O Monoteísmo Bíblico E Os Deuses Da Criação

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O MONOTEÍSMO BÍBLICO E OS DEUSES DA CRIAÇÃO

RAYOM RA

ÍNDICE PARTE I - HISTÓRIA E RELIGIÃO

Prólogo

Pg. 3

Capítulo I

SOB A POEIRA DAS ESTRELAS

Pg.

9

Capítulo II

PORTAIS DO TEMPO

Pg. 17

Capítulo III

CRONOLOGIAS DE PERSONAGENS BÍBLICOS

Pg. 23

Capítulo IV

OS PATRIARCAS QUE A HISTÓRIA NÃO RECONHECE

Pg. 31

Capítulo V

A MONTAGEM DA BÍBLIA

Pg. 40

Capítulo VI

OS DEZ MANDAMENTOS

Pg. 48

Capítulo VII

AS ALIANÇAS DE IEVE COM OS HEBREUS DO ÊXODO

Pg. 53

Capítulo VIII

A ARCA DA ALIANÇA

Pg. 56

PARTE II - ESOTERISMO E CRIAÇÃO

Capítulo IX

PROCESSO EVOLUCIONISTA

Pg. 67

Capítulo X

A CRIAÇÂO DO SISTEMA SOLAR

Pg. 72

Capítulo XI

CARMA DO SISTEMA SOLAR

Pg. 79

Capítulo XII

DIFÍCEIS MOMENTOS NA TERRA

Pg. 91

Capítulo XIII

MUNDOS

Pg. 101

Capítulo XIV

CADEIAS PLANETÁRIAS

Pg. 106

Capítulo XV

DOS REINOS À HUMANIDADE

Pg. 113

Capítulo XVI

O ADVENTO DAS RAÇAS

Pg. 121

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A PRIMEIRA RAÇA A SEGUNDA RAÇA A TERCEIRA RAÇA A QUARTA RAÇA PRIMEIRA SUBRAÇA ATLANTE SEGUNDA SUBRAÇA ATLANTE TERCEIRA SUBRAÇA ATLANTE QUARTA SUBRAÇA ATLANTE QUINTA SUBRAÇA ATLANTE SEXTA SUBRAÇA ATLANTE SÉTIMA SUBRAÇA ATLANTE

PG. 122 PG. 126 PG. 129 PG. 136 PG. 142 PG. 143 PG. 144 PG. 146 PG. 148 PG. 148 PG. 149

ASPECTOS GERAIS DA CIVILIZAÇÃO ATLANTE

PG. 149

RAÇA ARIANA - A QUINTA RAÇA PRIMEIRA SUBRAÇA ARIANA PG. 152 SEGUNDA SUBRAÇA ARIANA PG. 152 TERCEIRA SUBRAÇA ARIANA PG. 153 QUARTA SUBRAÇA ARIANA PG. 154 QUINTA SUBRAÇA ARIANA PG. 155 ASPECTOS GERAIS DO PERÍODO ARIANO PG. 156 BIBLIOGRAFIA

PG. 157

Obra registrada no Escritório de Direitos Autorais No. 426.610

O Monoteísmo Bíblico e os Deuses da Criação Autor: Rayom Ra http://arcadeouro.blogspot.com.br [email protected]

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PRÓLOGO Ao intitularmos essa obra: “O Monoteísmo Bíblico e os Deuses da Criação”, poderíamos também ter escrito ao inverso: “Os Deuses da Criação e o Monoteísmo Bíblico”, pois na cronologia histórica o monoteísmo não determina um final à existência de deuses solares. Nenhuma crença ou nova verdade pode apagar todas as verdades anteriores ou as substituir para sempre. Muito menos em se tratando da humanidade e seus períodos de evolução cíclica de consciência. O monoteísmo egípcio já aparecera antes do monoteísmo hebreu com Amenophis IV, o fundador do culto a Aton, chamado também de Amenhotep IV ou Akhenaton, sem que os altos sacerdotes egípcios propagadores do monoteísmo, entendessem que o banimento dos deuses criadores seria para sempre, substituídos pela gestão de um único e absoluto Deus Solar. Sabiam que não seria simplesmente assim porque eram iniciados nos verdadeiros mistérios e conhecedores das funções dos deuses. Moisés ao implantar o monoteísmo hebreu e tentar estabelecer uma religião unicamente racial para seu povo, falhou nessa intenção por três principais motivos. O primeiro, foi a necessidade de trazer leis morais e sociais; o segundo, foi de construir uma arca e montar uma tenda para Deus; e o terceiro, de precisar introduzir um culto de magia. Houve, nesses eventos, não só a inserção dos hábitos histórico-religiosos da milenar cultura egípcia, como de práticas de sacrifícios e imolações animais já antes utilizadas em rituais de povos politeístas. Não existiu, portanto, a originalidade absoluta de um credo monoteísta judeu, mas sim casuísmo. A bem da verdade, o Egito sempre esteve presente na alma de Moisés e dos hebreus e jamais deles se apartou, não importando o fato da troca de um panteão de deuses para uma só e absoluta divindade. Entretanto, o monoteísmo criaria raízes e grassaria por todo o oriente médio e mais tarde fundamentaria a própria religião cristã espalhando-se pelo mundo. Na versão esotérica da criação, os deuses solares estiveram e estão sempre presentes na Terra. O politeísmo, na realidade, nunca foi descartado das hostes criadoras de todos os reinos. A máxima budista de que não há um Deus, mas deuses criadores, ficou relegada e mantida distante de muitas das religiões, mesmo porque os fundamentos das existências do universo e de nosso sistema solar sempre evocaram um Onipotente, no que concordam os budistas com esse pensamento brahamânico. Ou seja, há o Imanifesto e Impronunciável, o Ininteligível Brahman ou Parabrahaman. Abaixo Dele há a trindade Brahmâ-Vishnu-Shiva e abaixo da trindade, ao alcance de nossas humanas compreensões, desfilam os deuses criadores e mantenedores de nosso sistema solar. Há suficientes argumentos nas páginas dessa obra onde comentamos da existência de muitas hierarquias de seres superiores, que são exatamente os deuses solares dos antigos e também - por aparente incoerência - os introdutores dos monoteísmos egípcio e judeu. Não há como fugir dessa verdade e não nos

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incomodamos em absoluto com a crença cristã monoteísta, porém a aceitamos com conceitos acima das considerações religiosas. A trindade cósmica de Deus-Pai, DeusFilho e Deus-Espírito Santo, ou dos três Logos dos gnósticos, vem em si mesma impregnada da necessidade de um trabalho colaborador de gerações politeístas. É bem diferente a explicação gnóstica da trindade daquela esposada pelas religiões cristãs. Nos cultos ofitas a trindade se desdobra em quatro, na tetraktys, com Sophia procedendo de Sigé-Bythos-Ennoia, o que a concepção indu mostra-nos algo parecido. No induísmo, o Brahman Supremo, Incognoscível e Incorpóreo, gera uma emanação temporal que faz nascer o Brahmâ masculino e imanifesto que vai resultar em três Logos ou Deuses Absolutos. Mas do terceiro Logos imediatamente emana Anima Mundi, a Alma Universal, e em seguida diversos deuses hierárquicos que vêm atuar e levar adiante todo o Grande Plano da Criação para o sistema solar. O livro aqui apresentado tem duas partes distintas colocadas não com a intenção de traçar paralelos a fim de tecer propositais impasses e neles agregar mais dúvidas quanto à existência de Deus ou de personagens bíblicos. Mas como duas faces de uma mesma realidade, embora o deus cristão difira em alguns aspectos importantes do deus bramânico. A Bíblia por si só é um livro polêmico onde o ceticismo não consegue provas inequívocas de suas narrativas, ou não deseja reconhecer as evidências. Mas qual das grandes e significativas religiões mundiais conseguiu realmente provar suas inteiras origens senão basear-se muito mais nas crenças da tradição oral, e nos pergaminhos ou crônicas chamadas comumente pelos leigos descrentes de apócrifos? E pareceria mesmo incongruência precisar-se apelar unicamente às provas materiais a fim de a comunidade cética reconhecer a legitimidade de uma religião. E para quê? Pois para religiões e religiosos o descaso cético e o ateísmo a nada abalam. Sua importância é menos do que o relativo. Se uma religião possui um credo ou um livro sagrado com códigos morais conducentes aos bons atos para agregação do ser humano em sociedades, as demais provas materiais sobre seus fundadores tornam-se secundárias. Se os céticos não se satisfazem com a fé e nem com os livros sagrados, pior para eles. Mesmo dez mil provas materiais nunca os convenceria, pois o ceticismo é fundamentalmente intolerante. As ciências se por um lado ajudam no reconhecimento de fatos religiosos, por outro lado vêm aumentar o ceticismo e o ateísmo. Os laboratoristas jamais se deixam dobrar diante de achados arqueológicos - a não ser que lhes sirvam para sedimentar ainda mais o materialismo - e não lhes servindo, a eles adicionam novas hipóteses dúbias que logo transformam em teorias a compendiar teses refutadoras. E por faltar maiores provas nas histórias das religiões a contento dos céticos, os relatos dos feitos de seus grandes homens deixam de ser possibilidades reais, vindo cair no patamar do imaginário crente. E sem provas consideradas sólidas fica valendo o fisiologismo revelado pelos historiadores da oficialidade acadêmica, respaldado pelo valioso auxílio de fragmentos arqueológicos muito bem escolhidos. Nada é perfeito nesse mundo, muito menos são perfeitas as religiões. A história já demonstrou o quanto o homem foi capaz de destruir, fosse ele religioso ou não. Mas os historiadores não fazem o menor esforço para reconhecer o invisível. Para eles, o invisível é inexistente, portanto irrelevante para as causas da verdade e não se ajusta às proposições racionalistas do cientificismo moderno ou da filosofia materialista. É,

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portanto, um completo celeiro de crendices sem quaisquer bases ou respaldos. Pois a história do homem biológico é a única existente, objeto que foi de um inegável ciclo evolutivo desde um passado avoengo macacóide, ou de um ancestral comum elo de todas as espécies, jamais encontrado e nunca visto, que as ciências vêm dimensionando em formato elusivo de nova fábula darwinista. Para o cético, a crença nunca fez o conteúdo humano de massa e ossos diferente, e não é possível reconhecer no religioso atitudes instintivas e gestos espontâneos que o ateu não possua. Isso por si só já serviria para demonstrar que a religião não atua de dentro para fora, e o cérebro é elemento condicionante único, comum a todos, acumulativo e lógico da realidade concreta, mas, infelizmente, sendo também originante da mente humana abstrata criadora de ilusões. Assim, dentro do ceticismo moderno cada vez mais enraizado pelas instituições acadêmicas, as grandes verdades milenares guardadas e mantidas pelas religiões anteriores ao cristianismo, notadamente orientais, e pelo próprio cristianismo, vão sendo desmentidas e ridicularizadas pelos adoradores da tecnologia. Os homens voltados unicamente ao materialismo já edificaram um pedestal de barro e ali depositaram seu deus único e verdadeiro - as ciências num todo - destituindo o Deus Onipotente e seus prepostos. E resolveram fechar seus ouvidos aos estudiosos do ocultismo, que demonstram que a linguagem oculta e simbológica dos mestres da sabedoria milenar, pode ser na atualidade perfeitamente decodificada para desnudar as mesmas coisas que as ciências somente agora descobriram. E também orientar para a aceitação de determinados caminhos que ajudem a deslindar outros enigmas científicos. A linguagem científica é naturalmente técnica, especializada e complexa. A física, a química, a matemática, a antropologia e demais ciências afins estão presentes em quase todas as teses e descobertas. O deleite dos homens ateus das ciências é justamente esse: pertencer a uma casta fechada, elitista e destacada; falar uma linguagem própria seletiva, codificada, ininteligível ao populacho e inacessível ainda aos neófitos, e trabalhar teorias e experimentos sob uma égide humano-dêitica implementadora do progresso mundial. Portanto, eles são as ciências! Nesses termos, a conciliação é impossível. A ambiciosa mente científica não entende os objetivos mentais e espirituais dos sábios das religiões esotéricas. Antes, desdenham-nos, pois dizem que não fosse o dedicado trabalho cético, investigativo e experimental o mundo hoje estaria milênios atrasado, e as conquistas humanas que só as ciências permitiram alcançar não teriam acontecido. Mas que dizer dos males modernos que sempre marcham interligados com as conquistas científicas e tecnológicas, que municiam homens de íntimos selvagens habilitando-os a destruir milhões de vidas com uns poucos apertos de botões ou gatilhos? E os males que a tecnologia computadorizada e outros inventos maravilhosos trouxeram à juventude e aos povos escravizados pelas nações ricas e mais poderosas? Não, senhores, essa conversa vai longe, o debate é muito mais amplo e profundo do que venha parecer aos simplistas pragmáticos, e o bem e o mal não se apartam nunca das idéias progressistas! As ciências não podem resolver esses problemas, mas podem sem dúvidas agravá-los e o fazem, não por serem ciências, mas por seus representantes não saber ensinar a domar o animal-homem que também existe neles, e por fingir a inexistência da alma universal. A sabedoria das ciências

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materiais avança do cérebro para fora, se limita a um mundo turbulento tridimensional, e fornece armas a qualquer um sem qualquer responsabilidade com valores morais, ao passo que a sabedoria esotérica permeia a alma humana como um bálsamo e avança intimamente em paz e ao infinito, sob o seguro auxílio de princípios reguladores dos elementos causais. Considerando o lado esotérico da sabedoria do mundo, podemos afirmar que as ciências humanas avançaram extraordinariamente num curtíssimo espaço de tempo, comparativamente ao imenso passado ancestral, porque os deuses assim quiseram. Os deuses fizeram os homens redescobrir as ciências ao invés de os homens por si mesmos as terem descoberto como a algo inusitado. Há um organismo diretor emanando dia e noite sobre a Terra e sobre os homens. Todos os avanços das áreas humanas seguem um cronograma adrede, implícito nos caminhos da evolução. Deus assim quer, O Logos assim garantiu, e as hierarquias dêiticas do conhecimento e sabedoria fazem-no funcionar através das pobres e orgulhosas criaturas humanas. Se os homens de ciências realmente soubessem que são meros instrumentos da vontade de Deus, ficariam imensamente envergonhados pelo ceticismo. Mais ainda, por entregar os produtos de suas pesquisas aos monopólios internacionais que dominam e escravizam povos. Quando o grande sábio e inventor croata Nikola Tesla afirmou que há abundante e inextinguível energia livre no planeta, facilmente manipulável para uso gratuito de todas as pessoas, o fizeram calar-se e com o tempo tiraram-lhe várias de suas patentes de inventos práticos que o mundo de hoje se habituou utilizar. Aquele fantástico cérebro disse em sua autobiografia que desde a infância ouvia vozes e comunicações mentais; que costumava ter visões, e em ocasiões de ampliação de consciência ficava doente, sendo obrigado a descansar para se recuperar. Declarava que seu conhecimento científico lhe era transmitido por extraterrestres. Tesla nada lucrou com seus inventos, mas esses mesmos inventos rendem incontáveis somas de dinheiro para aquelas empresas do “pool” monopolista mundial que graças ao croata são hoje multibilionárias. E pelas experiências científicas de Tesla caberia aqui a pergunta: seriam os extraterrestres os deuses solares da criação? Achamos que sim, porém nem todos!

Rayom Ra

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PARTE I

HISTÓRIA E RELIGIÃO

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CAPÍTULO I SOB A POEIRA DAS ESTRELAS

O enigma da vida é o único e verdadeiro legado que o homem carrega. Antes mesmo de tentar conhecer-se como criatura, ele olhou para o céu e procurou entender as estrelas sonhando pela primeira vez. A imensidão do firmamento sempre foi instigante para todos os povos de todas as nações. Parece-nos que a grandiosidade infinita do universo sempre inspirou para que se construíssem monumentos gigantescos em comemoração e devoção a alguém incrivelmente poderoso, que criara tantas coisas distantes, mas que magicamente estivesse presente sobre as cabeças e sob os pés dos homens. E este arquiteto, tantas vezes antropomorfizado, moraria nas estrelas, no azul ou negro do céu, ou dentro do abrasante sol. Quando desejasse, estaria nos uivos dos ventos ou ressoar das águas, no ribombar dos trovões, na rapidez dos relâmpagos ou no clarão dos raios! Poderia aparecer para quem mais amasse, viver dentro dele, fazer coisas impossíveis; matar e ressuscitar. Mas de tudo o que criara, o céu a rebrilhar na negra noite sempre fora o maior dos Seus enigmas, e se conseguisse entendê-lo, entenderia também o Seu próprio mistério! Os orientais, mais precisamente chineses e tibetanos, há milênios já ensinavam que o solo da Terra, as formas viventes e o corpo humano são nutridos de energia cósmica e da matéria provinda das estrelas. Os corpos celestes, diziam eles, sofrendo processo de desintegração ou explodindo, pairam pelo espaço em poeira, e essa poeira é atraída para a Terra por ação do campo magnético formado entre a Terra e a Lua. Dessa afirmação, encontramos certa coincidência na teoria da moderna astronomia quando ela define as galáxias como conjuntos de estrelas envoltos por gás e poeira. Vemos, assim, que a distância das antiqüíssimas civilizações para o século atual não invalida a relação de conhecimento nesta curiosa particularidade. A astronomia, com frequência, vem reajustando e reciclando seus postulados sempre que novas descobertas são comprovadas, e pelo caráter de suas investigações permeia teses e afirmações com espírito cientifico. Em que pese às descobertas registradas nos anais da astronomia, notadamente no passado através de homens como Hiparco, Ptolomeu, Galileu, Copérnico, Kepler e muitos outros, não há como dissociar da oficialidade científica o conhecimento vigente da remota antiguidade, emergente, principalmente, dos sumérios e chineses. É inegável a aceitação por astrônomos de um legado de informações dos antigos como partida de um estudo mais pormenorizado das constelações, em particular de nosso sistema solar. Entretanto, certas afirmações tradicionais foram aos poucos desmentidas ou desmistificadas, e estando assim resolvidas pelo pensamento atualizado dos astrônomos, segundo suas épocas, foram largadas ao esquecimento por que homens de pensamento racional e mentes investigativas não convivem com crenças.

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Com o tempo, as noções de massa, peso, volume, distância, movimento, velocidade, órbita, grau, temperatura, etc., foram sendo cada vez mais trabalhadas conduzindo a conclusões mais exatas. Porém, a astrologia foi suficientemente negada pelos astrônomos antigos e continuaria a sê-la na atualidade As descobertas da antiga astronomia misturavam-se com os conceitos da astrologia, pois na antiguidade era dado aos sacerdotes, e tão somente a eles, o direito a esses estudos. Não existia assim o epíteto de uma astronomia para cálculos físicos e exatos e de uma astrologia aparte, mais ampliada e interpretativa, para revelações espirituais ou esotéricas. Para que modernamente viesse existir essa desejável separação, o propósito religioso dos povos da antiguidade foi oportuna e adequadamente desprezado pela razão cientifica. No entanto, na era cristã, com evidentes interesses eclesiásticos, a igreja vigorosamente interveio no trabalho cientifico, obrigando no século XVII a Galileu Galilei, renomado astrônomo, a abjurar de afirmações conclusivas sobre o sistema heliocêntrico por ele defendido, sob ameaça de queimá-lo vivo como bruxo. Um dos aspectos que se auto-afirmou e veio materializar-se definitivamente por conta da evolução mental dos povos, foi o fundamento da astronomia como inegável ciência independente, não sectária, respaldada pela matemática e geometria e estribada por leis da física. Já a astrologia, ganharia o desprezo de profissionais dos muitos segmentos da ciência oficial, e salvo por poucos e antigos astrônomos não ortodoxos a astrologia simplesmente nunca existiu, muito embora hodiernamente seja ensinada em cursos legalizados e universidades tendo grande aceitação por quem segue ou acredita nas revelações esotéricas. Apesar de peremptoriamente negada, a astrologia praticada pelos sábios sacerdotes da antiguidade trazia comprovadas previsões apreciadas pelos reis de muitas nações e diferentes classes sociais que rodeavam as cortes. Além do mais, ficou patenteado que a astronomia-astrológica dos antigos portava nas suas fimbrias uma ciência embrionária, que muitos milênios depois se organizaria com aparelhos de insuspeitada tecnologia, iniciada por uma era de invenções em que surgiriam o astrolábio (muito embora os sumérios já o conhecessem, conforme achado arqueológico), a luneta, o quadrante, o sextante, o telescópio e muitos outros. Mas apesar do extraordinário impulso acontecido nos estudos dos astros, corroborado por cálculos e fórmulas matemáticas, era com evidente constrangimento que os céticos astrônomos curvavam-se à veracidade de afirmações dos precursores de sua ciência, cujas condições de observação do céu eram totalmente desprovidas dos recursos tecnológicos que eles ali agora destacadamente possuíam. Como então os precursores da astronomia puderam ter aquelas percepções maravilhosas? E como faziam os cálculos astronômicos senão precisos com incríveis aproximações? As previsões de eclipses solares e lunares, as entradas periódicas das estações, os calendários anuais com 365 dias tais como organizados por acádiosumérios, chineses, egípcios, maias, astecas, indus e outros povos, de onde teriam surgido? Lendas burlescas, estereotipadas, profundamente infantilizadas foram notadamente divulgadas nos dois últimos séculos por estudiosos da astronomia, a fim de desmerecer a inteligência e extraordinária percepção dos sacerdotes, reis e sábios da antiguidade - todos iniciados nos mistérios - que investigavam e detectavam os efeitos produzidos pelos astros nos homens e na natureza. Mas ao invés de depreciá-

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los, o que exatamente se provou foi o contrário pela estupidez dos propagadores das fábulas. Aliás, esse pensamento depreciativo sobre os antigos estende-se também, em alguns casos, às outras ciências que eles tão bem souberam manipular, como nas construções de magníficas cidades e pirâmides, a exemplo do Egito. E quando os homens do pensamento objetivo não conseguem explicar, de que maneira os antigos chegaram à exata cifra de 3,14159, análoga ao Pi (grego), representando a razão constante entre o comprimento da circunferência e seu diâmetro, tantas vezes repetida nas relações geométricas da figura da grande pirâmide de Gizeh, a ciência acadêmica simplesmente se cala ou finge ignorar. O que as ciências buscam somente reconhecer é que a grande pirâmide de Gizeh foi construída aproximadamente em 2550 a.C - data essa objeto de intensas discussões e nenhum consenso – no reinado do faraó Kheops, para servir-lhe de símbolo e talvez túmulo de sua realeza, e mais tarde viria servir de templo para as práticas das crenças egípcias. Interessantíssimo dado, exarado das medidas da grande pirâmide pelos sérios pesquisadores, relaciona-se com as suas faces. Cada face da grande pirâmide mede exatamente 9.131 pés. Se multiplicarmos esse valor por 4 (os 4 lados da pirâmide) obteremos a cifra 36,524, que multiplicada por 10 dará igual a 365,24, número hoje entendido pelos cálculos astronômicos a expressão mais exata de um ano solar. Há dezenas de outras importantes relações geométricas e matemáticas aplicadas à astronomia, nos cálculos feitos com as muitas medidas encontradas na grande pirâmide, senão exatas com aproximações desprezíveis, que céticos astrônomos ortodoxos fariam bem a si mesmos em aceitá-las sem subterfúgios, deixando de lado os seus preconceitos. O que os assusta e incomoda é admitir que a astronomia é mais antiga do que suas conclusões na fé histórica acadêmica, e dentro dessa realidade indesejada a astronomia emergiria da ciência astrológica ainda mais antiga. Lembro-me bem, quando jovem estudante, das palavras de meu professor que se aproveitara de uma historieta folclórica, para explicar à turma como se teriam originado os rudimentos da matemática. Dizia o sábio professor que um pastor reunia pedras para controlar o rebanho de ovelhas. Cada pedra corresponderia a uma cabeça; assim, ao final do dia, ao trazer o rebanho de volta ao curral, em sobrando pedra, ele concluiria que alguma rês teria se extraviado, fora roubada ou comida por animais famintos. A lenda nada tem a ver diretamente com a astronomia, mas retrata uma idéia caótica de que as ciências teriam surgido singelamente das necessidades domésticas e por obra do acaso. Outra história sobre as descobertas da antiguidade ilustra com precisão o conceito propositalmente ingênuo que alguns orgulhosos astrônomos atribuíam às suas narrativas, ainda hoje repetidas, para tentar explicar como a astronomia teria surgido. Com isso, certamente, pretendiam creditar a si próprios os méritos de terem tornado a astronomia uma ciência totalmente racional, infinitamente acima da crendice popular de antanho, que propagava ser a abóbada celeste sustentada por colunas e o firmamento a refletir-se dessa abóbada para a Terra. Diziam, pois, e dizem os estudiosos da astronomia, que os povos da Mesopotâmia, observando o céu, catalogavam estrelas e constelações, tirando dos seus aparentes movimentos todas as relações que mais tarde formariam o seu primitivo conhecimento astronômico. Ora, sabemos que de uma só região não é possível deter-se a exata observação do firmamento. Além disto, há épocas em que a observação é profundamente

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prejudicada pelas más condições atmosféricas. Ademais, a Mesopotâmia, nesse caso, embora oferecesse visão privilegiada do céu em grande parte do ano, ainda assim não permitiria por si só que todo o conhecimento estelar compendiado pelos sacerdotes estivesse exclusivamente sobre suas cabeças. Como então explicar, por exemplo, a perfeita noção que detinham do cinturão formado pelas constelações austrais e boreais e do zodíaco com seus signos e divisões, obtida a olho nu? Segundo achados arqueológicos, os sumérios já teriam mapeado essas constelações, e, mais tarde, os gregos, absorvendo esse conhecimento, não só o ampliariam como criariam extensa e genial mitologia, cujas lendas e simbolismos se perpetuariam na memória. Por outro lado, a criação de um verdadeiro tratado mitológico, não contemplaria os gregos com a originalidade dessa rica mitologia, pois os mesmos sumérios formulariam antes dos gregos lendas e simbolismos a fim de também manter vivas suas descobertas astronômicas. Mas voltando às nossas proposições, admitimos que para antigos sacerdotes astrônomos obtivessem noções mais completas de tudo o que exploravam, teriam de viajar para outros locais a fim de exercer melhores observações. E viajariam solitários e independentes, aqueles aficionados da astronomia, normalmente idosos, para lugares mais amplos e distantes ou a topos montanhosos, com o único e gratificante fito da pesquisa, sendo obrigados a atravessar regiões inóspitas onde tribos selvagens atacavam viajantes e caravanas? E quantos mil quilômetros necessitariam percorrer até atingir os lugares especiais? Que equipamentos conseguiriam levar a fim de suportar sol abrasante, tempestades de areia, climas gélidos ou o constante perigo de animais selvagens e famintos? E os víveres quanto durariam? Uma série de outras desvantagens e dificuldades poderiam aqui ser elencadas para demonstrar que aventuras dessa natureza seriam desencorajantes e perigosas, ou mesmo impossíveis realizar. Desse modo, apesar dos zigutes, que eram torres de observações estelares, tornava-se profundamente incompatível a realização de estudos astronômicos sob a ótica apresentada pelos formuladores de lendas, o que vem reforçar aos nossos olhos o propósito consciente de se desmerecer a sabedoria bem mais recuada revelada pelos estudiosos da antiguidade. Convenhamos: desejar passar idéias simplórias para inexperientes estudantes embutidas nas fábulas descritas é tentar formar falsos e prematuros conceitos na mente juvenil a fim de que outro julgamento, que não o de uma autoridade científica inquestionável, seja a única a merecer créditos nas revelações da matemática e descobertas da astronomia. A astronomia, evidentemente, possui história até certo ponto fascinante. As primeiras notícias que nos chegaram acerca de seus iniciadores, remontam ao século VII a.C. com Thales de Mileto, grego fundador da escola jônica, Entretanto, são muito mais antigos os registros dos povos sumérios instalados na Mesopotâmia que ultrapassam em muito os 8000 anos admitidos por historiadores quando fabricavam tabuinhas de argila com escrita cuneiforme, indicando efemérides dos astros. Têm-se notícias de que esses povos teriam sido os primeiros a confeccionar um calendário com 365 dias anuais. Da mesma forma têm-se notícias de que os chineses, na época de Fou-hi, há aproximadamente 5000 anos, já sabiam contar o tempo com suas principais

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subdivisões de horas, dias, meses e anos, bem como previam eclipses, além de ter elaborado um complicado zodíaco e manufaturado horóscopos. É realmente um mistério para os homens de bom senso entender como povos de hábitos tão rudimentares puderam dar extraordinários saltos nas observações astronômicas, transplantando-as para inteligentes lendas ou adaptando-as às suas vidas diárias. Observando-se a cronologia dos povos da antiguidade, oficializada pela história universal, nos deparamos com inúmeras hipóteses acerca de suas atividades e modus vivendi do que unicamente com provas incontestes. Isto porque é somente possível recompor o mosaico histórico humano a partir de provas documentais concretas laboriosamente buscadas por investigadores ou heróicos arqueólogos. O trabalho, assaz interessante, encerra artística e talentosa meticulosidade para realinhar fatos ligados às provas encontradas, mas logicamente não pode garantir, de maneira absoluta e inquestionável, a virtual remontagem da história em perfeita escala cronológica, sem hiatos ou interregnos. Ademais, as provas arqueológicas encontradas em muitas escavações, serviram, em diversos casos, somente para despertar fecunda e entusiasta imaginação nos estudiosos e pesquisadores. Imensos e verdadeiros sítios arqueológicos, que poderiam melhor elucidar, encontram-se sob extensas camadas de pedra, terra ou areia, ou afundados sob escombros de prédios soterrados, escondendo eras de sofrimento humano, sem permitir que conheçamos sequer vestígios de suas existências. Insuspeitadas civilizações podem perfeitamente estar sob as profundezas dos mares e oceanos, ou debaixo de camadas de macios terrenos de florestas americanas, asiáticas ou australianas, acobertadas por troncos e raízes. Fatores naturais como inundações, terremotos, incêndios, erupções vulcânicas, maremotos ou mesmo glaciações as teriam feito desaparecer, sepultando-lhes definitivamente a memória a profundidades inalcançáveis pelos atuais métodos de pesquisas. Provas até agora rescaldadas não demonstram incontestavelmente que a saga dos povos da antiguidade e dos períodos pré-históricos e antediluvianos, tenha ocorrido exatamente como é apresentada. Sabemos muito pouco dos avoengos. Precisaríamos utilizar outros métodos para obter novas informações e melhor compor elementos reveladores de nossas distantes e verdadeiras origens. Porém, que métodos poderiam ser esses para revolucionar a história? Para as ciências palavras semeadas não bastam, exceto as hipóteses aventadas a partir de provas materiais. Não obstante, nestes casos e curiosamente, as hipóteses e o pensamento cético irredutível fazem também a história recair em fantasias ou romantismos, e nem sempre os resultados da investigativa dos pesquisadores e empreendedores se mostram justos ou cautelosos nas suas conclusões e nem honestos, mas suficientemente férteis na direção cética. A cronologia histórica se baseia nas provas antropológicas dos mais antigos fósseis de que temos notícias, datados de 14.000.000 de anos, descobertos em 1932 na Índia, pertencentes à espécie Ramapithecus. Essa espécie primata teria vivido durante o período Mioceno Superior. Em 1961, na África, descobriu-se o Kenyapithecus Wickeri do mesmo período. O Homo Sapiens - o homem de Cromagnon – segundo se afirmava, somente deixaria registros de sua passagem há 35000 anos, sendo supostamente o mais próximo representante de uma espécie primitiva que teria gerado o homem civilizado. Mas segundo afirmam outros e dissidentes paleontólogos e antropólogos, o homem moderno não teria vindo do Homem de Cro-

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magnon, e sim do Homem da Galiléia. Em 1987, nas cavernas de Qafzeh e de Kebara, no Monte Carmelo, foram encontrados fósseis que revelaram tanto o Neanderthalensis como seu evoluído Cro-magnon, terem vivido há 70, 80, 100 ou mais mil anos e o Homem de Cro-magnon, que se supunha mais refinado do que o Neanderthalensis, teria vivido antes do próprio Neanderthalensis! Ou ambos teriam vivido juntos, logo a linha evolucionária do homem moderno seria outra, nada a ver com o Neadentharlensis ou com o Cro-magnon. As novas e estonteantes descobertas viriam ser corroboradas pelos achados posteriores no Sítio da Galiléia. E tem mais, o neuroanatomista Terrence Deacon concluiria que o Neanderthalensis não tinha nada de idiota, pois seu cérebro era maior do que o nosso! Resumo da ópera: considerando os milhões de anos passados, pouco existe de concreto e nada definitivo a respeito das origens, vida e hábitos daqueles primitivos seres. E muito menos se sabe do suposto ancestral comum originante de todas as espécies, incluindo nós, seres humanos! E os hiatos são tão verdadeiros como são verdadeiras as farsas montadas pelos homens, que se passaram por honestos pesquisadores quando afirmaram ter desenterrado fósseis que fariam parte dos compêndios de biologia e livros escolares sob as mais cândidas das verdades antropológicas. Foi assim que Eugene Dubois montara o Pithecantropus Erectus – O Homem de Java – utilizando-se de uma calota macacóide, um fêmur humano, dois dentes de macacos, complementando bizarramente o resto com massa. “O próprio Eugene Dubois concluiria numa fase posterior de sua vida que a calota craniana de seu amado Pithecanthropus, pertencia a um grande Gibão, um símeo que os evolucionistas não consideram esteja tão intimamente relacionado aos humanos.” (A História Secreta da Raça Humana – Michael A. Cremo e Richard I. Thompson”. O Homem de Pitdown teria uma parceria perfeita entre o pesquisador Charles Dawson e um padre jesuíta Pierre Teilhard de Chardin, que juntos construiriam o Homem de Pitdown, sendo facilmente comprovado que tanto o crânio quanto a mandíbula eram pertencentes a donos diferentes, pois o crânio era humano e a mandíbula de um macaco. O padre Teilhard de Chardin participaria com outros parceiros de nova e ambiciosa aventura, dessa vez na montagem do Homem de Pequim, ou o Sinanthropus Pekinensis, pois o material coletado para construir o Homem de Pequim também se comprovaria com acerto pertencer a alguma espécie símea e jamais a um ancestral humano. Da mesma forma o Australophitecus, o Ramapithecus e o recente achado batizado de Lucy, não resistiram a um exame mais acurado de especialistas, sendo comprovadamente enxertos com ossos humanos e de macacos, com crânios não desenvolvidos o suficiente para comparar-se com uma remota possibilidade hominídea. Nada, portanto, que os identificassem ancestrais do homem moderno. O que dizer então aos nossos filhos que aprenderam essas inverdades em livros escolares da oficialidade acadêmica?

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Ao final da II grande guerra, experiências com foguetes programados e dirigidos para a destruição foram intensificadas para alcançar novos e superiores patamares. Com efeito, cientistas de diversas nacionalidades aprisionados pelas forças aliadas foram conduzidos a laboratórios diferentes, mas se mantiveram leais quanto as suas futuras aspirações, com base no conhecimento acumulado através das experiências tecnológicas desenvolvidas para os nazistas. Fossem eles compulsados a realizar o que realizaram, ainda assim não estariam isentos de possíveis julgamentos por crimes contra a humanidade, pois alguns cientistas obrigados a trabalhar para os nazis, prefeririam a morte a colaborar espontaneamente no desenvolvimento de armas tão perigosamente letais de extermínio em massa. Assim achávamos. Mas não foi o que se viu. Ao que consta, ao invés de enfrentar tribunais pós-guerra, verdadeiro exército de cientistas foi imediatamente reaproveitado pelas duas maiores potências mundiais a fim de desenvolver projetos de uma nova tecnologia. O mundo então testemunharia com enorme espanto grandes transformações nos aparatos tecnológicas que se processariam a partir da metade do século XX. As bombas atômicas lançadas por americanos contra pacíficos cidadãos japoneses, em 1945, passaram a ser mais freqüentemente testadas não somente por americanos, mas também pelos soviéticos que, mediante espionagem, conseguiriam obter sua fórmula de fabricação. Paralelamente ao surgimento das terríveis, cruéis e desumanas bombas atômicas, começaria uma corrida armamentista com a fabricação em série de novas armas e equipamentos de guerra, que jamais terminaria. As duas superpotências opunham-se política e ideologicamente, ameaçando-se mutuamente, deixando o mundo com a respiração suspensa ante a perspectiva do desencadeamento de uma guerra nuclear. Era a época da guerra fria. Fosse um jogo de cena para o mundo e por detrás das cortinas se cumprimentassem, isso era somente suspeitado por alguns dos mais sagazes críticos, entretanto para milhões a possibilidade de uma real guerra nuclear era apavorante. A criação da bomba atômica representava a inteira subversão dos valores humanos, nítida e hipocritamente manipulados num plano inconciliável com as aspirações dos humanistas modernos. Concomitantemente ao aperfeiçoamento das bombas atômicas, à desmedida e tresloucada proliferação de novas armas e equipamentos de guerra, e às experiências com armas químicas e mísseis de longo alcance, houve também uma superpotencialização tecnológica alcançada pelo desenvolvimento da era dos foguetes espaciais. Sondas planetárias, satélites espiões, naves exploradoras, eram distinguidos por uma altíssima e refinada tecnologia sem precedentes, estabelecendo entre Estados Unidos e União Soviética outra disputa na superfície e fora da Terra, chamada popularmente de corrida espacial. Que dizer das naves tripuladas, dos engates com as estações orbitais, das trocas de tripulações e dos reparos externos em pleno vôo? E da aterrissagem do homem na Lua, (hoje se levantam dúvidas quanto a esse fato, achando que tudo não passou de montagem em estúdio), das promessas de vir pisar Marte e Júpiter ou de aproximar-se cada vez mais do Sol? Diante de tantas e estonteantes novidades, chegávamos a

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ironizar os pobres e heróicos Ícaro e Dédalo, pois se a lenda tivesse esperado pela tecnologia de nossa era, Ícaro não teria encontrado a prematura morte! A alta tecnologia colocada em prática com sucessos e insucessos, viria trazer para a humanidade uma versão virtual de vida, onde os recursos da eletrônica ostentavam velocidade e eficiência só comparáveis ao crescente incremento das naves tripuladas, mas expunham o homem a um novo somatório de obstinados hábitos e escravidão. O homem do século XX tornava-se mecânico, atraído e fascinado por todos os tipos de equipamentos e veículos sofisticados, cujas opções programáveis eram tantas que se tornava desnecessário utilizá-las a todas para as reais necessidades. A ânsia do consumo e o espanto às invenções causariam mudanças profundas na mentalidade dos povos e na economia das nações. Não pretendemos destacar aspectos positivos e negativos deste processo mundialmente articulado, embora seja inegável estarmos atualmente engajados na eletrônica quer queiramos ou não. Mas é notório que os tradicionais métodos educativos - familiares e escolares - passaram por radicais mudanças nas culturas de quase todos os povos. A rapidez obtida com a utilização da informática, o uso cada vez mais freqüente de celulares, os aparelhos de vídeo com incríveis opções, as câmeras sensibilíssimas de captação de imagens; as novas versões de veículos terrestres, aquáticos ou aéreos, a reformulação do aparelhamento industrial e das prestadoras de serviços, as utilidades domésticas, enfim, toda uma nova ordem de produção e consumo viria colocar o homem cada vez mais atrelado aos chips e placas eletrônicos. A televisão e o computador aceleram a globalização, e cremos que no pólo positivo isto seja bom, embora no pólo negativo se prove profundamente assustador. Colocamo-nos agora diante de alguns problemas que pretenderam ser somente modernas soluções, pois com a rapidez com que os importamos e suas mensagens inovadoras, não tivemos tempo para desenvolver uma estratégia bem montada e absorvê-los. E como não possuímos ainda uma cultura específica para essas coisas, faz-nos tremenda falta neste momento a sabedoria dos antigos! Parte desse processo viria também consagrar um tipo relativamente novo de ciência chamada Astronáutica, que nada tem a ver com a astronomia tradicional, mas que trouxe imensas e surpreendentes contribuições aos compêndios dos pesquisadores do universo e Via Láctea. Todos os estudiosos da astronomia ficaram estarrecidos com o poder de alcance do extraordinário telescópio espacial Hubble, lançado na órbita da Terra, capaz de obter inacreditáveis imagens sem distorções muito além dos limites do até então inescrutável. Com isto, novos horizontes se abriram, e afirmações antes não refutáveis foram corrigidas ou reconsideradas devido às novíssimas provas obtidas pelo Hubble. Ao mesmo tempo, laboratórios de pesquisas foram também reequipados com novos e poderosíssimos telescópios que muito auxiliaram para recentes descobertas.

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CAPÍTULO II PORTAIS DO TEMPO

Para muitos, é claro e lógico que o enigma da existência humana não começou exatamente com Adão e Eva conforme relatado na Bíblia. A Bíblia é de difícil compreensão. Milhares de páginas já foram escritas por pensadores de diversos povos com o intuito de trazer à discussão uma possível realidade física proposta no Velho Testamento, como obra acabada. É por demais prosaica para o homem intelectual do século XXI a revelação do enigma da vida na face da Terra, num livro que trata unicamente da saga de um só povo. Não há a possibilidade, com as ferramentas de que dispõem nossas ciências acadêmicas, de uma mensuração cronológica que pudesse registrar com provas o período da existência planetária onde Adão e Eva tenham sido criados. Da manifestação do Pensamento de Deus criando os céus, a Terra, as trevas, o firmamento, as águas e tudo mais que veio a existência, teriam se passado sete dias. Depois viria a formação do homem, depois a formação da mulher. Em que época tudo isto teria ocorrido? Estes atos da Criação Divina abrangeriam a Via Láctea ou todo o Cosmos onde existem trilhões de sistemas solares? Ou se restringiriam tão somente ao nosso sistema solar? Através da visão do Primeiro Livro de Moisés, chamado Gênesis, é impossível definir-se qualquer cronologia conducente a uma conclusão plausível. E a questão da criação da humanidade por um único e escolhido povo seria infantilmente mantida por séculos pela ignorância leiga dos religiosos antojados pela Igreja. Entendemos, não obstante, que os véus lançados sobre as narrativas do Velho Testamento, encerram, em muitas instâncias, o propósito de criar uma aura de mistério e respeito. Entender a história da criação alocada num simples conto onde a magia de um Pai extraordinariamente onipotente, antropomorfizado e profundamente preocupado com o bem, a natureza e o homem, seria, a primeira vista, de fácil assimilação às mentes primárias de almas impressionáveis, porém às outras mentes não. Mais tarde, o povo judeu, por sua própria cultura, admitiria a dificuldade de definitivamente descerrar os véus da história da criação. É provável que o Velho Testamento ao ser escrito, rescrito, compilado e recompilado (imaginamos toda uma cuidadosa estruturação para que fosse coligido), tivesse também a intenção de impor o respeito e temor a Deus, aliado ao fato de que auxiliasse a novamente despertar uma auto-estima, e até certo ponto o orgulho a um povo que por séculos fosse mantido cativo no Egito. Ou seja, o Deus IHVH dos judeus, por intermédio de seu libertador Moisés, os relembraria de que eram um povo eleito, descendentes de Abraão, e filhos de Jacob, ao qual fora prometido um futuro glorioso sobre a Terra.

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O Pentateuco, entretanto, não dá provas de ter sido escrito por Moisés. E para livres pensadores permanece irrespondível a questão: quem de fato o teria escrito? Para israelitas, principalmente ortodoxos, foi sem dúvida Moisés quem o escreveu, ou pelo menos o recebeu, mas essa afirmativa realmente carece de provas concretas, visto muitas situações protagonizadas pelo salvador dos judeus, tanto no Egito como no êxodo, serem fenomênicas e aparentemente inverossímeis. Os fenômenos físicos, por oportuno, provocados pelos poderes divinos atribuídos a Moisés, também foram, alguns deles, identicamente atribuídos a Baco, no próprio Egito, antes do aparecimento do salvador hebreu, conta-nos a antiga tradição gnóstica. Outras questões acerca da existência dos heróis bíblicos vêm à tona com freqüência. Apesar de todos os recursos das ciências modernas e proposições de pesquisadores e historiadores eruditos, nada mudou. Tudo permanece no campo das conjeturas trazendo infindáveis discussões como antes. Muitas provas escritas em que se baseiam os historiadores são testemunhadas por manuscritos considerados, muitas vezes, apócrifos, e cujas datas normalmente divergem. Sabe-se que os judeus comemoraram em 03 de outubro de 2006 de nosso calendário gregoriano o ano 5766 (data completa e cabalisticamente significativa), para eles, da criação do mundo. Segundo a história universal, os sumérios, povo caucasiano de pele escura cuja descendência era atribuída dos dravidianos da Índia, provindos da Ásia Central, ao chegarem ao vale da Mesopotâmia já ali encontraram tribos semitas. Instalaram-se inicialmente às margens do Eufrates expandindo sua civilização e absorvendo todos os outros grupamentos, impondo-lhes sua cultura mais adiantada. Mais tarde, os cananeus ocupariam a Terra Sagrada onde, supõe a história, iniciou-se propriamente a civilização do povo judeu. Canaã, dos cananeus, estaria situada na região da Palestina e mais tarde seria o ponto de destino dos israelitas provindos do Egito, após marcharem 40 anos pelo deserto. Segundo o Gênesis de Moisés, Deus criou o homem e a mulher e os colocou no Éden ou Jardim do Paraíso. Do Éden saia um rio, chamado Pisom, que rodeava a terra de Havila. Outro rio, no mesmo Éden, chamado Giom, circundava a terra de Cuxe. Um terceiro rio era o Tigre e um quarto o Eufrates. O que se conclui é que os sumérios ao chegarem da Ásia Central há mais de 8000 anos, teriam se instalado na Mesopotâmia. Já os cananeus, tribos árabes semitas, provavelmente vindos também da Ásia fundariam Canaã na Palestina e não na Mesopotâmia, onde pretensamente ficaria o Jardim do Éden. Muitos religiosos cristãos desejariam que a história universal pudesse ter duas metades, a exemplo de um globo ou esfera, onde um dos hemisférios registrasse a lenta e gradativa evolução da raça humana desde os tempos imemoriais, e o outro, o superior, revelasse a evolução da raça a partir da chegada de Cristo. Hoje se fala da interferência de seres extraterrestres na evolução da raça humana, a conduzindo a caminhos outros que não os alcançados unicamente pela ambição dos conquistadores e visão dos reformadores de sociedades. Uma destas propostas seria a presença de Adão e Eva na Terra, produto de um Deus Planetário extraterrestre, em cujas mãos estaria aprimorar o genes das raças. Daí, o surgimento de uma nova raça. Mas há quantos mil anos isto teria acontecido?

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O academismo das ciências teoriza que a vida se iniciou há milhões de anos, passando por fases distintas de um processo seletivo natural, sem a manipulação de uma Inteligência Transcendental. Ou seja, para as ciências a vida é inteligente porque é simplesmente a vida, e os elementos consubstanciadores da matéria: o ar, a terra, o fogo e a água, surgiriam naturalmente porque são simplesmente elementos. O processo terrenal espontâneo começaria a produzir vida evolutiva a partir da água marinha e as formas protoplasmáticas unicelulares ou as protéicas, conseguiriam dividir-se por meiose ou cissiparidade. Mais tarde, por outro qualquer processo em que talvez existissem polaridades opostas, se atrairiam formando elementos pluricelulares heterogêneos. Ou a formação de um sub-reino onde os protozoários dariam origem aos metazoários. Daí, por mutações e evolução espontânea, uma determinada linha evolutiva chegaria a algas, a peixes comuns, e milhões de anos depois aportaria a terra em formas de vida anfíbias. Depois disto, passando por diversos outros ciclos, esses produtos marinhos chegariam a animais, alcançariam o estágio de primatas, e finalmente se tornariam homens. Certamente toda a multiplicidade da fauna e flora teria da mesma maneira surgido do mar se diversificando em muitas espécies. Quem acreditar nesta incrível e mirabolante epigênese não conseguirá evidentemente identificar um Criador. Para que a vida amorfa chegasse à morfogênica, tudo teria se iniciado na Terra há 4.5 bilhões de anos, quando da formação do carbono e da matéria orgânica. Este é o período Pré-Cambriano calculado pelas ciências. Mas cabe aqui uma pergunta: se este período se destaca principalmente pela presença de elementos gasosos mutantes como, por exemplo, o hidrogênio transformando-se em hélio até formar o carbono, de onde os elementos teriam se originado? Para isto comentarmos, cremos necessitar entender de teorias cosmogônicasholísticas, pois é importante ressaltar que as ciências não aceitam e nem adaptam suas teses a nenhuma teogonia. Claro que o planeta Terra nessa cronologia científica já estaria em formação. Sua matriz ainda seria gasosa e provavelmente superaquecida. Tanto o universo como um todo e a Terra em sendo um ponto insignificante para o todo, surgiriam de imensa explosão chamada pelos astrônomos de o big-bang. As ciências admitem não saber o que teria originado essa explosão há 15 bilhões de anos, mas admitem que a partir do big-bang o universo se expandiria. Se estivermos entendendo o que as ciências afirmam, extrapola-se o paradoxo de uma inicial inexistência. Da inexistência aconteceria a explosão; a matéria se autocriando, se auto-expandindo e imediatamente concebendo naturalmente todas as conhecidas leis físicas, matemáticas, quânticas e etc., afirmações estas comprovadamente sustentadas pelos cientistas, e muitíssimo mais tarde, - inferimos ainda, - a matéria criaria o cérebro humano, que finalmente descobriria que todo o universo é tão somente matéria! O segundo período, denominado Cambriano, é aquele adrede comentado, em que a vida começaria do mar sob forma unicelular há mais ou menos 600 milhões de anos.

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O período seguinte, chamado sirusiano, distinguiria as primeiras formas da flora terrenal há mais ou menos 440 milhões de anos, desenvolveria a flora marítima e possivelmente formações meio híbridas “flora-fauna”.. O quarto período, denominado devoniano, estabeleceria há 400 milhões de anos, o aparecimento dos anfíbios, ou seja, a vida autogenética evoluiria de seu exclusivo habitat marinho para a terra. No quinto período, o carbonífero, há 350 milhões de anos, as espécies maiores e mais sólidas da flora terrenal se diversificariam constituindo-se em grandes árvores, surgindo neste mesmo período os animais invertebrados. Nos 300 milhões de anos seguintes, em diversos outros períodos, os mamíferos, as aves e animais gigantes, a exemplo de dinossauros e répteis voadores, e também os macacos, se desenvolveriam até o período pleistoceno. No pleistoceno, há mais de um milhão de anos, apareceria o homem. O homem surgindo no período pleistoceno, se transformaria unicamente em homo sapiens há mais ou menos 35000 anos (hoje não mais, porém de 100 mil anos para trás), através do homem de Cro-magnon. Nessa última afirmação científica, podemos depreender que a natureza seria extraordinariamente lenta na construção dos três reinos não humanos e admiravelmente rápida na constituição do homem intelectual, pois o homem de Cro-magnon, neste particular, se desenvolveria com nítida vantagem sobre seus antecessores macacos e humanóides. Sob essa ótica, reforçamos que a teoria evolucionista, segundo a materialidade científica, precisaria assumir que um fantástico impulso teria se estabelecido na genética humana tão somente a partir dos primeiros espécimes do homo sapiens, não acontecido nos períodos ou ciclos anteriores. E por que unicamente a partir do homo sapiens? * * * Testemunhamos hoje a evolução da tecnologia e do pensamento humano numa escala incrivelmente rápida, comparando-se com as conquistas registradas pela história universal. Neste segmento, alguns homens expoentes dos diversos ramos das ciências, mercê da coragem e desprendimento investigativo, desafiariam decididamente a postura e o despotismo religiosos já a partir do século XV. Ao promoverem na Europa a abertura das descobertas científicas, nos revelariam a existência de um especial e sistemático enfoque, que de tão firmemente conduzido incentivava-os a compensar um tempo sufocante e ociosamente perdido nas dobras caleidoscópicas dos calendários. Esse hiato artificialmente produzido, frustrante e sugador das possibilidades de um progresso mental espontâneo, atrelador e inimigo do arejamento social dos povos religiosos, resultava, principalmente, das perseguições e trevas originárias do arcaico pensamento eclesiástico e de seus atos criminosos contra a humanidade. Fossem aquelas as razões preliminares, o que mais justificaria a ânsia dos homens das ciências em aplicar-se febrilmente às teorias e experimentos práticos em prol de um conhecimento mais amplo da vida, a fim de oferecer melhores condições para a família humana? Fama, fortuna, reconhecimento? Não cremos que essas mesquinhas ambições transitassem em suas mentes como objeto principal matizando

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suas almas com a euforia da aquisição pessoal. Ao contrário, cremos, isto sim, num móvel impessoal e superior a tudo, acima de todas as coisas materiais e perecíveis, estimulando-lhes a visão prática incorporativa de irremovível vontade. Olhando mais detidamente os períodos do avanço mental dos povos da antiguidade, notamos que muitos milênios se passaram durante os quais civilizações formaram núcleos culturais absorvidos uns dos outros. Porém, pelo tempo decorrido, as contribuições humanitárias foram poucas em relação às grandes populações viventes nas principais metrópoles ou cidades cosmopolitas. As mais refinadas transformações e conquistas sociais foram sempre experimentadas pelas classes elitistas e privilegiadas, enquanto a obrigatória subserviência e a escravatura foram os pontos de destaques negativos suportados por outras classes inferiores nas sociedades dominadoras. Da Suméria a China, da China ao Egito ou do Egito a Roma, o poderio militar foi a primeira e principal garantia de conquistas, domínio e imposição cultural aos povos dominados. Entretanto, a história descreve que as mudanças acontecidas no comportamento social dos impérios dominadores, foram trabalhadas em primeiro plano nos seus próprios pensamentos raciais idiossincráticos. Porém, os componentes de suas culturas, não detiveram básica nem obrigatoriamente métodos originais, mas sim, maiormente, adaptações. E nesses casos, as idéias mais bem moldadas não anexaram algo totalmente revolucionário que alavancasse, ex abrupto, transcendentais mudanças na expansão cultural para povos vizinhos. Em suma, durante milênios não haveria tantas novidades no pensamento cultural antigo, e de modo geral os povos conquistados absorviam porções do conhecimento dos seus conquistadores sem, contudo, participar diretamente das melhores partes sociais e culturais. Contudo, foram por vezes instados a absorver essas culturas adventícias para melhor poder servir aos seus senhores. As mudanças mais notáveis relativas ao pensamento humanitário, artístico ou mesmo científico que a história antiga revela, tiveram início com a civilização grega, em Atenas. Nesse tempo, as artes se desenvolveram influenciando fortemente a sociedade ateniense, descortinando novos e mais amplos horizontes e trazendo uma visão mais sensível da alma humana. A sensibilidade artística marcaria presença nas diferentes atividades gregas como uma ponte interligando todas. Nessa explosão de talento e qualidade artística, os gregos conseguiriam elevar aos mais altos patamares, a filosofia, a poesia, a literatura, a dramaturgia, a oratória, a legislação, a escultura, a engenharia, a arquitetura e naturalmente a genial mitologia ligada à religião. As classes sociais inferiores, no entanto, se manteriam subjugadas pelas castas como acontecido nas organizações das sociedades dos povos anteriores aos gregos, ou contemporâneos deles. O rico veio do pensamento sensível em profícua expansão, somente tomava impulsos com a participação direta e criadora das classes elitistas. O período de influência grega se estenderia do ano 1000 a.C. até aproximadamente 30 a.C., apesar de todas as guerras, invasões de seus territórios e perdas de soberanias. Em seguida viriam as conquistas dos romanos, que tendo vencido aos exércitos gregos, absorveriam a quase totalidade de sua religião e mitologia, estabelecendo também avanços da visão criativa. Os romanos, a par de cuidar notavelmente de seus

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aparatos bélicos, organizariam seus exércitos com os melhores equipamentos e multiplicariam as frotas de navios de guerra e transportes. Com isso, tornariam vastíssimo o seu império pelo mundo antigo, acumulando extraordinária riqueza provinda dos povos conquistados. Os romanos conseguiriam também acender extraordinárias luzes a iluminar os valores humanos, quer de aplicação prática e objetiva, quer do pensamento intelectual subjetivo. Durante sua influência, o império romano imprimiu grande progresso à engenharia, edificando prédios públicos, habitações, templos, praças, pontes, estádios e monumentos com arquitetura refinada e marcante. Arcos, cúpulas, pilares e abóbadas traziam a imperial personificação da qualidade romana. Ao mesmo tempo, a engenharia realizava pavimentações de longuíssimas vias conectando metrópoles de seus territórios. A literatura, a oratória e o direito formaram grandes destaques em sua cultura, sendo que os fundamentos do direito romano são ainda hoje adotados em muitas sociedades democráticas. Entretanto, como seus antecessores gregos, as diversas castas da sociedade romana foram sempre as principais beneficiárias das leis e conquistas sociais. Esses privilégios não os tinham os escravos, serviçais, soldados, artesãos, pequenos comerciantes, pecuaristas, agricultores, e outras classes populares de menor expressão. O ciclo de dominação romana se estenderia de 750 a.C. a 476 d.C. * * * O tempo edifica portais para todas as conquistas. O tempo é uma abstração, ensina-nos a física newtoniana. Mas Einstein estudou as relações do tempo encontrando a fórmula ou equação da teoria da relatividade E=mc2, mundialmente conhecida, que coloca espaço, matéria e velocidade em relação direta com os fatores objetivos do tempo. A contagem subjetiva do tempo reside também em nossos corpos temporais, na vida de bilhões de células, no nascer, crescer, maturar e envelhecer da vida orgânica. A vida é imensurável, no entanto a possuímos aprisionada de maneira mágica, e a vemos exteriormente nas diferentes formas que compõem os reinos da natureza. No entanto, não podemos deter o tempo, senão unicamente registrá-lo e administrá-lo. Nossas referências cronológicas externas estão adstritas ao sol, à lua, às estrelas e ao girar do planeta Terra. A relatividade de nossos pensamentos, entretanto, nos impulsiona a produzir mudanças cíclicas individuais e coletivas que revolucionam os estereótipos das sociedades. A história universal acusa no seu decurso alguns destes momentos que não foram detectados por meras coincidências, senão trabalhados por forças muito acima da resistência humana. Esses períodos normalmente destacados pelo surgimento de líderes desprendidos, externam e magnetizam o pensamento com novas idéias e brilhante originalidade, levando, às vezes, séculos ou milênios até serem perfeitamente entendidas e assimiladas. E os ungidos e abençoados de todos os tempos, forjados com a têmpera de um especial quilate, sendo livres pensadores, filósofos arrebatados, ou portadores de visão muito acima de suas épocas, não foram nunca produtos de escolas ou academias. Mas ao contrário, sem, contudo, desprezá-las, fizeram-se por si próprios, por pessoais esforços e dedicadas disciplinas. Norteavam-se, simplesmente, por suas intuições e visões mentais, e colocaram seus corações e privilegiados cérebros a favor da humanidade, sem jamais desistir de seus ideais quaisquer que fossem as adversidades.

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CAPÍTULO III CRONOLOGIAS DE PERSONAGENS BÍBLICOS As religiões e crenças ocuparam sempre papéis importantes e principais nas culturas das grandes e médias civilizações. Em muitos casos, as divindades mudavam de roupagem e nomes, mas os cultos eram manifestações mais ou menos idênticas aos dos povos conquistados ou conquistadores. O Egito conseguiu aprofundar mais intensamente suas crenças, não somente pelo tempo em que permaneceu como sólido império, mas também porque essa decorrência se deveu à sua organização e administração sócio-econômica. E, principalmente, pela grandiosa cultura esotéricoreligiosa que concebeu e praticou. A despeito de sofrer diversas invasões e conquistas, a terra dos faraós se manteria em destaque por muitos milênios. Na Europa, o quadro religioso desenhado pelas várias práticas dos povos, tomaria novas e lentas feições durante a ascensão, apogeu e gradual decadência do império romano. A religião cristã se estruturaria de maneira diferente das antigas religiões nascidas no oriente, impondo um pensamento coordenado com base nos escritos monoteístas da tradição judaica. Montaria uma bíblia para representar o sagrado cânon de suas revelações, e com o tempo adotaria o ritual da missa e a prática de sacramentos - herdados das antigas tradições gnósticas orientais - e conceituaria seus dogmas. Elegeria através dos séculos, para autoridade máxima temporal, um primaz que se assentaria num trono. Enviaria missionários em expedições por todo o mundo a fim de fundar núcleos, que mais tarde se chamariam congregações, e lhes determinaria pregar sob um rígido corpo litúrgico doutrinário. Embora firmemente sustentado por homens e mulheres de boa vontade, em cujos corações permaneceriam imaculadas as principais mensagens de um iluminado, o avanço do cristianismo ao seu início seria comedido. Mas a estrela que indicara o caminho aos magos viria novamente reverberar para os seguidores desse recente movimento. O cristianismo primitivo então escreveria indelevelmente as mais belas páginas de uma história iniciada com as pregações de um homem simples e muito amado, que nada impusera, mas que um dia dissera que cada um buscasse em si mesmo a alma de uma criança e a inabalável fé no Pai Eterno. E de posse dessas singelas verdades, os primeiros cristãos veriam as portas do céu se abrir e lhes ser oferecidas todas as respostas de que necessitassem para socorrer o mundo com palavras e compaixão. Já o islamismo surgiria no oriente no século VII desta mesma era. Alojaria alguns ensinamentos cristãos em suas doutrinas, imprimindo aos povos árabes uma inegável força religiosa que universalizaria um pensamento em torno do profeta Maomé, em Alá - o Deus único - e nas sagradas escrituras do Alcorão reveladas a Maomé. As revelações védicas, a religião brahmânica e o induismo, de modo geral, nada tinham em comum com o pensamento europeu tanto ocidental como oriental, embora vestígios de suas tradições se fizessem presentes nas culturas greco-romanas. Os europeus haviam resistido ao budismo que basicamente estancara às margens do

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Mediterrâneo, transformando-se em cultos gnósticos entre alguns povos do oriente médio e na Grécia. Pouco antes da decadência daquela antiga e brilhante civilização helênica, o gnosticismo lá mesmo tomaria feições teóricas esotéricas e filosóficas. Por outro lado, os essênios - ramo étnico originário de antigos semitas - herdariam da nata do budismo as práticas dos segredos ritualísticos e os profundos conhecimentos medicinais da flora que os iniciadores do gnosticismo lhes passariam, e se constituiriam numa seita especialmente pura onde os cristãos primitivos beberiam de suas graças. O zoroastrismo tinha se transformado em longínquas lembranças após a conquista do império Persa por Alexandre em 330 a.C., que mandara queimar os originais do Zend-Vesta - a memória doutrinária da religião do fogo. Entretanto, a religião não morreria, e mais tarde com a queda do império macedônio passaria por profundas transformações em grupamentos étnicos persas. Séculos depois chegaria à Índia sob a denominação de Parsis, tornando-se até hoje casta religiosa importante embora somente contando aproximadamente com duas centenas de milhares de seguidores. As religiões raciais ou mundiais e primitivas crenças, normalmente apresentam personagens e heróis com genealogias extremamente simples ou excessivamente complicadas, onde fatos possíveis se misturam ao impossível ou a realidade com a irrealidade. Vemos hoje uma grande crise abertamente discutida por historiadores, arqueólogos, paleontólogos, exegetas e eruditos de diferentes segmentos, acerca da real existência dos personagens bíblicos e consequentemente sobre a autenticidade da Bíblia. Da década de 70 para cá, pesquisas arqueológicas vêm municiando os investigadores com elementos objetivos que obrigatoriamente determinaram uma nova visão acerca dos fatos e narrações bíblicos. O império israelita fundado por Davi e continuado por Salomão, é fortemente questionado devido à ausência de um suporte cabal da linha descritiva histórica. Os questionamentos não param por aí, mas remetem ao início de tudo, conduzindo procedentes dúvidas à autoria do primeiro livro do Pentateuco, ao próprio Pentateuco e ao Velho Testamento como um todo. A falta de provas sobre a vida do personagem e herói Moisés no Egito, onde outros fatos contemporâneos puderam ser atestados pelos achados arqueológicos e pergaminhos traduzidos, menos sobre Moisés, e a igual certeza da inexistência dos patriarcas Noé, Abraão e Jacob, já formam consenso numa frente de pesquisadores dissidentes. Autoridades mundiais do campo investigativo teriam hipoteticamente discutido a Bíblia como entidade confiável, sob o prisma histórico e o religioso, concluindo que o livro mais famoso do mundo fora: codificador de textos ricos sobre o antigo comportamento social judaico; guia geográfico pictórico dos territórios semíticos e judeus; norteador de estudos do antigo oriente médio; fusionista sociológico dos povos estrangeiros intrarelacionados com os judeus; depositário da memória de incontáveis manobras de guerra, de ocupações imigratórias aos territórios palestinos e mesopotamios ou de ondas migratórias de ramos “etno-raciais” semíticos em situações sócio-econômicas diversas; exaltador de escolhida “linhagem-tronco” patriarcal repovoadora do mundo após o anunciado dilúvio; relator de um processo doutrinário instado por leis divinas outorgadas a Moisés, mais tarde confirmadas por profetas e homens iluminados de todos os tempos; testemunho de punições impostas por Deus aos homens não convertidos, ou que mesmo convertidos O desobedeceram, e às cidades pecadoras impenitentes adoradoras dos politeísmos; retransmissor de uma retórica propositalmente matizada para bênçãos e louvações ao Altíssimo, estabelecida, via de regra, nos textos dos livros e crônicas e, finalmente, arauto e

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exortador de uma nova e mais recente visão espiritual universalista, minuciosa e subliminarmente formatada etapa após etapa desde Adão e Eva, concretizada milênios após pelas supernais mensagens e milagres realizados por Cristo. Entretanto, essa visão da Bíblia colocada por nós não mais seria completamente aceita e nem confirmada pelos estudiosos de sua sociologia histórico-religiosa, pois conforme ressaltado anteriormente, e mesmo sem ateísmos, se levantam enormes controvérsias quanto à veracidade e autenticidade de seus escritos. Sabe-se que a igreja católica sempre procurou despistar nas suas exegeses uma interpretação racional do Gênesis. Nem jamais admitiu questionamentos acerca dos trinta e nove principais livros que compõem o sagrado cânon bíblico. Foi preciso que protestos iniciados por Marinho Lutero e Calvino, exigindo reformas, forçassem a igreja católica reagir e mudar de posição. Martinho Lutero criticara abertamente noventa e cinco teses da igreja e aos abusos do papado, o que lhe custaria à excomunhão pelo papa Leão X e constantes perseguições. Em 1521, refugiando-se em Wartburg em Eisenach, Turingia, Alemanha, esse ex-monge agostiniano iniciaria a tradução da Bíblia para o alemão, sendo o trabalho impresso em setembro de 1522. Para essa tradução, Martinho Lutero, por ser erudito, tomaria textos em hebraico e grego bem como a Vulgata de São Jerônimo traduzida do hebraico para o latim. Daí em diante se desencadearia um efeito cascata que os ansiosos por reformas conduziriam em vários movimentos protestantes, questionando principalmente a interpretação dos textos bíblicos. Em decorrência destes vivos e permanentes protestos começariam a surgir congregações dissidentes na Alemanha, Holanda, França, Suíça, Hungria, Polônia e Inglaterra bem como dissensões entre os próprios protestantes e guerras entre católicos e protestantes. Por outro lado, a rejeição à autoridade de Roma criaria personificações nas interpretações bíblicas e conseqüentes mudanças no comportamento reformista, dentre as quais o casamento de chefes de congregações. Tratemos agora diretamente da cronologia envolvendo alguns personagens bíblicos. Segundo o Velho Testamento, o homem estaria povoando a terra a partir dos descendentes de Adão. A descendência adâmica se iniciaria com Caim, o primogênito de Adão; depois nasceria Abel - assassinado por Caim - vindo mais tarde Sete. A lista dos descendentes de Caim é menor; a de Abel não é mencionada; a de Sete é extensa e destaca Noé na décima geração. De Noé uma nova descendência repovoaria a terra, visto o dilúvio ter afogado todos os povos e seres vivos. Achamos interessante recalcular o tempo de existência do homem sobre a terra a partir da geração de Sete, o terceiro filho de Adão, cuja relação de nomes é mais específica quanto às datas de nascimento e morte de cada personagem. Iniciaremos com Adão, estabelecendo o ano zero anterior a ele, e o ano um a partir do seu nascimento. Temos então o seguinte:

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ANO DO CALENDÁRIO PROGRESSIVO EM QUE MORREU (DE ADÃO AO EGITO) PERSONAGEM

1.ADÃO 2.SETE 3.ENOS 4.CAINÃ 5.MAALELEL 6.JEREDE 7.ENOQUE 8.MATUSALÉM 9.LAMEQUE 10.NOÉ

ANO DO NASCIMENTO

ANOS DE VIDA

01 130 235 325 395 460 622 687 874 1056

930 912 905 910 895 962 365 969 777 950

930 1042 1140 1235 1290 1422 (987) 1656 (1651) 2006

Comentemos agora sobre relações de fatos e datas durante o dilúvio e logo após ele. 1. Diz o Gen. 07.6 “Tinha Noé seiscentos anos de idade, quando as águas do dilúvio inundaram a terra.” Se Noé nasceu em 1056, seria, portanto, 1656 o ano do dilúvio, coincidentemente com o ano da morte de Matusalém. 2. Diz o Gen. 07.11.12 “No ano seiscentos da vida de Noé, aos dezessete dias do segundo mês, nesse dia romperam-se todas as fontes do grande abismo e as comportas dos céus se abriram.” “E houve copiosa chuva sobre a terra durante quarenta dias e quarenta noites.” 3. Diz o Gen. 08.2.3.4.5 “ Fecharam-se as fontes do abismo e também as comportas dos céus e a copiosa chuva dos céus se deteve.” “As águas iam se escoando continuamente de sobre a terra e minguaram ao cabo de cento e cinqüenta dias.” “No dia dezessete do sétimo mês, a arca repousou sobre as montanhas de Ararate.” “E a águas foram minguando até ao décimo mês, em cujo primeiro dia apareceram os cumes dos montes.” Temos aqui o seguinte resumo: a. 40 dias de chuva, de 17/02/1656 (ano bissexto) à 28/03/1656. b. 150 dias de água se escoando, de 28/03/1656 à 25/08/1656. c. 37 dias de águas minguando, de 25/08/1656 à 01/10/1656. 227 dias 4. Diz Gen. 08.6.10.12 “Ao cabo de quarenta dias abriu Noé a janela que fizera na arca.”

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“Esperou ainda outros sete dias e de novo soltou a pomba fora da arca.” (Já a tinha soltado antes e ela retornara no mesmo dia). “Então esperou mais sete dias e soltou a pomba; ela, porém, já não tornou a ele.” Nesta nova contagem temos então: a. 40 dias - até abrir a janela em 10/11/1656. b. 07 dias - até soltar a pomba em 17/11/1656. c. 07 dias - até soltar novamente a pomba em 24/11/1656. 54 dias 5. Diz o Gen. 08.13.14.15.16 “ Sucedeu que, no primeiro dia do primeiro mês do ano seiscentos e um, as águas se secaram de sobre a terra. Então Noé removeu a cobertura da arca, e olhou, e eis que o solo estava enxuto.” “E aos vinte e sete dias do segundo mês, a terra estava seca.” “Então disse Deus a Noé: saia da arca e, contigo, tua mulher, e teus filhos, e as mulheres de teus filhos.” Prosseguindo nos cálculos, temos: a. 38 dias até Noé remover a cobertura da arca, em 01/01/1657. b. 57 dias para Deus ordenar que saíssem da arca, em 27/02/1657. 95 dias Todos os dias da permanência de Noé e os ocupantes a bordo da arca (exceção da pomba que não voltou) foram, portanto: De 17/02/1656 à 17/02/1657 = 365 dias + 1 dia do ano bissexto = 366 dias E até 27/02/1657 foram mais 10 dias, perfazendo o total de 376 dias, ou: Um ano bissexto e dez dias. Há fatos, no entanto, em que não pudemos nos basear devido a encontrarmos aparentes incongruências. Um desses fatos se refere aos três filhos de Noé: Sem, Cão e Jafé que teriam sido gerados quando Noé contava 500 anos de idade. Se os três nasceram no mesmo ano teriam sido trigêmeos, ou Noé teria três esposas ou concubinas. Mas nenhuma referência sobre essas possibilidades foi encontrada por nós nos textos do Gênesis. Outro fato vem do Gen. 07.6., onde é dito que Noé tinha 600 anos de idade quando as águas do dilúvio inundaram a terra. E como o dilúvio tivera início por nossos cálculos em 17/02/1656, em 27/02/1657, data em que saíram da arca, Noé já estaria com 601 anos. Ora, é também dito no Gen 11.10 que Arfaxade, filho de Sem, nasceria dois anos após o dilúvio quando Sem tinha 100 anos. Pelos nossos cálculos, Arfaxade teria nascido em 1656, que seria o ano do dilúvio, e o ano 600 de vida de Noé. E se o ano do dilúvio foi o ano 600 de Noé, 2 anos depois sua idade seria 602; logo Sem já teria 102 anos. Assim, Arfaxade nasceria em 1658 e não em 1656 de nossos cálculos. Muito embora povos antigos já dividissem o dia em vinte e quatro horas, fizessem contagens de semanas, meses e ano de 365 dias, certamente o ano bissexto não seria computado por eles. A diferença de seis horas cumulativas, gerando mais vinte e quatro horas a cada quatro anos, só seria oficialmente ajustada em 1582 pelo Papa Gregório XIII, ficando o calendário oficial a partir daí conhecido por gregoriano em

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homenagem àquele Papa. Assim, há a possibilidade de a diferença de dois anos aqui consignada estar ligada a alguma data pretérita de nossos cálculos onde o ano bissexto não seria computado. Se isto for relevante para conclusões outras, agradeceríamos aos investigadores realizar possíveis correções ou novas interpretações. Finalmente, os personagens bíblicos de quem tratamos, tendo vivido acima dos 100 anos, alguns mais de 200 e muitos tendo ultrapassado 600, 700 ou atingido 969 anos como Matusalém, é algo para nós incrível, mesmo sendo eles homens bíblicos. Continuando com as gerações a partir de Noé, teríamos:

PERSONAGEM

01. SEM 02. ARFAXADE 03. SALÁ 04. EBER 05. PELEGUE 06. REÚ 07. SERUGUE 08. NAOR 09. TERÁ 10. ABRÃO

ANO DO NASCIMENTO

ANOS DE VIDA

1556 1656 1691 1721 1755 1785 1817 1847 1876 1946

ANO DO CALENDÁRIO PROGRESSIVO EM QUE MORREU (DE ADÃO AO EGITO)

600 438 433 464 239 239 230 148 205 175

2156 2094 2124 2185 (1994) (2024) (2047) (1995) (2081) (2121)

Verificamos que mais dez gerações decorreriam até 2185, ano da morte de Eber. Abrão teria morrido 64 anos antes e surgiriam mais três importantes personagens após este patriarca:

PERSONAGEM

11. ISAQUE 12. JACOB 13. JOSÉ

ANO DO NASCIMENTO

2046 2106 2197

ANOS DE VIDA

ANO DO CALENDÁRIO PROGRESSIVO EM QUE MORREU (DE ADÃO AO EGITO)

180 147 110 + Cativeiro do Egito ÊXODO

2226 2253 2307 430 2737

De Abrão a José haveria novas conotações na vida e tradição judaicas. Se contarmos Adão como o primeiro patriarca, Noé seria o segundo, Abrão o terceiro e Jacob o quarto. Jacob geraria doze filhos que constituiriam mais tarde as doze tribos de Israel. José, o décimo primeiro filho de Jacob, protagonizaria interessante história no Egito para onde teria sido vendido como escravo pelos seus irmãos. Jacob, todos os seus demais filhos, e famílias, acabariam viajando para o Egito anos mais tarde, chamados por José que se tornara chanceler do faraó, e lá eles permaneceriam.

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De acordo com nossa cronologia, de Adão até o êxodo teriam se passado 2737 anos. Os historiadores informam que o êxodo teria ocorrido nos anos 1490 a.C., 1440 a.C., 1400 a.C., 1300 a.C., 1290 a.C. 1200 a.C., ou próximo a essas datas. Considerando que José teria vivido no Egito dos 17 aos 110 anos, portanto 93 anos, e teria 30 anos quando interpretou os sonhos do faraó, teriam se passado 13 anos até aquele instante. Os 7 anos de fartura se passaram e entraram nos 7 anos de fome; os irmãos de José teriam chegado ao Egito 2 anos após a fome se ter alastrado. Temos então aqui o seguinte cálculo: a. Da chegada de José ao Egito até ser recebido pelo faraó = b. Primeira etapa das previsões de José se passaram = c. A família de José chega ao Egito quando ainda teriam mais 5 dos 7 anos de fome =

13 anos 07 anos 02 anos ______ 22 anos

Daí teríamos José com 39 anos. Se José morreu com 110 anos, sua família teria permanecido livre no Egito por 71 anos, pois não há referências que de lá tenha saído antes da morte de José. Diz o Ex. 01.8.9.11.14. “Entrementes se levantou novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José.” “Ele disse ao seu povo: Eis que o povo dos filhos de Israel é mais numeroso e mais forte do que nós.” “E puseram sobre eles feitores de obras, para os afligirem com suas cargas. E os israelitas edificaram a Faraó as cidades-celeiros, Pitom e Ramessés.” “E lhes fizeram amargar a vida com dura servidão, em barro e em tijolos, e com todo o trabalho no campo; com todo o serviço em que na tirania os serviam.” Consideremos agora a cronologia tomada oficialmente pela história, apesar de não haver consenso exato sobre datas, e que caminha em sentido inverso a partir do nascimento de Jesus Cristo (para muitos Jesus Cristo teria nascido em 3 d.C.), e optemos por 1300 a.C. (séc.XIV a.C.) o ano do êxodo do Egito liderado por Moisés. Desta forma, temos o seguinte, desde Adão: a. De Adão ao êxodo de Moisés = b. Do êxodo de Moisés à Cristo = c. De Cristo aos nossos dias =

2737 anos 1300 anos 2009 anos 6046 anos, sendo essa, portanto, a resultante histórico-religiosa desde Adão até o século XXI de nossa era. Se os judeus comemoraram em 2009 o 5769 aniversário da criação do mundo, temos uma diferença em nossos cálculos de 277 anos que poderia ser absorvida na idade de Adão, sobrando-lhe ainda 653 anos, pois segundo o Velho Testamento Adão teria vivido 930 anos. Por outro lado, as cifras 6046 e 5769 são, sem a menor dúvida, inexpressivas para conter todo o período da criação do mundo, qualquer que seja a dimensão tencionada, quer seja da Via Láctea onde se encontra o nosso sistema solar, quer do macro-universo onde tudo mais existe, ou simplesmente do planeta.

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Historicamente as divergências são enormes; talvez o pensamento cronológico judeu pudesse ser explicado de outra maneira, uma vez que a arqueologia rastreia a civilização suméria na Mesopotâmia encontrando vestígios de sua existência já na era do Bronze Antigo. Admitindo esses fatos, poderíamos situar aleatoriamente em 8000 a.C. uma faixa de existência da civilização suméria, que também ultrapassaria o cálculo judaico da fundação do mundo. Se a criação do mundo tivesse acontecido há somente 6046 anos, por exemplo, e Adão e Eva existiram de fato conforme a Bíblia relata, por que então não admitir uma época mais remota onde a existência teria se originado? Ou melhor organizar os argumentos da criação do universo e do homem em fatores-grupos separados e distintos, não exatamente consequentes como estão sob cronologia confusa, apertada e conflitante? Se nossos cálculos estiverem aproximados, poderíamos considerar também nos 6046 anos oferecidos pelas histórias bíblicas que os anos bissextos fossem todos levados em conta e computados os seus dias extras. Assim fizemos preliminarmente por mera curiosidade, e atingimos à soma adicional de 4 anos 2 meses e 22 dias. Se computássemos esse adicional teríamos 6050 anos decorridos na história da criação. Já antes mencionáramos possibilidade semelhante ao abordarmos o dilúvio, e não cremos também nesse caso ser necessário este detalhamento por que a data da libertação dos judeus do cativeiro egípcio está longe de atingir um consenso, pois existindo tantas divergências entre historiadores e religiosos, surgiram grandes diferenças numéricas.

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CAPÍTULO IV OS PATRIARCAS QUE A HISTÓRIA NÃO RECONHECE Neste capítulo vamos procurar analisar aspectos históricos dos patriarcas judeus e suas relações sócio-culturais formadoras da inicial infra-estrutura do Velho Testamento. Os aspectos religiosos foram no passado relativamente aceitos sem muitas discussões, muito embora sem provas concretas suficientes, mas com os historiadores dando crédito material aos textos bíblicos quando identificavam cidades ou locais fisicamente conhecidos ou não. Hoje, porém, esta visão mudou e conturbou completamente uma possível coerência no processo histórico, sob cujos desdobramentos os textos bíblicos em diversas ocasiões convergiriam. O que mais causa divergências e cisões entre arqueólogos, sociólogos, historiadores e pesquisadores são as diferentes constatações de que as culturas dos povos se teriam desenvolvido em períodos não coincidentes com aqueles asseverados pelos textos bíblicos. Em alguns casos, se afastam de tal forma dos relatos religiosos que robustecem ainda mais a colocação dos argumentos díspares de quem diverge. Mesmo o Egito não escapa do esquadrinhamento de fatos imprecisos ou inexistentes e que produzem hiatos na sua memória arqueológica, por não existir elos sequenciais de elementos concretos corroborantes com as narrativas bíblicas. De Adão historicamente nada se pode comentar, exceto que o texto bíblico descreve propositalmente o paraíso no lugar onde existiu a antiga Mesopotâmia. O que Adão teria realizado não é cabal nem procedente, mesmo porque quase nada é dito de seus hábitos em comum com Eva no Jardim do Éden. A única trilha a seguir no contexto religioso é aquela deixada por seus descendentes até Noé. Não há, portanto, conteúdo em Adão e Eva como personalidades, sobre as quais se pudessem analisar e inferir racionalmente como a história necessita. De acordo com nossos cálculos, o começo da povoação da terra com Adão e Eva teria acontecido a aproximadamente 6046 anos, cifra esta, reafirmamos, insignificante perante os anais universais e cronologia humana. Aventamos, porém, que o cálculo judaico de 5769 anos, dessa mesma distância de pólos humanos, possa ser explicado pela sabedoria milenar cabalística. A data popularmente fixada do início de seu calendário é a de 07 de outubro de 3760 a.C., e como já nos referimos, apesar da diferença de 277 anos, não muda a espinha dorsal de nossos cálculos, pois alcançaria os 653 anos que Adão ainda viveria até atingir 930 anos de idade. Porém, a cabala caldeu-hebraica mantém tradições herméticas onde se guardam explicações mais profundas não só dos sistemas numéricos relacionados com as forças divinas, como crônicas e livros sagrados de uma sabedoria antiqüíssima. Esse assunto não abordaremos nesta obra. Teria sido a Mesopotâmia realmente o Jardim do Éden? Que a Mesopotâmia foi o berço da civilização dos povos do oriente médio não há dúvidas. Muito embora ramos étnicos semíticos tivessem alargado o círculo de seus grupamentos nômades para

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mais além do Tigre e Eufrates, é inegável a influência por eles recebida dos povos culturalmente adiantados viventes na Mesopotâmia. Citamos anteriormente os sumérios de cuja cultura sócio-religiosa surgira mitologia plena de lendas e simbolismos. Ligavam-se essas lendas, em muitas instâncias, ao aparecimento do homem na Terra, aos deuses cósmicos e terrenos e as suas constantes lutas decorrentes da dualidade bem-mal. Adotaram cultos e crenças politeístas, códigos morais disciplinadores de bens e valores, mas não organizaram propriamente uma religião sobre bases espirituais. Os deuses representavam forças naturais e cósmicas, e os sacerdotes estabeleciam critérios temporais em seus cultos, pois segundo consta os sumérios não se preparavam para a morte com as mesmas noções de paraíso e inferno externadas por outros povos, como, por exemplo, os gregos e egípcios. Mesmo assim, possuíam muitas noções de valores transcendentais ao mundo material, inclusive realizando rituais de magia e oferendas aos deuses com base nas afinidades astrológicas. Em virtude desses fatos, acreditamos ser altamente improvável não conhecerem também, pelo menos superficialmente, a crença da reencarnação e descrições das regiões suprafísicas, onde as almas lá permanecem entre uma e outra interpolação na matéria. Essas crenças, no entanto, já eram profundamente conhecidas das religiões orientais quando tratavam do carma e de seus efeitos retroativos aos atos bons ou maus praticados na Terra. Todavia, o Gênesis bíblico ao prefaciar o Velho Testamento com a criação da natureza terrena e humana em poucas linhas, sob uma cosmogonia bastante resumida, não explicaria o necessário, deixando aos historiadores e pesquisadores modernos uma única saída a fim de tentar entender a razão e o sentido de tal revelação. E como os operadores das ciências materiais são na prática inerentemente agnósticos ou ateus, o concretismo é a única via de suas pesquisas. Mesmo reconhecendo no ser humano uma psique reveladora de sensações, pensamentos e toda a sorte de emoções, não é competência das ciências anelar filosoficamente algo imaterial sobrepondo-se ao material. Nem atribuir um Deus invisível e intangível a quem a psique, anima, ego ou superego instintivamente reverencia, se dobra e oferece segundo sua cultura. Na realidade, permeia-lhes a alma física do anacronismo que procuram exorcizar com esforço racional e tecnológico. E não obstante, um inevitável paradoxo os obriga a seguidamente reconhecer um paradigma invariável, persistente e inexplicavelmente constante com a inclinação humana, que vem revelar sempre na alma dos povos a imorredoura certeza a algo invisível e superior a todas as demais vidas e formas da natureza. Dessa maneira, partindo das crenças de genealogias dêiticas de povos préexistentes aos judeus, a pesquisa procurou analogias e paralelos para entender a cosmogonia bíblica. E não foi difícil encontrar coincidências no Gênesis bíblico com os relatos mitológicos sumérios. Evidenciava-se que os sumérios tinham chegado à Mesopotâmia antes do povo judeu, subjugando com suas milícias e adiantada cultura os semitas ali viventes, conforme já vimos. Alguns registros históricos apontam 6.000 anos de existência da civilização suméria; outros levantam suspeitas e suposições de que esse tempo possa ser maior, puxando a lenda do Jardim do Éden para um período ainda mais recente. Os cananeus, que anteriormente viviam pela região da Mesopotâmia, seriam antes da invasão suméria pequenas e esparsas tribos semitas que não podiam representar uma influente cultura. Mas somente após o êxodo do Egito, e com a civilização suméria

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decaída e fragmentada, que os judeus teriam chegado a Canaã dos cananeus na Palestina com sua força militar e religião monoteísta, lá se instalando. Admite-se que os cananeus, nessa época, já utilizavam o termo hebreu para designar seu ramo étnico, que os judeus somente após a conquista de Canaã absorveriam e adotariam. Portanto, hebreu antes do êxodo, não seria somente epíteto de especial ramo semítico israelita conforme atribuíam a Moisés e ao povo judeu escravo no Egito. Além disso, o hebraico é um idioma muito mais antigo, originário da África e lá existente há mais ou menos 8.000 anos a.C., levado para a Ásia e depois falado tanto por fenícios como por cananeus. Sua forma escrita, mais tarde trabalhada pelos rabinos judeus que lhe introduziriam sinais massoréticos, estabelece similitudes com o aramaico falado por Jesus e alguns povos da antiga Palestina e Mesopotâmia. Desse modo, os sumérios teriam sido muito anteriores aos judeus do Velho Testamento e não poderiam de forma alguma se revestir com um proselitismo judaico, senão o oposto, visto a cultura politeísta suméria, durante milênios, ser a mais forte e assimilada forçosa ou casuisticamente pelos povos espalhados desde a Síria Oriental até a Mesopotâmia. A mitologia suméria é extensa e apresentaremos unicamente trechos de algumas de suas histórias, iniciando pelo conceito que possuíam da existência de duas grandes forças cósmicas chamadas Apsu e Tiamat. Apsu representava o poder positivo e masculino; Tiamat representava o poder negativo e feminino. Quando se uniram criaram Anu, o céu, Enlil, a terra, e Ea, o mar. Ea criara o homem do barro, mas como a terra era Enlil, ele reinava sobre tudo. Havia outros deuses representados pelos planetas (vemos aqui como a astronomia suméria já descobrira outros planetas) que foram criados pelas três forças ou deuses que também criaram o Sol e a Lua. Os homens estavam mergulhados no pecado e Enlil decidiu castigá-los afogandoos com uma grande inundação. Ea, a deusa das águas, foi contra esta drástica punição e procurou Utnapishtem, seu amigo, contando-lhe a decisão de Enlil. Utnapishtem resolveu então construir um grande barco que abrigasse toda a sua família e a salvasse do dilúvio. Outra lenda vem ressaltar o pensamento cultural sumério e diz respeito à busca da imortalidade, fazendo lembrar o Jardim do Éden por seus elementos simbólicos. Gilgamesh, rei sumério, teria governado após o dilúvio. Seria ele mais deus do que humano, tendo 2/3 de origem divina e 1/3 terrena, e por toda a vida andara em busca de aventuras. Seus feitos remetem ao herói grego Heracles e ao bíblico Nimrod, filho de Cuxe da linhagem de Noé. Gilgamesh, após a morte de Enkidu, seu amigo de aventuras, busca pelos frutos da árvore da vida, de apanágio dos deuses, para oferecê-los aos homens a fim de torná-los imortais. Procura Utnapishtem que lhe informa onde estaria a árvore da vida. O pai da humanidade pós-diluviana o alerta, contudo, de que não seria possível dar imortalidade aos homens, pois Ea, ao criá-los, dera-lhes o legado imutável da morte. Mas Gilgamesh, intrépido, suficiente, acostumado a vencer desafios vai à busca da árvore da vida, encontrando-a. Porém, a serpente guardiã ataca-o e o mata. Os sumérios entendiam a separação do céu e da terra, descrevendo também Enlil como o deus do ar, o separador, quando todas as coisas tiveram origem. Interessante,

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da mesma forma, é a lenda do herói Etana, levado aos céus no dorso de enorme águia e que observara a forma esférica do planeta e as águas separadas da terra. Segundo seu relato, a extensão de terra, qual gigantesca montanha plana encurvada para baixo, flutuava sobre as águas de Ea. No capítulo do Gênesis bíblico há a referência ao Deus Criador de todo o universo trabalhando durante seis dias e descansando no sétimo dia. Jehova, IHVH (IEVE), JahEva ou Jah-Hovah, tornou-se o Deus único formador do credo religioso hebreu monoteísta. Esse Deus, destarte, é muitas vezes mencionado como Eloha, IHVH Alhim ou Jeovah Elohim. Segundo os hebreus, Elohim eram deuses conhecidos como cocriadores do universo, da natureza e dos homens. Seriam as próprias forças criadoras, tantas vezes mencionadas no politeísmo sumério e por outros povos da Ásia. Essa relação, ao invés de tergiversar dos textos bíblicos, vem reforçar a antiga idéia da concepção cósmica por deuses criadores que o Deus dos judeus sozinho encarnaria e assumiria com o objetivo de estabelecer uma visão cosmogenética mais simplificada, que terminaria por não acontecer, visto o relato de o Gênesis ser abreviado, confuso e aparentemente sem nexo. Por outro lado, a arqueologia não encontrou ainda meios para definir uma data precisa, ou o mais aproximado possível, de quando definitivamente o dilúvio teria ocorrido, se de fato ocorreu conforme diz o Velho Testamento. Cientistas são categóricos em afirmar que pelos estudos dos solos, acidentes geográficos e condições ambientais de muitas regiões dos continentes, até o momento não há indícios de que há milênios tenha de fato acontecido uma inundação daquela magnitude. Estudos acurados indicam também que seria impossível a natureza provocar inundação de uma só vez em todo o planeta, cobrindo montanhas, oceanos, mares e rios em somente quarenta dias de chuva. Mesmo chovendo mais do que quarenta dias, se verificaria aumento de volume ínfimo de água por toda a Terra, embora para nós esse mesmo volume viesse a se revelar assombrosamente grande. Ademais, segundo ainda afirmam homens das ciências, a natureza, além de tudo, não reúne condições de formar tanta elevação de nuvens que possa precipitar uma inundação em escala planetária. O Noé bíblico, tanto quanto Abraão, Jacob, José e Moisés, são reconhecidos e respeitados pelo Islam que, principalmente, consideram Abraão um muçulmano da maior envergadura. Esta atribuição se deve por sua aceitação e fé a um Deus único, pois nos tempos dos patriarcas não existia ainda cristianismo ou islamismo. Noé é frequentemente citado nas prédicas muçulmanas com elementos adicionais não encontrados no Velho Testamento, como ilustra uma passagem em que se volta a Deus para lamentar a morte de seu filho, afogado durante o dilúvio. Deus, no entanto, o consola dizendo que ele verdadeiramente não era seu filho, pois o procedimento dele era pecaminoso. Já Ismael, outro filho de Abraão, é considerado ancestral da linhagem de Maomé, profeta do Islam, e devido a isso os muçulmanos reclamam totais direitos sobre a Palestina. Os muçulmanos advertem que os judeus perderam o direito às terras por que as tribos de Israel haviam mergulhado no pecado ao adotar cultos politeístas

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pagãos em Canaã, e por se terem degradado. Deus então os castigou com o cativeiro da Babilônia e depois os fez dispersar em diásporas pelo mundo, sem país nem pátria. Sabe-se que o movimento sionista sediado nos Estados Unidos e Europa, afirmava ter os judeus o direito de voltar as suas origens na Palestina. Baseavam-se nos argumentos de que eram injustamente perseguidos no mundo inteiro, principalmente na Europa por autoridades da igreja processadoras dos progroms, que eram execuções de judeus não convertidos. O movimento de retomada judaica, com ajuda do barão de Rothschild no final do século XIX, já providenciaria assentamentos judeus em primeiras colônias agrícolas na Palestina. A partir de 1917, os sionistas construiriam assentamentos rurais e urbanos restabelecendo a cultura hebraica na terra. Em 1933 os judeus já eram mais de 20% da população palestina. Em 29 de novembro de 1947, a ONU aprovaria o retorno dos judeus à Palestina que como estado judeu teria 14000 km2, indo de Haifa à Telaviv e do deserto de Neguev até o Golfo de Acaba, incluindo-se nesta partilha parte da Galiléia. Os árabes teriam um estado com 11500 km2, da Cisjordânia à faixa de Gaza. Jerusalém seria elevada a uma posição de destaque internacional. Essa divisão desagradou os árabes e gerou a guerra que se estendeu entre os anos 1948 e 1949. Terroristas judeus promoveriam muitos ataques contra os colonos palestinos que resistiam à invasão, matando famílias, queimando suas propriedades e obrigando a enorme contingente de colonos emigrar para países árabes. Aproximadamente 300 mil palestinos, que insistiriam em permanecer, passariam a viver em condições sociais inferiores, sem muitos direitos de cidadãos livres, ou em situações de pobreza em acampamentos. Estas ações terroristas israelenses são conhecidas como o massacre de Doir Yassin. A genealogia bíblica estabelece em duas ocasiões, a cada dez gerações, o aparecimento de um patriarca. A exceção fica por conta de Jacob, - filho de Isaque o primogênito de Abraão, - nascido gêmeo de Esaú. Noé representa a décima geração a partir de Adão, e Abraão é também a décima a partir de Noé. Porém, há dúvidas quanto à data do nascimento de Abraão na cidade de Ur, na Caldéia, como acontece com as datas de eventos que incluem personagens bíblicos. O nascimento de Abraão estaria condicionado ao período entre os anos 2000 a.C. a 1500 a.C. (pelos nossos cálculos teria nascido em 2091 a.C.), e nesse mesmo período se registraria a reunificação do império sumério após a expulsão dos guti, povo nômade originário dos montes Zagros, no Alto Tigre. Esses nômades tinham se infiltrado nas cidades-estados sumérias em 2230 a.C., quando os sumérios vinham minando o domínio acádio com constantes rebeliões. Os acádios, por seu turno, povo também nômade provindo do deserto da Síria conquistariam aos grupos, antes dos guti, as cidades-estados sumérias entre 2350 a.C. e 2340 a.C. Apesar de alguns historiadores serem cautelosos num julgamento definitivo sobre a realidade ou não da existência dos patriarcas bíblicos, outros demonstram o mais profundo ceticismo quanto ao fato. Grande número de pesquisadores no mundo inteiro, no entanto, está interessado unicamente em comprovar a veracidade dos relatos bíblicos sem preconceitos. Achados arqueológicos têm sido para uns a via única comprobatória de falhas e inverdades dos relatos do Velho Testamento. Duas conhecidas correntes de estudiosos, nos Estados Unidos e na Europa, divergem em

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vários pontos sobre critérios interpretativos dos elementos arqueológicos coligidos. A Maximalista se apresenta não radical, comedida, postulante da aceitação de fatos bíblicos como sendo históricos desde que não possam ser contestados nem sejam comprovadamente falsos. Já a corrente Minimalista desconsidera e julga falsos os fatos onde não haja evidências possíveis de comprovação. A nós parece-nos haver grande precipitação dos Minimalistas em julgar fatos bíblicos dessa forma, pois dificilmente há consenso ou absoluta certeza de uma amostra arqueológica ou documento histórico serem eminentemente comprobatórios de mentiras e enganos, ou suficientes de per si para conclusões definitivas. Dúvidas levantadas quanto à existência de Abraão e, por conseguinte, de outros patriarcas, decorrem também da instituição de novos hábitos adotados por eles que não seriam nem originais e nem da mesma época de seus clãs. No caso de Abraão, descobriu-se que hábitos de tribos semitas idênticos aos esposados ou instituídos por esse patriarca, segundo a Bíblia, já existiam desde o primeiro milênio da era anterior à Cristo. Um caso discutido é o modelo de um contrato achado em escavações e atribuído a pertencer a Abraão, que mais tarde se descobriria ser de data muito anterior ao patriarca e de prática comum entre antigos semitas. Outro caso é o da circuncisão instituído por Abraão, a mando de Deus como prova de aliança entre Deus e sua descendência, mas cuja origem e referência histórica recuam milênios ao continente africano onde já era hábito de primitivas etnias. Mesmo na Palestina, os cananeus a praticavam e da mesma maneira os egípcios entre os períodos do Bronze Médio (2200 a.C. - 1550 a.C.) ao Bronze Recente (1550 a.C. - 1200 a.C.). Uma história não bíblica conta que Abraão respeitante ao Deus único, veio ter com Melquisedeque que o abençoou, fortalecendo-lhe a mensagem de que seus descendentes povoariam a terra como as incontáveis estrelas se espalhavam no céu. Algumas vezes, os relatores de textos antigos confundiam Melquisedeque, rei de Salém, com o próprio Deus. Desse modo, Abraão teria falado pessoalmente com Deus encarnado. Jacob seria o patriarca a realizar propriamente as promessas feitas a Abraão pelo Deus único, relativamente ao povo judeu. Isaque geraria dois filhos gêmeos por Rebeca - sua mulher - chamados Esaú e Jacob. Esaú nasceria primeiro, vindo Jacob segurando seu calcanhar. Mais tarde, estando Isaque a morrer, pretendia dar a benção ao primogênito Esaú. Jacob, sabedor de que seu pai não enxergava bem, e seguindo orientação de Rebeca, vestiu-se com a roupa do irmão cobrindo o pescoço e as mãos com a pele de cabritos, recebendo de Isaque a benção. Jacob teria tido doze filhos que constituiriam as doze tribos de Israel, porque Deus trocara o nome de Jacob para Israel. José, seu décimo primeiro filho, acabaria vendido por seus irmãos a mercadores nômades, sendo levado ao Egito onde um rico comerciante chamado Putifar o compraria. Mais tarde, interpretaria os sonhos do faraó reinante na cidade de Menphis, que segundo a história seria hicso - povo asiático semita invasor do Egito - onde os hicsos permaneceriam durante a 15ª. E 16ª. dinastias, sendo depois expulsos. José, já como chanceler do Egito, mandaria buscar toda a sua família e descendentes, que entrariam no Egito livremente, mas permaneceriam escravos por 430 anos contados após a morte de José, sendo finalmente libertos por Moisés.

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Neste ponto começa a maior das polêmicas envolvendo a criação da Bíblia. A tradição sacerdotal (a mesma que religiosa) atribui a Moisés a autoria dos cinco primeiros livros. Investigadores rechaçam a existência de Moisés, sua origem hebraica e todos os seus atos fantásticos praticados no Egito e fora dele, obedientes à vontade do Deus de Israel. Os fatos concatenados pela arqueologia e pesquisadores não seqüenciam uma relação histórica conducente ao libertador hebreu. A história argumenta que havia constantes emigrações de povos semitas ao Egito em busca de água, alimentos ou trabalho assalariado muito antes do período bíblico do êxodo. Em épocas turbulentas, ou quando o governo egípcio necessitava de mão-deobra, os estrangeiros eram proibidos de sair do país, sendo feitos escravos. Os egípcios, já antes de Moisés, mantinham possessões nas regiões da Palestina e Mesopotâmia cobrando impostos nas cidades-estados, e realizando toda a sorte de comércio. Portanto, era comum o intercâmbio egípcio com povos semitas e povos de outros países distantes, como a Grécia. Os gregos, por oportuno, gozavam de respeito e prestígio no Egito. Quanto a José, sua possível existência é admitida pelos historiadores pelo fato de terem encontrado provas arqueológicas identificadoras de hábitos ou de acontecimentos da vida egípcia, coincidentes com as descrições bíblicas à época em que José lá teria vivido. Mas quanto a Moisés, afirmam, nada comprova sua existência, sendo também pouco provável ter existido um Moisés egípcio ou hebreu, ou mesmo parte egípcio parte hebreu. Ademais, não há qualquer referência nos anais egípcios identificadora da ocorrência das dez pragas relatadas no livro do Gênesis. Na época da partida do povo israelita muitos outros semitas lá permaneceriam, e somente mais tarde viajariam ou não de volta para seus grupamentos étnicos de origem, em pequenos êxodos, como sempre acontecia. Porém, em existindo de fato aquele êxodo espetacular narrado no Velho Testamento, de seiscentos mil homens israelitas além de mulheres e crianças, teriam também se misturado aos israelitas, os caldeus, danus, filisteus, arameus e tilkers, visto a Bíblia deixar subentendida a não permanência no Egito de nenhum outro escravo semita após o êxodo, senão unicamente os livres nativos egípcios. A história não desata e os religiosos somente repetem a Bíblia ou ressaltam manuscritos apócrifos. Neste ponto, as duas correntes são inconciliáveis, mesmo por que o religioso crê, imagina e se satisfaz. A história, ao contrário, manuseia, tange, rearticula e procura comprovações sem o que nada pode guardar, afirmar ou restabelecer. São muitas as lendas de um hebreu que teria nascido no Egito de mãe judia e lançado ao Nilo com três meses de idade. Esse ato extremo o teria realizado a mãe de Moisés por que o faraó antes determinara que todos os recém-nascidos varões, filhos de Israel, fossem mortos pelas parteiras hebréias Sifra e Pua. Visto os meninos judeus continuar a nascer porque as parteiras não os matando mentiam ao faraó, dizendo chegar sempre atrasadas aos partos, o faraó mandou seu povo lançar ao Nilo todos os meninos hebreus recém-nascidos.

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É dito em êxodo 2; 1 a 5, sobre o nascimento de Moisés: “Foi-se um homem da casa de Levi e casou com uma descendente de Levi. E a mulher concebeu e deu à luz um filho; e vendo que era formoso, escondeu-o por três meses. Não podendo, porém, escondê-lo por mais tempo tomou um cesto de junco, calafetou-o com betume e piche, e, pondo nele o menino largou-o no carriçal à beira do rio. Sua irmã ficou de longe para observar o que lhe haveria de suceder. Desceu a filha do faraó para se banhar no rio, e as suas donzelas passeavam pela beira do rio; vendo ela o cesto no carriçal enviou a sua criada e o tomou.” Moisés seria criado por sua própria mãe descoberta nas proximidades do rio, e mais tarde, já grande, iria ter com a filha do faraó que a partir de então o criaria como filho. A tradição religiosa afirma ter Moisés realizado coisas grandiosas no Egito antes da saída israelita do cativeiro. A corrente de desconfiados historiadores continua negando aqueles feitos e a origem hebraica do salvador. Neste particular, inferimos que historicamente o termo hebreu poderia perfeitamente ter sido adotado pelos judeus no Egito, uma vez que os cananeus, como vimos, assim se denominavam há milênios, antes mesmo da conquista suméria na Mesopotâmia. Povos semitas já mencionados emigravam aos grupos para o Egito em constantes e temporárias viagens, podendo alguns grupos cananeus ter lá permanecido também escravos, e se misturado aos israelitas. Consoante a regra comum de trocas e absorções culturais de ramos étnicos na convivência simples ou estreitada, e consoante ao caldeamento étnico que forçosamente acontece nesses casos, ocorreriam também no Egito semelhantes fatos. Assim, adicionamos esse ingrediente às discussões históricas, quando entendem que a designação de povo hebreu se incorporou idiossincraticamente aos israelitas somente no retorno judeu à Canaã, tendo existido o êxodo ou não. A propósito da discussão sobre o êxodo, decorrem muitas outras dúvidas da existência de locais, povoações e cidades na época desse grande acontecimento. Os 40 anos de peregrinação pelo deserto, sob penitência imposta pelo Deus IHVH, são da mesma forma postos em dúvida, e também devido ao fato de Josué não ter escrito o sexto livro na sua totalidade, embora não tenha havido maiores preocupações durante séculos para esclarecer o fato. Uma das evidências constatadas nas investigações sobre Josué, reside nos diferentes estilos empregados nas narrativas com datas diversas. Os textos mostram os pronomes “nós” e “nos” revelando que mais de uma pessoa testemunharia os acontecimentos e colaboraria na manufatura do livro. Outra evidência ocorre nas descrições dos acontecimentos que teriam lugar após a morte de Josué, como as conquistas de Hebrom e Dã por Otoniel. Sobre isto, defende o Talmude, o livro sagrado judeu, que os últimos versos do livro de Josué teriam sido escritos por seu filho Pinkbas. Por outro lado, cidades como Ai, Gabaon e Jericó, segundo comprova a arqueologia, ainda não existiam no século XIII a.C., logo não poderiam ter caído em mãos israelitas conforme atestam os textos bíblicos. A existência do próprio Israel como entidade histórica e a maneira soberba como vem descrita é fartamente contestada. Os historiadores e arqueólogos sugerem que ao invés do grande êxodo, Israel teria emergido dos cananeus e a nomenclatura Israel atribuída às doze tribos de

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Jacob, também surgiria na antiga Canaã sob influência egípcia, não sendo, portanto, primazia do patriarca judeu a originalidade do mencionado epíteto quando Deus substituira seu antigo nome. O império egípcio, como vimos, estendia-se além de suas naturais fronteiras alcançando cidades-estados palestinas e mesopotâmias. Daí, influenciar cananeus, e, neste caso, israelitas. Os cananeus, tribos árabes provindas da Ásia à época de suas migrações da Mesopotâmia para a Palestina, se infiltrariam e se instalariam em locais diversos. A teoria dos historiadores admite que os israelitas, mediante os extorsivos tributos egípcios, teriam se afastado da antiga Canaã migrando para as montanhas do Efraim, lá se espalhando por diversas regiões constituindo outros povoados. Por outro lado, o nome Israel é uma aglutinação epônimo de Isis (mãe natureza ou alma universal), Ra (deus solar, pai) e El (sufixo designativo de majestade, poder ou senhor), todos do panteão de deuses egípcios. Mais tarde, se verificariam pequenos êxodos dos nômades israelitas de volta à Canaã, devido aos seguidos conflitos com os primitivos moradores do Efraim, com ocupação gradual e pacífica das cidades-estados cananéias, sem existir, portanto, a tomada à força através de guerras, conforme afirma o Livro de Josué. Desse modo, os israelitas teriam voltado às suas origens por outros motivos, tendo continuado o culto da circuncisão, bem como mantido a proibição do consumo de carne suíno. Reafirmam, assim, os pesquisadores, que esses mesmos hábitos sócio-religiosos, os israelitas já os possuíam antes das migrações a Efraim, por que teriam sido passados pelos egípcios aos cananeus. Todos estes fatos descaracterizariam um preâmbulo ao aparecimento dos reinos de Davi e Salomão, pois as provas arqueológicas vêm alinhar elementos concretos de negação ao estabelecido nos livros bíblicos, reforçando antigas e profundas dúvidas históricas e desconfianças, que fragilizariam os mitos da existência dos patriarcas e narrativa do êxodo hebreu. Ao mesmo tempo, assomam cada vez mais certezas de que o conteúdo do Velho Testamento não seja outra coisa senão uma fábula ou grande ficção, aliado aos fatos adicionais de que Samaria e Jerusalém, nas épocas dos reis Davi e Salomão, seriam cidades com populações insignificantes, portanto não dignas de representar tão majestosos e faustuosos impérios. Entretanto, a polêmica continua.

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CAPÍTULO V A MONTAGEM DA BÍBLIA Historiadores e boa gama de religiosos concordam que a Bíblia não foi escrita unicamente nas épocas em que seus autores teriam vivido. Este é um dos poucos pontos convergentes destas duas correntes que no mais divergem, às vezes, diametralmente. A tradição religiosa aponta um tempo de mais de 1500 anos para que a Bíblia fosse escrita na sua totalidade, ou seja, teria começado com Moisés no deserto ou Monte Sinai e terminado com João na Ilha de Patmos. O Velho Testamento nos seus pródromos fora constituído por manuscritos originais que teriam sido armazenados na Arca da Aliança e aceitos como ditados por IHVH ou por Ele inspirados. Assim assevera a tradição sacerdotal. Muito mais tarde, em 90 d.C., foi proposto ao Conselho Judaico de Jamnia que sete outros livros e quatro acréscimos pudessem fazer parte da Bíblia, o que foi negado. Somente em 8 de abril de 1546, o Concílio de Trento admitiria incorporar à Bíblia aqueles sete outros livros e os quatro acréscimos, chamados apócrifos, formando-se assim a atual Bíblia católica com os trinta e nove livros originais e os adicionais. Moisés teria escrito os cinco primeiros livros chamados o Pentateuco. Constituirse-ia então de o Gênesis, que narraria os atos da criação; o Êxodo, que trataria dos acontecimentos da saída ou fuga dos judeus do cativeiro egípcio; o Levítico, que estabeleceria as leis para a regulamentação da vida judaica e todo um ritualismo sacerdotal; o Números, relativo ao acercamento ou censo do povo saído do Egito, e o Deuteronômio, um tipo de reedição do Levítico onde Deus traria novas leis para os judeus. Josué daria continuidade ao trabalho realizado por Moisés, entrando com o povo judeu definitivamente na terra de Canaã, depois de 40 anos de peregrinação pelo deserto. Os relatos dessa incrível viagem punitiva do Deus IHVH aos homens, e todas as suas vicissitudes, terminariam nos livros de Moisés. O Livro de Josué descreveria, principalmente, as dificuldades encontradas em Canaã, o cumprimento das novas ordens de Deus para o povo judeu, as guerras que precisariam empreender para lá definitivamente instalar-se e as manobras de repartições das regiões que as doze tribos iriam ocupar. Portanto, do Pentateuco até Malaquias, se constituiria o antigo formato do Velho Testamento. Os sete livros adicionais denominados deuterocanônicos são: Tobias, Judite, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico, Baruque, Macabeus I e Macabeus II e os quatro acréscimos, Ester (Ester), Cântico dos Três Santos Filhos (Daniel), História de Suzana (Daniel) e Bel e o Dragão (Daniel), aprovados pelo Concílio de Trento, passariam a formar com os trinta e nove livros anteriores a nova Bíblia. Esse ato oficial eclesiástico da Igreja Católica viria de encontro aos protestos dos reformistas protestantes, ecoando pelo mundo religioso como represália ou autêntica vingança clerical. Os livros do Velho Testamento católico passaram então a somar 46, contra os mesmos 39 do Velho Testamento protestante. Assim, somando-se os 27 livros do Novo Testamento, a Bíblia católica passou a ter 73 livros contra 66 da Bíblia protestante.

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Já o Novo Testamento, constitui-se das narrativas dos quatro evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João), dos Atos dos Apóstolos, Epístolas de Paulo, Hebreus, Epístolas de Tiago, de Pedro, de João e de Judas e o Apocalipse de João. Assim, nesta apropriação por nós resumida se estrutura a Bíblia, mas excetuando os sete livros e escritos adicionais, se costuma definir o cânon bíblico somente com os trinta e nove livros originais, ou seja, os formadores da estrutura reta, da régua certa de medir. As escriturações, traduções e compilações teriam agregado em épocas diferentes, em torno de quarenta homens. O vocábulo Bíblia, deriva do grego biblos que significa pequenos livros, que uma vez organizados compactaram-se num único e quase definitivo tomo. Os manuscritos bíblicos foram inicialmente escritos em grego, aramaico e hebraico. A cronologia religiosa levanta sempre dúvidas que conduzem a discussões com os historiadores no que tange às datas dos manuscritos mais antigos. Na realidade, a criação e organização da Bíblia, além de comportar um período bastante longo, possuem episódios esparsos. O Pentateuco, segundo a tradição, ou um segmento dela, começaria a ser escrito pelo libertador hebreu cerca de 1490 a.C., data essa em absoluto consensual, pois existe quase uma dezena de datas acerca da saída de Moisés do Egito. Não se sabe ao certo qual idioma Moisés teria adotado originalmente. O Egito, na época em que supostamente Moisés lá teria vivido, absorvia grande influência cultural grega. Supõe-se que os gregos já existiam no século XV a.C. como grande nação, embora o período histórico de seu florescimento cultural e expansão de suas conquistas militares se registrasse entre 1000 a.C. e 30 a.C. Muitas palavras da linguagem egípcia à época provinham de etimologia grega. Faraó, designação do rei egípcio; a cidade de Heracleópolis; Philae ou File uma ilha do Alto Nilo; o próprio nome Moisés, originado de Mosh ou Mês (para uns derivado de Tutmoses) são algumas dessas reminiscências, dentre tantas outras, que influenciariam à semântica egípcia. Diz-se que Moisés falava Ático, idioma ou dialeto literário da antiga Grécia. Sob este prisma, podemos admitir que a influência hebraica possa também ter chegado a Moisés no Egito nessa mesma época, por força da presença nômade cananéia e de outros povos semitas ou dos africanos, visto o hebreu ser idioma antiqüíssimo originário da África. Além do mais, a tradução do vocábulo hebreu significa “aquele que vem de fora,” formando assim prova aparente de uma assimilação externa. O hebraico de Moisés, se nesse idioma ele se expressava, difereria provavelmente do atual em relação à formação vocálica escrita, pois as vogais só foram introduzidas de forma massorética há mais ou menos 1000 anos. É também provável Moisés ter falado e escrito em aramaico devido à grande semelhança existente entre esses dois idiomas praticados contemporaneamente. A formação da Bíblia, sem dúvida, incorporaria um tempo bastante longo para vir representar uma entidade histórico-religiosa. O termo Testamento provém do hebraico Barith, significando aliança, pacto ou contrato e se vincula às origens dos manuscritos revelados. O Velho Testamento, organizado num certo espaço-tempo sob os eventos principais dos semitas judeus, com narrativas especialmente direcionadas e exemplos

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propositalmente conduzidos, traduziria a vontade superior do Deus IHVH para uma linguagem artificialmente humana. Através da presença moral e devotada fé dos patriarcas Noé, Abraão, Jacob e Moisés, anexadas à obediência do continuador Josué, a aliança do divino com o humano aconteceria entre relativos limites geográficos do mundo afro-asiático - testemunha de tantas revelações e intermediações cíclicas de deuses e mensageiros celestiais - e outras latitudes mundiais. A aliança, não obstante, tantas vezes evocada para as tribos israelitas, não seguiria simplesmente o seu caminho em tempo integral, mas tomaria diversas e tumultuadas direções ou novas e inesperadas vertentes, segundo as necessidades dos momentos e os elementos físicos habilmente engendrados. Os eventos maiores, quase sempre físicos, representativos das diferentes etapas da aliança de Deus com os patriarcas semitas, ressaltariam em Noé com a construção da arca do dilúvio e o subseqüente repovoamento da espécie humana sobre a Terra. Em Abraão, com a promessa de uma descendência tão ampla que se rivalizaria em número com as estrelas no céu, suplementada pela instituição da circuncisão nos fiéis. Em Jacob, com a reunião de seus doze filhos formadores das cabeças das doze grandes tribos de Israel, consumando-se neles a promessa a Abraão, iniciada em Isaque, e respeitante à expansão do povo de Deus em Canaã. Finalmente em Moisés, com a consolidação das doze tribos durante o êxodo do Egito, o estabelecimento dos Dez Mandamentos, a construção da Arca da Aliança anelada às imolações e preceitos ritualísticos, e a conquista de Canaã. O Pentateuco, elemento memorizador dos quatro maiores eventos formulados por Deus para as tribos de Israel, com suas importantes e posteriores decorrências, se constituiria, com o passar dos séculos, no sagrado e fundamental cânon substanciador do credo religioso judaico rabínico. As importantes decorrências que seguiriam justapostas aos eventos maiores instituídos pela vontade de Deus sedimentariam ao longo dos 40 anos de peregrinação pelo deserto, novos e destacados elementos na estrutura emocional-mental dos israelitas, ou viriam se amalgamar a algumas de suas anteriores tradições. Os decretos divinos regulamentariam também, de várias maneiras, o monoteísmo judeu, modelando a alma de IHVH à alma israelita. A Bíblia, em constante elaboração desde o êxodo em1300 a.C, seria ainda por cerca de 2754 anos para o mundo ocidental, o último tradicional e sobrevivente elo material a testemunhar a aliança espiritual de Deus com um povo. Pelo menos assim pensariam por todo esse tempo os eruditos operários judeus, tradutores e recopiadores dos textos bíblicos, até 1000 d.C., responsáveis através daquelas escriturações pela conservação de suas longuíssimas tradições histórico-religiosas com as fontes originais. Isso estaria considerado pelo fato de a Arca da Aliança, as Tábuas dos Dez Mandamentos e os pergaminhos escritos por Moisés nunca terem sido encontrados. E foi somente em 1454 d.C. que Gutenberg imprimiu a Bíblia pela primeira vez dando fim ao percurso dos manuscritos e iniciando a era da tipografia. Mesmo o Novo Testamento, pelas palavras de Jesus Cristo, viria confirmar o Velho. Mas as palavras não convenceriam os rabinos seguidores da Torah e nem os convenceriam a presença física do próprio Cristo ou os milagres por ele concebidos. Eles aguardavam por outro libertador, que chegaria com glória e esplendor para reunificar as tribos de Israel e recolocar a nação judaica à sua antiga condição de povo

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eleito. E nesse ponto residiria o problema até hoje não resolvido, responsável pela ruptura do processo histórico-religioso judeu. A conciliação entre os dois períodos históricos jamais ocorreria, muito menos a conciliação religiosa. A tradição mosaica reafirmaria seu ortodoxismo, enquanto Cristo espalharia a nova mensagem. A Bíblia, em breve futuro, estaria montada de duas histórias: a do Velho Testamento, cujos escritos representariam os pilares fundamentais instituídos por IHVH e construídos pelo esforço humano, e a do Novo Testamento, que assentaria o arcabouço da fé judaica em Cristo, após o palco das lutas em Canaã, a desobediência a IHVH e os posteriores flagelos suportados. Porém, os judeus não se afastariam de suas milenares tradições religiosas. Tanto os sacerdotes propagadores da Torah quanto aqueles do povo a quem a mensagem crística se destinaria, não a acolheriam da maneira desejada. Tendo contribuído para a condenação de Jesus e vociferado por sua crucificação, inúmeros, a despeito da infâmia, teriam obtido curas milagrosas e extraordinários benefícios pela fé dos apóstolos. Mas em seguida à destruição de Jerusalém e à segunda diáspora israelita, milhares esqueceriam Cristo, voltando aos antigos hábitos sócio-religiosos mantidos pela tradição oral patriarcal. E nisso, uma vez mais, se consumariam as palavras do nazareno ao predizer que nenhum profeta é reconhecido em sua própria terra. Os verdadeiros cristãos seguidores de Jesus, pregadores na Palestina e nas cidades longínquas, partiriam mais tarde para terras estrangeiras onde, por eles, a universalidade de Cristo conheceria outra acolhida, mas onde palmilhariam também um calvário sob constantes sombras, sacrifícios e mortes. Apesar de todas as dificuldades os missionários ensinariam que o enviado de Deus era Cristo e quem com ele vivesse, viveria em Deus. Esse elo, uma vez formado, seria inquebrantável, uma novíssima e mais perfeita aliança, por que dispensaria sacrifícios de animais, altares de holocaustos, templos suntuosos erigidos por mãos humanas, ou heróicas conquistas terrenas, pois o seu reino não seria deste mundo. Voltando à organização da Bíblia, os manuscritos originais do Pentateuco de Moisés, os de Josué, os demais pertencentes ao sagrado cânon religioso hebreu e mesmo os apócrifos - esses últimos selecionados entre quase cem relativos aos dois Testamentos - teriam a linha existencial plena de situações atípicas. Os manuscritos do Pentateuco, e provavelmente também os de Josué, estariam inicialmente guardados e condicionados à Arca da Aliança, juntamente com as Tábuas (Pedras) dos Dez Mandamentos. Todos os demais manuscritos em pergaminhos, após certo tempo, necessitariam ser recopiados a fim de que seus conteúdos não se perdessem com a degradação dos materiais utilizados. Mas após o desaparecimento da Arca da Aliança e durante os tumultuosos séculos de guerras, destruições de cidades e escravidões, aqueles documentos e outras provas materiais sob cuidados sacerdotais, seriam transferidos a lugares seguros e ocultados. As ocultações poderiam ocorrer em túneis, grutas, cavernas e poços abandonados, em subsolos de edifícios, ou no interior de tumbas e mausoléus. Alguns documentos teriam viajado emergencialmente às cidades vizinhas ou a países distantes. Mesmo guardando a tradição desde o aparecimento dos patriarcas, por cujos milênios passados se confundiriam mentes e anotações escribas, os mais antigos manuscritos cuidadosamente recopiados, apócrifos ou não, ou compondo o sagrado

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cânon bíblico, remontam tão somente aos séculos III ou IV a.C. O tempo muitas vezes aliado das lendas e epopéias de heróis semitas, se tornaria, por um lado, a contramão de sua verdadeira história. Sendo a Bíblia testemunha de duas versões tradicionais, a religiosa e a histórica, não haveria mesmo como conservar tangível a originalidade manuscrita que pudesse fazer os céticos hodiernos dobrar-se ante o sacramentado e o indiscutível. Por outro lado, essa possível originalidade se dissolvida e devorada pelas longínquas e nebulosas cortinas das intempéries humanas, vem não obstante servir de pano de fundo para a reafirmação de uma viva e inquestionável tradição, que sendo forte e desafiadora sobreviveu aos laços sufocadores do tempo e se provou por si própria de uma extraordinária e perene longa vida na alma hebraica, independentemente de qualquer outro elemento concreto de discussão. Contam os historiadores que em 622 a.C., durante o reinado de Josias e na ocasião da reforma do Templo de Jerusalém, os operários encontraram um livro antigo. Esse livro corresponderia ao Deuteronômio que faz parte do atual cânon bíblico. O interessante nessa história é a profecia constante no livro sobre um rei escolhido por Deus que seria o ungido para realizar reformas na sociedade e salvar o povo hebreu. Desnecessário dizer-se que esse rei seria o próprio Josias, cujo nome estava ali consignado. A profecia acabaria por realizar-se e Josias reunificaria temporariamente os reinos de Judá e Israel, mas não viveria para essa glória, pois morreria em campo de guerra. Muitos acontecimentos levantariam discussões quanto ao valor dos manuscritos formadores da Bíblia. Ao decorrer de séculos e milênios, como dissemos, os escribas teriam realizado o minucioso trabalho de recopiar os manuscritos e os eruditos de proceder às traduções. Neste longo processo intelectual, não se sabe quantas interferências acidentais ou propositais teriam acontecido modificando a pureza original dos textos. Mas se por um lado existissem possibilidades de erros dos copistas ou de conscientes inferências, por outro lado existiam os especialistas que examinavam e comparavam os documentos. O trabalho era conhecido como Crítica Textual. Ao término, chegavam aos Textos-Padrão. Havia uma importante categoria escriba de origem judaica. Era a família Massoreta, de membros profundamente conhecedores do hebraico, grego, aramaico e de outros idiomas, que faziam correções ortográficas e gramaticais entre os anos 500 d.C. e 1000 d.C. Foi deles o trabalho de introduzir os sinais “massoréticos” no idioma escrito hebraico. Os sinais introduzidos foram as vogais não existentes até então nos textos. Judá e Israel, por oportuno, formariam os dois reinos. A origem desses dois reinos aconteceria, principalmente, por disputas da hegemonia sobre todo o Israel. Judá representaria a mais numerosa das tribos que havia partido do Egito. Segundo o censo, reuniria 74600 pessoas entre descendentes diretos de Jacob e agregados. Caberia a Judá a região sul de Canaã, compreendida desde o deserto de Negueve ao Sefelá, e cujas cidades como Hebrom, Arade, Belém, Berseba, Bete-Somes e Laquim, fariam parte de seus domínios. A separação de Judá e Israel se daria após a morte do rei Salomão em 931 a.C. e por ocasião da disputa do trono. Judá e Benjamim permaneceriam aliados tendo como

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capital Jerusalém sob o reinado de Roboão, filho de Salomão. Israel se constituiria ao norte com as dez outras tribos, tendo como capital Samaria. Da divisão das tribos judaicas surgiriam as quatro principais tradições fundamentadas na interpretação do Pentateuco: a javista, do sul, adotando as tradições do Deus Javé (IEVE ou IHVH); a eloista, do norte, seguindo as tradições do Deus Eloi (Elohim ou Elhim); a deuteronomista, permanecendo obediente ao livro do Deuteronômio, que como antes dissemos teria sido encontrado nas revirações das obras que operários realizavam no Templo de Jerusalém, em 622 a.C., e a quarta tradição, associada ainda ao Pentateuco, que se consolidaria por volta de 587 a.C.,fora dos reinos de Judá e Israel, no exílio dos judeus na Babilônia, que se chamaria sacerdotal. Esta última tradição emergiria espontaneamente do seio do povo de Judá, por ele ter sido despojado de muitos dos elementos materiais que davam base espiritual ao seu credo monoteísta, reiniciando a transmissão oral. Dessa maneira, os prisioneiros judeus garantiriam a memória de suas principais e importantes tradições sócioreligiosas. De acordo com relatos históricos, Nabucodonosor II teria sitiado Jerusalém em 598 a.C. e o jovem rei Joaquim se renderia sem resistência. O próprio rei, o aparato da nobreza hebraica, oficiais militares e artesãos seriam levados prisioneiros para a Babilônia, num total de mais ou menos dez mil pessoas. O Templo de Jerusalém seria saqueado e todos os objetos sagrados de ouro, prata, adornos e pedras preciosas tomariam o destino da Mesopotâmia. Em lugar do rei Joaquim permaneceria Zedequias, nomeado por Nabucodonosor II. Mas em 587 a.C. uma nova onda de prisioneiros judeus sofreria o exílio para a mesma Babilônia, em decorrência de uma segunda revolta contra seus dominadores, e o Templo de Jerusalém seria destruído. Gedalias, o novo rei nomeado por Nabucodonosor II, governando um número pequeno de judeus pobres, seria assassinado dois meses depois, e o fato acarretaria a fuga da população para o Egito pelo temor da vingança babilônica, ficando Jerusalém abandonada. O período do cativeiro da Babilônia abrange e coincide com o surgimento de três dos principais profetas citados no Velho Testamento, cujos respectivos livros lhes atribuem à autoria. São eles Jeremias, Ezequiel e Daniel. A cidade da Babilônia cairia em mãos do persa Ciro em 539 a.C., e durante seu primeiro ano de mandato, entre 538-537 a.C., ele libertaria os judeus para retornar a Judá a fim de reconstruir a cidade de Jerusalém e o Templo de Salomão. Jerusalém, entretanto, abandonada por cinqüenta anos, fora tomada de samaritanos, praticantes de uma tradição religiosa que diferia em alguns princípios da praticada pelos judeus de Judá. Houve conflitos e divisões que ainda hoje permanecem. Da maior importância para a confecção e montagem da Bíblia seriam as ações de Esdras, descendente de Aarão que nos tempos de Moisés teria sido designado por Deus a ser o sumo sacerdote de Israel. Esdras, em hebraico, Ezra, significando “aquele que ajuda,” lideraria em 457 a.C., o segundo êxodo judeu dos cativos da Babilônia. Esdras seria mandado pelo rei Artaxerxes a seguir para Jerusalém devido à

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dissolução dos hábitos religiosos monoteístas judeus, pela adesão ao politeísmo pagão de outros povos. Faria pregações diárias sobre os princípios sociais, religiosos e morais estabelecidos pelas leis mosaicas. O Livro de Esdras trata, principalmente, do retorno dos judeus da Babilônia, do recambiamento dos objetos levados do Templo de Salomão por Nabucodonosor II, da reconstrução do Templo em Jerusalém e da reimplantação dos hábitos mosaicos. Nessa época, registra-se a primeira diáspora de judeus pelo mundo, daqueles que saindo da Babilônia não desejaram retornar para Jerusalém. Neste ponto a crítica dos historiadores dissidentes é incisivamente enfática ao não concordar com a biografia religiosa de Esdras. Além do fato, argumentam que o Livro de Josué teria sido escrito durante o exílio na Babilônia, em 566 a.C., e o Pentateuco de Moisés, em Judá, em mais ou menos 600 a.C. Baseiam essas asserções nos alinhamentos dos achados arqueológicos. A Bíblia em si mesma foi transplantada de uma tradução da Torah hebraica. A Torah constitui-se dos cinco livros chamados Tanakh. De acordo com a tradição judaica a Torah escrita e a Torah oral foram reveladas simultaneamente por Deus a Moisés no Monte Sinai. A Torah oral seria propriamente a maneira de ensinar o cumprimento dos mandamentos da Torah escrita. Algumas revelações sobre as tradições da Torah não coincidem. Há uma versão de que Moisés seria o seu autor mesmo antes do êxodo, portanto ainda em solo egípcio. Moisés teria tido a visão futura dos acontecimentos e da sua própria morte, transferindo todos os fatos dessa vidência para a Torah. Uma terceira versão confirma a existência da Torah antes mesmo da criação do mundo, formulada pelo Criador para a evolução humana. E ainda, a tradição judaica afirma ter Moisés revelado os fatos na sua essência, mas a compilação final da Torah se desenvolveria e tomaria forma posteriormente, através de outras pessoas. Por outro lado, a tradição também dá conta de que a Torah viria somente ser revelada e difundida a partir de Esdras, portanto após o cativeiro da Babilônia, e por essa afirmativa histórico-religiosa não teria existido antes de Josias. Tanakh ou Tanach, do hebraico, é uma sigla chamada acrônimo, construída a partir de outras palavras, designando um conjunto de livros sagrados reconhecidos como a Bíblia judaica. A sigla veio a ser formada das palavras: Torah ou Pentateuco, Nevim ou Livro dos Profetas e Kethuuim ou escritos. O Tanakh é também conhecido como Medra. Já o Mishná trata da compilação da Torah oral, redigida detalhadamente por volta de 200 d.C., orientada por Judá Hanasi. O Talmude é uma coleção de leis e tradições judaicas, datado de 499 d.C., que agrega a Torah oral em sessenta e três capítulos, onde estão transcritos valores religiosos, morais e éticos dos costumes hebraicos. O Talmude é a base ou referência material da ortodoxia judaica, pois estabelece comentários detalhados da Torah de Moisés incluída na Mishná. Outra forma de transmissão se chamaria Midrash ou Midraxe hebraica, surgida na Palestina no século I a.C. criada especialmente pelos judeus com estilo próprio, abrangendo antiga tradição oral judaica da Torah de Moisés, passada de pai para filho. Segundo a tradição, IHVH teria escrito a Torah em fogo negro sobreposto ao fogo

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branco, revelando com isto que o fogo negro seria a Torah escrita ao passo que o fogo branco a Torah oral. Vemos, assim, que a escrituração do Velho Testamento foi sempre a constante preocupação dos rabinos judeus das três grandes correntes do judaísmo, a saber: a reformista, a conservadora e a ortodoxa. No século III a.C., entre os anos 287 e 247, surgiria a Septuaginta que foi a tradução da Torah do hebraico para o grego, encomendada por Ptolomeu II, rei do Egito. Desejava o monarca descendente do general Ptolomeu, de Alexandre Magno, enriquecer a biblioteca de Alexandria recém-inaugurada, com o Velho Testamento hebreu. O trabalho de tradução da Torah seria realizado em setenta e dois dias, por setenta e dois rabinos. A Septuaginta estabeleceria um marco na história judaica, tornando-se a base ou referência de futuras traduções do Velho Testamento. Mais tarde, no século IV d.C., seria a vez da Vulgata, que foi a tradução da Bíblia do hebreu para o latim, feita por São Jerônimo, atendendo solicitação do papa Dâmaso I. A Vulgata se transformaria num exemplar mais fácil para a compreensão dos textos, em comparação com todas as traduções anteriores. A Vulgata seria somente revista por ordem do Concílio Vaticano II no tempo de Paulo VI, terminando sua revisão em 1995 com o nome de Nova Vulgata. De tudo o que se diga ou possa ainda dizer-se da Bíblia, é inegável reconhecê-la como o livro portador das mais polêmicas páginas que o mundo ocidental jamais viu. Entre verdades históricas, simbolismos, mitos e tradições a Bíblia reúne material que obriga pesquisadores, religiosos, e até mesmo ateus, a insistentemente mantê-la guardada na memória e objeto freqüente de conversas.

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CAPÍTULO VI OS DEZ MANDAMENTOS

Não há dúvidas de que os dez mandamentos expressam um código veiculador de regras sócio-religiosas. Tem sido, sobretudo, na Bíblia, um guia moral subscrito não por uma autoridade temporal, mas pela divindade absoluta revelada aos judeus e reconhecidamente severa, disciplinadora e até iracunda. Nas suas origens não seria elemento alternativo, opcional, evocativo de uma liderança humana. Viria de todo do Deus IHVH, por conduto de Moisés, seu maior representante na Terra, imposto para obrigatória observação. Assim também afirma e reafirma a tradição rabínica. E é desta maneira que o Livro do Êxodo nos passa a transmissão dos dez mandamentos pelo Deus dos hebreus no Monte Sinai. Sinai ou Horeb seria o lugar, o monte ao pé do qual o povo hebreu acamparia enquanto o líder Moisés subiria para encontrar Deus. As tantas e assustadoras lendas acerca desse monte mantinham os viandantes afastados. Diziam haver nele fumaça, fogo e espíritos que caminhavam. Em 1904 o egiptólogo inglês Flenders Petrie chegaria ao Sinai da Arábia Saudita, com o intuito de explorá-lo. Subiria. E o que descobriria pouco tempo depois de iniciadas as escavações? Enigmática edificação egípcia, estendendo-se por santuários anexos, túneis e câmaras perfeitamente escavados. Encontraria fornos e inúmeros objetos de variados portes e formatos, concluindo que no passado, nesses locais, se teriam realizado intensas atividades. O exame das esculturas e representações murais remeteria às datas anteriores ao êxodo hebreu, havendo inclusive referências coincidentes ao tempo em que Moisés teria vivido no Egito. Não seria de estranhar a razão de os egípcios ter assentado bases num monte no deserto da Arábia, pois em sucessivas incursões em busca de ouro e especiarias quando subjugavam os semitas da Mesopotâmia e Palestina e transformavam muitas de suas metrópoles ou cidades-estados em estados-tributários, costumavam sair de suas principais rotas e avançar por outras regiões. E o Monte Sinai da região saudita não distava muito das terras egípcias. Duas principais questões avocadas na ocasião da descoberta seriam: Moisés teria subido o monte com a única expectativa de tentar falar com IHVH? E o Deus IHVH, de fato, nesse lugar, lhe teria passado as leis que na sua essência não seriam tão diferentes das regras morais já existentes para sumérios, caldeus, egípcios, gregos e outros povos da antiguidade? Arriscamos-nos a dizer que é temerário acreditar irrestritamente em linhas históricas delineadas pelos arqueólogos, como também o é, da mesma forma, aceitar a tradição religiosa sem reflexões ou discussões. Assim, para entrarmos na discussão histórico-religiosa dos dez mandamentos necessitaremos novamente vir fazendo pequenos retrospectos sobre a vida e personalidade de Moisés, hoje de existência e feitos tão contestados por correntes de historiadores cada vez mais céticos.

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Conforme vimos, Moisés supostamente participaria de rituais secretos nos templos e pirâmides egípcias e seria o escolhido para nova tentativa de estabelecer o monoteísmo, visto o pensamento de Akhenaton ter também desaparecido com sua morte. Em assim sendo, e para o cumprimento dessa grande missão, Moisés necessitaria do auxílio e sabedoria dos sacerdotes adeptos do monoteísmo. Os mandamentos gravados em primeira vez em madeira e em segunda vez em tábuas de pedra, poderiam perfeitamente ter sido talhados por oficiais artesãos. Nada inverossímil nessa suposição, uma vez que, mais adiante, a Bíblia diz que IHVH mandaria Moisés chamar os artesãos Bezalel e Aoliabe bem como colocaria habilidades noutros homens para que construíssem a arca em ouro e fabricassem todos os demais aparatos do templo no deserto. Há polêmicas acerca da origem e interpretações dos dez mandamentos. Para alguns, seu conteúdo seria Asseret Hadibrot que significa as Dez Falas ou os Dez Ditos. Não é novidade os povos terem cultuado deuses e divindades com diversas e variadas conotações politeístas. Mas sumérios e caldeus, por exemplo, já cultuavam também deuses trinos. Por vezes, a expressão criadora de um deus se desdobrava a quatro, como nos ensinamentos dos próprios sumérios e indus que mais tarde, no século II de nossa era, com idêntico pensamento, seria reafirmado pelos ofitas do Egito. O nome Elohim não foi originário do vocabulário hebreu e veiculava mais do que uma força divina, um coletivo de deuses criadores. Eloha, no singular, era para sumérios e caldeus unicamente um dos Elohim. Em nosso idioma o vocábulo Deus denota plural por sua própria formação morfológica. E se Deus era Elhim ou Elohim, reconhecido pela antiga cabala hebraica rabínica como sete poderes criadores, a origem do politeísmo já começaria no próprio Deus. O Gênesis nos dá provas deste coletivismo deífico quando descreve as etapas da criação, mencionando inicialmente o Deus Criador como uma só expressão. Mais adiante, no versículo 26 do Capítulo I do Gênesis, a mensagem é outra, como segue: “Também disse Deus: façamos o homem à nossa imagem, conforme nossa semelhança.” Indubitável a revelação no texto pluralizando forças criadoras. A idéia da tríade os sumérios representavam com Bel, Ea, Anu; os egípcios com Osíris, Isis e Horus; os indus com Brahma, Vishnu e Shiva ou Sat, Chit e Ananda; os parsi com Ahura-Mazda, Spento (Angro-Main Yush) e Aramaiti e os babilônicos com Talmus, Marduk e Baal. Entretanto, o monoteísmo introduzido por Moisés aos hebreus não falaria de tríade e nem de trindade, pelo menos o Livro do Gênesis a nada disto se refereria, apesar de deixar misteriosas pistas acerca de Eloha-Elohim. Nem posteriormente, na decorrência do êxodo, haveria qualquer citação a esse respeito por parte de Moisés, o que indubitavelmente nos conduz a uma mensagem principal e proposital acerca de um Deus único, sem qualquer outra conotação de pluralidade, semelhante ao solitário Aton, Deus-Sol egípcio, divinizado por Amenophis IV.

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Precisamos considerar que o primitivismo cultuou certas idéias religiosas que com o tempo sofreriam algumas transformações. Se os caldeus-sumérios desenvolveram uma civilização altamente utilitária há mais ou menos 6.000 anos na Mesopotâmia, segundo a história oficial, foram realmente exceção junto às tribos semitas ali viventes. Não foi sem motivos que rapidamente suplantaram as tribos vizinhas imprimindo-lhes sua adiantada cultura. E de onde teriam adquirido tal cultura e por qual razão a trariam para a Mesopotâmia? A história oficial sabe muito pouco dos sumérios, que seriam um ramo dravidiano da Ásia Central que por motivos desconhecidos se fixariam na região dos rios Tigre e Eufrates na Caldéia. A influência suméria modificaria o pensamento religioso das tribos mesopotâmias e palestinas e introduziria, além do religioso, novos elementos básicos culturais extensivos também aos gregos e egípcios e a outros povos da África. No entanto, a ligação suméria com o oriente mais afastado, onde na Índia os dravidianos possivelmente praticariam ensinamentos védicos, não está clara para a história. Se os dravidianos tivessem trazido da Índia para a Mesopotâmia e Palestina todo o pensamento védico lá ensinado, naturalmente o teriam implantado in totum e seria também assimilado pelos povos semitas, o que não aconteceu. Embora a cosmogonia entendida pelos sumérios não fugisse à idéia central da criação do universo e sistema solar, e gênesis de deuses e homens, conforme ressaltado nos ensinamentos arianos, sua filosofia de vida era eminentemente prática, voltada para a transformação utilitária da matéria e de seus elementos. Os indus, ao contrário, destacaram sempre e basicamente um pensamento religioso místico - contemplativo e meditativo - no intuito de sobrepor-se às clamantes necessidades físicas e materiais. A religiosidade indu edificou-se sempre sobre atitudes de purificação, desapego e negação à concentrada atividade para a posse material. Os sumérios dravidianos, contudo, contrariando alguns dos preceitos religiosos da Índia, desenvolveriam as aptidões de transformar a matéria através de grandes conhecimentos da física, astrologia, química, matemática, medicina, arquitetura, mineração e de outras ciências afins, usufruindo do utilitarismo e conforto tecnológico que com o tempo grassariam parcialmente para povos vizinhos. Esses fatos tão visíveis e destacados no mundo antigo nos levam a concluir que a civilização suméria teria começado na Mesopotâmia com a cultura dravidiana trazida do oriente distante, mas sofreria um impulso fantástico pouco tempo depois deles ali se ter estabelecido. Portariam também fundamentos morais que os adaptariam, conforme já analisados, e os aplicariam ao cotidiano, que tal como suas atividades científicas, seriam identicamente absorvidos em proporções bem menores pela vizinhança semita. Alguns destes fundamentos remontam há mais de 10.000 anos, desde a tradição védica oral, quando os arianos pregavam regras disciplinadoras da vida social. Os ensinamentos védicos são extremamente amplos, que, como dissemos, os dravidianos deles teriam também absorvido. Parte deles é aplicada excelentemente à psicologia religiosa esotérica. São hinos, cantos, rituais, devoções, sacrifícios e conhecimentos compilados em quatro textos principais, chamados Rig-Veda, SamaVeda, Yajur-Veda e Atharva-Veda. A palavra veda deriva da raiz sânscrito vid que é conhecimento. As escriturações dos textos védicos datam de mais ou menos 1500 anos a.C. As origens da tradição oral, entretanto, perdem-se nas noites do tempo remontando talvez há mais de 20.000 anos.

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Dos Vedas, podemos destacar os “Aforismos de Patanjali”, do Livro II, atitudes, que nos parecem assemelhar-se aos mandamentos bíblicos. Os cinco primeiros mandamentos estabelecidos são: 1.Inofensividade 2.Verdade 3.Não roubar

4.Continência 5.Não avareza.

Esses mandamentos são regras básicas aos candidatos desejosos de levar vida asceta e àqueles portadores de intensa devoção religiosa, não recolhidos ao ascetismo. Cabem também ao povo, no entanto se flexibilizam diante da impossibilidade da absoluta conciliação com os afazeres da vida material e familiar, atenuando assim as observâncias em alguns aspectos. Outros cinco mandamentos são essencialmente devocionais de obliteração ou negação à vida material, mas principalmente de práticas sacerdotais: 1. Purificação interna e externa 2. Gozo (satisfação, alegria) 3. Aspiração ardente

4. Estudos espirituais. 5. Devoção a Ishvara. (o Deus Criador Indu)

Inegável a presença do pensamento sumério nos povos do Oriente Médio e Egito. Os egípcios, por oportuno, influenciariam gregos que em contrapartida influenciariam egípcios nos períodos de certas dinastias. Mas por trás das cenas estaria a originalidade suméria, mesmo nos períodos de domínios caldeu-sumério, acádiosumério, assírio-sumério e babilônico. Houve, desse modo, diversos amálgamas religiosos, ajustes, influências idiossincráticas, novos conceitos e novas práticas, mas nada tão absolutamente diferente que por milênios as religiões deixassem de possuir em traços comuns. Nas destacadas civilizações o povo praticava as religiões abertamente enquanto os sacerdotes as praticavam ocultamente sob certos cuidados e segredos. O Egito, embora se situasse na África, não produziu um povo com raízes unicamente africanas. Sua situação geográfica favoreceu a miscigenação com etnias nômades dos vários ramos raciais distintos de fora do continente, e mais tarde com semitas do Oriente Médio e grupamentos indo-europeus que chegavam em sucessivos êxodos em busca de água e alimentos. Apesar desse caldeamento, o Egito conseguiu isolar a casta real, a nobreza, a classe sacerdotal, os oficiais militares e os altos funcionários de administração, destacando-os dos emergentes de camadas inferiores do povo representados por trabalhadores, artesãos e escravos. As sucessórias investiduras da emblemática divina faraônica representavam para muitos reis os cargos de sumo ou altos sacerdotes, e essas proeminências facilitavam a implantação e conservação das idéias religiosas politeístas, muito embora existissem sempre disputas e cisões sacerdotais, principalmente entre as capitais Tebas e Menphis do alto e baixo Egito.

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O Egito, ao longo das dinastias, pôde produzir sua própria nomenclatura simbológica, riquíssima mitologia e três linguagens próprias de comunicação, a par de desenvolver adiantada ciência para a época, que em alguns aspectos era cercada de mistérios, como, por exemplo, as técnicas empregadas para as mumificações. E sob essa pulsante sabedoria, Moisés se instruiria e viria se preparar para introduzir no mundo semita o pensamento monoteísta. A isso se seguiria imediatamente um código moral disciplinador, sócio-religioso, chamado de os Dez Mandamentos. O motivo pareceria evidente, não sendo outro senão a mudança das conceituações politeístas já extenuadas após milênios de práticas. A longa caminhada humana, ao reinado de tantos deuses terrestres e extraterrestres, estaria assim aos pródromos de um novo rumo para um Deus unificador. Os períodos histórico-religiosos dos politeísmos seriam, a partir dessa aceitação, pouco a pouco soterrados pelo novo e sintetizador ciclo que se apresentava. Permeava-se de uma só crença e varreria em definitivo das mentes semitas as múltiplas interpretações do passado motivadoras de absurdas idolatrias. Os dez mandamentos, contudo, como todas as grandes e importantes revelações bíblicas e marcantes eventos, trariam com o tempo interpretações diversas e polêmicas. Mas para o povo a quem se destinariam naquele momento, e por conter claras coibições, os mandamentos se encaixariam básica e literalmente às necessidades de severa e necessária disciplina. Foram, na maior parte, imposições imperativo-negativas embora, mais adiante, nas revelações do Livro do Deuteronômio, Moisés introduzisse novas e disciplinadoras regras e comentasse sobre os deveres e cuidados acerca das ordens divinas. Os dez mandamentos, em síntese, viriam traduzir as seguintes primeiras regras disciplinadoras: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10.

Não terás outros deuses diante de mim. Não farás imagens de esculturas e não as adorarás. Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão. Guardarás o dia de sábado para O santificar. Honrarás a teu pai e tua mãe. Não matarás. Não adulterarás. Não furtarás. Não dirás falso testemunho contra o teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo nem os seus pertences.

O texto bíblico discorre sobre seis dessas regras e, sem dúvidas, é um breve discurso reconhecido como os dez ditos ou dez falas.

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CAPÍTULO VII AS ALIANÇAS DE IHVH COM OS HEBREUS DO ÊXODO

Este capítulo nos servirá para revermos e reavaliarmos os principais e marcantes eventos introdutórios do monoteísmo revelado a Moisés. Entendemos uma aliança como a forma de um compromisso mútuo ou de um pacto entre partes. Admitamos que o Deus IHVH resolvesse fazer uma aliança com o povo judeu a fim de estabelecer o monoteísmo na Terra. Mas em todas as aparições aos protagonistas Deus jamais solicitou a colaboração voluntária deles, antes os informou que eram escolhidos e deveriam realizar o que Ele determinaria. A contrapartida humana se daria através da fé e obediência e se procedessem como mandado veriam Sua glória entre o povo. Essa disposição representou propriamente mais que um pacto entre partes, mas uma imposição superior. Em termos espirituais, talvez pudéssemos definir a intenção de IHVH como instrumento definitivo para obrigatória oblação e sacrifício judeu. Nesse caso, não seria de fato uma aliança espontânea e nem os motivos reais de tal aproximação e inferência divina seriam revelados. Eis um mistério! A aliança, no entanto, como citada no Pentateuco, caracterizaria definidas etapas que iriam gerar marcantes e sucessivos acontecimentos como capítulos de uma história adrede delineada. Começaria, talvez, desde Adão, passando por Noé, Abraão, Isaque, Jacob e por Moisés, terminando finalmente com Josué em Canaã. Seriam, nesse caso, sete situações maiores sedimentadas com o sangue semita. E como cada uma dessas etapas desdobraria novos e definitivos rumos na história, preferimos definir essas variações como necessidades impostas a fim de reafirmar e levar adiante o roteiro básico com diferentes personagens, fossem eles principais ou secundários, ou intra-relacionados. Assim, com o tempo, Deus firmaria novas alianças, que repercutiriam nas gerações presentes e futuras dos judeus semitas, visando sempre tangíveis resultados. Ao analisar o Pentateuco e concentrar nossa atenção nas situações decorridas no êxodo, por ser o êxodo, talvez, o maior dos eventos épicos na história semita, acusamos a evolução de quatro grandes e significativos momentos nascidos das novas alianças. Os enfoques, por si sós, representariam os quatro grandes impulsos sedimentares para as aquisições de outros valores sócio-religiosos pelos hebreus. A cada uma daquelas alianças - reforçamos - se acentuariam contextuais decorrências perfeitamente segmentadas sob a égide de um determinismo perfeitamente encadeado. Acreditadas ou não, as narrativas bíblicas ressaltam, a nosso ver, a incontestável sabedoria de Moisés cimentada por uma invejável cultura sacerdotal. Embora sistematicamente lenta através dos milênios, a marcha evolutiva humana em todo o mundo, atingiria periódicos e destacados ciclos de transições. Nesse prisma,

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os fatos históricos catalogados ao longo do tempo, evocariam também com certa freqüência elementos culturais e religiosos que sob muitos aspectos foram reveladores de mútuas identidades entre os povos. Daí, podermos concluir e reafirmar que alguns episódios transcritos nas páginas do Velho Testamento, recomendam-nos uma olhadela aos hábitos religiosos dos egípcios. Se a Bíblia é ou não uma espantosa obra ficcionista, é outra história e discussão. Mas os delineamentos progressivos de seus textos conduzem os personagens semíticos a transitar com freqüência de um pólo a outro por importantes conexões de práticas egípcias. Além do Pentateuco, essas similitudes percorrem outros livros e crônicas do Velho Testamento, insistimos nesta convergência. É possível admitir-se a sabedoria humana sacerdotal de Moisés sendo a todo o momento testada ou estimulada por um Deus sabedor a longuíssimo tempo das nuances anímicas dos vários povos da antiguidade. A visão de IHVH se materializaria e obraria através do conteúdo cerebral de Moisés. Desse modo, ambos empreenderiam enormes esforços no sentido de implementar elementos mais bem trabalhados para um novo ciclo sócio-religioso judeu. É sempre bom relembrar que escravos não tinham tanta liberdade para cultos religiosos, senão para aqueles permitidos por seus senhores. Essa oportuna observação implica no entendimento de uma perda de identidade idiossincrática e uma consciente ou inconsciente assimilação de outros valores dos povos dominadores. Por mais de 400 anos a inicial mensagem de IHVH a Abraão, sobre a multiplicidade de sua descendência, pareceria ter caído no esquecimento. Esse mesmo fato se daria com a revelação de Deus a Jacob acerca das doze tribos de Israel que herdariam Canaã. Moisés surgiria então como o grande pilar, a ponte vertical entre o Deus de Israel e seu povo a fim de fazer cumprir a promessa a Jacob em Betel. Notemos, no entanto, que Deus falaria a Jacob sobre Canaã numa visão futura, não definindo na ocasião o tempo ou data do acontecimento. As principais consecuções das promessas aos hebreus tomariam vulto séculos depois, a partir do solo egípcio, continuando numa vertente planejada para a consecução final, visto as novas alianças, todas elas, ensejarem acontecimentos espírito-matéria. O Livro do Êxodo relata que a primeira e substancial aliança de IHVH com os hebreus aconteceria justamente na libertação do jugo egípcio, com todas as implicações entre Moisés e Ramsés II. Por outro lado, podemos entender a proximidade cronológica dos cultos a Aton e a IHVH como tentativas reais e verdadeiras de se estabelecer definitivamente o monoteísmo. Com IHVH se inauguraria um ciclo judaico que se afirmaria diferente dos eventos liderados por Noé, Abraão, Isaque ou Jacob, cujas provas de fé haviam orientado basicamente os seus respectivos clãs. Com aqueles antigos patriarcas o Deus único não inspiraria a organização e consolidação de um credo. Mas com os israelitas do êxodo IHVH imprimiria no seu animismo sucessivos registros sobrenaturais de efeitos físicos tangíveis, com a intermediação de Moisés, de carne e osso como eles. As impressões dos efeitos terrenos produziriam, ademais, na psique coletiva, figuras

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críveis e indeléveis para as gerações futuras. Entretanto, naqueles momentos eles se tornavam testemunhas co-responsáveis por ter visto, conhecido e participado! A própria identificação do Deus de Abrão, Isaque e Jacob trazia uma conotação mais séria, mais definitiva, pois somente aqui ele revelaria seu nome, como descrito em Êxodo 6:2 “Falou mais a Moisés e disse: Eu Sou o Senhor” (IHVH). Sabemos do respeito que os hebreus tinham por Deus, ao evitar chamar-lhe pelo verdadeiro nome, substituindo IHVH por Adonai, que significa Senhor. A épica viagem rumo à Canaã prometida faria uma pausa ao pé do Monte Sinai, que Moisés subiria, como já vimos, e aonde se desenrolaria a dramática apresentação dos dez mandamentos. A prova material das Tábuas dos Dez Mandamentos se constituiria na inequívoca segunda grande aliança de IHVH com os hebreus. A alocação dessas dez regras viria de fato requerer, a partir dali, a rígida postura moral desejada por IHVH. Essa postura seria mais do que necessária para fundamentar os pilares sobre os quais o monoteísmo pudesse firmemente edificar-se e avançar como um culto desejável, possuidor de um código único e agregador. Esse código unificaria todas as demais práticas forjadas por outras crenças politeístas em que cada deus, bom ou vingativo, induzia a particulares e pessoais atitudes e cultos. A diferença básica se iniciava agora na contextura pragmática dos dez mandamentos, sob a rígida determinação de IHVH para obediência de todos. Os hebreus, no entanto, necessitariam de mais elementos para materializar um culto monoteísta e fundamentar sua fé religiosa. Mais adiante, Deus mandaria construir a arca que se consubstanciaria, juntamente com o tabernáculo e seus implementos ritualísticos, na terceira grande aliança. A surpreendente arca requerida pelo Deus IHVH seria qualquer coisa inusitada para um povo semita não acostumado a esse tipo de vínculo com outros deuses. Ao invés de uma imagem por Ele já proibida mandaria construir a arca para oficializar sua presença física entre o povo. No Egito havia arcas, veremos isso no próximo capítulo, mas eram objetos de cultos sacerdotais privativos, e não do povo, muito menos de escravos. Agora IHVH determinava a Moisés construir uma arca como no Egito, e justamente para um povo que lá estivera escravizado! A arca se constituiria em algo difícil e operoso para sua construção e de mão de obra artística e artesanal. Os objetos que a acompanhariam, todos confeccionados como os queria IHVH, identificavam a montagem de um templo especial, em pleno deserto, para a prática da magia. A magia, para seu pleno e perfeito funcionamento, necessitaria de uma organizada e complicada liturgia, ordenada e imposta nos seus mínimos detalhes pelo próprio Deus dos judeus - segundo os informaria Moisés - e com imolações de animais. A quarta grande aliança de IHVH com os judeus do êxodo detalhada no Pentateuco e complementada sua narrativa no Livro de Josué, seria justamente a posse das terras prometidas de Canaã. Essa quarta aliança aconteceria quarenta anos depois de iniciada a difícil peregrinação pelo deserto. A posse definitiva de Canaã se daria após a morte de Moisés, conduzida em grande parte pelo incansável espírito de Josué, empreendedor de inúmeras guerras.

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CAPÍTULO VIII A ARCA DA ALIANÇA Não poderíamos deixar de comentar mais profundamente sobre a Arca da Aliança, revelada nos textos do Pentateuco como o maior dos engenhos de opulência mágica, que seria mandado construir pelo Deus dos hebreus. A presença da arca evocaria mais tarde o imenso zelo davídico e a profunda devoção salomônica, e de tal sorte que o riquíssimo e artístico Templo de Jerusalém seria erigido, principalmente, em função de sua existência. Segundo os capítulos do Êxodo, Moisés receberia a incumbência de IHVH para construir a arca. Em 24:12, é dito: “Então disse o Senhor a Moisés: sobe a mim ao monte e fica lá; dar-te-ei tábuas de pedra e a lei e os mandamentos, que escrevi, para os ensinares.” Em 24:18, temos: “E Moisés, entrando pelo meio da nuvem, subiu ao monte e lá permaneceu quarenta dias e quarenta noites.” Em Êxodo 25:10-16, temos: “Também farão uma arca de madeira de acácia, de dois côvados e meio será o seu comprimento, de um côvado e meio a largura e de um côvado e meio a altura.” Seguindo-se a isto, Deus estabeleceria os demais detalhes acerca da construção da arca e de tudo mais que desejava a fim de materializar uma fantástica aliança com os hebreus. O metal básico que fundiriam para cobrir o interior e o exterior da arca, fazer as argolas para os varais, cobrir os varais e esculpir os querubins do propiciatório, seria o ouro, como é descrito em Êxodo 25:10: “De ouro puro a cobrirás; por dentro e por fora a cobrirás e farás sobre ela uma bordadeira de ouro ao redor. Fundirás para ela quatro argolas de ouro e as porás nos quatro cantos da arca: duas argolas num lado dela e duas argolas noutro lado. Farás também varais de madeira de acácia e os cobrirás de ouro, meterás os varais nas argolas aos lados da arca, para se levar por meio deles a arca. Os varais ficarão nas argolas da arca não se tirarão dela. E porás na arca o testemunho que te darei.” Em Êxodo 25:17-22, temos: “Farás também um propiciatório de ouro puro; de dois côvados e meio será seu comprimento e a largura de um côvado e meio. Farás dois querubins de ouro: de ouro batido os farás, nas duas extremidades do propiciatório; um querubim, na extremidade de uma parte e o outro na extremidade da outra parte: de uma só peça com o propiciatório fareis os querubins nas duas extremidades dele. Os querubins estenderão as asas por cima, cobrindo com elas o propiciatório; estarão eles de faces voltadas uma para a outra, olhando para o propiciatório. Porás o propiciatório em cima da arca e dentro dela porás o Testemunho que eu te darei. Ali virei a ti, e de cima do propiciatório do meio dos dois querubins que estão sobre a arca do Testemunho, falarei contigo acerca de tudo o que eu te ordenar para os filhos de Israel.” O que se estabeleceria entre o Deus IHVH e o povo israelita nestes episódios seria a determinante imposição para a prática do credo judeu, começado com a subjacente doutrina básica devocional, moral e social calcada nos dez mandamentos, e os

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decretos das primeiras leis igualmente morais e sociais por Ele mandados. Entretanto, o advento da Arca da Aliança, suplementado por grande aparato material para fins ritualísticos, configuraria, na verdade, um culto de pura magia! Isto fica bem claro quando Deus determina o que queria para as ofertas. No capítulo do Êxodo 25:1-9, temos: “Disse o Senhor a Moisés: Fala aos filhos de Israel que me tragam oferta; de todo homem cujo coração o mover para isso, dele receberei a minha oferta. Esta é a oferta que dele receberei: ouro, prata e bronze, e o estofo azul e púrpura e carmesim, e linho puro, e pelos de cabra, e peles de carneiros tintas de vermelho, e peles de animais marinhos, madeira de acácia, azeite para a luz, especiarias para o óleo de unção, e para o incenso aromático, pedras de ônix, e pedras de engaste, para a estola sacerdotal e para o peitoral. E me farão um santuário, para que eu possa habitar no meio deles. Segundo a tudo que eu te mostrar para modelo do tabernáculo, e para modelo de todos os seus móveis, assim mesmo o fareis.” Ao falar do candelabro em Êxodo 25: 31-40, Deus destacaria que o candelabro precisaria ser de ouro puro e batido, com todos os detalhes desejados e segundo o modelo mostrado a Moisés no monte. Em 26:13, IHVH daria todas as especificações das dez cortinas de linho retorcido, estofo azul, púrpura e carmesim, e com querubins. Haveria ainda muitos e meticulosos detalhes passados a Moisés sobre a feitura das cortinas. Em Êxodo 26:14-30, Deus ensinaria fazer a coberta de peles e as tábuas e de 31 a 37 daria as instruções sobre o véu de estofo azul, púrpura e carmesim e de linho fino retorcido bem como discorreria sobre a manufatura das colunas de madeira de acácia. Ensinaria, da mesma forma, onde colocar a arca e como instalar os véus separando o Santo Lugar e o Santo dos Santos, além de dar outros detalhes envolvendo a mesa, o candelabro, uma porta, o reposteiro, etc. Em Êxodo 27: 01-19 IHVH explicaria como construir o altar do holocausto com madeira de acácia e a maneira de dispor outros objetos complementares, como chifres, recipientes para recolher cinzas, pás, bacias, garfos e braseiros, e onde os chifres seriam recobertos de bronze e quais objetos seriam feitos do próprio bronze, etc. Neste capítulo, Deus ensinaria, também, a construir o átrio do tabernáculo voltado para o meridional sul e muitas outras coisas relativas a isso. Nos versículos 20 e 21 falaria do azeite para o candelabro. Em Êxodo 28, Deus nomearia Arão sacerdote e discorreria longamente sobre as vestes sacerdotais, sua feitura, modelo e adornos com ouro e especial pedraria. Interessante, sobretudo, em Êxodo 29, são as instruções de Deus acerca dos sacrifícios ou imolações de animais, o banho de sangue, as unções, o corte dos corpos animais, a assadura da carne, os cheiros, os pães e tudo mais que serviriam de oferta do povo para Deus. Adiante, Deus falaria do altar do incenso, do pagamento do resgate, da bacia de bronze, do óleo de santa unção, do incenso sagrado e dos artífices. A história da Arca da Aliança prosseguiria até o saque ao Templo de Jerusalém no reinado de Roboão, a partir do que se perderia o seu rastro. Durante o tempo em que a

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arca teria permanecido em mãos hebraicas, as situações de guerra lhes seriam favoráveis, conforme relato em Josué 6:2;11;16 sobre a destruição de Jericó: “Então disse o Senhor a Josué:Olha, entreguei na tua mão a Jericó, ao seu rei e aos seus valentes. Vós, pois, todos os homens de guerra, rodeareis a cidade, cercando-a uma vez: assim fareis por seis dias. Sete sacerdotes levarão sete trombetas de chifres de carneiros adiante da arca; no sétimo dia rodeareis a cidade sete vezes, e os sacerdotes tocarão as trombetas. Assim a arca do Senhor rodeou a cidade contornando-a uma vez. Entraram no arraial e ali pernoitaram. E sucedeu que, na sétima vez, quando os sacerdotes tocavam as trombetas, disse Josué ao povo: Gritai; porque o Senhor vos entregou a cidade.” Sob a proteção da Arca da Aliança, Moisés já teria vencido outros reis e tomado suas terras para os israelitas. Josué, continuando a servir IHVH e sob o poder e proteção da arca venceria trinta e um reis que reinavam do Jordão para o ocidente, desde Baal-Gade, no vale do Líbano, até o monte Halaque, que sobe a Seir; a qual terra Josué deu em possessão às tribos de Israel, segundo as suas divisões (Josué 12: 7-24). Após a morte de Josué, adviria um período de decadência das tribos de Israel. Muitas se voltariam para cultos estranhos ao estabelecido por IHVH, tendo permitido a convivência nos seus clãs de povos semitas adoradores de outros deuses. Como resultado, Deus os colocaria em mãos inimigas, em escravidão, durante alguns anos. Nesse quadro, Samuel relata a vitória dos filisteus sobre os israelitas no Capítulo 04:14, e a tomada da Arca da Aliança por estes inimigos, nos versículos 5-11. Em Samuel, Capítulo 5 há o seguinte relato que ilustra o poder da arca, apesar de todos os acontecimentos ao povo de Israel: “Os filisteus tomaram a arca de Deus e a levaram de Ebenezer a Asdode. Tomaram os filisteus a arca de Deus e a meteram na casa de Dagom junto a este. Levantando-se, porém, de madrugada os de Asdode, no dia seguinte, eis que estava caído Dagom com o rosto em terra diante da arca do Senhor; tomaram-no e tornaram a pô-lo no seu lugar. Levantando-se de madrugada no dia seguinte, pela manhã, eis que Dagom jazia caído de bruços diante da arca do Senhor; a cabeça de Dagom e as duas mãos estavam cortadas sobre o limiar, dele ficara apenas o tronco. Porém a mão do Senhor castigou duramente Asdode e os assolou e os feriu de tumores, tanto em Asdode como no seu território. Pelo que enviaram mensageiros e congregaram a si todos os príncipes dos filisteus, e disseram: Que faremos da arca do Deus de Israel? Responderam: Seja levada a arca do Deus de Israel até Gate e depois de cidade em cidade. E a levaram até Gate. Depois de a terem levado, a mão do Senhor foi contra aquela cidade, com mui grande terror; pois feriu os homens daquela cidade, desde o pequeno até o grande; e lhes nasceram tumores. Então levaram a arca de Deus a Ecrom. Sucedeu, porém, que, em lá chegando, os ecronitas exclamaram dizendo: Transportaram até nós a arca do Deus de Israel para nos matarem, a nós e a nosso povo. Os homens que não morreram eram atingidos com os tumores, e o clamor da cidade subiu até o céu.” O capítulo 6:13,15,19,20, em Samuel, continua: “Andavam os de Bete-Semes fazendo a saga do trigo no vale, e levantando os olhos viram a arca, e, vendo-a se alegraram. Os levitas desceram a arca do Senhor, como também o cofre que estava junto a ela, em que estavam as obras de ouro e os puseram sobre a

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grande pedra. No mesmo dia os homens de Bete-Semes ofereceram holocaustos e imolaram sacrifícios ao Senhor. Feriu o Senhor os homens de Bete-Semes, porque olharam para dentro da arca do Senhor, sim, feriu deles setenta homens; então o povo chorou, porquanto o Senhor fizera tão grande morticínio entre eles. Enviaram, pois, mensageiros aos habitantes de Quiriate-Jearim, dizendo: os filisteus devolveram a arca do Senhor, descei, pois, vós e fazei-a subir para vós outros. O capítulo 7:1 continua: “Então vieram os homens de Quiriate-Jearim e levaram a arca do Senhor à casa de Abinadabe, no outeiro, e consagraram a Eliazar, seu filho, para que guardasse a arca do Senhor.” Tempos depois, sendo já Davi rei de Judá, lutaria contra os filisteus, vencendo-os, e levaria a arca para Jerusalém. A arca teria ajudado Davi vencer guerras e manter-se rei até o último de seus dias. Salomão, seu filho, o sucederia. Logo construiria luxuoso templo em Jerusalém homenageando ao Senhor e no lugar mais interior, no Santo dos Santos, mandaria anciãos e sacerdotes de Israel depositar a Arca da Aliança. A arca conteria em seu interior tão somente as duas tábuas de pedra que Moisés ali pusera junto à Horeb e mais tarde, provavelmente, manuscritos. Depois da morte de Salomão, haveria a divisão da nação judaica nos reinos de Israel e Judá e não saberiam mais, com certeza, do paradeiro da arca. Suspeita-se que a arca teria sido retirada do Templo de Jerusalém no sexto ano do reinado de Roboão, sucessor de Salomão, antes da invasão de Judá pelo faraó egípcio Sheshonq I. Na ocasião, os egípcios teriam levado objetos do templo, e Judá seria transformada em estado tributário. Inscrições murais no templo de Karnak, no Egito, são o testemunho histórico dessa invasão egípcia à Jerusalém. Outros sugerem que antes da invasão de Jerusalém por Nabucodonosor II, Jeremias a teria escondido numa gruta. Sobre a originalidade da arca recaem muitas dúvidas de pesquisadores e historiadores. Considerando que Moisés de fato tivesse vivido no Egito, e fosse figura sacerdotal de proa e destaque na realeza egípcia, teria ele assimilado não só idéias monoteístas avocadas pelo faraó Akhenaton, como veria e experimentaria o poder das invocações ritualísticas no interior dos templos. Fosse Moisés escolhido de Ra, Aton ou Amom Ra para representá-lo fora do Egito, visto não ter vingado a tentativa de Akhenaton em instituir para seu povo a religião monoteísta, esse fato, por si só, se explicaria e jogaria luz sobre muitas discussões e especulações acerca de Moisés. O pensamento monoteísta poderia perfeitamente transitar de um ideal egípcio para um ideal hebreu e ajustar-se à índole do povo de Israel. Moisés seria mais bem talhado para representar o papel de libertador, intérprete de um Deus único e organizador de Suas leis. Além disso, Moisés teria conhecido arcas de formatos idênticos ou de modelos aproximados àquela que mais tarde seria atribuída à manufatura original hebraica. As arcas no Egito eram construídas para atrair poderes dimanados dos deuses a quem estavam ligadas. Atuavam como “acumuladores vivos” de energia, com que os sacerdotes se vinculavam e manipulavam. Arqueólogos, em escavações no interior de pirâmides e templos, se depararam com arcas e atestaram referencias a elas em murais.

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Neste particular, há o interessante registro dos objetos encontrados na tumba do faraó Tutankamon, morto aos 19 anos, sucessor de Akhenaton, o Rei Sol, como segue: Em 1923, Howard Carter, ao escavar o Vale dos Reis, encontraria justamente a tumba de Tutankamon, meio irmão do faraó deus-sol Akhenaton, com data presumível de 1322 a.C. Existiam na tumba muitos objetos semelhantes aos descritos no Pentateuco de Moisés, que no deserto serviam para armar e organizar a tenda do templo. Havia quatro caixotes, um dentro do outro, acobertados sob um pano de linho puro destacado ao alto, lembrando o tabernáculo levantado pelos semitas. Um dos caixotes expunha num dos lados externos a pintura de dois seres de asas plenamente abertas, como anjos ou querubins. O caixote maior, forrado em ouro, estava guardado em cada face, respectivamente, pelas deusas Isis, Selkit, Neith e Neftis. Interessante nessa tumba seria a equivalência com o modelo da arca bíblica de um baú de madeira ali achado, coberto por dentro e por fora de lâminas de ouro, igualmente sustentado por duas varas apropriadas ao transporte, conforme configurado na construção da arca hebraica. Da mesma forma ressalta a barca solar ao carregar uma arca, de cujos cantos da arca elevam-se quatro colunas terminadas numa cobertura sobre capitéis. O corpo da barca, repousando sobre um baú, conforma-se, alarga-se e se estende a partir de duas formas de cabeças de Íbis, lembrando carrancas, uma na proa e outra na popa. Ambas as cabeças estão alinhadas na mesma direção, olhando para frente, além da proa. De um lado e de outro da arca, viajando no meio da barca, há dois passageiros semelhantes a anjos. Um deles, sentado, parece conduzir a barca, estando com as costas levemente encostadas na arca, enquanto, o outro, em pé, no outro lado, parece apoiar a arca. Todas as representações são de alabastro. A arca, a barca e o baú se apresentam decorados nas faces externas por franjas em ouro, bem como há ouro chapeando os detalhes que desenham as pétalas de lótus, fechadas nos copos sobre e ao longo das colunas, e mais acima nos seus braceletes sob os capitéis. Outra referência às arcas egípcias é encontrada no interior da Grande Pirâmide de Gizeh, na Câmara do Rei, onde próximo a um dos cantos, disposta um tanto enviesada, há a construção fixa de uma arca com 1.97 m de comprimento x 0.68 m de largura x 0.85 m de profundidade. Após medirem sua capacidade de armazenamento em 1.138,66 litros, verificaram ser esta capacidade a mesma da Arca da Aliança dos hebreus. Em virtude dessas e outras procedentes analogias levanta-se também a hipótese de a Arca da Aliança ter seguido já pronta do Egito com Moisés, onde originariamente a teriam construído e montado. Nesta linha, todos os acontecimentos importantes decorridos em presença da arca explicariam o interesse do faraó Sheshonq I em tentar recambiá-la de volta ao Egito, após a queda moral dos judeus perante seu Deus. Os registros sacerdotais egípcios mencionam a alma de Ra, representada pelo disco solar, como fonte das energias do criador do universo. Semelhanças de Ra com IHVH, ao ancoradouro de superiores energias, poderiam sem dúvida existir na arca em poder dos israelitas, fato que Sheshonq I certamente não ignorava e ao desejar a arca justificaria uma de suas alegações para invadir Jerusalém.

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Outra arca idealizada pelos egípcios acha-se encimada por um touro, uma serpente alada e Maat, a deusa da verdade. Esses símbolos, por demais evidentes, indicam as forças terrenas em constantes transmutações na alma humana sob as energias superiores dos deuses. A última e recente hipótese que se pode confrontar, relativa ao paradeiro da Arca da Aliança, se encontra nas notícias de sua localização no próprio Israel. O jornal “Discovery Times” publicou extensa reportagem com ilustrações de fotos, do trabalho de escavações de Ronald Wyatt e seus dois filhos que culminaria com a descoberta da arca. Uma das colunas do jornal começa informando: “On Wednesday, 6th January 1982, Ron discovered the cave chamber where the ark and other temple items had been hidden over 2600 years before. (Na quarta-feira, 6 de Janeiro de 1982, Ron descobriu a câmara da caverna onde a arca e outros pertences do templo se encontravam escondidos por mais de 2600 anos).” A arca e demais achados encontrar-se-iam ainda guardados na mesma caverna. O governo israelense teria reforçado a segurança da caverna e desde a descoberta têm mantido o fato em relativo segredo, por temer reações e agitações de religiosos extremistas. Um anjo com aspecto humano que guardava a Arca, segundo Wyatt, afirmaria que as Tábuas dos Dez Mandamentos somente estarão permitidas à visitação pública, após a divulgação de um decreto mundial que determinará a introdução do “Sinal da Besta” na humanidade. Sobre isto temos o seguinte: Não é mais segredo que em todo o mundo estudiosos da Bíblia e pesquisadores têm afirmado que o sinal da besta apocalíptica já vem sendo introduzido em homens, a par de seus indícios aparecerem nas embalagens de produtos comerciais. Os códigos de barra de produtos em mercados, e do comércio em geral, calcam-se na combinação 666 que é justamente o número apocalíptico da besta. Baseiam-se essas conclusões sobre o que é dito no capítulo 13, 16-17-18 do Apocalipse: “A todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz que lhes seja dada certa marca sobre a mão direita, ou sobre a fronte. Para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta, ou o número do seu nome. Aqui está a sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois é número de homem. Ora, esse número é seiscentos e sessenta e seis”. As marcas seriam micro-chips ou bio-chips implantados no dorso da mão direita de seres humanos, de maneira indolor, que ajudam a identificar os sinalizados através de um código pessoal. Esses implantes, cuja tecnologia experimental é financiada em milhões de dólares por grandes companhias do monopólio internacional, realmente vêm sendo testados em jovens voluntários americanos e de outros países. Surpreendentemente, os resultados das pesquisas revelariam ser o dorso da mão direita e a testa, exatamente os pontos mais adequados para alojar os chips no corpo humano. Afirmam os denunciantes que, estando os chips aprovados, a população mundial passaria rapidamente pelos implantes, dando-se o fim da circulação do dinheiro no planeta, estabelecendo-se o consequente controle de todas as operações comerciais somente por computadores. Adicionalmente - e aqui se colocam alguns dos mais convincentes argumentos para a prática do monitoramento - acabariam os assaltos, os seqüestros, as fugas de

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presídios, as pessoas perdidas em florestas ou noutros lugares, o desaparecimento de crianças, adultos, etc. Em contrapartida, acabariam praticamente as instalações de bancos e empresas financeiras, ocorrendo o desemprego de milhões bem como - o pior de tudo - terminaria a privacidade da população mundial. Essas hipóteses, e mais a interferência de extraterrestres malignos infiltrados nos governos da Terra para essas finalidades, vêm sendo seguidamente debatidas em livros, na internet e em palestras de pesquisadores, religiosos e esotéricos. Por milênios os alienígenas invasores trabalhariam para essa culminância, mas não passariam despercebidos por Jesus, ao descobrir nos escribas e fariseus a presença infiltrada de uma raça alienígena conhecida por reptiliana, conforme indicado em Mt. 23:13. “Ai, de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque fechais o reino dos céus diante dos homens; pois, vós não entrais, nem deixais entrar os que estão entrando. ’ Em Mt 23:33 ‘Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?’ ” Existe, pois, segundo denúncias desses pesquisadores, uma extensa rede mundial composta de grupos multibilionários, dos mesmos monopólios responsáveis pelo desenvolvimento dos bio-chips, dominadores das atividades básicas humanas, cujas cúpulas diretoras, ávidas e ambiciosas, estariam submissas àqueles seres a quem os seus ascendentes há séculos ou milênios os viriam servindo consciente ou inconscientemente. Há relatos de testemunhas que os teriam visto levar para suas cidades subterrâneas seres humanos seqüestrados a fim de submetê-los às experiências genéticas diversas, ou para servir-lhes de alimento. Os reptilianos, por enquanto, não desejariam exterminar de todo a raça humana por querer aprender da identidade do homem com seu Criador, uma vez que por má conduta no seu planeta de origem teriam rompido a ligação com suas almas, não podendo mais evoluir. Estariam, assim, fadados ao desaparecimento ao invés de continuar a evolução física e espiritual. Pouco se importariam com a sorte dos seres humanos, que para eles nada mais são do que objetos e trampolins para suas finalidades. Isso viria coroar seus mais recentes e milenares esforços, desenvolvidos através das vias repulsivas palmilhadas por desgraçados seres humanos mergulhados nos lodaçais do fanatismo, ódio, vícios, prostituições, guerras e crimes de toda a sorte. Os infelizes irmãos derrotados, e muitos outros milhões enredados em seus egocentrismos, na soberba, materialismos e em vícios incuráveis, portadores de genes reptiliano herdados de seus próprios ascendentes, externando padrões vibratórios de diversas freqüências, reuniriam agora necessárias condições de melhor beneficiar aos mestres das trevas a uma “colagem” para a edificação de pontes condutoras a uma dimensão astral mais elevada. Diga-se, por oportuno, que os males da humanidade recuam em muito ao Éden, onde Caim teria morto Abel. A atração pelas vias erradas e ampliação do mal parecem inerentes às raças humanas. E não seriam somente os reptilianos os causadores desses males terrenos; outros extraterrestres já interpolariam na Terra, realizando mutações genéticas em primatas, homens e animais. Acresce que no decorrer dos milênios outros povos alienígenas provindos de planetas dentro e fora de nosso

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sistema solar, viriam aportar na Terra muito embora proporcionassem impulsos evolutivos utilitários, científicos e tecnológicos. Alguns seriam amistosos, outros não. O ceticismo se assoberba sobre fatos semelhantes e ainda interpõe imensos obstáculos na aceitação pelo menos razoável da hipótese de não sermos os únicos seres humanos a existir no universo. A despeito de muitas afirmações em contrário, baseadas nos argumentos da falta de evidências concretas de sinais de vida fora da Terra, acontecimentos cada dia mais frequentes da exploração de nosso planeta por alienígenas já fazem alguns céticos começar a baixar seus escudos. Antes diziam dos relatos meramente fantasiosos ou da imaginação fértil de esotéricos e ufólogos. Hoje já se contradizem ao constatar a exploração sobre assuntos de ovnis por pesquisadores acadêmicos. E como não podem mais negar, justificam a procedência da investigação unicamente pelo emprego de metodologia racional-científica, não se furtando em responsabilizar esotéricos e ufólogos por atrapalhar as pesquisas com suas crenças desprezíveis. E a despeito das confissões de governos sobre a existência de naves extra-planetárias na Terra, isso não os sensibiliza e recriminam essa posição, classificando-a como objeto especulativo sem nada absolutamente provado. Nem os extraordinários e surpreendentes “crop circles” são suficientes para um despojo de suas resistências. Os hilariantes desmentidos de pessoas antes testemunhas dos acontecimentos e suas bizarras e mentirosas encenações, ainda continuam bemvindos e festejados pelo ceticismo cerrado. Na verdade, aos não céticos nada disso importa – e contam bilhões - pois a vida segue como sempre seguiu seus próprios rumos jamais precisando bater às portas do ceticismo a fim de poder se manifestar. Não bastando as provas testemunhais de fatos acontecidos diante dos narizes de estupefatas populações em todo o mundo, ou coletadas pela tecnologia de consumo, comprovando os passeios e ingerências de extraterrestres na vida planetária, uma cascata de outras descobertas através do Hubble, de satélites e das prospecções de atentos pesquisadores, continua a afrontar a ortodoxia dos postulados mais rígidos do cientificismo hermético. Essas fontes propiciam que elementos concretos permeiem discussões cada vez mais frequentes, abrindo vias para proposições mais bem construídas e ousadas acerca de um universo infinitamente amplo em conceituações objetivas e subjetivas do que admitiam ferrenhos conservadores. Vejamos trecho de uma notícia veiculada em 19/10/09, pelo O Estado de São Paulo: “WASHINGTON - Astrônomos descobriram 32 novos planetas fora do Sistema Solar, o que vem se somar à evidência em favor da ideia de que o Universo está repleto de possíveis palcos para o desenvolvimento de vida. Os cientistas não encontraram nenhum planeta do tamanho da Terra que parecesse habitável ou, de alguma forma, incomum. Mas o anúncio eleva o número de planetas já descobertos fora do Sistema Solar a mais de 400”. Essa informação evidentemente não é completa, mas revela por parte dos observadores a preocupação em busca de respostas das próprias ciências acerca das origens da vida no universo. Hoje as explicações antigas e veladas não satisfazem e a falta de respostas mais objetivas e sensatas vêm trazendo muitos incômodos, principalmente mediante tantos acontecimentos anotados na Terra, e nas especulações sobre as viagens da NASA em nosso sistema solar.

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Já o astrofísico Ralph Pudritz da McMaster University de Hamilton, Ontário, Canadá, dá uma largada mais distante ao afirmar que pelo padrão encontrado na formação de aminoácidos em meteoritos, de fontes hidrotermais profundas, se pode concluir que seres alienígenas poderiam ter compartilhado na Terra de uma base genética comum. Pelas leis básicas da termodinâmica o padrão é também aplicável a todo o universo conhecido. Baseado na existência de dez aminoácidos comuns encontrados em meteoritos antigos, Pudritz concluiu que eles poderiam gerar e replicar rapidamente. Por outro lado, o professor Sam Chang vai mais longe ainda. Ao estudar as sequências do DNA defende que as sequências não codificadas responsáveis por 97% do DNA humano são códigos genéticos de vidas alienígenas. Como se sabe, elas são comuns em todos os organismos vivos que conhecemos. O chefe do grupo do Projeto Genoma Humano fez ainda a revelação assustadora de que as cadeias alienígenas vigorando no DNA humano com suas próprias veias e artérias, possuem um sistema próprio imunológico que resiste a qualquer tipo de droga anti-cancerígena até hoje experimentado. Acredita o professor Chang, pelas constatações da ciência genética, que a evolução humana não aconteceu da maneira como geralmente se pensa. Bem, essas são informações mínimas de como especialistas de alto gabarito estão trabalhando em vários países sobre projetos especiais, naquilo que antes era considerado fantasia pelos céticos não especializados. E pouco importam as divergências. Pois as próprias ciências vêm seguidamente quebrando seus dogmas, deixando para trás as figuras ultrapassadas e descrentes que por muito tempo atravancaram o fluxo inovador de idéias e conceitos de outra realidade universal mais ousada. Esses avanços, com toda a certeza, virão entrar nos campos das suposições darwinistas e formarão concepções mais plausíveis e menos infantis do que a da simples origem humana a partir dos macacos, ou de um ancestral comum de restos fossilizados jamais encontrados. E colocarão em cheque a Genesis bíblica, as lendas que sobreviveram através dos tempos, de diversos povos, e as afirmações das escolas herméticas do ocultismo e esoterismo em geral. Isso será muito proveitoso e com certeza tocará profundamente naqueles pontos polêmicos jogados debaixo do tapete, ou permeados pela irracional negativa de ortodoxos de vários segmentos da cultura de nossas sociedades. Para estudantes do ocultismo, excetuando as conjeturas imaginosas dos pesquisadores inconformados, muitas dessas revelações das ciências ainda que embrionárias e algumas em níveis somente especulativos, não surpreendem e deixam rastros procedentes. Mormente quando é comprovado que povos antediluvianos nos legaram documentos valiosos, em figuras rupestres em cavernas, de máquinas voadoras e homens estranhamente vestidos. Além disso, outros povos de etnias mais recentes, através da tradição oral, conservam histórias sobre uma guerra travada nos céus e na superfície da Terra entre “deuses celestiais”, que teria provocado enormes destruições na natureza de todo o planeta, em homens e animais. Os antigos egípcios, os maias e astecas, têm representações de bizarros seres, homens-répteis, aviões, naves-foguetes, discos voadores e astronautas – fontes inequívocas e esclarecedoras acerca de presenças alienígenas nas suas civilizações. Portanto, o planeta Terra sempre conviveu com a dicotomia do bem e do mal entre seres estelares e terrenos, entre deuses e demônios, e essas asserções assinaladas nos sagrados livros

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milenares, principalmente orientais, a história oficial vem nos repassar como lendas e crenças primitivas totalmente anímicas, sem quaisquer respaldos da realidade. Modernos e livres pesquisadores, destarte, entendem essas referências de muitas outras maneiras e redescobrem nos achados arqueológicos o quanto os teóricos e ortodoxos da cultura terrestre nos têm privado. Isso sem abordarmos os Vimanas, que eram naves voadoras dos deuses, extensivamente referidas nos livros dos Vedas de muitos milênios, especialmente no Mahabharata. Além desses povos acima citados, as escavações da arqueologia têm encontrado em todos os continentes outros templos de antiqüíssimas cidades, com milhares e milhões de anos de pré-existência, e os arqueólogos têm coletado objetos de metais de incríveis feituras que somente poderiam existir com o emprego de tecnologias de impossíveis manipulações por seres primitivos. Fora a constatação de imagens e figuras de tripulantes pilotando máquinas voadoras de complicadas montagens, descobertas nos acervos arqueológicos de civilizações desaparecidas, que o grande desvelador de enigmas, o precursor Erich von Däniken e outros lúcidos pesquisadores importantes já mostravam e mostram. O que mais se poderia concluir sobre tantas provas, senão que nosso planeta não é palco unicamente de povos que nele habitam e nossas ciências não são tão soberanas quanto alguns homens que a manipulam pretendem fazer crer? E nem tão avançadas que se pudessem comparar com as de extraterrestres que nos visitam há milênios, vindos desta mesma galáxia e de fora dela. Ou admitir isso seria cravar um punhal no próprio peito? .

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PARTE II

ESOTERISMO E CRIAÇÃO

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CAPÍTULO IX PROCESSO EVOLUCIONISTA

Salientaremos nesta segunda parte do livro um pensamento diverso e mais amplo do aposto na primeira parte, visto a ênfase dada até agora explicitar muito mais os aspectos religiosos da Bíblia e o rigor de suas controvérsias com a história e arqueologia. Para o estudante do esoterismo a linguagem empregada nas narrativas bíblicas pende propositalmente para os simbolismos. Nomes, lugares e eventos induzem a outras conotações interpretativas, ao contrário da literalmente entendida pelos religiosos e leigos. O Velho Testamento apresenta maior dificuldade de aceitação histórica do que o Novo. A suspeitosa cronologia atribuída às suas narrativas não permitiu até agora reunir elementos concretos para a remontagem de uma linha sequencial crível. Além da inexistência de provas cabais do que é narrado, há muitos hiatos entre determinados acontecimentos e um sem número de aparentes incongruências. Nem dos personagens se tem documentos lídimos e comprobatórios. Praticamente todos os personagens citados no Pentateuco se tornaram elementos sem perspectivas de provas, restando tão somente o reconhecimento pela fé religiosa. Do mesmo modo, conforme vimos, muitos locais, regiões e cidades não batem nas suas localizações com as recentes provas alinhadas pelas descobertas arqueológicas. Situação diferente vamos encontrar nas páginas do Novo Testamento que já apresentam possibilidades mais reais e concretas de aceitação devido a proximidade de seus eventos com a organização da história recente. Nesse caso, foi possível reunir amostras de provas do curso dos acontecimentos e assim oferecer maior credibilidade. Ainda assim, Jesus não teria existido para a história oficial num prolongamento de eventos perfeitamente comprobatórios. Restam ainda dúvidas de sua existência, exceto por conta de um pronunciamento do historiador Flavius Josephus do século I ao referir-se, entre os anos 38 e 39, a certo profeta de Nazaré numa carta dirigida a Tiberius pelo senador romano Publius Lentulus, que teria vivido na Galiléia no tempo de Jesus, descrevendo-o fisicamente e ressaltando sua alta moralidade. Tanto a existência da pessoa Publius Lentulus como a autenticidade de sua carta foram negadas ao longo da história, mas não de forma totalmente convincente. Da mesma maneira, a declaração de Flavius Josephus é ainda hoje alvo de suspeições, críticas e interpretações, por existir em todas as épocas motivações políticas ou interesses de outra natureza. Para o religioso, contudo, Jesus foi incontestavelmente verdadeiro e quem duvidar desta afirmativa comete apostasia. Já o esotérico vive num mundo muitas vezes aparte das assertivas históricas e visão literal-retilínea de muitos religiosos. As bases do pensamento esotérico emergem tanto de fontes materiais palpáveis, como associadas às revelações de outro naipe. As escolas tradicionais dos ensinamentos ocultos com suas obras escritas ao alcance dos

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muitos estudantes, auxiliam-nos a edificar um pensamento sobre bases diferentes do oficializado pelas instituições do mundo contemporâneo. Há no esoterismo outra realidade não mencionada nos anais da história e ciências oficiais sobre o nascimento do universo, a construção do sistema solar, o surgimento do planeta Terra, e a criação da humanidade e sua endógene. A sabedoria esotérica vem sendo mantida há milhões de anos em livros de especiais feituras, isentos dos efeitos do tempo e intempéries, em pergaminhos, na tradição oral ou em registros acima do espaço físico material. O estudante das ciências ocultas pode ter acesso gradativo a estas fontes segundo seu avanço mental e espiritual. Ao contrário das religiões o esoterismo não é para todos. A prova está no cuidado e resguardo de suas revelações. Há ainda muitos níveis mentais e espirituais a serem atingidos pela humanidade, motivo pelo qual muitas revelações se encontram preservadas pelos mestres do esoterismo. Há luzes superiores não alcançadas pelas ciências materiais que somente abrem-se ao esotérico. Não é condição sine qua non possuir diplomação universitária ou grande aptidão intelectual para se tornar esotérico. As qualificações acadêmicas somente valerão ao estudante se houver íntima e verdadeira espiritualidade. E nem sempre um praticante de magia ou um teórico em assuntos do esoterismo é na verdadeira acepção e significado do termo, um iniciado, mesmo pertencendo aos altos graus das escolas tradicionais. Para tanto, o estudante necessita antes de tudo tornar-se espiritualista. A espiritualização da personalidade é essencial para o desenvolvimento de faculdades superiores conscientemente dirigidas. Não raro o estudante se complica e se atrasa na caminhada evolutiva justamente por não desejar obedecer às orientações disciplinadoras de seus superiores do mundo espiritual. Por conta das desobediências abrem-se janelas em seu íntimo, e ele recebe energias e projeções astrais e mentais prejudiciais a sua integridade, não sabendo como rechaçá-las. Algumas vezes, envolve-se em situações ocasionadas por essas invasões, decresce em sua frequência vibratória e assim cai por terra. O esotérico não é necessariamente um intelectual, mas sim seguidor das lições que as aprende passo a passo pela vivência e observação. Com o tempo poderá despertar a intelectualidade e até falar ou discursar sabiamente. Há muitos exemplos no mundo de homens e mulheres que mais tarde atingiram status mental superior às suas iniciais categorias de pessoas comuns. O intelectual do mundo, por mais brilhante ou altiloqüente que possa revelar-se, conforme citamos, não entenderá jamais o esoterismo e nem a espiritualidade como de fato devam ser praticados. A menos que deixe a vaidade e o orgulho intelectual de lado e aceite a humildade. O intelecto desenvolvido e somente polarizador de valores materiais, é o grande empecilho e principal responsável por afastar o homem de sua origem espiritual conduzindo-o ao ateísmo. Não é pelo fato de se ter tornado intelectual que o homem terá aprendido a dominar o orgulho, a vaidade, a avareza, o egoísmo, o racismo, as taras, a crueldade e demais defeitos da personalidade. Em ocasiões, ao contrário do desejável, é justamente pelo fator intelectivo desperto e irresponsavelmente usado que virá intensificar ainda mais elementos negativos e ultrajantes para a alma. Tão pouco o religioso dedicado às liturgias será um realizado se não trabalhar duramente a espiritualidade. O grande erro das religiões é passar aos que aceitam

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seus dogmas a idéia de que unicamente as práticas religiosas conduzirão à salvação. Não há paraíso e nem inferno fora de nós mesmos. Criamos em nosso íntimo o próprio destino. As dimensões onde almas de semelhantes inclinações se encontram após a morte dos corpos físicos, representam prolongamentos de suas consciências no espaço-tempo. Práticas religiosas são meramente credos; qualquer pessoa pode exercê-las mecânica e organizadamente ou com perfeita técnica, no entanto não cumprindo de fato os preceitos e mandamentos morais no cotidiano pouco terá de fato realizado. A ortodoxia pode também conduzir ao engessamento do racional e do caritativo, quando normas e disciplinas são impostas com tal energia e firmeza que não permitam aberturas para reflexões. Neste tipo de interpretação e aplicação do “espírito da letra,” coração e mente são tiranizados, portanto a própria alma, deixando assim que o pensamento religioso concreto se materialize duramente sobre a razão e consciência da espiritualidade. Esse é um dos principais e nefastos fatores conducentes ao fanatismo e às idéias religiosas obsessivas. Os grandes homens que falaram e obraram em nome de Deus estavam libertos da ortodoxia religiosa. Fizeram-se senhores de si mesmos, transcenderam normas e dogmatismos e ao iluminar-se deixaram definitivamente as discrepâncias e preconceitos para trás. Alguns realizaram voluntariamente disciplinas religiosas, mas para seus objetivos maiores de libertação comprovaram a total inutilidade e as largaram, partindo para insólitos desafios. E por terem emergido livres e conscientemente para a liberdade - unicamente por isto - não escaparam à condenação da estreiteza sacerdotal e nem dos aprisionadores dogmáticos. Assim se passou com Manes, Francisco de Assis, Buda, Jesus e outros luminares. As religiões não são absolutamente o caminho reto para a verdadeira vida. As salvações estão justamente acima das religiões, pois as estruturas e edificações religiosas tiveram a mão e o cérebro limitados do homem. As religiões são sustentáculos de energias que se ancoram de maneira tecnicamente possível, atraídas por fórmulas recitativas, rituais, pregações ou práticas que necessitam estar todos os dias ativados. Essas energias em movimento se dão e se recebem através das mentes de seus praticantes, e cada religioso se torna responsável pelo teor-qualidade externado por sua religião. As religiões representaram através dos séculos e milênios justamente estágios necessários para a humanidade, organizadas inicialmente segundo respectivos grupos raciais e idiossincrasias. E esses grupos foram e são nutridos por campos vibratórios de energias especialmente qualificadas. Assim foi possível manobrar um aumento da capacidade de absorção e retenção das energias a cada um dos praticantes. Por aparente paradoxo, essa idéia, para melhor entendimento e aceitação, precisou ser trabalhada em níveis acima do entendimento comum não alcançado pelas religiões. As tradições religiosas foram e ainda são fases ou faces de um todo, cuja perspectiva real desse todo, incabível no pensamento humano, é mais ampla e completa do que supuseram até mesmo sacerdotes e mentores responsáveis por tocá-las adiante e mantê-las ativas. A humanidade evolui em ciclos e espirais cíclicas. As religiões, por si sós, não conseguem entender o que seja a verdadeira marcha evolutiva humana por se ocupar

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de um só momento sobre a esteira de revelações mensuradas para efeitos definidos. Há religiões que nasceram de crenças e práticas primitivas. Não foram e nem são religiões organizadas para uma finalidade produtiva dentro de um organograma mundial. Por isso, muitas não sobreviveram e outras se tornaram arremedos de culturas em vias de extinção, e cujos resquícios de memória teriam permanecido no atavismo de grupamentos étnicos. As primitivas religiões de adoração ao Sol, à Lua, ao vento, fogo, água, terra, céu, estrelas e aos fenômenos gerais da natureza, estão nesse enquadramento de uma minoria, veiculadas a raízes mais profundas e distantes. Houve um tempo do existir uma religião natural e espontânea, embora orientada nos seus fundamentos básicos segundo as leis da natureza. Mas o ciclo dessa devoção terminaria quando os primeiros ramos raciais deixaram o estágio infantil e mergulharam noutra fase do conhecimento. Esse novo ciclo, contudo, traria conflitos que até hoje se procuram solucionar para a grande massa humana. As limitações das religiões e o mau emprego das interpretações doutrinárias estão longe ainda de conduzir o homem a uma síntese universal com seu Criador. Por outro lado, os avanços das ciências concretas iludem e seduzem milhões a uma realidade unicamente material. Embora o vocábulo religião advenha do latim “religiõ” ou “religo”, ou seja, significando mais amplamente ligar de novo o homem a sua divina origem, essa origem para milhões ainda não foi sequer vislumbrada e nem demonstrada convincentemente por qualquer das religiões não esotéricas. O que se observou do passado foram evoluções parciais da consciência humana relativas às manifestações e disciplinas da personalidade. Sabem os esotéricos da formação sétupla das unidades de consciência em estágios evolutivos na Terra. Unidades de consciência somos nós e o processo do aprendizado torna necessário adquirirmos o conhecimento de sermos possuidores de outros veículos além de um corpo sólido material. Em resumo: o ser em evolução é uma unidade de consciência denominada também de espírito, possuidora de uma alma bem mais complexa do que é ensinado nas religiões, e manifestada na Terra por um conjunto de veículos chamado na sua integral contextura de personalidade. Portanto, a tríplice edificação espírito-almapersonalidade, estrutura cada unidade de consciência inserida num plano evolutivo. O grande objetivo, a verdadeira meta, a realização transcendental em nossa vida planetária, num primeiro e grande estágio, é elevarmos de tal forma a totalidade de nossa consciência que possamos exercer a triplicidade desta estrutura pelo conhecimento e sabedoria de leis superiores. E até onde sabemos, esse sistema solar nos deterá somente por um determinado tempo, sendo necessário mais adiante, no curso dessa evolução, ancorar-nos noutro sistema solar, talvez até de outra galáxia, para ulteriores aprendizados. Esse pensamento, entretanto, precisa transcender a concepção da existência de vida inteligente unicamente no espaço físico onde movemos nossos corpos biológicos. A dimensão física do sistema solar é concretamente circunscrita por uma quantidade de matéria apropriada pelo Criador para esse tipo de manifestação. Elevando a consciência sobre essa visão a humanidade pode considerar verdadeiras outras dimensões formadas de matéria mais sutil, porém tão real e tangível naquelas dimensões quanto é tangível a matéria do mundo físico, onde, para a maioria, os sentidos aqui estão subjugados. E uma vez entendida essa realidade, e em se

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trabalhando conscientemente essa idéia, acaba-se por despertar a intuição plena destacada do instinto intelectual, e a visão mental de outras dimensões.

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CAPÍTULO X A CRIAÇÃO DO SISTEMA SOLAR Cientistas de modo geral são céticos quanto à existência de um Criador. Embora a lógica ateísta de algumas teses das ciências materiais possa ser asseverada por leis físicas e demonstrada matematicamente é tudo muito limitado e questionável, devido ao fato de o homem nada inventar, mas unicamente redescobrir e transformar. O enquadramento de fenômenos naturais dentro de situações previsíveis ou a aplicação de leis físicas para o utilitarismo, somente vêm reforçar que a natureza é inteligente. O homem trabalha a matéria e dela obtém outros recursos, mas não cria leis para suas transformações: se apropria das leis existentes na natureza e as dirige para seus objetivos na medida de suas investigações. A questão do evolucionismo por geração espontânea após o big-bang parece ao esotérico uma incrível ingenuidade da mente científica de nossos dias. É só comparável às interpretações de nativos acerca da existência do universo e fenômenos da natureza. Aliás, os nativos, em suas primitivas crenças, sempre acreditaram num criador, não importando a forma como o descreviam, ao contrário da mente científica que se julga soberana pela tecnologia até agora desenvolvida. Entretanto, vemos que essa posição antes com ares de absolutismos, dia a dia se enfraquece. O mundo cansou-se de atestar erros avaliativos de cientistas cujas arrogantes declarações somente causaram ora medo, ora preocupações ou falsas expectativas do desvendamento definitivo de certos enigmas da existência humana. Da mesma forma, religiões assoberbaram-se da sabedoria. Fanáticos criaram crenças e movimentos pseudo verdadeiros, ou divulgaram profecias sobre um final do mundo que não aconteceu. Essa volúpia pelo reconhecimento popular jamais guiou a expressão do pensamento de verdadeiros esotéricos, mesmo porque a filosofia de suas investigações e ensinamentos nunca foi aberta indiscriminadamente. E aqueles que se aventuraram ao longo da história a pregar ao mundo certas verdades universais para a libertação das várias algemas terrenas, foram sistematicamente anatematizados, calados à força ou mortos pelos poderosos a quem não interessava a liberdade do pensamento. O esotérico cultua o conhecimento investigativo de uma sabedoria tão antiga que se perde nos anais do tempo terreno. E, principalmente, trabalha com afinco para a evolução planetária e de seus habitantes. O próprio pensamento científico de todas as áreas foi trabalhado desde os seus primórdios pelos homens devotados ao esoterismo. O termo esotérico é proveniente de esotéricos, palavra grega que significa interno, oculto. Essa terminologia é aplicada genericamente ao praticante das artes místicas, mas principalmente àquele que se dedica a vivenciar as verdades do ocultismo. O esoterismo, portanto, se interioriza na investigação, conhecimento e prática das ciências ocultas. Mas o esotérico é também um estudioso das ciências materiais, por isso achamos adequado dizer em poucas palavras que esoterismo são

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apropriações do oculto através de estudos e práticas iniciáticas, e em certo grau de conseqüentes relações com o mundo objetivo. Há várias conceituações sobre a criação do universo. O conhecimento humano de Deus e Seus propósitos para nosso sistema solar são tão elevados e incompreensíveis que na atualidade, por mais que nos esforcemos por entendê-los, atingiremos unicamente ínfima parcela dessa realidade. A sabedoria da criação é somente detida pelo esotérico em pequenas porções, segundo sua evolução mental e espiritual. O cérebro humano jamais poderá armazenar todas as informações sobre Deus, porque é feito de matéria condicionada ao espaço-tempo e Deus é infinito e transcendente a tudo. Há muitas inteligências obrando no sistema solar constituindo hierarquias. Esse é um dos motivos pelo qual existem interpretações diversas sobre Deus e Sua obra, pois quando representantes dessas hierarquias superiores, que nada têm a ver com a evolução da humanidade terrena - senão a intenção de ajudar - se põem a esclarecer, surgem controvérsias. As hierarquias próximas de nosso mundo, por vigiar-nos mais de perto e conhecer melhor nossas dificuldades e caminhos percorridos, passam-nos com maior frequência informações e conhecimentos esotéricos não disponíveis ainda às fontes histórico-científicas, e mais apropriados a nossa pequena evolução. Podemos inicialmente dizer que toda e qualquer especulação acerca de Deus é inútil se não procurar-se antes entender alguns aspectos externos de Sua obra. Ainda que a fração do conhecimento esotérico da criação possa parecer grande, ela é mínima ao nosso atual estágio evolutivo. Mesmo grandes mestres da estatura espiritual de Cristo, Buda ou Jesus têm conhecimentos limitados, embora esses conhecimentos nos pareçam infinitos. Alice Bailey traz as seguintes definições sobre os princípios criadores: “Há um Ilimitado e Imutável Princípio: uma Realidade Absoluta que antecede todo o Ser condicionado em manifestação. Está além do limite e alcance de qualquer pensamento ou expressão humanos. O Universo manifestado está contido nesta Absoluta realidade e representa um símbolo condicionado Dela. Na totalidade deste Universo manifestado, três aspectos são concebidos: 1. O Primeiro Logos Cósmico, impessoal e imanifesto, o precursor do Manifestado. 2. O Segundo Logos Cósmico, Espírito-Matéria, Vida, o Espírito do Universo. 3. O Terceiro Logos Cósmico, Ideação Cósmica, a Alma Mundi Universal.” Destes três princípios básicos criativos, em sucessivas graduações, emana uma seqüência ordenada de inúmeros Universos que compreendem astros manifestados e sistemas solares. Cada sistema solar é a manifestação da energia e vida de uma grande Existência Cósmica, a Quem chamamos, na falta de melhor definição, um Logos Solar. Este Logos Solar encarna ou vem à manifestação através de um sistema solar. Este sistema solar é o corpo, ou forma, desta Vida cósmica, sendo ele próprio tríplice.

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Este tríplice sistema solar pode ser descrito em termos de três aspectos ou de três Pessoas (como a teologia cristã costuma estabelecer)”. Religiões esotéricas como o budismo e o taoísmo, por exemplo, não se prendem muito a explicar sobre um Criador como acontece com as religiões monoteístas. Na verdade, preferem não estimular muito essa questão, mas trazer ao homem métodos do despertar nele de sua própria divindade. O budismo, neste particular, não reafirma a presença de um deus único e criador, antes fala de vários outros deuses criadores. Entendemos esta referência não de maneira total e radical, pois o conhecimento milenar bramânico, precedente ao budismo, fala de um Criador absoluto, inabordável, plasmador de tudo o que o universo contém, chamado Brahman. Sobre isto, Helena Petrovna Blavatski nos traz a seguinte definição: “Brahman ou Brahma, é o impessoal, supremo e incognoscível Princípio do Universo, de cuja essência tudo emana e a qual tudo retorna. É incorpóreo, imaterial, inato, eterno, sem começo nem fim. É onipresente, onipenetrante, anima desde o deus mais portentoso até o mais diminuto átomo mineral.” “Brahmâ, é o Deus criador masculino, que existe só periodicamente em sua manifestação e logo entra de novo em pralaya, isto é, desaparece e é aniquilado. Desaparece e volta a Brahma do qual procedeu.” “Brahmâ, masculino, com o final largo (â), é o Deus ou Princípio Criador do universo, ou em outras palavras, é a personificação temporal do poder criador de Brahma (Brahman).” Pralaya, entre os indus, é um período de repouso, ou de não atividade externa entre duas manifestações de um universo. Ou seja, um universo se manifesta durante certo e longuíssimo período, depois se recolhe em pralaya, cessando todas as suas atividades externas, desaparecendo da manifestação. Após um período em pralaya o universo volta a se manifestar. A manifestação de um universo é denominada pelo esoterismo indu de manvantara. Há manvantaras de diversas magnitudes, caracterizados em manvantaras maiores e menores como há os pralayas respectivos aos manvantaras. O sistema solar é um destes universos que vive seus pralayas. Os budistas foram através dos tempos melhor se organizando em suas doutrinas. Vejamos o que continua a nos dizer HPB: “Buddhismo ou budismo. É a filosofia religiosa ensinada por Gautama Buda. O budismo está atualmente dividido em duas igrejas distintas: a do sul e a do norte. Diz-se que a primeira é a forma mais pura, por haver conservado mais religiosamente as doutrinas originais do Senhor Buda. É a religião do Ceilão (Sri Lanka), Sião (Tailândia), Birmânia (Mianmar) e outros países, ainda que o budismo do norte se ache limitado ao Tibet, China e Nepal...” Desse modo, tudo o que Buda possa ter passado oralmente aos seus iniciados hoje se transformou em doutrina. Se os budistas pregam a existência de vários deuses solares ou forças criadoras, nisto fica subentendido, na atual nomenclatura, as hierarquias criadoras. E é desta maneira que o moderno esoterismo se refere aos

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antigos deuses, pois o trabalho construtor de nosso sistema solar e sua manutenção são de responsabilidades de hierarquias. Sem dúvida que os deuses criadores constituem as hierarquias que no passado se ocuparam em trabalhar em prol da criação do sistema solar e de sua evolução. E continuam em seus trabalhos. Já a Bíblia, conforme vimos na primeira parte desta obra, no capítulo do Gênesis, vem destacar logo ao seu início a presença dos Elohim, plural de Eloha, - portanto, deuses. Essa realidade em nosso sistema solar não independe de e nem descarta a possibilidade de um Deus Superior - como o Brahman indu - a Presença Onipotente e Onipresente de Quem tudo emana. Outros universos existem - ao que sabemos pelo menos sete grandes universos contendo inúmeros universos menores - e além dos sete universos, há novos em formação. Outros deuses criadores também existem com idênticas atribuições as de Brahmâ. Mas voltando às origens de nosso sistema solar, entendemos a manifestação de um Logos Criador como sendo o Brahmâ masculino indu, uma personificação do Imanifesto Brahman, que o idealizou através de Sua projeção. Imaginamos que do Seu véu de existência Brahman modelou uma idéia, como a um Deus Etéreo, e a fez projetar-se a fim de criar e vivificar o Logos com princípios inteligentes e perfeitos para edificar no espaço-tempo um novo sistema solar. E por que deveria um novo sistema solar vir à existência neste nosso universo (ou super universo) em que nossa galáxia é tão somente uma em milhões? Quanto a isto estamos longe de saber, mas o fato de certa maneira nos desperta também reflexões acerca de ulteriores evoluções de deuses e hierarquias a cada avanço dos universos, que, nas suas construções, condensam estados dimensionais ainda superiores as dimensões de nosso sistema solar. Temos então o Incorpóreo, o Criador masculino Brahmâ, chamado Logos Criador ou Primeiro Logos, trazendo concretamente o sistema solar à existência através de duas manifestações objetivas, chamadas no esoterismo de Segundo e Terceiro Logos. Imaginamos que do Primeiro Logos emanou o Segundo e do Segundo emanou o Terceiro. Entretanto, esse desdobramento pode não ter tido uma seqüência pausada e ordenada dessa maneira, pois tanto o Segundo como o Terceiro Logos possam se ter manifestado simultaneamente e cremos de fato que foi assim. Costuma-se dizer que a criação não teve começo nem terá fim. Bem, digamos que essa frase resuma nossa incapacidade de entender o universo. Mas o sistema solar foi uma necessidade em meio às miríades de tantas outras criações, vindo à existência objetiva numa determinada faixa vibratória do tempo, numa porção espaço-matéria. Há bilhões de sistemas solares surgidos em galáxias de tantas nebulosas. O grande manvantara ou grande manifestação do macro-universo continua em expansão. Para melhor nos situar estabeleçamos que os sete grandes universos que englobam inumeráveis outros universos menores, existam num só universo maior como resultado de uma só ideação de um inabordável Criador. Essa ideação que a tudo envolve, penetra, absorve e se expande, seja por nós chamado de macro-universo, existindo num contexto objetivo e subjetivo de manifestação. Ao nosso universo como sendo um

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dos sete grandes universos, contendo muitas nebulosas com bilhões de galáxias e sistemas solares (imaginamos), chamaremos de super-universo; à nossa galáxia, com seus sistemas solares, onde o nosso se acha incluído, chamaremos simplesmente de universo. E o grande círculo de existência aonde vivemos, nos movemos e temos nosso ser, chamaremos eventualmente de universo de nosso sistema solar. Nosso sistema solar, portanto, precisou vir à manifestação onde a galáxia chamada via-láctea existiria. O Logos Solar ao manifestar-se já encontrou um tipo de matéria nesse universo objetivo, começando imediatamente nela trabalhar pela ação de seu terceiro aspecto chamado de Mente Universal. Os indus chamam de mulaprakriti a matéria que deu origem ao sistema solar. No ocidente ela é chamada, dentre tantos outros nomes, de matéria primordial, matéria pregenética, aether, ou matéria raiz, sendo a mesma encontrada pelo Logos em estado de caos, ou seja, em repouso, indiferenciada, não ordenada, mas com todos os princípios de efetiva produtividade e transformação latentes. A origem dessa matéria é somente suspeitada pelos ocultistas, pois se admite que ela se tenha originado do véu de Brahman que interpenetra o super-universo. Num determinado momento de Sua existência, Brahman modificaria a contextura de Sua matéria em tais e imensuráveis proporções que ela pudesse ser utilizada na construção de novos universos e sistemas solares. Algo inimaginável tanto em volume quanto na Ideação. Ao encontrar essa matéria primordial disponível, o Terceiro Logos ou Mente Universal delimitou o campo de sua atividade expandindo Sua consciência num determinado espaço-matéria, produzindo o que se convencionou chamar de o Grande Círculo de Sua Existência. Vejamos o que nos passa Arthur E. Powell: “Podemos ilustrar este processo preparatório por meio de duas séries de símbolos: um que mostra a tríplice manifestação da consciência do Logos, e outro, o triplo câmbio na matéria em correspondência com o triplo câmbio de consciência. Tomamos inicialmente a manifestação da consciência uma vez que o lugar do universo fora demarcado: 1. O Logos mesmo aparece como um ponto no centro da esfera (ou círculo). 2. O Logos avança desde o ponto em três direções até a circunferência ou círculo de matéria (formando um tripé de segmentos eqüidistantes). 3. A consciência do Logos volta sobre si mesma, manifestando-se em cada ponto de contato com o círculo, um dos três aspectos fundamentais da consciência, conhecidos como vontade-sabedoria-atividade, ou com outros términos. Este triângulo, junto com os três formados pelas linhas traçadas pelo ponto, produz a divina tétrade, chamada às vezes o Quaternário Cósmico. Tomando agora os câmbios produzidos na matéria universal em correspondência com as manifestações da consciência, temos na esfera de substância primordial, a matéria virgem do espaço.

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1. O Logos aparece como um ponto irradiando a esfera da matéria (de novo o círculo com o ponto no centro). 2. O ponto vibrando entre o centro e a circunferência, trazendo assim a linha que marca a separação entre espírito e matéria (uma linha traçada horizontalmente saída do ponto nas direções direita e esquerda medindo o diâmetro do círculo). 3. O ponto com a linha que gira com o mesmo, vibrando em ângulo reto com a anterior vibração, formando a cruz primordial dentro do círculo (a cruz perfeita). Assim se diz que a cruz procede do Pai (o ponto) e do Filho (o diâmetro). Representa o Terceiro Logos, a Mente Criadora, a Atividade Divina disposta para manifestar-nos como Criador.” Portanto, o terceiro aspecto do Logos, o Espírito Santo, tirou a matéria de seu repouso e estabilidade agindo através dos três atributos que na própria matéria pregenética já existiam, quais sejam: inércia (tamas), movimento (rajas) e ritmo (sattva). Esse estado da matéria original, antes que o Logos nela trabalhasse, e de alguma maneira tendo sofrido a ação do próprio Deus universal Brahman, detinha condições tais que seus átomos pudessem ser especialmente ativados. No estado evolutivo em que a humanidade terrena se encontra, é realmente impossível saber-se com exatidão quais são os objetivos do Criador ao trazer a existência tantas coisas soberbas. O esotérico de iniciações menores sabe muito pouco a este respeito, mas entende a necessidade de trabalhar sob seguras instruções de Adeptos ou Mestres do Conhecimento a fim de auxiliar todo o planeta no seu desenvolvimento. Este trabalho realizado conscientemente com a aplicação correta das energias a cada situação, e no que tange à participação humana, propicia melhores condições de o Grande Plano da Criação ser mais bem conduzido. Ao mesmo tempo em que trabalha como operário desse Plano, o esotérico aprende, desenvolve sua consciência e vai gradativamente despertando uma visão interior mais clara de tudo o que o rodeia e ao que interpenetra ao processo evolutivo. Deste modo evolui, passando de um ser humano comum acostumado a analisar primeiramente com o cérebro tridimensional, para aspirante ou iniciado aos mistérios em que se vê instado, antes de tudo, a usar à intuição e ao pensamento abstrato. Nesta nova proposta é necessário ao estudante procurar entender que aquilo que particularmente vê nas modificações das formas físicas e na continuidade dessas modificações, consequentemente nas transformações gerais dos reinos mineral, vegetal, animal e humano, são efeitos e não causas. Se assim for perseverante nas observações, e tendo usado de seguidas reflexões, logo perceberá claramente o mecanismo gerador dos efeitos inerente às formas e forças globais da natureza. Esse mecanismo atuante e transformador da Vida em todos os reinos conduz os impulsos, acertos e correções para a totalidade das espécies e organismos vivos. Nada escapa dessa regência planetária, mesmo porque ela é um segmento da ação de um mecanismo ainda maior, incrivelmente abarcante, que contém o círculo de existência do sistema solar

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As interpretações de situações cármicas entre alguns esotéricos não escapam ao engano ao analisar, principalmente, o particular excluído do todo que é a Vida na sua totalidade. Efeitos cármicos são comumente associados às faltas cometidas contra as leis da natureza, gerando com isso, exclusivamente, relações punitivas. A aplicação dos princípios dessa lei é, no entanto, muito mais abarcante, pois começa nos primórdios da criação do próprio sistema solar. Há na imanente e transcendente Vida o indissociado impulso volitivo divino da evolução, manifestado através de todos os fatores condicionantes às miríades de vidas menores. Isso vale tanto para um microscópico verme, um elefante, uma floresta, uma rocha, ou para multidões de seres humanos que se acotovelam nas ruas de grandes metrópoles. Enfim, todas as vidas menores encontradas no planeta são também formas em evolução emanadas de uma só Vida (a Criação como princípio infinito), quer sejam essas vidas estruturas moleculares simples quer organismos complexos. Nessa idéia, podemos inicialmente afirmar que a totalidade da matéria diferenciada em pequenas vidas manifestadas no sistema solar, está condicionada a exercer o processo evolutivo até um estágio futuro que foge de nossas atuais conjeturas, sem que a lei da evolução processe modificações na imanente consciência do próprio Logos. Pois é a consciência do Logos que impulsiona as múltiplas vidas e formas materiais do seu próprio corpo solar a adquirir experiências e não o oposto. Isso também nos habilita dizer que o Logos ou Deus Solar transcende a tudo, e nada existe que não esteja em Sua consciência. Como tal, o Grande Plano da Criação na Mente do Logos está perfeitamente alinhado e pré-determinado a desenvolver toda a sua potencialidade em etapas de um longuíssimo futuro, conforme idealizado desde a sua concepção numa dimensão fora do espaço-tempo.

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CAPÍTULO XI CARMA DO SISTEMA SOLAR Vamos procurar demonstrar neste capítulo interpretação adicional da comumente chamada lei do carma. O termo carma provém de Karma ou Karman, do idioma sânscrito, língua clássica dos brâmanes da Índia, que significa ação, lei de retribuição ou de causa e efeito. Necessitamos entender que o Logos, ao fazer existir o sistema solar, imprimiu nos átomos de sua matéria a idéia intrínseca da evolução. Espírito e matéria na sua pureza original, antes da manifestação do Logos Solar, não estavam separados. A separação aconteceu quando o Logos imanifesto proveu condições embrionárias a que espírito e matéria viessem agir e obrar no universo objetivo como vida e forma. Na realidade, espírito e matéria ficaram separados tão somente em aparência por invisível véu que, não obstante, é suficiente para provocar tantas oposições nas relações das polaridades positivo (espírito) x negativo (matéria). O sistema solar é o campo de manifestação em que se encontram as matrizes vida x forma impulsionadas a realizar o plano evolutivo. Mas vidas x formas pluralizadas são aspectos menores, diferenciados em suas matrizes, e constituem no planeta Terra reinos que se diversificam em inúmeras famílias, grupos e ramos. Para que haja evolução há que existir ação e movimento, e esses fatores co-existem em toda a natureza onde, principalmente, se condiciona o fator instinto. Identificamos ação, o impulso subjetivo primevo imanente em Deus para criar, e movimento, a consciência e o impulso inatos da ação provisionada, externada e dirigida para gerar os objetivos pré-determinados. Ação, já no universo manifestado, segue outra vertente e interpenetra os mundos com a Inteligência e Energia-Força transformadoras do Logos, sob o manto da Alma Universal. Os quatro reinos se manifestam sob a influência de muitas leis reguladoras onde a multiplicidade das vidas e formas evoluem num ritmo sempre constante. O fator instinto, no entanto, é aquele que provoca nas formações e cérebros das organizações celulares, sob natural condicionamento, os impulsos que levam cada representante de um reino a agir, prover-se e buscar a preservação da espécie. Assim, o impulso instintivo está entre a ação e o movimento, e ambos, ação e movimento, se encontram de tal forma associados que aparentam ser um só fator. Todas as vidas se movem por orientação norteadora de suas necessidades. Os câmbios e as sucessivas situações em que as múltiplas vidas se inserem, provocam inicialmente a formação temporária e aparentemente individual da consciência onde se identificam elementos quantitativos. A reincidência do processo resulta no acúmulo de novos elementos quantitativos e, automaticamente, numa necessária seleção qualitativa pelos representantes das espécies. Portanto, as experiências com elementos quantitativos fazem exarar valores qualitativos. É mister que se aceite e entenda as relações espírito x matéria em suas prístinas purezas, com as relações vida x forma agindo no mundo objetivo. Vida x forma pluralizadas no universo de fenômenos são em si mesmas o reflexo simbólico de espírito x matéria. O reflexo é especialmente coordenado aos princípios duais e

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mutáveis da manifestação objetiva, de cujas experiências em futuro remotíssimo, espírito x matéria, de volta ao seu estado uno primordial, se beneficiarão. E aqui reside a grande sabedoria de Deus ou Logos ao engendrar tão maravilhoso plano evolutivo, onde as aparências das formas são o reflexo sólido das existências sutis acima deste mundo. Diríamos, em complemento, que vida x forma agem e atuam nos processos transformativos da natureza mergulhadas num campo de forças antagônicas, segundo inflexíveis leis, mas analogamente se revelam como a outra face virtual de espírito x matéria. HPB exemplificou as relações espírito x matéria numa única frase que se transformou em célebre axioma nos meios ocultistas. Disse ela: “matéria é espírito no ponto mais baixo de sua atividade cíclica e espírito é matéria no plano mais elevado”. Antes que o Logos tornasse o sistema solar manifestado Ele o possuía numa ideação. A ideação, num estado de não-ser, continha as matrizes de todas as formas objetivas. Havia no pensamento do Logos, para uma existência cósmica no já existente super-universo, prover formas a cinco estados básicos da matéria correlatos a cinco mundos ou dimensões intra-dependentes. O cérebro físico do homem é incapaz de entender esse processo na sua original concepção. Mas consegue aquilatar a existência dos mundos superiores que o Logos construiu a partir da matéria pregenética, que juntamente com o mundo físico são a expressão objetiva do sistema solar. Para termos uma breve e imperfeita idéia do que seria a formação desses mundos de nosso sistema solar, podemos nos situar como que engolfados em meio a uma área de um oceano onde possamos pisar, e onde cinco sucessivas ondas se levantariam e desceriam sobre nós, umas após outras. A onda mais alta, que atingiria nossa cabeça, seria o mundo mais sutil enquanto aquela que por último se movimentaria pesadamente abaixo de nossos joelhos seria o mundo concreto. O oceano corresponderia à totalidade cósmica da matéria-raiz, pregenética. Evidente que na formação dos mundos outros elementos, leis cósmicas, forças e energias interagiram. A matéria-raiz foi trabalhada no sentido de preencher as matrizes pré-existentes dos cinco mundos, uma vez que os mundos Adi e Anupadaka já existiam de acordo com o modelo cósmico dos demais universos. Os átomos das ondas do oceano são de mesma ordem e estrutura, mas nos mundos do universo os átomos são modificados pelo Logos para caracterizar especialmente composições de matéria para cada um dos sete mundos, pois houve a necessidade de formar composições diferentes. Assim está o super-universo fundado e constituído sob um oceano de matéria primordial, também chamada matéria-raiz, matéria pregenética, mulaprakriti ou éter (aether). A matéria primordial, após a modificação, ficou sendo conhecida por prakriti (vyakta) ou akaza. Alguns nomes da matéria indiferenciada, e da diferenciada, em certas filosofias da Índia se repetem tanto num estado quanto noutro. Por isso definimos dessa maneira esses dois estados da mesma matéria a fim de evitar confusões nas citações. Entretanto, as energias em constantes e cíclicas atuações em todos os mundos, e as forças cósmicas que movem as energias, são as que provocam os impulsos evolutivos em toda a conjuntura do universo.

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Para a gestação de um super-universo, uma galáxia ou um sistema solar, nas medidas e proporções de suas manifestações objetivas, o Criador lança mão de certa quantidade de matéria correlata às necessidades. Essa matéria pregenética preenche às matrizes pré-existentes antes da manifestação, ao passo que espírito-matéria, separados entre si, vêm existir em seguida ao universo manifestado. Podemos conjeturar da matéria primordial encontrada pelo Logos em caos ser também espírito, por estar concentrada num estado não diferenciado. Além disso, tudo que o Criador concebe vem indissociado ao Seu Espírito. Mas não cremos seja esse o ponto onde as filosofias orientais ressaltem a fusão e separação espírito-matéria, mas, exatamente, quando da ideação do Deus Inconcebível ao manifestar-Se em três Logos. Naquele momento, espírito e matéria quintessenciados foram trazidos à manifestação objetiva para atuar no novo universo, misturar-se à matéria primordial já diferenciada, e mergulhar no turbilhão de energias e forças. As mais intensas forças provocaram o mergulho da totalidade energia-vida (miríades de energias-vidas) nos mundos inferiores recém construídos pelo Logos, em períodos que fogem a mensuração exata do tempo ou atual avaliação. Apesar dessa dificuldade, se afirmam nos meios esotéricos que a existência de nosso sistema solar atinge alguns trilhões de anos. As ordens de vidas, chamadas espíritos ou mônadas, nascidas do Primeiro Logos, que dos mundos superiores ligam-se às vidas menores, elementais, e às suas respectivas formas de matéria, têm por objetivo experimentar fluxos de energias, forças e sensações, e assim acumular experiências nos processos de trocas. A necessidade de espíritos ligar-se vibratoriamente a outros mundos, ocupar formas e delas obter experiências as mais variadas, explicam o porquê de aqui estarmos. Mas o mecanismo para a obtenção dessas experiências envolve um conjunto de muitos outros fatores que se interligam em vários níveis e se associam ao processo evolutivo da criação. Portanto, espíritos que fazem incursões em nosso planeta desde mundos superiores, contando bilhões, são conhecidos pelo esotérico como unidades de consciência ou mônadas. Vieram à existência objetiva no manvantara do sistema solar juntamente com o Logos. Essencialmente, cada ser humano possuidor de uma alma é na sua mais alta expressão uma mônada. Precisamos agora definir mais apropriadamente o que sejam vidas, ou globalidade energia-vida, ou simplesmente Vida. Comecemos por Vida (em maiúsculo), que é a plenitude energias-vidas + essências elementais + formas + Consciência do Logos. Ou seja, Vida é a manifestação global do sistema solar sintetizada na expressão conectiva Consciência-Espírito-Matéria. Podemos chamar vidas à totalidade vida x forma na criação, logo após o Logos ter preenchido as matrizes do sistema solar com a matéria diferenciada e construído os mundos. Os mundos apresentam matrizes diferenciadas em seus reinos relativas às miríades de vidas menores (menores dentro de um contexto de relatividade nas funções desempenhadas no universo da criação planetária, e não de menor importância). Essas vidas menores são, na aparência, pluralidades vida x forma que realizam o processo transformativo e evolucionário dos reinos. Na realidade, a vida pluralizada se ajusta às formas, e até atingir os estágios de

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animais adiantados e domésticos, próximos da individualização no reino humano, reagem como se forma e conteúdo fossem uma só expressão. As vidas são, na verdade, energias-vidas nascidas da imanência do Logos. Combinam-se nas essências dos quatro elementos e foram inicialmente precipitadas sobre as formas protótipos dos reinos numa só onda indiferenciada, com elas interagindo magneticamente. São energias vivas, vibrantes, portadoras de uma consciência virginal e mensagem subjetiva em seus átomos. Do amálgama inicial vida x forma, multiplicaram-se sob o aspecto consciência x reinos, características do segundo Logos, externando objetivamente seus pacientes trabalhos de transformação e qualificação da matéria. Nos mundos inferiores, antes de tudo, diferenciam-se em almas-grupos, e no reino animal, transitam das almas-grupos para formas mais evoluídas e independentes, qualificadas, cada uma, por sua própria coloração básica que se aproxima da individualização. Essa acentuada relação das formas individualizadas no reino animal, diz da evolução pregressa e gradativa das vidas reino após reino. Os produtos mais qualificados de um reino precedente passarão ao reino seguinte ao início de novos ciclos evolutivos que decorrem em bilhões de anos dentro da cronologia esotérica adstrita ao planeta Terra. Veremos mais adiante este assunto, embora resumidamente. Prosseguindo na análise das relações dos reinos com o processo criativo e evolucionário, vemos que as vidas de todos os reinos estão envoltas por formas de matéria que lhes proporcionam veículos de manifestação. Isso acontece nos minerais, vegetais, animais e homens. Ou seja, o exemplar de uma espécie é forma + conteúdo, sendo ambos energia-vida em dois estados diferentes, um condicionado na matriz da espécie e outro na forma sutil volátil da mesma espécie, ligado a energia-alma do reino. A energia-alma de um reino é a consciência diretora da energia-vida a imprimir tanto nos átomos constitutivos das formas densas das espécies como nas vidas voláteis (também elementais) sobre as formas, a mensagem de viver, realizar e preservar pelo impulso instintivo, segundo características gerais de cada grupamento de espécies. Sob esta conotação, podemos também ampliar a noção de energia-vida estendendo-a às formações de almas-grupos denominando-as conjuntos vibrantes de essências elementais e atômicas, imersos nos grupamentos dos reinos, possuídos de anima mundi, fruto da ação pensante e idealizadora do Logos. No entanto, para não causar confusão com novas nomenclaturas continuemos com a simples denominação de vidas (vida + forma). Quanto à essencialidade em si mesma de que tratamos nos reinos elementais e mundo atômico etérico, definimos como uma substância instituída ou combinada das formações dos quatro elementos da natureza, que nas almas-grupos se encontra adicionada da atomicidade etérica, e de alguma sorte assimilada pelo éter. Essa consciência diretora e evolucionária, que estamos chamando energia-alma enquanto atuante nas vidas inferiores dos reinos, nem sempre é claramente discernida justamente pela dificuldade em perceber-se os estágios primários. A consciência evolucionária é o manto do segundo Logos numa só alma, que vem unir as vidas tanto universalmente quanto nas suas afinidades de reinos. Somente assim se

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consegue explicar como todas as vidas de todos os reinos anseiam igual e ardentemente por viver. A intrarelação, a necessidade básica de todos os reinos em interagir, é a prova mais cabal dessa consciência universal integradora da Vida. Somente homens muito evoluídos mental e espiritualmente terão condições de sintonizar-se plenamente com essa vontade consciente do Logos que impregna a todos os átomos da existência com a mensagem evolucionária única. Essa idéia chega ao homem de mediana evolução de maneira fragmentária, via canal intuitivo. No mais, a consciência do Logos, Seu Espírito, despertará unicamente conjeturas ao homem reflexivo, embora em todos os homens seja indissociada(o) como vida autoconsciente manifestada(o) num grau mais elevado em relação aos reinos, e nas vidas dos reinos se imprima basicamente numa Entidade (que podemos também chamar na sua totalidade de Vida, Vida-Elemental, Vida-Reino, Egrégora-Reino, Energia-Criadora, etc.) através da ação, impulsos instintivos e movimentos. O esotérico trabalha com maior afinidade a idéia da criação porque é treinado na reflexão a meditar com freqüência sobre os mecanismos subjetivos da Vida, e também porque se esforça no sentido de aprimorar a percepção intuitiva. O intuitivo “vê” com os olhos da alma tanto do interior para o exterior como ao inverso. Alice Bailey nos traz tópicos interessantes sobre a intradependência dos reinos: “Temos a substância terrestre - o material sólido de nossa vida planetária organizado nas diversas formas minerais. Estas, por sua vez, possuem latentes aqueles elementos que sustentam e vitalizam as outras formas. Devemos recordar que cada reino depende e extrai a sua vida do reino que o precede, no aspecto tempo, durante o ciclo evolutivo. Cada reino é um reservatório de poder e de vitalidade para o reino seguinte que aparece segundo o Plano Divino. O reino vegetal, por exemplo, extrai a sua força vital de três fontes: o sol, a água e a terra. No processo construtivo é o conteúdo mineral das duas últimas fontes que tem capital importância. A verdadeira estrutura de todas as formas é devido aos materiais que se fixam gradualmente no corpo etérico, que toma forma e aparência sob o impulso ou desejo vital etérico (1). É a qualidade magnética do corpo etérico (2) que atrai os minerais necessários ao esqueleto. O reino animal por sua vez extrai a substância principalmente do sol, da água e do reino vegetal. A substância mineral requerida para a estrutura do esqueleto é apresentada numa forma mais avançada e sublimada, pois é extraída mais do reino vegetal do que do reino mineral. Cada reino oferece-se em sacrifício ao reino seguinte numa seqüência evolutiva. A Lei do Sacrifício determina a natureza de cada reino. Portanto, cada reino pode ser considerado como um laboratório no qual são preparadas estas formas de alimentação necessárias para a edificação de estruturas cada vez mais refinadas. O reino humano segue o mesmo processo e extrai a sua vida (quanto à forma) do reino animal, como também do sol, da água e do mundo vegetal. Nas primeiras etapas do desenvolvimento humano a alimentação animal era então cármica e essencialmente a alimentação correta para o homem; para o homem não evolucionado, sob o ponto de vista da forma animal, tal alimento é ainda mais ajustado e apropriado... A questão não é de modo nenhum o que se pensa muitas vezes nem como é apresentado por pensadores de hoje, e o fato de

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comer carne - num certo estado de desenvolvimento humano - não é nenhum delito”. ·. (1) (2) Desejo vital etérico e corpo etérico estão relacionados à dimensão física etérica planetária formada, principalmente, por quatro éteres. O mundo físico denso, na sua totalidade, é a contraparte do mundo etérico. A constituição sétupla do homem incluiu nesta sua contextura um veículo etérico correspondente. Todas as formas de vidas planetárias têm também esta contraparte etérica.

Ao observarmos as sociedades atuais, e examinarmos esotericamente a história do homem, veremos que em milhões de anos a forma física humana e seu conteúdo mental tiveram variadas mudanças. Tudo em redor do homem mudou na medida em que ele foi tendo crescimento mental. A natureza é extremamente lenta nas suas transformações, entretanto, os sinais e provas são evidentes. Os reinos sofreram também mudanças quanto às formas de seus representantes, tendo ocorrido o desaparecimento completo de muitas espécies, e aglutinações de outras em novos grupos e subgrupos. Sob o ponto de vista científico, o homem passou a explorar os recursos dos reinos com pensamento utilitarista e com poderosos instrumentos, além de processar as mais diversas experiências em laboratórios. Desse modo criou e expandiu um leque de inesgotáveis possibilidades, aumentando seu conhecimento concreto dos reinos, aprendendo a preservar espécies e descobrindo, de certo modo, um dos aspectos do reino mineral de veiculador de poderosas energias. Esses poucos fatos vêm também revelar que tanto o gênero humano, representado como o quarto reino planetário, quanto às vidas dos demais reinos, se integram num andamento co-existente e passam por mutações secundárias. Entretanto, não é ainda chegado o momento em que as ciências virão entender o aspecto subjetivo dos reinos e das espécies e a própria lei da evolução num contexto planetário. Isto jamais acontecerá enquanto as ciências se revelarem auto-suficientes e sem a aceitação de Deus como Entidade global de existência una. Para tanto, seria necessário o conhecimento das leis criadoras subjetivas, sustenedoras e transformadoras das formas existenciais; uma visão mais humilde e respeitosa da criação e a conscientização de um Plano Evolutivo elaborado fora do espaço-tempo, que vem sendo cumprido apesar de todos os percalços e desentendimentos humanos. No aspecto global e subjetivo de um reino, as miríades de vidas se transformam a todo instante. Há, necessariamente, uma ação inteligente e seletora agindo em todas as espécies, identificada pelo inato impulso do Logos ou Deus de nosso Sistema Solar vivente na alma universal. Essa alma universal, anima mundi, responsável por continuamente imprimir em todos os átomos de todas as células dos seres viventes, a mensagem da vida qualificada do segundo aspecto do Logos, é o véu ou manto que se estende e se entremeia no oceano etérico do universo, e que vem também coexistir e sustentar, nas formas organizadas, a mensagem evolucionária. Na realidade, anima mundi já nasceu com o Logos, mantendo-se em permanente sintonia com a cronologia planetária reguladora dos avanços cíclicos das múltiplas vidas de todos os mundos. A alma universal é em si mesma portadora da ideação imanente do Logos no sistema solar manifestado e tanto vem condicioná-la às matrizes de todos os

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astros e mundos, sob o manto do pensamento criador, como vem condicionar nessas matrizes e mundos os mesmos impulsos de ação e movimento que arrastam e impulsionam instintivamente as vidas pluralizadas dos reinos a viver e experimentar. A alma universal é uma só; as vidas (pequenas) são unidades em constantes movimentos. Quando o Logos inicialmente agiu nos reinos para estimular os seus avanços, incorporou nas matrizes um tipo de energia primária original, a energia-vida imanentemente Sua, não qualificada ainda com as afinidades e características de cada reino. A energia-vida, ao caracterizar-se em espécies, sob o pensamento do Logos e ação plasmadora da alma universal, pluralizou grupos-famílias afins, que se dividiram em subgrupos e ramos, pertencentes, estes segmentos, ao que se chamou mais tarde de almas-grupos. Há muitas almas-grupos em cada um dos três reinos não-humanos, sob a energia e força dos sete raios principais, e cada vida de cada espécie age no sentido de obter suas experiências em relação direta com suas respectivas almasgrupos. A multiplicidade das vidas dos reinos, ao agir quantitativamente através das formas elementais dos representantes de cada espécie (formações essenciais atômicas condensadas do mundo etérico, combinadas com formações essências dos elementos condensadas do mundo astral, chamadas almas-elementais), dando formas subjetivas, por exemplo, a um elefante, uma onça, um gato, etc., vêm externar-se para colher experiências físicas através dos modelos materiais e exarar qualidades no plano geral evolucionário, estabelecendo, num certo espaço de tempo, os avanços energéticos qualitativos dos reinos. Isto não é possível aferir por instrumentos ou observação comum, pois esses índices ou saltos de qualidade se revelam nas dimensões superiores não visíveis aos olhares de câmeras das ciências terrenas. Temos então que cada espécie dos reinos vegetal, animal e grupamentos minerais interage nos níveis superiores de seus respectivos reinos através de almas-grupos, e essas almas-grupos somadas na amplitude mundial de um respectivo reino representam a energia-alma do reino. Nessa seqüência, os resultados de todos os reinos somados virão cambiar na alma planetária, seus aspectos globais de qualidade. Temos então que a energia-vida é a Vida do Logos tanto espírito quanto matéria, que nas dimensões planetárias ao início de sua manifestação, ainda não está qualificada pelos resultados de ação e movimento encarnados objetivamente. E a alma universal é a imanência do Logos com a tríplice incumbência de vitalizar, qualificar e transformar, ou ainda de realizar objetivamente essa triplicidade a partir das características básicas representadas nas expressões vida-qualidade-aparência. Assim, num estágio inicial, energia-vida é a vida do Logos com todas as possibilidades de quantificações e qualificações latentes. Num segundo estágio, energia-vida e alma universal interagem nas múltiplas situações da vida planetária. E num terceiro estágio, energia-vida e alma universal fusionam uma só expressão no mundo planetário, através da síntese do tríplice aspecto do Logos.

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O reino humano embora não se desenvolva nem processe sua evolução nos mesmos padrões dos reinos anteriores, também está inserido e dinamizado à presença de anima mundi. A ação mundial dos reinos da natureza no processo evolucionário das espécies representa o próprio processo planetário, ou seja, aquilo a que o esotérico denomina de carma evolucionário do planeta. Todos os planetas e corpos celestes adstritos ao circulo de existência do sistema solar juntamente com o Sol, realizam ao seu tempo, e aos seus respectivos níveis de qualidades, seus carmas evolucionários, e essas ações conjuntas ou alternadas representam objetivamente o carma evolucionário do sistema solar. Conforme já mencionamos, quando se fala de carma tem-se em mente os resgates dolorosos e sofridos. Entretanto, a conotação de carma não é única e exclusivamente essa, pois esses fatos anacrônicos inseridos nas vidas do esquema evolucionário do planeta Terra são, basicamente, correções aos desvios relativos às correntes evolutivas nos parâmetros de tempo e espaço. O sofrimento cármico individual, familiar, grupal, étnico, nacional ou mundial em que a humanidade está mergulhada, são ajustes da lei de causa e efeito exercitada inversamente pelo gênero humano ao sentido do equilíbrio das leis universais. E como as correntes de energias e forças cósmicas realizam seus movimentos no sentido ascensional, provocam nas ações adernadas os inevitáveis e temporários choques, daí advir o sofrimento retificador. Já o carma evolucionário aplicado aos reinos não conduz os mesmos aspectos do humano pelo fato de haver mecanismos diferentes no processo da consciência. Os reinos não humanos agem e atuam dentro de valores grupais. Os influxos das correntes da inteligência do Logos determinam-nos provisionar experiências grupais, principalmente sob a guia do instinto, da sensação e da reação. Quando certos representantes das espécies, mediante os influxos provisionais não reagem positivamente, essa decorrência se estende ao conjunto de unidades de vida e suas almas-grupos. Há, dessa maneira, nesses adernamentos grupais um atraso na obtenção das experiências. A diferença da aferição cármica humana em relação aos demais reinos, se revela em primeiro plano quanto ao indivíduo isoladamente. A consciência do homem depois de certo número de encarnações, não se encontra mais integralmente dependente das aquisições e cultura de um só grupamento. A consciência passa a articular-se na sua própria e pessoal discriminação de valores, muito embora mantenha relações familiares de íntima dependência, e por muito tempo seja obrigada a renascer numa mesma etnia. Daí em diante, a multiplicidade de situações virá propiciar ao carma individual uma regência plena de variantes. As situações que não se insiram, nem se ajustem ao processo cármico evolucionário, serão obrigatoriamente corrigidas para prosseguir no fluxo natural das leis cósmicas. E antes de avançarmos, façamos um retrospecto dos assuntos correlatos a esse capítulo, ao mesmo tempo em que adicionemos pertinentes tópicos: 1. O carma do sistema solar representa, antes de tudo, evolução. Desde sua criação pelo Logos o sistema solar passou por transformações endógenas e exógenas. Endógenas, no sentido de que os mundos criados

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são sete e cada um deles apresenta uma qualidade de matéria superior em relação ao mundo anterior. Há hierarquias viventes e operantes nos diferentes mundos, chamados pelo esotérico “mundos internos”. Essas hierarquias que já superaram o ciclo evolutivo físico concreto têm relativa consciência do que existe e ocorre nos mundos inferiores aos seus, mas nem todas possuem informações seguras do que ocorre nos mundos mais acima. 2. A humanidade terrena, cuja consciência somente agora começa a despertar para o subjetivismo das dimensões superiores intra-relacionadas à dimensão física, ignora ainda a verdadeira razão dessas existências. As mentes humanas não avançaram nesse conhecimento, senão alguns milhões de esotéricos e em medidos passos iniciáticos, pois as visões que muitos da população mundial têm enquanto dormem são julgadas sonhos. As imagens e as seqüências de imagens nítidas e coloridas são quase sempre interpretadas como sonhos bonitos. A freqüência desses acontecimentos, no entanto, virá aos poucos migrar do descanso noturno para a vigília diária, o que demonstrará, cada vez mais, aos homens de todas as religiões e crenças, e até aos materialistas, da vivência da alma em dois mundos. 3. As transformações endógenas, ou seja, processadas nos mundos superiores, são tão reais e necessárias quantas são aquelas acontecidas no mundo físico concreto. Portanto, parte da humanidade não somente estará observando e se conscientizando das mudanças da natureza concreta pela ação devastadora do homem ao meio ambiente, e pelos inteligentes recursos da tecnologia interposta pelo homem, mas, principalmente, através dos terrivelmente açuladores fenômenos naturais. Vistos do ângulo objetivo, os fenômenos naturais açuladores são e serão os maiores responsáveis pelas catástrofes que assolam ao planeta e seus habitantes. Na visão científica ortodoxa e na religiosa profética estão somente relacionados ao mau comportamento humano. Na visão metafísica dos esotéricos têm a ver diretamente com as mutações de ciclos cósmicos ocorridas noutros sistemas solares, que provocam novos comportamentos das energias e forças. E, principalmente para nós, pelo momento também transmutativo do sistema solar em que nossas cadeias planetárias interagem em notáveis fluxos, abalando antigas estruturas. Mas essas últimas abordagens não serão possíveis neste resumo e nem neste capítulo. Outra parte da humanidade que observa atentamente os efeitos exógenos da crosta e do meio ambiente, os relaciona instantaneamente a efeitos além do físico planetário. As forças cósmicas motivadoras e responsáveis por promover choques e alterações vibratórias no planeta são aceitas instintivamente por esses sem que, no entanto, consigam atinar com as verdadeiras causas. Já o esotérico instruído sabe muito bem ao que atribuir os catastróficos efeitos e às mudanças comportamentais dos povos em relação aos seus valores mentais e espirituais.

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4. Esses acontecimentos externos, afetando o mundo físico concreto, simultâneos aos internos afetando os mundos superiores, também coincidem e se incluem a um final de ciclo evolutivo chamado era de peixes, cujo último ciclo menor começado há 2000 anos estará se encerrando definitivamente nos já próximos e correntes 160 anos. O ciclo inteiro de peixes dura exatamente 25.920 anos, que divididos por doze registram períodos iguais de 2160 anos. Isso implica de o novo grande ciclo da era de aquário já ter chegado com suas poderosas radiações, enquanto o de peixes sai lentamente de cena. Esse também é um dos motivos de grandes tribulações no mundo, pois os choques de energias provocam reações as mais diversas na população terrestre: umas boas outras violentas ou incongruentes. Portanto, as forças e energias que movem os mundos, dimensões ou planos do universo, atuam progressivamente tanto nas dimensões sólidas do sistema solar, representadas pela matéria dos orbes planetários físicos e os espaços que os contém, quanto nas dimensões de matéria mais refinada que se estendem mais acima das auras físicas planetárias. E nesse momento é o planeta inteiro que passa por um carma corretivo. 5. Os efeitos turbulentos de acontecimentos atuais presentes em todos os recantos do planeta têm também outras razões concretas de existir tão intensamente em nossa humanidade. A longa história dos povos demonstra quão sofridas foram suas etapas evolucionárias. O momento planetário certamente seria outro se o homem desde logo tivesse entendido a mensagem divina, por mais rudimentar que fosse seu pensamento, e não tivesse se afastado tanto de Deus. Os desvios dos caminhos traçados vieram trazer, cada vez mais, o carma intenso e a necessidade dos corretivos. Entretanto, todos os caminhos percorridos pela humanidade acabaram por demonstrar da necessidade de inventar, agir e buscar melhorar, o que provocou em determinados ciclos os surtos evolucionários e culturais no planeta. E esses movimentos indissociados da vontade de viver, experimentar, aprender e colher podem ser resumidos na exemplificação de o impulso evolucionário imanente no Logos, vivente no âmago de todas as vidas compreendidas no círculo de expansão do sistema solar. Conforme vimos, o sistema solar é o corpo de manifestação do Logos e nele se encontra Sua consciência. 6. O Logos é o Deus Criador manifestado em três aspectos, mas corporificado em dois. Na realidade, o Logos é a ideação do Incognoscível Brahman, a partir do Deus Etéreo idealizado e projetado por Brahman para introduzir no Logos o Seu pensamento original. O Deus Etéreo é um sopro, um pensamento criador, uma forma fluídica abarcante, infinita, incorpórea, virtualmente nascida de Brahman para uma existência perfeita enquanto o Brahmâ masculino viver.

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O primeiro Logos é também incorpóreo, é o Brahmâ masculino criador que se desdobrou em dois outros aspectos objetivos, dos quais o sistema solar veio à existência com a multiplicidade de vidas e formas. O terceiro aspecto do Logos utilizou a matéria pregenética na quantidade e proporção que necessitava e a trabalhou despertando nela os três gunas ou atributos inatos: tamas (inércia), rajas (movimento) e satva (ritmo), com isso a diferenciou de seu estado de caos ou estado improdutivo não manifestado. Esses três gunas ou atributos se incorporaram nos processos transformativos da natureza e estão presentes nas leis naturais dos cinco mundos criados pelo Logos, atuando onde possam existir as relações vidas x formas. Mas neste particular, podemos também inferir que nem sempre acontece a intradependência energia-vida com as formas concretas dos reinos. Há exceções. Em certos representantes das espécies vegetais e animais, por exemplo, cujo processo evolucionário ocorre através do binômio vidas x formas que vimos descrevendo, registra-se a não presença desta relação. As formas permanecem aparte da integração com as unidades de vidas ou consciências chamadas ora espíritos ora mônadas, e o contexto geral nos reinos em relação a esses representantes anômalos se integra tão somente na mera existência das formas. A consciência do Logos, ao registrar sua mensagem evolucionária nos átomos que formam os mundos e os reinos, imprimiu-lhes um impulso que nada pode limitar ou conter senão a realização final. Os processos cíclicos naturais da lei do nascimento-crescimento-apogeu-decadência-morte não conduzem a uma contextualização final e irreversível. Os ciclos existem para sempre renovar, mesmo quando aparentam representar o aniquilamento de valores e elementos materiais. Essa transitoriedade parece eternizar o processo de relativismo das formulações das energias que constroem as formas densas materiais que estão aneladas às concentrações químicas naturais. Estando indissociada dos conjuntos de princípios dos agentes transformadores da natureza, a intransigente lei básica de causa e efeito, sendo um aspecto aplicado da lei da economia e da atração, vem equivalerse na sua ação objetiva, ao solve-coagula dos antigos cabalistas. É, na verdade, vida-morte-vida, onde não existe a morte definitiva ou estagnação eterna, e é onde constatamos a vida sobrepondo-se sempre à morte à semelhança da fênix egípcia, mas é também onde o finito nos parece infinito. O homem ao existir na Terra como criatura, esteve por certo tempo sob a tutela da perfeição. Muitos ciclos se passaram nos quais ele transitou da obediência inconsciente às realizações conscientes e pessoais. Nem todas as raças nascidas na Terra estiveram na completa observância aos princípios evolucionários. As raças gloriosas desaparecidas foram também obrigadas a realizar guerras e conquistas, a dominar e submeter povos aos seus poderes e vontades. Mas o processo decadente sempre aconteceu obrigando-as, de até então dominadoras, a submeter-se, por sua vez, às novas e mais fortes. Quando, porém, forças estranhas alienígenas ao processo evolucionário

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ancoraram definitivamente na Terra, povos a elas se misturaram e grupos humanos se afastaram das relações tutelares do Criador, passando a conviver permanentemente nas fronteiras entre o bem e o mal. As interpolações dos deuses da criação nas raças e civilizações, porém, ocorreram e ocorrem periodicamente com a intenção não somente de garantir o processo evolucionário das raças como de contrapor ao revolvimento das energias malignas e engolfantes. Isso no passado longínquo foi preponderante para as civilizações, pois além de apurar os modelos físicos, possibilitou a que em futuro a humanidade herdasse desses modelos mais aprimorados. Esses processos civilizatórios jamais poderiam ser conduzidos sem a sabedoria esotérica iniciática. As hierarquias dos deuses solares da criação, através de muitos de seus representantes que aqui estiveram, nasceram no seio das raças, ensinaram e obraram, estabelecendo métodos para se alcançar o poder do espírito sobre a matéria através da evolução consciente.

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CAPÍTULO XII DIFÍCEIS MOMENTOS NA TERRA As criações do sistema solar e de nosso planeta sempre foram motivos de especulações, hipóteses científicas, afirmações religiosas e revelações esotéricas. As ciências oficiais, embora desejem respaldar-se com provas concretas daquilo que apregoam como cabedal de conhecimentos, estão longe ainda de convencer através de seus atuais métodos investigativos e conclusivos. Para cobrir grandes lacunas de seus enredos acerca da criação do sistema solar, e especialmente do planeta Terra, passam a imaginar, inventar e não raro a delirar. O religioso prende-se às cosmogonias e genealogias ensinadas por profetas, onde o simbolismo é tomado ao pé-da-letra, daí causarem absurdas conclusões ou deixarem questões lógicas irrespondíveis. O esotérico tem outros métodos de assimilação. Seu conhecimento, diferentemente do compendiado pelas ciências acadêmicas, não necessita tão somente de provas cabais concretas. Se as tem, lança mão com o intuito de se respaldar quando necessário, mas se não as têm aprende a evocar de fontes da própria natureza, onde existe um leque muito mais amplo a oferecer elementos principalmente subjetivos de que necessita. As hierarquias responsáveis por trabalhar e sustentar o Grande Plano da Criação têm em suas fileiras ordens várias. A Fraternidade Branca Universal, que por si só é uma hierarquia planetária, e cuja maioria de seus representantes emergiu da humanidade terrena, está ligada às hierarquias solares de que falamos. Essas outras hierarquias acima da humanidade têm também o comprometimento de auxiliar as cadeias planetárias existentes no sistema solar, numa das quais a Terra participa decisivamente e evolui juntamente com todo o seu esquema. Para essa grandiosa administração, os hierárquicos se distribuem em setores de diversos escalões. O esotérico não compactua com a teoria evolucionista de seleção natural de Darwin e nem com a teoria da origem do universo após o big-bang, segundo entendem cientistas materialistas. Não há como admitir a criação do universo unicamente a partir da matéria. As ciências materialistas buscam introduzir uma doutrina científica a fim de evidenciar a não existência de um Criador, trazendo a si o foco da discussão e do saber. O mais absurdo de tudo é ouvir das ciências a afirmação de que as leis mecânicas estruturais do universo se organizaram inteligentemente da própria matéria. Esse obscuro pensamento materialista acaba por doutrinar alguns neófitos das ciências, tornando-os também ateus, e que passam igualmente a rechaçar toda e qualquer forma de existência fora da matéria física. Descartam a alma e o espírito e se tornam robôs programados pelas teorias e práticas das ciências concretas.

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Está claro que a tecnologia avançada de nosso século se deve aos experimentos de homens inteligentes dedicados às ciências. Não fossem eles, o mundo hoje não desfrutaria do conforto e utilitarismo que somente a apurada tecnologia pode proporcionar. Mas há o reverso: se homens das ciências não fossem também ambiciosos e o mundo empresarial não vivesse à busca do lucro fabuloso, grandes males da humanidade deixariam de existir. Governos, da mesma maneira, tiveram e têm suas responsabilidades ao transformar as ciências e a tecnologia em instrumentos do mal. A idade da Terra para o esotérico vai muito além do que supõem as ciências. Os cientistas materialistas entendem a Terra como uma massa rígida surgida há 4.5 bilhões de anos, que um dia, dizem alguns, poderá desaparecer em decorrência de muitas causas. Há hipóteses de que a Terra sofrerá um impacto monumental de um gigantesco cometa ou de outro corpo celeste errante: será destruída e a população humana inteira perecerá. Outros afirmam que quando o núcleo da Terra esfriar sua superfície estará coberta de gelo, tornando-se inabitável. Afirmam também que dentro de poucos milhões de anos o sol extinguirá o seu estupendo calor e todo o sistema solar virá desaparecer. Se retirássemos um pouco de cada uma destas teorias talvez obtivéssemos alguma verdade. O esotérico também sustenta que a o planeta Terra um dia desaparecerá, mas não da maneira sugerida e descrita pelos cientistas ateus. E nem o seu surgimento aconteceria exatamente como é relatado na teoria materialista da criação espontânea. O esotérico sabe que a Terra é um corpo celeste criado pela Mente do Logos para um objetivo adrede, previsto para acolher vidas dentro de um esquema inteligente e com propósitos divinos. Há ainda objetivos maiores e mais profundos a se descobrir da real existência de nosso planeta, e que somente são revelados em pequenas partes a poucos iniciados de graus muito superiores. É sabido, também, nos meios esotéricos, que a Terra vem desempenhando seu papel no cenário objetivo por duas vezes; sairá de cena e tornará a reaparecer concretamente uma terceira e última vez. Nessa freqüência, a Terra possui trilhões de anos terrenos, tendo sua natureza já se transformado completamente por duas vezes. Diríamos que o planeta se encontra neste momento na sua segunda encarnação física concreta. E neste último surgimento atingiu o nadir da materialidade depois de decorridos 6 a 7 bilhões de anos em nosso calendário finito. As ciências, por décadas, vêm pulando de uma teoria para outra, tentando se convencer de que a explicação materialista seja a única a satisfazer as necessidades de o homem entender suas origens. A partir da renascença, da revolução francesa, dos movimentos do iluminismo e mesmo do humanismo, novos formatos do pensamento foram modelados por intelectuais, políticos e homens das ciências, apesar de todas as radicais diferenças e discussões que as idéias trouxeram. A imposição dogmática da igreja, através do despotismo da escolástica, perdeu rapidamente terreno e influências sobre monarquias. As inquisições religiosas foram forçadas a acabar, impérios se viram

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diante de novos desafios face à libertação da França de um regime feudal imposto ao terceiro estado, terminando com os insultantes privilégios do clero e da nobreza, muito embora as lutas de classes continuassem. A Independência da América do Norte e seu modelo democrático, que de certa maneira inspirara a revolução francesa, ajudaram também a reforçar na Europa a idéia de uma nova organização político-social, e a urgente necessidade da constituição de estados laicos. O resultado dessas transformações nas sociedades veio permitir maior liberdade às ciências de contradizer a tirania das idéias religiosas mas, em contrapartida, as ciências firmaram fortemente bases no ateísmo e materialidade. Mas decorridos esses séculos de libertação teológica, tendo as ciências chegado a muitos impasses, a corda ameaça partir no meio, e de fato ali mesmo virá partir. Apesar de toda a sua doutrina, vem se tornando difícil para as ciências sustentar o pensamento materialista como antes, se continuarem a prescindir de uma super-mente para teorias mais avançadas. Essa super-mente, já pensam alguns cientistas, seria pré-existente a toda a criação, e teria estabelecido uma ordem evolutiva com integrações lógicas e perfeitas, intra-relacionadas a dimensões espaço-matéria de diversos padrões vibratórios. Afinal, concluímos nós, de nada adiantou a aplicação lógica científica com a intenção de tentar apagar a idéia da pré-existência de um Criador e de sua imanência e transcendência em todo o universo. Mesmo porque a idéia do Criador está suficientemente calcada nas almas humanas de pelo menos 1/3 da humanidade global. Se por um lado a igreja possa ter contribuído para atrasar o avanço das ciências e a emancipação de uma sociedade justa e equitativa, baseada tão somente nos direitos humanos, o ocidente, por outro lado, deve a esta mesma igreja o fortalecimento da crença no Criador, apesar de todas as incoerências e crimes por ela praticados. A memória da alma é permanente e inviolável, embora este fato não determine a não mudança de atitudes do homem terreno ao uso de seu livre arbítrio. E a personalidade humana pode variar o pensamento em detrimento dos valores da alma, quando certas condições cármicas assim imponham. As religiões não são eternas. Nada é eterno neste mundo de transformações. O oriente, por milênios, vem cumprindo o seu papel de preservar a sabedoria sem idade, auxiliando com isso aos diversos povos do planeta a entender algumas das revelações esotéricas. E, principalmente, vivê-las com práticas e devoção. A construção dessas idéias vem sedimentando-se pouco a pouco na psique humana ao panorama geral da evolução dos povos, ciclos após ciclos. Os surgimentos de raças estiveram sempre submetidos aos processos organizacionais mente-alma levados a efeito pelos mentores dos grupamentos étnicos, e às novas e profícuas idéias que foram calcadas para novos ciclos da consciência humana. A hierarquia planetária dos servidores do Grande Plano da Criação trouxe consigo a tarefa grandiosa de educar e auxiliar no progresso da humanidade e fez isso até onde ela pudesse caminhar sozinha. Esse cuidado esteve naturalmente indissociado da evolução de todos os reinos da natureza, por fazerem parte de um eco sistema mundial. Milhões de anos já se passaram desde o surgimento das primeiras raças humanas. Deixemos de lado às abordagens do início da vida na Terra através da evolução dos organismos uni e pluricelulares, segundo conclusões das ciências

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terrenas. Mesmo por que já explanamos sobre o tema na primeira parte desta obra. Sabemos dos planos das hierarquias solares sobre a passagem e evolução na Terra de sete grandes raças mundiais, cada uma contendo sete linhagens, chamadas subraças, com respectivos ramos e sub-ramos. A ciência esotérica afirma estarmos a mais da metade da passagem da quinta raça raiz, denominada ariana. Há um pro médio de evolução dos integrantes desta raça, em aproximadamente 1.5 milhões de anos, faltando ainda duas outras sub-raças a fim de que se completem as sete no processo evolutivo ariano. Sabe o esotérico das miríades de planetas em nossa galáxia onde massas de civilizações foram criadas. O processo evolutivo das civilizações de outros globos, não escapa, tal como na Terra, das incursões do mal e das lutas contra aqueles malignos portadores de energias destrutivas. As altas tecnologias e inventos de naves interplanetárias parecem ser uma constante em todo o super e macro universos e isso traz para a Terra tanto seres do bem quanto do mal. Entendemos, não obstante, que a humanidade está desde o seu início sob os cuidados das hierarquias criadoras. O ego humano com suas transformações físicas e espirituais segue inserido a um minucioso plano evolucionário a que vimos seguidamente nos referindo, como o Grande Plano da Criação. Esse grandioso Plano abarca situações controladas nos limites do sistema solar e abrange o nascimento e evolução de vidas e reinos em diversas cadeias planetárias, diferentemente daquilo a que nossa astronomia possa ainda compreender. Admitamos que num futuro próximo possam novamente acontecer grandes guerras por invasões ao planeta, tanto nos mundos invisíveis à visão humana como na superfície da Terra. Guerras idênticas - já abordamos - teriam ocorrido na Terra, com os invasores lutando entre si, pretendendo a hegemonia planetária. Nesse particular, vencedores e vencidos deixariam vestígios de suas civilizações e produtos de criações genéticas, que sem o acompanhamento dos seus processadores passariam por mutações, desapareceriam ou se transformariam em seres horrendos viventes em regiões inacessíveis, ocultados em cavernas de montanhas, em selvas cerradas ou no interior do orbe. Alguns grupamentos de homens pré-históricos seriam do mesmo modo produtos dessas experiências mal acabadas. Daí, a arqueologia e a antropologia se confundirem ao tentar buscar nos fósseis e grupamentos primitivos os elos que sequenciariam uma escalada pregressa do homem inteligente na face da Terra. Os dados antropológicos não batem com a história da Bíblia e não se consegue explicar os interregnos verificados entre distantes pólos demarcados por achados, ou simplesmente suspeitados de existir, embora as teorias científicas teimem em relacionar distantes homens das cavernas com protótipos das raças humanas. Muitas provas arqueológicas se encontram sem a menor decodificação, ou, inexploradas após suas descobertas por ordens de governos que não desejam modificar os relatos da história oficial. Acusações de fraudes e provas de montagens híbridas, humana e macacóide, com calotas cranianas, dentes, fêmures e outros ossos de vários donos, adaptados aos conjuntos compondo ícones do evolucionismo darwinista, como o Ramapithecus e Homem de Java, dentre outros, escandalizam e comprometem as ciências. A arqueologia é um ramo dispendioso das ciências, requerendo para sua execução financiamentos governamentais, além de os governos se verem ante a necessidade de celebrar contratos de mútuas cessões de direitos e preservações patrimoniais. Este é o motivo principal que obstrui a verdadeira publicidade sobre os achados e a abertura oficial às opiniões de livres investigadores.

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O que detemos não oficialmente de melhor, não reconhecido pelos ministérios governamentais, são provas obtidas por pesquisadores independentes que exerceram seus trabalhos às suas próprias expensas e conseguiram, muitas vezes sob ameaças, divulgar escondidos e camuflados, dados interessantes associados às teorias mais lógicas e sensíveis. Mesmo assim, por força de leis, escavadores foram obrigados a encaminhar muitos de seus achados aos governos que não os liberaram para estudos e posteriores conclusões da livre iniciativa. Haja visto, num pólo mais acima, o que reclamam os ufólogos e analistas ecléticos acerca de provas obtidas pela agência espacial NASA nas explorações da superfície lunar, nas filmagens de Marte e de outros planetas sobre a existência de objetos e construções lá encontrados. Graças às discordâncias de cientistas, militares, agentes e funcionários da alta cúpula dos departamentos estratégicos - alguns desses já aposentados - fatos censurados têm vazado com certa frequência, suplementados por provas subtraídas dos arquivos secretos. Vez por outra surgem vídeos mostrando trechos das explorações extraterrestres, cujas verdadeiras informações são negadas ao mundo. Há muitos relatos em obras ocultistas de lutas entre as forças do bem e do mal. Há também lendas recontadas em manuscritos antiquíssimos sobre magníficas civilizações que tendo atingido apogeus desapareceram em seguida às decadências de suas culturas. Mesmo nas grandes e desconhecidas raças e naquelas destacadas pela história oficial, as lutas entre o bem e o mal sempre pontearam momentos importantes. Esses fatos não escapam às reflexões constantes e sensatas acerca de guerras interespaciais entre os deuses da criação e os da destruição. A Bíblia, nos seus capítulos finais do Apocalipse, cuja tradução mais aproximada seria “revelações”, mostra pontos bastante claros quanto aos simbolismos ali empregados, comuns nos relatos alegóricos de povos mais antigos. Os simbolismos, por séculos, foram sempre entendidos como representações de verdades ocultadas, cujas decifrações somente poderiam acontecer mediante revelações das chaves ou acurada intuição. De modo geral, significavam segredos de forças e energias presentes na natureza, as quais somente homens com conhecimento seguro poderiam acordá-las e manipulá-las e assim tornarem-se poderosos. A incorporação de forças e energias seria autorizada a quem se tivesse preparado para conseguir suportá-las. Os simbolismos e alegorias esotéricos buscavam exatamente registrar as situações em que os candidatos a esse caminho teriam de se trabalhar física e mentalmente para alcançar esses poderes, ou mesmo lutar para essa finalidade. E os poderes, a quem fossem outorgados, seriam sempre dirigidos para as vias da evolução humana. Esses aspectos do pensamento iniciático continuam em escolas tradicionais ou em grupos herméticos. De tempos em tempos homens especiais alcançam o desiderato, inserindo-se num plano geral de poderes menores, médios ou maiores, aonde muitas de mentes atuam em conjuntos coordenados e integrados desde o mundo físico até dimensões mais elevadas. Desse modo, os eleitos e seus escolhidos trabalham arduamente a fim de suportar a missão de conduzir coletivos para caminhos adrede programados. As lutas entre os poderes das sombras que buscavam iludir e atrelar os candidatos a promessas materiais de riquezas e luxúrias, e as forças da luz que indicavam o

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caminho da libertação das tentaculares forças aprisionantes do mundo, formavam e ainda formam o cerne das alegorias e simbolismos. E por séculos e milênios, fraternidades se organizaram na Terra reunificando forças para formar homens capazes de avançar adiante do conhecimento da humanidade. Foram eles que na decorrência das idades nos legaram novos conhecimentos e revelações obtidos por seus próprios méritos e concentrados esforços. Podemos basicamente dividir o passado, com auxílio da antropologia e arqueologia, em dois estágios absolutamente distintos: a pré-história, onde não existem registros oficialmente coletados sobre a existência de civilizações ou grupamentos étnicos, e a história, propriamente dita, que se acha separada em história antiga e história contemporânea. Da pré-história, pelas vias oficiais, somente possuímos teorias acerca da existência humana e animal, anexadas a pensamentos filosóficos acadêmicos com base em conclusões sobre fósseis e espécies. Como Charles Darwin que imaginou uma evolução por seleção das espécies até chegar ao homo sapiens. Evolução essa completamente refutada pelas correntes esotéricas, que não veem sentido algum em suas conclusões, a não ser de procurar contribuir com um reforço ateu e materialista à idéia de um mundo sem um Criador. Da história antiga e contemporânea há grandes obras, tanto em volume de páginas quanto em esforço acadêmico no sentido de se entender as conquistas humanas. Os estudos sociológicos puderam edificar uma viga mestra que possibilitasse montar uma linha evolutiva histórica das aquisições humanas, segundo os modelos das sociedades de cada época. Baseiam-se os estudiosos para a montagem e remontagem da história contemporânea - quando essa não era ainda contemplada com a tecnologia desenvolvida nos últimos cem anos - em livros, manuscritos, inscrições, relatos, crônicas e achados arqueológicos como peças documentais mais importantes. Entretanto, há notáveis falhas nas manipulações dessa organização. Notam-se claramente inserções de fatos inverídicos ou distorcidos, decorrentes dos interesses de forças contrárias à divulgação da verdade. Assim, fica a história oficial ensinada nos bancos escolares bastante prejudicada diante da realidade permeante aos acontecimentos rolados no tempo e não contados. Hediondas manobras políticas e imposições religiosas e de elites, foram despistadas ou atenuadas nos relatos que a história oficial tratou de divulgar, sedimentar e tergiversar. Porém, pouco a pouco, pesquisadores sérios vêm desencavando dos tortuosos subterrâneos das narrativas veladas, os verdadeiros e ambiciosos motivos das conquistas, denunciando as torpes ações que resultaram em tantas perdas, roubos, explorações, escravaturas e assassinatos de inocentes. Mas a despeito de todas as incongruências e maldades das elites poderosas, o quadro da vida na Terra vem passando por transformações e adaptações que se fizeram e se fazem necessárias. De que serviria agora apurar os verdadeiros fatos que compuseram pelo menos uma parte da real história universal, poderia alguém perguntar, se nada mais pode ser mudado? E responderíamos: historicamente achamos necessário colocar em seus devidos lugares os fatos que marcaram a escalada dos povos e suas verdadeiras sagas. Há que se mostrar o caráter humano, o pensamento sórdido, e, em contrapartida, as verdadeiras aspirações de quem desejou um mundo mais justo, lutou por isso e foi sacrificado. Muitas nações pousaram de exemplos de sociedades

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aculturadas e celeiros de grandes pensadores, mas hipocritamente, ao mesmo tempo em que assim se auto-proclamavam, praticavam pilhagens, provocavam guerras ambiciosas, e tomavam cidades e terras de outros povos. Esses exemplos só vêm demonstrar a inexistência de povos e governantes tão honrados como suas boas histórias pretendem demonstrar ao mundo moderno. Sempre cometeram crimes bárbaros contra seus irmãos de terras estrangeiras que não podem ser apagados, mas cujos danos imputados vêm sendo resgatados nas penas da lei cármica regente dos coletivos e indivíduos isolados. Bem, assim pensam e proclamam os das correntes esotéricas e do espiritismo. Nesse particular, os esotéricos acusam as permanentes ações das forças milenares do mal de manipular os homens destituídos de pensamentos humanitários e possuidores de fracas personalidades. As organizações malignas, contumazes em colocar nos lugares chaves dos governos representantes e colaboradores de seus interesses, incluindo-se nisto as grandes religiões, estiveram repetidamente diante das decisões macabras de guerras, mortandades e situações de desespero. A vida na Terra, neste último século já ultrapassado, teve mudanças rápidas e transcendentais. Além de a população mundial ter crescido assustadoramente, a ponto de atualmente ultrapassar 6,5 bilhões de pessoas - e com isso ter aumentado a busca da satisfação das necessidades básicas - a tecnologia avançou extraordinariamente conforme vimos no primeiro capítulo. Em que pese o desenvolvimento cientifico atualmente alcançado, nunca os problemas que advieram aos povos, decorrentes da superpopulação mundial, tinham atingido tais abalos. Hoje, século XXI, há um fragor diário de guerras, lutas ou combates por todo o planeta. Não há paz na Terra. Os acontecimentos drásticos ocorrendo na natureza do orbe, que as ciências acusam serem provenientes, principalmente, do aquecimento global, tais como furacões, terremotos, enchentes, erupções vulcânicas, temperaturas altíssimas alternadas a baixíssimas, degelos das calotas polares, escassez de água potável e de alimentos, além de outros diversos flagelos, tornaram-se fantasmas a aterrar diariamente à humanidade. Ao esotérico esses acontecimentos importantes e difíceis, têm explicação, e já eram anunciados e esperados há alguns milênios. As lutas que a todo instante irrompem no mundo, estão ligadas aos momentos decisivos de confrontos entre o bem e o mal. O planeta e sua humanidade passam por um expurgo cármico no sentido de se fazer o balanço anunciado recentemente por Cristo, a fim de que o Grande Plano da Criação e o próprio orbe terreno, enveredem por um novo e superior estágio. Há um tempo deliberado no processo evolucionário para que a humanidade chegue a alcançar certos níveis mentais e espirituais. Essas projeções também admitem falhas e perdas, além de considerar uma série de outros acontecimentos que possam provocar desarmonias no orbe físico. A precipitação em grandes proporções de tais e drásticos acontecimentos desencadeia-se neste instante com relativa rapidez, e as consequências definem e estabelecem quais metas foram alcançadas e quem não pode mais avançar. Ou seja, os tempos são realmente apocalípticos e isso envolve um momento astrológico combinado a fatores especiais onde, por exemplo, o planeta começa a verticalizar de volta seu eixo, que se encontra adernado em relação à eclíptica do equador celeste em 23º 27’ desde os tempos da catástrofe do continente atlante. Esse

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fato, da verticalização do eixo terrestre, já é conhecido pela astronomia mundial, mas estranhamente não divulgado pelos astrônomos como deveria, que preferem ocultar essa verdade aos povos. Há inequívocos sinais e cálculos de que o eixo da Terra move-se em direção de sua verticalização, e o fato vem provocando inúmeros abalos sísmicos nos continentes. A expectativa é que novas catástrofes continuarão a acontecer, algumas de proporções maiores do que as já vistas. É impossível que o planeta Hercólobus conhecido e citado pelos sumérios que estaria em rota de aproximação da Terra, não pudesse ainda ser percebido pelas naves espaciais americanas e russas e pelo telescópio Hubble, ou no mínimo suspeitado pelos vários processos detectores. No entanto, as duas potências mundiais compactuam-se num total silêncio quanto ao fato. Registros esotéricos descrevem há milênios a anterior passagem desse planeta próximo da Terra. Agora, continuando a cumprir seu caminho sideral, volta com maior proximidade tangenciando a órbita de nosso planeta, atraindo seu eixo para a verticalização. O Hercólobus, seria o planeta higienizador mencionado por Ramatís, pertencente a outro sistema solar, que vem realizando aproximações cada vez maiores a cada 6.666 anos, e desta feita sendo possível observá-lo a olho nu. É o que nos diz Ramatís, em sua obra “Mensagens do Astral” captada pelo médium Hercílio Maes, em sua primeira edição de 1956: “A composição do magnetismo etéreo-astral desse planeta, em comparação com o mesmo campo de forças da Terra, é indescritível efervescência de assombroso potencial energético, e ultrapassa, então, de 3.200 vezes o mesmo conjunto terráqueo. Inúmeras estrelas que os astrônomos situam no céu variam, também, quanto aos seus núcleos rígidos e sua aura etéreo-astral que, dotadas muitas vezes de igual volume material, diferenciam-se em milhares de vezes quanto ao volume áurico.”. “Esse poderoso imã-magneto, que circula sobre um ângulo do vosso sistema solar, em sua aproximação também influi e se combina à aura etéreoastral dos outros orbes circunvizinhos da Terra, no conhecido fenômeno de contato astrológico. Os cientistas atlantes previam a futura influência do planeta intruso sobre o vosso mundo, pois em seus tratados de astrosofia, a serem em breve conhecidos, já diziam que o “juízo da Terra seria assistido pela ronda da roda de Ra”, ou seja, pela ronda do globo responsável pelo juízo da Terra em torno do Sol.” Antes, o insigne mestre esclarece que a menção ao volume do planeta visitante é relativa ao seu volume áurico e não ao volume material: “Esse volume de 3.200 vezes maior do que a Terra não é referente à massa rígida daquele orbe, cujo núcleo resfriado é um pouco maior que a crosta terráquea. Estamos tratando de sua natureza etéreo-astral, do seu campo radiante e radiativo, que é o fundamento principal de todos os acontecimentos no “fim dos tempos”. É o volume de seu conteúdo energético, inacessível à percepção da instrumentação astronômica terrestre, mas conhecido e até fotografado pelos observatórios de Marte, de Júpiter e de Saturno, cujas cartas sidéreas registram principalmente a natureza e o volume das auras dos mundos observados”. Prosseguiu Ramatís em suas comunicações há mais de cinqüenta anos:

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“Com a elevação gradativa do eixo terráqueo, os atuais pólos deverão ficar completamente libertos dos gelos e até o ano 2000, aquelas regiões estarão recebendo satisfatoriamente o calor solar. O degelo já principiou; vós é que não o tendes notado. Se prestardes atenção a certos acontecimentos comprovados pela vossa ciência, vereis que ela já assinala o fato de os pólos se estarem degelando. Em breve, colossais “icebergs” serão encontrados cada vez mais distantes de suas zonas limítrofes, os animais das regiões polares, pressentindo o aquecimento procurarão zonas mais afins aos seus tipos polares, enquanto peixes, crustáceos, aves e outros animais acostumados aos ambientes tropicais farão o seu deslocamento em direção aos atuais pólos, guiados pelo “faro” oculto de que eles serão futuras zonas temperadas.” O fato dentro da cronologia terrestre, não aconteceu exatamente como previsto por Ramatís, visto o ano 2000 ter passado, e o degelo, embora em proporções que vem seguidamente contrariando às previsões de um tempo mais duradouro de nossos cientistas, estar em processo assustadoramente ágil. No entanto, Ramatís pôde antever acontecimentos que se confirmaram e continuam a confirmar-se. Outro fato corroborante com as afirmações de Ramatís, acerca das revelações astrofísicas dos antigos, são as recentes divulgações de pergaminhos, documentos e decifrações de simbolismos sobre os acontecimentos passados e futuros da Terra. Essas revelações vieram ampliar o assunto e esclarecer muitas dúvidas de esotéricos pesquisadores, bem como reafirmar a veracidade de tantas outras afirmativas das escolas de ocultismo. Mensagens também são captadas de entidades reconhecidamente extraterrestres, trazendo outra visão sobre a proximidade dos acontecimentos que definitivamente se desencadearão no planeta. Falam-nos da existência de um campo de forças magnéticas, denominado “Cinturão de Fótons” ou “Cinturão de Alcyon”. Alcyon é uma mega estrela em torno da qual, no centro da Constelação de Plêiades, gravitam seis outros sistemas solares, e a cujo campo de forças da Constelação, nosso sistema solar irá novamente penetrar. Até então, nosso sistema solar viajava numa órbita perpendicular ao sistema Alcyon, entrando nele a cada 10.800 anos, lá transitando por milhares de anos para de novo sair. Entretanto, a partir de 12/12/20012 ou de 21/12/2012, segundo várias predições dos antigos, nosso sistema solar irá penetrar este “Cinturão de Fótons” onde permanecerá em órbita definitiva em torno de Alcyon, dando início à grande Era Dourada, da qual a Era de Aquário é parte. Essa data do calendário gregoriano é coincidente com o término do grande calendário ancestral Maia, assinalando assim o final de um grande ciclo astronômico-astrológico. O motivo de também haver grande expectativa sobre o ano 2012 é a constatação esotérica dos descendentes atlantes de que aproximadamente a cada 550.000 anos o planeta Terra diminui a rotação em torno de seu eixo até atingir o ponto zero. Então passa a girar no sentido inverso. Esse fenômeno faz com que se alterem e se enfraqueçam todos os circuitos eletromagnéticos que envolvem o planeta, determinando uma série de consequências nas comunicações planetárias e na saúde dos habitantes. Outro acontecimento paralelo é o fato de ao limiar da Era de Aquário, pouco mais de 1/3 da humanidade se elevar vibratoriamente a quarta e quinta

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dimensões, ou seja, estar alcançando um novo status evolutivo em sua caminhada rumo à libertação do ciclo terrestre. Dessa maneira, as vibrações astrais e mentais que permeiam o planeta, alcançando nossos corpos e cérebros, dão-nos desde logo outra percepção do fenômeno tempo, fazendo com que um dia de 24 horas se desenrole como se fosse de 16 ou 18 horas. Até que isso se consolide e nosso sistema solar venha se estabilizar nas novas condições sistêmicas astrológicas, os fenômenos açuladores que vergastam a natureza continuarão a se desfechar, pois além de o planeta visitante imprimir seu magnetismo na verticalização do eixo da Terra, os choques de nosso sistema solar com o campo de forças do Cinturão provocarão desde o início outros fenômenos aterradores no mundo. O fato também coincide com a predição da grande colheita da humanidade, referida na Bíblia, em que os direitistas de Cristo serão recompensados por sua lealdade e obras, ao passo que os esquerdistas, representando 2/3 da população global, se verão lançados ao inferno, mas segundo Ramatís, expurgados para o planeta higienizador.

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CAPÍTULO XIII MUNDOS

Passemos agora a tratar da construção dos mundos, chamados também de dimensões ou planos de vibrações, conhecidos pelos ocultistas há milhares de anos. Certas correntes reconhecidamente científicas bem como leigos estudiosos dos fenômenos da matéria, falam hoje com muita freqüência de universos paralelos. Essa discussão tem chegado ao público como se fosse novidade, principalmente pela necessidade de as ciências oficiais demonstrar que perscrutam e investigam tais fenômenos. É sabido que a matéria é energia concentrada. Há algumas décadas cientistas conseguiram criar um esboço de matéria em laboratório, partindo exatamente de concentração de energia, fazendo surgir novas partículas com cargas positivas, a exemplo de anti-elétrons. Desde então, os conceitos de matéria têm avançado e alcançado interpretações que ultrapassam os conhecimentos antes compendiados. Entretanto, está longe ainda o dia em que as ciências sejam capazes de criar um tipo verdadeiro de “matéria vivificada”. E mesmo que a produzam em laboratório, a criação estará imperfeita e inacabada, será um tipo sintético, pois não há como incorporar na matéria artificialmente criada os princípios da energia-vida e de Anima Mundi, fusionados na natureza. É simplesmente impensável ao esotérico as ciências chegar a produzir a energia-vida. Nem mesmo o Logos Solar tem ou teve esse poder, senão o de incorporar em Si mesmo a suprema mensagem do incognoscível Espírito Infinito do Logos-Cósmico, o Parabrahman dos indus, para imantar a todo o sistema solar a fim de que a energia-vida por ele se manifestasse. A idéia de universos paralelos, admitida por alguns cientistas e rechaçada por outros, parte de premissas da pré-existência da antimatéria. Antimatéria, por definição simples, seria um positron que é gerado por uma substância radioativa. Ele é um antielétron, ou antimatéria do elétron: é a partícula de carga elétrica positiva do átomo. O elétron, ao contrário, é uma partícula do átomo possuidora de carga elétrica negativa e quando um positron encontra um elétron, ambos se aniquilam e desaparecem, resultando em dois raios gamas, que são chamados fótons. Os fótons são a energia transformada dos pares anti-elétron/elétron que têm como características a energia de 511.000 elétrons-volts. Em outras palavras, antimatéria seria a matéria comum ao inverso, ou seja, com todas as cargas eletrônicas invertidas. Na realidade, as partículas elétricas positivas e negativas em si mesmas não são a antimatéria, mas sim formadoras dos átomos que são unidades constitutivas da matéria. Os átomos que possuam em suas estruturas as partículas em mútuas oposições e antíteses, ao se chocar se aniquilarão vindo constituir assim a antimatéria.

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Matéria e antimatéria já eram bem conhecidas dos antigos iniciados, que as visualizavam em dois campos de energias afins e contrárias. Encontramos várias referências do conhecimento subjetivo do átomo pelos antigos, como sendo uma partícula vibratória da energia concentrada em toda a natureza. Não devemos nunca nos esquecer que muitas gerações de iniciados do passado, ao desenvolver a vidência espiritual, puderam perceber os átomos constitutivos de todas as formas de vida. As posturas objetivas e práticas que o Tao tibetano utilizava e utiliza no despertar e circular de certas correntes de energia nos corpos sutis dos iniciados, trazem implícito o conhecimento da aparente dualidade energia-matéria. Tanto as órbitas dos elétrons em torno dos núcleos de seus átomos como as energias circulantes pelo interior dos corpos energéticos do homem, descrevem idênticos trajetos. O próprio símbolo do Tao, ao externar uma figura composta de dois semicírculos em oposição, um preto e outro branco, dá-nos a idéia do negativo e positivo, que poderíamos transpor para a analogia matéria/antimatéria. A intenção das ciências em posicionar uma dimensão de matéria e outra de nãomatéria prende-se a uma lógica irrefutável da formação da própria matéria, segundo os cientistas. A questão que certamente os deixou muitas horas com insônias seria: de onde vem a energia que se cristaliza em matéria? Foi fundamental que eles finalmente percebessem a ação dual positron/elétron para entender a fusão de dois átomos, por exemplo, nos aspectos energia-matéria, e a aniquilação de ambos simultaneamente. Vemos nisto também uma possível analogia com um processo de sublimação. Esta dualidade energia-matéria, como dissemos, já vinha encontrar a sabedoria milenar de antigos iniciados que sabiam da existência de uma dimensão intrarelacionada ao mundo físico, formada, principalmente, pela efusão de quatro éteres, e, por isso, chamada atualmente de mundo ou plano etérico. A presença etérica desse mundo atua como matriz e condensadora de todas as energias cósmicas e da natureza planetária, que incidem sobre e ao interior de todas as formas de vida. Até mesmo uma pedreira, uma montanha, um rio, um mar, um oceano, uma folha ou um minúsculo grão de areia, são portadores dessa energia-forma etérica, responsável por captar e retransmitir o cosmos e dar conformação a elementos e organizações atômicas. O éter cósmico representa uma face ou véu universal na organização dos padrões vibratórios de nosso sistema solar. O mundo das formas densas e concretas que conhecemos, conjuntamente ao mundo etérico planetário, são ambos as representações da totalidade energia-matéria do mundo físico que se completam entre si. A base na formação do mundo etérico é justamente o éter cósmico, que ao permear o globo Terra, expande-se e se contrai, organizando-se em quatro distintas variações. O éter cósmico passa então a ser identificado como éter físico, e suas quatro variações distinguem-se por qualidades inatas que conformam e participam das funções vitais de todos os seres físicos inanimados ou superiores, na gama total dos quatro reinos da natureza. Mas voltemos ao início de tudo, quando o Logos surgiu objetivamente delimitando com Sua Mente Universal o circulo de Sua manifestação. Trabalhando a matéria primordial, o terceiro aspecto do Logos estabeleceu as matrizes de cinco sucessivos mundos e as preencheu com a matéria. Os indus sempre postularam que o universo

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está delimitado por sete grandes mundos e estes mundos, segundo eles, têm as seguintes denominações:

1. Adi 2. Anupadaka 3. Atma 4. Buddhi 5. Manas 6. Kama 7. Sthula

= Mundo Divino = Mundo Monádico = Mundo Espiritual = Mundo Intuicional = Mundo Mental = Mundo Emocional = Mundo Físico

Quando o Logos surgiu para a objetividade veio imediatamente atuar a partir do mundo Adi, que Ele encontrara construído, e onde estabeleceria seu laboratório. Tanto quanto Adi, o mundo Anupadaka também já existia no momento em que o Terceiro Logos passou a atuar objetivamente no sistema solar. Vejamos o que nos diz A.E. Powell em sua obra O Corpo Causal e o Ego: “Podemos conceber os planos Adi e Anupadaka, como existentes antes da formação do sistema solar..”. Adiante ele contínua: “O Terceiro Logos, a Mente Universal, atua sobre a matéria do espaço Mulaprakriti, a celestial Virgem Maria - alterando do equilíbrio estável para o equilíbrio instável as três qualidades da mesma: Tamas (inércia), Rajas (movimento), e Satva (ritmo), colocando-as, por conseguinte, em movimento contínuo, uma em relação com as outras. O Terceiro Logos cria assim os átomos dos cinco planos inferiores - Atma, Buddhi, Manas, Kama e Sthula. Fohat os eletrifica, dando-lhes vida e separa a substância primordial, ou matéria pregenética, em átomos”. A matéria primordial, ou pregenética, é também interpretada como éter (ou aether), conhecida da mesma maneira por Akaza na sua generalidade. “Akaza é, propriamente, a primeira diferenciação da matéria pregenética”, diz-nos Alice Bailey em Um Tratado do Fogo Cósmico, que coloca ainda o seguinte: “Akaza, em manifestação, se expressa ela mesma por Fohat ou energia divina, e Fohat nos diferentes planos (ou mundos) é conhecido por aether, ar, fogo, água, eletricidade, éter, prana e termos similares. É a soma total daquilo que é ativo, animado ou vitalizado, e tudo o que a ele (Fohat) é concernente na adaptação da forma para a presença da chama interna da vida”. Podemos agora entender que a Mente Universal, ou terceiro aspecto do Logos, produziu a primeira ação plasmadora do sistema solar, construindo objetivamente os arquétipos dos cinco mundos, ao mesmo tempo em que os preenchia com a matéria pregenética já diferenciada em seus principais atributos. Nessa ação da Mente Universal vamos encontrar tanto a matéria pregenética já animada e pronta para

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frutificar, como em seu estado anterior ainda “in natura”, improdutiva e não diferenciada. Temos então que o terceiro aspecto do Logos estabeleceu as matrizes dos cinco mundos abaixo de Anupadaka, preenchendo-os com a matéria pregenética diferenciada. Diz A.E. Powell: “A esta obra do Terceiro Logos se a denomina correntemente a Primeira Onda de Vida ou A Primeira Emanação”. O terceiro aspecto do Logos trabalhou cada mundo estabelecendo o tipo de vibração dos seus respectivos átomos, dando assim características especiais às matérias de Atma, Buddhi, Manas, Kama e Sthula. Diz-nos ainda A.E. Powell: “Sob a atividade diretiva do Terceiro Logos, se despertam nos átomos de cada plano, novos poderes e possibilidades de atração e de repulsão: de maneira que se congregam em moléculas; destas moléculas simples se formam outras mais complexas, até que em cada um dos cinco planos há seis subplanos inferiores, havendo sete no total de cada plano”. A tradição esotérica nos dá conta de que o sistema solar se teria formado em sete grandes períodos. Os mundos Adi e Anupadaka seriam os dois primeiros grandes períodos da história do sistema solar e os cinco mundos de que estamos agora tratando completariam o setenário trabalhado por Deus. Este tempo na Bíblia é estabelecido em sendo sete dias. Evidentemente esta cifra é um elemento simbólico, mas aceito literalmente pelos seguidores do velho e novo testamentos. Mediante a cosmogonia esotérica aqui tratada e pelas decorrentes consultas às obras citadas, podemos concluir que o Deus Criador do sistema solar poderia tê-lo edificado em duas etapas distintas. A primeira, por intermédio de outro agente que pudéssemos chamá-lo igualmente de outro Logos, e que não se restringiria tão somente ao nosso sistema solar, mas que não seria exatamente o mesmo construtor dos cinco mundos abaixo de Anupadaka. Esse Logos precursor, teria unicamente construído os dois mundos superiores. A segunda etapa, seria a da construção dos cinco mundos seguintes através da ação do Logos Solar de nosso atual sistema. Conforme mencionamos anteriormente, a matéria pregenética foi trabalhada pelo Terceiro Logos que ao encontrá-la em caos, ou seja, improdutiva, ativou-a do mundo Adi. Dessa maneira, atribui-se ao Deus imanifesto e desconhecido a ideação do sistema solar em sete grandes períodos, mas provavelmente em duas distintas épocas e por dois meios de atividade. Estando os cinco mundos construídos pela ação do Terceiro Logos, aconteceria a Segunda Grande Emanação criadora. Essa segunda ação plasmadora dos mundos chega pela participação do segundo aspecto do Logos ou segunda pessoa da Trindade, ao introduzir neles Seu Espírito. Diz-nos A.E.Powell: “A Segunda Pessoa da Trindade toma forma assim, não só da matéria “virgem” ou improdutiva, senão da matéria já animada pela vida da Terceira Pessoa. Tanto a vida como a matéria a cobrem com vestimenta. É assim exata a

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afirmação de que encarna do Espírito Santo e da Virgem Maria, que é o verdadeiro significado deste importante parágrafo do credo cristão”. O Segundo Logos é caracteristicamente conhecido como o Cristo Cósmico, a segunda pessoa da Trindade de nosso sistema solar. A questão da Trindade, como tratada pelo esotérico, traz a Existência Única do Cristo Cósmico apropriada a cada situação e vidas de acordo com o processo natural e cíclico de expansão de consciência. E mediante isso, concluímos: Assim, o Cristo é a representação da fusão espírito-matéria num momento da criação do sistema solar. Também é na fusão espírito-matéria de um planeta ou de uma cadeia planetária, e é na fusão da personalidade com a alma no momento da verdadeira identidade. As relações positivo-negativo representam os elementos por cujas polaridades e síntese a ação crística opera tanto na consciência quanto na matéria. Desta maneira, Deus é Cristo num momento da macro-criação do sistema solar; é Cristo na formatação de um macro-átomo em Sol ou num planeta, e é Cristo na macro-vida ou Alma Divina de uma unidade de consciência quando Ela reativa e cimenta Sua qualidade à alma terrena, divinizando o homem peregrino. Portanto, a Segunda Grande Emanação do Deus Criador será realizada pelo Segundo Logos, que fará a fusão espírito-matéria nos cinco mundos abaixo de Anupadaka, porquanto espírito e matéria nos mundos objetivos atuam pela ação de leis sistêmicas. Descerá respectivamente em Atma, Buddhi e Manas. No mundo Manas, entretanto, onde há uma divisão simbólica de Manas Superior e Manas Inferior, o Logos tomará a matéria trabalhada pelo Terceiro Logos e edificará dois Reinos. Esses Reinos, somente conhecidos do esotérico e ocultista, são chamados Reinos Elementais devido à constituição de suas matérias. O primeiro Reino Elemental será edificado na parte superior de Manas, enquanto o segundo Reino Elemental será edificado na parte inferior de Manas. É importante ressaltar que Manas Superior é formado pela matéria mental que se articula pelo pensamento abstrato, enquanto que o Manas Inferior se articula pelo pensamento concreto. Ao atuar no mundo Kama, conhecido também por Mundo Astral, o Segundo Logos dará formação ao terceiro Reino Elemental. Entrando no Mundo Sthula, ou mundo Físico, o Logos virá trabalhar a energia-forma do mundo etérico. Nessa relação, podemos considerar que as cinco fases da Segunda Emanação do Logos se desdobraram em seis para dar formação a sete na matéria dos mundos. Ou seja, duas ações Atma-Budhi, duas ações Manas-Superior/Manas-Inferior, para constituir os dois primeiros Reinos Elementais, uma ação em Kama dando formação ao terceiro Reino Elemental e uma ação no Mundo Etérico para o quarto Reino Elemental. O resultado da pressão do Logos no arco de descida se revela na sexta ação, pela fusão energia-matéria do Mundo Etérico, que mais tarde se materializará em formas físicas concretas. Esse último e natural acontecimento virá configurar o sétimo resultado da ação do Segundo Logos nos cinco mundos inicialmente construídos pelo

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Terceiro Logos. Daí, também, a outra analogia dos sete dias da criação em que Deus trabalharia seis dias e descansaria no sétimo. A ação do Segundo Logos no Mundo Etérico provocará a construção física dos quatro reinos e a possibilidade das expressões das formas de vida que hoje conhecemos. Os reinos mineral, vegetal, animal e humano alcançarão assim suas máximas densidades ou concretismo, tendo a pressão criadora e organizadora do Segundo Logos chegado ao nadir da materialidade. A materialização da forma planetária e de todas as suas vidas levaria, no entanto, alguns milhões de anos terrenos para se concretizar plenamente, visto o corpo planetário estar ainda em processo de transição da matéria etérica para a matéria física através da ação ígnea, que é o elemento primordial do universo. A criação dos reinos na Terra, conforme estamos sintetizando, somente alcançou o definitivo estado concreto quando a Terra passou a ser o centro de enfoque de sua cadeia, e a partir do instante que o espírito planetário lunar migrou da Lua para a Terra. O espírito da Terra, portanto, já teve sua primeira encarnação no ciclo lunar, ou seja, quando a Lua representou para sua cadeia o que a Terra hoje representa para a atual. Este é o motivo de o esotérico admitir que a Terra esteja em sua segunda encarnação física concreta, tendo antes se materializado com o corpo planetário lunar. Quando um ciclo evolucionário de uma cadeia planetária se encerra, não só os produtos dos reinos se transferem de um orbe para outro, quanto o seu espírito e parte de sua matéria.

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CAPÍTULO XIV CADEIAS PLANETÁRIAS Antes de tratarmos propriamente da evolução vidas-reinos, vejamos o que são cadeias planetárias. O Logos ao estabelecer o circulo de sua existência, também denominado de “circulo-não-se-passa”, determinou o seu campo de manifestação como encarnação do sistema solar. É sabido pelo esotérico que o sol material representa o corpo físico do Logos, existindo ainda duas outras representações solares nessa manifestação: o Sol Central Espiritual e o Coração do Sol. Precisando o Logos fazer torrentes de vidas se manifestar no Grande Plano da Criação, idealizou 10 esquemas de cadeias planetárias com 7 globos em cada esquema, portanto 70 globos planetários. Cada esquema encarna 7 cadeias, manifestando assim 49 globos nas suas 7 encarnações. Havendo 10 esquemas de cadeias teremos ao final de suas 7 encarnações a manifestação de 490 globos. Entretanto, os mestres do esoterismo referem-se à passagem das vidas em cada globo numa encarnação da cadeia, como globos-períodos. Assim, a cada ronda ou giro vamos ter 7 globos períodos. Ao final das 7 rondas teremos, portanto, 49 globosperíodos, ou 1 período-cadeia, ou uma encarnação da cadeia. Ao final das 7 encarnações da cadeia, ou 7 períodos-cadeias, teremos 343 globos-períodos ou um esquema de evolução. Considerando-se todas as cadeias com igual desenvolvimento, resultam 70 períodos-cadeias, ou 3430 globos-períodos, ou 10 esquemas de evolução ou o sistema solar. Ao criar os mundos e determinar o tipo de matéria de cada um deles, o Logos propiciou que pudessem existir reinos e evolução em cada um dos mundos. A consciência do Logos é o próprio sistema solar e as vidas que nele evolucionam estão todas contidas em Sua consciência. Os mundos criados pelo Logos nessa manifestação do sistema solar foram cinco; dessa maneira, os dez esquemas de cadeias planetárias estão distribuídas com as respectivas organizações atômicas relativas às matérias de cada um desses cinco mundos. As cadeias em seus respectivos esquemas começaram a ser habitadas em tempos diferentes, estando, portanto, umas adiantadas em relação às outras. Temos informações sobre sete atuais esquemas; os três restantes são ainda ignorados quanto aos seus graus e aspectos evolutivos. São as seguintes as denominações dos sete esquemas: Vênus, Terra e Netuno, representando os mais adiantados, sendo Vênus o mais evoluído dos sete esquemas. A seguir, sem ordem evolutiva por faltar dados mais concretos, temos os esquemas de Vulcano, Júpiter, Urano e Saturno.

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Conforme vemos, o atual sistema solar entendido pela astronomia difere totalmente daquele revelado ao esotérico, visto essa ciência oficial admitir a existência unicamente de planetas de matéria concreta. E o esquema da Terra atravessa agora a quarta encarnação da cadeia, havendo dentre os seus sete globos três com corpos de matéria física concreta. A cadeia atinge, nesse atual período, sua máxima densidade física e como tal o planeta Terra é a principal referência do processo evolutivo na cadeia. Vejamos um esboço simples de nossa cadeia. _____________________________ A

O

O

G

_____________________________ B

O

O

F

_____________________________ C

O

MARTE

D

O

O

E

MUNDO MENTAL MUNDO ASTRAL

MERCÚRIO

MUNDO FÍSICO

TERRA

_____________________________ Os globos A e G têm matéria do mundo mental; B e F têm matéria do mundo astral e C, D e E têm matéria física concreta. Os planetas Marte, Terra e Mercúrio, portanto, são aqueles em nossa cadeia possuidores de matéria física densa. O enfoque principal da cadeia nesse momento, como dissemos, é o planeta Terra, pois nele os reinos fervilham de energias e forças em continuadas renovações. Isto se deve ao fato de as precipitações das torrentes de vidas na encarnação da cadeia, ter inicio no globo A, migrar para o B e para o C, e já há algum tempo se estabelecer no globo D, a Terra. Na Terra, as torrentes de vidas precisarão continuar a adquirir novas experiências na matéria, o que nos descortina ainda um futuro de uns poucos milhões de anos. As torrentes de vidas ao alcançar a Terra, terão atingido o seu nadir ou o ponto máximo da involução. Quando terminar o tempo de suas experiências neste nosso planeta, as torrentes de vidas migrarão para o planeta E (Mercúrio), onde a partir daí se dará o novo enfoque da cadeia com os produtos principais migratórios da Terra e de outros globos da própria cadeia, ou de fora dela. Nesse avanço para Mercúrio, se iniciará a escalada do arco ascendente para as vidas em evolução. No entanto, é bom destacar que a partir do instante em que as vidas mergulham do globo A para o B, e sucessivamente até o D, no arco descendente, estes saltos involutivos já representam em suas bagagens saltos evolutivos, pois as experiências que as múltiplas vidas virão adquirir nos reinos dos mundos de matéria sutil, também serão para elas situações novas. O processo evolucionário é extremamente longo, profundamente bem elaborado, pleno de inúmeras e insólitas alternâncias e notadamente minucioso. É muitas vezes complexo, necessitando de seguidas reflexões e pesquisas para o seu entendimento mínimo, e treino do estudante nos níveis do pensamento abstrato. E não seria mesmo possível destacá-lo inteiramente nesta obra, ou em qualquer outra escrita por mãos humanas, e mais ainda pelas limitações dessas páginas. 108

Temos, assim, que o ponto máximo de aprofundamento acontece quando as torrentes de vidas atingem o reino mineral. Daí em diante se inicia o sentido ascendente do arco que irá terminar no globo G. E como vimos, um percurso inteiro das torrentes de vidas que se inicia no globo A, descendo o arco, atingindo o globo D, e depois galgando o arco ascendente até alcançar o globo G, é chamado no esoterismo de uma ronda. Quando uma ronda se completa acontece o que é denominado de “pralaya de ronda”, caracterizado pelo recolhimento de toda a cadeia, que desaparecerá da objetividade talvez até por milhões de anos terrenos. Não nos esqueçamos de que os padrões de tempo nos mundos superiores não são os mesmos da Terra, pois as vibrações no espaço-tempo em tais mundos são bem mais rápidas, e milhões de anos lá podem representar somente algumas centenas de anos aqui na Terra, segundo nossos calendários. A cadeia ao reaparecer trará basicamente as mesmas vidas que reiniciarão suas evoluções a partir do globo A. Sete sucessivas vezes acontecerão rondas, e ao cabo da sétima se terá completado uma encarnação da cadeia, que novamente entrará num repouso, dessa vez mais amplo, chamado de “pralaya de uma cadeia”. Esse período de recolhimento serve para definir novas etapas e estratégias que as hierarquias criadoras estabelecerão para a vindoura encarnação da cadeia, além de propiciar às vidas um retempero de suas longas caminhadas. As vidas são trabalhadas enquanto permanecem num estado parecido ao letárgico. Através de um processo de indução, acontecerá um reabastecimento energético que as virá fortalecer e estimular para que, nas suas futuras manifestações, venham corrigir os erros em que estiveram incursas e que as fizeram fracassar em muitas instâncias da caminhada. Façamos alguns repasses do que já foi dito anteriormente e destaquemos em tópicos, aspectos que se desdobrarão ou implicarão nas encarnações de nossa cadeia planetária. 1.

São sete os reinos existentes nos mundos da cadeia planetária da Terra. Quatro são os reinos chamados mineral, vegetal, animal e humano. Três são chamados reinos elementais, dos quais pouco sabe o esotérico. Na realidade, para que as unidades de consciência cumpram todas as suas etapas evolutivas precisarão galgar, além dos sete reinos já mencionados, três outros. Entretanto, não nos ocuparemos deles pelo fato de representar estágios acima do humano e pelas poucas informações que deles se detem. Os reinos vêm à existência através da ação do Segundo Logos que trabalha à matéria dos mundos construídos pelo Terceiro Logos, organiza as formas através das quais as miríades de vidas atuarão objetivamente, além de imprimir nos reinos as matrizes ou modelos arquétipos da energia-forma pela ação de anima-mundi.

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2.

Anima-mundi, a alma universal, é característica do Terceiro Logos, no entanto atuante nas formas de vidas das matrizes arquétipas dos reinos, pela ativação da energia do Segundo Logos no seu trabalho espírito-matéria. Não se deve julgar que as ações do Terceiro Logos sejam parciais e temporais para que depois se determine o momento da participação do Espírito do Segundo Logos. Esse trabalho é simultâneo, de Um para Outro, absorvendo-se Um no Outro sem que as qualidades se diluam em suas características básicas e fundamentais, mas sim se complementem sem perder suas essencialidades. 3.

4.

A energia-vida e a energia-forma, sob um ângulo mais restrito, são a mesma essência emanada do Segundo Logos quando Ele estabelece o seu divino cimento em cada átomo ou partícula de vida organizada dos reinos. A diferença reside na relação “qualidadevida” e “qualidade-forma”, que além de estabelecer funções específicas se complementam nas relações positivo-negativo ou vida-matéria. Na primeira encarnação da cadeia havia: a. Dois globos A e G no mundo Atma, dois globos, B e F no mundo Buddhi, dois globos C e E no mundo Mental Superior e um globo D no mundo Mental Inferior. b. Na segunda encarnação a cadeia desceu um mundo, havendo dois globos A e G no mundo Buddhi, dois globos B e F no mundo Mental Superior, dois globos C e E no mundo Mental Inferior e um globo no mundo Astral, deixando assim de ter globos no mundo Atma. c. Na terceira encarnação a cadeia desceu outro mundo. Havia dois globos A e G no mundo Mental Superior, dois globos B e F no mundo Mental Inferior, dois globos C e E no mundo Astral e um globo D no mundo Físico Concreto, deixando assim de ter globos nos mundos Atma e Buddhi. d. Na quarta e atual encarnação a cadeia desceu mais um mundo. Há dois globos A e G no mundo Mental Inferior, dois globos B e F no mundo Astral e três globos C, D e E no mundo Físico Concreto. e. Na quinta encarnação a cadeia subirá, passando a ter um globo D no mundo Físico Concreto, dois globos C e E no mundo Astral, dois globos B e F no mundo Mental Inferior e dois globos A e G no mundo Mental Superior. f. Na sexta encarnação a cadeia continuará a subir, passando a ter um globo D no mundo Astral, dois globos C e E no mundo Mental Inferior, dois globos B e F no mundo Mental Superior e dois globos A e G no mundo Buddhi.

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g. Na sétima encarnação a cadeia subirá pela última vez no esquema, passando a ter um globo D no mundo Mental Inferior, dois globos C e E no mundo Mental Superior, dois globos B e F no mundo Buddhi e dois globos A e G no mundo Atma. 5.

Um reino perfaz o período inteiro das sete rondas ou uma encarnação da cadeia para evolucionar. São necessários bilhões de anos para atingir um ponto máximo da escala prevista no seu avanço, a fim de que seus produtos sejam levados ao reino seguinte para a continuidade evolucionária. Essa evolução se dá pelos índices alcançados na intimidade da energia-alma do reino, somados todos os avanços das diferentes almas-grupos das espécies do reino. Quando os sucessos de um reino pulam para o reino seguinte ao início de uma nova encarnação da cadeia, o vácuo existente formado pelas vidas que se foram é preenchido pelas novas vidas que chegam do reino anterior. As vidas graduadas que pulam de reino necessitarão de mais uma encarnação inteira da cadeia nesse seu novo reino, que são novamente sete rondas, para poder avançar para o reino seguinte. Essas escaladas dos reinos proporcionam os índices de progresso numa encarnação de uma cadeia.

6.

Apesar de as vidas se organizar em almas grupos, há unidades que avançam além do previsto bem como há aquelas que se atrasam ou estacionam. No caso do avanço excepcional, as vidas nesse padrão se habilitam a pular para o reino seguinte e se incorporar nas formas mais atrasadas daquele reino, mas se adiantando em milhões de anos em relação ao seu anterior reino e a sua espécie. No caso de atraso ou estanque, as vidas nessas situações permanecerão nos seus reinos durante a nova encarnação da cadeia, tendo, portanto, de rever suas experiências e aquilatar necessários valores. O reino humano está também inserido nesse processo, todavia não exatamente da mesma maneira que os reinos anteriores. O homem já é uma unidade de vida que ao cabo de algumas rondas pode alcançar status superiores e diversos, não necessitando mais reencarnar-se por imposição da lei evolutiva. Estará, assim, antecipando-se à libertação do carma e se habilitando a, dentro em pouco, deixar o planeta em direção de outra cadeia ou sistema solar da galáxia.

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Um quadro geral das cadeias planetárias de nosso sistema solar pode ser resumido no seguinte: 1 ronda = 7 rondas =

7 globos-períodos 49 globos-períodos, 1 encarnação da cadeia, 1 período-cadeia.

7 encarnações da cadeia =

7 períodos-cadeias, 49 rondas, 343 globos períodos, 1 esquema de evolução.

70 encarnações das cadeias, 70 períodos-cadeias, 490 rondas, 3430 globos-períodos, 10 esquemas de evolução =

O sistema solar.

Os aspectos da criação e evolução do sistema solar avançam sempre para estágios maiores e mais adiantados em que neles se inserem as hierarquias criadoras e mantenedoras do grandioso Plano. Nesse particular, podemos adicionar brevemente, pela complexidade do assunto e pela falta de espaço nesse trabalho, acerca do espírito planetário que na sua essência é o próprio planeta Terra. A Terra, como atravessa um momento impar na sua história, sendo o ponto chave aonde quase todos os produtos da cadeia aqui se manifestam em reinos, detém a responsabilidade de encarnar o que é chamado um dos sete Logoi Planetários, ou o Homem Celestial. Esse Logos (ou um dos Logoi) que encarna todo o processo evolutivo da cadeia, é um dos ministros do Logos Solar sendo, em verdade, o deus planetário sobre quem pesa toda a responsabilidade de plasmar a vontade, inteligência e sabedoria emanados do Logos Solar, e desses atributos construir no espaço-tempo. Quando a cadeia do planeta Terra tiver alcançado todos os objetivos que dela se esperam, sob a tutela e incorporação do Logos Planetário e assistência de sua hierarquia, o Logos terá obtido a sua iniciação final na cadeia e avançado para outras conquistas. Acontecimentos semelhantes ocorrerão com os seis outros Logoi das respectivas cadeias de nosso sistema solar. Por oportuno, o Logos Planetário de nossa cadeia veio de Vênus para a Terra há milhões de anos durante o período lemuriano, sendo conhecido, dentre outros nomes, por Melquisedec e Sanat Kumara.

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CAPÍTULO XV DOS REINOS À HUMANIDADE O esquema da escala evolutiva da cadeia do planeta Terra prevê as vidas atingindo o seu ponto mais alto num determinado período, que não sabemos com exatidão. As vidas reiniciam propriamente suas caminhadas a cada nova encarnação da cadeia, ao ingressar sucessivamente em cada um dos seis reinos, deles saindo após bilhões de anos para finalmente chegar ao reino humano. As vidas agrupadas por afinidades nos estágios dos três reinos não humanos podem também ser classificadas como “vidas essenciais temporárias”, visto terem estado submersas nos campos vibratórios das almas-grupos que são formações das essências das matérias dos mundos. Existem tipos de essências nos mundos superiores que as vidas as tenham atraído e delas se revestido quando da passagem pelos três “reinos elementais”, bem como existe, mais adiante, essência da matéria atômica do mundo etérico. Diríamos, para melhor entendimento, que cada vida ao envolvimento das matérias essenciais de sua alma-grupo, mergulhou com a alma-grupo na respectiva energiaalma dos reinos mineral, vegetal e animal, ligou-se à energia-forma de uma espécie ou gênero, e ali obteve as experiências almejadas. Um animal, um vegetal ou mineral não são a reencarnação em si mesmos de uma vida, pois sob a contextura de uma almagrupo e de suas capas protetoras, a vida não pode ser algo encarnante. Uma unidadevida precisa permanecer ligada às funções interiores de uma alma-grupo num determinado reino durante muitos ciclos. Mas sua ligação com a espécie de um reino se estende para fora da essencialidade da alma-grupo, ou seja, a unidade-vida se lança para além dos limites da alma-grupo e de um determinado espaço se liga vibratoriamente ao exemplar do reino. Quando o exemplar do reino deixa de viver, por diversas contingências, a unidade-vida então é puxada magneticamente de volta ao círculo de existência de sua alma-grupo. Várias unidades-vidas de uma só alma-grupo podem ligar-se simultaneamente a um único exemplar de uma determinada espécie de um reino, segundo suas afinidades principais e secundárias. Parece não haver uma regra fixa quanto ao número de vidas e suas ligações com um só exemplar de uma espécie. Mas quando houver a seleção individual de uma unidade-vida se associando a um único exemplar de uma espécie, essa vida terá alcançado o status de poder abandonar aquele reino migrando para outro. Esse fato acontece, por exemplo, com uma rocha, uma árvore ou animal, mas extensivo somente às particulares espécies dos reinos que possam proporcionar às unidades-vidas as últimas e derradeiras experiências de um reino antes da migração para outro reino. De bilhões nascidas do Logos, existem sete tipos de vidas alinhadas com seus sete tipos de almas-grupos, relativas e respectivas às sete variações dos raios

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cósmicos. E conforme dissemos, uma só alma-grupo pode conter várias unidadesvidas de um mesmo raio. Dessa maneira, cada alma-grupo básica pode desdobrar-se em seções e setores sob um mesmo raio para atender às demandas de experiências diferenciadas das várias vidas, com relação aos grupos e subgrupos das espécies dos três reinos não humanos. Daí supormos que as almas-grupos e um número determinado de vidas de um raio consigam também cambiar associações com espécies diferentes do reino em que estão mergulhadas, unicamente sob o mesmo raio, para atender às necessidades principais e secundárias de experiências mais pluralizadas das unidades-vidas. Vejamos como A.E.Powell sintetiza almas-grupos: “Esses sete grandes tipos de raios de almas-grupos mantêm-se separados e discernidos durante todas as vicissitudes de suas evoluções, ou seja, os sete tipos evolucionam em correntes paralelas que nunca se mesclam nem se unem umas com as outras....” “Essas sete almas-grupais primárias aparecem como formas vagas, membranosas, que flutuam num grande oceano, como os globos flutuariam no mar. São vistas primeiramente no plano mental, aparecendo delineadas com maior clareza no plano astral e mais ainda no plano físico. Cada uma flutua numa das sete correntes da Segunda Grande Emanação de Vida.” É importante notar-se que as unidades-vidas não são especificamente as estimuladoras das funções vitais instintivas dos representantes dos reinos, nem partícipes dos processos organizacionais evolucionários dos múltiplos grupamentos das espécies. Há hierarquias espirituais responsáveis por anexar energias e forças aos reinos, e que tratam da ampla evolução das espécies, segundo aplicações, consolidações e efeitos de leis naturais regentes. E a função das unidades-vidas nesse processo é bem mais de auferir das experiências dos reinos do que estimular. Mas é inegável que as vibrações adquiridas pelas vidas, ao longo de suas peregrinações nos reinos, irão afetar os representantes das espécies de diversas maneiras - e prover-lhes de cumulativa memória - com isso auxiliando-os a desenvolver melhores valores. As capas de proteção que a Inteligência do Segundo Logos criou para as almas-grupos, auxiliam a que as essências elementais que preenchem o interior das almas-grupos ali recebam as vibrações das energias dos reinos através das unidades-vidas que estejam atuando fora, e as conservem concentradas no interior dos círculos de suas existências. Essas capas ou proteções nas almas-grupos são três sobrepostas que articulam sucessivamente as respectivas vibrações com os reinos mineral, vegetal e animal. Na medida em que as almas-grupos contendo as vidas migram de um para outro reino, perdem nessas passagens as suas capas protetoras respectivas aos reinos que estão deixando. Dessa maneira, quando decorridas sete rondas ou uma encarnação da cadeia, e grande número das almas-grupos do reino mineral avançam para o reino vegetal, uma de suas capas, justamente aquela relativa ao reino mineral, se desfaz e os seus átomos constitutivos retornam ao grande reservatório da natureza. O mesmo processo se dá nas passagens do reino vegetal para o reino animal e desse para o reino humano.

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Essas capas estabelecidas pelo Segundo Logos, assemelham-se a três anéis sucessivos em torno de cada alma-grupo do seguinte modo: uma capa, anel ou proteção de essência elemental mental do reino mineral, uma capa, anel ou proteção de essência astral do reino vegetal, e uma capa, anel ou proteção de matéria atômica etérica-física do reino animal. Nunca é demais redefinirmos o que sejam as energias consolidadas em suas funções e especialidades dos reinos: 1. Energia-alma de um reino significa a energia global daquele reino portadora, num determinado tempo ou ciclo de existência, das energias cósmicas e da memória ativada nos seus átomos pela alma universal ou anima mundi, para o cumprimento do processo evolucionário do reino. Considera-se cada reino, na sua totalidade objetiva e subjetiva, como vidas e formas. Assim, a energia-alma nada mais é que a setorização da alma universal, quando ela atua especificamente num só reino trazendo a imanente idéia do Logos a fazer o reino transformar-se e evoluir segundo características naturais dispostas na mensagem evolucionária. 2. Energia-forma significa o modelo pré-existente ou o arquétipo do reino que na manifestação geral de sua energia-alma o reino virá trabalhar. A energia-forma define não somente o formato do reino inteiro, sob a influência de um determinado raio cósmico, como especializa e caracteriza o formato de toda e qualquer espécie ou gêneros, nas suas diversificadas ações e funções objetivas e subjetivas, dentro das influências dos sub-raios daquele raio cósmico. 3. Energias-vidas são as mesmas vidas essenciais temporárias, unidades-vidas ou simplesmente vidas originadas da ideação e presença do Segundo Logos, que mergulham nos mundos criados e que, com as essências elementais e essência atômica etérica, constituem almas-grupos. Cada unidade-vida, sob os auspícios de uma mônada, submersa em um dos quatro reinos mais conhecidos, representa ou simboliza uma réplica inferior de uma unidade-vida superior, vivente nos mundos Atma, Buddhi e Manas Superior. Tanto as unidades-vidas superiores quanto às unidades-vidas inferiores têm constituições trinas e permanecem ligadas e associadas durante todo o processo evolucionário. As unidades-vidas inferiores têm seus processos evolucionários finitos assentes e desdobrados nos mundos Manas Inferior, Astral e Etérico-Físico. 4. Almas-grupos são formações de essências elementais e atômicas capturadas pelas unidades-vidas em seu processo de descenso pelos reinos elementais e mundo etérico. Possuem três capas protetoras ou anéis constituídos da inteligência do Segundo Logos, formando uma envoltura tríplice no interior da qual as unidades-vidas permanecem ativadas por um mesmo raio cósmico. Os resultados conseguidos por uma alma-grupo, por veículo das vidas nas suas interações com determinadas espécies de um reino, são cumulativos e distributivos, pois a cada ciclo de evolução esses resultados enriquecem a almagrupo, as unidades-vidas e os representantes das espécies. Imaginemos tigres. Os tigres têm todos suas almas-grupos, não importando quão distante vivam uns dos outros pelo planeta. Quando um tigre morre, a energia mais

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sutil que o guiou através do instinto, como por outros fatores naturais desenvolvidos pela espécie, desliga-se da forma inerte e sobe definitivamente para os limites dos mundos etérico-astral, juntamente com as demais unidades-vidas daquela encarnação quando é esse o caso. A referida energia elemental hospedeira da unidade-vida ali presente, mergulhará no conteúdo acumulado da alma-grupo e nele virá adicionar a síntese da experiência adquirida pelo tigre em sua recente encarnação. Quando novos tigres vierem para reencarnar portarão um acréscimo de experiência amalgamada ao conteúdo de experiência acumulado na alma-grupo. Vemos, assim, que as vidas que um dia serão humanas, não foram exatamente animais, nem vegetais ou minerais, pois em suas passagens por esses reinos obtiveram as experiências dos reinos desde um plano de existência acima das manifestações das espécies. Entretanto, as vidas encarnadas como homens, liberadas das ligações das almas-grupos e, portanto, individualizadas, trarão incorporadas as reações primárias sob o imperativo do instinto, sobrepostas por uma gama de experiências adquiridas por bilhões de anos nos reinos pregressos, que as auxiliarão a sobreviver em grupamentos humanos afins. Neste particular, sabe-se que os grupamentos de vidas primitivas respondem preponderantemente a um mesmo raio de energia e força, embora possam existir influências de outros raios ou sub-raios. Alice Bailey em “Tratado Sobre os Sete Raios”, nos define os raios cósmicos da seguinte maneira: “Os sete raios são as sete correntes de força que emanam duma energia central depois do vórtice de energia ter sido posto em movimento. Então o espírito e a matéria tornaram-se interativos e a forma ou aparência do sistema solar começou o seu processo de chegar a ser - processo que conduz oportunamente a Ser. Esta idéia é antiga e verdadeira. Nos escritos de Platão e dos iniciados que enunciaram proposições fundamentais que guiaram a mentalidade humana, durante o decorrer das idades, neles encontramos referências aos sete eões e emanações, à vida e à natureza dos Sete Espíritos Diante do Trono. Estas grandes vidas atuando dentro dos limites do sistema solar, reuniram em Si a substância de que necessitavam para a manifestação e modelaram as formas e aparências através das quais poderiam exprimir as Suas qualidades inatas. No Seu raio de influência Elas reuniram tudo o que agora existe. Este conjunto qualificado de materiais constitui o Seu corpo de manifestação, do mesmo modo que o sistema solar é o corpo de manifestação da Trindade dos aspectos... “Essa idéia pode ser melhor compreendida se se recordar que cada ser humano é, por sua vez, um agregado de átomos e de células que compõem a forma; nela encontram-se disseminados órgãos e centros de vida diferenciados que funcionam com ritmo e relação, mas que têm influências e propósitos diferentes. Essas formas agregadas e animadas apresentam aparência duma entidade ou vida central, caracterizada por qualidade própria e que funciona de acordo com o seu grau de evolução, impressionando assim, pela sua irradiação e sua vida, cada átomo, célula e organismo dentro do raio da sua influência imediata e agindo também sobre os outros seres humanos, com que contata... “O homem é uma entidade psíquica, uma Vida que, por meio da sua influência irradiante, construiu uma forma, colorida pela sua qualidade psíquica, que lhe é

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própria e apresentando ao mundo circundante uma aparência que persistirá durante o tempo que esta Vida ocupar a forma... “Segundo o plano inicial, a Vida-Una procurou expandir-se e os sete eões ou emanações surgiram do vórtice central e repetiram ativamente o processo anterior em todos os detalhes. Vieram à manifestação e no trabalho de expressão da vida ativa, qualificada pelo amor e limitada pela aparência fenomênica externa passaram a uma segunda atividade e tornaram-se os sete Construtores, as Sete Fontes de Vida e os sete Rishis, de que falam todas as antigas escrituras. Essas sete Entidades psíquicas originais, têm a capacidade de exprimir o amor (que implica o conceito da dualidade: o que ama é amado, o que deseja é desejado) e passar da existência objetiva. A estas sete Entidades damos os nomes seguintes: Enumeração dos Sete Raios: 1. O Senhor do Poder ou Vontade. Esta vida quer amar e utilizar o poder como expressão de benevolência divina.... 2. O Senhor do Amor-Sabedoria. Personifica o amor puro, é considerado pelos esoteristas como estando estreitamente encerrado no coração do Logos Solar como estava o discípulo bem-amado perto do coração do Cristo da Galiléia... 3. O Senhor da Inteligência Ativa. O seu trabalho está mais estreitamente ligado com a matéria e atua em colaboração com o Senhor do segundo raio... 4. O Senhor da Harmonia, Beleza e Arte. A principal função deste Ser é a de criar Beleza (como expressão da verdade) através do livre jogo da vida e da forma baseando o cânon da beleza no plano inicial, tal como existe na mente do Logos Solar... 5. O Senhor do Conhecimento Concreto e da Ciência. Esta grande Vida está em contato estreito com a mente da divindade criadora, do mesmo modo que o Senhor do segundo raio está no coração da própria Divindade... 6. O Senhor da Devoção e do Idealismo. Esta Divindade Solar é uma característica particular da qualidade do Logos Solar... 7. O Senhor da Ordem Cerimonial ou da Magia. Está agora entrando no poder e começa lenta, mas seguramente a fazer sentir Sua presença”... O reino humano determina, principalmente, que o homem sintetize em si mesmo suas passadas experiências elementais e mantenha essa síntese, ao longo de suas peregrinações, sob a guarda do inconsciente. Nesse novo percurso, onde viverá muitas encarnações, ele finalmente chegará a edificar uma verdadeira personalidade, habilitando-se a trabalhar em consciente processo de transmutações das energias represadas por suas vidas elementais. Ou seja, durante muitas interpolações físicas o homem viverá ainda sob a guia de seus mais fortes instintos, para depois aos poucos deles se libertar e edificar uma consciência mais ampla sobre a vida, família, grupo, raça, meio ambiente, sociedade, nação, mundo e objetivos da existência. E mais adiante, desenvolverá outra dimensão da consciência a que todos os homens estão destinados a alcançar. Essas são as marcantes diferenças nas consciências das raças, pois as diversidades do comportamento revelam maior ou menor grau da maturidade das personalidades.

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O esotérico se esforça para entender os mecanismos da criação a partir da existência do sistema solar, desde uma origem fora do espaço-tempo, a que chama de espiritual. Posição diferente externam as ciências terrenas ao admitir a multiplicidade das espécies unicamente a partir de um processo espontâneo e material. O esotérico não tem como provar objetivamente ao homem do pensamento concreto o resultado de suas pesquisas acerca da origem espírito-matéria, porque essas coisas não se provam objetivamente, senão no máximo demonstram-se analogicamente, pois é questão unicamente de consciência. Entretanto, muitos representantes dos diversos ramos das ciências físicas materiais são estudantes das ciências ocultas nos mais diferentes segmentos, e assim buscam nos seus estudos e experimentos atingir os limites do possível e do imaginável, aproximando cada vez mais os postulados rígidos das ciências às variáveis mais flexíveis da visão metafísica ocultista. Essa flutuação estende-se aos dois planos da existência, o físico e o espiritual. Ou seja, os cientistas ocultistas prosseguem sempre seus estudos e experimentos tanto em cima como embaixo. Daí surgir novas pesquisas do abstrato e registrarem-se formulações mais aceitas nas relações espírito-matéria-energia, e a admissão cada vez maior pelas ciências físicas da existência de dimensões ou de universos paralelos, atualmente invisíveis ou incompreensíveis aos não esotéricos e não videntes. Antes de tratarmos propriamente do surgimento do gênero humano na Terra, destaquemos que o objetivo traçado para as vidas no Grande Plano da Criação não se limita ao aspecto humanidade, porém prossegue, e ao que nos conste, infinitamente. O homem está destinado a alcançar ainda nesse quarto período-cadeia do esquema da Terra a condição de super-homem e ulteriormente, nesse mesmo espaço-tempo, sua identidade com a própria mônada. Vimos que a mônada tem também a denominação de espírito. Mas tem outros sinônimos, tais como espírito puro, unidade de consciência, triângulo primordial, divindade, pai celestial, jiva, etc. Entendemos a mônada como energia pura, poderosa e transcendente a tudo quanto se manifeste no sistema solar. É a imanência de Deus no Primeiro Logos; a eternidade em seu aspecto finito, subjugada aos parâmetros do espaço-tempo; é a sabedoria operante nos mundos objetivos. A mônada ao trazer de volta o seu reflexo manifestado por trilhões de anos nos mundos criados pelo Logos, estará enriquecida da criação, vida e evolução do sistema solar, embora a obra que ajudou a construir não esteja obrigatoriamente acabada. Sobre esse aspecto, regridamos mais ainda em nossa visão dos primórdios da Vida e voltemos a focalizar um determinado momento da mônada como ponto de partida de nosso raciocínio até alcançarmos o homem no cenário terreno, bilhões de anos atrás. Entendamos que todas as mônadas, quando o Primeiro Logos atuou, já imediatamente se constituíram numa hierarquia que se pôs operante para a construção do sistema solar. Conforme vimos, dos sete mundos do universo manifestado, Adi e Anupadaka já existiam quando o Logos iniciou o seu trabalho na matéria pregenética. As mônadas necessitavam colher experiências dos mundos onde o Logos se manifestava em consciência e matéria, mas por suas origens e estruturas não poderiam descer mais do que do mundo harmonioso de Anupadaka.

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Tão logo o Deus Criador estabeleceu as matrizes dos mundos, vieram as hierarquias criadoras designadas a trabalhar e auxiliar no Grande Plano da Criação, pois já eram experientes de outros sistemas solares, e de acordo com a Lei Evolucionária operariam na edificação do novo sistema solar e nas suas sucessivas reencarnações. Dessa maneira, as hierarquias também auxiliaram as mônadas porque obraram em todos os mundos de diferentes tipos de matéria. Nesse mister, criaram um segmento ou fio prateado para cada mônada, chamado pelos orientais de “fio sutratma”, ligando-as individualmente a um átomo especial em cada mundo abaixo de Anupadaka, a fim de que, a partir desses átomos, a mônada pudesse edificar veículos onde se manifestaria. Assim foi feito, e cada veículo ou corpo de manifestação foi engendrado do escolhido átomo-semente ou átomo-mestre, cujo núcleo e estruturas espiraladas diferem dos átomos físicos comuns, além de possuir um banco de memória de capacidade quase ilimitada. Os átomos-mestres detêm registros de uma memória indelével de como ativar as linhas energéticas da matriz de um veículo constituído e apropriado para se manifestar num respectivo mundo. Essas informações são passadas instantaneamente aos demais átomos quando atraídos e agrupados magneticamente pelos átomos-mestres. Portanto, os átomos-mestres são portadores em seus núcleos de uma figura microscópica do respectivo corpo ou veículo, que mais tarde, em um tempo da evolução das vidas, virá configurar-se objetivamente em tamanho e proporções previstos. A cada hierarquia coube a tarefa de idealizar a construção dessa miniatura de futura expressão de uma mônada, nos cinco mundos criados pelo Logos onde elas atuavam. Foram cinco átomos-mestres e mais uma projeção ou polarização de energia no mundo Manas Inferior, que a mônada se utiliza como veículo de manifestação do pensamento concreto. Essa figura se chama Unidade Mental, e trabalha em direta relação com o átomo-mestre de Manas Superior, servindo de ponte entre os mundos físicos onde a personalidade vive e tem o seu ser, e os mundos denominados superiores. As manifestações das mônadas em Adi e Anupadaka dão-se por três aspectos conhecidos como vontade-sabedoria-atividade. Desses aspectos, as hierarquias auxiliaram as mônadas a anexar os átomos-mestres no fio sutratma, que subsiste durante todo o tempo de manifestação de sua respectiva mônada. O fio sutratma desce desde atma até sthula, ou seja, desde o corpo espiritual até o corpo etérico-físico. É forçoso melhor nos referirmos à natureza desses átomos-mestres e àqueles atraídos magneticamente aos átomos-mestres. São de outro aspecto e estrutura que os átomos químicos conhecidos por nossas ciências oficiais. Têm sete espirais duplas e paralelas que os envolvem no formato aproximado de um coração. Essas espirais vão sendo ativadas pelas energias que as vidas incorporam e que assim produzem melhores condições evolucionárias e poderes superiores. No mundo das personalidades, a cada ronda, um par dessas espirais é ativado segundo esforços próprios e pessoais de cada unidade-vida. Como nos encontramos na quarta ronda, a quarta ordem dessas espirais encontra-se desperta e

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ativada em grande parte da humanidade, relativa, justamente, ao quarto mundo ou plano de existência chamado de mundo mental. As mônadas procederam do Primeiro Logos, como já nos referimos, e são também chamadas de “Chispas do Fogo Supremo”. A elas assim se refere A.E. Powell sobre a Doutrina Secreta, relativamente ao “catecismo oculto”. “ - Levanta tua cabeça, Ó, Lanu! Vês uma ou inumeráveis luzes acima de ti, ardendo no céu escuro da meia-noite? - Eu percebo uma chama, Ó, Gurudeva: vejo inumeráveis e inseparáveis centelhas que nela brilham!” A chama é Ishvara em Sua manifestação como Primeiro Logos; as chispas não separadas são as mônadas humanas e outras. Há de se notar especialmente as palavras “não separadas”, pois significam que as mônadas são o próprio Logos

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CAPÍTULO XVI O ADVENTO DAS RAÇAS A fim de que possamos abordar melhor o advento das raças no planeta Terra, necessitaremos fazer pequena digressão sobre a evolução da quarta cadeia, chamada cadeia do planeta Terra. Já mencionamos que o campo de evolução da Vida no sistema solar abrange 10 cadeias planetárias, que juntas são chamadas de um esquema solar. Cada cadeia vem à manifestação 7 vezes, que são suas 7 encarnações e cada encarnação consiste no percurso de sete rondas, uma após outra, passando de globo a globo. Cada ronda se inicia no globo A e se encerra no globo G. Nesse momento o esquema da Terra se encontra na quarta encarnação de sua cadeia, desenvolve a quarta ronda no quarto globo D, a Terra, tendo, já percorrido os globos A, B e C. Dessa maneira, como afirmam os mestres do esoterismo, esse é um momento especial em nossa cadeia, pois resume pouco mais da metade do percurso da quarta ronda na qual se estabeleceram importantes eventos que mencionaremos mais adiante. As raças não humanas e as raças humanas foram sendo preparadas e adaptadas às diversas condições dos globos da cadeia nas três rondas anteriores. Da mesma forma, ao curso das rondas, os globos foram obtendo condições mais apropriadas em suas matérias para oferecer melhores e mais sólidas condições às raças e aos reinos que neles viriam ancorar-se. O Grande Plano da Criação idealizado pelo Logos Criador para nosso sistema solar, tem como um de seus objetivos o aperfeiçoamento das experiências das vidas, mas inclui necessariamente o mergulho na matéria mais sólida. A cadeia anterior, chamada lunar, apresentou um determinado tipo de materialidade consolidada ao máximo no globo D, a Lua, por ter sido esse o único globo, da terceira cadeia, de contextura material sólida. A quarta cadeia, agora denominada de cadeia do planeta Terra, ou cadeia da Terra, tem três planetas formados de matéria físico-densa. São eles, Marte (globo C), Terra (globo D) e Mercúrio (globo E). Ao percurso das três primeiras rondas, como dissemos, as vidas que mais tarde viriam formar nossas raças, obtiveram pouco a pouco maior solidez. Quando essa cadeia, ou a quarta encarnação desse esquema, ressurgiu do pralaya para a objetividade e a primeira ronda cumpriu todo o percurso através dos sete globos, sua situação era exatamente a mesma da última ronda da terceira cadeia. Foi somente ao início da segunda ronda que a quarta cadeia desceu um grau na sua materialidade, se apresentando como está atualmente, tendo os globos C, D e E constituídos de matéria físico-densa.

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Quando a quarta ronda atingiu o globo D, a Terra, a cadeia experimentou o maior grau de sua materialidade, sendo esse o primeiro grande evento da cadeia. O outro grande evento foi a mudança do sentido evolucionário de toda a cadeia que passou a ascensionar a partir da quarta raça-raiz. Houve, desse modo, uma mudança na polarização das energias que permeiam a cadeia. Essa ascensão passará depois da sexta e sétima raças-raízes para os planetas E, F e G nessa mesma ronda, e futuramente para a quinta, sexta e sétima rondas. As próximas cadeias trabalharão os reinos unicamente sob o aspecto ascensional visto cada uma delas, a seu tempo, ir subindo um grau respectivo na sua materialidade, até a sétima cadeia chegar a ser como a primeira. Voltando ao processo da formação das raças, vimos que foram necessárias três rondas e meia para as vidas finalmente obter no globo D, a Terra, corpos concretos cada vez mais bem formados e melhor estruturados. Entretanto, ao início das duas primeiras raças não havia na Terra condições físicas no sentido de que a vida humana ali pudesse se desenvolver em sua superfície. A passagem da quarta ronda viria enfocar no globo D praticamente todo o processo evolucionário da cadeia. O globo D passou então a ser o ponto de convergência da cadeia. Ao início da ancoragem da quarta ronda, a face do globo mostrava-se em completo revolvimento através da ação do fogo. Esse tempo é calculado de ter sido o período pré-cambriano, ou tendo seu início há não menos do que 570 milhões de anos. As ciências terrenas calculam a idade da Terra em 4.5 bilhões de anos. Os esotéricos vão mais além e chegam a 7 bilhões de anos. Devemos ressaltar, no entanto, que essa contagem esotérica equivale unicamente a partir da chegada da quarta ronda em nosso planeta, não se computando o tempo decorrido nas três rondas e meia anteriores. Como sabemos, ao final de cada ronda a cadeia inteira se apaga da objetividade e todos os globos já estarão gradativamente perdendo suas principais funções, tornando-se inativos após as passagens neles da ronda. Quando sétima e última ronda declina, a cadeia se apaga e permanece por muitos anos da escala temporal terrena em estado de pralaya de ronda, ou seja, repousando e se recuperando para a ronda seguinte. Pralayas ou intra-períodos de rondas não podem ser tomados para aquilatarem-se as idades exatas dos globos, senão somente de uma forma geral para calcularmos a manifestação da cadeia numa encarnação. E são muitos bilhões de anos, de tal forma que não se chegou ainda a um consenso sobre tais cifras. /// Com respeito às cinco raças até agora manifestadas nessa quarta ronda na Terra, apresentamos uma exposição no formato de questionário, a fim de que melhor abordemos suas formações e evoluções nos limites desse trabalho e consigamos inserir pertinentes comentários de maneira mais objetiva.. A PRIMEIRA RAÇA

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1. Qual é o significado do termo raça? R. Uma das aplicações semânticas para definir o grupamento humano na sua generalidade, considerando laços sangüíneos, é a seguinte: “O conjunto de ascendentes e descendentes de uma família, uma tribo ou um povo, que se origina de um tronco comum” ( Dicionário Aurélio). 2. Qual foi a primitiva raça humana? R. A raça humana foi engendrada, propriamente, antes da definitiva consolidação física do orbe terráqueo. O esoterismo explica que o planeta Terra, neste atual estágio, vem sendo e será, ao final de tudo, povoado por sete grandes raças raízes humanas. A raça primitiva, ou seja, a primeira raça que deu base à formação de seres humanos chamava-se raça Polar. 3. Onde a raça Polar se desenvolveu? R. A raça Polar que iniciou a formação dos corpos para as experiências das vidas humanas no planeta Terra, foi de matéria etérica. Por milhões de anos essa raça embrionária de todas as demais se desenvolveu no mundo etérico, no pólo norte espiritual da Terra. Esse pólo não é o atual Pólo Norte glacial que conhecemos, pois atualmente suas coordenadas apontam para o deserto de Gobi, na Mongólia. 4. Como entender a existência de um pólo espiritual no deserto de Gobi? R. Tanto a formação geológica do orbe terráqueo quanto a sua posição astronômica eram outras há milhões de anos. A Terra tem dois pólos magnéticos, norte e sul, para o trânsito das energias magnéticas, um de entrada e outro de saída. Tem também dois outros caminhos específicos, de ida e volta, de leste para oeste e de oeste para leste, para as suas trajetórias pelo globo. Na época do aparecimento da raça Polar, o pólo norte geográfico, como dissemos, era representado pela região onde hoje se estende o deserto de Gobi na Ásia. Essa situação mudou milhões de anos depois, após a hecatombe de magnitude planetária que resultou na submersão do continente atlante. Como consequência, o eixo da Terra adernou 23º e 27´ em relação à eclíptica com o equador, posição até hoje relativamente mantida. 5. Como a crosta terrestre se apresentava nos períodos anterior e posterior ao aparecimento da raça Polar? R. Conforme as obras esotéricas relatam, a natureza toda convulsionava: montanhas despencavam, vulcões roncavam ou entravam em súbitas e violentas erupções, ondas gigantescas de lavas cobriam regiões inteiras da Terra. Tornados, tormentas e vendavais açoitavam a todo instante. Nuvens escuras e pesadas sobrelevavam vagando ou percorrendo o planeta. Naquelas circunstâncias, era impossível qualquer ser humano viver sobre a face da Terra. Nesse período, précambriano, os reinos da natureza começavam a ser formados sob a orientação dos mestres construtores e com o labor de espíritos da natureza. Esse quadro permaneceu por mais de duzentos milhões de anos até que mais tarde os primeiros seres humanos, já possuindo corpos físicos densos, pisaram o solo terreno. O período em que isso aconteceu é conhecido nos anais esotéricos como do aparecimento da raça Lemuriana, também chamado na paleontologia de período mesolítico ou secundário.

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6. Quais foram as principais características físicas da raça Polar? R. H.P.Blavatski nos revela que a raça Polar possuía formas enormes, filamentosas, protéicas e etéricas; que eram assexuados; flutuavam sobre a densa atmosfera e marés, podendo também mover-se pelo ar, ficar de pé, correr, andar e reclinar. A natureza etérica de seus veículos proporcionava-lhes não ser afetados pelo fogo, pela água ou por qualquer outro elemento, sendo, portanto, indestrutíveis. Sabemos que não tinham propriamente edificado uma consciência pessoal nem grupal, por que seus corpos foram criados das duplicações dos corpos etéricos dos mestres lunares da hierarquia dos Barhishads Pitris. Por milhões de anos desenvolveram rudimentos da audição. Emitiam gemidos de prazer e satisfação e não formaram linguagem de comunicação. Reproduziam-se por divisão, ou seja, germinavam dobrando de tamanho e se dividiam em duas metades iguais. A outra metade, por sua vez, se dividia em partes iguais e menores. Mais tarde essa última divisão se deu em partes diferentes. 7. Quem foram os Barhishads Pitris? R. Formaram uma hierarquia também chamada de Pitris lunares. Uma de suas principais atribuições era prover vidas animais e de futuros homens com corpos a fim de que pudessem se manifestar no mundo etérico-físico. Em cadeia anterior, quando a Lua desempenhava papel idêntico ao que hoje a Terra desempenha nessa quarta cadeia, formaram parte daquela humanidade, tornando-se mestres do conhecimento e da sabedoria. 8. De que maneira a Lua pôde desempenhar papel semelhante ao da Terra no processo evolutivo do qual fazemos parte? R. No esquema de evolução a que pertence a Terra, a cadeia planetária comumente chamada lunar era a terceira cadeia. Naquele momento, a Lua era o centro astrofísico do maior enfoque na evolução da Vida e a Terra ainda não existia. Com o término do período evolutivo da cadeia lunar, iniciou-se o período da quarta cadeia, chamada cadeia do planeta Terra. Nessa época, os Pitris lunares vieram trabalhar na edificação de todos os reinos da nova cadeia, especialmente na formação dos corpos de animais e homens, conforme já mencionado. 9. Ainda existem núcleos de vida na Lua? R. Não do Grande Plano da Criação do Logos. A Lua já cumpriu o papel de receptora e lar temporário da Vida nas suas múltiplas variações de qualidades, quando da vigência da extinta terceira cadeia. A Lua se encontra num processo físico de involução, e virá se desintegrar completamente quando a etapa evolutiva desta quarta cadeia tiver se encerrado. Por outro lado, nesse mesmo esquema de evolução, a Terra virá desempenhar a função de satélite de um planeta físico mais adiantado (talvez o atual Mercúrio) numa futura quinta cadeia. 10. Como entender o que seja um esquema de evolução? R. Devido à complexidade do assunto, merecedor de ampla abordagem, mas que não trataremos nessa obra, daremos mais uma vez rápida idéia do que seja um esquema, sem o quê esse questionário estaria incompleto. Vejamos os seguintes tópicos:

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- Uma mesma cadeia, chamada cadeia planetária, é formada de sete planetas e se manifestará sete vezes. - Cada manifestação da cadeia terá sete giros da Vida, ou rondas, levando a cada giro toda a multiplicidade de reinos e espécies. - Cada giro da Vida irá percorrer os sete planetas da cadeia, um de cada vez. - Após os quarenta e nove giros da Vida, ou sete manifestações da cadeia, o esquema da cadeia terá se completado. - As sete manifestações ou encarnações de uma cadeia são chamadas de um esquema de evolução. - Há dez cadeias no sistema solar. - As setenta manifestações das dez cadeias são chamadas de um esquema solar. A cadeia do planeta Terra é a quarta no seu esquema planetário. Encontra-se nesse momento na metade do quarto giro da Vida, onde a Terra, coincidentemente, é o quarto globo, e o principal enfoque da cadeia. Portanto, ainda faltam três giros e meio da Vida para que se complete a manifestação da quarta cadeia no seu esquema planetário. 11. Como se deu o processo da formação dos corpos da raça Polar pela duplicação dos corpos etéricos dos Barhishads Pitris? R. O processo, sem dúvida, ocorreu no mundo astral onde os Pitris lunares entraram em meditação visando duplicar seus corpos etéricos. Com isso, proporcionaram os envoltórios que as vidas necessitavam possuir para se manifestar. As vidas, ainda virginais em relação aos desejos e dualidades de valores humanos, não tinham carma. Essa condição por último mencionada viria ser adquirida mais tarde com o surgimento do ego terreno e o crescimento dos desejos de conquistas materiais. As vidas ao entrar nas formas filamentosas recentemente criadas pelos mestres lunares, procuravam adaptar movimentos e principalmente desenvolver o sentido da audição. As duplicatas dos corpos etéricos dos Pitris lunares, são conhecidas na tradição oriental como sombras ou chhâyâs. 12. É casual o número previsto de sete raças em nosso planeta? R. Esta cifra não é casual nem tão somente uma coincidência cabalística. É parte consecutiva dos objetivos superiores do Criador no processo evolucionário da Vida, baseado em conjunções de forças cósmicas existentes desde as matrizes dos universos ainda não manifestados. Cada giro da Vida, que virá pluralizar-se em reinos e espécies, conduz na sua trajetória o planejamento embrionário de vir produzir e manifestar no mundo planetário físico sete raças raízes, cada uma se desdobrando em sete subraças e ramos diversos. 13. Como entender que a raça Polar, primitiva e etérica, conseguisse desdobrarse em sete subraças? R. Evidentemente que no período do aparecimento da raça Polar, a progênie precisaria ser trabalhada de maneira praticamente global para todos os seus representantes. No limiar dessa raça não haveria mesmo a possibilidade de um surgimento concreto de sete subraças, senão delineamentos caracterizados por pequenas tendências de temperamentos. Ademais, as vidas ali imaturas, iniciando o exercício da individualização, não possuíam ainda caracteres raciais que as conduzissem a formar grupamentos por afinidades. Havia, entretanto, diferenças quanto à energia empregada pelos Pitris na duplicação de seus chhâyâs, pelo fato de existir sete segmentos de raios a que cada um dos

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grupamentos Pitris pertencia. Desse modo, as vidas podiam demonstrar certas peculiaridades individuais de maneira ainda tênue e distante, mas sem qualquer possibilidade de comparação com outras futuras etnias.

14. A energia empregada na fabricação dos chhâyâs de alguma forma dominava as vontades das vidas neles envoltas? R. O momento de descida na matéria para as vidas imaturas viria requerer especiais condições. A adaptação na matéria física tornava imperioso certos artifícios serem elaborados para os ajustes vibratórios das vidas com o cenário externo. As vidas que desciam não possuíam uma alma por que a alma individual se edifica nos trâmites diversos das situações experimentadas que para elas não estava ainda sequer calcada sob a mais primária das adversidades. Assim sendo, os envoltórios ou chhâyâs duplicados dos corpos etéricos dos mestres lunares, poderiam somente lhes proporcionar os meios para o aparecimento na Terra nesse quarto giro. Os envoltórios foram modelados no fogo, o que lhes garantiria total impermeabilidade diante das turbulentas transformações da crosta terrestre processadas pelo elemento ígneo. Identificando-se com os chhâyâs, as vidas conseguiriam obter experiências ante os impactos dos elementos, além de poder se locomover livremente. Entretanto, o imanente espírito que permeia a todas as vidas, logo os estimularia a produzir gemidos diante de sensações de prazer, surpresa ou possível espanto, independentemente de seus envoltórios. O que poderíamos realmente inferir desse processo de transferência de corpos é que os Pitris habilitaram as vidas a experimentar o ambiente externo num determinado raio de ação. Mas quem mais tarde viria tornar-se ego humano, adquirindo alma terrena, seriam as vidas que se interiorizaram nos envoltórios, e não os chhâyâs em si mesmos. 15. Que outras denominações a raça Polar obteve segundo o conhecimento esotérico? R. Raça dos Deuses e Filhos da Yoga, devido a terem surgido da duplicação dos corpos etéricos dos Barhishads Pitris. Foram também chamados “auto-nascidos” por não terem sido gerados de pais. A SEGUNDA RAÇA 1. Como se deu o aparecimento da segunda raça? R. A segunda raça, denominada Hiperbórea, nasceu da primeira, a Polar. Essa sucessão segmentada na progênie das raças, iria se repetir sistematicamente tanto nas futuras raças raízes como nas suas respectivas subraças que povoariam a Terra. 2. A raça Polar precisou desaparecer para que a raça Hiperbórea viesse surgir? R. Relativamente. A evolução das raças se dá na formação sucessiva de subraças, cada uma desenvolvendo qualidades e objetivando propósitos não existentes nas anteriores. No caso dessas duas primeiras raças, não era ainda possível uma definição marcante de subraças devido ao caráter embrionário de seus nascimentos. Isto quer dizer que as raças, na sua generalidade, evoluem qualificando corpos e vidas, ou seja, os corpos de uma subraça para outra, dentro de uma mesma raça, são

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trabalhados a fim de oferecer melhores condições para as vidas que neles se reencarnarão. Nessa progressão, a raça Polar, ao se desenvolver adequadamente naquilo que dela era esperado, cumpriu o seu papel e entrou na segunda raça, evoluindo com as mesmas vidas. 3. De que maneira a raça Polar entrou na raça Hiperbórea? R. As mesmas vidas da raça Polar que se utilizaram dos chhâyâs para obter experiências no mundo etérico formaram a população hiperbórea. Para tanto, incorporaram outros chhâyâs ou sombras, buscando desenvolver novas aptidões através de novas experiências na matéria. Nesse período transitivo não houve praticamente atrasos no aprendizado e as vidas puderam fundir-se coletivamente aos novos chhâyâs proporcionados pelos mestres lunares. 4. O processo de fusão das vidas na raça Hiperbórea implicou na destruição dos envoltórios utilizados pela raça Polar? R. Não. O processo de fusão aconteceu gradualmente, existindo o aproveitamento dos envoltórios utilizados pela raça anterior. A raça Polar, porquanto fosse etérica, deteve seus envoltórios até o final. Ao receber novos chhâyâs para a objetivação da segunda raça, transformou os antigos chhâyâs numa espécie de duplo etérico, e se albergou nos novos para a manifestação da raça Hiperbórea. 5. Qual a real diferença de um chhâyâ da raça Polar para outro da raça Hiperbórea? R. Enquanto a raça Polar trabalhava suas experiências no mundo etérico, detinha chhâyâs de matéria etérica. Ao evoluir para a formação da segunda raça recebeu novos chhâyâs de contexturas mais densas. Assim, os envoltórios da segunda raça foram mais sólidos do que os anteriores sob um determinado ângulo, e as vidas puderam descer um degrau na materialidade. 6. A raça Hiperbórea foi então a primeira raça de corpos físicos densos a pisar a Terra? R. Não exatamente. A Terra no período de surgimento da raça Hiperbórea não havia se estabilizado inteiramente. Muitos tremores de terra e acomodamentos do solo ainda se verificavam. Aconteciam, com certa frequência, cataclismos de algumas proporções, e em muitos locais a Terra não esfriara nas suas camadas superiores. Embora se descreva a natureza como exuberante naquele período, os reinos e todas as vidas que a constituíam, estavam no início de suas materializações. As variedades de espécies armazenavam certas qualidades que mais tarde externariam ao exercício da intra-dependência dos reinos. Ao cabo de milhões de anos, até o surgimento da raça Lemuriana, e mesmo após, a natureza obteve novas e profundas transformações. A raça Hiperbórea necessitava antes desenvolver outro aspecto em sua constituição biológica ao invés de lutar pela sobrevivência na face física da Terra. O planejamento do Criador estabelecera etapas para o aparecimento das raças humanas; as duas primeiras surgiriam paralelamente ao também surgimento dos demais reinos. Desse modo, a raça Hiperbórea não reuniria nesse estágio condições de possuir corpos mais densos; assim a maior materialidade de seus envoltórios acontecia ainda no mundo etérico, no qual basicamente se desenvolveu.

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7. Que outro aspecto a raça Hiperbórea necessitava desenvolver? R. O sentido do tato. A raça Polar, conforme já mencionado, tivera antes trabalhado o sentido da audição. É verdade que esses órgãos não puderam ser desenvolvidos plenamente nesse início de formação de corpos, mesmo por que as duas primeiras raças não possuíam adequado aparelho cerebral. E nem estariam aptas naquele período para possuí-los. Tanto a audição quanto o tato puderam proporcionar-lhes tão somente rudimentos de percepções. Os sentidos, na realidade, foram sendo apurados à medida que as raças se aprofundavam na matéria densa, e nesse andamento os mestres lunares puderam auxiliá-los a obter veículos mais apropriados. 8. Como foi realizado o planejamento para que as sete raças surgissem no planeta Terra, nesse quarto giro? R. O Grande Plano elaborado pelo Criador é perfeito para que a Vida possa adquirir todas as necessárias experiências no processo evolutivo. As hierarquias que já tinham alcançado seus status evolutivos ao longo de um cronograma previamente estabelecido para o período lunar, puderam trabalhar em auxílio à cadeia do planeta Terra. Assim aconteceu com os Barhishads Pitris que completaram uma de suas etapas evolutivas durante o período lunar. Ao chegar à Terra a fim de trabalhar em vários segmentos do plano evolutivo planetário, foram também responsáveis em prover corpos raciais para as vidas que necessitavam encarnar. Dessa maneira, quanto a esses particulares aspectos, tiveram de submeter rigorosamente suas tarefas aos ditames preestabelecidos no Grande Plano do Criador. Em vista disso, não poderiam de todas as formas antecipar etapas senão seguir as já existentes e materializar soluções. Essas etapas previam que as vidas em mergulho para a Terra necessitariam constituir três raças no arco descendente, uma quarta na maior profundidade material, e três outras que se constituiriam sob um arco ascendente, evoluindo da densa materialidade para densidade cada vez menor. A raça Polar e a Hiperbórea, com corpos de matéria etérica, vieram se constituir nas duas primeiras raças no arco descendente. A raça lemuriana viria mais tarde manifestar-se entre duas situações: uma etérica e outra física. A raça atlante se estabeleceria perfeitamente materializada no mundo físico denso, e as três outras raças reuniriam elementos de progresso já no arco ascendente, embora ainda no mundo físico denso. Como atualmente nos encontramos no apogeu da quinta raça raiz - a raça ariana as duas próximas raças completarão o planejamento das sete raças raízes. 9. Onde a raça Hiperbórea se manifestou? R. Evidentemente que no mundo etérico, entretanto nas correspondentes localizações físicas da Ásia, Groenlândia, Spitzbergen, Suécia, Noruega, Ilhas Britânicas e Sibéria. 10. Quais eram as principais características da raça Hiperbórea e aparência de seus corpos?

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R.Tinham aparência variada e heterogênea. Eram filamentosos, parecendo ora árvores ora formas animais ou semi-humanas. Possuíam cor amarelo dourado, algumas vezes tendendo ao laranja ou verde claro. Flutuavam, voavam, escalavam árvores e obstáculos. Gritavam uns com os outros, emitindo sons aflautados. Multiplicavam-se por expansão e divisão (um germinava o outro). Mais tarde vieram a reproduzir-se através dos poros, como de gotas de suor. Essa raça foi chamada de filhos do Sol e da Lua ou de pai amarelo e mãe branca. Como desenvolvesse o tato, respondia aos impactos da água, ar e fogo. 11. Existem fósseis das raças Polar e Hiperbórea que possam provar suas existências? R. Não, pois devido ao caráter basicamente etérico de seus veículos de manifestação foram criados sem ossos. Entretanto, os chhâyâs foram se tornando mais duros e materializados à medida que o tempo passava, vindo formar um tipo de concha. Mais tarde, muitas dessas conchas puderam servir a outro segmento de seres quase humanos, chamados de mamals, bem como a certa categoria animal. A TERCEIRA RAÇA 1.Qual foi a terceira raça raiz do planeta Terra? R. A terceira raça raiz a surgir na Terra foi a Lemuriana. Essa raça deteve certas particularidades não demonstradas pelas duas antecessoras e veio constituir de maneira mais definida sete subraças. 2. O que contribuiu para que a raça Lemuriana detivesse particularidades não demonstradas nas raças anteriores? R. Foi o fato de a raça Lemuriana se ter desenvolvido sob duas circunstâncias diferentes, ou seja, no início com corpos parte etéricos e parte matéria física não ainda totalmente sólida, depois com corpos completamente físico-densos. As três primeiras subraças tiveram corpos de contexturas um tanto semelhantes aos da raça Polar e Hiperbórea, com a diferença de se desenvolverem com maior materialidade. A partir da quarta subraça houve um grande progresso no desenvolvimento físico dos lemurianos com a encarnação dos mestres lunares. 3. Qual era o aspecto dos lemurianos nas três primeiras subraças, e como se reproduziam? R. Na primeira subraça tinham a cabeça ovalada, um olho no meio da testa e proeminentes mandíbulas. Partes de seus corpos eram formadas de gases e líquidos e não tinham estrutura óssea. Reproduziam-se através de suores. Na segunda subraça os corpos se tornaram mais sólidos, no formato de um ovo. A androgenia começou a surgir no interior dos ovos, evoluindo mais tarde para o hermafroditismo. A reprodução foi, portanto, ovípara. A terceira subraça desenvolveu um tipo de concha. Tinham um olho no centro da testa, surgindo-lhes os dois outros olhos que não lhes proporcionavam ainda perfeita visão. A reprodução ovípara continuou nesta terceira subraça que logo produziu seres hermafroditas. Depois os seres evoluíram para a predominância de um só órgão sexual. Finalmente se tornaram unissexuais.

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Em todas as subraças os lemurianos foram gigantes como eram as espécies dos reinos. 4. Como os lemurianos se comunicavam? R.Tinham a percepção intuitiva em maior grau como tiveram as duas primeiras raças. Entretanto, como seus órgãos cerebrais adquirissem maior materialidade no decorrer de suas vidas na Terra, a audição foi sendo aprimorada. Dessa maneira, conseguiam não só emitir sons vogais como escutá-los, podendo com isso também expressar objetivamente pensamentos e sentimentos. 5. A condição de os lemurianos num período ter possuído um só olho, lhes foi suficiente para suas necessidades visuais? R. O fato de terem possuído um só olho no centro da testa (mais tarde perderam esse olho e o tiveram também na nuca para perceberem atrás), proporcionou-lhes nas três primeiras subraças a necessidade de continuar a utilizar-se de um centro cerebral formado nas duas raças que os precederam, o que também os auxiliava a intuitivamente perceber objetos e desviar-se de obstáculos. Com o tempo esse olho foi ficando mais ativo e objetivo, embora a visão fosse ainda imperfeita. À medida que os dois olhos se aperfeiçoavam o terceiro olho se interiorizava, apagando-se completamente, até dar origem à glândula pineal. As duas vistas foram então lhes proporcionando maior nitidez na visão, conquanto o aparelho cerebral continuasse a passar por transformações. 6. O quê de importante aconteceu com os lemurianos durante a evolução de sua quarta subraça? R. Principalmente a encarnação dos mestres lunares. A partir desse evento não somente os corpos lemurianos obtiveram maior aperfeiçoamento como se iniciou a construção de estradas, cidades e templos, o que veio mudar completamente suas vidas. 7. Por que os mestres lunares vieram encarnar-se entre os lemurianos? R. A evolução das raças através de suas decorrentes subraças envolve e determina estágios e novas possibilidades. Conquanto as vidas que formaram a primeira e segunda raças fossem ainda imaturas, outras vidas de outras cadeias tinham também recomeçado suas experiências em suas respectivas raças. Sabemos que o processo evolutivo humano prevê no seu curso que muitos grupamentos de vidas venham se incorporar às raças, após terem passado estágios de descanso ou de preparação. Podem ser vidas que se atrasaram ou se adiantaram em relação ao seu grupamento original num dado período evolutivo já ultrapassado, e que aguardam o momento adequado para reentrar em novas ou antigas raças. Em todos os casos, são vidas que não poderiam mais continuar nos seus grupamentos originais. Sendo retardatários de grupamentos que avançaram nos ciclos evolucionários, porém adiantados comparativamente a esses grupamentos que os recebem, virão se tornar diferenciados em relação ao momento evolutivo dessa subraça. Pelas experiências já adquiridas nos ciclos evolutivos de passadas cadeias, ou de rondas dessa mesma cadeia, é comum logo conquistarem postos de lideranças nas famílias, grupamentos, tribos ou civilizações onde vêm inserir-se. Assim, sob o imperativo da evolução, os Barhishads Pitris, como mestres e mentores raciais, vendo o momento adequado que eles mesmos ajudaram a

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proporcionar desde há milhões de anos, entenderam a necessidade de encarnar-se em corpos lemurianos da quarta subraça e provavelmente inserir nela outras vidas humanas adiantadas a fim de promover à raça um surto maior de progresso. 8. De que maneira os Pitris conseguiram entrar na raça lemuriana? R. O processo de separação dos sexos já estava em pleno andamento na quarta subraça. Os próprios Barhishads Pitris trabalharam os organismos lemurianos por milhões de anos para que esse objetivo fosse alcançado adequadamente no tempo certo. O momento agora seria de provocar maior impulso aos valores da raça, estabelecer uma civilização, além de incrementar seus aparelhos físicos. Para tanto, os mestres lunares separaram os melhores corpos lemurianos e promoveram suas entradas na Terra, vindo nascer do ato natural. 9. Quais foram os implementos proporcionados pelos mestres lunares aos corpos lemurianos? R. Os corpos da quarta subraça se tornaram mais perfeitos com belíssimo aspecto e cor vermelho dourado. A raça tornou-se gloriosa por tudo o que produziu, advindo daí a menção de que "os deuses entraram nas filhas dos homens." Após a partida dos Pitris, as subraças posteriores continuaram a gerar corpos melhores do que os das subraças anteriores, entretanto nem sempre puderam manter o melhor padrão. Muitos decaíram sensivelmente, formando homens feios e disformes. Outros constituíram gerações de macacos, antropóides ou resultaram em tribos. 10. Como homens se transformaram em macacos e antropóides? R. Os estudos esotéricos sobre a origem e evolução do homem, contradizem um ponto fundamental da teoria de Charles Darwin discutida pelas ciências oficiais. Segundo as ciências, o elo perdido que uniria o antropóide em evolução ao homem evoluído, ainda não foi encontrado. Os esotéricos, no entanto, sempre afirmaram o contrário. Segundo esses, foram os macacos e antropóides que se originaram do elemento humano após grupamentos étnicos terem degenerado na forma e conteúdo, tal como acontecido com corpos e vidas lemurianos. Os macacos e antropóides constituem-se em famílias cujas unidades-vidas em adiantada evolução em relação ao reino animal, não podem ainda encarnar em corpos humanos melhores formados. Dessa maneira, essas vidas que se encontram quase prontas a ingressar no reino humano vêm ocupar os corpos involuídos das formas humanas sob a biologia macacóide ou primata e avançam aos limites máximos dessa linha limítrofe entre um reino e outro. 11. Como entender melhor essas revelações? R. As raças servem como instrumentos de evolução das consciências humanas. Essa evolução, ao curso do tempo, é fruto de valores que são absorvidos e manipulados pelas vidas imaturas, e depois pelos egos. Os valores humanos sendo trabalhados segundo os níveis de consciência dos povos, proporcionam a esses povos formular soluções diversas para os problemas de sobrevivência e vida comum em sociedades. Evidentemente que uma raça primitiva não poderia produzir uma civilização fervilhante, moderna, em todos os sentidos evolucionária, com muitas opções individuais e respeitante a todos os direitos humanos. No passado, foi necessário que povos, ao nível mental superior alcançado nos diferentes ciclos de vida planetária, fossem orientados pelas hierarquias espirituais

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a se colocar na vanguarda dos valores humanos, a fim de produzir luminares civilizações. Enquanto todos os esforços das hierarquias do planeta estivessem focados numa determinada civilização, novos valores humanos seriam freqüentemente trabalhados, idéias e ideais seriam desenvolvidos e corpos físicos ali viventes estariam mais bem aparelhados. Quando um ciclo evolutivo atingia o apogeu, iniciava-se em seguida um ciclo inverso de decadência, devido ao fato de que o tempo estabelecido para a glória daquela civilização, com todo o embasamento de seus recursos humanos, chegara ao seu ponto máximo expansivo. Os egos avançados que até então tinham conduzido o desenvolvimento e aprimoramento dos valores humanos ali trabalhados, se retraíam. A partir daí, novas vidas ocupariam corpos em famílias, mas não se comparariam às mais avançadas vidas que dali tinham partido, e nem seriam portadoras de energia progressista renovadora. O cronograma regulado pelas hierarquias espirituais para que uma civilização viesse atingir resultados mundiais, ainda mantém padrões para etnias de menor expressão sob idêntica supervisão, mas com investimento imensamente inferior de energia qualificada. Nesses casos, os resultados hoje esperados dessas etnias serão sempre inferiores aos de ciclos maiores, embora sejam importantes. Tanto quanto as etnias continuem a decair em suas culturas, e por diversos fatores estejam mescladas com outras mais atrasadas, os seus corpos físicos se manterão estáveis quanto aos seus padrões biológicos e energéticos ou prosseguirão em sentido de decadência. Muitos corpos físicos são ocupados por unidades-vidas emergentes, logicamente de períodos de individualizações mais recentes, que neles buscam adaptar suas energias. Alguns desses exemplos são encontrados em continentes onde existem vidas primitivas autóctones e semi-animais, mas que em certa época bastante recuada as raças ou etnias viveram apogeus de suas culturas em melhores corpos físicos. Os corpos que sofreram intensas transformações, decaindo ao nível animal, estão e estiveram justamente servindo às vidas selvagens, modelados aos reclamos de seus instintos. Tornaram-se assim corpos símios de todas as espécies e num passado também distante foram decaídos de antropóides ou primatas. 12. Como entender modernamente um processo geral em que vidas humanas se atrasam nos seus momentos evolutivos? R. O Grande Plano da Criação prevê, admite e coordena falhas e atrasos. Muitos ciclos evolutivos acontecem no conteúdo de uma raça humana. As divisões de ramos, sub-ramos, grupamentos e famílias são importantes nas subraças a fim de permitir que milhões possam se adaptar às variadas gamas de suas possíveis necessidades. O turbilhão provocado pela intradependência das atividades humanas gera oportunidades de trabalho para todas as classes sociais, e vem mover incessantemente as vidas. Isso significa que a macro célula representada por um povo ou nação necessita de atividades diárias para as pequenas unidades que a compõe e constitui. As pequenas unidades são naturalmente os indivíduos atrelados aos ramos, sub-ramos, grupamentos e famílias, e que somados resultam numa subraça ou etnias, sendo de todas as formas importantes no contexto geral da vida em qualquer área e nível que se situem. Esse grande quadro, não obstante, limita a vida humana e a dirige às atividades obrigatórias que podemos classificar sob diferentes classes de carma. E como todas as nações agem sob um mesmo prisma de sobrevivência, independentemente das

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organizações político-governamentais e das riquezas de seus solos, elas suportam um carma ainda maior, de contexto mundial, por que vivem e trabalham a fim de que o planeta continue a existir e se transformar. Impõem especialmente aos seus habitantes o seu carma nacional; as raças submetem seus representantes ao carma racial; as famílias realizam o carma familiar, restando ao indivíduo submetido obrigatoriamente a esses limites e às malhas da funcionalidade, sua própria e particular situação de carma pessoal. Quando uma vida escapa do destino suportado pela família, estará transitando para outra situação cármica, quer avançando ou se atrasando. Em se atrasando, precisará reiniciar semelhantes atividades que antes exercia, de acordo com sua capacidade mental. Caso não o faça, retomando ações omissas e negativas, mais se atrasará decaindo sempre. Não sendo feliz noutras encarnações, acabará por permanecer à margem do processo evolutivo do grupamento ou família a que pertence e terá a companhia de outras vidas em igual situação. Em consequência, essa vida recalcitrante logo será alcançada por vidas de núcleos atrasados que, no entanto, marcham a coordenados passos para os seus objetivos de evolução. Em se tratando de uma vida voltada para o mal estará sempre envolta pela companhia de participantes de atividades desagregantes e destruidoras. Mantendo sempre essa posição de exclusão ao processo evolutivo, e por concentrar sempre energias de baixo teor, com o tempo, talvez séculos ou milênios, não conseguirá mais ocupar corpos mais bem aparelhados, ficando com aqueles piores de sua etnia, ou será levado para grupamentos mais atrasados onde terá oportunidades de expurgar sua pesada energia juntamente com outras vidas estacionárias ou involutivas, próximas do reino animal. 13. Ao retardar conscientemente seus avanços, as vidas perderão o que já conquistaram? R. São muitas e variadas as situações cármicas das vidas em suas peregrinações numa raça humana e suas possibilidades. Há casos em que verdadeiros monstros renascem em famílias bem aquinhoadas ou ricas, recebendo corpos físicos elegantes e vistosos. Muitas dessas vidas de caráter distorcido têm oportunidades de se introduzir na vida pública, em profissões que exigem ética, honestidade e respeito. Muitas personalidades nesse teor chegam a representantes da lei, a médicos, sacerdotes ou políticos influentes dentre outras respeitosas e necessárias atividades. Casos assim são de um entrelaçamento cármico complexo que nos seus desdobramentos vêm provocar sofrimentos em pessoas, grupos ou até em populações, por decorrências de débitos coletivos. Almas desse quilate, em situações cármicas desses tipos, podem permanecer nos ambientes de uma sociedade moderna e organizada por muitas gerações. Nesses casos, o seu cabedal de conhecimento prático da vida e a capacidade de aplicar a inteligência só tendem a crescer. Entretanto, as vias de evolução espiritual orientada se fecharão para essas vidas, e suas almas trarão sempre o signo do mal, atraindo o egoísmo, o desamor, a discórdia, a malignidade e o crime. Almas assim, ao ambicionarem grandes realizações pessoais, em se vendo impedidas de alcançar os seus objetivos, podem facilmente arquitetar e realizar planos diabólicos ou maquiavélicos, visando desimpedir a qualquer preço todos os possíveis obstáculos. E quando no poder diretivo de um povo ou nação, em sendo soberanos ou usurpadores, tendo a oportunidade que as situações políticas,

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tiranizantes ou de guerras se lhes ofereçam, exterminam milhões de vidas por motivos até de divergências de opiniões, sem o menor remorso.

14. Esses exemplos de vidas criminosas em sociedades modernas têm um tratamento diferenciado em relação às outras vidas que se atrasam e que renascem em grupamentos primitivos? R. O carma determina o local e o momento em que as vidas devam retornar aos ambientes de uma sociedade. Mas caberia a pergunta: o que em síntese difere de uma vida num moderno escritório a maquinar seus golpes, roubos e assassinatos, daquela encarnada num extremista guerrilheiro aquartelado na selva? Ambos, ao final, arquitetam seus ideais de conquistas através do crime. Da mesma maneira age o instinto selvagem de uma tribo sanguinária ao saquear grupamentos ou aldeias, torturar e exterminar irmãos de uma mesma etnia. Entretanto, a fim de corrigir suas violações das leis naturais, e ao tempo certo, tanto um quanto o outro terão de responder pelos seus crimes no tribunal cármico de um mundo superior reiniciando as lições de vida evolutiva sob a compunção do débito acumulado. 15. O quê de mais importante se registrou no período da quarta subraça lemuriana? R. A chegada de Sanat Kumara e seus budas vindos do planeta Vênus. Esse fato foi não só importante durante o período de manifestação da quarta subraça, como representou para as raças futuras e demais reinos o momento de maior relevância mundial até então acontecido. A evolução das raças vinha se processando sob a orientação dos Barhishads Pitris que alcançaram o status de mestres lunares na terceira cadeia. Sanat Kumara, no entanto, provocou verdadeira revolução no tempo estabelecido para o desenvolvimento do planeta Terra, desencadeando um novo ritmo ao processo evolutivo de todos os reinos. 16. Quem foi Sanat Kumara? R. Para modestamente explicarmos quem foi Sanat Kumara precisaremos antes abordar, mesmo em breve síntese, o que sejam as hierarquias que desenvolvem grandiosas e inimagináveis tarefas na Criação. O Sol que observamos diariamente é o Deus físico de nosso sistema solar. Ele é o corpo de manifestação objetiva do Terceiro Logos. É o Criador objetivo. O Segundo Logos está manifestado como o Cristo Cósmico, a Imanente Presença em tudo. O Primeiro Logos é o Imanifesto e Invisível Ser. Ao redor do Terceiro Logos há outros Logos Criadores, chamados de Logoi. Constroem corpos objetivos e auxiliam na edificação de mundos e das cadeias planetárias de nosso sistema solar. Na antiguidade eram conhecidos como os Sete Espíritos diante do Trono. Abaixo deles, com funções prepostas, amplas e detalhadas, há os doze Deuses Criadores, que são as doze hierarquias. Portanto, para que nosso sistema solar surgisse e desenvolvesse seus mecanismos de funcionamento, as vinte e duas hierarquias (3 Logos + 7 Espíritos + 12 Deuses Criadores) vieram atuar. Tanto o Terceiro Logos com as ordens objetivas de mônadas quanto os 7 Espíritos e os 12 Deuses constituem-se na totalidade de bilhões de adeptos.

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Na atualidade, nosso sistema solar tem somente sete hierarquias operantes. Quatro delas já cumpriram suas partes e partiram para outros sistemas solares. Uma quinta está em vias de se retirar, estando a ultimar suas tarefas. Os Barhishads Pitris representam uma das sete hierarquias mencionadas, sendo exatamente a décima segunda de todas e a sétima das que restaram. Como avançaram na terceira cadeia, a lunar, atuam agora na cadeia do planeta Terra, de acordo com as leis que presidem a evolução dos mundos. Sanat Kumara, entretanto, pertence à outro esquema de nosso sistema solar, onde existe a chamada cadeia do planeta Vênus, e daquele esquema viajou a fim de assumir nosso esquema durante o período dessa atual quarta cadeia a que pertencemos, particularmente centrada no planeta Terra. 17. Por que Sanat Kumara precisou vir de Vênus para o planeta Terra? R. Até onde sabemos, a vinda deste grande senhor com seus budas de atividades se dera pela proximidade do momento requerido pela lei da evolução. Sanat Kumara já teria visitado a Terra numa outra ocasião e visto o estado ainda embrionário das raças e reinos de nosso planeta. Conforme explicado anteriormente, a Terra concentra quase toda atenção da quarta cadeia neste quarto giro da Vida. O esquema de Vênus, no panorama de nosso sistema solar, representa um pólo oposto ao esquema da Terra, estando negativamente polarizado conosco. Ao voltar a Vênus, Sanat Kumara meditou sobre o que vira e pôde se preparar a fim de assumir nosso esquema antes do tempo previsto e assim também obter suas iniciações superiores. 18. O quê de melhor pôde Sanat Kumara oferecer ao planeta Terra? R. Em sendo de uma hierarquia de um esquema mais evoluído, pôde trazer muitos implementos a todos os reinos, canalizando mais intensamente a energia criadora. Tamanho foi o resultado de seu trabalho que a cadeia evoluiu alguns bilhões de anos numa só ronda. Sanat Kumara conseguiu que a humanidade atingisse o estágio intelectual antes do tempo previsto, ou seja, no atual giro, quando a previsão natural seria para o próximo giro. Portanto, bilhões de anos adiante. Algumas das contribuições trazidas por Sanat Kumara de Vênus foram as abelhas, as formigas e o trigo. Durante a raça Lemuriana esse alimento, por experiências híbridas, desdobrou-se também em centeio, aveia e cevada. As abelhas originaram as vespas, e as formigas às formigas brancas. 19. Se os Barhishads Pitris desenvolviam seu trabalho na Terra, de acordo com o Plano da Criação, que autoridade maior teve Sanat Kumara? R. Em conformidade com o que já aludimos, ao longo do plano evolutivo do planeta Terra, nesta quarta cadeia, em consonância com o Grande Plano da Criação, alguém de uma elevada posição, de uma hierarquia acima daquela dos Pitris, viria de todas as maneiras ocupar a posição. Essa missão ocorreria, talvez, na quinta ronda dessa cadeia. Em assim sendo, este grande ser provindo de um esquema planetário mais evoluído, traria maiores implementos aos métodos evolutivos empregados pelos Pitris. Sanat Kumara, em vista de sua presença, tornou-se antes do tempo o Grande Senhor Planetário, e com seus budas de atividades, ou adeptos, proporcionou meios que levariam a humanidade e os demais reinos a evoluir em maior escala em menos tempo.

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20. Os mestres lunares formam a única hierarquia que atuou na Terra, antes de Sanat Kumara? R. Não. Aos Pitris foi dada a principal tarefa de prover o aspecto matéria às formas de vida hominais e animais. O trabalho empregado para essa finalidade abrange o conhecimento profundo de muitos aspectos da natureza nos mundos ocultos. Os Pitris não poderiam sozinhos, projetar e realizar todos os detalhes de um planejamento tão grande e intenso nos mundos mental, astral e físico que resultassem na condensação das formas no mundo material. Puderam, sim, materializar segmentos desse planejamento quando as oportunidades de realizar na Terra, no devido tempo, aconteceram. Outras hierarquias mais evoluídas também participaram, e ainda participam ativamente do trabalho de preparar os elementos, formas e vidas dos reinos a fim de que bilhões de unidades-vidas consigam se manifestar fisicamente na Terra. 21. O quê de importante aconteceu na quinta subraça lemuriana? R. Os Barhishads Pitris se encarnaram para se tornar reis e iniciadores. Com este advento, a aparência dos lemurianos foi mudando. Os dois olhos se tornaram mais ativos propiciando visão física mais nítida e o olho no centro da testa formou a glândula pineal. Nessa fase tiveram também um olho atrás da cabeça. Os braços e pernas eram excessivamente longos e a estatura variava entre 3.40 m a 4.50 m. Tinham a cor escura, marrom amarelada. Evidentemente os Pitris ao estabelecerem iniciações para os lemurianos o faziam revelando causas dos fenômenos da natureza, exercícios para o desenvolvimento físico e de seus corpos etéricos e o devocionar às forças divinas. Os reis reuniram certo número de seguidores e formaram clãs. 22. O quê de importante aconteceu na sexta subraça lemuriana? R. Outra classe dos Barhishads Pitris, de iniciadores e discípulos, encarnou entre os lemurianos, utilizando-se dos melhores corpos que a raça produzia. Foram neste período de cor azul escuro, transformando-se com o tempo em azul lívido. Os iniciadores e discípulos evoluíram a raça e a civilização lemuriana. 23. O quê de importante aconteceu na sétima subraça lemuriana? R. O aspecto físico da raça continuou a modificar-se. Suas faces se tornaram longas como de cavalos. O nariz a princípio ficava acima do centro da face, mais tarde veio situar-se exatamente no centro. A cor dos corpos evoluiu do cinza escuro para o cinza claro. Construíram novas e importantes cidades e edificaram estátuas gigantescas. Dos remanescentes da raça ainda hoje encontramos os Zulus e pigmeus da África, os aborígines da Austrália, as tribos das colinas da Índia e os Andaman da Terra do Fogo. 24. Em quais locais a Lemúria existiu? R. Nos Himalaias, Ceilão, Ilhas Orientais, Austrália, Sumatra, Tasmânia, parte da África, nordeste de Madagascar, Noruega, Suécia e Sibéria. Também ilhas da costa de Sierra Leone, América do Sul, Patagônia e outros locais abaixo da linha do equador. A QUARTA RAÇA

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1. Qual foi a quarta raça raiz a habitar a Terra? R. A quarta raça raiz foi a Atlante. Essa raça foi a primeira a desenvolver perfeitamente sete variedades étnicas ou sete subraças que formaram a grande civilização do continente da Atlântida. O advento da civilização atlante começou há aproximadamente oito milhos de anos na quarta subraça lemuriana. 2. Como se deu este acontecimento? R. O histórico genealógico de uma raça, sob o ponto de vista objetivo, inicialmente se produz através de sucessivas transformações dos caracteres físicos nos indivíduos previamente selecionados de um grupamento humano. Essa seleção prévia virá com o tempo produzir gerações que absorverão os elementos físicos transformados, incorporando-os aos seus genes. Poderia se dizer de maneira geral que a raça Atlante, durante certo tempo acompanhou a evolução da raça Lemuriana a partir de sua quarta subraça. Daquela quarta subraça, Sanat Kumara selecionou os melhores tipos raciais e iniciou a produção de novos estoques físicos que milhões de anos após viriam constituir a raça Atlante. 3. Além dos caracteres físicos, que outros elementos produziram diferenças na raça Atlante? R. Sem dúvida os valores culturais. Entretanto, para que elementos desse tipo pudessem ser mais bem trabalhados na raça Atlante, fatores endógenos precisaram ser desenvolvidos no veículo físico. Tanto as condições físicas e atmosféricas do planeta Terra como a condensação corpórea da raça Lemuriana, não permitiam na época se chegar a valores humanos mais apurados. Isso veio acontecer mais tarde, não por acaso, mas fruto de um planejamento acurado dos mestres lunares e bastante aprimorado pela sabedoria de Sanat Kumara e seus adeptos. A cronologia compreendida entre o aparecimento e o desenvolvimento das três primeiras raças, tinha de ser concomitante com a sedimentação da crosta terráquea e com a devida conformação dos reinos de existência. As matérias dos corpos das três primeiras raças não eram ainda adequadas para melhor capacitação de cérebros físicos densos. Nem as raças estavam habilitadas nesse tempo a possuir corpos etéricos, astrais e mentais de contexturas compatíveis com a aquisição de valores humanos superiores. 4. Como entender melhor esse assunto? R. As duas primeiras raças desenvolveram respectivamente rudimentos da audição e tato na matéria etérica. A raça Lemuriana trabalhou e desenvolveu os órgãos das vistas, até chegar à formação dos dois olhos físicos que lhes permitiu, a cada tempo, obter gradualmente visão mais clara. Essas conquistas se mostraram mais acentuadas já a partir da quarta subraça lemuriana, justamente naquela fase em que as vidas estavam totalmente integradas à matéria física. É sabido que a matéria etérica atua como molde ou matriz das formas físicas. Isso inclui o corpo humano e todas as suas formações orgânicas, compreendidas pelas estruturas ósseas, nervosas, carnais, musculares e linfáticas, além da pele, cabelos, unhas, etc. Nesse processo, tanto mais a raça lemuriana percorria o arco de descida de sua involução (para ela, evolução), aprofundando-se na matéria física, melhores

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resultados apareciam na endógene de seu corpo etérico. Ou seja, os órgãos e estruturas dos corpos etéricos das vidas lemurianas iam cada vez mais se solidificando, se definindo, e melhor concretizando funções e funcionamentos. Os mestres lunares e Sanat Kumara, ao selecionarem os modelos para a formação da raça Atlante passaram também a trabalhar mais concentradamente nos seus corpos astrais. Tinham, assim, a perspectiva de que no futuro a raça Atlante acrescentaria a endógene emocional aos egos humanos em formação. Os corpos físicos lemurianos selecionados precisariam estar equipados com órgãos cerebrais e organismos que pudessem responder adequadamente às necessidades de os atlantes externar novas emoções e energia física transferidas, respectivamente, de seus corpos astrais e etéricos. Foi deste modo que a raça Atlante começou a ser produzida a partir dos melhores produtos da quarta subraça lemuriana. 5. De que maneira os corpos modificados de uma subraça para outra, acabam se reproduzindo no mesmo modelo por muitas gerações? R. Sabe-se que fatores climáticos, de intempéries, ou mesmo de autodefesa, acabam por produzir certas mutações nas formas dos seres vivos de todos os reinos. Essas mutações acontecem ao longo dos anos, séculos ou milênios, vindo conformar certas capas externas protetoras e criar reações ou mecanismos internos de defesa às vidas a fim de permitir aos organismos se adaptar às condições ambientais. Assim sobrevivem faunas inteiras sob a inclemência da neve, no gelo das montanhas, nos vales gelados ou regiões polares. Da mesma maneira crescem e se multiplicam espécies da fauna e flora sob tórridas condições desérticas acima dos trópicos de câncer e capricórnio ou de vastíssimas áreas igualmente tórridas e inóspitas em países tropicais. Mesmo em locais desérticos, onde as temperaturas durante o dia ultrapassam os cinqüenta graus centígrados - caindo às noites abaixo de zero - os organismos multicelulares ainda assim sobrevivem a essas drásticas alternâncias. Isso sem detalhar as condições de sobrevivência das espécies aquáticas, batráquias, répteis e voadoras diversas, que se multiplicam em lagos, pântanos, rios ou mares. Mesmo o homem morador e nativo de regiões glaciais ou o beduíno dos desertos, acabam desenvolvendo certas defesas orgânicas para se proteger e manterse vivos. Nesses exemplos, encontramos grupamentos humanos de vidas sedentárias por um lado e nômades por outro lado, mas que vivem nesses habitat naturais por séculos ou milênios. Esses elementos da natureza de ação externa aqui exemplificados, também atuaram nas subraças cujos modelos físicos foram originariamente selecionados pelos mestres lunares e adeptos de Sanat Kumara, em locais do planeta que pudessem oferecer-lhes condições ambientais apropriadas A pressão exercida pelos elementos da natureza consegue retrair a ação plasmática da mente instintiva que passa a reorganizar novas defesas endógenas e adaptações exógenas tornando os corpos das novas subraças mais fortes e resistentes para conseguir desenvolver certas atividades a que se destinam dentro das minúcias do planejamento evolucionário. Desse modo, os mestres hierárquicos, sabedores dos longínquos segredos do funcionamento dos organismos humanos desde as primeiras raças, trabalharam e trabalham os veículos mentais, astrais e etéricos das vidas em evolução, a fim de que os corpos físicos viessem e ainda venham oferecer condições biológicas de obediências aos processadores ou modificadores genéticos implantados, bem como de adaptar-se às variações da natureza planetária. Quanto a reproduzir a progênie o

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melhor possível, os cálculos vêm sendo sempre realizados segundo a extensão de um ciclo de domínio e produtividade no planejamento evolucionário de cada subraça e suas miscigenações. 6. O quê os mestres lunares e adeptos de Sanat Kumara ao encarnar-se nas subraças puderam direcionar para melhor aparelhamento dos corpos físicos? R. A projeção e execução de um planejamento para corpos raciais obedecem a um cronograma idealizado há milhões de anos, abarcando os planos mental, astral e etérico-físico, pela necessidade de um resultado objetivo a alcançar num determinado período do processo evolucionário das raças. É verdade que os mestres raciais das hierarquias criadoras, pela conveniência do momento, podem alterar o diagrama das possibilidades de um resultado cármico, manipulando com as variações genéticas. Os resultados obtidos, perfeitos ou inadequados, vão depender da dimensão e enquadramento dos fatores cármicos de um indivíduo ou de uma coletividade, segundo sucessos ou insucessos de suas ações no plano terra. Nem sempre o que está embasado por um perfeito planejamento nos mundos superiores para uma vida ou coletivos, virá de fato acontecer no mundo físico. As individualidades submersas nos egos terrenos, ao manifestar suas vontades e desejos podem muitas vezes modificar e contradizer radicalmente o que nelas estava prédeterminado. Em linha com fatores ambíguos, os mestres lunares e venusianos, por não estar sob nenhuma compulsão cármica como estavam as vidas em trânsito de uma subraça para outra, puderam reencarnar-se várias vezes sem alterar seus projetos originais. Conseguiram assim direcionar o andamento da produção racial para a orientação desejada e corrigiram distorções por ventura produzidas por algumas vidas. Cada subraça necessitaria trabalhar situações internas e externas antes não abordadas pelas subraças precedentes, que os mestres encarnados tinham a incumbência de fortalecer em suas memórias e trazê-las para seus animismos astrais e mentais. Desse modo, surgiam cidades com novos desenhos arquitetônicos, jardins, sistemas de ventilação, modernos aquedutos, inovações no escoamento do esgoto, implementos na engenharia, aperfeiçoamentos de inventos, novas invenções, erguimentos de templos religiosos, aquisições de melhores hábitos, formação de outros valores morais, mudanças de costumes, desenvolvimento da medicina, agricultura e das artes, novos aparelhamentos técnicos, produção de vestuários, etc. Enfim, uma nova ordem de valores que cada subraça necessitaria estabelecer, desenvolver e apropriar à aculturação. 7. Em que locais a civilização atlante se desenvolveu? R. Num período inicial compreendido por 200.000 anos a Atlântida se estendeu da atual Islândia ao Rio de Janeiro, abrangendo ao Texas, ao Golfo do México, ao este e sudeste da América e a Ilha de Labrador. Também se estendeu da Irlanda à Escócia e ao norte da Inglaterra, alcançando o Brasil e chegando até a costa africana. 8. O continente atlante sofreu transformações ao longo de sua história? R. De 1.000.000 de anos até 9.564 a.C. houve vários períodos de transformações em seu continente, por decorrência de catástrofes provocadas pela natureza. Há 800.000 anos, quando da primeira grande comoção, o continente das Américas separou-se do restante do mundo.

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Há 200.000 anos, após a ocorrência da segunda grande comoção, as Américas do Norte e Central se separaram da América do Sul, a Escandinávia juntou-se à Europa e o Egito submergiu. Nessa ocasião, o continente atlante ficou existindo principalmente por duas grandes ilhas chamadas Ruta e Daitya, e por outras ilhas menores. Na terceira grande catástrofe, há aproximadamente 77.000 anos, as ilhas de Ruta e Daitya, que se localizavam a sudeste e nordeste do continente, sofreram transformações ficando bastante reduzidas. Finalmente em 9.564 a.C. Poseidonis, uma das últimas ilhas significativas da Atlântida, afundou. 9. O quê de principal a civilização atlante alcançou no seu período evolutivo? R. Segundo informações esotéricas, e conforme já anteriormente mencionado, essa civilização atingiu o máximo de sua condição evolutiva num período aproximado de 1.000.000 de anos. Durante todo esse tempo as sete subraças chegaram aos seus apogeus e decaíram. Calcula-se um promédio existencial produtivo e glorioso de 150.000 anos para cada uma das subraças, o que seria suficiente a que o planejamento dos mentores espirituais fosse alcançado na sua maior parte. Após esse tempo médio sobrevieram os naturais desgastes e decadências gradativas, embora as subraças continuem até hoje viver os ciclos decadentes. Os aspectos externos que se materializaram ao longo da existência dos atlantes, no que respeita ao desenvolvimento das ciências, artes e cultura de maneira geral, revelaram seu grau de avanço mental e espiritual. Cada raça, ao decurso de sua integral existência, foi sempre orientada e conduzida pelos mestres espirituais a alcançar um objetivo maior e diferenciado das demais. As vidas atlantes, em cumprimento ao que foi traçado por um cronograma previamente elaborado, deveriam antes de tudo estruturar seus veículos astrais através da impressionabilidade e do despertar dos desejos e emoções. Despertaram o sentido físico do gosto ou paladar, que se relaciona às temperanças ou destemperanças emocionais, ao exagero, à impressionabilidade, aos apetites sensoriais e às necessidades de realizações materiais. 10. Por que os atlantes precisaram despertar as emoções, se hoje os esotéricos são orientados a severamente as controlar? R. O ego terreno ou personalidade necessitou de muitos milênios para ser estruturado pelas vidas humanas. O homem moderno de média evolução é hoje uma personalidade fusionada pelos corpos físico, etérico, astral e mental. A estrutura da personalidade, conforme simbolicamente entendida pelo esotérico, é quádrupla, consistindo dos corpos acima citados e necessitando integrar-se com a tríade superior. Cada corpo componente da expressão personalidade possui uma correspondência qualitativa dimanada de um corpo da tríade superior, que vai melhor qualificando a personalidade à medida que ela evolui conscientemente. Nesse panorama real de fluxos, o corpo astral ou emocional se acha ligado às qualidades do amor-sabedoria da esfera onde está o corpo búdico. A ação do corpo astral no ego terreno não é prolongar ou plasmar indefinidamente emoções e sentimentos diversos ou de natureza inferior, relacionados com as paixões e apetites sensoriais. Essas impressões ou formas de desejos existem no íntimo do ser humano imperfeito, por uma necessidade até hoje acalentada dele obter compensações emocionais, como subjacentes estímulos ou alento para viver e se afirmar no mundo das personalidades.

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O homem egocêntrico e sensual, por exemplo, com suas atitudes e pensamentos voltados unicamente para a auto-satisfação, provoca e amplia seguidas distorções nas correntes energéticas do seu corpo astral. As reações resultantes desses fatores atuantes no ego acabam por estereotipar um tipo psicológico deturpado. Muitos tipos com o tempo virão condicionar ao ego doenças - algumas sérias - e seguidas limitações. Ao esotérico cabe as instruções e recomendações de não se deixar seduzir ou escravizar pelos apetites sensoriais armazenados na memória de seus corpos inferiores. Mas, sim, impedi-los de retomar formas mentais e astrais malévolas, antigas e remanescentes de um passado evo, e que quando não combatidas levam a personalidade de volta aos anteriores vícios e desregramentos, ou a criar novos vícios ou hábitos perniciosos. Caso o esotérico não busque com sinceridade sublimar essas reações, se esforçando em polarizar o pensamento em faixas vibratórias mais elevadas, não alcançadas pelos tempestuosos apetites, ele não será verdadeiramente auxiliado pelos mentores e mestres dos mundos superiores. 11. Existe algum documento oficial que registre historicamente a existência da Atlântida? R, Não pelas ciências oficiais que reconhecidamente detenham indícios. As ciências acadêmicas negam a pretérita existência do continente atlante e continuarão a negá-la, mesmo com subsídios concretos. Registros sobre esse continente com maiores detalhes, somente os esotéricos, ocultistas e espíritas podem oferecer ao mundo através de relatos de vidências, auscultações psicométricas, ou mesmo por meio de desdobramentos mediúnicos. Embora haja essas pesquisas no campo esotérico ocultista e espírita, os resultados são muitas vezes duvidosos devido às distorções acontecidas entre os registros captados e a pureza de seus relatos. Essas experiências revelam, com certa frequência, as dificuldades e limitações do aparelho psíquico ou mediúnico em alcançar verdadeiramente as impressões acontecidas no passado, calcadas no éter refletor. Como resultado desses casos, sempre existe a interferência da mente subconsciente agindo sobre aquilo que é captado, às vezes sob turvações. Entretanto, há a previsão de que manuscritos, objetos e elementos antropológicos sejam logo descobertos em locais hoje completamente desconhecidos ou inacessíveis aos investigadores arqueológicos, contendo informações seguras para as ciências terrenas sobre a civilização da quarta raça. Para o esotérico, contudo, mediante estudos e investigações ocultas, pelos achados arqueológicos de monumentos e estátuas, por inscrições em cavernas, pelas existências de ramos aborígines e de certas etnias africanas, pelas histórias e lendas recontadas por outros povos primitivos, por intuições e, principalmente, pelos relatos de livros de uma antiguidade imemorial, guardados em locais ocultos, ficam evidenciadas e comprovadas as existências das civilizações atlante e lemuriana. Temos, à propósito, um relato encontrado num dos livros Maia do Yucatan, segundo o qual há a seguinte descrição dos momentos finais à submersão de Poseidonis, a última significativa ilha remanescente da civilização atlante: "No ano 6 Kan, no 11º. Muluc do mês Zac, ocorreram terríveis terremotos, que continuaram ininterruptos até 13º. Chuen. O país de colinas de barro, a terra de Mu, foi sacrificado, duas vezes lançada ao ar e de repente desapareceu durante a noite. O chão continuou a ser sacudido por forças vulcânicas.

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Sob essa pressão a terra afundou e levantou diversas vezes em vários lugares. Finalmente os movimentos estancaram na superfície e dez países tinham sido separados, encontrando-se aos pedaços. Incapazes de sustentar a força das convulsões, eles afundaram com os 64.000.000 de habitantes, 8.600 anos antes desse livro ser escrito." O que entendemos desse relato é que a ilha de Poseidonis representava o centro principal da civilização atlante naquele momento, mas havia outros países ou reinos, e ilhas menores habitados. Após as convulsões Poseidonis afundou, acontecendo o mesmo com os demais países. PRIMEIRA SUBRAÇA ATLANTE 1. Qual foi a primeira subraça atlante? R. A primeira subraça atlante chamou-se Rmoahal, segundo o seu próprio idioma. Esta subraça surgiu inicialmente dos melhores tipos da quarta subraça lemuriana. Alguns tipos possuíam a cor negra, semelhante ao mogno, e se desenvolveu a princípio num lugar chamado costa Ashanti. Tinham em média alturas que variavam de 3.0m a 3.60m. 2. De que maneira essa subraça pôde surgir a partir dos lemurianos? R. Conforme já comentado, o gênesis de todas as raças planetárias deu-se, dá-se ou se dará sempre a partir de modelos das raças pré-existentes. Esse trabalho de seleção segue o planejamento dos mestres raciais, principalmente sob a orientação de um Manu. Para que a subraça Rmoahal viesse melhor se desenvolver, nela encarnaram-se reis, iniciados e discípulos, como o próprio Manu. Essa subraça começou sua existência de maneira mais proveitosa entre 4.000.000 e 5.000.000 de anos atrás. Existem, entretanto, registros de haver existido as primeiras seleções nessa mesma subraça há 8.000.000 de anos. 3. Como entender melhor o que seja o Manu? R. Manu é um termo geral aplicado aos membros das hierarquias que cuidam especialmente de levar adiante certos aspectos do Grande Plano da Criação, idealizado pelo Deus de nosso sistema solar. A função mais comum de um Manu é organizar a formação, o crescimento e o desenvolvimento de corpos raciais. Há Manus que cuidam também de implementar as formas dos reinos da natureza. Há, portanto, várias graduações de Manus dentro das hierarquias. O Manu de um esquema de evolução solar atua sobre as dez cadeias planetárias. O Manu de uma só cadeia, que compreende as sete rondas da Vida na cadeia planetária, tem sob sua direção um Manu para cada ronda. Sob a direção de um desses últimos, há o Manu das sete raças em cada globo da cadeia e sob a direção desse último há o Manu de uma só raça. Vemos assim que os Manus estão basicamente ligados ao aspecto forma da manifestação Vida. 4. Foi unicamente a partir da quarta subraça lemuriana que a primeira subraça atlante surgiu? R. Não totalmente. O estoque inicial dessa subraça foi tirado da quarta subraça lemuriana, quando essa atingia o apogeu. Aquela fase evolutiva dos lemurianos já

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permitia antecipar experimentos para o surgimento da primeira subraça atlante, milhões de anos depois. Enquanto a quinta, sexta e sétima subraças lemurianas foram sendo trabalhadas pelos mestres raciais, acontecia simultaneamente a seleção e experimentos para a raça atlante a partir também daquelas subraças. A subraça Rmoahal desenvolveu seus próprios protótipos, embora alguns de seus representantes mais tarde tivessem feito cruzamentos com elementos negros da sétima subraça lemuriana. 5. Houve mudanças no aspecto da subraça Rmoahal ao longo dos milênios? R. A estatura gigantesca herdada dos tipos lemurianos foi com o tempo se reduzindo até alcançar tamanhos médios dos tipos raciais atlantes. Alguns ramos produziram tipos negros devido a miscigenação com lemurianos da sétima subraça, como já dissemos. Os que migraram para outras regiões tiveram a tez modificada, como os da Islândia que se tornaram claros. Os tipos de cérebros eram braquicéfalos ou arredondados. 6. Como foi a civilização desta primeira subraça atlante? R. Devido ao caráter embrionário experimental da subraça Rmoahal, ela não chegou propriamente a estabelecer uma civilização. Limitaram-se a adotar a cultura lemuriana. As ciências e as artes naquele período revelaram-se primárias. SEGUNDA SUBRAÇA ATLANTE 1. Qual foi a segunda subraça atlante? R. Foi a chamada Tlavatly. Como na primeira subraça esse nome teve origem no idioma atlante. Essa subraça teve seu início a partir dos rmoahal a quem os tlavatly expulsaram para o norte. 2. Onde viveram os tlavatly? R. Em diversos locais. Inicialmente se fixaram na costa oeste de Atlantis, mais tarde na costa norte, diante da Groenlândia. Ao se misturarem com a terceira subraça chegaram a alcançar o atual Rio de Janeiro, vindo habitar depois toda a América do Sul até a Patagônia. Muitos ramos permaneceram nas praias leste da Escandinávia e posteriormente vieram formar o povo dravidiniano. 3. Houve mudanças no aspecto físico desta segunda subraça atlante? R. Todas as subraças alcançaram com o tempo um tipo físico médio respectivo que seria o ideal planejado pelo Manu e mestres lunares. Em certa época os tlavatly chegaram a possuir a cor vermelho marrom; foram fortes e rudes e não atingiram a altura inicial dos rmoahal. Essa coloração, provavelmente a obtiveram após ter se misturados com a terceira subraça atlante, que era basicamente de cor vermelha. Restos de seus descendentes podem ainda ser encontrados entre os índios morenos da América do Sul. Ao chegar à decadência tinham o tipo dolicocéfalo, cuja dimensão craniana possuía a característica de ter quatro quintos de comprimento e produziram o homem de Cro-Magnon.

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4. Quais foram as características da cultura dos tlavatly? R. Os mestres lunares e discípulos do Manu trabalharam essa subraça no sentido de que reconhececem o sol como um símbolo divino. Mediante esse reconhecimento, criaram objetos de guerra com modelos representativos do Sol bem como chegaram a construir ao alto das colinas discos e monólitos. Essas construções vieram também servir-lhes de base e referência para estudos astronômicos, por cujas efemérides se guiavam. TERCEIRA SUBRAÇA ATLANTE 1. Qual foi a terceira subraça atlante? R. A terceira subraça atlante chamou-se Tolteca. Produziu tipos altos de cerca de 2.40m. Com o tempo veio adquirir o tamanho médio hoje considerado normal. 2. Que outras características físicas é possível destacar na subraça Tolteca? R. Eram de cor vermelha com tonalidade marrom. A tonalidade vermelha, contudo, era mais acentuada do que da subraça Tlavatly. Quando se misturavam com tipos de outras subraças faziam sempre prevalecer suas características básicas raciais, o que lhes determinou uma hegemonia física sobre os demais povos atlantes. Tamanho foi seu vigor racial que milhares de anos após a submersão do continente atlante seus descendentes foram ainda encontrados no México e Peru. 3. O que a subraça Tolteca representou para a civilização atlante? R. Uma era de esplendor e conquistas em vários setores da vida humana. Por milhares de anos a subraça Tolteca dominou todo o continente da Atlântida. O Manu, reis e iniciados encarnaram-se várias vezes entre os toltecas, promovendo visíveis resultados em sua cultura. Essa subraça, sob o ponto de vista de características raciais, fora até então a que melhor produzira modelos físicos na Atlântida. Os toltecas puderam formar cérebros capazes de registrar em maior escala ondas vibratórias de seus corpos astrais, e mais bem trabalhá-los como instrumentos do pensamento concreto. Os corpos astrais dos toltecas atingiram níveis emocionais de impressionabilidade que marcariam definitivamente a psique humana. Os toltecas representaram a última subraça denominada vermelha. As quatro seguintes foram chamadas amarelas. 4. A subraça Tolteca desenvolveu alguma religião? R. A religião não existia propriamente entre suas etnias. O Manu e iniciados ensinaram-lhes a cultuar principalmente o Sol e os elementos da natureza como atributos naturais e até mágicos do Criador. Utilizaram-se do conhecimento da astronomia e dos quatro elementos para desvendar os segredos da agricultura. Conheciam o movimento do Sol e inventaram tábuas de cálculos matemáticos, utilizando-as na astronomia.

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Em certo período construíram a Cidade dos Portões Dourados onde erigiram templos para a devoção ao Sol. Esse astro era o principal e único elemento de culto permitido que pudesse representar o Criador do universo. Na Cidade dos Portões Dourados os toltecas criaram uma irmandade oculta, com sacerdócio constituído, estabelecendo iniciações para aqueles que começavam a entrar no caminho da sabedoria. 5. Como eram as relações dos toltecas com seus vizinhos? R. Quando faziam guerras traziam prisioneiros para ser escravos. Os escravos não eram tratados com crueldade ou de maneira humilhante. A civilização tolteca foi governada por milhares de anos por uma dinastia de adeptos de Sanat Kumara, e, dessa maneira, por uma sábia e prolongada direção. Os governos foram sempre progressistas de acordo com o planejamento realizado pela hierarquia de mestres. No período em que os toltecas receberam um grupo de servidores que se encarnou em suas etnias, o Manu logo procurou identificar cada um, colocando neles uma marca na orelha. 6. A civilização tolteca enquanto se desenvolveu foi sempre obediente às orientações superiores? R. Após 100.000 anos de vida progressista e em harmonia, seu arcabouço começou a sofrer um lento processo corrosivo. O conhecimento das ciências e as faculdades psíquicas desenvolvidas provocaram-lhes sentimentos de egoísmos. Com isso começaram a trabalhar nas fronteiras da magia negra, despertando em ritmo crescente a luxúria e a brutalidade. Ao longo de milênios, seguidores da magia negra se envolveram em rebeliões a fim de tirar do poder os legítimos reis. Devido ao fato, advieram guerras e o alastramento do caos moral. 7. O que aconteceu após este período conturbado? R. A Cidade dos Portões Dourados foi tomada pelos seguidores da magia negra. O último e legítimo imperador retirou-se fundando com seu povo uma nova cidade nas montanhas, dando-lhe o mesmo nome. Entretanto, o mal continuou a se alastrar na Atlântida apesar das advertências dos sacerdotes iniciados. Como a situação só piorasse, a hierarquia liberou o processo natural de resposta da natureza, acontecendo a primeira grande catástrofe há 800.000 anos. Ondas gigantes destruíram a antiga Cidade dos Portões Dourados, invadindo e submergindo regiões inteiras, varrendo quase completamente do continente a magia negra e seus seguidores. Após a catástrofe, a civilização tolteca retomou os seus caminhos e novos iniciados e adeptos provindos de Vênus se encarnaram na Terra. 8. O que essa nova fase da civilização tolteca produziu na Atlântida? R. As ciências, as artes, a agricultura, além de todos os demais ramos da atividade humana prosseguiram com avanços. No auge dessa nova fase, a população tolteca chegava a mais de 2.000.000 de habitantes. Os descendentes toltecas constituíram núcleos em vários locais do continente. Muitos sobreviveram após a destruição final do continente. No México e Peru, como já

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citado, os descendentes toltecas construíram as civilizações desses povos. Os índios peles-vermelhas também descendem dos toltecas. Os povos nômades que fundaram o Egito, da mesma maneira originaram-se dos toltecas. Isso resultou, há 200.000 anos, no surgimento de uma hierarquia oculta naquele país a qual iniciou uma dinastia de reis e construiu as duas grandes pirâmides de Gizeh. 9. Que outras catástrofes marcaram a Atlântida no decorrer de sua civilização? R. É sabido pelos esotéricos que a submersão da Atlântida, em sucessivos acontecimentos catastróficos da natureza, não se deveu tão somente à má condução dos valores morais pelos toltecas. Os abalos sísmicos de maremotos ou terremotos, bem como as explosões eruptivas vulcânicas que provocaram o afundamento de muitas terras e desmembramentos do continente atlante, foram também causados pelos desregramentos dos outros povos. As subraças surgem umas das outras. Entretanto elas convivem em paralelo no auge, na decadência, ou nos enormes períodos de estabilidade em que se preparam para uma evolução futura. As sucessivas hecatombes que atingiram a todos os povos ou etnias atlantes e vieram transformar a aparência da crosta terrestre, estão desdobradas nesse capítulo. 10. Além dos acontecimentos catastróficos já informados, que outros fatos específicos é possível citar em linha com as hecatombes registradas? R. Há aproximadamente 200.000 anos o Egito submergiu e assim permaneceu por muito tempo. Nos 100.000 anos que se seguiram, novamente a civilização atlante retomou o seu caminho de progresso. Em 75.025 a.C. aconteceram explosões de gás, maremotos e terremotos que destruíram as ilhas de Ruta e Daitya. Nessa ocasião o Egito novamente submergiu temporariamente. Quando da enchente, o povo tentava escalar as pirâmides para se salvar, porém escorregava. Após isto, o templo de Karnak e outros edifícios começaram a ser construídos no Egito. Em 9.564 a.C. o Egito foi novamente invadido pelas águas, porém por pouco tempo. QUARTA SUBRAÇA ATLANTE 1. Qual foi a quarta subraça atlante? R. Foi a denominada Turaniana. Originou-se provavelmente da subraça Tolteca, muito embora detivesse laços da subraça Tlavatly. 2. Onde principalmente os turanianos habitaram? R. Nas áreas hoje ocupadas pelos países Marrocos e Argélia, por um período de aproximadamente 600.000 anos. Ocuparam também as costas leste e oeste do mar da Ásia Central e ilhas hoje pertencente à China. Um determinado ramo turaniano fixou-se na Caldéia há 30.000 anos. 3. Quais eram algumas de suas características? R. Não foram um povo de poder dominador como os toltecas. De modo geral eram grosseiros e desagradáveis. Num período tornaram-se turbulentos, avessos às leis, brutais e cruéis.

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Um ramo turaniano originou os também brutais astecas, que conquistaram os últimos territórios toltecas. Por certo tempo, não muito longo, formaram milícias somente de mulheres. Essa subraça foi a primeira chamada de amarela.

4. De que maneira conduziram as tradições? R. No tocante ao idioma, por certo tempo utilizaram a linguagem tlavatly. Mais tarde desenvolveram o seu próprio idioma. Devido a serem sempre derrotados nas lutas pelos toltecas, e estando inferiorizados numericamente, resolveram abolir as cerimônias matrimoniais. Os homens não mais precisariam casar nem ter a obrigação de manter famílias, pois desejavam aumentar a população. Esses novos direitos masculinos acabaram por destruir sua sociedade e mais tarde voltaram para as tradições do casamento e família. Muito embora os turanianos não fossem um povo guerreiro e dominador, as famílias, núcleos e tribos que se fixaram por todo o território atlante foram de certa forma poderosos. Seus melhores produtos raciais, sociais e culturais se desenvolveram na Caldéia. 5. De que maneira iniciou-se a cultura caldáica? R. Instalaram-se na Caldeia há mais ou menos 30.000 anos como tribos hostis. Viviam da agricultura primitiva e seus modelos de arquitetura eram também primários. Ao serem liderados por um Theodorus, mandado do leste pelo Manu para a Caldéia, iniciaram um ciclo de civilização mais notável. Dai descendeu uma linhagem real. Tornaram-se morenos de olhos brilhantes, com traços fisionômicos fortemente delineados. Conseguiram integrar os elementos religiosos à sua cultura, obtendo proveitos científicos práticos da sabedoria sacerdotal. 6. Como conseguiram integrar a religião com a cultura? R. A religião caldáica tornou-se profunda. Os sacerdotes foram homens eruditos e práticos, versados em história, astronomia e alquimia. Esses conhecimentos puderam proporcionar-lhes uma terapêutica medicinal com fabricação de remédios, associados às influências astrológicas. Havia sacerdotes que estudavam agronomia para tornar suas colheitas mais produtivas. Outros realizavam experimentos científicos com as intempéries. Com isto avançaram no conhecimento dos fenômenos naturais como tempestades, ciclones, vendavais, raios, trovões, etc. 7. No que sustentavam suas crenças religiosas? R. Mais do que crenças tratavam-se de conhecimentos de energias e forças dos astros e de seus efeitos diretos ou secundários sobre a natureza. Admitiam o Sol como o grande astro do universo - o Espírito Universal. Os demais planetas compunham não somente a expressão física solar, mas também seus corpos astral e mental. Construíram templos em muitas cidades para a devoção aos planetas, onde realizavam cerimônias públicas. Cada planeta era homenageado com um ou mais templos unicamente seus. Os seguidores de cada planeta se identificavam com o templo e as energias do planeta naquele templo.

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Em alguns templos construíram sistemas de espelhos a fim de captar a luz de seus astros. Com isto se magnetizavam de suas energias. Os sacerdotes curavam doentes nesses templos sob a energia dos respectivos planetas. Os iniciados também realizavam rituais a fim magnetizar as forças dos astros e desenvolver os chackras, obtendo os poderes da clarividência, clariaudiência, mediunidade, etc.

8. Como terminou a civilização da Caldéia? R. Após atingir ao auge a civilização dos caldeus foi aos poucos perdendo seu brilho. Ao ser invadida por tribos bárbaras turanianas e acadianas do norte tiveram seus templos e cidades destruídas. Sobre suas cinzas as tribos sumério-acadianas construíram mais tarde uma nação e o império babilônico. QUINTA SUBRAÇA ATLANTE 1. Qual foi a quinta subraça atlante? R. A quinta subraça atlante foi chamada de Semitas Originais. Cresceu nas regiões montanhosas onde hoje se localizam a Escócia e Irlanda. Nestes lugares os Semitas permaneceram até se estender e colonizar partes do continente da Atlântida. Dos anos 800.000 até 200.000 formaram um grande império, chegando a possuir a Cidade dos Portões Dourados. 2. Quais eram as características principais dos Semitas e onde habitaram? R. Foram turbulentos e inconstantes. Realizavam frequentes guerras com seus vizinhos, especialmente contra os acadianos, que os sucederam no enfoque das subraças. Os Semitas Originais chegaram a ampliar o seu império do oeste a leste sendo o oeste o território hoje representado pela América do Norte. 3. Que outras conquistas territoriais os Semitas Originais obtiveram? R. Espalharam-se também do leste para as praias nordeste do continente, onde hoje é a Europa, África e Ásia. 4. O que permaneceu nos povos atlantes da descendência dos Semitas Originais? R. Entre os índios norte americanos foram encontrados tipos semíticos. O antigo Egito e países vizinhos passaram por mudanças com sangue semita. Os Kabyles das montanhas argelinas são ainda representantes do sangue semita original. Visando o desenvolvimento mental da nova raça - a ariana - o Manu selecionou tipos dessa quinta subraça nas praias do sudeste do mar da Ásia Central. Embora formassem a segunda subraça das chamadas amarelas, os Semitas Originais foram brancos. Usaram a linguagem tolteca que aos poucos foram modificando. SEXTA SUBRAÇA ATLANTE 1. Qual foi a sexta subraça atlante?

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R. A sexta subraça atlante foi a denominada Acadiana. Após a primeira grande catástrofe ocorrida no continente da Atlântida, os acadianos cresceram no lado leste onde hoje é a Sardenha. 2. Que outros locais a subraça Acadiana habitou? R. Os acadianos espalharam-se por todo o continente. Há cerca de 100.000 anos conquistaram os Semitas por terra e mar se estabelecendo na sua capital por centenas de anos. Alcançaram a Arábia, Pérsia e auxiliaram o povo egípcio. Dos reinos por eles formados, contam-se os Etruscos, Fenícios e SumérioAcadianos. É possível que os atuais bascos sejam originados dos acadianos. Os iniciados acadianos também chegaram a fundar Stonehenge, hoje a Escandinávia. 3. Quais foram algumas das características da civilização acadiana? R. Formaram governos oligárquicos onde dois reis governavam uma cidade. Estudaram astronomia, produzindo avanços nessa ciência. Muito embora sejam denominados de a terceira raça amarela, foram brancos como os Semitas Originais. Adotaram o idioma tolteca e mais tarde desenvolveram sua própria linguagem aglutinante, como foram as línguas atlantes. SÉTIMA SUBRAÇA ATLANTE 1. Qual foi a sétima subraça atlante? R. Foi a subraça denominada Mongol. 2. Em que região a subraça Mongol surgiu? R. Os mongóis surgiram na planície tartária da Sibéria Oriental, descendendo da subraça turaniana que aos poucos dominou toda a Ásia. Os mongóis se multiplicaram extraordinariamente, o que hoje ainda ocorre, e se misturaram a povos de raças atuais. 3. Quais foram as principais características da subraça Mongol? R. Como descendessem dos turanianos que eram rudes e brutais, foram de início como esses. Entretanto, ao desenvolverem grande devoção religiosa, tornaram-se um povo psíquico. 4. Para quais regiões os mongóis se espalharam? R. Tribos mongóis atravessaram o Estreito de Behring, vindos da Ásia e se estabeleceram na América. Nesse continente formaram os Kitans que deixaram traços hereditários nas tribos indígenas norte americanas. Deixaram descendentes na Europa, como os húngaros, que mais tarde misturariam sangue da quinta raça. Os malaios (talvez também os polinésios) foram da mesma forma descendentes dos mongóis. ASPECTOS GERAIS DA CIVILIZAÇÃO ATLANTE 1. De maneira geral o que caracterizou a evolução das raças no continente Atlante?

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R. A Atlântida é parte importante da evolução planetária. Representou a continuidade do processo evolutivo da civilização lemuriana, onde naquele período os reinos da natureza receberam os melhores impulsos evolucionários. Não se pode esquecer que o planejamento para o surgimento e evolução das raças humanas, é concomitante à evolução dos demais reinos e esse processo veio se desenvolvendo desde o mundo etérico, quando o orbe terrestre não oferecia ainda as mínimas condições de habitação. As raças que habitaram o continente atlante denominadas de subraças de um tronco principal, foram surgindo umas das outras. Isto demonstra que a evolução se dá de dentro para fora, ou seja, a alma terrena virá adquirir experiências através das muitas interações na matéria, e requerer corpos físicos cada vez mais adequados. Assim, as raças atlantes puderam atingir metas em sete fases distintas, levando, principalmente, bilhões de almas para diversas fases e estágios calculados e planejados pelas hierarquias. 2. Qual foi a meta definida para a evolução da Vida no continente atlante? R. Evidentemente que o planejamento e coordenação de um plano evolutivo como acontecido na Atlântida, é grandioso, inteligente e científico. Sua expressão é de tal forma abarcante que seria impossível analisar a contento uma pequena parcela da intenção colocada em prática pelos mentores raciais. O continente atlante representou o desenvolvimento de certos aspectos do corpo astral planetário. A vida emocional e sentimental de uma individualidade é para ela um universo pleno de situações variáveis boas e más com acertos, enganos e contradições. Conhecer de fato esse universo representa viver um conteúdo emocional por muitas encarnações. E essas experiências auferidas por bilhões de almas no continente atlante representaram para nosso orbe terráqueo uma vida astral que até então o orbe não possuía. Portanto, o Logos ou Deus de nosso sistema solar ao planejar situações que se materializariam no período atlante, fazia executar através das hierarquias construtoras, um planejamento já existente em Sua Mente há incontáveis anos terrestres. 3. Comparativamente a nossa atual sociedade, quais foram as relevantes conquistas dos povos atlantes? R.Cada raça viveu seu momento de conquistas sociais, guerras ou destruições. Determinadas raças absorveram tradições e costumes de outras e de algumas maneiras as transformaram. Entretanto, as maiores conquistas sociais assimiladas pelos povos atlantes provieram da civilização tolteca. Durante aproximadamente 100.000 anos os toltecas implantaram sua cultura a praticamente todas as demais raças do continente. Isso se estendia desde o idioma falado à grandeza do tratamento aos escravos de guerra. No período tolteca desses 100.000 anos a raça desconheceu a fome, a miséria, o crime e as dificuldades sazonais na agricultura. Como resultado de seu desenvolvimento científico e social tinham tudo sob controle e nada lhes faltou. Entretanto, este período iluminado acabou quando o homem passou a dirigir seus atos egoisticamente, advindo daí todos os posteriores males que levaram os toltecas a enfraquecer e depois terem sua civilização destruída por invasores. 4. Que tipos de inventos mecânicos os atlantes produziram? R. Em certa época produziram aeronaves e embarcações movidas por maquinários.

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As aeronaves podiam transportar normalmente até oito passageiros. Em épocas de guerras, fabricavam aeronaves maiores com capacidade para transportar de cinqüenta a cem soldados. Produziram também frotas de navios a motor com os quais viajavam pacificamente ou guerreavam.

5. Que tipo de fabricação e maquinário constituía e movimentava suas aeronaves e navios? R. No início as aeronaves eram construídas de madeira leve, porém reforçadas por uma determinada substância que se aderia, dando resistência à madeira. Mais tarde, as construíram com a liga de dois metais brancos e um vermelho que produziu algo como o alumínio, porém mais leve. As aeronaves tinham formas semelhantes à barcos. A princípio as aeronaves foram movidas pela força da vontade de seus operadores, depois utilizaram a força etérica através de largos tubos instalados nas extremidades finais das naves. A força entrava por um mecanismo situado no meio da nave. A velocidade máxima conseguida era de no máximo 160 km/h a uma altura de até 350 metros. Os navios eram também construídos de metal, e a força propulsora assemelhava-se à das aeronaves, entretanto distribuída por outro tipo de maquinário mais complicado. Nas guerras as aeronaves lançavam bombas de gás sobre os inimigos, aniquilando em segundos batalhões de guerreiros. 6. Qual era o estilo arquitetônico das cidades atlantes? R. Os prédios eram afastados uns dos outros, construídos em grandes blocos, tendo normalmente um pátio interno com uma fonte. Possuíam torres com escadas em espirais. Havia classes ricas que adornavam os cômodos com ouro e prata. As cidades tinham normalmente aquedutos trazendo água fresca desde distantes montanhas, depositando-as em reservatórios que alimentavam fontes. As ruas eram pavimentadas com certo produto semelhante a betume. 7. Como era o sistema educacional atlante? R. De modo geral crianças e jovens freqüentavam escolas onde passavam a maior parte do dia. Aprendiam tudo o que era prático e necessário à sua cultura. As vocações eram respeitadas e o jovem se via ingressando em cursos de arquitetura, astronomia, biologia, agricultura, etc. Muito embora os jovens viessem se formar especificamente na atividade escolhida, durante os doze ou catorze anos de frequência escolar aprendia a ser auto-suficiente em tudo o que fosse necessário para a vida. A escrita era exercitada em finas folhas de metal e faziam reproduções de textos utilizando outra folha mergulhada em certa substância. 8. Como era a relação homem x reino animal, na Atlântida? R. Durante o auge da civilização tolteca a relação foi amistosa e respeitada. Nem todos os animais e aves eram mortos para servir de alimento aos atlantes. Na realidade, muitos foram vegetarianos, como os sacerdotes. Mas os peixes foram os preferidos na fase tolteca.

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Possuíam animais de estimação e de cargas, como certa espécie semelhante aos lhamas do Peru. O cavalo surgiu na Atlântida produto de experiências de cruzamentos híbridos. Ao que parece, os leões foram a um tempo mansos, domésticos e utilizados para puxar carros pesados. Os animais parece se terem tornado ferozes e carnívoros depois de um período em que os homens passaram a maltratá-los, caçá-los e deles se alimentar. 9. Qual é hoje a herança étnica dos povos atlantes? R. A maioria da população do planeta ainda é herança atlante. Mesmo a raça ariana surgiu basicamente da quinta subraça atlante. Hoje, algumas das etnias mais representativas dos povos atlantes, são: os asiáticos, os povos incas e seus descendentes nas Américas, os índios brasileiros e norte americanos, e etnias africanas e australianas. Note-se também que o povo judeu da atualidade não representa a evolução dos Semitas Originais da Atlântida, mas um segmento que se rebelou contra a necessidade de evoluir noutras raças e permaneceu com suas raízes atlantes. RAÇA ARIANA– A QUINTA RAÇA PRIMEIRA SUBRAÇA ARIANA 1. Qual foi a primeira subraça ariana? R. A primeira subraça ariana foi denominada Indu, Ariana ou Indu-Ariana devido ao fato de seus primeiros tipos terem sido da Índia, onde ocupavam quase todo o território. 2. De qual subraça atlante os arianos se originaram? R. Na realidade a raça ariana começou a ser trabalhada pelo Manú há 60.000 a.C. quando ele separou tipos da subraça Semita Original, bem como alguns dos acadianos e turanianos. 3. Por quais regiões a primitiva raça ariana se espalhou? R. Dos anos 60.000 a.C. a 40.000 a.C., conquistaram a China e o Japão, que eram dominados pelos mongóis e atravessaram a Ásia do nordeste ao sudeste, até serem contidos pelo frio. Chegaram a conquistar Formosa e Siam e colonizaram Sumatra, Java e ilhas circunvizinhas. 4. Quais foram algumas das principais características da subraça Indu-Ariana? R. Foram sempre admirados pelos povos por onde passaram, sendo comparados a deuses por sua beleza física. Todos sabiam ler e escrever e realizavam todas as tarefas, achando-as honrosas. O próprio Manú realizava todas. Eram alegres e felizes; tinham muita música, danças e festas. 5. Que tipo de religião adotou? R. O Espírito Solar era o principal objeto de sua devoção. O povo cantava hinos aos deuses e os devocionava. Devocionava também ao átomo como sendo a origem de todas as coisas e Deus em miniatura. Durante milhares de anos o Manú trabalhou na construção da Cidade da Ponte, nas colinas junto ao Mar de Gobi e lá realizavam o Festival Anual de Verão, chamado

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Festival Sagrado do Fogo. Nesse Festival, participavam Sanat Kumara e membros da hierarquia. 6. Que proveito os indus-arianos tiraram das práticas religiosas? R. Antes de tudo as devoções e ensinamentos religiosos eram destinados principalmente ao povo. Havia, entretanto, os estudiosos e iniciados nas ciências ocultas. Esses últimos dominavam várias forças da natureza, aprendiam a construir formas-pensamentos, a levitar e se tornavam clarividentes. Se, por exemplo, o Manú estivesse impossibilitado de passar instruções aos seus comandados, solicitava a um desses estudantes que fizesse a viagem em corpo astral e pessoalmente entregasse a mensagem, materializando-se no destino. 7. Por quanto tempo perdurou o domínio desta subraça? R. Embora este império houvesse decaído há 40.000 anos, tendo sido luminoso por 20.000 anos, permaneceu ainda esplêndido por mais 25.000 anos. SEGUNDA SUBRAÇA ARIANA 1. Qual foi a segunda subraça ariana? R. A segunda subraça ariana foi chamada Árabe ou Ario-Semítica e desenvolveu seus primeiros tipos num dos quatro vales entre montanhas junto ao Mar de Gobi e próximo à Cidade da Ponte. Nesse local, o Manú havia separado famílias para serem preparadas isoladamente em cada um dos vales a fim de formar estoques de futuras subraças. 2. Como se deu o início da expansão da segunda subraça ariana? R. As famílias que constituíram a segunda subraça permaneceram num dos vales por muitos séculos, crescendo e se multiplicando. Há mais ou menos 40.000 anos o Manú decidiu enviá-las ao mundo sob o comando de Marte (Mestre El Morya). Mais tarde o Manú, pessoalmente, iria conduzir as famílias através de solo persa e Mesopotâmia. 3. Onde efetivamente as famílias da segunda subraça Ario-Semítica se estabeleceram? R. O Manú ao passar pela Arábia fez acordo com o chefe árabe a fim de que permitisse seu povo permanecer num dos vales. Contavam 150.000 homens prontos para guerrear e 100.000 mulheres e crianças. Ao ver o progresso do vale que em um ano tornou-se irrigado e com imensa agricultura, o chefe árabe ficou invejoso e propôs ao Manu aliar-se a ele a fim de atacar outro inimigo e tomar seu reino. O Manú se recusou e o chefe árabe aliou-se ao inimigo, vindo guerrear contra o Manú e seu povo. Mas foram derrotados, começando desde logo a arianização daquelas duas tribos e de todas as demais do território. Com isso a cultura árabe começou a se expandir. A segunda subraça multiplicou-se por milhares de anos dominando toda a Arábia até as proximidades da África. Num certo período, um segmento desta segunda subraça, chamado Hycsos, invadiu o Egito e o dominou por algum tempo. 4. Que sucedeu com um núcleo atlante deixado pelo Manú na Arábia, para futuramente misturar-se aos arianos?

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R. Este núcleo ficara a sudeste da Arábia com a ordem do Manú de não misturar seu sangue com nenhum outro povo. Mas estando velho o Manú desencarnou. Ao reencarnar-se e retomar suas atividades foi ao núcleo que já tinha crescido consideravelmente e deu ordens para que agora misturassem seu sangue com a segunda subraça ariana a fim de que pudessem evoluir. O líder religioso do núcleo, no entanto, não reconheceu o Manú e proibiu que misturassem o sangue. Com essa rejeição eles não puderam evoluir para ramos arianos conforme o Manú planejara. Mais tarde, um grande sacerdote desse núcleo casou-se com uma escrava negra, o que foi considerado heresia por muitos. Com isso houve um rompimento no núcleo e o segmento dissidente abandonou o lugar viajando pela Arábia, indo se fixar na Palestina onde se transformou nos atuais judeus. Por milhares de anos aqueles egos se têm reencarnado na mesma etnia, aumentando seu número em muitos milhões, permanecendo presos aos mesmos laços sanguíneos. Mantiveram na memória a lenda de que seriam o povo eleito, o que acontecera não com eles, mas com os Semitas Originais da Atlântida, que basicamente originaram o povo ariano. Como se sabe, os Semitas Originais formaram o celeiro da raça ariana de onde o Manú separou originariamente seus melhores produtos. Foram conduzidos para as montanhas da Escócia e Irlanda, em cujo local se desenvolveram até dominarem toda a Atlântida. Há mais ou menos 2.000 anos Jesus nasceu entre os judeus e procurou ensinar-lhes novas doutrinas para libertá-los dos preconceitos e tradições superadas, mas foi crucificado física e mentalmente. 5. Qual foi a religião da subraça Ario-Semítica? R. A religião seguida pelos ários-semítas, foi trazida do Egito pelo Mahaguru (futuro Gautama Buda) onde esse grande enviado havia estabelecido culto semelhante. No Egito foi estabelecido o culto a Osíris que tanto estaria nos céus quanto nos corações dos homens. Assim os homens se tornariam tanto Osíris como deuses. Esse culto, junto aos ários-semitas, tomou conotações de Religião da Luz. TERCEIRA SUBRAÇA ARIANA 1. Qual foi a terceira subraça ariana? R. Foi a chamada subraça Iraniana, surgida 10.000 anos após a subraça Árabe. 2. De que maneira a terceira subraça se constituiu? R. Esta subraça cresceu a partir da terceira família que o Manú houvera selecionado num dos quatro vales perto da Cidade da Ponte. O Manú houvera se encarnado nessa família, na sua quinta geração, e ordenara que por dois mil anos se multiplicassem. Assim ele pôde dispor de 300.000 homens preparados para a guerra. Essas famílias tinham antes recebido no vale o sangue acadiano. 3. Por quais lugares a subraça Iraniana migrou? R. Os homens saíram do vale deixando mulheres e crianças, se deslocando em direção da Pérsia, vencendo a todas as hordas de tribos que os atacavam. Utilizavamse de lanças longas e curtas, espadas curtas e fortes, estilingues, arcos e flechas.

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Em dois anos atravessaram a Pérsia sem dificuldade e dominaram a Mesopotâmia. Em certa época a terceira subraça mandava na maior parte da Ásia e em muitos países do Mediterrâneo. Construíram postos-guardiões por toda a Pérsia e conquistaram todos os demais povos guerreiros. Quando tudo estava sob controle, o Manú comandou que viessem as mulheres e crianças que tinham permanecido no vale. O Manú estabeleceu um império, colocando pessoas da família nos governos. Logo a terceira subraça alcançou um milhão de pessoas. 4. Qual foi a religião da terceira subraça? R. A Religião do Fogo, fundada por Zarathustra (futuro Gautama Buda) em 27.700 a.C. Essa religião triunfou na Pérsia e mais tarde edificaram a fé Zoroastrina e sua literatura que é até hoje conhecida. QUARTA SUBRAÇA ARIANA 1. Qual foi a quarta subraça ariana? R. A quarta subraça ariana foi a Celta. Esta subraça obteve especial atenção do Manú no sentido de que desenvolvessem certas aptidões no próprio vale, onde tiveram sua inicial formação. 2. Que tipos de aptidões o Manú estimulou na subraça Celta? R. Inicialmente o Manú separou as famílias cujos membros apresentassem sensibilidade artística. Isso feito ensinou-lhes como desenvolver a imaginação e através dessa prática trabalhou-lhes a oratória, poesia, pintura e música. 3. Quando as famílias da subraça Celta deixaram o vale para onde se dirigiram? R. No ano 20.000 a.C. a quarta subraça ariana iniciou viagem através das fronteiras do reino persa, chegando às montanhas do Cáucaso, ocupadas por tribos hostis e predatórias. O Manú havia obtido do monarca persa salvo-conduto para atravessar a Pérsia, mais o fornecimento de alimentos e proteção de um forte exército contra as tribos montanhesas. Ocuparam o distrito de Erivan, nas praias do Lago Sevanga e em 2.000 anos se multiplicaram, ocupando a Armênia, Kurdistão, Geórgia, Mingrelia, Frigia, Ásia Menor e o Cáucaso. Devido ao caráter de sua colonização, acabaram por formar não propriamente um império, porém uma confederação de tribos. 4. Por quais outros lugares os celtas se espalharam? R. Por volta do ano 10.000 a.C marcharam em tribos em direção ao leste europeu, misturando seu sangue com os demais povos. Uma primeira onda dessa migração cruzou a Europa provinda da Ásia Menor e formou os antigos gregos - não os atuais - porém os seus ancestrais, chamados Pelagianos. Formaram magnífica civilização mencionada por Platão em Timeus e Critias, sendo gigantes em relação aos gregos de nossa história. Construíram a magnífica civilização de Creta que perdurou por milhares de anos, chegando aos 2.800 a.C. Em 9.564 a.C. um maremoto destruiu a ilha de Poseidonis e muitas colônias gregas. 5. Que sucedeu após a destruição de Poseidonis?

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R. Após um tempo uma nova onda celta veio migrar vigorosamente e predominar sobre o norte da Itália, sobre a França, Bélgica, Ilhas Britânicas, Nordeste da Suíça e leste da Alemanha. Outra onda celta invadiu o norte da África, misturando-se aos semitas atlantes, também aos árabes, kabyles e aos guanches das Ilhas Canárias. Espalhou-se da mesma forma pela Península Ibérica e veio formar o povo Irlandez. Mais tarde viria alcançar a Escandinávia, misturando-se a alguns ramos da subraça teutônica.

6. O que aconteceu na Irlanda? R. Outra onda celta de maior excelência chamada Tuatha-de-Danaan alcançou a Irlanda e foram considerados mais deuses do que homens. Os Tuatha-de-Danaan foram extraordinariamente intelectualizados e espiritualizados, mais avançados do que a raça fundada inicialmente na Irlanda. Tinham rostos ovais, a pele clara, cabelos pretos e olhos azuis escuros ou violeta. Alguns possuíam cabelos claros e olhos marrons. Na Irlanda desenvolveram um grande centro de filosofia. 7. Como era a religião celta? R. O objeto de práticas e devoção celta esteve ligado aos mistérios orfeicos, trazidos para Atenas antiga por Orfeu, que no Egito chamou-se Thot. Esse mahaguru ensinou na Grécia o canto, o som por instrumentos especiais, principalmente pela lira de Apolo, e a música. Os sons de Orfeu atuavam e influíam nos corpos astrais e mentais dos discípulos e nos chackras dos seus corpos etéricos. Essa foi a última aparição do mahaguru, antes de vir na Ásia como o iluminado Buda. QUINTA SUBRAÇA ARIANA 1. Qual é a quinta subraça ariana? R. É a atual subraça denominada Teutônica. 2. Como a quinta subraça foi formada? R. Esta subraça se desenvolveu numa das quatro planícies localizadas próximo a Cidade da Ponte, junto ao Mar de Gobi. Foi trabalhada pelo Manú simultaneamente à quarta subraça, e juntas vieram conduzidas através do solo persa. Os teutônicos, no entanto, foram trabalhados de modo diferente das demais subraças. O Manú nela introduziu alguns dos melhores espécimes da terceira subraça bem como uns poucos dos semitas da Arábia. O Manú escolheu principalmente os modelos altos e elegantes e ao reencarnar-se nesta subraça utilizou-se de idêntico tipo físico. 3. Como eram os tipos iniciais da quinta subraça? R. Eram fortes e vigorosos, mais do que os representantes da quarta subraça. Produziram-se altos, elegantes, de cabeças alongadas, cabelos claros e olhos azuis. Suas características mentais foram bastante diferentes dos da quarta subraça; eram práticos e objetivos e ao invés de atividades artísticas, estiveram voltados para o comércio, a realidade concreta, a comunicação clara e direta e ao senso comum.

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4. Em quais regiões os teutônicos se espalharam? R. Quando deixaram a planície em 20.000 a.C. rumaram para a Pérsia, depois para o Mar Cáspio e se estabeleceram em Daghestan. Cresceram lentamente por milhares de anos ao longo das encostas nordeste da cordilheira caucasiana, ocupando os distritos de Terek e Kuban. Iniciaram sua grande marcha de domínio mundial em 8.500 a.C.. Espalharam-se pela Europa Central em direção nordeste, onde hoje é a Cracóvia, na Polônia. Da Cracóvia partiram ondas migratórias para outras regiões. A primeira onda foi a Eslava. Parte dela originou os russos e outra parte, mais ao sul, originou os croatas, sérvios e bósnios. Uma segunda onda originou os letonianos, os lituanos e prussianos. Uma terceira onda gerou os germanos, chamados especialmente de teutônicos, espalhando-se pelo sudeste da Alemanha. Outros dessa onda formaram os godos e os escandinavos. Daí espalharam-se pela Austrália, América do Norte, África do Sul e Índia. 5. A exemplo das subraças precedentes, onde e como se dará o império mundial da quinta subraça? R. A quinta subraça, ao contrário das quatro anteriores, até o momento não realizou a hegemonia mundial. Alguns fatos indicam que a Índia estaria destinada a ser poderosa tanto no leste como no oeste, mas tal fato está ainda longe de acontecer, se for verdade. Mas quanto ao império mundial da quinta subraça atingir o zênite, não se sabe exatamente que povos virão desempenhar esse domínio, e quais egos de grande poder mental e espiritual logo reencarnarão na Terra. Isso se concretizando, tanto os modelos de governos, os meios de trabalho, a economia das nações, a educação, as religiões, as ciências e as artes terão grandes transformações e passarão por impulsos extraordinários.

ASPECTOS GERAIS DO PERÍODO ARIANO

1. Quando as duas subraças restantes da raça-raíz ariana, virão se manifestar? R. A atual raça ariana, com as cinco subraças até agora desenvolvidas, já tem um tempo de vida de mais de 1.000.000 de anos. As duas subraças que ainda surgirão no período ariano, estão sendo preparadas pelo Manú e seus mestres há milhares de anos. Esotéricos têm informação de que a sexta subraça surgirá da Austrália e América do Norte, enquanto a sétima subraça surgirá da América do Sul. 2. O quê de principal a raça-raíz ariana necessita realizar? R. Uma raça é constituída de egos. Não importa o quanto estejam os aparelhos físicos melhor trabalhados num momento de auge de uma subraça. O que define realmente quanto a raça avançou em relação às demais em relação é a expansão de consciência. Já afirmamos que a verdadeira evolução das raças se verifica no “quantum” íntimo desenvolvido, ou seja, a partir de processos que determinem melhor sensibilidade e

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respostas às incidências superiores sob e sobre os aparelhos físico-etérico, emocional e mental. Essa quádrupla formação vem constituir tecnicamente a alma terrena, a personalidade ou ego inferior. E à medida que o ego avança em obtenção e manipulação de valores terrenos melhor qualificados, precisará deter veículos mais bem capacitados, pois o concomitante exercício de lúcidas faculdades da alma e da individualidade espiritual, virá exigir imediatas e mais precisas respostas daqueles veículos e do cérebro físico com seus mecanismos de expressão. Portanto, o progresso das raças não se mede unicamente pelo aperfeiçoamento do aparelho físico, senão em linha com o conteúdo de conhecimentos armazenados pela alma terrena em correspondência ao nível de consciência atingido, e de uma sabedoria superior estruturada e aplicada à evolução mental e espiritual do homem. A raça ariana, neste quadro de evolução mundial, vem polarizar valores no processo mental concreto humano e na construção de uma ponte subjetiva que possa ligar a personalidade com a alma ou ego superior. Quando esses elementos estiverem unidos, a alma atuará plenamente na Terra, através da personalidade ou ego inferior. E esse quadro até então desconhecido da humanidade, descerrará panorama e contagem de surpreendentes exemplos cada vez mais numerosos, ainda no atual ciclo de manifestação da raça ariana. 3. A raça atlante, que foi brilhante em certas conquistas sociais, não teria da mesma forma trabalhado o mental concreto tanto quanto a raça ariana? R. Evidentemente que nada se faz na Terra sem o uso da inteligência veiculada pela mente ao cérebro físico. Os atlantes também desenvolveram o raciocínio concreto. A prova disso foram suas invenções, a apurada arquitetura em certas civilizações e o aprimoramento de muitos valores morais. Entretanto, foi uma raça que polarizou suas ações através da impressionabilidade, paixão e emoção levadas a altíssimo grau de devoção espiritual ou de violência contra inimigos e reino animal. O plano evolutivo conduzido por Sanat Kumara, mestres lunares, o manú e iniciados no tocante às subraças, previa etapas bem definidas pelo fato de a humanidade estar necessitada de aprimorar seus veículos inferiores em diversos aspectos. Muitas personalidades ao final do período atlante já trabalhavam simultaneamente nos níveis mentais e emocionais, por que tinham se adiantado em relação ao grande contingente dos mais variados calibres de almas. Os que não haviam conseguido atingir esse status superior precisaram e ainda precisam, nas muitas etnias onde hoje se reencarnam, continuar as lições do despertar de linhas de energia e força mental, aliadas ao trato e consolidação de conscientes qualidades construtivas. 4. Como se dá essa relação de valores e virtudes em concomitância ao despertar mental? R. O homem neste período evolutivo é visto como um todo composto de personalidade, alma e espírito. Entretanto, cada um desses aspectos possui níveis de contexturas que precisam ser trabalhados e conquistados. A evolução humana não cessa quando a personalidade é subjugada pela inteligência e poder do ego superior. Aqueles que atingiram esses níveis tornaram-se mestres da sabedoria e amor, mas não conquistaram tudo. Existirá ainda, diante deles, um vasto caminho a percorrer e muitas tarefas a realizar para auxílio aos reinos planetários e ao processo evolucionário de todas as unidades de consciência que aqui vivem.

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No caso do homem terreno, a personalidade para estar perfeitamente ajustada aos ditames superiores da alma, precisará deter valores que correspondam e ressoem às energias superiores neles ancoradas. Não bastarão somente valores intelectuais concretos ou abstratos, desenvolvidos nas diversas atividades da vida humana para determinar melhor qualidade da personalidade. Muitas personalidades brilhantes segundo o mundo, por sua memória a fatos culturais, pela praticidade de seus ofícios, por qualidades artísticas, literárias, esportivas, empresariais, políticas, científicas etc., não estão em situação tão elevada como supõem seus admiradores. Para que isso aconteça, essas personalidades precisarão deter valores morais e espirituais de constantes práticas, observando o desinteresse à fama e reverências do mundo e o desapego de bens materiais. Dessa maneira, sempre que personalidades ativam demasiadamente certos processos mentais de conquistas materiais no mundo em detrimento de valores humanitários ou espirituais, acumulam quantidades de mal carma que logo necessitarão resgatar se desejarem de fato evoluir. A evolução de que tratamos, por oportuno, avança sempre para novas situações. Os deuses da criação, como vimos, são seres imensamente superiores em relação ao nosso estágio atual. Os deuses, além de possuir autoridade sobre os homens, conhecimento e sabedoria fantásticos em relação ao mundo, conseguem assimilar e incorporar graduais energias e forças com que o próprio Logos trabalha ao manifestar o Plano da Criação. Vontade, sabedoria, inteligência e atividade plena dirigida para o Criador são divisas que a humanidade precisará deter após cumpridos todos os estágios de seu desenvolvimento. 5. A raça ariana marcha para a redenção final da humanidade perante o Criador? R. A redenção final da humanidade não se dará somente após as etapas de desenvolvimento das sete raças terem sido superadas. Esse não será ainda um processo final porquanto a Terra é unicamente uma morada temporária do homem e ele necessitará ainda aperfeiçoar-se noutros mundos formados de diferentes tipos de matéria. A raça ariana, entretanto, incorpora o arquétipo modelado pelo Criador que pode proporcionar a bilhões de almas as condições de alcançar níveis mentais mais elevados que as permitam colocar-se definitivamente no mundo do pensamento e, em consequência, mais próximas das vidas evoluídas. Uma vez alcançados esses níveis mentais, a humanidade estará mais ainda habilitada para, nos ciclos vindouros, se auto-realizar como um todo e entender melhor os verdadeiros propósitos do Criador.

Obra: O Monoteísmo Bíblico e os Deuses da Criação Autor: Rayom Ra http://arcadeouro.blogspot.com.br [email protected]

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