Primeiras Ideias

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  • April 2020
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Primeiras Idéias: Um lugar para fugir, um novo país era isso que eu precisava, quando Lily surgiu com essa idéia achei meio loucura ou que talvez nunca daria certo, afinal ir para uma nova cidade, um novo país, com duas amigas, minha mãe nunca ia concordar, já que somos só eu e ela, e claro a minha gata, depois de um divórcio muito complicado ela ficou mais sentimental, mas apegada podemos falar assim, mas para minha surpresa ela aceitou muito melhor do que eu esperava. -Mãe, Lily e F. Vão para Buenos Aires estudar espanhol, gostaria de saber se eu posso passar 2 meses fora – falei para minha mãe enquanto ela estava no computador. -Claro Eliza, faça o que você quiser só não esqueça de chegar em casa para o jantar. Esse é o problema da minha mãe e seu computador, desde que ela descobriu que se pode falar online com amigos, não sai mais dele, e nem mesmo escuta o que as pessoas dizem enquanto está digitando. -Mãe, estou dizendo de passar 2 meses fora para estudar espanhol, parece que vamos alugar um apartamento, não vai sai tão caro assim, e claro tem o curso também. MÃE DA PARA PARAR DE DIGITAR E PRESTAR ATENÇÃO? - depois de eu desligar o monitor ela finalmente prestou atenção em mim. - Então, vai ser o mês de janeiro e fevereiro todo fora, mas vai ser uma coisa boa sabe, passar as férias longe e também aprender outro idioma. Posso ir? No começo ela pirou, sério mesmo, começou a falar que não achava uma coisa muito boa 3 adolescentes de 19 anos em uma cidade grande, já que eu nunca saí da cidade a não ser para ir visitar meu pai que mora a 1 hora daqui. E ficou perguntando como a gente ia comer e lavar a roupa nesse meio tempo. Depois de eu passar horas explicando para ela que a gente ia ficar bem que era uma bela maneira de eu aprender a ser independente que já estava na hora de ela confiar em mim, que afinal não tenho mais 8 anos. Ela concordou desde que eu ligasse para ela todos os dias para contar como eu estava. Mas o que eu queria mesmo era fugir dali nesse verão, queria estar bem longe, queria conhecer outras pessoas, não agüentava mais. Depois de quase 4 meses sofrendo por um garoto que nem ao menos me via, ou melhor, que não sentia a minima atração por mim. Tinha que fugir!! Sair de alguma maneira, então quando Lily me ofereceu essa idéia não pude recusar, era melhor do que o esperado, afinal eu consegui ir para longe, tão longe que era outro país. tá eu sei, parece meio exagerado afinal todo mundo já sofreu por amor, mas eu estava ficando sem esperanças nessa cidade, precisava mudar, precisava de novos ares. Então aqui estou eu, pegando o taxi com minhas duas amigas para o meu mais novo apartamento de dois meses. Não era um apartamento muito grande, na verdade só tinha um quarto com uma cama de casal e um sofá-cama, eu estava exausta tudo que precisava era de um bom banho, em quanto lily e F. Iam arrumando as malas e guardando as coisas, tratei de pegar minhas coisas e tomar um belo banho de banheira. -Ei, Beth ,F. acho que temos um problema – escutei Lily falando. Meu nome não é Beth nem Eliza isso são um dos inúmeros apelidos que eu tenho meu nome realmente é Elizabeth, -E qual seria o GRANDIOSO problema que poderíamos ter? - falou F ironicamente, F e eu não nos conhecíamos tão bem, estudamos juntas por um ano é claro, mais isso fazia uns 3 anos atrás e desde então não mantivemos muito contato. Mas pelo que eu pouco sabia dela, sabia que ela não tinha muita paciência, e era bem irônica quando queria ser. -Não temos água. Pelo menos não para beber, e também acabei de receber um e-mail falando que é melhor a gente ir no curso amanhã e fazer a matricula de uma vez, do que deixar para segunda-feira. - Falou Lily um pouco insegura por causa de ironismo. -Bem, enquanto você fica trocando emails vou tentar achar um supermercado para no mínimo a gente comer e beber essa noite. - F. Já estava abrindo a porta e pegando o mapa. -Espera vou com você!! - Lily veio até a porta do banheiro e falou. - Se a gente não

voltar em duas horas é porque não sabemos olhar um mapa. -Não me façam ter que ir atrás de vocês. - falei, já cansada de toda aquela conversa, depois que saí do banho, deitei na cama de casal. Estava me sentido vazia, queria ficar sozinha, mas ficar sozinha resultava em pensar nele, e nisso eu não poderia mais fazer, já tinha prometido para mim mesma que quando chegasse em Buenos não poderia mais me sentir triste por ele. Afinal, tinha certeza que ele não estava pensando em mim, como eu pude ser tão idiota naquela época, como eu pude pensar que algo ia mudar, ou que pelo menos alguma coisa ia acontecer. Acordo com o barulho da porta, e vários barulhos de sacolas, minha cabeça doía, sentia saudades, saudades de seu sorriso, de suas brincadeiras, fazia dois meses que a gente não se falava, mas mesmo assim eu lembrava como se fosse ontem do som de sua risada. -Ei bela adormecida, pode ajudar a gente a pelo menos cozinhar – brotou a cabeça de F. No quarto, F era meio gordinha, não era exatamente gorda, mas tinha muita elegância ao se vestir, gostava de roupas caras, aliás esse era o seu negócio, adorava compras. Me levantei e fui ver o que elas tinham escolhido para jantar. -Compramos Vino! - Lily mostrou com um belo sorriso no rosto, Lily era diferente de F. Ela sabia se vestir também, mas ela era muito bonita, aquele tipo de beleza que todos os garotos olham quando ela passa, cabelos castanhos e olhos muito verdes. Sabia o que fazer exatamente para uma pessoa gostar dela, e isso as vezes me amedrontava. -Já começamos com a bebida alcoólica? - Falei brincando, afinal Lily estava ali para se divertir, para beber e sair a noite toda, ela adorava passar a noite fora de casa e adorava beber para esquecer que daqui a dois meses estaríamos de volta a nossa infeliz rotina. -Claro, afinal temos que comemorar nossa viagem, afinal nunca pensei que ia dar realmente certo. - falou Lily enquanto tentava abrir o vinho. Jantamos, e logo fomos dormir. Acordei no meio da noite, minha insonia como sempre, isso era terrível, fiquei enrolando na cama por uma talvez duas horas, mas não consegui toda hora lembrava que queria voltar para casa, que sentia falta das conversas, sentia falta do

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