Mais que mil palavras Para uma equipe, a ação do líder sempre diz mais que qualquer discurso Autor: Fábio Violin e-mail para contato:
[email protected] Nada é mais forte no aprendizado de uma pessoa do que o exemplo. Discursos e teorias, por mais brilhantes que sejam, perduram menos na nossa mente do que as ações marcantes que presenciamos. Nas Olimpíadas de 1984, por exemplo, a maratonista americana Joan Benoit venceu a mais difícil prova de longa distância e superou a favorita na época, a norueguesa Grete Waitz. Para muitos, no entanto, o que ficou na memória foi a perseverança e a determinação da corredora suíça Gabrielle AndersenScheiss, que naquele mesmo dia arrastou-se cambaleando e sem forças pelos 400 metros finais da prova. Incentivada pela multidão, Gabrielle cruzou a linha de chegada de forma dramática, movida exclusivamente pelo desejo de completar a prova, já que o corpo praticamente não respondia mais ao comando do seu cérebro. Foi o 37o lugar mais aplaudido da história das Olimpíadas. Muitos ainda se arrepiam ao recordar esse momento. Todos nós temos a tendência de ouvir e seguir aqueles que nos mostram, com ações e exemplos, os caminhos que devemos seguir e os erros a ser evitados. Dentro das organizações não é diferente. Você provavelmente conhece pessoas que são boas de discurso, que dizem ter feito isso ou aquilo e dão a impressão de que são as donas da situação. Mas é fácil perceber que seus atos não correspondem ao que pregam. É justamente por essa razão que a gestão pelo exemplo deveria ser tratada com a importância devida pelas empresas. Profissionais com esse perfil precisam ser mais valorizados, pois seus gestos, comportamentos e maneiras de lidar com os problemas transmitem uma imagem que é processada e assimilada fortemente pelos funcionários e clientes. E isso é fundamental para o sucesso dos negó cios e da empresa. Não há mais espaço hoje em dia para aqueles que adotam o discurso do "faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço". As pessoas estão cada vez menos tolerantes com aqueles que pregam a mudança e são os primeiros a boicotá-la. Que afirmam ter o foco no cliente, mas na realidade o tratamento é de descaso, arrogância e prepotência. Trabalhe a força do exemplo positivo, pois assim você venderá mais facilmente suas idéias e conquistará o comprometimento das pessoas. Certa vez, uma senhora foi procurar a ajuda de Ghandi, o defensor da nãoviolência. Ao ser recebida, disse a ele que seu filho sofria de diabetes, mas não conseguia parar de comer açúcar. Decidiu então recorrer ao mestre. - Peça, por favor, para que ele pare de comer açúcar - pediu ela.
Ghandi respondeu: - Minha senhora, retorne daqui a duas semanas. Passados 15 dias, a mulher voltou e imediatamente ouviu o mestre aconselhar o menino a parar de comer açúcar. Intrigada, perguntou por que ele não havia feito isso já da primeira vez. Gandhi a olhou nos olhos e disse: - Minha senhora, como eu poderia pedir algo a ele se eu fazia exatamente a mesma coisa?