“I OFICINA DE (RE)CONSTRUÇÃO DO PROGRAMA DE VIGILÂNCIA E CONTROLE DA ESQUISTOSSOMOSE DO ESTADO DE SÃO PAULO” Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo Coordenação dos Institutos de Pesquisa Agência Paulista de Controle de Doenças Centro de Vigilância Epidemiológica Divisão de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar
I OFICINA DE (RE)CONSTRUÇÃO DO PROGRAMA DE VIGILÂNCIA E CONTROLE DA ESQUISTOSSOMOSE DO ESTADO DE SÃO PAULO (PCE-SP) I - INTRODUÇÃO A idéia de se realizar a I Oficina de (Re)Construção do PCE-SP nasceu da necessidade de adequação dos diferentes papéis das instituições à nova realidade de reestruturação da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, com a criação da Agência Paulista de Controle de Doenças, ou seja, em relação à Vigilância e Controle da Esquistossomose: QUEM VAI FAZER O QUÊ ? QUANDO? COMO?
Para conseguirmos responder a essas questões, PRIMEIRO temos que refletir o seguinte: 1. SABE-SE QUE: As dificuldades da vigilância e do controle em áreas de baixa endemicidade, como o Estado de São Paulo em geral, e muitos de seus municípios, são: a) Pouca sensibilidade dos métodos de diagnóstico e coprológico • grande número de amostras e de lâminas negativas; • grande variabilidade no número de ovos por grama de fezes.
b) Tendência a pouca sensibilização e à desinformação das populações • não reconhecimento da esquistossomose como um problema; • dificuldades para diagnóstico da situação: pouca participação, desconhecimento/desinteresse em informar localização de criadouros de moluscos; • dificuldades para o controle: participação nem sempre satisfatória no tratamento; não aceitação de medidas preconizadas; c) Pouca sensibilização e desinformação dos técnicos • Não reconhecimento da esquistossomose como um problema; • Problemas na área de Vigilância e Controle: - uso de métodos diagnósticos não adequados; - negligência no preenchimento de fichas; - dados epidemiológicos incompletos.
d) Pouca sensibilização e desinformação das autoridades políticas • Não reconhecimento da esquistossomose como um problema; • Carência de pessoal e de material; • Trabalho de campo prejudicado pela inexistência (ou mau uso) de viaturas; • Diagnóstico precário; • Dados epidemiológicos comprometidos.
2. SABE-SE, AINDA, QUE: 2.1. As características da vigilância e do controle da esquistossomose nas áreas de baixa endemicidade são: •Prevalências geralmente inferiores a 5%; •Formas graves e óbitos, RAROS (como estão no Estado de São Paulo ?); •Infecção geralmente leve (< 100 ovos por grama de fezes); •Faixa etária mais atingida: 10 a 25 anos (como está no Estado de São Paulo ?);
2.2. Apesar de o Estado de São Paulo ter muitos municípios não endêmicos para esquistossomose e ele próprio ser uma região classificada, até agora, como de baixa endemicidade, no Estado co-existem os seguintes fatores de risco: •Presença da Biomphalaria •Migração a partir de regiões de alta endemicidade (Bahia, Pernambuco, Minas Gerais, etc) •Grande número de coleções hídricas •Clima quente e hábito humano de freqüentar tais coleções, etc E outros fatores como: •Período de transição conseqüente à transferência de responsabilidades quanto à coordenação da vigilância e controle da esquistossomose •Magnitude conhecida das doenças agudas drenando esforços humanos e outros recursos •Desconhecimento da verdadeira magnitude da esquistossomose, no Estado (dificuldade, inclusive, de os municípios e DIRs extraírem relatórios importantes do Banco SINANW)
3. PORTANTO BUSCAR UM REDIMENSIONAMENTO DO PROBLEMA DA ESQUISTOSSOMOSE, NO ESTADO DE SÃO PAULO, JUSTIFICA-SE PLENAMENTE, UMA VEZ QUE: “BAIXA ENDEMICIDADE NÃO SIGNIFICA POUCA COMPLEXIDADE”. (SOARES, Marisa da S. Reunião Regional Sul/Sudeste do Ministério da Saúde,RJ, jul/04)
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