serão maiores do que as projetadas pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Embalagens de PET (Abepet). A entidade estima um crescimento em torno de 6% sobre as 270 000 toneladas de PET consumidas em forma de embalagens no ano que finda. Um ponto positivo em 2001, brandido por Alfredo Sette, presidente da Abepet, é que foram reaproveitadas 89 000 toneladas do material, um incremento de 31% sobre o resultado de 2000. E tudo indica que em 2002 haverá intensa movimentação nas empresas de embalagem ligadas à resina. A transformadora Sinimplast, por exemplo, já anunciou que pretende inaugurar mais três plantas industriais, resultado direto do aquecimento do mercado de personal care. Por sua vez, a Alcoa quer inaugurar mais uma fábrica de tampas para garrafas de PET, inclusive nacionalizando a produção de fechamentos até agora somente importados, como o Sports Lok – um estímulo pelo retorno dos negócios
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junto ao segmento de águas minerais, para o qual há previsão de que 2001 feche com um crescimento de 7% na demanda por tampas. Grandes fusões e aquisições, como as que envolveram o grupo SIG em 2001, e até cisões, como a da fornecedora de resina Eastman, postergada para meados de 2002, também não serão surpresas. O setor de PVC também antevê um 2002 de conquistas no campo da embalagem. Miguel Bahiense Neto, coordenador técnico do Instituto do PVC, crê no crescimento da procura pelas empresas de bebidas. Um indício: as embalagens para água mineral, com capacidade para 3 e 5 litros, estão sendo retomadas. O consumo de chapas rígidas para a formação de blisters continua forte,
assim como o de filmes flexíveis de PVC para alimentos. Falando em filmes plásticos, o ano também não foi bom. O quadro recessivo diminuiu as possibilidades de migração de sistemas de embalagem, e pesaram as oscilações nos custos de matérias-primas. Tal fragilidade econômica, diz Sérgio Haberfeld, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Embalagens Flexíveis Plásticas (ABIEF), ainda impede a entrada de esperados sistemas, como os stand-up pouches, em larga escala no país. “Está difícil investir em máquinas caras, do tipo form-fill-seal”, diz. Mas os bons ventos para os filmes plásticos, tanto em flow-packs como em rótulos, especialmente os auto-adesivos de BOPP, certamente continuam em 2002.
“Vamos fortalecer parcerias e ajudar no que for preciso para exportar mais” Merheg Cachum, presidente da Abiplast
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Vidro espera recuperação Problemas comuns aos outros setores componentes da cadeia de materiais de embalagem em 2001 se abateram sobre a indústria vidreira. Variações de humor do mercado, reflexos da crise na oferta de energia elétrica e do “efeito Bin Laden”, melaram a expectativa do setor de um ano mais que promissor, perspectiva que havia sido sedimentada pelos bons indicadores deixados pelo desempenho de 2000. O primeiro revés aconteceu em fevereiro. Foi um mês problemático para as vidrarias, no qual houve uma grande oscilação de estoques, tanto no varejo quanto nos engarrafadores. Passado o mês do Carnaval, houve recuperação de vendas, pois grandes produtores de bebidas anteciparam compras em junho, julho e agosto, aumentando estoques frente ao medo do racionamento. O mercado se acomodou e tudo voltou aos patamares registrados em 2000, até meados de setembro. A tensão na política mundial foi o estopim para uma grande retração no penúltimo bimestre do ano.
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Ano empatado Para configurar de vez o sobe-e-desce que foi 2001, novembro trouxe uma recuperação de vendas alentadora para o setor vidreiro. “Frente às nuvens negras carregadas que chegamos a avistar, o ano até que termina com um cenário razoável”, diz Lucien Belmonte, superintendente da Associação Brasileira das Indústrias de Vidro (Abividro). Pelos cálculos do executivo, o ano deve fechar “um pouco abaixo de 2000, ou empatado, em termos de toneladas de vidro fundidas”. Mesmo que o ano não tenha sido de vacas gordas, pipocaram bons sinais para as embalagens de vidro. Belmonte dá alguns exemplos. “Houve recuperação de mercados, como nas voltas da maionese Maionegg’s e do Gatora-
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de à embalagem de vidro, a Coca-Cola reativou sua garrafa Contour e novos produtos, como o Choko Milk, foram lançados em recipientes feitos do material.” De acordo com Belmonte, os alimentos puxaram bastante as vendas de embalagens em 2001, através de potes. A indústria de cosméticos também intensificou o uso do vidro, e a influência na área de bebidas continua forte. “Nos aproximamos mais dos clientes neste ano, consolidando parcerias”, explica Belmonte. As parcerias também vêm dando o tom no quesito reciclagem. A Abividro vem formando alianças com entidades assistenciais para maximizar a coleta de embalagens, e está em andamento um estudo para potencializar o índice de reciclagem no país, que fecha em 2001 perto dos 42%. “Vamos intensificar a infra-estrutura e a logística de coleta e de recebimento e a comunicação”, adianta Belmonte. E mesmo em um ano de retração, não houve alteração no volume de investimentos do setor em tecnologia e em bens de capital, pois, como ele aponta, “a indústria vidreira depende de um ciclo permanente de injeção de recursos”. Para 2002, a projeção é de recuperação gradual de mercado. Mas, assim como outros setores industriais, a indústria vidreira prefere não arriscar prognósticos. “Não prevemos tempestades maiores, mas também é difícil dizer que teremos um lugar garantido ao sol”, pontifica o executivo.
“O setor vai intensificar a infra-estrutura e a logística de coleta” Lucien Belmonte, superintendente da Abividro
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Meta: crescer mais Produtividade, qualidade e eficiência são os eixos do Label Brasil Label Brasil 2002 – 1º Fórum de Empresários e Executivos do Mercado de Auto-adesivos, realizado dia 13 de novembro no Grand Hotel Mercure, em São Paulo, comprovou mais uma vez uma das principais tendências em embalagem: o crescimento do uso de auto-adesivos e seu forte potencial de expansão no Brasil. Promovido pela Sala 21, com patrocínio da Divisão Fasson da Avery Dennison e apoio de EMBALAGEMMARCA e da ABIEA – Associação Brasileira das Indústrias de Etiquetas Adesivas, o evento mostrou também quanto o setor está decidido a aumentar sua participação no mercado de rótulos de embalagens, num movimento em que as palavras-chave são qualidade, eficiência e produtividade.
O
Geração de negócios Com a participação de 150 empresários e executivos do setor, o Label Brasil’02 representou não só uma oportunidade para troca de experiências e networking, mas também um instrumento de geração e desenvolvimento de negócios. Durante o Fórum ficou claro que, hoje, os principais agentes do setor buscam o caminho da inovação e da superação de limites, para garantir o melhor desempenho das empresas em si e do segmento em seu conjunto. Felipe Soto, general manager da Divisão Fasson da Avery Dennison para o Mercosul, abriu os trabalhos, destacando a importância de uma atitude conjunta do segmento que antecipe as necessidades dos clientes e defenda a liderança dos auto-adesivos como solução ideal para o consumidor final. As duas palestras seguintes abordaram a situação que aflige a todos os profissio-
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Um intervalo para café no Label’02: troca de cartões e de experiências entre profissionais
nais da área: os aspectos tributários do produto/serviço. Celso Gazioli, consultor da PriceWaterhouseCoopers, e Edison Aurélio Corazza, diretor jurídico do escritório Castro, Campos & Advogados, mostraram como os tributos são cruciais para a indústria de auto-adesivos. Gazioli focou sua palestra nos tributos indiretos e na caracterização da indústria para fins tributários. Corazza apresentou os possíveis impactos da Norma Antielisiva para o setor e para a própria atividade do planejamento tributário. O esclarecimento dessas questões, com expressiva contribuição dos empresários presentes, também reflete a postura cada vez mais dirigida para a eficiência administrativa no campo da tributação. Nesse cenário, a competitividade exige redução e controle precisos de custos, como demonstrou o professor da FGV Stavros Xanthopoylos. Para ele, já existem instrumentos e tecnologias capazes de controlar e reduzir custos de modo eficaz
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FOTOS: WANDERCI DE SOUZA
e seguro, com ganhos de produtividade, que a princípio podem parecer distantes da realidade de empresas de médio e pequeno porte – mas integram um modelo gerencial irreversível para qualquer empresa que deseje competir na economia atual. “A alocação de custos fixos e variáveis deve fazer parte de uma compreensão integrada de gestão financeira e gestão operacional, evitando a tradicional divisão de conta em partes iguais”, afirmou. O aspecto mais importante discutido por Xanthopoylos, porém, foi a questão da produtividade. “Existe uma grande diferença entre manter a máquina ligada 24 horas e produzir com eficiência”, lembrou. A seu ver, “mudar esse conceito depende de vocação para aceitar novas idéias e de uma atuação bem próxima dos fornecedores, para que a mudança seja fruto de um mecanismo ganha-ganha”. As necessidades dos clientes também são fundamentais. Isso ficou claro na palestra de Antonio Carlos Cabral, gerente de desenvolvimento de embalagens da Unilever Bestfoods e coordenador do curso de pós-graduação em embalagens no Instituto Mauá. Ao elencar suas necessidades, ele deixou uma mensagem: “Estamos atrás de novas idéias, de uma ‘diferenciação diferente’, de embalagens não convencionais e criativas”. Por sua vez, Mário Luiz Ramos, diretor de compras da Kodak, afirmou que a empresa investe pesadamente na relação com fornecedores e abre espaço para ouvir o que seus parceiros têm a dizer. “O objetivo principal não é reduzir custos na cotação de preços”, disse. “A eficiência é um conceito muito mais amplo, que envolve principalmente o aumento da pro-
dutividade a partir de idéias que possam melhorar os resultados operacionais”. Paulo Pereira, cientista de embalagem da Johnson&Johnson, apresentou o case do enxaguatório bucal Reach, que recebeu o Prêmio Abre na categoria Redesign, com rótulo desenvolvido em parceria com a Prodesmaq. Ao descrever o trabalho de atualização da embalagem, ele destacou a importância de um suporte para atendimento de dúvidas sobre autoadesivos, especificação do produto, teste e análises na fase de escolha. Outro destaque do evento foi a palestra de Flávio Botana, ombudsman da Burti Gráficos, ilustrada com exemplos práticos. Sua apresentação praticamente sintetizou o processo de modernização e profissionalização da empresa e visou motivar os executivos da área a cada vez mais se superarem na busca de qualidade, produtividade e lucratividade nos seus negócios. “A dica de sucesso da Burti Gráficos é uma só: inovação e ousadia.”
Mais vendas
150 executivos e diretores de empresas do setor lotaram o espaço do evento
O evento foi encerrado com um painel sobre tendências e oportunidades para 2002, do qual participaram Nelson Jocionis, presidente da Prodesmaq, Davidson Guilherme Tomé, vice-presidente da ABIEA e diretor presidente da Sangar, Paulo Pereira, da Johnson&Johnson, Mário Luiz Ramos, diretor de compras da Kodak, e Felipe Soto, general manager da Divisão Fasson da Avery Dennison para o Mercosul. Nesse bloco, o otimismo foi evidente. Embora houvesse resquícios do susto causado pela crise que englobou a redução da atividade americana, o problema energético brasileiro e a dramática situação da Argentina, as intervenções dos palestrantes não sinalizavam receio ou preocupação. Ao contrário, apontavam para mais vendas e crescimento do mercado de auto-adesivos em 2002. Afinal o grande aliado desse segmento é o consumidor final, que toma a decisão de comprar ou não o produto. E não há como negar que o rótulo auto-adesivo já mostrou o poder que exerce sobre essa decisão. Colaboração: Clêmie Blaud, diretora da Sala 21
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prêmios
As festas gráficas Abigraf e ABflexo fazem as grandes homenagens de suas áreas ois importantes acontecimentos realizados recentemente em São Paulo, com abrangência não só nacional, mas também internacional, mostraram mais uma vez que, também na área gráfica, a embalagem ganha importância, como instrumento que é de valorização de produtos e de marcas. Esses dois eventos são as premiações dadas todos os anos pela Abigraf -- Associação Brasileira da Indústria Gráfica e pela ABflexo -Associação Brasileira Técnica de Flexografia às empresas que melhor desempenho tiveram em seus segmentos.
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Importância crescente
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Edição 2001 do Prêmio Pini amplia foco na embalagem A 11ª edição do Prêmio Fernando Pini de Excelência Gráfica, cujos vencedores foram conhecidos dia 29 de novembro último, apresentou abrangentes mudanças em relação às anteriores, e muitas das novidades referem-se ao segmento de embalagens. Com o intuito de aumentar o foco do evento, a ABTG (Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica), organizadora do Prêmio desde sua primeira edição, optou em 2001 por dividir o concurso em doze segmentos. O número de categorias foi reduzido, caindo de 62 para 55. Como prova de que o mercado de embalagens tem importância crescente na indústria gráfica, foi criada a categoria embalagens e kits promocionais. Por outro lado, categorias como etiquetas, adesivos e decalques foram fundidas às de catálogos promocionais e de arte, cartões de visita e papelaria. As empresas de rótulos auto-adesivos, por sua vez, ganharam um segmento exclusivo: produtos para identificação. Os 1 400 convidados que compareceram ao Olímpia, casa de espetáculos onde se realizou a festa de premiação, testemunharam algumas das razões que tornaram o Prêmio Fernando Pini o mais importante concurso do setor no país. Neste ano, 265 trabalhos, produzidos por 83 empresas, sagraram-se finalistas. Foram escolhidos entre 1 235 peças inscritas, 11% mais do que em 2000. A Gráfica Burti foi a empresa mais premiada, com doze troféus, no segmento acondicionamento, do qual faz parte a categoria de embalagens. No ano passado, a líder foi a Takano, que nesta edição empatou em segundo lugar com a Pancrom, com seis prêmios cada.
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Este ano o Prêmio Pini conquistou a certificação ISO 9002, dias antes do desfecho do concurso.
OS PREMIADOS Estes foram os vencedores na área de embalagem: Rótulos Convencionais - Gráfica Rami, com Vinagre de Álcool, da Vinagre Castelo; Rótulos com Efeitos Especiais - Brasilgráfica Indústria e Comércio, com Rótulo e Contra-Rótulo Brandy Domecq 1 000ml, da Allied Domecq Brasil; Etiquetas, Adesivos e Decalques - Novelprint, com Figurinhas Onde Está o Vermelho M&M, da Effem do Brasil; Embalagens Semi-Rígidas Convencionais Kingraf Artes Gráficas em Geral, com Duplo Duplo, da Chlorophilla Phytocosméticos; Embalagens Semi-Rígidas Convencionais com Efeitos Especiais - Takano Editora Gráfica, com Caixa Johnnie Walker Gold Label, da Leo Burnett Publicidade; Embalagens de Microondulados - Jofer Embalagens, com Gradiente, da Gradiente; Embalagens e Kits Promocionais - Pancrom Indústria Gráfica, com Kit Mulher e Poesia por Vinicius de Moraes, da Avon Cosméticos; Embalagens Impressas em Suportes Rígidos Não-Celulósicos Cia. Metalúrgica Prada, com Tomatelli Peixe Molho Pronto para Pizza lata 155 x 178, da Cirio Brasil; Embalagens Flexíveis - Empax Embalagens, com Liza Girassol, da Cargill Agrícola; Sacolas - Antilhas Embalagens Editora e Gráfica, com Sacola G Kopenhagen, da Chocolates Kopenhagen ; Sacolas - Antilhas, com Sacola M Suzano, da Antilhas.
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Troféu conquistado na primeira! Ação em EMBALAGEMMARCA se inscreve e ganha Prêmio ABflexo 2001 no ato Praticamente uma semana depois do início de circulação da revista EMBALAGEMMARCA de outubro de 2000, o encarte nela veiculado que inaugurou o Projeto Flexofilm e Design classificou-se entre 294 amostras selecionadas para o Prêmio Qualidade Flexo 2001. Concedido pela ABflexo (Associação Brasileira Técnica de Flexografia), o prêmio é o mais importante do setor. Logo depois, no dia 6 de dezembro, o projeto foi uma das 38 peças premiadas. A inscrição do projeto, que terá um total de seis ações destinadas a mostrar os avanços da impressão flexográfica, foi feita na categoria Encarte Especial pela Arco Convert, uma das empresas dele participantes e que imprimiu o encarte e o envelope para a postagem da revista. As outras são: Flexopower, Fotograv, Packing Design, Tupahue Tintas e Votocel. Posteriormente a DuPont e a Liofol aderiram. Eugênio Giacomelli, diretor da Arco Convert, recebeu o troféu durante jantar com show realizado no Buffet Umberto, com a presença de mais de 500 pessoas, quando foi entregue também o prêmio Top em Flexo (melhor trabalho do ano), ganho pela Antilhas Embalagens, com a sacola Harry Potter Side Play.
OS PREMIADOS
AG RÉ ND –A Y DO GO
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IO UD ST
Os vencedores do Prêmio Qualidade Flexo 2001, em suas respectivas categorias, foram os seguintes: Cartões e Cartolinas (Policromia) – 1º) sabão em pó, Rigesa Celulose, Papel e Embalagens; 2º) amostra “Harry Potter Hat”, Papéis Amália; “Urso Natal”, Agassete Ind. e Com.; Desempenho Especial Escolas (Policromia) – 1º) amostra “Test Form”, Escola Senai Theobaldo de Nigris, São Paulo; 2º) II Encontro Automotivo, Escola Senai de Vila Canaã, Goiás; Desempenho Especial Nacional (Policromia) – 1º) Kaiser Bock 2001, Papéis Amália; 2º) amostra “Periquitos da Amazônia”, Rotatek Equipamentos Gráficos; 3º) “Encarte Flexofilm e Design” veiculado em EMBALAGEMMARCA nº 28, Arco Convert Ind. Téc. de Conversão Ltda.; Etiquetas e Rótulos em Filmes Flexíveis (Policromia) – 1º) “Tecnologia a seu Alcance”, Prakolar; 2º) amostra “Girassol”, Uniflexo; 3º) figurinha “Onde está o vermelho?”, Novelprint; Eti-
quetas e Rótulos em Papel (Policromia) – 1º) xampu Sanol Dog, Hervás; 2º) amostra “Baden Baden Gold”, Grif Etiquetas Adesivas: 3º) “Anne Claire”, Grif; Etiquetas e Rótulos – Filmes Flexíveis (Traço) – 1º) xampu Moiré, Igel; 2º) amostra “Avon Kids”, Grif; 3º) “Baby Clean”, Prakolar; Etiquetas e Rótulos em Papel (Traço) – 1º) Casa Balduga “Franc Seculum”, Igel; 2º) Vale-Transporte Seturn, Moore Brasil; 3º) “Frisa”, RR Ind. e Com. de Etiquetas; Filmes Flexíveis (Policromia) – 1º) Friskies Alpo Ovelha Arroz e Vegetais, Canguru Embalagens Criciúma; 2º) amostra “Café Moka Tradicional”, Copérnico; 3º) Elma Chips Baconzitos, Itap Bemis; Filmes Flexíveis (Traço) – 1º) Santal Active Guaraná, Uniflexo; 2º) amostra “Santa Cerva”, Papéis Amália; 3º) Nestlé Toffees, Copérnico; Papel (Policromia) – 1º) Sacola Harry Potter Side Play, Antilhas; 2º) amostra “Madrugada”, Sacotem Embalagens.; 3º) “Panco Bom Dia”, Moskéti; Papel (Traço) – Toalha Baby Zoo, Papéis Amália; 2º) amostra “Band Aid Taz”, Finepack; 3º) Pipoca Planeta dos Macacos, Vetorpel; Papelão Ondulado (Policromia) – 1º) Purificador de Água, Rigesa; 2º) amostra Copimax Laser Matte, Orsa Celulose Papel e Embalagens; 3º) Copimax Laser Gloss, Orsa; Papelão Ondulado (Traço) – 1º) West Coast, Cartonagem Jauense; 2º) amostra “Chokito”, Orsa; 3º) Citrus Sete, Rigesa.
Prêmio dado à impressão em filme, com alta definição
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resinas
Desejada independência OPP corre atrás de auto-suficiência tecnológica em resinas tarefa não é fácil, mas a OPP Química, líder sul-americana na produção de resinas e especialidades termoplásticas, quer a todo custo atingir independência tecnológica nos processos em que gravitam seus negócios. Esse desejo é facilmente percebido através dos números que regem a política de injeção tecnológica da empresa controlada pelo grupo Odebrecht. Nos últimos dez anos foram investidos cerca de 70 milhões de dólares em ativos fixos tecnológicos, e até o final deste ano mais 2,3 milhões de dólares serão destinados à pesquisa e ao desenvolvimento para avanços qualitativos na produção. Na verdade, a OPP ensaia a abertura de suas próximas unidades industriais já em regime de auto-suficiência em tecnologia. Essas novas unidades seriam o pólo petroquímico na região de Puerto Suárez–Corumbá, fronteira do Brasil com a Bolívia, cujo início das atividades está previsto para 2006 e que deverá produzir cerca de 600 000 toneladas por ano de polietileno, e a
A
OPP Química (11) 3443-9621 www.opp.com.br
Companhia Petroquímica Paulista (CPP), parceria entre a OPP e a Petrobras que deve começar a funcionar em cinco anos, através da construção de uma unidade de fabricação de polipropileno em Paulínia (SP). “Há meia dúzia de empresas no mundo que são detentoras relevantes de tecnologia em poliolefinas, e nossa meta é estar entre elas”, diz Osvaldo Deiro, vice-presidente industrial e de tecnologia da OPP Química. Atualmente, a área de Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia da OPP conta com plantas piloto e equipes de engenharia de processo em Maceió (AL) e em Camaçari (BA), para pesquisas de PVC, e em Triunfo (RS), para pesquisas envolvendo polietileno e polipropileno. Também foi inaugurado em São Paulo, recentemente, o Centro Técnico de Serviços, dedicado a suprir necessidades técnicas dos clientes quanto a compostos e produtos de PVC. Ao lado dos investimentos em equipe e instrumentos, a base tecnológica da OPP mantém-se atualizada através de convênios e parcerias com universidades no Brasil e no exterior.
ILUSTRAÇÃO: CARLOS GUSTAVO CURADO
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Web-catadora
Já está no ar, ou melhor, na web, o AlcanRecicla, projeto da empresa do setor de alumínio para fomentar a reciclagem das embalagens feitas com o material. O endereço funciona como um portal para a comercializa-
Com a borda certa
MASCULINO E FEMININO
Boa nova para os convertedores. A Altec está lançando a linha WebLine de alinhadores de borda para máquinas impressoras de banda larga e estreita. Ela facilita o bobinamento, o desbobinamento e fases intermediárias de máquinas flexográficas, rotográficas, cortadeiras e rebobinadeiras, entre outras, proporcionando precisão no alinhamento. Além disso, tem um exclusivo sistema automático de centralização. Opera com os mais variados tipos de substrato, tais como plásticos, papel, cartão, filmes adesivados, borracha e tecidos. (11) 5611-7393 www.altec.com.br
A TME está incrementando sua
ção de latinhas, através do cadastra-
linha de embalagens para cos-
mento de compradores e de interes-
méticos dando ênfase a produtos
sados em vendê-las – inclusive em
que personalizam os universos
pequenas quantidades. Além disso,
masculino e feminino. Entre os
é possível conhecer no site a histó-
lançamentos, quatro produtos se
ria da lata de alumínio, seu processo
destacam. Para as mulheres, o
de fabricação e de reciclagem e con-
conjunto de estojos Atrium, a li-
ferir dados do setor no Brasil.
nha Futura e a tampa Diamante
www.alcanrecicla.com.br
(foto). Os estojos das linhas
Pelo social, Papelcartão em ação
Atrium e Futura, para produtos de maquiagem, são fabricados
Duas ações de cunho social da Cam-
cidadania”. Em outra frente, a Cam-
em plástico ABS ou PSAI, e po-
panha do Papelcartão para embala-
panha pôs em prática a proposta de
dem levar acabamentos espe-
gens estão chamando a atenção da
construir a maior árvore natalina de
ciais, como metalização. Por sua
população no fim de 2001. Primeiro,
embalagens do material do mundo,
vez, a tampa Diamante é feita
transeuntes paulistanos estão se de-
no Internacional Shopping, em Gua-
com a resina Surlyn, da Du Pont,
parando, desde novembro, com out-
rulhos (SP). A população está sendo
com válvula de 15mm, e é com-
doors que visam contribuir para a
convocada a doar embalagens usa-
posta por colar e sobre-tampa. A
minimização do problema dos alaga-
das até 25 de dezembro, quando o
mentos. “Ajude a evitar enchentes.
total arrecadado será destinado a
Não jogue lixo nas ruas” diz a peça,
uma entidade assistencial. A idéia da
criada pela agência The Group. A
Campanha é inscrever a árvore no li-
mensagem final é “vamos reciclar a
vro de recordes Guiness.
peça foi desenhada para remeter a uma jóia, e passa a sensação de transparência. Já no grupo dedicado aos produtos para homens, a tampa Domini chama a atenção pelo detalhe, que lembra um prendedor de gravata. Também feita com Surlyn e com válvula de 15mm, passa a idéia de virilidade. (11) 4174-3200 www.tmeplasticos.com.br
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FOTOS E IMAGENS: DIVULGAÇÃO
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Maçã modernizada De olho no mercado de sucos prontos, cujas vendas crescem consideravelmente no verão, a Yakult reformulou as embalagens de seu suco de maçã, um dos seus principais produtos alimentícios, depois dos leites fermentados. No novo projeto, as maçãs
adquiriram contornos mais realistas, e o suco é representado por uma onda estilizada que envolve as frutas. O projeto foi desenvolvido pela agência a10, que criou o layout sob medida para as cartonadas de 200ml, fornecidas pela gigante sueca Tetra Pak.
Cada vez mais sortidos
REXONA INOVA O desodorante roll-on Oxygen, da Rexona, está de cara nova. O design do frasco é anatômico, e o formato facilita o manuseio durante a aplicação. O projeto também inclui o novo formato da tampa,
O tablete Stickadinho e os confeitos Bib´s, produtos
que permite que o frasco fique de cabeça para baixo, possibilitando o apro-
da Neugebauer, agora po-
veitamento máximo do
dem ser encontrados nas
desodorante. O design
caixas de bombons sorti-
dos frascos foi desenvol-
dos da marca, que estão
vido internamente pelo
chegando ao mercado na-
departamento de desen-
cional totalmente renova-
volvimento de embala-
das. Além da inclusão
gens da Unilever, envol-
destes itens, as embala-
vendo vários países e
gens ganharam novo vi-
dois anos de estudos.
sual, que lhes garante
FICHA TÉCNICA
maior destaque e visibilidade nas gôndolas. Direcionado para o públi-
ESFERA MATERIAL: polipropileno FORNECEDOR: Globalpack
co jovem, o Stickadinho é
REFRESCO EM PÓ (KEMON)
um tablete de 12,5g, ela-
O licenciamento de personagens não é mais novidade no
borado com chocolate
mundo do marketing, especialmente quando se fala em
puro e recheio macio de
embalagens desenvolvidas para crianças. Além de brinque-
morango. Já os confeitos
dos, o mercado alimentício tem dado sucessivas provas de
Bib´s são bolinhas nos sa-
que essa é uma receita de sucesso. Exemplo recente pode
bores crocante, amendoim
FRASCO MATERIAL: polipropileno FORNECEDOR: Alcan Packaging RÓTULO MATERIAL: polietileno FORNECEDOR: Baumgarten
ser visto na linha de refrescos em pó Tornado, da Arisco,
e chocolate branco.
empresa controlada pela divisão alimentícia (Bestfoods) da
Com a renovação visual,
Unilever. Nas novas embalagens laminadas metálicas que
as embalagens trazem
acondicionam o produto, fornecidas pela Diadema Embala-
agora em destaque um
TAMPA
gens, figuram personagens do desenho animado Poké-
“rio de chocolate”. Tam-
MATERIAL: polipropileno
mon. A idéia é fazer a garotada colecionar os envelopes, já
bém a logomarca se so-
FORNECEDOR: Betts
que os direitos de todos os 21 “monstrinhos” foram adquiridos. O visual da linha ficou a cargo da MDesign.
bressai, com novo design que lhe concedeu mais evidência, volume e movimento. Ela surge mergulhada numa calda de chocolate, reforçando a principal matéria-prima dos produtos. O novo visual foi desenvolvido pela Oz Design. A embalagem é feita em papel cartão duplex pela Otomit.
TÉCNICA DE
IMPRESSÃO:
offset/silkscreen
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Almanaque Ângulos variados
Força muscular Um dos objetos de uso mais comum e de maior comodidade nos dias atuais é o frasco de perfume com pump, que, de acordo com a linguagem técnica, consiste num “sistema aspirante premente e de pré-com-
pressão”. Quando não existiam essas coisas, para vaporizar perfumes usavam-se mesmo vaporizadores. A compressão de uma bomba de borracha levava ar ao frasco de vidro por intermédio de um tubo.
Sem perda de caráter A aveia é um cereal de alto valor nutrititivo que não fortalece apenas quem a consome, mas também quem a industrializa em forma pré-cozida, pronta para o consumo. Seria covardia dar o exemplo da poderosa multinacional que tem por símbolo o pregador religioso com seu chapéu inconfundível. No Brasil, a Ferla, da L. Ferenczi Ind. e Com. Ltda., de São Paulo, está completando 50 anos mais saudável do que nunca. Neste meio século, sua caixinha
1959
amarela de papel cartão, familiar a pelo menos duas gerações de brasileiros, não parou de evoluir, sem perder os chamados equities, que numa tradução livre poderiam ser chamados de “caráter do produto”. Nas quatro versões da embalagem ao longo desse tempo, o logotipo foi mantido. Em 1998 foi introduzida uma foto do produto pronto para consumo, isto é, appetite appeal. Para comemorar o cinquentenário a marca recebeu alto-relevo em 2001.
1995
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2001
O enfoque não é o do envelope enquanto embalagem, nem do selo enquanto rótulo ou da correspondência enquanto movimentação logística. No entanto, o livro Selos, Viagens & Envelopes Selos Comemorativos do Brasil de 1900 a 1942 – Um Capítulo da História Postal Brasileira, de autoria de Luiz Antônio Duff Azevedo, pode ser lido também assim. É interessante observar, nas reproduções dos envelopes que ilustram o belo volume, a evolução dessa que provavelmente é a mais presente embalagem no dia-a-dia das pessoas e que só começou a ser usada por volta de 1840. Voltados nos primórdios apenas para atender à função primária da embalagem, que é transportar o conteúdo, logo começaram a servir como veículo de propaganda, marketing e fixação de marcas. Vale também apreciar a luta pela pontualidade no transporte aéreo intercontinental, quando a expressão justin-time serviria na melhor das hipóteses como exemplo da propalada “pontualidade britânica”. Do ponto de vista histórico, a grande força do livro está no fato de abranger um período pouco estudado em nosso país – a Primeira República – mas de suma importância para entender o Brasil atual. O livro foi publicado com apoio cultural do Banco Mercantil e da Finasa Leasing. A administração do projeto é da Kavantan Associados. O autor é diretor da Wheaton do Brasil e da Viton Embalagens.