O Pelicano, Maio De 2006

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Março / Abril / Maio 2006 - Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante - Rio de Janeiro - www.samm.org.br

EDITORIAL

S

e eu contasse ninguém acreditaria! Seria essa boa nova taxada como mais uma estória de pescador? Mas seria esse o rótulo do homem do mar? Mentiroso? Por quê? Muitos ainda duvidam da existência de Zé Peixe, enquanto outros questionam se haverá outro baile na EFOMM – RJ e se os convidados das alunas conseguirão adentrar ao local. No final das contas, tudo o que acontece nessa Escola, de segunda-feira a domingo, resume-se a uma eterna propagação de perguntas e dúvidas, das mais simples às mais complexas e elaboradas, quase sempre sem respostas. Ninguém quer deixar de saber de tudo, mas todos sabem de quase nada. “Neguinho disse!” ou “Sabe o que eu escutei na Praça do Sufoco?” são frases que escutamos antes de uma longa ou breve notícia, e nunca se sabe se o que estamos escutando é verídico ou se é alguma “carteação”. Talvez seja porque um dos grandes ícones da Escola, antigamente usual na rotina mensal, sumiu. Sumiu por dois longos anos e quem sabe agora ele comece a bater asas novamente? São tantas essas dúvidas e perguntas, que por enquanto temos apenas uma resposta certa que finalmente pode ser apresentada: O Pelicano voltou! Foi muito difícil dizer esta última frase com essa força, mas aqui está. Após inúmeros obstáculos, ele voltou e, agora, com mais força! Esse pássaro fofoqueiro, intrometido, inteligente e descolado encontrou um novo poleiro e agora voa na grande rede mundial. Em breve no endereço “ www.samm.org.br “ O Pelicano irá se mostrar mais vivo e próximo ao corpo de alunos da EFOMM – RJ e à qualquer outra pessoa ligada direta ou indiretamente a este mundo fantástico da Marinha Mercante. É uma nova equipe, nova formatação, é um outro pelicano.

Notas Marítimas Flávia Rocha Após cinco anos de trabalhos integrados e diversas reuniões, os 106 Estados Membros da Organização Mundial do Trabalho, através de seus 318 delegados, aprovaram a convenção única para os trabalhadores marítimos do mundo. O resultado obtido certamente irá melhorar as condições de trabalho de milhares de pessoas que atuam nesse ramo. Essa convenção já está sendo chamada de Declaração Universal dos Direitos da Gente do Mar, a qual dispõe sobre as mínimas condições exigidas de qualificação, emprego, remuneração, férias, acomodação, segurança e seguridade social, e também protegerá os trabalhadores das condições laborais a bordo dos navios que operam com bandeiras de conveniência. Após denúncia feita, o navio Matarani, da companhia de navegação americana Prams Water Shipping, foi autuado pela Delegacia Regional do Trabalho em Belém. A embarcação, que adota a bandeira de conveniência, não oferecia condições salubres de trabalho para os marítimos embarcados. O chefe da seção de inspeção do trabalho do Pará, José Ribamar Miranda da Cruz, enfatiza: “Haverá o acompanhamento desse processo, pois os trabalhadores brasileiros precisam de condições básicas para desempenhar o trabalho”.

Atualidades Marítimas

Grêmio de Máquinas

Vanessa Freitas

Spomberg

Apesar de já estarmos praticamente no meio do ano letivo de 2006, só agora foi possível um contato mais próximo com todo o corpo de alunos. Todos sabemos que há todo o tipo de alunos, com as mais diversas características pessoais em nossa escola, que atualmente conta com aproximadamente 500 alunos cursando os diversos anos escolares do Curso de Formação de Oficiais da Marinha Mercante, de maneira que se torna impossível atingir todos os alunos com grande potencial de cooperação profissional e cultural por outro meio que não o impresso. A meta do Grêmio de Máquinas da EFOMM 2006 é o crescimento profissional de todo o corpo de alunos, sendo a seriedade a única exigência para a participação ativa no Grêmio. Para o crescimento profissional, percebemos que é necessário uma interação muito maior de 1°, 2° e 3° anos do que é hoje notado dentro da EFOMM. Muita informação foi perdida nas mudanças de gestão do Grêmio por esta falta de interação. A cada turma que assume a direção das diversas divisões da SAMM, muitas são as mudanças na filosofia de trabalho e não foram poucas as vezes que um ano inteiro de trabalho foi simplesmente ignorado e tudo foi começado da “estaca zero”. Querendo evitar que isso volte a acontecer, sempre que houver material de interesse dos alunos, este material será colocado no mural que nos pertence, e a diretoria do Grêmio estará sempre disposta a escutar sugestões, críticas e receber qualquer forma de contribuição. Outro aspecto que vale a pena ser esclarecido é a hierarquia militar dentro do Grêmio. Desde já, é necessário deixar claro, como foi dito antes, que a única exigência para a participação no Grêmio é a seriedade. Portanto, com relação às atividades em que o Grêmio puder escolher a forma de seleção dos participantes, o único critério a ser levado em conta será, por razões óbvias, o tempo de escola restante para a formatura. No entanto, quando buscarmos cursos, palestras, visitações ou qualquer outra atividade, a nossa meta sempre será por um número de vagas que comporte o máximo de alunos interessados. Agindo dessa forma, esperamos trazer a máxima contribuição para a formação de todos, já que, com todos os anos escolares atuando no mesmo sentido, os nossos objetivos serão alcançados com uma facilidade muito maior do que cada um lutando sozinho. Vale lembrar que, em pouco tempo, muitos de nós estaremos embarcando juntos, e é desejo de todos, evidentemente, que esse embarque seja feito com pessoas e condições do mais alto padrão de profissionalismo possível.

O

Ministro da Ciência e Tecnologia Sérgio Rezende assinou, no Rio de Janeiro, oito convênios com instituições de pesquisa para a implementação do programa de capacitação tecnológica para apoio à indústria naval brasileira. Em parceria com a Petrobrás, Transpetro e Centro de Pesquisas Petrobrás (CENPES), serão investidos recursos da ordem de 32 milhões de reais no desenvolvimento de estudos para modernizar a indústria do setor. Com esse desenvolvimento, o país será capaz de construir navios de origem nacional, uma vez que, atualmente, apenas 5% dos navios em atividade foram construídos no Brasil, segundo o presidente da Transpetro, que prevê a construção de 42 navios com o programa de modernização da frota. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou o financiamento de 42,6 milhões de dólares para uma empresa de apoio. Os recursos correspondem a 89% do investimento de 48 milhões de dólares que será realizado nos próximos 2 anos, para a construção de três barcos de apoio marítimo, utilizados no suprimento e prestação de serviços a plataformas de exportação e produção de petróleo. Os navios são do tipo PSV 3000 (Plataform Supply Vessel) e atendem tecnicamente o padrão de tecnologia internacional.

EXPEDIENTE Oficial Responsável: Comte Câmara Leão Editor-chefe: Aluno Serpa Equipe: Alunos Bragança Carla Cruz Couto Camila Viana Dottori Érika Lanes Ferreira Gomes Flávia Rocha Flávia Silva Janaína Ribeiro Mariana Coelho

Michele França Prado Quintanilha Reinaldo Lopes Silva Júnior Sylvio Thainá Valverde Vanessa William Souza

Aproveite melhor a vida!

E

Valverde

xiste uma série de cuidados que devemos tomar para a obtenção de uma excelente qualidade de vida. Em sua maioria já são conhecidas por nós, porém, nem sempre são levadas em consideração. Também não devem se converter em uma doutrina. Devem apenas ser fundamentais para lidarmos bem com os problemas e preocupações que afetam nosso dia-a dia e não permitir que estes estejam presentes em nossa vida. Algumas simples mudanças em nossos hábitos podem nos proporcionar uma melhor saúde física, metal e material. Cultive a amizade verdadeira: Para sermos felizes, precisamos ter amigos. A amizade atua no cérebro liberando substâncias hormonais que estimulam a alegria. Um modo de vencer a solidão é compartilhando uma boa amizade e um grande amor. Não sendo necessário mais que um de cada. Se quisermos um verdadeiro amigo, contudo, devemos estar dispostos e disponíveis, saber trocar e doar-se, pois o único amigo do egoísta é ele mesmo. E que mau amigo! Acredite: Pessoas otimistas e crentes em alguma idéia ou objetivo são mais saudáveis. Um significado para nossa vida pode estar em qualquer coisa – da religião à filantropia. Vale desde a crença em Deus até mesmo a importância do seu papel como cidadão na história da sociedade. Outra opção é o altruísmo: colaborar com asilos, creches, trabalhos voluntários... o importante é ajudar e acreditar! Exercite seu cérebro: Durante as férias podemos até perder alguns indispensáveis pontos no Q.I.. Isto se deve ao repouso mental tão almejado. Entretanto, devemos exercitar o cérebro. Ler, escrever ou qualquer outra atividade que faça pensar são boas opções. Ver TV por um longo período de tempo, por exemplo, pode ocasionar funções cognitivas alteradas, problemas de postura e articulação e causar dependência, além de danificar as funções do lado esquerdo do cérebro, reduzindo o desenvolvimento lógicoverbal.

Outra solução é a música. Está comprovado cientificamente que ouvir música aumenta as conexões cerebrais, desenvolve o raciocínio lógico, diminui o estresse da vida moderna e aumenta a concentração. E não precisa ser uma clássica ou jazz; pode ser um heavy metal, quem sabe. Seja Natural: As facilidades e correrias do cotidiano nos afastam cada vez mais da convivência com a natureza e da simplicidade do viver. Uma corriqueira caminhada pode, inclusive, aumentar nossa inteligência, perda de peso e benefícios na oxigenação do corpo e no sistema imunológico. Ela melhora o desempenho da leitura e aprendizado, com um beneficio extra: proporciona uma sociabilidade muito mais dinâmica e interessante. Ser natural inclui também respeitar o ritmo do seu corpo, a exemplo de como você se alimenta. Desfrutar as refeições lhe dará um mesmo nível de satisfação e saciedade com o prazer de saborear e apreciar o prato ingerindo uma menor quantidade de comida. Ouça seu médico: Beba bastante água – durma bem – não fume – respeite sua coluna – faça refeições saudáveis – pratique exercícios regularmente – sexo só seguro, e - não se desespere, cair em tentação também é normal! Relaxe: Permita que a criança que vive em você venha à tona. Mesmo numa pessoa adulta, ela ainda existe e pode ajudá-lo a relaxar. Não se reprima! Busque auxílio e exponha seus sentimentos, isso ajuda a aliviar a tensão. Cuidado com as obsessões, radicalismos e rigidez em seus ideais, podem não ser tão saudáveis. O melhor mesmo é o equilíbrio e a flexibilidade. Lidar bem com o estresse e as situações ruins podem lhe poupar de depressão, ansiedade e problemas cardíacos e/ou respiratórios. No fim, se nada der certo, respire! Inspirar, contar até dez e só aí expirar. Costuma sempre funcionar!

Zé- Peixe - O velho peixe do mar

E

Serpa

le não u s a sapatos, dispensa as sandálias e não é fã de água doce. O habitat do sergipano José Martins R i b e i r o Nunes, o Zé Peixe, é a á g u a salgada. Homem franzino , de 1,60 metro de altura, 78 anos e pouca conversa, Zé Peixe fez seu nome ultrapassar, e muito, a barra do canal de Aracaju, onde trabalha desde 1947. Hoje, Zé Peixe é conhecido, reverenciado e aclamado por marinheiros do país inteiro. A maestria de Zé Peixe consiste em receber os navios em alto mar e guiá-los até a atracação no porto e vice-versa, tal como qualquer prático, evitando as armadilhas dos canais. Isso seria normal não fosse o fato deste senhor fazê-lo a nado. Para alcançar os navios, ele pega carona em alguma embarcação e desce a seis quilômetros da costa, na Boca da Barra. Nada até uma bóia de sinalização, onde espera a chegada do navio. Quando o navio chega, ele é içado a bordo e assume a pilotagem até o porto. O mais impressionante é o processo inverso, ao retirar o navio do porto. Normalmente, um prático usa um barco de apoio para retornar a terra. Mas esse não é o caso de Zé Peixe. Ele segue com o navio até a Boca da Barra e ali avisa ao comandante do navio que descerá da embarcação mergulhando! Salta, então, de alturas muitas vezes superiores a 40 metros, deixando atônitos capitães e marinheiros. Zé Peixe nunca errou em sua profissão e conhece o mar de Aracaju como a palma da mão. Sabe a profundidade das águas pela cor e por variações marítimas de temperatura. Hoje está aposentado, e continua trabalhando, embora não se importe com o dinheiro que recebe. Seu salário é distribuído por ele a pedintes, velhos pescadores que não podem mais trabalhar e não têm nenhum tipo de amparo, catadores de caranguejo que não tiram seu sustento do mangue ou pobres que

caíram na infelicidade da bebida e esmolam pelas ruas. O interessante é que ele mesmo não tem nada, sua casa é um casebre entulhado de tudo que juntou na vida – ele não joga nada fora! Zé Peixe virou biografia (não autorizada) em Aracaju. A obra deveria ser distribuída gratuitamente, mas os autores ignoraram o pedido da família e colocaram à venda. Agora, uma segunda biografia, desta vez oficial, está a caminho. Quem prepara é sua sobrinha-neta Luciana Shunk. Zé Peixe não fuma, nunca bebeu álcool, dorme às 8 da noite e acorda quando o dia ainda não amanheceu. Apenas abre um largo sorriso quando parte para o mar. Longe dele, sente-se um peixe fora d’água, mas, nele, é um feliz homem sem sapatos.

CARIDADE E BOM GOSTO

Este quadro, intitulado “Pescadores”, do pintor Arlindo Machado, professor de pintura da EFOMM, está em exposição na SAMM. Ele está sendo rifado por apenas 1 real, e a arrecadação será revertida para o Abrigo Tiago Félix (que ajuda idosos). Os interessados poderão apreciá-lo e se informar através do diretor cultural da SAMM, Adriano. Participe deste grande ato de bom gosto cultural e de amor ao próximo.

BEM-ESTAR TONTURA - VERTIGEM “LABIRINTITE” Tontura é o termo que representa genericamente todas as manifestações de desequilíbrio. As tonturas estão entre os males mais freqüentes em todo o mundo e são de origem labiríntica em 85% dos casos. Mas raramente as tonturas podem ser de origem visual, neurológica ou psíquica. Vertigem é um tipo particular de tontura, caracterizando-se por uma sensação de rotação. Labirintite é uma enfermidade de rara ocorrência, caracterizada por uma infecção ou inflamação no labirinto. O termo é utilizado de forma equivocada para designar todas as doenças do labirinto. Existem dezenas de doenças e/ou distúrbios labirínticos e cada uma delas tem características próprias que exigem formas especiais de tratamento. A maioria das pessoas usa a palavra tontura para descrever a sua perturbação do equilíbrio corporal. Outras descrevem essa perturbação como atordoamento, sensação de “cabeça leve”, entontecimento, estonteamento, impressão de queda, instabilidade, sensação de flutuação, de estar caminhando em cima de um colchão, tonteira ou, ainda, zonzeira. A vertigem é o tipo mais freqüente de tontura. O paciente sente-se girando no meio ambiente ou sente o ambiente girando a sua volta. As crises mais fortes de tontura podem ser acompanhadas de náuseas, vômitos, suor, palidez e sensação de desmaio. Muitos pacientes com tontura também podem referir outros sintomas como ruídos no ouvido ou na cabeça (zumbido, zoada, tinido, tinitus), diminuição da audição, dificuldade para entender, desconforto a sons mais intensos, perda de memória, dificuldade de concentração, fadiga física e mental. Isso é devido às inter-relações entre o sistema do equilíbrio com a audição e outras funções do sistema nervoso central.

Michele França e Camila Viana As causas O desequilíbrio corporal pode ocorrer por apresentar alterações funcionais originadas nas diversas estruturas do sistema vestibular (vestibulopatias primárias) ou determinadas por problemas clínicos à distância em outros órgãos ou sistemas, que podem afetá-lo de diferentes maneiras (vestibulopatias secundárias). Numerosas são as causas de vestibulopatias primárias e secundárias: traumatismos de cabeça e pescoço, infecções, drogas ou medicamentos (álcool, nicotina, cafeína, maconha, anticoncepcionais, etc...), erros alimentares, tumores, envelhecimento, distúrbios vasculares, doenças metabólicas-endócrinas, anemia, problemas cervicais, doenças do sistema nervoso central, alergia, distúrbios psiquiátricos, entre outros. Vertigem e outras tonturas são sintomas que costumam ser sensíveis ao tratamento desde que haja coerência com o diagnóstico formulado. Em grande número de casos, com auxílio de exames laboratoriais e obtenção de imagens, conseguimos estabelecer a causa da doença e instituir o melhor dos tratamentos, ou seja, o tratamento etiológico (da causa). O tratamento atual das doenças ou distúrbios do equilíbrio consiste numa associação de providências que devem ser tomadas para se obter resultados mais satisfatórios. Essa múltipla abordagem de conduzir o tratamento consiste no seguinte: procurar eliminar ou atenuar a causa da tontura; utilizar criteriosamente os medicamentos antivertiginosos; personalizar os exercícios de reabilitação do equilíbrio; correção de erros alimentares que podem agravar a vertigem e sintomas associados; mudanças de hábitos ou vícios que possam ser fatores de risco, principalmente quanto ao uso de açúcares de absorção rápida, café, álcool e fumo e; cirurgia da vertigem que deve ser destinada a casos específicos (tumores, fracassos do tratamento clínico em certas doenças), em combinação, ou não, com as medidas que constituem a múltipla abordagem do tratamento conservador.

ENTREVISTA Carla Cruz e Flávia Silva Este é um espaço reservado para esclarecimento de algumas de nossas dúvidas. Nada melhor do que na 1ª edição de retorno do jornal “O PELICANO”, conhecermos um pouco do novo Comandante deste Centro, Comte Júlio César Barcellos Guimarães, e também suas propostas.

C

om procedência do Estado Maior da Armada, Comte Barcellos era Encarregado da Divisão da Formação e Tecnologia da Informação, gerenciando toda a infra-estrutura dos projetos de implantação e modernização dos sistemas informatizados. Além disso, foi responsável pelo sensoriamento remoto de satélites, participando de vários fóruns no Brasil e exterior. O Comte Barcellos deixa claro que “sua proposta é mais que uma proposta, é uma tarefa imposta”. Deseja gerenciar com comprometimento total, dedicação e motivação. Reconhecendo a obrigação de formar os alunos como marítmos. Intencionando a melhoria da qualidade da formação, fornecendo informações de caráter profissional aos alunos através de palestras de empresas de navegação, embarques e cursos de aperfeiçoamento. Em suas palavras “ser exemplo e dar exemplo” é necessário para a eficácia no processo objetivando deixar claro os projetos do Centro através do Plano Piloto. Este plano visa o planejamento de todos os projetos a serem realizados na OM, integrado ao programa de aplicação de recursos com objetivo de avaliar benfeitorias aplicadas. Dentro deste projeto consta a ampliação e modernização da biblioteca com a implantação da Internet II, integrada a universidades e centros de pesquisas. Entre suas palavras, o Comandante diz que liderar é difícil. Assim, tem interesse em dar e receber ajuda dos alunos, principalmente dos alunos do 3º ano, os quais ele entende que são a “gerência” da EFOMM. No entanto, estes têm a obrigação de colocar em prática a liderança que

irão exercer em alguns meses. Além disso, os alunos do 3º ano têm um comprometimento com os alunos do 1º e 2º anos, sendo exemplos a serem seguidos, já que, para melhor condução do Centro, o Comandante Barcellos deseja uma homogeneidade, tendo como lema: “Eficácia e harmonia devem caminhar juntas”. Tem em mente três frases que o ajudarão a exercer o comando:

‘”A PALAVRA CONVENCE, O EXEMPLO ARRASTA E O CAJADO EMPURRA.” Estas são as armas que o Comandante pode usar para administrar, preferindo a palavra e o exemplo, sem descartar no entanto o cajado.

PERFIL Professor Alexandre Cherman Valverde

A

lexandre Cherman, 33 anos, morador do Rio de Janeiro, bacharel em Astronomia, mestrado e doutorado em Física, astrônomo da Fundação Planetária do Rio de Janeiro e professor visitante do CIAGA (conferencista). Cresceu em Santos, onde seus pais moravam e lá completou o ensino fundamental e médio em colégio particular. Após se formar, prestou vestibular para Engenharia. Passou, porém não compareceu ao curso. Permaneceu um ano estudando nos Estados Unidos fazendo intercâmbio cultural. Voltou para o Rio de Janeiro para estudar Astronomia, uma vez que já se interessava pela profissão, devido a influência de seu pai, oficial da Marinha Mercante. Tal motivação se explica pelo fato de, na época, o GPS não ser usado em larga escala e a astronomia ser muito mais utilizada do que hoje em dia. Para você, leitor, que talvez não saiba, um astrônomo não fica a noite inteira olhando para o céu. A profissão exige muito cálculo e muita física. A astronomia na vida das pessoas encontra-se, por exemplo, na parte de satélites, a chamada “mecânica celeste”.

Autor dos livros “Como-o-quê?” e “Sobre os Ombros de Gigantes”, seu objetivo é a difusão do conhecimento, pois o mercado é fraco, posto que o brasileiro não possui o hábito de comprar livros. Na sua opinião, o atual rumo da educação não está bom, mas pode progredir com uma melhor formação técnica e profissional dos professores. Estes devem estar bem preparados e prontos para responder qualquer pergunta. Com dois empregos e com a ajuda da esposa, que também trabalha, ele não se considera rico, mas consegue viver bem. Porém, afirma que trabalha de sete da manha às dez da noite. Apesar de tudo, é muito feliz nas profissões em que atua. Considera-se bem casado e não possui filhos, mas um dia planeja tê-los. Resume que a situação em que se encontra lhe agrada. Quanto à avaliação dos alunos, Cherman afirma que a prova é um reflexo do relacionamento turma-professor, devendo ser feita no nível da aula, o que é uma questão de respeito para ambas as partes. Ele acha divertido a fama de terror que possui e acredita ser natural alguns alunos gostarem de seu método e outros não. Para ele, o mais importante é que exista respeito profissional.

DESAFIO

É preciso organizar alguns navios de uma maneira em que reparos aconteçam nos mesmos em suas respectivas docas e especificações. Os navios maiores são os navios Andréa, Mayca, Mary, Samir, Amon, Theodor e os menores são: Savier, Loise e Marine. Sabe-se que os navios menores devem ficar ao centro, e os maiores devem ficar nas posições 1, 2, 3, 7, 8 e 9. As docas são intercaladas por cor verde e marrom. Andréa e Theodor estão em cor verde; Loise está imediatamente a bombordo de Samir, e Mayca está em marrom, a bombordo de Andréa. Mary está entre dois navios de grande porte. Theodor não é nem o primeiro nem o nono navio nas docas. Marine está a bombordo de Andréa, mas não imediatamente dentre os menores. Qual a posição de cada navio? A resposta você confere na próxima edição. Boa sorte!

BIZU Bragança Atualmente, é a Organização Marítima Internacional (IMO- International Maritime Organization) o motor da ação internacional em matéria de segurança marítima. Esta organização tomou a seu cargo as convenções internacionais celebradas anteriormente à sua implementação efetiva em 1982 e está encarregada de colocá-las em prática. Desde então, foi sob a sua tutela que foram introduzidas alterações a convenções, bem como a adoção de novas convenções. A Sociedade Das Nações (SDN) já tinha instituído, na época entre-guerras, uma “Comissão consultiva e técnica para as comunicações e trânsito”. Em 1948, em Genebra, uma conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) criou a Organização Marítima Consultiva Intergovernamental (IMCO- Inter Governamental Maritime Consultive Organization) que só começou a funcionar em 1958. Mas foi necessário esperar por 1975 para que a convenção de 1948 fosse revista e permitisse fixar o estatuto atual da IMO, que entrou em vigor em 1982. Segundo o modelo das outras organizações especializadas da ONU, a IMO consiste numa Assembléia que reúne de dois em dois anos representantes de todos os Estados-Membros (mais de 160 atualmente) e das organizações nãogovernamentais com estatuto consultivo, entre os quais se encontra atualmente a Comissão Européia. Embora a IMO tenha um papel essencialmente técnico, regulamentar e normativo através das suas convenções, resoluções e circulares, ela não pode obrigar os Estados a incorporar estes textos nos seus códigos legislativos e regulamentares, nem assegurar a aplicação dos mesmos, ao contrário da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), que dispõe, desde 1999, de um “Programa universal de auditorias de supervisionamento da segurança”, que compreende auditorias regulares, obrigatórias, sistemáticas e harmonizadas, efetuadas pela Organização em todos os Estados celebrantes, para assegurar a aplicação das normas e práticas recomendadas. Na ausência de uma aplicação eficaz da regulamentação internacional pelos “Estados da bandeira” (países de origem dos navios), a via mais eficiente é a do controle pelos “Estados do porto” (durante as escalas) com a implantação de acordos regionais (Memorandum of Understanding on Port

State Control - MOU) visando assegurar esta tarefa de modo harmonioso e não discriminatório. O primeiro MOU, o de Haia em 1978, foi alargado em 1982 (MOU de Paris) à maioria dos países da Europa do Norte para enfrentar as bandeiras de conveniência (oficialmente “de livre registro”). Certos acordos do mesmo tipo existem agora para as zonas: América do Sul, Extremo Oriente, Caraíbas, Mediterrâneo, Oceano Índico, África Central e Ocidental, Mar Negro. Em suma, um dos principais objetivos da IMO é criar regras para que haja uma padronização das atividades de marinha mercante a fim de zelar pela segurança da navegação, prevenção da poluição do meio ambiente e principalmente zelar pela vida da tripulação.

ATUALIDADES MARÍTIMAS Thainá Com o desenvolvimento do mercado de transporte de cabotagem, a Aliança Navegação e Logística anunciou que, a partir do segundo semestre de 2006, colocará novos navios para atender o aumento do serviço marítimo. “Na percepção de que o Brasil, com a extensão que tem e com a descentralização do desenvolvimento nacional, investimos na navegação de cabotagem, sentindo que as rodovias não teriam condições de suportar a demanda de carga e a intensidade do transporte, além de o governo brasileiro não ter condições de aportar recursos para a imensa malha rodoviária que temos”, informou em entrevista, José Antônio Cristóvão Balau, diretor de Operações, Logística e Cabotagem da Aliança Navegação e Logística. Em 2005, a empresa movimentou 200 mil TEUs na cabotagem. E para 2006, a perspectiva é chegar a 250 mil TEUs. “Para isso, estamos oferecendo espaço, novas alternativas de serviço, melhorando a regularidade e confiabilidade, esperando assim ter um retorno significativo do mercado aos nossos investimentos”, ressaltou. Com relação aos navios alocados para atuar no transporte costeiro, a Aliança Navegação conta, atualmente, com sete embarcações de bandeira brasileira, além de mais um navio que entrará em operação em breve (Aliança Leblon), conforme o executivo, e os dois novos (Aliança Brasil e Aliança Europa), com previsão de operarem já no segundo semestre. “Com isso, até o final de 2006, teremos dez navios operando na cabotagem, disponibilizando uma capacidade total ao mercado de 17 mil TEUs”, disse.

BAILE DOS FERAS 2006 Érika Lanes

H

á quem diga que o dia 25 de Março não deveria acabar. O tão esperado baile do primeiro ano (mais conhecido como Baile dos Feras) superou as expectativas. Realizado no Clube Riviera na Barra, o Baile estava decorado com mesas, faixas, balões em formato de golfinho, arranjo de mesa em forma de aquário e bolas nos tons de azul e branco. A pista de dança tinha um palco c e n t r a l Baile dos Feras 2006: muita gente e muita animação! acompanhado de um telão que mostrava clipes durante o evento. DE OLHO No cardápio podia se encontrar variedade de salgadinhos e bebidas. Cerveja,caipirinha e O número de convidadas atingiu o smirnorff ice por um real, enquanto que água e esperado e houve grande quantidade de refrigerantes foram servidos gratuitamente. meninos barrados na entrada, uma vez que Na categoria sonorização, pôde-se contar com não possuíam o nome na lista. O critério diversos estilos de música. Os DJs Bob Esponja, adotado pelos alunos do 3º ano foi oferecer Mário Gonçalves e Júnior Gonzalez mostraram a que apenas um convidado por aluna e somente vieram e não deixaram a pista ficar vazia. E este foi autorizar a entrada de mulheres nos ônibus o local escolhido para a confraternização com os que saíram de pontos estratégicos do Rio de convidados. Janeiro. Desta forma, o corpo de alunas O Baile dos Feras 2006 serviu para aproximar sentiu-se prejudicado, pois não teve a a nova turma dos demais alunos e serviu ainda para oportunidade de levar amigos e pessoas aliviar o stress devido às provas e aos trabalhos próximas para a confraternização que deveria feitos durante a semana, dando veracidade à teoria ser o principal motivo deste baile. de que o baile só foi ruim para aqueles que ficaram Deve-se ainda ressaltar dois pontos do lado de fora. importantes do evento: o comportamento dos Com isso, se você foi um dos que torceu para alunos e convidados, considerado bom, não o baile não acabar,fique tranqüilo. O próximo evento havendo brigas e nem desentendimentos. promete ser ainda melhor. A Festa Junina da O segundo ponto positivo foi a presença EFOMM já está sendo planejada e maiores do Comandante e Imediato do Ciaga, do detalhes serão divulgados posteriormente. ComCA, ImCA, Comte Câmara e da Oficial Fernanda Barbosa até o final da festa oferecendo grande credibilidade ao evento. Fotógrafo: William Souza

CULTURA O Brasil de Portinari Por Erika Lanes

O evento contou com a participação do coral da EFOMM que homenageou a senhora Suely Avellar, diretora da área de arte-educação do projeto Portinari, que ministrou uma palestra para todo corpo de alunos, transmitindo seus conhecimentos e aumentando o apreço dos alunos pela arte em caráter geral.

O neguinho viu! Serpa

A Suelly Avellar, do Projeto Portinari e o Comandante Júlio César Barcellos Guimarães na inauguração da exposição de réplicas de Portinari

N

ada poderia ser mais categórico que Portinari para se abrir o ano cultural da EFOMM no dia 16/04. Composta de vinte e nove quadros, a exposição foi um grande sucesso, tendo o Salão de Leitura como ponto de encontro entre os alunos da EFOMM e o mundo de Portinari. Portinari nasceu em 1903 e, desde então, dedicou - se integralmente ao trabalho e tentou emancipar seus conceitos e sua visão através da pintura.De acordo com Antônio Callado (escritor responsável pela biografia do pintor) ,“Portinari lavrava sua plantação de quadros como seus pais haviam feito com o café: de sol a sol”.E essa devoção à pintura foi o motivo de sua morte em 1962, por envenenamento causado pelas tintas que usava. A exposição trazida para a nossa escola é uma pequena amostra das mais de 5.400 pinturas reunidas pelo projeto Portinari, que iniciou - se no ano de 1979. Os quadros expostos retrataram, essencialmente, as marcas do Brasil: sua cultura e seu povo.Podendo-se, assim, confirmar a teoria de que ser Portinari é ser Brasil de corpo e alma. Algumas obras ressaltavam as regiões brasileiras separadamente, ou seja, abrangiam desde o nordeste com sua seca, seus imigrantes até as favelas e morros da região sudeste. Houve um grande destaque para as crenças populares (bumba-meu-boi, Judas) e para interação homemanimal.

pesar de já ter lido muitos livros e visto vários filmes, não poderia deixar de tecer meu primeiro comentário sobre o livro mais vendido e comentado durante todo o ano passado: Código DaVinci. Embora o primeiro, o segundo e o mais recente livro de Dan Brown não terem emplacado, “Código DaVinci” só fez o sucesso que fez por um único motivo, o fato de envolver em polêmica um tema que põe em xeque 2000 anos de História. Seu texto, sem dúvida, é envolvente e repleto de informações que a maioria dos leitores desconhecia, mas é claro que nem tudo pode ser tomado como verdade absoluta. Alguns relatos que se referiam a Leonardo DaVinci nunca existiram, ou pelo menos não consta em relatos oficiais, excetuando outros assuntos referentes à seita e à própria Igreja Católica, que só serviam para incrementar o cenário de ação e suspense. Como seu sucesso foi tão grande, o filme foi produzido e estréia na segunda metade de maio no Festival da Cannes, para depois sim, chegar aos cinemas, com estréia mundial (19/05). Isso se Dan Brown vencer mais um processo que vem colecionando desde a publicação de “Código DaVinci”, mas isso não é nenhum motivo para sustos, o autor venceu todos. Pelo que parece, Tom Hanks fará o papel do historiador e professor Robert Longdon, o protagonista da estória e a quase desconhecida Audrey Tautou, a criptógrafa Sophie Neveu. Espero que o filme seja tão bom quanto o livro e que a essência e objetivo da estória não fiquem perdidos em meio aos efeitos especiais, na tentativa de se fazer um filme unicamente para ser sucesso de bilheteria como faz a máquina hollywoodiana de cinema. Com certeza depois da sua estréia estaremos aqui, novamente, observando tudo!

ESPORTES A preparação das equipes Prado

O

ano começou árduo para as equipes da EFOMM, já que elas tiveram pouco tempo de preparação e já enfrentam vários amistosos. A equipe de futebol, por exemplo, em poucos meses já disputou cerca de três amistosos, com duas vitórias e uma derrota. A equipe de basquete foi disputar um amistoso em Belford Roxo e por pouco não venceu. O vôlei também está no caminho da vitória. A parte de formação marinheira está disputando regata após regata, treinando para se manter nas cabeças do ranking carioca. A equipe de remo disputou sua primeira regata no ano e obteve medalhas, o que significa que o treinamento está dando certo. Uma equipe que nunca se oficializou, e que esse ano promete despontar nos esportes, é a equipe de tênis que a cada dia melhora seu desempenho com muito treinamento. Uma equipe de tênis sempre foi um projeto da EFOMM. Entretanto, somente neste ano, aumentou o número de atletas interessados no esporte. O ano tem tudo pra ser bom para as equipes da EFOMM, pois todos estão bem motivados e empolgados com as competições. Se todas as equipes competirem igual à vitoriosa equipe de futebol, vamos conseguir muitos títulos e medalhas para nossa escola.

A volta ao mundo passa pelo Rio Prado e Ferreira Gomes grandiosa regata Volvo Ocean’s Race fez sua parada no Rio de Janeiro no dia 25 de março de 2006. Uma regata de enormes proporções com uma incrível quantidade de espectadores vindo de todas as partes do mundo, muitos em barcos, alguns em terra e uns poucos helicópteros. A equipe de vela do CIAGA estava lá, aprendendo um pouco mais com os melhores do mundo. Na primeira perna da regata, já se via a superioridade dos integrantes do Holanda 1, sempre na frente. O Brasil 1, que conta com o brilhante Torben Grael a bordo, usou uma tática diferente das demais: ele foi por um caminho afastado do meio

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do canal, perto de Niterói, tendo em vista que a maré estava enchendo. Na primeira bóia,o Holanda 1 estava n a frente, seguido do Brasil 1, mas o q u e chamou muita atenção foi o belo balão dos americanos com um símbolo dos piratas. Após a bóia, algo deu errado com o Brasil 1: eles arriaram a balão e perderam algum tempo parados. Na segunda perna de contra vento, o Brasil 1 foi o penúltimo a armar o balão. Com uma manobra muito inteligente, ele foi orçando o balão para o meio do canal, aproveitando a cheia da maré e retomou a segunda colocação. Essa manobra na perna seguinte deu certo de novo, dessa vez com o Holanda 2, que quase sempre era o último colocado. A regata ficou muito equilibrada na última perna. A disputa pela terceira posição foi muito acirrada, mas o Brasil 1, após ótima recuperação,conseguiu sustentar o terceiro lugar. A regata terminou com a esperada vitória do Holanda 1, que liderou a regata inteira. No final, muitos barcos acompanharam o Brasil 1 com o tratamento que eles merecem, como os melhores. Mesmo não conseguindo a vitória, para nós, brasileiros, eles são campeões por estarem lá. Foto: Ferreira Gomes ESPAÇO DOS LEITORES Se você tiver sugestões de matérias, críticas, contribuições ou quaisquer outros comentários, ficaremos felizes em receber o seu e-mail. Escreva para [email protected] . A próxima edição sai no início de julho, antes das nossas férias.

Memória Projeto

Esta edição foi digitalizada através do Projeto Memória, divisão do Jornal Pelicano encarregada de recuperar e digitalizar todo conteúdo produzido pelos alunos da Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante.

http://pelicano.sammrj.com.br/memoria Conheça os Termos de Uso e saiba como colaborar acessando nosso site.

Processado em Fevereiro de 2009 com a colaboração dos alunos Lorenzeto, Túlio, Souza Mattos, Leandro, Farsura, Sara e Dieinielle.

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