Estudoepi_aula

  • Uploaded by: noebauermarcos
  • 0
  • 0
  • June 2020
  • PDF

This document was uploaded by user and they confirmed that they have the permission to share it. If you are author or own the copyright of this book, please report to us by using this DMCA report form. Report DMCA


Overview

Download & View Estudoepi_aula as PDF for free.

More details

  • Words: 2,912
  • Pages: 44
H DDT

A TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS APLICADOS ÀS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS Maria Bernadete de Paula Eduardo Divisão de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar - CVE/SES-SP Última atualização em 27.10.03

EPIDEMIOLOGIA ✔ INTRODUÇÃO - Definições:

✔ Epidemiologia:

“ramo das ciências da saúde que estuda, na população, a ocorrência, a distribuição e os fatores determinantes dos eventos relacionados com a saúde”.

✔ Vigilância Epidemiológica:

“conjunto de atividades que permite reunir a informação indispensável para conhecer a qualquer momento, o comportamento ou história natural das doenças, bem como, detectar ou prever alterações de seus fatores condicionantes, com o fim de recomendar oportunamente, sobre bases firmes as medidas indicadas e eficientes que levem à prevenção e ao controle de determinadas doenças” (Lei Orgânica da Saúde - Lei Nº. 8080/90).

TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS APLICADOS ÀS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS

✔ Métodos empregados em Epidemiologia - modo

científico de abordar e investigar a saúde da população, os fatores que a determinam, a evolução do processo da doença e o impacto das ações propostas para alterar o seu curso. ✔ Enfoques para pesquisar um tema – 1. Estudo de Caso – 2. Investigação Experimental de Laboratório – 3. Pesquisa Populacional/Observacional

TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS APLICADOS ÀS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS

✔ Critérios para a classificação dos métodos

– o propósito geral - estudos descritivos e analíticos (comparativos) – o modo de exposição das pessoas ao fator em foco - estudos de observação e de intervenção (experimentais) – direção temporal das observações - estudos prospectivos, retrospectivos e transversais

TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS APLICADOS ÀS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS

✔ Estudos Descritivos – informam sobre a distribuição de um evento na população, em termos quantitativos: Incidência ou Prevalência ✔ Estudos Analíticos – estudos comparativos que trabalham com “hipóteses” - estudos de causa e efeito, exposição e doença

TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS APLICADOS ÀS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS ✔ Epidemiologia Descritiva: possibilita a

caracterização da doença/agravo no: ✔ Tempo: curso da epidemia/doença, o tipo de curva e período de incubação (tendência histórica) ✔ Lugar: extensão geográfica do problema ✔ Pessoa: grupo de pessoas, faixa etária, exposição aos fatores de risco

Medidas de freqüência das doenças: indicadores

✔ Tx de Incidência = Número de casos novos* X 1000 hab. Número de pessoas expostas ao risco* (*) em determinado período

✔ Tx de Prevalência = Número de casos novos e antigos*X 1000 hab. Número de pessoas na população* (*) em determinado período

✔ Tx de Ataque = número de de Doentes* X 100

número de comensais/população sob risco* (*) em determinado período Taxa de Ataque = é a incidência da doença calculada para cada fator de risco provável/causa, isto é, por fator suspeito. Por ex.,em um surto de diarréia devido a alimentos, um alimento que apresentar a taxa de ataque mais alta, para os que o ingeriram, e a mais baixa, para os que não o ingeriram, é provavelmente o responsável pelo surto.

Caracterização dos casos no tempo:

conhecer a tendência da doença

✔ Como desenhar uma Curva Epidêmica (período de ✔

✔ ✔



exposição): 1) conhecer o início dos sintomas de cada pessoa (para algumas doenças com período curto de incubação, trabalhar com horas é mais apropriado) 2) O número de casos é plotado no eixo Y e a unidade de tempo no eixo X 3) Em geral a unidade de tempo é o período de incubação da doença (se conhecido) e o tempo de aparecimento/distribuição dos casos (horas, dias, semanas, mês, ano); regra útil - selecionar uma unidade de tempo 1/4 a 1/3 do período de incubação da doença suspeita (ex. Hepatite A - 15-50 = 4-16 dias) 4) Desenhar o período pré e pós-epidêmico nos surtos/epidemias

TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS APLICADOS ÀS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS ✔ Como interpretar uma Curva Epidêmica: 1) Considerar a forma geral, a qual pode determinar o padrão da epidemia/tendência da doença: fonte comum ou transmissão pessoa-apessoa, o tempo de exposição de pessoas suscetíveis e os períodos médios mínimo e máximo de incubação para a doença 2) Uma curva com um aclive e um declive gradual sugere uma fonte comum, um foco/ponto - “epidemia de ponto” onde as pessoas se expuseram por um breve período de tempo (surgimento repentino de casos) 3) Quando a duração à exposição é prolongada a epidemia é chamada de “epidemia de fonte comum prolongada”, e a curva epidêmica terá um platô, em vez de um pico 4) A disseminação pessoa-a-pessoa - “epidemia propagada” - deve ter uma série de picos mais altos progressivamente e cada um com seu período de incubação 5) Casos que surgem isolados: “remotos/afastados” - podem ser casos não relacionados com uma fonte comum ou pessoas que foram expostas mais precocemente ou mais tardiamente que a maioria dos afetados; podem ser também casos secundários - contato com um doente.

Curva Epidêmica do Surto de Diarréia em General Salgado, DIR XXII S. J. Rio Preto, 1999

70

60

50

40

30

20

10

0 1

2

3

4

5

6

7

8

9

1

1

1

1

1

1

1

1

1

1

20

2 22

23

24

25 26

27 28

29 30

Semanasepidemiológicas

Fonte: DDTHA/CVE-SES/SP

3 32

33 34

35 36

37 38

39 40

4

42 43

44 45

46 47

48 49

50

5

52

Curva Epidêmica do Surto de Hepatite A no Município de São Pedro, DIR XV Piracicaba, Nov. 2000 a Fev. 2002

12 10

Casos

8 6 4 2

Fonte: DDTHA/CVE-SES/SP

2 .0

1 .0

14

01

25

2

5.

.1

1

16

.1

11

26

0

6.

.1

9 .0

17

09

27

8

7.

.0

7

18

.0

07

29

6

9.

.0

5 .0

18

05

29

4

9.

.0

3

3

19

.0

.0

30

2 .0

10

1 .0

18

01

29

2

9.

.1

20

30

.1

1.

00

0

Período de incubação: através

Calcula-se usualmente o período de incubação de um surto/epidemia/casos, da mediana.

Mediana

é uma medida de tendência central. É o meio de um conjunto de observações quando esse número é impar ou a média dos pares do meio quando o número de observações é par. Assim o cálculo da mediana se expressa: Para amostras de número N ímpar a mediana será o valor da variável que ocupa o posto de ordem N +1 2 Para amostras de número N par a mediana será a média aritmética dos valores que ocupam os postos de ordem N e N +2 2 2

✔ Calcular o período mediano de incubação através do cálculo da

mediana se obtém por ordenar os períodos de incubação em ordem crescente e numerados conforme os exemplos abaixo: Exemplo 1: Ordem

1

2

3

4 10

5

4 16

5

6

12

17

6

PI dos casos 6 8 8 10 12 17 São 7 casos - número ímpar de casos N = 7 Md = 7 + 1 = 4 2 O resultado encontrado corresponde à 4a. posição. Assim, o período mediano de incubação é de 10 horas. Exemplo 2: Ordem

1

2

PI dos casos

6

8

3 10

São 6 casos - número par de casos N = 6 Md = 10 + 16 = 13 2 O resultado encontrado corresponde à média aritmética dos períodos na 3a. e 4a. posições. Assim, o período mediano de incubação é de 13 horas.

7

Caracterização dos casos por lugar:

determinar a extensão geográfica do problema

✔ Mapear casos por locais de ocorrência: bairros,

ruas, estabelecimentos, locais de lazer, etc..Detectar grupos de surtos/casos ou padrões que podem fornecer pistas para identificação do problema/causa em investigação. ✔ O ideal é fazer o mapa utilizando a Taxa de Incidência dos casos na população.

Caracterização dos casos por pessoa:

determinar as características dos grupos e a suscetibilidade à doença e riscos de exposição

✔ Grupos de pessoas - faixa etária, sexo,

raça, ocupação, renda, tipo de lazer, uso de medicamentos, doenças antecedentes, etc. = suscetibilidade à doença e riscos de exposição

TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS APLICADOS ÀS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS

✔ Principais desenhos – – – – – –

1. Estudo de Caso/Série de Casos (Descritivo) 2. Transversal Estudos Analíticos 3. Ecológico Estudos Observacionai 4. Caso-controle s 5. Coorte 6. Ensaio Clínico Randomizado Estudos de interven ção

Definir e identificar casos/agravos do estudo ✔ Caso confirmado: clínica compatível e confirmação laboratorial. ✔ Caso

provável: caso clinicamente compatível ligado epidemiologicamente ao caso confirmado (em caso de surtos/epidemias) ✔ Caso possível: clínica compatível ocorrendo dentro do mesmo período do surto/eventos/agravos e na mesma área ✔ Caso primário: contato com uma fonte principal de transmissão por exemplo, alimento, esgoto, creche, etc.. - Taxa de incidência dos casos primários ✔ Caso secundário: contato com um caso primário - por ex. via de transmissão pessoa-a-pessoa, em casa, etc..- Taxa de incidência dos casos secundários

TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS APLICADOS ÀS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS

TABELA PARA A ANÁLISE DE DADOS ____________________________________________ Exposição Doença ao fator Sim Não Total* Sim Não +d

a

b c

a+b d

c

____________________________________________ Total a+c b+d N ____________________________________________

Principais medidas de associação: ✔ Risco Relativo (RR) - a razão entre dois riscos, isto é, compara a incidência nos expostos com a incidência entre os não-expostos – (a/a+b)/(c/c+d) ou se a/a+b >c/c+d ✔ Odds ratio (razão de produtos cruzados ou razão de prevalências) - compara a proporção de expostos entre os casos com a proporção de expostos entre os controles – ad/bc Associação: < 1 = não há associação ou fator de proteção; > 1 = associação de causa e efeito (testes estatísticos são necessários para validar os resultados)

TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS APLICADOS ÀS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS

✔1. Estudo de Casos/Série de

Casos – relato de um caso ou mais com detalhes de características clínicas e laboratoriais. O exemplo original descrição de série de casos de AIDS em homens jovens homossexuais e Sarcoma de Kaposi.

TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS APLICADOS ÀS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS

✔ 2. Estudo Transversal - (seccional, corte, corte-transversal,vertical, pontual ou prevalência)

– [causa e efeito] ou [exposição ao fator e doença] são investigados ao mesmo tempo. – Na análise de dados é que se saberá quem são os “expostos” e “não-expostos” e quem são os “doentes” e sadios”. – Exemplo clássico: migração e doença mental

TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS APLICADOS ÀS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS

✔ Delineamento de um estudo

transversal – 1. Seleção da população – 2. Verificação simultânea da exposição e da doença – 3. Análises de dados

TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS APLICADOS ÀS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS

Estrutura de um Estudo Transversal amostra

Expostos doentes (a)

Expostos n-doentes (b)

N-expostos doentes (c)

N-expostos n-doentes (d)

TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS APLICADOS ÀS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS Estudo Transversal: Migração e doença mental em adultos de meia idade _______________________________________________________

Exposição ao fator

Doença Mental Sim Não Total

Migrante N-Migr.

18 21

282 679

300 700

Tx.

Prev.(%)

6 3

_____________________________________________ Total

39

961

1000

4

_____________________________________________ Razão de Prevalência: 2; Fonte: Pereira, 1995

TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS APLICADOS ÀS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS

✔ 3. Estudos Ecológicos – avaliam correlações ou tendências baseadas em informações derivadas de outros grupos; – áreas geográficas são geralmente as unidades de análise; – servem para levantar hipóteses; – são pesquisas estatísticas; – Exemplo: associação entre álcool e Ca estômago

TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS APLICADOS ÀS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS Área 1

Tabelas dos Estudos Ecológicos Doença

Exposição

Presente

Ausente

Presente

a1=?

b1=?

a1+b1

Ausente

c1=?

d1=?

c1+d1

Total

a1+c1

b1+d1

Total

a1+b1+c1+d1

Área 2 Doença

Exposição

Presente

Ausente

Total

Presente

a2=?

b2=?

a2+b2

Ausente

c2=?

d2=?

c2+d2

Total

a2+c2

b2+d2

a2+b2+c2+d2

TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS APLICADOS ÀS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS ✔ 4. Estudos de Caso-Controle - a investigação parte do

“efeito” para chegar às “causas” – –



pesquisa etiológica, retrospectiva, de trás para frente, após o fato consumado; as pessoas são escolhidas porque tem uma doença (os casos) e as pessoas comparáveis sem a doença (os controles) são investigadas para saber se foram expostas aos fatores de risco. Exemplo - Surto de diarréia em General Salgado e via de transmissão - Água da rede pública e o agente etiológico - Cyclospora cayetanensis

TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS APLICADOS ÀS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS

✔ Delineamento de um estudo de Caso-Controle

– 1. Seleção da população com as características que possibilitem a investigação exposição-doença; – 2. Escolha rigorosa dos casos e controles – 3. Verificação do nível de exposição de cada participante – 4. Análise dos dados

TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS APLICADOS ÀS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS

✔ Estrutura de um Estudo de Caso-Controle

(amostras)

Análise de Dados

a

Expostos

b

Não Expostos

c d

Expostos Não Expostos

Doentes Grupos de Casos

Não-Doentes Grupo de Controles

Popula ção

TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS APLICADOS ÀS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS Caso-controle: Associação toxoplasmose e debilidade mental em crianças _______________________________________________________

Sorologia para Toxo

Deficiência mental Sim (casos) Não (controles)

Sim Não

255

45 285

Total

300

300

15

______________________________________________ OR = (45x285)/(15x255)=3,35 Fonte: Pereira, 1995

TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS APLICADOS ÀS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS

✔ 5. Estudos de Coorte - parte-se da

“causa” em direção ao “efeito” – observam-se situações na vida real - por exemplo - exercício físico e coronariopatia; dieta e coronariopatia, etc.. – os grupos são acompanhadas por um determinado período de vida – Estudos prospectivos (dieta e coronariopatia) e retrospectivos (investigação de surtos)

TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS APLICADOS ÀS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS

Exposição

Estudo de Coorte

Doença

Estudo de CasoControle

Estudo Transversal Fonte:Pereira, 1995

TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS APLICADOS ÀS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS Coorte: Associação exercício físico e mortalidade por coronariopatia _______________________________________________________

Atividade Óbitos física Sim Não Total por mil Sedentário 400 4.600 Não-sedentário 80 1.920 Total

480

Tx. Mort. 5.000 2.000 6.520

80 40 7.000

69

______________________________________________ RR= 80/40=2

Fonte:Pereira, 1995

TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS APLICADOS ÀS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS



Estrutura de um Estudo de Coorte (amostra)

a

Doentes

População Expostos Casos

Não-Expostos Controle Observação/medição da exposição

Não-doentes Doentes

Não-doentes

b c d

Análise de Dados

TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS APLICADOS ÀS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS ✔ 6. Estudos Experimentais - ensaios clínicos

randomizados – parte da “causa” para o “efeito”, os participantes são colocados aleatoriamente nos grupos - de estudo e de controle; – realiza-se a intervenção em apenas 1 dos grupos (vacina, medicamentos, dietas, etc..- o outro grupo recebe placebo); – Compara-se o RR nos dois grupos OBS: São estudo de intervenção - os participantes são submetidos à condições artificiais

TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS APLICADOS ÀS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS

✔ Estrutura dos Estudos clínicos randomizados: Expostos Participantes Não-expostos Grupos por randomização

TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS APLICADOS ÀS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS Ensaio clínico randomizado: eficácia de vacina e placebo _______________________________________________________

Grupos

Casos de Doenças Sim Não Total Taxa Incidência Vacinados 20 980 1.000 2 Não-vacinados 100 900 1.000 10 Total

120

1.880

2.000

6

______________________________________________ RR= 2/10=0,2

Fonte:Pereira, 1995

Vacinados = vacina - fator de proteção

TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS APLICADOS ÀS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS

✔ Validade de uma investigação - grau de correção das conclusões alcançadas – validade interna - conclusões são corretas para a amostra investigada – validade externa - pode extrapolar para a população de onde veio a amostra ou para outras populações

TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS APLICADOS ÀS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS

✔ Viés Metodológico - sinônimo de erro

sistemático, vício, tendenciosidade, desvio, bias (do inglês) – Viés de seleção - erros referentes à escolha da população/pessoas. – Viés de aferição - erros na coleta, nos formulários, nas perguntas, despreparo dos entrevistadores. – Viés de confundimento - interações entre variáveis, outras associações, análise estatística inadequada.

TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS APLICADOS ÀS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS

✔ Avaliação dos resultados - testes

estatísticos para encontradas ✔ Y = f (X)

as

associações

TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS APLICADOS ÀS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS Vantagens e desvantagens dos principais desenhos de estudos epidemiológicos

Tipo Estudo de caso usado para

Vantagens

Desvantagens

barato e fácil para

não pode ser

gerar hipóteses

testar hipóteses

Série de casos fornece dados descritivos controle, não pode hipóteses

sem grupo

em doenças características

Transversal permite conhecer tempo da exposição Ecológico dificuldade para controlar

ser usado para testar

permite conhecer prevalência, fácil, pode gerar hipóteses

respostas

rápidas,

pode

gerar

não

TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS APLICADOS ÀS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS Tipo Caso-controle de controles, bias nos dados incidência não medida

Vantagens

Desvantagens

permite estudos múltiplos de

Difícil seleção

exposição e doenças raras, requer

possibilidade de

poucos sujeitos, logística fácil e

de exposição, a

rápida, não tão caro

pode ser

Coorte Permite estudos múltiplos de bias nos efeitos,

Possibilidade de

efeitos e exposições raras, menor tempo, inadequado

caro, exige

raras, poucas

possibilidade de bias na seleção e

nos dados de exposição, a incidência exposições, perda dos sujeitos pode ser medida

para doenças

TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS APLICADOS ÀS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS ✔ BIBLIOGRAFIA ✔ Gordis, L. Epidemiology. W.B. Daunders ✔

✔ ✔ ✔

Company, Baltimore, Philadelphia, 1996. Newbold, P. Statistics for Business & Economics, Ed. Prentice-Hall, Englewood Cliffs, New jersey, 4 th Edition, 1994. Pereira, MG. Epidemiologia - Teoria e Prática. Ed. Guanabara/Koogan, 1995. Veronesi, R. & Focaccia R. Tratado de Infectologia. Ed. Atheneu, 1996. Waldman, EA & Costa Rosa, T. E. Vigilância em Saúde Pública. Coleção Saúde & Cidadania. Ed. Peirópolis, Vol. 7, 1998.

✔ Nosso site: ✔ http://www.cve.saude.sp.gov.br < Doenças

Transmitidas por Água e Alimentos > ✔ Nossos telefones: ✔ DV Hídrica - (11) 3081-9804 ✔ Central CVE - 0800-55 54 66 ✔ Nosso e. mail ✔ [email protected]

More Documents from "noebauermarcos"

Estudoepi_aula
June 2020 2
Dta_outras
June 2020 3
Esqui Diaglab
June 2020 2
June 2020 3