Qual é a máscara que mais utilizas no teu diaadia?
Este inquérito/teste é baseado nos conhecimentos da Debbie Ford: “Quando as pessoas boas fazem coisas más” – Editora Estrela Polar. Muitas vezes, as máscaras sociais que utilizamos encontram‐se de tal maneira coladas a quem somos de verdade que se torna difícil descobri‐las. Seja tão sincero/a quanto lhe for possível. Escolha apenas uma letra por cada série de questões. QUESTÕES 1. Como é que tu te vês a ti mesmo? A. B. C. D. E. F. G. H. I. J. K. L. M. N. O. P. Q. R. S. T.
Gosto de me sentir bem acerca de quem sou. Sou um perito em avaliar as outras pessoas. Estou no meu meio quando agrado aos outros. Provocador. Sei o que quero e como consegui‐lo. A minha atitude é sossegada e desarmante. Está sempre tudo bem, sou despreocupado e sem problemas. Sacrifico‐me muitas vezes para que outros se sintam bem. Sou uma força positiva no mundo. Se consigo que os outros estejam felizes, eu também fico feliz. Afectivamente desligado dos outros, prefiro que me deixem em paz. Sou o melhor, mais forte e mais poderoso do meu grupo de amigos. Sou sempre a alma de qualquer festa! Tenho uma grande capacidade de processar e digerir muita informação. “Se ao menos me dessem ouvidos” é a minha expressão mais habitual. Pessimista por natureza, angustiado e ansioso. Tenho um sentido de humor genuinamente bom. Capaz de criar amizade com pessoas influentes. Tenho uma imaginação extraordinária. A minha vida está cheia de obstáculos, que me ajudam a crescer. Sou um campeão de sucessos, conseguindo executar várias tarefas em pouco tempo!
2. Como é que achas que os teus amigos te vêem a ti? A. B. C. D. E. F. G. H. I. J. K. L. M. N. O. P. Q. R. S. T.
Bondosa, carinhosa, sensual e atenciosa. Culto, educado e viajado. Capaz de dar tudo e ainda mais para ajudar um amigo. Forte, conquistador e agressivo por vezes. Sensível, vulnerável e muito inocente. Calmo, confiante e sorriso constante nos lábios. Egoísta e puritano, mas ao mesmo tempo bondoso. Incapaz de dar nas vistas e sempre pronta a ajudar os amigos. Amistoso, empático e solidário. Infrinjo facilmente as regras da sociedade e sou duro de roer. Intriguista, confunde a verdade facilmente e tem que ter sempre razão. Toneladas de energia e sempre feliz. Aquele que tem as respostas na ponta da língua. Sempre disponível para os outros e capaz de ajudar os que se sentem infelizes. O azarado a quem todas as coisas más acontecem. Poucos amigos. Despreocupado, bem‐humorado e bem‐disposto. Alegre e contente quando ajudo os outros. Escolho muito bem as amizades. Fumador, introvertido e muito calmo. Um coitado a quem só acontecem desgraças. Empreendedor, perfeccionista e crítico.
©Emídio Carvalho, 2009
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3. Em relação à tua infância... A. B. C. D. E. F. G. H. I. J. K. L. M. N. O. P. Q. R. S. T.
Não te sentiste suficientemente amada. Sentes que não foste desejado. Fui gravemente ferido (física e/ou emocionalmente). Tive que aprender a sobreviver ás minhas custas. Nunca fui quem era de verdade para ter a aprovação dos que me rodeavam. Vivi sob uma mãe sofredora que tudo fazia para fingir que estava tudo bem. Nunca foste suficientemente bom para aqueles que eram importantes para ti. Foi perfeita. E ainda hoje tenho uma vida perfeita. Aprendi que era perigoso pedir o que queria para mim. Vivi um ambiente familiar violento em que cada um tinha que aprender a defender‐se. Maus tratos, maus tratos, maus tratos. Ferido, ferido, ferido. Aprendeste desde muito cedo que não merecias ser amado. O menos inteligente da família (ok, o “burro”!). Tiveste que suportar a impotência de assistir à dor da doença crónica do pai ou mãe. Ainda hoje culpabilizas os pais e/ou irmãos pela triste vida que tens. Refugiavas‐te na brincadeira, nos livros de banda desenhada, para não teres que lidar com a tristeza à tua volta. Vivias fascinado pela vida dos ricos e poderosos. Fantasiavas ser como eles. Aprendeste muito cedo que participar na vida familiar activamente era sempre causa de sofrimento. Fui vitimizado inúmeras vezes por alguém que amava. Sentias‐te um inútil, sempre com medo dos adultos.
4. A tua maior vergonha (e que acreditas os outros não sabem) é ser... A. B. C. D. E. F. G. H. I. J. K. L. M. N. O. P. Q. R. S. T.
Vulgar, indesejável, detestável, vazia, uma pessoa insignificante. Inferior, inútil, impotente, invisível, medíocre, indesejado. Inútil, insignificante, dispensável, carente, indesejado, passivo‐agressivo. Fraco, receoso, inseguro, impotente, perdedor, cobarde. Mesquinha, insignificante, impotente, insuficientemente boa, incapaz, vigarista, mentirosa. Incapaz, impotente, excessivamente sensível, descontrolado, palerma. Irresponsável, egocêntrico, descontrolado, impotente, dispensável, inútil. Imperfeita, indesejável, acabrunhada, falsa, má. Sem carácter, ofensivo, egoísta, mau rapaz, manipulador, vingativo. Impotente, fraco, carente, vulnerável, palerma, uma desilusão. Cobarde, ferido, impotente, traiçoeiro, produto danificado. Triste, resignado, pessimista, desanimado, rejeitado, desesperado, não mereces ser amado. Insuficientemente bom, inferior, medroso, emocionalmente contestado, estúpido, idiota. Carente, inútil, desesperado, insensível, egoísta, inferior. Inútil, ofendido, rejeitado, abandonado, sem solução, desamparado. Incapaz de seres amado, maçador, inútil, diferente, rejeitado, nada de especial, não és autêntico. Não serves para nada, inferior, sempre em segundo lugar, sem talento, inseguro, dissimulado. Inerentemente imperfeito, doentio, ferido, aterrorizado, proscrito, antipático, só. Antipática, indigna de felicidade, indefesa, triste, impotente, resignada. Sem mérito, inferior, maçador, mediano, inútil, assustado.
©Emídio Carvalho, 2009
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5. Escolhe uma afirmação com a qual te identifiques. A. B. C. D. E. F. G. H. I. J. K. L. M. N. O. P. Q.
“Passo o tempo a pensar no meu visual e em como os outros me vêem.” “Sou um amante carismático capaz de derreter a defesa mais estóica com um sorriso.” “Tenho uma necessidade profunda de ajudar os outros. Sempre.” “Gosto de provocar, intimidar, e apontar o dedos aos outros.” “A minha simpatia e inocência são aparentes e servem para encobrir muitas mentiras.” “Esforço‐me continuamente para fazer ver aos outros que está tudo bem. No worry.” “Carrego o mundo ás costas, já que os outros são tão irresponsáveis.” “Sou a diferença positiva no mundo. Sempre com um sorriso para dar a todos.” “Se as pessoas à minha volta estiverem felizes, eu também fico feliz.” “Cuidado! Fui muito maltratado na infância. Se não te meteres comigo eu deixo‐te em paz.” “Odeio tudo e todos. Só consigo algum alívio quando faço sofrer os outros.” “Estou determinada a provar que sou a pessoa mais feliz, mais afável e mais carinhosa do mundo.” “Gosto de corrigir os meus amigos quando dizem algo que sei estar errado.” “Estou sempre disponível para ajudar os amigos. Preciso de sentir que sou necessário.” “Tenho muito medo do futuro. Prefiro agarrar‐me ao passado, por mais doloroso que seja.” “Adoro contar anedotas. Gosto de me divertir e certifico‐me que os meus amigo também!” “Adoro mencionar os nomes das pessoas com quem me relaciono e que ocupam uma posição social elevada.” R. “Gosto de frequentar cursos de desenvolvimento pessoal porque sei que devo ser muito mais do que aquilo que penso acerca de mim. E quero eliminar este problema de obesidade.” S. “Só podemos evoluir através do sofrimento. E todo o meu sofrimento... cansa‐me, mas deve ser karma.” T. “Onde quer que vá sou sempre o centro das atenções! E eu adoro ser o centro das atenções!” 6. Qual dos seguintes NÃO É e/ou NÃO QUER SER (mas tem um/a amigo/a que é): A. B. C. D. E. F. G. H. I. J. K. L. M. N. O. P. Q. R. S. T.
A SEDUTORA O CONQUISTADOR O SUBSERVIENTE O RUFIA A COBRA SILENCIOSA O IMPASSÍVEL O MÁRTIR A BOA RAPARIGA O TIPO FIXE O DURO DE ROER O SEVICIADOR O ETERNO OPTIMISTA O INTELECTUAL O SALVADOR O DEPRESSIVO O BRINCALHÃO O APOIANTE OFICIAL O SOLITÁRIO A VÍTIMA O SOBREDOTADO
©Emídio Carvalho, 2009
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SOLUÇÃO Verifique qual a letra que mais vezes se repete nas suas escolhas. Depois verifique quais os seus desafios, o que pode fazer para crescer enquanto ser humano. Se obteve sempre letras diferentes, verifique apenas o que respondeu na questão #6. A Máscara... A) A Sedutora
... E o Desafio. O desafio da Sedutora é reconhecer que a sua ânsia pela atenção, admiração e afecto dos outros é um grito desesperado do seu mundo interior para a sua necessidade de dar essas coisas a si própria. Ela tem de estar disposta a sentir o vazio e o sofrimento da abstinência que encontrará quando não tiver um objecto/pessoa para excitar, divertir e seduzir com os seus encantos. Assim que compreender que aquilo que procura só pode ser encontrado dentro de si, pode empreender a jornada curativa da ligação com o seu Eu Superior, que preencherá o vazio emocional e aumentará a sua auto‐estima.
B) O Conquistador
O Desafio do Conquistador é reconhecer que, embora ele tenha o carisma para seguir por atalhos para conseguir o que quer, nunca se sentirá bem consigo próprio enquanto depredar outra pessoa. O Conquistador pode necessitar de investigar aprofundadamente o seu próprio passado – até ao momento em que decidiu que a sua melhor hipótese de sucesso era vigarizar as pessoas roubando o delas. O caminho para a integridade do Conquistador é o reconhecer até que ponto se sente mal consigo próprio, praticar a verdade e cultivar sentimentos de auto‐estima fazendo escolhas poderosas.
C) O Subserviente
O desafio do Subserviente é admitir que tem utilizado o disfarce da dádiva como forma de alimentar a sua própria sensação de pertencer e de importância. Ao permitirem‐se sentir as emoções ocultas que reprimem através do acto da dádiva, começam a reconhecer até que ponto são carentes da sua própria caridade. Assim que o subserviente aceita o facto de que não é tarefa sua agradar aos outros, consegue concentrar toda a sua atenção e energia na única pessoa a quem tem o poder de agradar: a si próprio.
D) O Rufia
O desafio do Rufia é perceber que, embora o uso da força lhe permita ganhar a batalha a curto prazo, também lhe granjeia muitos inimigos pelo caminho. Ao descobrir a aceitação das suas fraquezas, ao admitir quando se sente impotente e ao reconhecer a sua vulnerabilidade, coloca‐se na verdade numa posição de poder autêntico.
E) A Cobra Silenciosa
F) O Impassível
G) O Mártir
©Emídio Carvalho, 2009
O desafio da Cobra Silenciosa é reconhecer que não é assim tão inócua. Por se ter convencido até a si própria de que é uma vítima, o primeiro e mais difícil desafio da Cobra Silenciosa é admitir que é, de facto, um predador. O que a Cobra Silenciosa deve fazer é prestar muita atenção ao seu dialogo interior e perceber as suas verdadeiras intenções. As Cobras Silenciosas têm de se apanhar no acto de calcularem a jogada seguinte. Dizer a verdade é o maior desafio que enfrentam, porque são mestres do engano. Ser franca sobre o que quer força‐a a sair do esconderijo para descobrir o seu poder autêntico e o seu verdadeiro mérito. O desafio do Impassível é ser realista e reconhecer e aceitar o mundo imperfeito. Por serem tão comandados pela necessidade de parecer perfeitos, os que usam esta máscara têm de se desafiar a si próprios a prestar um pouco menos de atenção às aparências exteriores e um pouco mais de atenção à sua experiência interior. Devem estar dispostos a enfrentar o terror que sentem quando pressentem que estão descontrolados e conceder a si próprios autorização para não terem controlo nenhum. Em breve perceberá que os seus maiores defeitos o tornam mais humano. O desafio do Mártir começa por aceitar o facto de que os seus motivos não são tão altruístas, nem tão nobres como levam os outros a pensar. Por cada acto de auto‐sacrifício, o ego ferido do mártir recebe uma compensação – seja sob a forma de respeito, admiração ou apenas uma boa dose de boa e velha piedade por parte dos outros. Ao reconhecer a necessidade mais profunda que estão a tentar preencher através do seu próprio sacrifício (que é permiterem‐se ser amados), os Mártires podem adoptar uma atitude mais responsável, escolhendo conscientemente o que farão para cuidar dos outros e o que farão para cuidar de si próprios. 4
A Máscara... H) A Boa Rapariga
... E o Desafio.
I) O Tipo Fixe
J) O Duro De Roer
K) O Seviciador
L) O Eterno Optimista
M) O Intelectual
N) O Salvador
©Emídio Carvalho, 2009
O desafio da Boa Rapariga começa por reconhecer as experiências que teve cedo na vida que a levaram a crer que é má e que, para ser amada, aceite e bem‐vinda tem de projectar uma imagem de bondade e perfeição. Raspando a superfície da personalidade da Boa Rapariga, começa a expor os seus impulsos e desejos autênticos mas rejeitados. Só quando tiver contacto com eles é que os pode reconhecer como aspectos importantes e valiosos da sua natureza. Isto permite que a Boa Rapariga se torne honesta. As pessoas do tipo Boa Rapariga muitas vezes não encontram motivação para mudar até se terem esgotado a tentar provar como são perfeitamente boas e se terem sufocado dentro das limitações das suas máscaras. Assim que se assume, a Boa Rapariga pode ter a expectativa de reivindicar o seu poder e de experienciar níveis mais genuínos de se expressar. O desafio do Tipo Fixe é reconciliar‐se com o seu Eu Mesquinho, colérico e por vezes mau. Por ter passado a vida como escravo da aprovação de outras pessoas, o desafio do Tipo Fixe começa quando ele decide pôr as suas preferências no topo da lista (o que não é tão simpático). O passo evolutivo seguinte para qualquer homem que use esta máscara é tornar mais evidentes os seus pedidos e desejos em vez de se recostar à espera que seja realizados por magia se ele for suficientemente simpático. Ele tem que compreender que não é muito simpático dedicar a vida a cuidar dos outros deixando de cuidar de si próprio. O desafio do Duro de Roer é descobrir quais são os seus sentimentos vulneráveis e frágeis que está a tentar proteger sob a sua fachada endurecida. Embora esta máscara sirva para manter afastadas pessoas e experiências potencialmente ofensivas, também mantém o amor, o sucesso e a intimidade à distância, o que só conduz a um maior isolamento. Este tipo de pessoa pode canalizar os seus impulsos protectores para uma direcção mais saudável estabelecendo bons limites que protejam os seus corações feridos, sem os impedir de sentir toda a gama de emoções humanas – incluindo o amor. O desafio do Seviciador é reconhecer os danos que as suas acções infligem noutras pessoas e o mal que acarretam – que é uma parte do problema, pois ou não têm consciência (um defeito nos seus circuitos integrados humanos) ou já a enterraram há muito tempo. Para se curar, tem de perceber que transferir a sua raiva para os outros pode aliviar a pressão interior por momentos, mas no final todos os actos ofensivos que comete contra outros são actos ofensivos contra si mesmo. A sua única esperança de redenção é encontrar uma força maior do que ele e pedir humildemente ajuda a essa força. Deve buscar o perdão dos outros e depois o seu. O desafio do Eterno Optimista é aceitar que a vida nem sempre é um mar de rosas. A máscara do Eterno Optimista é difícil de desmontar, porque muitos estão convencidos de que estar loucamente feliz o tempo todo é uma medalha de ouro da vida. Este género de pessoas muitas vezes é a que argumenta com maior veemência que não usa máscara nenhuma. Para os ajudar a ver através da sua própria fachada, peço‐lhe para passarem 10 minutos por dia a olhar para o espelho enquanto executam o seu melhor número do “Estou tão feliz”. Isso é suficiente. O seu desafio é ser quem é sem nenhum revestimento e saber no seu íntimo que será amado, aceite e bem‐vindo exactamente como é. Tem de acalmar o suficiente para sentir a dor, a vergonha ou o desconforto que mascara com a sua falsa exuberância. O desafio do Intelectual é abdicar da dependência do reduto seguro, metódico e rigidamente estruturado da mente racional e permitir‐se aventurar‐se no mundo imprevisível, desordenado, arriscado e muitas vezes assustador das emoções e do coração. Tem de compreender que saber é muitas vezes o prémio de consolação e que a verdadeira intimidade e ligação emocional só podem ser desenvolvidas quando equilibramos a mente e o espírito. Saindo da sua fortaleza mental e abrindo‐se às ideias e sentimentos dos outros, quem usa esta máscara pode começar a desenvolver verdadeira compaixão e intimidade. O desafio do Salvador é perceber que obtém a sua identidade através do que dá e do que faz e que está a tentar preencher as suas necessidades através desse papel. Os Salvadores dão‐se bem com qualquer crise, drama ou situação de grande tensão – qualquer situação em que possam aparecer como os libertadores – e, consequentemente, muitas vezes dão por si a gerir situações ou colapsos graves uns atrás dos outros, negligenciando as suas próprias necessidades. Isto torna‐os rancorosos e amargos, porque nunca se sentem suficientemente apreciados, estimados ou compensados por tudo o que dão. O seu desafio fundamental é admitir que dão para receber em troca e que não são vítimas daqueles que cuidam. Quando forem capazes de assumir responsabilidade pela sua própria infelicidade 5
e descobrirem o seu valor inerente, serão livres para terem relacionamentos saudáveis.
A Máscara... O) O Depressivo
... E o Desafio.
P) O Brincalhão
Q) O Apoiante Oficial
R) O Solitário
S) A Vítima
T) O Sobredotado
O desafio do Depressivo é reconhecer a espiral negativa e repetitiva que escuta hora a hora, dia após dia, e fazê‐la cessar. Tem que penetrar corajosamente nas suas emoções dolorosas e permitir‐se expressar com segurança a energia vulcânica negativa e tóxica que espreita sob a superfície da sua depressão e que faz com que experiencie o rescaldo por vezes anos depois de um trauma emocional. Ao permitir‐se libertar as suas emoções reprimidas, o Depressivo pode voltar a experienciar toda a gama de sentimentos, perdoar e seguir em frente. Tem de e esforçar muito por rodear‐se de pessoas positivas e criar uma nova visão para a sua vida. Trabalhar com pessoas menos afortunadas pode ser a sua passagem para a liberdade. O desafio do Brincalhão é, em primeiro lugar, perceber que a sua máscara não lhe assegura verdadeiramente o amor que procura e que a sua profunda necessidade de uma ligação autêntica continuará por preencher enquanto for a sua máscara a assumir o controlo. Tem de desenvolver a confiança de saber que é suficiente – que é passível de ser amado quer esteja a ser engraçado ou interessante. O seu desafio é concentrar‐se mais em ouvir do que em falar, para deixar emergir a expressão apropriada e autêntica de si próprio. Acima de tudo, o Brincalhão tem de encontrar a aceitação de toda a gama de emoções que reside no seu íntimo, caso contrário, a resistência e desdém que sente em relação à sua própria humanidade empurrá‐lo‐á de volta para o esconderijo. Tem de encontrar o seu mérito inerente alheio ao seu humor. O desafio do Apoiante Oficial é sair da sombra da pessoa que apoia e afirmar‐se por direito próprio. Para o fazer tem de reconhecer as formas como se tem alimentado da energia de outra pessoa, reivindicando‐a como sua. O Apoiante Oficial tem, em última análise, de arriscar a segurança da sua posição junto de alguém famoso a fim de descobrir o seu próprio poder autêntico. Tem de reconhecer que o seu papel como apoiante é tão importante como aquele que serve. Há que praticar a humildade, se quiser curar a ferida profunda que lhe diz que quem ele é não é suficientemente bom. Quando ele descobrir o respeito por si próprio, os outros também o respeitarão. O desafio do Solitário é começar por admitir que está, de facto, completamente só. A máscara que construiu para evitar sentir‐se sozinho conduziu‐o a um isolamento e uma vergonha mais acentuados. Tem de arranjar humildade para reconhecer que não é melhor nem pior que qualquer outra pessoa e deve ser suficientemente vulnerável para se expor e ser visto, apesar de se sentir imperfeito. Ao lidar com as dependências que o mantiveram só e envergonhado, fica mais capacitado para ignorar a voz que o avisa que é mais seguro recuar do integrar‐se. Um grupo de meditação, canto ou de apoio emocional, podem proporcionar ao Solitário a oportunidade de baixar as defesas e de se integrar. Uma vez ligado a algo maior do que ele, e depois de descobrir que detém dons especiais e que a sua vida tem importância, deixará de sentir razões para se esconder. O desafio da Vítima é assumir a responsabilidade pela maneira como participou ‐ consciente ou inconscientemente – nos acontecimentos infelizes da sua vida. Reivindicando a propriedade daquilo que realmente controla, começa a ver‐se como criadora do seu próprio destino. Para penetrar na máscara da vitimização, a Vítima tem de ser honesta acerca do que obtém ao usar essa coroa e depois decidir por si que a compensação deixou de valor o preço elevado que tem andado a pagar. O desafio do Sobredotado é cessar de definir quem é pela medida do que faz. Quando o Sobredotado começa a dar mais valor à sua qualidade de vida do que às suas realizações, aprende a parar e a saborear o fruto do seu esforço em vez de perseguir insaciavelmente cada vez mais. Assim que o Sobredotado se apercebe que fazer mais não é uma inoculação contra ser mediano, fica liberto para experienciar o momento – não como medida do seu valor, mas como uma oportunidade de sentir e desfrutar a vida. Tem que descobrir o seu mérito inerente em ser apenas quem é, sem nenhum dos seus ornamentos de realização.
E agora, para que desfrute plenamente do ser completo que é, que tal começar a desmascarar a sua máscara? A persona que construiu como forma de se proteger. Há várias coisas que pode fazer. Inscrever‐se num dos seminários dedicados à Sombra. Ler o livro da Debbie Ford, “Quando as pessoas boas fazem coisas más”, ou simplesmente observar‐se ao longo do dia. Observe os seus pensamentos mais frequentes. É a sua vida e só você tem os comandos na mão (e no coração)! ©Emídio Carvalho, 2009
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