Hemograma

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  • Pages: 58
Hemograma

 Eritrograma  Leucograma  Série plaquetária

Hemograma • O hemograma é um exame realizado no sentido de avaliar as células sanguíneas de um indivíduo. • O exame é requerido pelo médico para diagnosticar ou controlar a evolução de uma doença.

Eritrograma

Eritrograma Nº de glóbulos vermelhos Heritrograma (Ht) Volume globular médio (VGM) Concentração em hemoglobina (Hb) Hemoglobina globular média (HGM) Conc. de hemoglobina globular média (CHGM) RDW

O eritrócito • Glóbulos vermelhos são células anucleadas e sem nem organelos, em forma de discos bicôncavos, também designadas por eritrócitos, hemácias ou células vermelhas. • São constituídas basicamente por globulina e hemoglobina.

• A sua função é transportar o oxigénio (principalmente) e o dióxido de carbono (em menor quantidade) aos e dos tecidos.

Contagem de Eritrócitos • método manual - admite-se um erro de ±0,5 x 1012/L 4,5 ← 5,0 x 1012 → 5,5 • método automático - erro menor, de ±0,1 x 1012/L 4,9 ← 5,0 x 1012 → 5,1 • Intervalo de referência: Homem: 4,5 – 6,5 x 1012/L Mulher: 3,8 – 5,8 x 1012/L

E lá vai , 1 ertrócito, e 2, e 3, e 4, e…

Contagem de eritrócitos

Câmara de Neubauer A câmara está dividida em 9 quadrados (grandes)

Cada um destes está dividido em 25 quadrados mais pequenos

Hematocrito É o volume ocupado pelos eritrócitos num volume de 1000 ml de sangue total. • Macro-método (técnica de Wintrobe)

Micro-método

Tabela de Leitura

RDW É um índice da variação de tamanho dos eritrócitos dentro de uma população. •

Podem ser classificados em:

RDW • Pode ser analisado através de esfregaço • Auto analisador

Volume globular médio

Hemoglobina • A hemoglobina (frequentemente abreviada como Hb) é uma metaloproteína que contém ferro e está presente nos glóbulos vermelhos (eritrócitos). • A sua função é o transporte de oxigénio pelo sistema circulatório para os tecidos.

Electroforese da Hemoglobina

Aparelh o Este aparelho vai servir para distinguir os diferentes tipos de Hb. Os diferentes tipos de Hb que existem são: • Hb A •Hb A2-C-E • Hb F •Hb M •Hb S - D

Resultad o

Reticulócitos •

São eritrócitos não nucleados imaturos que contêm ácido ribonucleico (RNA) e continuam a sintetizar hemoglobina após a perda do núcleo.



É executado através de um esfregaço, onde o sangue é incubado temporariamente numa solução com azul de metileno ou azul brilhante de cresil, o RNA precipita. Procede-se a contagem manual. A percentagem de reticulócitos é determinada em, pelo menos, 1000 eritrócitos.

• •

• •

- Intervalo de referência: percentagem: 0,2 – 2,0% valor absoluto: 25 – 85 x 109/L

Velocidade de Sedimentação

Velocidade de Sedimentação

•Sedimentação dos glóbulos do sangue

•Analise inespecífica

•sangue, misturado com anticoagulante, em pipetas ou tubos de características especiais

VS está normalmente alterada •Infecções; •Inflamações; •algumas patologias •factores fisiológicos.

VS é usada •Diagnóstico e prognóstico •Estudo e tratamento das modificações: Número, forma, tamanho dos eritrocitos Alterações da composição plasmática

FASES DA SEDIMENTAÇÃO ♦ Fase preliminar ♦ Sedimentação do “rouleaux” ♦ Sedimentação mais lenta

Alteração da VS B) -fibrinogénio e outras proteínas de fase aguda ou imunoglobulinas -aumentam a VS -albumina -reduz a VS a) alterações no volume tamanho forma numero

a)Eritrocitos b)Composiçao do Plasma c)Factores mecânicos ou técnicos

relação entre glób. e plasma

c) • tubo na vertical • evitar o movimento e a vibração • variações de temperatura ambiente -não interferem, variações maiores -causa interferência • alterações no comprimento ou no diâmetro interno do tubo da VS também afecta

extensão de formação de “rouleaux”

diferença de densidade entre células e plasma

DETERMINAÇÃO DA VELOCIDADE DE SEDIMENTAÇÃO ERITROCITÁRIA

avaliação da “deposiçao” dos glóbulos num determinado período de tempo medida do tempo para que os glóbulos percorram um determinado trajecto

Dois grupos

•Macrotécnicas - Wintrobe e a de Westergreen •Microtécnicas microsedimentação

TÉCNICA DE WESTERGREEN Material Amostra - sangue venoso citratado (citrato trissódico a 3,8% na proporção de 1/4),

Pipeta de westergreen - 30 cm de comprimento e 2,4 a 2,5 mm de diâmetro; apresenta graduação de 0 a 200.

Processo

•Aspirar o sangue para uma pipeta westergreen até à marca zero. •Colocar a pipeta num suporte adequado •Após 60 minutos - faz-se a leitura da VS •Após 120 minutos – nova leitura da VS

Intervalo de referência: 1ª hora: 3-5 mm (Homem) 4-8 mm (Mulher)

2ª hora: 4-12 mm (Homem) 5-16 mm (Mulher)

Índice de Kats: 2-6 mm (Homem)

Índice de Katz (IK): IK= [VS à 1ª hora + (VS à 2ª

TÉCNICA DE WINTROBE

Material mostra e tubo - igual à determinaçao do hematocrito

Processo Colocar num suporte durante 1 hora Fazer a leitura e registo do valor VS

Leucograma

Leucograma nºGB/l de sangue Citologia leucocitária Fórmula leucocitária

Os leucócitos, também conhecidos como glóbulos brancos, são células incolores e de forma esférica produzidas na medula e presentes no sangue, linfa, orgãos linfóides e vários tecidos conjuntivos, que têm como função as defesas celulares e imunocelulares do organismo.

Câmara de Neubauer

Métodos visuais

Colocar a lamela

Colocar a mistura da amostra com o liquido diluidor (Hayem)

Efectuar a contagem de leucócitos

Métodos automáticos método manual - erro ± 1,0 x 109/L 6,0 ← 7,0 x 109 → 8,0 método automático - erro menor, ±0,1 x 109/L 6,9 ← 7,0 x 109 → 7,1

Os leucócitos devem ser contados diferencialmente e o resultado dessa contagem deve ser expresso em Intervalo referência: percentagem e emde valor absoluto. 4,0 – 11,0x109/L Leucocitose – aumento do número de leucócitos no sangue Leucopenia – diminuição do número de leucócitos no sangue

Os leucócitos devem ser facilmente identificáveis, intactos e com uma distribuição homogénea.

Porém é inevitável que os linfócitos predominem no centro e os granulócitos e monócitos predominam na margem e cauda.

Devem ainda observar-se quanto a alterações morfológicos e à presença de formas atípicas.

Neutrófi lo

São os leucócitos mais abundantes no sangue humano, cerca de 65% (num adulto), porém também são que Estão envolvidos naos defesa possuem menos bacteriana tempo de vida. contra infecção e outros pequenos processos Apresenta-se como uma célula inflamatórios. de diâmetro entre 12-15 µm. Núcleo polilobulado, de 3 a 5 lóbulos (geralmente apresenta 3) ligados por um fino filamento nuclear.

Intervalo de referência: 1,8-7,0 x 109/L (no adulto branco) 1,1-7,0 x 109/L (no adulto preto) 1,5-8,5 x 109/L (12 meses)

Neutrofilia – aumento do número de neutrófilos no sangue Pneumonias, meningites, infecções intestinais, faringo-amigdalites, sarampo e varicela Neutropenia – diminuição do número de leucócitos no sangue

Eosinófilo Constituem cerca de 2 a 4% dos leucócitos. Estão envolvidos na defesa contra infecções parasitárias e processos alérgicos, fagocitam complexos de antigénioanticorpo. Apresnta-se como uma célula de diâmetro entre 9-15 µm. Núcleo, geralmente biforcado, de 2 a 3 lóbulos ligados por um

Intervalo de referência: 0,04-0,45 x 109/L (no adulto branco) 0,05-0,7 x 109/L (12 meses)

Eosinofilia – aumento do número de eosinófilos no sangue Parasitoses, doenças alérgicas e da pele, radioterapia, leucemia eosinófilica Eosinopenia – diminuição do número de eosinófilos no sangue Doenças infecciosas, uso de

Basófilo Contituem menos de 1% dos leucócitos no sangue, por isso são difíceis de encontrar no esfergaço sanguíneo. São responsáveis pela resposta alérgica e liberação da histamina. Apresnta-se como uma célula esférica de diâmetro entre 1015 µm. Núcleo volumoso, irregular e retorcido, geralmente com a

Intervalo de referência: 0-0,2 x 109/L (no adulto branco e crianças)

Basofilia – aumento do número de basófilos no sangue Síndromes mieloproliferativas

Linfócito Constituem cerca de 24 a 32% dos leucócitos. Apresnta-se como uma célula de diâmetro entre 6-12 µm, porém as crianças apresentam linfócitos grandes, de diâmetro entre 12-16, que contêm granulações vermelho-púpura. Núcleo monulear redondo, com cromatina bastante condensada

Produçã o de anticor pos e respost a imune

Capazes de destruir o vírus Coorde nação da respost a imune

Destrui ção das células infectad as

Após um estimulo transformam-se em plasmócitos.

Intervalo de referência: 1,5-4 x 109/L (no adulto branco) 4,0-10,5 x 109/L (12 meses)

Linfocitose– aumento do número de linfócitos no sangue Sifílis, leucemia linfática crónica, síndrome mononucleósica Linfopenia – diminuição do número de linfócitos no sangue Doença de Hodgkin, radoterapia

Monócito Constituem cerca de 6% dos leucócitos. Apresnta-se como uma célula de diâmetro entre 14-20 µm, sendo assim os leucócitos de maiores dimensões. Núcleo ovóide, em forma de rim ou ferradura, geralmente excêntrico e com cromatina num arranjo mais frouxo e delicado do que nos linfócitos.

Os monócitos do sangue desenvolvem-se a partir da medula óssea, permanecendo na corrente sanguínea apenas durante alguns dias, pois representam uma fase na maturação da célula mononuclear fagócitária na medula óssea. Por fim, os monócitos deslocam-se para os tecidos e orgãos onde são transformados em macrófagos, que têm como principal função a fagocitose.

Intervalo de referência: 0-0,8 x 109/L (no adulto branco) 0,05-1,1 x 109/L (12 meses)

Monocitose – aumento do número de monócitos no sangue Tubercolose, brucelose, malária, leucemias monóciticas agudas e crónicas, leucemia mielomonócitica crónica, pós-aplasia. Anemia aplástica, agranulocitose Monocitopenia – diminuição do número tricoleucemia deemonócitos no sangue

Plaquetas

O que são plaquetas? • As plaquetas sanguíneas ou trombócitos

são fragmentos de células presentes no sangue e que são formados na medula óssea, a partir de megacariócitos que se fragmentam. • Contribuem na formação dos coágulos

sanguíneos, integrando o processo de coagulação. • Medem cerca de 1 a 3 micrómetros de diâmetro.

Esfregaço Estudo morfológico das Plaquetas

• a plaqueta em média circula no sangue entre 9 a 10 dias.

Depois é sequestrada pelo baço e destruída pelo o mesmo.

•em pequenas proporções, plaquetas de maior tamanho (3 a 5 micrómetros de diâmetro).

Trombocitopenia: É a diminuição do número de plaquetas no sangue.

Causas Redução da produção medular - aplasia medular. Alguns medicamentos; pessoas que fazem quimioterapia. Gravidez

Aumento do sequestro esplênico: a esplenomegalia eleva a quantidade de plaquetas aprisionadas no baço, aumentado a lise plaquetária. Aumento da destruição das plaquetas: o tempo de semi- vida pode ser diminuído devido a vasos anormais ou próteses vasculares.

Sinais e sintomas

Pacientes com trombocitopenia possuem maior tendência para apresentar fenómenos hemorrágicos (hemorragias), a depender da causa da trombocitopenia e do número total de plaquetas.

Trombocitose • é o aumento do número de plaquetas

no sangue. •Quanto à origem pode ser reactiva (secundária) ou essencial (primária). Apesar de frequentemente assintomática (particularmente quando se origina como uma reacção secundária), pode provocar uma predisposição para a trombose.

causas:  período inicial pós - hemorrágico; pós - cirúrgico e pós – traumático. E pacientes que retiram o baço (esplenectomizados).

Sinais e sintomas Um aumento plaquetário não significa necessariamente a presença de problemas clínicos, e são detectados pelo um hemograma de rotina. Os testes laboratoriais podem incluir: hemograma, enzimas hepáticas, função renal e taxa de sedimentação eritrocitária.

Náuseas, vómitos, perda de noção espacial e formigueiro nas extremidades.

Auto analisador

Conclusão • O Hemograma não é um exame do qual se possa concluir a existência exacta de algumas patologias. • Ajuda sim no complemento do seu diagnóstico. • É um exame básico em análises clínicas.

Bibliografia • www.wikipédia.org • Caquet, R. Guia Prático de Análises Clínicas. Climepsi • Henry, J. B. Clinical Diagnosis and Managment by Laboratory Methods. Twentieth Edition • Almeida, C. Trabalhos práticos de Hematologia Clínica I. (2007/2008) • Almeida, C. Material didáctico das aulas teóricas de Hematologia Clínica I. (2007/2008) • Seeley, R. R. , Stephens, T. D. , Tate, P. Anatomia & Fisiologia. (2003) 6ª ed. Lusociência, Loures.

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