Texto 1_tecnologias Aplicadas A Educação.doc

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CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO ESPÍRITO SANTO Disciplina: Tecnologias Aplicadas à Educação Professora: Luciene da Silva Viana

Tecnologias Aplicadas a Educação O caminho percorrido pelas Tecnologias Você sabia que o início da trajetória das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) foi marcado por muitos problemas? A falta de planejamento, o despreparo dos profissionais e a ausência de ações governamentais para introduzi-las no cotidiano da Escola são alguns exemplos desses problemas. Na verdade, trata-se de um modelo importado dos EUA, tanto de hardware quanto de software, mas principalmente de teorias psicológicas, como também metodológicas (instrução e não de construção). O modelo capitalista influenciou a disseminação das tecnologias no Brasil, uma vez que incentivou a venda de equipamentos e programas, provocando uma disputa pelo domínio tecnológico e pelas TIC, o que fez surgir novos hábitos e um amplo consumo. A falta de preparo para utilizar a tecnologia trouxe várias consequências negativas. Dentre estas, o excesso de informação que leva à desinformação, ao não aprofundamento, a uma falta de análise e de reflexão crítica. Perde-se a noção de identidade, há um desdobramento da personalidade, uma confusão entre o público e o privado. Na verdade, estamos vivendo numa sociedade em que surgem novas formas de economia. As trocas de informação, o seu tráfego que não é mais físico, e, sim, imaterial. Há uma descentralização de tarefas, desintegra as unidades de tempo, lugar. O capital passa a ser a informação – e a capacidade de distribuição e recuperação fácil e segura desta informação. Segundo Moraes (2002), criam-se novas referências espaciais, temporais e informacionais; uma noção de tempo, espaço diferenciada e como consequência negativa pode levar a uma população digitalmente excluída. Retomando a evolução tecnológica, as primeiras ferramentas eram vistas como kits audiovisuais, pacotes fechados fornecidos por empresas estrangeiras e mal adaptados a nossa realidade. Depois, estes evoluíram para os sistemas de ensino programado – CAI (Instrução Auxiliada por Computador), o qual baseava-se no modelo estímulo-resposta, tratando o usuário por condicionamentos. Como exemplo, ao realizar um exercício ou atividade, dependendo da ação do usuário, o software daria um estímulo positivo (um aplauso ou uma mensagem de acerto), caso contrário, emitiria um ruído sonoro de erro. Depois, surgem os modelos de Inteligência artificial nos sistemas de ensino computacional, especificamente, utilizando formas de representação de conhecimento, o qual dá origem aos Sistemas Tutores, ou seja, softwares voltados para o ensino, utilizados como ferramentas de apoio, capazes de identificar as dificuldades e habilidades dos alunos. Atualmente, as tecnologias educacionais têm sido empregadas na área de simulação química, física, estudo de astronomia. A realidade virtual vem sendo usada tanto para construção de mundos virtuais quanto para instrumentos de simulação e visualização bidimensional (2D) e tridimensional (3D). Um exemplo de simulação pode ser a representação, em Física, da trajetória de um carro ou de um míssil. Em Astronomia, poderíamos simular o movimento dos planetas e das estrelas e calcular suas distâncias. Na Química, é possível estudar a mistura de substâncias e perceber suas propriedades, as reações que podem causar ao meio ambiente e, portanto, testá-las antes de aplicar em nosso meio. Temos, ainda, os hipertextos, os sistemas de autoria e as ferramentas de groupware, capazes de auxiliar o trabalho, o gerenciamento e a coordenação de grupos, como, discussões coletivas, votações e tomadas de decisões e CMC Comunicação Mediada por Computador, que envolve ferramentas como chat, fórum, e-mail, entre outras. Inteligência Artificial: Inteligência Artificial (IA) é uma subárea da Ciência Cognitiva voltada ao desenvolvimento de sistemas e ao estudo de modelos cognitivos capazes de representar o conhecimento, o raciocínio e o comportamento dos seres humanos ou animais (MEYER, 2000).

Criando projetos em Informática na Educação Agora que vocês conhecem um pouco do potencial da informática educativa, vamos apresentar uma alternativa de uso dessa tecnologia em sala de aula. Aplicar a abordagem de projetos na área da informática educacional envolve diversas fases, as quais não são bem definidas e separadas hierarquicamente. Elas ocorrem dentro de um processo dinâmico e contínuo, que consiste em: estruturar o projeto, formar o professor, definir tecnologias, infraestrutura e logística, gestão de projetos e avaliação. Alguns desses aspectos discutiremos a partir de agora. Que benefícios vocês podem adquirir trabalhando com projetos em sala de aula? Dentre os benefícios e objetivos pedagógicos alcançados, destacam-se o acesso dos alunos aos recursos tecnológicos, sua atuação significativa na construção do conhecimento, questionando e organizando suas ideias e

avançando nas suas hipóteses. Destacam-se, ainda, o enriquecimento da dinâmica de estudo, as várias possibilidades de atividades, a integração e a socialização entre os alunos e a criação de ambientes de aprendizagem. Quando pensamos em elaborar um projeto que envolva tecnologias, nos deparamos com diversas dificuldades, como falta de planejamento do docente; limite de tempo para executar as atividades; falta de recursos. Além disso, observamos a falta de envolvimento dos profissionais, principalmente da direção escolar; a falta de um especialista da área de informática para atuar no apoio pedagógico e de monitores para ajudar os alunos no laboratório. Implementar projetos envolvendo tecnologia educacional na escola significa oferecer a possibilidade dos alunos desenvolverem conhecimentos significativos, conforme citação a seguir. Não se trata de uma simples junção da informática com a educação, mas sobretudo, de uma integração entre elas e à prática pedagógica, o que implica num processo de preparação contínua do professor e de uma mudança de paradigmas na escola (BUSTAMANTE, 1996, apud ALMEIDA, 2000a, p. 37). Essa mudança no paradigma educacional só será possível quando toda a hierarquia do sistema escolar assumir um pensamento interdisciplinar e quando sua ação assumir um caráter contextualizador, resgatando valores e experiências dos indivíduos, o que tornará a aprendizagem prazerosa e significativa. O processo de formação do professor é uma etapa crucial e deve anteceder as fases de elaboração e implementação do projeto, permanecendo durante todo o percurso. O docente é a figura mediadora no processo de ensinoaprendizagem, e, portanto, precisa estar informado tanto do referencial teórico-metodológico da proposta quanto da parte técnica no uso da informática enquanto recurso de ensino. O conhecimento técnico do docente é importante, mas não constitui um pré-requisito para a utilização da metodologia de projetos, pois essa aprendizagem se desenvolverá ao longo da formação, que deverá ser contínua. Elaborar projetos traz em sua essência atividades que, para serem executadas, necessitam do trabalho em grupo. Interagir e colaborar não fluem naturalmente, necessitam de uma adequada relação aluno-aluno, professor-aluno, professor-aluno-escola e professor-aluno- comunidade. Na ótica de Freire (1999), algumas competências se fazem necessárias nesse processo de formação, dentre as quais:  estimular a capacidade criadora do educando;  discutir com os alunos os saberes que eles trazem à escola no contexto do problema estudado;  respeitar a autonomia, dignidade e identidade do aluno, suas ideias, hipóteses e reflexões;  possibilitar a compreensão e o diálogo junto ao aluno;  permitir a reflexão crítica sobre a prática, com vistas ao contínuo aperfeiçoamento, transformando a curiosidade ingênua em uma curiosidade científica;  criar possibilidades para a produção e construção do conhecimento. Essa formação é planejada por uma equipe multidisciplinar, composta de especialistas na área de informática e de orientação pedagógica. O objetivo é sondar as necessidades dos docentes, e, em conjunto, organizar oficinas e cursos para supri-las, de forma que os professores adquiram progressivamente uma relativa autonomia em sua prática, dentro da abordagem de projetos, utilizando recursos tecnológicos. Referências ALMEIDA, Maria Elizabeth de. PROINFO: informática e formação de professores. Brasília: Ministério da Educação/SEED, 2000. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. 12. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1999. MEYER, Marilyn et al. Nosso futuro e o computador. Porto Alegre: Bookman, 2000. MORAES, Maria Cândida. Educação a distância: fundamentos e práticas. Campinas: NIED, 2002. RAMOS, Edla Maria Faust (Org.). Informática na escola: um olhar multidisciplinar. Fortaleza: Editora UFC, 2003.

Questões: 1- Quais os benefícios que as tecnologias de informática e os meios de comunicação de massa podem oferecer aos professores e alunos? Dê exemplos. 2- Quais as possibilidades que a informática e a abordagem de projetos trazem para a Educação? Dê um exemplo de projeto, usando a tecnologia e algum conteúdo multidisciplinar. Para ampliar seu conhecimento e criticidade quanto ao tema: a) Pesquise Políticas Públicas aplicadas a Inclusão das TIC’s nas escolas. b) Busque na Internet o mapa da exclusão digital no Brasil. Qual é a estatística dos municípios brasileiros que estão hoje conectados à Internet? Como está o seu Município?

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