Plano De Trabalho 2018

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1

Governo do Estado do Pará Secretaria de Estado de Educação Secretaria Adjunta de Ensino Coordenadoria de Educação Especial Anexo I E.E.E.F.M Barão do Rio Branco Classe Hospitalar do Espaço Acolher

PRANO DE TRABALHO DA CLASSE HOSPITALAR DO ESPAÇO ACOLHER

PARCERIA TÉCNICA- PEDAGÓGICA

ANO 2018

2

GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ Simão Robison Oliveira Jatene SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO Ana Cláudia Serruya Hage SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE Vitor Manuel Jesus Mateus PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO SANTA CASA MISERICÓRDIA DO PARÁ Rosangela Brandão Monteiro COORDENAÇÃO DO ESPAÇO ACOLHER Maria Luzia de Matos DIRETORA DA ESCOLA BARÃO DO RIO BRANCO Ana Célia Monteiro de Souza VICE-DIRETORA DA ESCOLA BARÃO DO RIO BRANCO-ANEXO I Fernanda Borges PROFESSORA REFERÊNCIA/SEDUC Denise Corrêa Soares da Mota QUADRO DE PROFESSORES Gilda Maria Maia Martins Saldanha Milena Cavalero de Macedo Freitas Micheline Banhos de Oliveira Rita de Cássia Reis Rosa Figueiredo

3

1- O ESPAÇO ACOLHER A Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará criou o Espaço Acolher como parte de um conjunto ações para assegurar o atendimento humanizado aos pacientes oriundos de municípios distantes e que não possuem casa de apoio na capital, e necessitam realizar tratamento especializado. O Espaço tem como prioridade atender vítimas de escalpelamento e mães que possuem crianças recém nascidas internadas na Clínica de Neonatologia. Em caráter excepcional, recebe pacientes de outras categorias que necessitem de pernoite ou acolhimento de curto prazo. O escalpelamento é a retirada acidental e de maneira brusca do couro cabeludo que acontece com mulheres da Amazônia. Encaminhadas a capital paraense essas pessoas são tratadas pela FSCMPA, que hoje se tornou referência no atendimento integral a esses pacientes oferecendo total assistência, da chegada até o retorno seguro aos seus municípios de origem. O Espaço Acolher está organizado em suas ações de forma a atender as diversas faixas etárias, desde crianças a adolescentes, jovens e pessoas idosas. No espaço Acolher, as ações de educação e saúde são desenvolvidas a partir da atuação de uma equipe multidisciplinar formada por profissionais de diversas

áreas,

como:

Assistentes

Sociais,

Psicólogos,

Enfermeiros,

Pedagogos, Professores, Bolsistas da Universidade Estadual do Pará e demais profissionais de apoio.

2- APRESENTAÇÃO DA CLASSE HOSPITALAR DO ESPAÇO ACOLHER A classe hospitalar do Espaço Acolher iniciou suas atividades no ano de 2011, como parte de um programa de Governo do Estado do Pará para assegurar o direito à educação às crianças, jovens e adultos (pacientes e acompanhantes) que por tratamento de saúde interromperam seus estudos. Para tal, foi firmado um Convênio de Cooperação Técnica entre a Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará e a Secretaria Executiva de Educação (SEDUC). O Objetivo da Classe hospitalar no Espaço Acolher é dar continuidade ao processo de desenvolvimento e aprendizagem de pacientes vítimas de

4 escalpelamento e seus acompanhantes, assegurando os vínculos escolares durante o todo o tratamento. Também visa: criar condições para o resgate da autoestima dos pacientes e acompanhantes que residem no espaço; minimizando suas perdas físicas, sociais, psicológicas e cognitivas; favorecer a humanização; diminuir a ociosidade e problemas decorrentes desta e valorizar as potencialidades dos residentes.

As atividades são desenvolvidas em três espaços: 

Brinquedoteca: desenvolvimento de atividades lúdicas que

propiciem alegria, socialização, bem-estar físico e emocional a crianças e adolescentes. . 

Sala de Apoio Pedagógico: espaço organizado e equipado para

facilitar a aprendizagem de alunos/pacientes regularmente matriculados na rede educacional, pública ou privada, da capital ou interior, e visa dar continuidade ao processo de aprendizagem, sem interrupção do ano letivo, nos períodos em que se encontrem no hospital internados ou em tratamento ambulatorial, sempre em parceria com a escola de origem desses alunos.  atividades

Espaço de convivência: espaço organizado para desenvolver curriculares

complementares;

além

de

eventos,

datas

comemorativas, oficinas de artes, dentre outros.

3-

EMBASAMENTO

LEGAL

E

TEÓRICO

QUE

FUNDAMENTAM

A

CONSTRUÇÃO DO PLANO DE ENSINO A organização do trabalho pedagógico no Espaço Acolher está fundamentada nos documentos que regem a educação básica no Brasil, que segundo o Ministério da Educação são:

a

Lei nº 9.394, que estabelece as

Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica; o Plano Nacional de Educação; e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Outros documentos fundamentais são a Constituição da República Federativa do Brasil e o Estatuto da Criança e do

5 Adolescente. No âmbito Estadual, a Resolução 001 de 05/01/2010 que dispõe sobre a regulamentação e a consolidação das normas estaduais e nacionais aplicáveis à Educação Básica no sistema Estadual de Ensino do Pará; e Resolução 304 de 25 de maio de 2017-Educação Especial, que altera a Resolução 001/2010, que dispõe sobre a regulamentação e a consolidação das normas estaduais e nacionais aplicáveis à Educação Básica no sistema Estadual de Ensino do Pará, relativamente aos capítulos VIII e XIV- Seção II, que tratam da Educação Especial e dá outras providências. Para a sistematização do Plano de ensino anual da Classe Hospitalar do Espaço Acolher será utilizada a nova BNCC, fundamentada no princípio do desenvolvimento de competência assim definida: como conhecimentos (conceitos

e

procedimentos),

habilidades

(práticas

cognitivas

e

socioemocionais), atitudes e valores para resolução de problemas.

COMPETÊNCIAS GERAIS DA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR 1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas. 3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural. 4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. 5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas

6 práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. 6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. 7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. 8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas. 9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais,

seus

saberes,

identidades,

culturas

e

potencialidades,

sem

preconceitos de qualquer natureza. 10.

Agir

pessoal

e

coletivamente

com

autonomia,

responsabilidade,

flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. No aspeto curricular é importante ressaltar que o currículo deve ser entendido como a construção de conhecimentos de valores e práticas construídos em ambientes concretos de ensino e aprendizagem. Partindo dessa premissa, se faz necessário considerar os saberes culturais e sociais das educandas do Espaço Acolher, atentando para as características geográficas da região amazônica, marcadas por grandes extensões de rios e considerar seus valores, costumes e tradições. Também considerar em um processo de escolarização, que não apenas ensine os educandos a ler e escrever, mas que também sejam capazes de realizar uma leitura sobre sua realidade.

7 Para tal, a Classe Hospitalar do Espaço Acolher optou por incorporar em suas práticas educativas traços do pensamento político-pedagógico de Paulo Freire que enfatiza uma prática educativa sensível à realidade sociocultural das educandas e o estímulo do exercício de ação e reflexão. Assim, os educadores do Espaço Acolher devem ser capazes de estimular a capacidade crítica de seus alunos a partir do meio em que vivem, e para isso é fundamental segundo Freire (1967), conhecer as suas rotinas e, portanto, as suas histórias de vida. Nessa direção, Freire (1987), aponta a importância da realização de pesquisas antropológicas, a fim de mapear as características sociais, culturais, educativas e econômicas das alunas. A apreensão desses traços que permeiam o cotidiano das educandas permitirá identificar as situações limites que embasam os temas geradores (FREIRE, 1981). Ou seja, a partir de problemáticas como saneamento básico, transporte, alimentação, moradia, entre outros; múltiplas temáticas emergem, formando uma teia interdisciplinar, que promove o diálogo entre distintas áreas do conhecimento, de maneira a promover o diálogo com os conteúdos escolares. É na área das Ciências Humanas que os educandos e educadores fazem uma análise do cotidiano mediante um amplo estudo dos fatos locados num determinado tempo e espaço, permitindo a construção de uma visão crítica das mudanças ocorridas na sociedade onde os mesmos estão inseridos. Para tanto, é imprescindível um estudo amplo dos acontecimentos e transformações porque passa a sociedade, analisando e intermediando os aspectos que fazem desse educando um agente modificador do espaço regional e global devido ao acesso às tecnologias atuais. Na área de Linguagens é crucial o levantamento do universo vocabular das alunas e dos alunos. Essa catalogação, permite a otimização do processo de alfabetização, uma vez que as alfabetizandas, já estão familiarizadas com as palavras que verbalizam, em seu cotidiano, de modo que o exercício de leitura e de escrita se potencializa. Da mesma forma, compreender a língua como fenômeno cultural, histórico, social, variável, aos diversos contextos de uso.

8 Todo o trabalho educativo tem a parceria da Universidade Estadual do Pará, por meio do Núcleo de Educação Paulo Freire- NEP, que dá o suporte técnico na sistematização do referencial teórico freireano. O NEP disponibiliza bolsistas da graduação em pedagogia para desenvolverem atividades da educação infantil e EJA, em conjunto com os professores da SEDUC. Serão incorporadas ao currículo do Espaço Acolher, temáticas contemporâneas como:  Direitos da criança e do adolescente;  Educação para o trânsito;  Educação ambiental;  Educação alimentar e nutricional;  Processo de envelhecimento, respeito e valorização do idoso:  Educação em direitos humanos;  Educação das relações étnico-raciais e ensino de história e cultura afro-brasileira, africana e indígena;  Saúde, vida familiar e social;  Educação para o consumo;  Educação financeira e fiscal;  Trabalho, ciência e tecnologia;  Diversidade cultural.

Tais temáticas serão tratadas de forma transversal, integradora e contextualizadas, dentro das habilidades dos componentes curriculares ou em projetos pedagógicos interdisciplinares e multiprofissional.

4-ORGANIZAÇÃO

DIDÁTICA

E

CURRICULAR

DO

TRABALHO

PEDAGÓGICO COM OS ALUNOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA

A Classe hospitalar do Espaço Acolher apresenta como proposta um trabalho estruturado, com atendimentos específicos, para cada nível de ensino, com ações de escolarização, ministradas por professores da Secretaria de Educação que contribuem para assegurar o direito a educação, cidadania e resgate da autoestima dos alunos atendidos.

9 Os atendimentos acontecem de forma individualizada ou em grupos de alunos de acordo com os ciclos e anos da educação básica, a saber: anos iniciais: 1º e 2º ciclos (1º, 2º, 3º 4º e 5º anos) e anos finais: 3º e 4º ciclos (6º, 7º, 8º, 9º anos) do ensino fundamental. Também o 1º, 2º e 3º anos do Ensino Médio, assim como, as 1ª, 2ª 3ª e 4ª etapas da modalidade da EJA, de acordo com as demandas surgidas durante o ano letivo. A organização do trabalho pedagógicos é pautada em duas modalidades de planejamento: projetos didáticos e sequências didáticas. Para Brandão, Selva e Coutinho (2016, p57, v.1) o projeto didático se caracteriza

como

um

“Conjunto

de

atividades

que

trabalham

com

conhecimentos específicos, construídos a partir de um eixo de trabalho que se organizam ao redor de um problema para resolver um produto final que quer obter”. Os projetos didáticos são organizados a partir de aulas dialogadas, previamente organizadas, levando em consideração as realidades e contextos das mesmas. O tema gerador do ano será: afetos e aromas amazônicos: significados e aprendizagens. As sequências didáticas são previamente selecionadas pelo educador. Na sequência didática o planejamento é centrado no professor, que monitora todo

o

processo,

articulando

as

atividades com

nível,

sequência e

aprofundamento dos conteúdos de cada ciclo. Ao final de cada semestre será organizada uma coletânea individual com a seleção de sequências didáticas, atividades, projetos didáticos, dentre outras tarefas mais significativas realizadas por cada aluno.

4-1-Níveis e Modalidades de Ensino: 4.1.1- Educação Infantil: Para a primeira etapa da Educação Básica - a Educação Infantil, o atendimento aos alunos tem como objetivo o desenvolvimento integral da criança de zero a cinco anos de idade em seus aspectos físico, afetivo, intelectual, linguístico e social. Os princípios fundamentais especificados nas Diretrizes Curriculares Nacionais para essa fase são:

10 a) Princípios éticos: o desenvolvimento nas crianças desde muito pequenas da valorização da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade, do respeito ao a outro, ao meio ambiente, às diferentes culturas, identidades e singularidades. b) Princípios Políticos:

a educação para a cidadania, onde as

crianças possam ser estimuladas a expressar sentimentos, ideias, questionamentos, dentre outros, comprometidos com o bem estar coletivo e individual. c) Princípios Estéticos: organizar um currículo que valorize a sensibilidade, a criatividade, a ludicidade, e da diversidade de manifestações artísticas e culturais. Todos os princípios norteadores da Educação Infantil estão propostos na organização

curricular

da

Classe

Hospitalar

do

Espaço

Acolher

no

planejamento de ensino, em anexo a este plano, seguindo a estrutura abaixo designada na BNCC.

[Fonte: Apresentação da BNCC ao CNE - 06/04/2017]

11

[Fonte: Apresentação da BNCC ao CNE - 06/04/2017]

As atividades com os alunos da educação infantil são realizadas na brinquedoteca do Espaço Acolher acompanhados pelos alunos da graduação em pedagogia, bolsistas do Núcleo de Educação Popular Paulo Freire da Universidade do Estado do Pará, em conjunto com os professores da SEDUC e professora da UEPA.

4.1.2- Ensino Fundamental: Segundo a Resolução CNE/CEB nº 3/2005, o Ensino Fundamental de 9(nove) anos, destinado para estudantes entre 6 a 14 anos, é composto de duas fases: anos iniciais, com 5(cinco) anos de duração; e os anos finais, com 4(quatro) anos de duração. Para o Ensino Fundamental, os componentes curriculares obrigatórios em relação a área de conhecimento estão assim dispostos nas Diretrizes Curriculares Nacionais:

12



Linguagens:  Língua Portuguesa.  Língua Materna, para a população indígena.  Língua estrangeira moderna.  Arte, em suas diferentes linguagens: cênicas, plásticas e,

obrigatoriamente musical.  Educação Física. 

Matemática:



Ciências da Natureza:



Ciências Humanas:  História.  Geografia.



Ensino Religioso.

Todos os princípios norteadores do Ensino Fundamental estão propostos na organização curricular da Classe Hospitalar do Espaço Acolher no planejamento de curso em anexo a este plano, seguindo a estrutura abaixo designada

na

BNCC.

13

[Fonte: Apresentação da BNCC ao CNE - 06/04/2017]



Ensino Religioso.

4.1.3- Ensino Médio: Para o Ensino Médio, a Base Curricular Comum Nacional ainda está sendo formulada, mas os componentes curriculares obrigatórios previstos na LDB em relação à área de conhecimento estão assim dispostos: 

Linguagens:

14  Língua Portuguesa.  Língua Materna, para a população indígena.  Língua estrangeira moderna.  Arte, em suas diferentes linguagens: cênicas, plásticas e, obrigatoriamente musical.  Educação Física. 

Matemática:



Ciências da Natureza:  Biologia;  Física;  Química.



Ciências Humanas:  História;  Geografia;  Filosofia;  Sociologia.



Ensino Religioso.

4.1.4- Modalidade Educação de Jovens e Adultos: Na educação de Jovens e Adultos- EJA toda a dinâmica de trabalho será desenvolvida a partir da concepção teórica e metodológica freireana. O planejamento acontecerá semanalmente com objetivo de organizar atividades pedagógicas decorrentes dos temas geradores surgidos pelos diálogos com as alunas nas atividades diárias. Todo o trabalho educativo terá a parceria da Universidade Estadual do Pará, por meio do Núcleo de Educação Paulo Freire- NEP, que dá o suporte técnico no referencial teórico freireano. Como base curricular também será utilizado o material disponibilizado pela Secretaria de Estado de Educação para a Educação de Jovens e Adultos.

4.2- Projeto Roda de Sentimentos:

15 UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E EDUCAÇÃO NÚCLEO DE EDUCAÇÃO POPULAR PAULO FREIRE

PROJETO: “RODA DE SENTIMENTOS”: UM DIÁLOGO FREIREANO Educadora: Priscila Costa Soares1 Professores responsáveis: Profª Drª Ivanilde Apoluceno de Oliveira Profº Drº João Colares da Mota Neto. A Roda de sentimentos foi inspirada no “círculo de cultura” ou “rodas de conversa” desenvolvidas por Paulo Freire, nos quais “educandos/as e educadores/as relacionar-se-iam segundo o princípio dialógico, que aponta para uma não hierarquização das culturas que ali se encontram” (CANDAU; LEITE, 2006, p.7). Consiste em uma intervenção grupal, de caráter psicopedagógico, na qual se dialoga sobre temas que as próprias mulheres levantam, promovendo um espaço de diálogo e compartilhamento entre elas – o que rotineiramente não seria possível na sala de aula – buscando dissipar possíveis ansiedades e angústias que certamente se fazem presentes no processo de ensinoaprendizagem. A Roda de sentimentos tem como objetivo: 

Acolhimento de educandas (os) participantes da classe hospitalar;



Promover encontro e diálogo entre as educandas participantes da classe hospitalar, que podem compartilhar seus desafios comuns;



Minimizar o sofrimento durante a estadia das mulheres vítimas de escalpelamento no espaço perante o diálogo;



Proporcionar momento de escuta e diálogo acerca de questões pessoais;



Auxiliá-las a pensarem criticamente acerca dos temas que elas propuserem;

1

Psicóloga, membro do Núcleo de Educação Popular Paulo Freire da Universidade do Estado do Pará e mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação da UEPA

16 

Auxiliá-las na reconstrução da autoestima, incentivando a autonomia;



Colaborar para a fluência do diálogo e do relacionamento entre professores e alunas, contribuindo para a aprendizagem.

Os temas a seguir poderão ser abordados durante os encontros, contudo, ressalto que poderão ser modificados de acordo com a necessidade e interesse das educandas, bem como podem ser repetidos, devido a rotatividade das educandas.

MÊS

TEMAS

MARÇO

Abril

Maio

Junho



Autoconhecimento



Inteligência emocional: “Usando as emoções ao meu favor”



Autoimagem e autoestima: “como estou me sentindo?”



Preconceito



Família: saudade, conflitos, abandono e apoio.



Saúde emocional



Meios de subsistência



Desafios referentes ao Campo X Cidade

Priscila Costa Soares CRP 10/04277

4.3- Atendimento fonodiológico

O atendimento fonoaudiólogo é realizado por um profissional da Secretaria de Educação e visa estimular a linguagem oral e escrita, voz e audição através de atividades fono-pedagógicas propiciando várias formas de aquisição de conhecimento, facilitando a comunicação e aprendizado junto ao processo de aprendizagem escolar. Estimular a linguagem oral e escrita, voz e audição através de atividades fono-pedagógicas propiciando várias formas de aquisição de conhecimento,

17 facilitando a comunicação e aprendizado junto ao processo de aprendizagem escolar.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 

Estimular a coordenação motora fina



Desenvolvimento cognitivo



Estimular as habilidades visuais



Estimular as habilidades auditivas



Estimulação oromiofuncional



Adequação do padrão vocal



Promover a percepção, fixação e automatização dos fonemas de acordo com a idade de aquisição-fonológica.



Desenvolver

a

expressão

(representação

e

externalização

de

pensamentos) 

Desenvolver e aprimorar a narrativa oral e escrita

FLUXO DE ATENDIMENTO FONOAUDIOLÓGICO: Todos os pacientes novos que estão hospedados para tratamento de longa duração no Espaço Acolher serão avaliados pelo fonoaudiólogo em relação aos aspectos relacionados à: linguagem oral e escrita, motricidade oral, voz, audição, sociabilidade /interação e cognição. Ao término serão dadas as devolutivas das avaliações aos responsáveis e serão feitos os encaminhamentos necessários. Além das avaliações e encaminhamentos as pacientes receberão a estimulação de acordo com as dificuldades encontradas.

4.4-CALENDÁRIO

DE

ATIVIDADES

EDUCACIONAIS

DO

ESPAÇO

ACOLHER – ANO 2018 Mês: Janeiro DIAS

ATIVIDADES

23,24 e 25

-Jornada pedagógica

29 a 31

-Reorganização do espaço e reunião pedagógica

Mês: Fevereiro

18 DIAS 05 a 9/02

ATIVIDADES -Estudo da Base Nacional Comum Curricular

12 a 14/02

-Recesso carnaval

15 a 28/02

-Recadastramento de alunos. -Organização dos registros. -Organização do plano de curso, pesquisa e escrita das sequências didáticas e projetos didáticos. -Atendimentos individualizados

Mês: Março DIAS 5/03

ATIVIDADES -Apresentação dos Projetos didáticos 2018, no Espaço Acolher.

07/03

-Planejamento das atividades com os bolsistas da UEPA

28/03

-Celebração de Páscoa

Durante todo o mês

-Atendimentos individualizados e em grupos

Mês: Abril DIAS

ATIVIDADES

A definir

-Ação pedagógica Acolher.

Durante todo o mês

-Atendimentos individualizados e em grupos

Mês: Maio DIAS 7 a 11/05

ATIVIDADES -Semana da Família

19 23 e 24/05

-Ação Pedagógica Acolher

Durante todo o mês

-Atendimentos individualizados e em grupos

Mês: Junho DIAS

ATIVIDADES

27/06

- Troca de Vivências

Durante todo o mês

-Atendimentos individualizados e em grupos

Mês: Agosto DIAS

ATIVIDADES

6 a 10/08

-Semana da família

25/08

-Seminário de Prevenção de Escalpelamento

Durante todo o mês

-Atendimentos individualizados e em grupos

Mês: Setembro DIAS A definir

ATIVIDADES -Encontro Nacional de Atendimento Escolar Hospitalar

Durante todo o mês

-Atendimentos individualizados e em grupos

Mês: Outubro DIAS - A definir

ATIVIDADES Mês da linguagem e saberes amazônicos: Visitas monitoras, construções, oficinas temáticas, etc

Durante todo o mês

-Atendimentos individualizados e em grupos

20 Mês: Novembro DIAS

ATIVIDADES

26 a 30/11

- Oficinas Natalinas

Durante todo o mês

-Atendimentos individualizados e em grupos

Mês: Dezembro DIAS

ATIVIDADES

12/12

-Celebração de Natal

17 a 21/12

-Encerramento das atividades e organização de relatórios

Durante o mês

-Atendimentos individualizados e em grupos

Referências Bibliográficas

BRANDÃO, Ana Carolina Perrusi; SELVA, Ana Coêlho Vieira; COUTINHO, Marília de Lucena Coutinho. O trabalho com projetos didáticos: integrando a leitura e a produção de textos. In: SOUZA, Ivane Pedrosa de BABOSA, Maria Lúcia Ferreira de Figueiredo (orgs.).Práticas de Leitura no ensino fundamental. Belo Horizonte: Autêntica, 2006. FREIRE, Paulo. Conscientização: teoria e prática da libertação. São Paulo. Cortez e Moraes, 1979. FREIRE, Paulo. Ação cultural para a liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981. FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. FREIRE, Paulo. Educação como uma prática de Liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1967.

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