MARIONETE HUMANA
CIRCO E SONHO
PAULO EMÍLIO LISBOA/DIVULGAÇÃO
MAURICIO CUCA/ DIVULGAÇÃO
Marina, uma atriz ‘manipulável’
Todos os atores tocam instrumentos
VALSA Nº 6
O CAPITÃO E A SEREIA
Exercício: a peça surgiu em uma oficina para atores do Tapa. Lição de casa: a montagem do monólogo de Nelson ainda precisa amadurecer
Para crianças? A peça é baseada em um livro infantil pernambucano. Nem tanto: mas há reflexões muito maduras sobre escolhas de vida
O
A
Onde: Viga Espaço Cênico. Sala Piscina (40 lug.). R. Capote Valente, 1.323, Sumaré, 3801-1843. Quando: sáb., 21h; dom., 19h. 50 min. 14 anos. Quanto: R$ 30.
Onde: Sesi Vila Leopoldina (80 lug.). R. Carlos Weber, 835, 3833-1092. Quando: 5ª a sáb., 20h; dom., 19h; 6ª também 16h. 70 min. 14 anos. Quanto: grátis (ingressos 1h antes). Até 29/11.
Grupo Tapa é uma das principais companhias brasileiras de repertório – em 30 anos, o diretor Eduardo Tolentino levou ao palco alguns dos mais importantes textos do país, em montagens como ‘O Noviço’ (Martins Pena) e ‘Querô’ (Plínio Marcos). Com Valsa nº 6, de Nelson Rodrigues, que estreia amanhã (10) no Viga, o grupo parece mudar o foco da formação de público para a formação de novos artistas. Como ‘Mão na Luva’, do início do ano, esta montagem surgiu em uma oficina de atores. A atriz Marina Ballarin levou para a aula o único monólogo de Nelson, sobre uma garota de 15 anos assassinada com um punhal enquanto tocava a valsa de Chopin. Confusa, ela repassa sua vida breve no próprio velório. Marina é uma marionete no palco, presa por fios, inventividade que sugeria, durante a oficina, que a experimentação pudesse se tornar um espetáculo. Mas tudo ainda tem cara de exercício, apesar da estreia promissora na direção da atriz Clara Carvalho. Um bom exercício. (Lucas Pretti)
trupe de atores mambembes Tropega, Mas Não Escorrega atravessa o sertão contando histórias, até que um dia o líder Capitão Marinho vai embora para realizar um antigo desejo: conhecer o mar. Enquanto ele não volta, os artistas tentam ludibriar o público para esconder sua ausência. O enredo simples de O Capitão e a Sereia torna mais visível a criatividade da montagem do grupo potiguar Clowns de Shakespeare, baseada no livro do pernambucano André Neves. Com direção de Fernando Yamamoto, a peça trabalha com elementos caros aos Clowns, uma das companhias mais respeitadas do país: um certo ar circense, muita música, imagens de grande força poética e humor. Mas também representa uma mudança de rumos, na busca de uma criação dramatúrgica coletiva. Eles abriram os ensaios desde o início do processo de criação. O espetáculo, de extrema candura, levanta questionamentos sobre os sonhos dos homens para transformá-los em realidade. (Guilherme Conte)
78 Guia O Estado de S. Paulo 9/10/09
Teatro
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