capa CAMILA SACCOMORI
Quem são e como se comportam
ntrar em todas as festas, nunca pegar fila, gastar o mínimo possível, ou nada, e ainda ser paparicado. A sigla em inglês criada para identificar essa gente de sorte – VIP, very important people, pessoas muito importantes, em português – caiu na boca do povo no Brasil. A expressão – que, segundo o dicionário Houaiss, nasceu em 1933 para identificar “pessoas de grande influência ou prestígio, especialmente um alto funcionário com privilégios especiais” – virou mania nacional. Salas de aeroportos, mesas de restaurantes, estacionamentos, cartões de crédito e até serviços de táxi e locação ganham o qualificativo VIP para diferenciar o serviço comum de um supostamente mais qualificado. A área VIP de festas e casas noturnas se popularizou tanto que já começam a ser instaladas as áreas Super VIPs para abrigar os mais importantes entre os importantes.
as pessoas que são convidadas
E
para entrar nas áreas exclusivas
A alegre tribo
dos VIPs No Rio Grande do Sul, o fenômeno parece ter encontrado um público ainda mais ávido pelas coloridas pulseirinhas que dão acesso ao território mais disputado das festas e grandes eventos. Uma conhecida promoter local garante que uma área especial para 150
convidados, suficiente para os VIPs paulistas, por exemplo, não dá nem para a saída por aqui. Em Porto Alegre, todo mundo quer ser especial. Mas se o povo todo sabe o que se espera do kit básico de uma área VIP – status, conforto, boca Dulce Helfer, Agência RBS
Do mezanino do Pipe, os VIPs acompanham a movimentação dos outros freqüentadores da casa noturna da Capital
livre e companhia interessante, apenas para começar – não há consenso sobre as qualidades indispensáveis de uma “pessoa muito importante”. Promoters, produtores e gente da noite nem sempre concordam quando são convidados a definir um VIP. – Ser VIP é freqüentar restaurantes da moda, aparecer em colunas sociais, ser magra, loira e bem vestida. Mas sem inteligência, jamais alguém será VIP – alerta o apresentador de TV Tatata Pimentel, um VIP indiscutível da cidade. Há quem acredite que indispensável é ter postura e atitude: – O que vale é ser respeitado e importante no meio em que se vive, menos pelo dinheiro, sobrenome ou status social, mais pela educação e caráter – descreve o advogado André Malta Martins, 29 anos, que garante ser VIP segundo seus próprios critérios. O produtor de eventos Nelson Quinto, 21 anos, trabalha com o público que chama de “new vips”. – É um mix unissex de socialites, modelos, comunicadores e, principalmente, multiplicadores de opinião. Sem falar na classe artística, emergentes, empresariado e gente rica em geral – define o vip host da casa noturna Ibiza. Quinto revela que o seleto grupo é ainda formado por gente comum que se destaca, seja pelo trabalho ou pela beleza. Há 13 anos no ramo, as organizadoras de eventos Bettina Becker, 39 anos, e Nora Teixeira, 36, concordam: VIP é quem gera notícia, independentemente da profissão. – A pessoa tem que ser autêntica, comunicativa e muito charmosa. Ter dinheiro não significa necessariamente que alguém vá ser VIP – afirma Bettina. A irmã Nora Teixeira concorda, acrescentando que os VIPs também variam de acordo com o lugar: – Depende do evento, mas sempre tem os básicos: gente comunicativa, com atitude e personalidade, que fazem uma festa divertida. Para o produtor Paulo Guerra, 32 anos, 10 de profissão, os convidados da área VIP são as pessoas que “chamam a atenção”: – Cria-se uma espécie de falso glamour tornando as pessoas diferenciadas – explica o produtor.
A área VIP de festas e casas noturnas se popularizou tanto que já começam a ser instaladas as áreas Super Vip 10 DONNA ZH 1º DE JUNHO DE 2003
ZERO HORA
Fiéis ao estilo PATRÍCIA PONTALTI
Homens preferem investir em roupas que respeitem seu estilo. Quando clássicos, elegem ternos e conjuntos para a maioria das ocasiões. Se casuais, jaquetas, malhas e blazers serão a primeira opção. Já os despojados assumem com prazer os contrastes de silhuetas folgadas e ajustadas e os tecidos que garantam conforto. E há ainda os que não temem vestir as principais tendências das passarelas. Clássico, casual, streetwear ou fashion, os estilos da temporada podem agradar a todos os gostos
CLÁSSICOS Os ternos mantêm o corte ajustado. Destaque para os tons escuros e as padronagens clássicas (risca-de-giz). As camisas são coloridas, mas sempre em cores claras, como lilás ou azul-bebê, sinônimo de elegância. As gravatas trazem estampas geométricas sutis e tons metálicos.