ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” Peixes Enguia Anguilla anguilla
Onde se Observa Norte
Bacia do Minho e do Lima, Cávado, Ave e Douro.
Centro
Bacia do Vouga, Mondego.
Lisboa/Vale do Tejo
Bacias do Tejo e Sado.
Alentejo
Bacia do Mira, Odeceixe, Aljezur, Guadiana.
Algarve
Bacias do Guadiana e do Arade.
Habitats de ocorrência Cursos de água Estuários e rios sujeitos a marés Mar aberto
Enguia Anguilla anguilla
Rio” Peixes
Alimentação
Habitat
A Enguia é um peixe omnívoro, e sobretudo
É uma espécie tipicamente de albufeiras e
carnívoro, muito voraz. Após entrar no ciclo de água doce alimenta-se de pequenos peixes, crustáceos, anfíbios, grandes larvas, etc., tudo que seja animal vivo, morto ou mesmo em decomposição.
cursos de água com corrente fraca e muita vegetação Tem o hábito de nas águas pouco profundas
se fossar no fundo a fim de provocar turvação e costuma vir à superfície para aspirar o ar. Gosta especialmente de zonas pouco
profundas (1m a 5m) e de preferência com vegetação, árvores, ou qualquer outro tipo de estruturas, refugiando-se nos fundões nas alturas de frio ou calor mais intenso. Possui ainda uma enorme capacidade para
águas salobras assim como uma impressionante resistência fora de água, conhecem-se casos de exemplares que sobreviveram após mais de 1 hora sem água.
Em alguns locais e beneficiando de determinadas situações naturais a Carpa consegue atingir cerca de 1 metro de comprimento e com um peso que poderá
Reprodução Após um longo ciclo de vida em água
continentais, entre 5 e 12 anos, no início do Outono a Enguia empreende o regresso ao Mar dos Sargaços, onde tem lugar a reprodução, sendo a postura feita a profundidades que vão dos 300 aos 600/700 metros, quando a temperatura estabiliza nos 16ºC ou 17ºC. Cada fêmea pode reproduzir o impressionante número de 1 milhão de ovos ou até mais. A incumbação dura mais ou menos 30 dias e
após a eclosão das larvas estas ficam dissimuladas em pequenas algas em deriva e logo arrastadas pela chamada corrente do Golfo que cruza o oceano.
Rio” Peixes
ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” Peixes
Cavalo-marinho Hippocampus hippocampus Descrição geral MORFOLOGIA GERAL:
Forma do corpo muito característica: a cabeça forma um ângulo muito pronunciado com o corpo; sem barbatana caudal, mas com uma cauda preênsil, de secção quadrangular. Os machos possuem uma bolsa incubadora subcaudal.
Habitat Estuários e lagoas costeiras. Sobre fundos arenosos até 30 metros de profundidade.
Alimentação Carnívora, alimenta-se fundamentalmente de pequenos crustáceos.
Reprodução
COLORAÇÃO:
Ocorre de Abril a Outubro.
variável, castanha ou anegrada, por vezes
A fêmea deposita a postura na bolsa incubadora do macho, onde decorre o desenvolvimento embrionário durante 3 a 5 semanas.
com manchas mais claras. Barbatana dorsal com uma banda submarginal escura. DIMENSÕES: até 15 cm de comprimento.
Na altura da expulsão, os juvenis têm cerca de 15 mm de comprimento e são réplicas perfeitas dos adultos.
CavaloCavalo-marinho Hippocampus
Rio” Peixes
Onde se Observa Norte
Zona costeira.
cavalo-marinho é um peixe muito, muito estranho.
Centro
A cabeça é parecida com a de um cavalo, o corpo é comprido e está coberto com umas placas que parecem ossos.
Lisboa/Vale do Tejo
Sabias que o cavalo-marinho é um dos poucos peixes que nada de pé? Para isso usa a ajuda das barbatanas que tem nas costas e na cauda. Com a ajuda da sua boca comprida, o cavalo marinho consegue comer um pouco de tudo. Mas tem que ser pequenino, tal como ele. Come peixinhos, crustáceos e bichinhos muito pequenos que há na água e mal se vêem.
Zona costeira.
Zona costeira, Estuário do Tejo, Estuário do Sado. Alentejo
Zona costeira, Estuário do Mira. Algarve
Zona costeira, Ria Formosa, Ria do Alvor.
ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” CavaloCavalo-marinho Peixes Hippocampus
Sabias que, como não tem dentes, o cavalo-
marinho aspira os alimentos? Na época de acasalamento, o macho dança
com a fêmea, roçando a barriga um no outro.
Assim, a fêmea coloca os seus ovos numa bolsa da barriga do macho que os conserva lá até os bebés nascerem. Pois é, quem dá a luz são os papás! Sabias que o cavalo-marinho nada muito mal?
Para se deslocar desenrola a cauda, dobra o corpo e agita as barbatanas das costas. De resto está quase sempre agarrado às
plantas marinhas.
ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” Peixes Solha
Onde se
Observa
Norte
Zona costeira.
Platichthys flesus Habitat
.
Espécie demersal, sobre fundos arenosos, areno-
vasosos e vasosos das águas litorais até 60 metros de profundidade, dos estuários e lagunas; penetra por vezes em águas doces.
Centro
Zona costeira. Lisboa/Vale do
Tejo Zona costeira, Estuário do Tejo, Estuário do Sado.
Alimentação Alimenta-se de peixes pequenos e invertebrados.
Alentejo
Os jovens alimentam-se de copépodes, diatomáceas
Algarve
(algas), larvas de quironomídeos (insectos), posteriormente de crustáceos, anfípodes e caranguejos pequenos; os adultos alimentam-se de moluscos bivalves, peixes, anelídeos poliquetas e crustáceos. Reprodução Reproduz-se no mar, no Inverno e princípio da
Primavera. MATURAÇÃO: aos 3 anos para os machos e aos 4 para as fêmeas. Crescimento rápido.
Zona costeira.
Zona costeira, Ria Formosa
“O Rio” Peixes
Solha Platichthys flesus
Descrição geral MORFOLOGIA GERAL: Corpo assimétrico oval, mais ou menos
romboidal quando as barbatanas dorsal e anal se encontram distendidas. Perfil da cabeça ligeiramente côncavo; os dois
COLORAÇÃO: acastanhada, acinzentada ou esverdeada, uniforme ou pintalgada com manchas mais escuras; por vezes apresenta, no lado oculado, pequenas manchas vermelhas ou alaranjadas; face cega branca, por vezes com algumas manchas castanhas; barbatanas com pontos ou bandas escuras. DIMENSÕES: máximo até 50 cm de comprimento standard, mas raramente mais do que 30 cm. LONGEVIDADE: 9 anos para as fêmeas e 7 para os
olhos sobre o lado direito, o olho inferior ligeiramente à frente do superior; espaço interorbital estreito, em forma de crista; crista pós-ocular mais ou menos rugosa, terminando numa protuberância arredondada; tubérculos ósseos quase sempre presentes sobre a parte anterior da linha lateral e por vezes sobre outras regiões do corpo; a linha lateral descreve uma curva baixa sobre a barbatana peitoral. Não tem raios espinhosos nas barbatanas;
peitorais e pélvicas bem desenvolvidas sobre as duas faces; caudal ligeiramente arredondada e truncada.
Rio” Peixes Linguado Solea senegalensis Onde se Observa Norte
Zona costeira. Centro
Zona costeira. Lisboa/Vale do Tejo
Zona costeira, Estuário do Tejo, Estuário do Sado. Alentejo
Zona costeira, Estuário do Mira. Algarve
Zona costeira, Ria Formosa, Ria de Alvor
ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” Peixes
Linguado Solea senegalensis Descrição geral
MORFOLOGIA GERAL: Corpo assimétrico oval. Os dois olhos sobre o
lado direito; narina anterior da face cega não alargada, a distância que a separa do perfil dorsal compreendida 2 a 2,5 vezes naquela que a separa da comissura bucal; focinho arredondado; caudal reunida à dorsal e anal por uma membrana. Linha lateral com 120138 escamas, rectilínea, com uma ramificação supra-temporal levemente incurvada. COLORAÇÃO: face oculada cinzento acastanhada com
numerosas manchas pequenas azuis, que tendem a desaparecer após a morte; barbatana peitoral da face oculada com a membrana preta e raios cinzento amarelado; caudal de cor uniforme; face cega esbranquiçada. DIMENSÕES: máximo até 60 cm de comprimento standard, mais comum
Habitat Espécie demersal em fundos de areia ou vasa,
em águas costeiras até 100 metros de profundidade e em águas salobras de lagoas e estuários. Alimentação Alimenta-se de pequenos invertebrados
bentónicos, principalmente poliquetas e moluscos bivalves, mas também larvas de quironomídeos (insectos) e pequenos crustáceos. Reprodução Ocorre durante a Primavera e Verão. Posturas entre Maio e Agosto, com um pico
em Junho na Península Ibérica e Golfo da Biscaia. MATURAÇÃO: aos 25 cm.
ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” Peixes
Savelha Alosa fallax Onde se Observa Norte
Bacias do Minho e do Lima. Centro
Bacias do Vouga e Mondego. Lisboa/Vale do Tejo
Bacia do Tejo. Alentejo
Bacias do Sado e do Mira. Algarve
Bacia do Guadiana
ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” Peixes Caboz Pomatoschistus minutus Onde se Observa: Norte
Zona costeira. Centro Zona costeira. Lisboa/Vale do Tejo Zona costeira, Estuário do Tejo, Estuário do Sado. Alentejo Zona costeira, Estuário do Mira, Lagoa de Sto. André. Algarve Zona costeira, Ria Formosa, Ria do Alvor.
ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” Caboz Peixes Pomatoschistus minutus Descrição geral MORFOLOGIA GERAL: Corpo relativamente alongado, sub-cilíndrico. Duas barbatanas dorsais. Pedúnculo caudal mais longo que a base da
segunda barbatana dorsal. Cabeça larga, deprimida. Olhos em posição dorso-lateral. Barbatanas pélvicas unidas num disco oblongo. Barbatanas peitorais sem raios superiores livres.
COLORAÇÃO: amarelada ou acinzentada com reticulações e
pontuações escuras. Machos com quatro barras verticais escuras nos flancos.
Habitat Espécie bentónica costeira, habitualmente até
20 metros de profundidade, ocasionalmente 70 metros, sobre fundos vasosos e arenosos.
Alimentação Carnívora, alimenta-se essencialmente de
crustáceos e anelídeos.
Reprodução Ocorre na Primavera. A maturidade sexual é atingida aos 7-12
meses de idade. O macho defende um território que contenha um substrato de postura adequado (conchas ou pedras), sob o qual a fêmea deposita ovos adesivos de forma elíptica. Cuidados parentais até à eclosão. Larvas
ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” Peixes
FANECA Bib, Pouting, Pout, Whiting, Poor cod Trisopterus Luscus FAMÍLIA: GADIDAE
Espécie de natureza gregária, encontra no
cardume a segurança e a defesa contra os predadores. Vulgar ao longo da costa portuguesa, o seu
número tem vindo a decrescer gradualmente, possivelmente devido à contaminação dos estuários.. Essencialmente carnívora quando adulta,
ocorre até aos 150 metros, aproximando-se da costa entre os meses de Outubro e Fevereiro. Apresenta uma boca grande com pequenos
dentes e a maxila inferior proeminente com barbilho, utilizado como órgão sensitivo, olhos grandes e salientes adaptados à visão em águas profundas, onde a iluminação é escassa.
Rio” Peixes
FANECA Bib, Pouting, Pout, Whiting, Poor cod Trisopterus Luscus FAMÍLIA: GADIDAE Cresce só até aos 40 cm, cor de cobre com
manchas escuras no dorso e uma mancha preta na base das barbatanas peitorais. Corpo fusiforme, barbatanas sem raios
espinhosos, e excelente nadadora, alimentase preferencialmente à noite e de uma forma muito rápida. A sua pesca não apresenta grandes
dificuldades, embora a sua "picada" seja leve e nem sempre fácil de sentir. Como costuma ocorrer em cardumes de vários indivíduos, devem montar-se 2 a 3 anzóis não muito grandes e a diferentes alturas, utilizando-se como isco filetes de sardinha, cavala ou carapau, minhoca do mar, ganso ou casulo, de preferência durante a noite e em águas de alguma profundidade. É um peixe de fácil captura devido à sua
natureza voraz. A carne da faneca é muito saborosa, embora não muito rija, e de conservação difícil, o que
ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” Peixes
Robalo Dicentrarchus labrax
Predador voraz que pode chegar até aos 11kg,
e medir cerca de 100cm. Muito frequente nas nossas costas, e penetra com frequência nos estuários; forma cardumes compactos para a reprudução. Gosta de fundos baixos constituidas-dos porlages(rochas planas e rasas no fundo), e de fundos de areão, preferindo águas agitadas com arrebentação para se alimentar. Existe outra especie de robalo chamada vária ou baila, este ao contrario do robalo comum tem pequenas manchas pretas dispersas sobre o dorso e os flancos Alimentação Pequenos peixes e de uma grande variadade
de invertebrados (camarões, caranguejos, lulas, etc...). Reprodução de Janeiro a Março. Atinge a maturidade
sexual no segundo ano para o macho(23 a 30 cm), e no terceiro ano para as fêmeas(31 a 40 cm).
ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” lampreia-marinhaPeixes (Petromyzon marinus) Nas noites frias de Inverno e dos primeiros dias
de Primavera, as lampreias-marinhas entram nos estuários e dirigem-se para os cursos superiores dos rios onde se irão reproduzir. Porém, a maior parte nunca irá atingir os locais de reprodução. Como esta espécie migradora é alvo de importante exploração comercial muitos indivíduos assim que entram nos rios são capturados. Os que escapam vão encontrar mais a montante obstáculos intransponíveis como é o caso das barragens. Estes e outros factores estão a pôr em perigo a sobrevivência desta espécie. CARACTERISTICAS A lampreia anádroma que se conhece, podendo
atingir 1.20 m de comprimento e pesar 2.30 Kg (ver caixas 1 e 2). As regiões laterais e dorsais do corpo têm uma coloração cinzenta-amarelada com manchas irregulares escuras. A região ventral é branca-amarelada.
ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” Peixes lampreia-marinha Reproduzem-se
(Petromyzon marinus) Onde se Encontra A sua distribuição geográfica é muito ampla,
encontrando-se em quase todos os rios da Europa e América do Norte. Em Portugal encontra-se nas bacias
hidrograficas do Minho, Lima, Cávado, Douro, Mondego, Tejo, Sado e Guadiana, embora seja mais abundante nos rios do Minho. Das três espécies de lampreias (ver caixa 3) que se podem encontrar nos nossos rios esta é a mais abundante.
A postura é realizada nos meses de Março-
Abril, sendo precedida de acasalamento. Durante o acasalamento o macho fixa-se, com o auxílio da ventosa, à cabeça da fêmea, que, por seu lado, utilizando o mesmo processo se prende a uma pedra. O macho coloca o seu orifício genital em
frente ao da fêmea e os óvulos são fecundados externamente á medida que se realiza a postura. Os cerca de 60.000 ovos são cobertos de
areia e os reprodutores, esgotados, morrem no final da reprodução.
ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” Peixes lampreia-marinha (Petromyzon marinus) Após a eclusão dos ovos as larvas movem-se
para jusante deixando os fundos pedregosos e procuram troços com fundos com substratos de granulometria inferior a 1 mm, com uma corrente de velocidade pequena e parcialmente ensombrados onde se enterram deixando apenas a cabeça de fora. A vida larvar prolonga-se por 4 a 5 anos,
permanecendo os amocetes enterrados nos sedimentos onde se alimentam por filtração de plancton e de detritos. Pouco depois da metamorfose, que ocorre
quando os amocetes medem 15 a 20 cm de comprimento começa a migração para o mar. As migrações das jovens lampreias rio abaixo
são nocturnas e ocorrem entre Dezembro e Janeiro. Viverão no mar durante cerca de 3 anos até atingirem a maturidade sexual altura, em que voltarão aos rios para se reproduzirem. Pouco se sabe sobre a ecologia desta espécie durante a sua vida no mar.
ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” Peixes Tainha Mullet Nome vulgar: Tainha Nome científico: (Varia em função da
espécie) Família: Mugilidae Ordem: Perciformes Meio ambiente: Oceânico pH: Profundidade: - 15 Metros Clima: Temperado. Temperatura 8 - 24°C;
ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” Tainha Mullet Peixes Peixe com corpo alongado, cabeça larga e
chata com boca pequena. Muito abundante em toda a costa Portuguesa
e também em estuários, lagoas e rios; Há várias especies de taínhas como o
garrento, fataça, olhalvo e liça. Espécie dificil de capturar por ser bastante
desconfiada, analisando bem o que vai comer nunca engole a isca de uma só vez mas dando pequenas trincas na mesma, é frequente trincar a isca e depois cospir.
Tainha-liça, Tainha-beiçuda, Tainha-negrão (C), Tainha, Muja (A), Tainha (M): Chelon labrosus Tamanho: Max. 60 cm. Habitat: Águas costeiras e interiores.
M): Chelon labrosus Tamanho: Max. 60 cm. Habitat: Águas costeiras e interiores.
Tainha-fataça, Fataça do Ribatejo, Moleca
(C), Tainha (M): Liza ramada Tamanho: Max. 40 cm, comum 28 cm. Habitat: Águas frias costeiras, algumas vezes em estuários. Pesca-se no Tejo ao corrico com bóia de água, fateicha e com minhoca do mar.
Tainha-garrento, Garrento, Tainha-
amarela (C), Tainha (M): Liza aurata Tamanho: Max. 45 cm, comum 30 cm. Habitat: Águas costeiras pouco profundas, lagoas e estuários.
Tainha-de-salto (C): Liza saliens Tamanho: Max. 35 cm. Habitat: Águas costeiras e interiores, lagoas e estuários
Tainha-olhalvo, Mogueira, Olhalvo (C): Mugil cephalus Tamanho: Max. 120 cm, comum 50 cm. Habitat: Águas costeiras , estuários, lagoas e
ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” Tainha Peixes Mullet Alimentação: peixe omnívoro alimenta-se de pequenos vegetais(algas), de invertebrados e de detritos variados que extraem dos sedimentos e filtram graças as suas branquicténias. De uma forma geral alimenta-se de quase tudo.
Reprodução: no mar de Julho a Novembro, variando a época de reprodução com a temperatura da água. Maturidade sexual no terceiro ano(nos machos), e no quarto ano no caso das fêmeas.
Tamanho mínimo de captura - 20
Período de pesca - Todo o ano. Localizações em Portugal - Rios Coura, Douro, Guadiana, Mira, Mondego, Sado, Tejo e Vouga, e nas ribeiras do Oeste até ao Algarve.
ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” Peixes - Molusculo
CHOCO
Cuttlefish Classe Cephalopoda
Os moluscos são divididos em várias classes
distintas: Cephalopoda (Lulas, Polvos e Chocos) Acephala (Conchas) Gastropoda (Caracóis). As lulas e os chocos possuem um rudimento
de concha interna — a pena, siba ou gládio, de natureza calcária e rígida. A característica principal dessa classe é a presença de pés transformados em tentáculos ligados directamente à cabeça, explicando-se assim a origem do nome (do grego cephale, ‘cabeça’, pous, podos, ‘pés). As lulas e os chocos deslocam-se por jactopropulsão, à custa da eliminação brusca e violenta da égua por um sifão situado junto à prega do manto que forma as brânquias. Em relação à concha, que é uma das características dos moluscos cefalopodes, no caso da lula a concha está reduzida a uma lâmina e tornou-se interna; no caso do choco,
ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” Peixes - Molusculo
CHOCO Cuttlefish Classe Cephalopoda Alimenta-se
-
Ser carnívoro e caçador rápido e astuto, bastante voraz, tem o trato digestivo completo, complexo, com tratos ciliados para seleccionar partículas pequenas;
Características
boca com uma faringe muscular e com um par de mandíbulas córneas semelhantes a um bico de papagaio invertido e uma rádula, apresenta fileiras transversais de diminutos dentes quitinosos para raspar alimentos, abrindo-se o anûs na cavidade do manto e uma glândula digestiva grande.
A cabeça de bom tamanho tem dois olhos conspícuos e uma boca central, a qual é circundada por 10 braços carnosos, contendo ventosas em forma de taça; o quarto par de braços são tentáculos retrácteis longos.
Abundância Aparece com grande frequência no fim da
Para caçar. o choco nada para a frente com os
braços unidos e lança-se sobre a presa ejectando repetidamente água pelo sifão; - os braços separam-se, a presa é agarrada e levada para a boca, mordida pelas mandíbulas e deglutida. Tem uma enorme capacidade de fuga aos
predadores, não só pela sua velocidade como pela capacidade de alterar a sua coloração para se confundir com o ambiente e o jacto de "tinta" que expulsa da bolsa do ferrado, destinado a turvar a água permitindo-lhe a fuga.
“O Rio” Peixes - Molusculo CHOCO Cuttlefish Classe Cephalopo
ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” Peixes - Crustáceo Camarão -Mouro
O camarão-mouro (Crangon crangon) é um
pequeno crustáceo pertencente à Ordem Decapoda,
Onde se pode Observar
Este camarão prefere habitats costeiros até 150 m, incluindo estuários. Pode-se encontrar em águas europeias e na costa britânica.
Usualmente, permanece enterrado na areia
ou escondido entre rochas (que lhe oferecem protecção).
Dimensão
É uma espécie de pequenas dimensões (varia
entre 30 e 50 mm de comprimento, podendo atingir um máximo de 90 mm)
Tem a capacidade de alterar a sua coloração
(a fim de se misturar com o ambiente circundante).
Alimenta-se A sua dieta é variada: poliquetas, moluscos, crustáceos, peixe e, ocasionalmente, algas; as presas são detectadas através do sentido do olfacto.
ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” Peixes Camarão -Mouro Como se deslocam Os movimentos rápidos de contracção dos
músculos do abdómen, associados a movimentos rítmicos da cauda permite-lhe uma natação rápida, quando necessária.
O camarão-mouro é uma espécie muito
comum, largamente apreciada como alimento, pelo que é geralmente pescada com fins comerciais. No entanto, não se encontra em perigo,
Reprodução A fêmea carrega os ovos consigo (entre os
apêndices) entre 3 a 10 semanas. Após o nascimento, as pequenas larvas alimentam-se de plâncton, atingindo o estado adulto com cerca de um ano de idade. Alguns indivíduos nascem machos e podem tornar-se fêmeas, posteriormente, durante o processo de crescimento. A esperança média de vida é de 3 anos, passando por 5 fases de desenvolvimento antes de atingir a maturidade.
devido à sua larga distribuição.
ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” Raia Peixes Raja undulata Distribuição
COLORAÇÃO:
Norte
Superfície superior do disco ocre a cinzento
Zona costeira. Centro Zona costeira. Lisboa/Vale do Tejo Zona costeira, Estuário do Tejo, Estuário do Sado. Alentejo Zona costeira. Algarve Zona costeira, Ria Formosa.
MORFOLOGIA GERAL: Corpo fortemente achatado dorso-
ventralmente; cabeça, tronco e barbatanas peitorais muito alargadas, formando um disco romboidal ou sub-circular. Cauda moderadamente delgada, nitidamente distinta do disco. Largura entre os olhos igual (nos jovens) ou superior (nos adultos) a 1,7 vezes o diâmetro da órbita. Focinho pequeno. Superfície superior espinhosa, com áreas lisas nas partes centrais e posterior do dico e nas barbatanas pélvicas.
acastanhado, com várias bandas escuras onduladas transversalmente e bordeadas por numerosos pontos brancos como contas de pérolas; lado inferior branco, com a extremidade da cauda cinzento acastanhado.
DIMENSÕES: Comprimento total máximo: cerca de 100 cm. Comum: 40-60 cm
.
Habitat Espécie demersal em águas costeiras até
cerca de 200 metros de profundidade, com preferência por fundos móveis, especialmente os arenosos. Alimentação Alimenta-se de todo o tipo de animais bentónicos.
Reprodução Espécie ovípara. Os ovos são postos
principalmente entre Março e Setembro e têm invólucros com cerca de 50 a 90 mm (excluindo as expansões dos vértices).
ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” Peixes Raia Raja undulata
ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” Tremelga Peixes Torpedo torpedo Distribuição Norte
Zona costeira. Centro
Zona costeira. Lisboa/Vale do Tejo
Zona costeira, Estuário do Tejo, Estuário do Sado. Alentejo
Zona costeira. Algarve
Zona costeira, Ria Formosa
MORFOLOGIA GERAL: Corpo mole e flácido, muito deprimido. Cabeça, tronco e barbatanas peitorais
alargadas, formando um disco mais ou menos circular. Contorno anterior do disco truncado ou chanfrado. Barbatanas peitorais muito espessas nos bordos. Duas barbatanas dorsais, a primeira maior que a segunda e situada (em parte ou totalmente) ao nível da base das pélvicas. Dois órgãos eléctricos reniformes bem desenvolvidos e fortes, visíveis geralmente. COLORAÇÃO: Face dorsal cinzenta ou castanho claro
uniforme, por vezes malhada indistintamente, com pelo menos 5 grandes ocelos azuis simetricamente dispostos no disco, bordeados de um anel escuro e outro claro. DIMENSÕES: até cerca de 60 cm.
ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” Tremelga Peixes Torpedo torpedo Habitat Espécie demersal, sobre fundos móveis.
Normalmente próximo da costa, mas podendo descer até aos 150 metros de profundidade. Alimentação Parece preferir peixes pequenos, mas também
se alimenta de crustáceos e outros pequenos invertebrados. Reprodução Espécie vivípara aplacentária. O período de
gestação é de cerca de 1 ano. Os nascituros medem de 8 a 10 cm de comprimento e o seu número pode variar entre 3 e 20, dependendo do tamanho da fêmea. Maturidade sexual aos 19 cm para os machos e aos 26 cm para as fêmeas. Predadores/Competidores Graças aos seus órgãos eléctricos, cuja
potência de descarga aumenta com o tamanho do indivíduo, as tremelgas podem paralisar uma presa ou defenderem-se de um
ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” Peixes
Ratão Myliobatis aquila Distribuição
MORFOLOGIA GERAL:
Norte
Disco romboidal a losânguico, nitidamente
Zona costeira. Centro
Zona costeira. Lisboa/Vale do Tejo
Zona costeira, Estuário do Tejo, Estuário do Sado. Alentejo
Zona costeira. Algarve
Zona costeira, Ria Formosa
mais largo que comprido. Parte anterior da cabeça perfeitamente distinta do disco; partes anteriores das peitorais formando um lobo subrostral carnudo que se estende sob a parte anterior; várias papilas carnudas sobre a parte inferior da boca. Cauda em "chicote" muito mais longa que o disco. Não tem barbatana caudal, mas tem uma pequena dorsal sobre a base da cauda, em frente de um longo aguilhão barbado. COLORAÇÃO: Superfície superior bronze
escuro; lado de baixo branco, com uma margem acastanhada. DIMENSÕES: Largura do disco - 150 cm;
Comprimento máximo - 260 cm, comum - 50110 cm.
ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” Peixes
Ratão Myliobatis aquila Habitat
Reprodução
Espécie bentopelágica, por cima de fundos
Espécie vivípara aplacentária.
variados, sobretudo vasosos, areno-vasosos em águas costeiras tropicais e águas temperadas, até mais ou menos 200 metros de profundidade. Actividades/Hábitos Os ratões são nadadores activos, rápidos,
deslocando-se por batimentos das suas barbatanas peitorais de modo semelhante às aves, sendo capazes de migrar para longas distâncias. Embora se possam observar perto da superfície, nadam geralmente em grupos, perto do fundo.
Alimentação Alimenta-se de animais bênticos (gastrópodes,
crustáceos e peixes), que captura escavando a vasa.
PERÍODO DE GESTAÇÃO de 6 a 8 meses; 3 a 7 jovens por "ninhada", parecendo-se os recém-nascidos com os progenitores. MATURAÇÃO: aos 40 cm para os machos e aos 60 cm para as fêmeas (largaura do disco).
ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” Peixes
Sardinha Sardina pilchardus Distribuição
MORFOLOGIA GERAL: Corpo alongado, sub-cilíndrico, com o perfil
Norte
dorsal quase rectilíneo. Opérculo com estrias ósseas radiais e margem posterior uniformemente arredondada. Inserção das barbatanas pélvicas a um nível posterior ao da barbatana dorsal. Escamas grandes, caducas. Duas ou três escamas alongadas na base da barbatana caudal. Carena ventral pouco pronunciada, constituída por 30-35 escamas.
Zona costeira. Centro
Zona costeira. Lisboa/Vale do Tejo
Zona costeira, Estuário do Tejo, Estuário do Sado. Alentejo
Zona costeira, Estuário do Mira.
COLORAÇÃO: Dorso verde ou azulado;
flancos prateados, com uma série longitudinal de manchas escuras.
Algarve
Zona costeira.
DIMENSÕES: até 25 cm.
ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” Sardinha Peixes Sardina pilchardus Habitat Espécie pelágica costeira, encontra-se a 20-50
metros de profundidade durante o dia e a menores profundidades durante a noite.
Utilização do Espaço Migradora/errática.
Actividades/Hábitos Gregária, frequentemente em grandes
cardumes.
Alimentação Carnívora, consome sobretudo crustáceos
planctónicos.
Reprodução Efectua a postura a cerca de 20-25 metros de
profundidade, sobre a plataforma continental, em épocas muito diferentes conforme a
.
latitude. Ovos e larvas planctónicos
ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” Charroco Peixes Halobatrachus didactylus Distribuição Lisboa/Vale do Tejo
Estuários do Tejo e do Sado. Alentejo
Estuário do Mira. Algarve
Ria Formosa COLORAÇÃO: Corpo com manchas castanhas sobre branco
ou amarelo, produzindo um padrão reticulado sobreposto com 3 bandas transversais escuras na cabaça e 3 ou 4 na parte superior do corpo; linhas oblíquas de manchas escuras, nas barbatanas dorsal mole e anal, e manchas concêntricas nas barbatanas peitorais e caudal. DIMENSÕES: até 50 cm de comprimento.
MORFOLOGIA GERAL:
Corpo robusto, deprimido anteriormente e um
pouco comprimido posteriormente. Cabeça larga, ligeiramente deprimida e maciça; Olhos no topo da cabeça mas bastante separados; Boca larga; maxila inferior proeminente, ornamentada por expansões cutâneas; dentes fortes; aberturas branquiais para os lados; um espinho opercular proeminente. Duas barbatanas dorsais, a primeira com três
espinhos pequenos, a segunda mais longa, quase atingindo a base da barbatana caudal. Barbatana caudal arredondada. Escamas pequenas, embebidas e não óbvias. Duas linhas laterais, a superior com cerca de 48 poros e a inferior com cerca de 40. OUTRAS CARACTERÍSTICAS:
Apresenta a capacidade de produzir sons com a bexiga gasosa.
ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” Peixes Charroco Halobatrachus Habitat didactylus Espécie bentónica, ocorre em águas costeiras
pouco profundas, até aos 50 metros, em fundos móveis de areia ou vasa; muitas vezes encontra-se parcialmente escondido na areia ou em cavidades por baixo de rochas, pedras ou vasa.
Alimentação Principalmente moluscos e crustáceos.
Reprodução Mal conhecida.
ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” Peixes Caboz Parablennius MORFOLOGIA GERAL: gattorugine Corpo alongado, relativamente comprimido,
sem escamas; uma única barbatana dorsal muito longa, sem recorte nítido entre as porções espinhosa e mole; pélvicas em posição jugular, bifurcadas; tentáculos supraorbitais penatulados; machos reprodutores com glândulas bulbosas sobre os espinhos da barbatana anal. COLORAÇÃO: acastanhada, com 6-7 barras verticais mais
escuras no corpo; machos reprodutores castanho-chocolate. DIMENSÕES: comprimento máximo - 30 cm, comum - 15-20 cm.
Habitat Espécie bentónica litoral, em fendas e concavidades de fundos rochosos, desde a zona intertidal até 30 metros de profundidade. Alimentação Omnívoro, alimenta-se de algas e invertebrados bentónicos (crustáceos, anelídeos, moluscos, equinodermes). Reprodução Ocorre na Primavera. O macho defende um território (concavidade), onde várias fêmeas efectuam a postura, e assegura os cuidados parentais até à eclosão. Larvas planctónicas.
Caboz Parablennius gattorugine
Rio” Peixes
Distribuição Norte
Zona costeira. Centro
Zona costeira. Lisboa/Vale do Tejo
Zona costeira, Estuário do Tejo, Estuário do Sado. Alentejo
Zona costeira, Estuário do Mira Algarve
Zona costeira, Ria Formosa, Ria de Alvor.