Comentário à Tabela Matriz do colega Pedro Moura, por Adélia Ribeiro A tabela matriz do colega Pedro Moura encontra-se apresentada de uma forma objectiva e clara. Após a leitura desta, constatei que não tinha muitas diferenças quando comparada com a minha. Escolhi-a por este motivo. Vou, no entanto, destacar alguns aspectos que não foquei, mas que considero importantes, como se, se os incluísse, “completasse” o meu trabalho. Para tal, focarei, em cada Domínio, esses aspectos. Começando pelas competências do professor bibliotecário, parece-me muito importante o perfil “transformativo” e “formativo” apontado pelo colega, da mesma forma que a afectação do professor bibliotecário a tempo inteiro, enquanto ponto forte, também é um aspecto de relevo (e recente conquista!). No que respeita a Organização e Gestão da BE, uma das fraquezas apontada pelo colega é a pouca participação dos Encarregados de Educação. De facto. Se os Encarregados de Educação vêem a escola como um depósito onde deixar as suas crianças, que importância darão à BE? Seria bom reflectir sobre esta “Fraqueza” e encontrar uma resposta no sentido de alertar os pais para a importância deste espaço e chamá-los mesmo a participarem na dinamização de algumas actividades. Já quanto à Gestão da Colecção, um dos pontos fortes apontado pelo colega é o facto de a Biblioteca ser um espaço de aprendizagem com recursos diferentes e mais completos do que os da sala de aula. É sem dúvida uma vantagem para nós. E deveremos “tirar partido” dessa vantagem. Dessa forma colocaremos a BE no centro das aprendizagens e da construção do conhecimento. Partilho ainda uma mesma “fraqueza”: a falta de formação docente no domínio da catalogação (informatizada, no caso da minha BE). A desvalorização da função dos Professores Bibliotecários e a visão deste como apenas “contador de histórias” ou como “funcionário” é um aspecto comum a vários Domínios da tabela. Num tempo de mudança do conceito de Biblioteca Escolar, urge promover actividades e recolher informações de forma a provarmos que a BE é um espaço promotor de sucesso para o qual o professor bibliotecário desempenha o papel principal.
Quero terminar este breve comentário com a transcrição de duas ideias “chave”, fundamentais, que encontrei no trabalho do colega, e que encerram em si o objectivo das Bes nesta lógica da mudança: “A Biblioteca Escolar no centro das aprendizagens e da construção do conhecimento” e “a articulação com a BE é um factor promotor de sucesso”. Adélia Ribeiro