Estuario Do Tejo -aves2

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 Colhereiro

Rio” Avifauna

Platalea leucorodia

 Identificação 

Bastante fácil de identificar, tanto em voo como pousado, sobretudo devido ao seu enorme bico em forma de espátula, achatado na ponta.

 Quase totalmente branco, de patas

escuras, esta grande ave ostenta um penacho na nuca durante a época de reprodução, assim como uma pequena mancha amarela na garganta.

 Em voo, a sua cor totalmente branca e

o pescoço bem estendido para frente com o bico comprido, tornam-no numa silhueta inconfundível.

 Os juvenis apresentam as pontas das

asas escuras. .

Rio” Avifauna Colhereiro Platalea leucorodia  Abundância e calendário 

O colhereiro associa-se a zonas húmidas, distribuindo-se localmente em açudes, albufeiras e lagoas, ocorrendo também nas grandes zonas húmidas costeiras.  Cria nalguns locais da metade sul do território. 

Ocorre em Portugal durante todo o ano, vendo os seus efectivos reforçados por aves invernantes provenientes de outros países europeus.  As maiores concentrações ocorrem durante o

Verão e o início do Outono, pelo que a época de maior sucesso na observação destas aves surge de Agosto a Outubro.



Rio” Avifauna

Claramente mais abundante a sul que a norte, distribuise sobretudo pelos grandes estuários e alguns açudes e albufeiras da metade sul. Entre Douro e Minho – bastante rara nesta região, ocorre ocasionalmente no estuário do Cávado. Litoral centro – embora pouco frequente, pode ser avistada na ria de Aveiro, nos pauis do Baixo Mondego e no estuário do Mondego. Por vezes observa-se na lagoa de Óbidos. Lisboa e Vale do Tejo – durante a época de cria, os melhores locais são o estuário do Tejo, o paul da Barroca e o paul do Boquilobo. Durante a passagem e no Inverno ocorre nos pauis de Belmonte, na zona de Salvaterra de Magos, no paul do Boquilobo, e no sítio das Hortas. Alentejo – ocorre em alguns açudes e albufeiras desta região, nomeadamente na zona de S. Cristóvão/Cabrela, nas albufeiras da planície de Castro Verde, na zona de Arraiolos, na albufeira do Esporão. Ocorre também no estuário do Sado e na lagoa de Santo André. Algarve – alguns dos melhores locais de observação encontram-se nesta região. Durante a época de cria, a reserva de Castro Marim, onde podem ocorrer bandos de grande dimensão, e o Ludo são os melhores locais. Durante as passagens e o Inverno, para além dos locais antes mencionados, ocorre também na lagoa dos Salgados e, ocasionalmente, na ria de Alvor.

Rio” Avifauna  Flamingo

Phoenicopterus roseus  Uma das mais emblemáticas aves selvagens que ocorrem em Portugal, o flamingo pode hoje em dia ser observado com relativa facilidade, mesmo às portas de Lisboa. O “lençol” rosado formado pelos grandes bandos de flamingos que se alimentam num estuário constitui uma imagem única.  Identificação  Enorme, rosado, com longas patas e com um bico espesso, o flamingo é uma ave inconfundível e pode ser reconhecido a grande distância.

ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” Avifauna Flamingo Phoenicopterus roseus  Abundância e calendário 

No passado o flamingo era muito raro em Portugal, mas desde o final da década de 1980 a presença de grandes bandos de flamingos passou a ser habitual nas principais zonas húmidas portuguesas, não sendo raro observar concentrações de muitas centenas de indivíduos. 

Embora não nidifique no nosso país, pode ser observado ao longo de todo o ano.  Os movimentos algo erráticos desta espécie

não permitem classificá-la como residente nem como invernante.

Rio” Aves

Flamingo Phoenicopterus roseus  Onde se observa

Algarve – a Ria Formosa e a reserva de Castro Marim são os dois locais do Algarve onde se podem ver concentrações de algumas centenas de aves; a espécie também ocorre na ria de Alvor e na lagoa dos Salgados, mas em números reduzidos.

 As grandes zonas húmidas do litoral centro e

sul são os locais mais favoráveis à observação de flamingos. Litoral centro – os flamingos aparecem regularmente na Ria de Aveiro, no estuário do Mondego e na lagoa de Óbidos podendo ser observados com facilidade em qualquer um destes locais. Lisboa e Vale do Tejo – o local que reúne maiores concentrações de flamingos e onde a espécie pode ser encontrada ao longo de praticamente todo o ano é o estuário do Tejo, nomeadamente nas lezírias da Ponta da Erva, na zona de Pancas e no sítio das Hortas; por vezes alguns flamingos surgem na margem direita do rio, podendo ser vistos no Parque do Tejo. Alentejo – o estuário do Sado acolhe regularmente algumas centenas de flamingos; ocasionalmente a espécie pode também ser

Fig 1 Flamingos adultos

Fig.2 Flamingos adultos

Fig 3 Flamingos Juveis

ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” Avifauna

 Pato-branco

Tadorna tadorna

 Fácil de identificar à distancia, este pato,

bastante comum na maior parte da Europa, é surpreendentemente escasso em Portugal, sendo muito raro fora dos seus três locais habituais de ocorrência.

Identificação Grande pato, que na estrutura tem aspecto intermédio entre um pato e um ganso. Facilmente visível à distância devido à brancura da sua plumagem.  Os adultos têm a cabeça verde escura, que pode parecer preta à distância, o bico vermelho vivo e uma banda peitoral castanha.  Abundância e calendário

Pouco comum e com uma distribuição muito localizada, o pato-branco é principalmente uma espécie invernante, que pode ser observado de Novembro a Fevereiro. Ocorre com alguma regularidade nas grandes zonas húmidas costeiras, sendo muito raro no interior do país. O sotavento algarvio, onde existe uma pequena população nidificante, é a única região do país onde a espécie está

Rio” Avifauna

Pato-branco Tadorna tadorna  Onde observar

Embora o pato-branco seja regular nos grandes estuários, o número de indivíduos parece flutuar bastante de mês para mês e de ano para ano, havendo por isso ocasiões em que a espécie é consideravalmente mais fácil de observar que noutras. Entre Douro e Minho – raro nesta região, observa-se muito esporadicamente no estuário do Cávado. Lisboa e Vale do Tejo – o estuário do Tejo é o único local de ocorrência regular, sendo o sítio das Hortas o melhor local para ver esta espécie em Portugal. Alentejo – o pato-branco pode ser visto com regularidade no estuário do Sado, principalmente junto ao sapal da Carrasqueira. Algarve – a reserva de Castro Marim é o principal local de ocorrência na região, sendo de assinalar que a espécie tem nidificado

Rio” Avifauna  Águia-pesqueira

Pandion haliaetus

 A observação de uma enorme ave de rapina a

descer a pique sobre a água para capturar um peixe é uma imagem singular e imperdível, que pode ser vista nalguns dos nossos estuários     Identificação  A águia-pesqueira é uma grande ave de rapina, que à distância parece preta e branca.  Contrariamente a outras aves de rapina, tem

uma silhueta de aspecto "quebrado", o que fica a dever-se ao ângulo formado pelas asas abertas.

 Vista por baixo, a brancura da plumagem é

evidente, destacando-se os "punhos" pretos. As partes superiores são acastanhadas.

 O padrão da cabeça é característico, devido à

presença de uma máscara preta, que é facilmente visível quando a ave está pousada.

Rio” Avifauna

Águia-pesqueira

Pandion haliaetus  Abundância e calendário 

Apesar de estar extinta como nidificante, a águia-pesqueira pode contudo ser vista em Portugal como migradora de passagem e invernante. É uma espécie pouco comum, embora possa ser considerada regular nalguns locais.  Ocorre principalmente em zonas húmidas

costeiras e, mais raramente, no interior, sendo quase sempre vista isoladamente.  Está presente no nosso território sobretudo de

Setembro a Abril, sendo ocasionalmente vista noutros meses do ano

Rio” Águia-pesqueira Avifauna Pandion haliaetus  Onde observar As grandes zonas húmidas costeiras são, sem dúvida, os melhores locais para observar a águia-pesqueira, contudo na maioria dos locais a espécie apenas é observada ocasionalmente, durante as épocas de passagem migratória Entre Douro e Minho –  ocasional nesta região; os locais que reúnem mais registos são o estuário do Cávado e o estuário do Minho; a espécie também já foi observada em Bertiandos. Trás-os-Montes –  a presença da águia-pesqueira nesta região é claramente excepcional, conhece-se uma observação perto da cidade de Bragança. Litoral Centro –  o estuário do Mondego e a ria de Aveiro são os locais onde a espécie é vista com mais frequência; outros locais da costa ocidental onde a espécie aparece esporadicamente são a lagoa de Óbidos e lagoa das Braças. Beira interior - muito rara nesta região, a maioria das observações conhecidas foi feita no rio Tejo ( Portas de Ródão e Tejo Internacional) e provavelmente reportava-se a aves em passagem pela zona.

Rio” Avifauna Águia-pesqueira Pandion haliaetus 

Lisboa e Vale do Tejo – o estuário do Tejo é um dos melhores locais do país para observar a águiapesqueira, que aqui inverna regularmente; pode ser vista nas lezírias da Ponta da Erva e no sítio das Hortas. No interior a sua presença é menos frequente, havendo diversas observações no Paul do Boquilobo e no curso do médio Tejo, na zona de Abrantes; ocasionalmente é observada na lagoa de Albufeira e na albufeira de Castelo de Bode. Alentejo – no estuário do Sado a águia-pesqueira pode ser vista com relativa facilidade. Adicionalmente ocorre com regularidade na Lagoa de Santo André. No interior a sua presença é ocasional e surge associada sobretudo às grandes albufeiras: Roxo, Odivelas, Montargil, Maranhão e Alqueva. Também já foi vista na albufeira do Caia, onde por vezes surgem concentrações de 3 a 4 aves. Algarve – até há alguns anos nidificava na costa sudoeste na zona de Aljezur, mas actualmente a sua presença nesta zona parece ser irregular. No resto da região ocorre principalmente durante a passagem migratória outonal e mais raramente no Inverno; os locais

ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” Avifauna Alfaiate

Recurvirostra avosetta

 A forma de alimentação do alfaiate, que “varre” continuamente os lodos com o seu bico curvo, faz desta limícola uma das mais curiosas aves aquáticas que podem ser observadas em Portugal.

Identificação 

Inconfundível.  De grande dimensão, com a sua plumagem preta e branca, o alfaiate é uma limícola que se identifica à distância.  O bico preto é fino e fortemente recurvado para cima. As patas são cinzentasazuladas

Rio” Alfaiate Avifauna Recurvirostra avosetta  Abundância e calendário 

Portugal acolhe uma parte substancial da população europeia de alfaiates e por isso é um dos poucos locais do continente onde podem ser vistos alguns milhares de aves desta espécie no mesmo local.  O alfaiate é invernante em Portugal, estando

presente sobretudo de Outubro a Março.  No sotavento algarvio existe uma pequena

população nidificante. 

É uma espécie quase exclusivamente estritamente costeira, que frequenta estuários e salinas.  Ocasionalmente pode ser vista em zonas de

água doce no interior do país, mas estes registos envolvem geralmente um número muito reduzido de aves.

Alfaiate

Rio” Avifauna

Recurvirostra avosetta  Onde observar A quase totalidade da população de alfaiates invernantes concentra-se no estuário do Tejo eo estuário do Sado, sendo relativamente fácil observar a espécie em qualquer um destes locais. Lisboa e Vale do Tejo – No caso do estuário do Tejo, os melhores pontos de observação são o sítio das Hortas, perto de Alcochete, e o Parque do Tejo, mesmo às portas de Lisboa. Alentejo – o estuário do Sado é um dos principais locais de ocorrencia de alfaiates em Portugal, que podem ser vistos com facilidade nesta zona de Novembro a Fevereiro. Algarve – As aves que nidificam no Algarve podem ser observadas durante todo o ano na Ria Formosa e na reserva de Castro Marim

 Fig 1 Perna Longa a alimentar-se

ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” Avifauna

Corvo-marinho-de-faces-brancas Phalacrocorax carbo

 A característica silhueta de uma ave preta, de

bico e cauda compridos, a voar à superfície da água ou com as asas abertas a secar ao sol, rapidamente nos diz que estamos na presença de um corvo-marinho     Identificação Esta ave aquática de médio-grande porte chama a atenção por ser quase totalmente preta, tanto pousada como em voo. É claramente maior que um pato, tem um pescoço longo e asas igualmente longas.  O bico amarelo contrasta com o preto da

plumagem e, no final do Inverno, alguns indivíduos adquirem uma mancha branca em cada flanco e outra na cabeça. É um nadador exímio, que mergulha para apanhar o peixe de que se alimenta. 

Pode confundir-se apenas com o

Rio” Avifauna

Corvo-marinho-de-facesbrancas Phalacrocorax carbo  Abundância e calendário  O corvo-marinho-de-faces-brancas é

sobretudo invernante em Portugal. Está ligado às zonas húmidas, sendo localmente abundante, podendo ver-se concentrações de dezenas ou mesmo centenas de indivíduos.  No interior do país é menos frequente, mas

também ocorre junto não reprodutores podem ser observados durante a Primavera e o Verão, embora nesta época a espécie seja relativamente rara em Portugal

Rio” Avifauna Corvo-marinho-defaces-brancas Phalacrocorax carbo  Onde observar 

Os melhores locais para observar este corvomarinho são as grandes zonas húmidas costeiras.  O estuário do Tejo, junto a Lisboa, reúne

muitas centenas de aves, sendo fácil de o observar no Parque do Tejo.  Também no estuário do Sado esta espécie é

muito comum. Outros locais de ocorrência são as lagoas costeiras, como a Lagoa de Óbidos e a Lagoa de Santo André.

Rio” Avifauna Corvo-marinho-defaces-brancas Phalacrocorax carbo  No litoral norte a espécie pode ser encontrada

com facilidade no estuário do Minho e no estuário do Cávado.  No Algarve este corvo-marinho é fácil de

encontrar nas principais zonas húmidas, como a Ria de Alvor, a Ria Formosa e a Reserva de Castro Marim.  No interior alentejano pode ser visto nalgumas

barragens, como por exemplo a Barragem da Póvoa, na Lagoa dos Patos e na Barragem do Roxo.  Também ocorre regularmente no alto Tejo,

junto às Portas de Ródão

ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” Garça-branca-pequena Egretta garzetta Avifauna  A observação de uma silhueta esguia e

totalmente branca, deslocando-se lentamente na margem de um açude ou de um estuário é geralmente indicativa da presença de uma garça-branca-pequena.

 Esta ave aquática pode ser vista um pouco por

todo o país.

Identificação 

Distingue-se principalmente pela brancura da sua plumagem. É uma garça de tamanho médio com um longo pescoço em forma de S, que está encolhido quando voa. A plumagem é totalmente branca e por vezes podem ser notadas algumas plumas compridas na parte posterior da cabeça.

 O bico e as patas são pretos, mas os dedos são

amarelos. Quando em alimentação, é geralmente uma ave solitária, embora ocasionalmente forme bandos esparsos.

Rio” Avifauna Garça-branca-pequena Egretta garzetta  Abundância e calendário 

A garça-branca-pequena é sobretudo residente e pode ser vista em Portugal durante todo o ano. 

É mais abundante no litoral, especialmente na metade sul do território e é relativamente rara no interior norte, especialmente em zonas de altitude.

 Nidifica colonialmente havendo colónias

importantes no Ribatejo, no Alentejo e no Algarve.

ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” Avifauna Garça-branca-pequena Egretta garzetta  Onde observar  Esta garça pode ser encontrada em praticamente todas as zonas húmidas costeiras e também ocorre em barragens e açudes.  Alguns dos locais onde é mais fácil de a encontrar são: a Ria de Aveiro, os estuários do Mondego, do Tejo e do Sado, o Parque do Tejo, a Lagoa de Óbidos, a Lagoa de Santo André, a Ria de Alvor, a Ria Formosa e também o Sapal de Castro Marim.  No interior refiram-se a Barragem da Póvoa e a Barragem de Montargil. Durante a época de nidificação forma grandes colónias; entre as mais importantes refiram-se as do Paul do Boquilobo, do Escaroupim e da

Rio” Avifauna Garça-branca-pequena Egretta garzetta

ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” Avifauna Garça-real Ardea cinerea  Imponente, com o seu longo pescoço

cinzento, a garça-real é muitas vezes a maior ave aquática que a vista alcança. Devido à facilidade com que é observada, é frequentemente uma das primeiras espécies a serem vistas por quem se inicia na observação de aves. Identificação Com quase 1 metro de altura, é a maior das garças que ocorrem em Portugal. É uma ave cinzenta, que se destaca pelo seu longo pescoço. Pode geralmente ser vista dentro de água ou próximo desta.

 Ocasionalmente pousa em árvores ou mesmo

em edifícios. Pode ser confundida com a garça-vermelha, distinguindo-se desta pela total ausência de tons castanhos ou arruivados.

 Quando em voo o pescoço encontra-se

recolhido, sendo esta uma característica que a separa da cegonha-branca.

Garça-real Ardea cinerea

Rio” Avifauna

Garça-real Ardea cinerea

Rio” Avifauna

 Abundância e calendário 

Comum. Ocorre em Portugal ao longo de todo o ano, mas é mais numerosa fora da época de nidificação.

 Surge associada a todo o tipo de zonas

húmidas, sendo particularmente abundante nos grandes estuários e lagoas costeiras.

 Durante a época de nidificação é

relativamente escassa e tem uma distribuição mais restrita.

 Existem algumas colónias no Alentejo,

especialmente nos distritos de Évora e Portalegre, mas são conhecidos casos de nidificação isolada noutros pontos do território.

 Algumas garças-reais não nidificantes

podem ser vistas nas zonas de invernada ao longo da Primavera.

Garça-real Ardea cinerea

Rio” Avifauna

 Onde observar 

A garça-real é uma espécie fácil de encontrar. Qualquer mancha de água doce ou salobra de média ou grande dimensão é propícia à sua observação e em zonas de habitat muito favorável ou com abundantes recursos alimentares ocorrem por vezes concentrações de muitas dezenas ou mesmo centenas de aves.  Alguns dos locais onde esta garça pode ser

encontrada com bastante facilidade incluem: o estuário do Cávado, a Ria de Aveiro, o paul do Taipal, a Lagoa de Óbidos, o Parque do Tejo, o estuário do Sado, a Lagoa de Santo André, a Lagoa dos Patos, a barragem de Montargil e a Ria de Alvor.  No entanto, a espécie está presente em quase todas as barragens, lagoas e estuários do país.

ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” Avifauna Marrequinha-comum Anas crecca  A marrequinha-comum é um dos nossos patos

mais abundantes e por vezes junta-se em bandos de centenas de indivíduos.  O seu pequeno tamanho e o seu voo rápido podem fazer lembrar um bando de limícolas. Identificação 

Este pequeno pato, o mais pequeno da Europa, não tem cores vivas e à distância pode parecer castanho ou acinzentado.  Contudo, uma observação mais atenta permite discernir as cores do macho: cabeça vermelha e verde, espelho amarelo sob a cauda. A fêmea é acastanhada e pode confundir-se com a fêmea de marreco.  Em voo, ambos os sexos apresentam um “espelho” verde nas secundárias.

ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” Avifauna Marrequinha-comum Anas crecca  Abundância e calendário 

A marrequinha é uma espécie invernante e que está presente no nosso país principalmente de Setembro a Março, embora possa ser vista, em pequenos números, noutros meses do ano. Durante a época fria é um dos patos mais abundantes, formando muitas vezes bandos que podem reunir centenas ou mesmo milhares de indivíduos. Junta-se frequentemente a outras espécies de patos.  Contrariamente a outros patos, que se

concentram quase exclusivamente nas grandes zonas húmidas, a marrequinha apresenta uma área de distribuição mais alargada, ocorrendo também no interior, em numerosas barragens e açudes, preferindo geralmente os de média e pequena dimensão, com

ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” Avifauna Marrequinha-comum Anas crecca  

   

Onde observar

O Estuário do Tejo acolhe uma proporção importante da população invernante, e embora as aves se dispersem por todo o estuário, é fácil observá-las Parque do Tejo, sítio das Hortas por vezes, nas lezírias da Ponta da Erva. estuário do Sado a espécie é comum, podendo ser facilmente observada nas Lagoas de BemPais.

 Ainda na região de Lisboa, refira-se a

Lagoa de Albufeira, onde a marrequinha é de facil observação a partir da estrada.

 Mais para norte, os melhores locais para observar

a marrequinha são: a reserva das Dunas de São Jacinto, o Paul do Boquilobo, enquanto que no litoral alentejano se destaca a Lagoa de Santo André.

 No interior alentejano a marrequinha-comum

pode ser encontrada regularmente na Lagoa dos Patos e nas barragens de Odivelas e do Roxo.

ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” Avifauna

Tartaranhão-ruivo-dos-pauis ou Águia-sapeira Circus aeruginosus 

O seu voo característico a baixa altura sobre as zonas alagadas e de vegetação rasteira densa de zonas próximo de água, tornam-na num caçador por excelência de sapais e pauis.

 

Identificação Esta é uma ave de rapina de asas compridas, patas compridas e cabeça curta, apresentando um característico padrão de voo ondulado, quando paira a pequena altura sobre a vegetação rasteira e densa.



Nesta espécie, tal como no tartaranhão-azulado e no tartaranhão-caçador, a fêmea é notoriamente diferente do macho. Neste caso, ambos exibem ombros e nuca mais pálidos que o restante corpo, semelhantes ao padrão que a águia-imperial-ibérica apresenta.



O macho, no entanto, apresenta as asas acinzentadas com a ponta escura, assim como a cauda também é cinzenta, enquanto a fêmea apresenta um padrão mais uniformemente castanho-escuro.  

ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” Avifauna Tartaranhão-ruivo-dos-pauis ou Águia-sapeira Circus aeruginosus

 Abundância e calendário

O tartaranhão-ruivo-dospauis distribui-se de forma descontínua junto a zonas húmidas e em baixas abundâncias, sendo uma espécie pouco comum no nosso território. Alguns indivíduos invernam entre nós, aumentando um pouco o número de efectivos mas a maioria é residente, permanecendo durante todo o ano em Portugal.  

ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” Avifauna

Tartaranhão-ruivo-dos-pauis ou Águia-sapeira Circus aeruginosus  Onde observar

As grandes zonas húmidas costeiras são os melhores locais para a observação deste tartaranhão, mas também algumas culturas de sequeiro do Alentejo. Entre Douro e Minho – embora pouco comum nesta região, ocorre com regularidade dos estuários do Minho e do Lima. Litoral Centro – o paul do Taipal (baixo Mondego) e a Ria de Aveiro são os melhores locais de observação da espécie. Também a Barrinha de Esmoriz pode proporcionar algumas oportunidades de detecção da mesma, assim como a lagoa de Óbidos, as Lagoas da Vela e das Braças. Beira interior – raro e irregular nesta região, já foi observado na zona de Vilar Formoso.

Rio” Avifauna

Tartaranhão-ruivo-dos-pauis ou Águia-sapeira Circus aeruginosus  Lisboa e Vale do Tejo – facilmente

observável no estuário do Tejo, nomeadamente na zona de Pancas e nas lezírias da Ponta da Erva. A lagoa de Albufeira é também um dos melhores locais para a sua observação. Pode ocorrer junto ao Parque do Tejo, assim como no Paul da Granja (várzea de Loures). Alentejo – presente no estuário do Sado, onde se centram os melhores locais de observação nesta região. Também na Ribeira de Moinhos e na Lagoa de Santo André ocorrem, tanto durante a época reprodutora como durante o Inverno. Pode também ser observada durante o Inverno na Lagoa dos Patos. Está documentada a presença da espécie nas planícies de Castro Verde e Cuba, assim como na zona de Elvas. Contudo, no interior é claramente menos abundante. Algarve – ocorre regularmente em Vilamoura, na Lagoa dos Salgados, na reserva de Castro Marim e no Ludo. Algumas aves podem ser observadas junto ao Cabo de Sao Vicente e na península de Sagres, durante a passagem outonal.

ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” Avifauna

Borrelho-grande-de-coleira Charadrius hiaticula

 Os borrelhos têm uma forma peculiar de se

movimentar: dão alguns passos e depois ficam estáticos, como que fitando o observador

   Identificação 

Os adultos em plumagem de Verão são fáceis de identificar pela coleira preta no peito e pelas patas cor-de-laranja.

 Os juvenis e os adultos em plumagem de

Inverno apresentam a coleira incompleta, mas mais espessa que a do borrelho-de-coleira-interrompida.

 Distingue-se do borrelho-pequeno-de-coleira

pela risca alar (visível em voo), pela ausência de anel ocular amarelo, pelas patas alaranjadas e pela vocalização (que consiste num chamamento dissilábico ascendente



Ver mais imagens no site avesdeportugal.info/chahia.html

Rio” Borrelho-grande-deAvifauna coleira Charadrius hiaticula  Abundância e calendário 

É uma das limícolas mais comuns nos estuários portugueses.  No nosso país ocorrem indivíduos invernantes

e também migradores de passagem, havendo grande variação do número de indivíduos de mês para mês, mas a espécie pode ser vista durante quase todo o ano (sendo contudo muito escassa de meados de Maio a meados de Julho).  Os habitats onde é mais frequente são os

estuários e as salinas

Rio” Avifauna Borrelho-grande-decoleira Charadrius hiaticula  Onde observar 

Fácil de observar em qualquer zonas húmidas costeiras, especialmente nas que se encontram sujeitas à influência das marés. Entre Douro e Minho – pode ser visto regularmente no estuário do Minho e no estuário do Cávado. Litoral centro – a ria de Aveiro, o estuário do Mondego e a lagoa de Óbidos são três bons locais para ver este borrelho.

Rio” Avifauna Borrelho-grande-decoleira Charadrius hiaticula  Lisboa e Vale do Tejo – muito abundante no

estuário do Tejo, podendo ser visto com facilidade no sítio das Hortas. Por vezes também se observa, em números reduzidos, na costa do Estoril. Alentejo – o estuário do Sado é o principal local de ocorrência na região, sendo também aquele onde a espécie pode ser vista mais facilmente; também pode ser visto no estuário do Mira e na lagoa de Santo André; esporadicamente observa-se no interior, em albufeiras. Algarve – a presença deste borrelho é regular na ria de Alvor, na ria Formosa, nas salinas de Santa Luzia e no sapal de Castro Marim.

Tarambola-cinzenta Pluvialis squatarola

Rio” Avifauna

 Identificação  No geral, esta é uma ave robusta, de pernas

compridas, bico curto e robusto, e tonalidade maioritariamente acinzentada.

 Tal como muitas outras limícolas, apresenta

duas plumagens distintas, uma de Inverno e outra de Verão.

 A primeira, menos exuberante, é sobretudo

caracterizada por um padrão escamado no dorso e asas, e ventre e peito mais pálidos.

 No Verão, a plumagem é mais vistosa,

apresentando uma máscara preta que se estende pela garganta, peito e abdómen, e que contrasta fortemente com os flancos brancos, e a malha branco-preta no dorso e asas.

 Em ambas as plumagens, a tarambola-

cinzenta possui axilas pretas,facilmente visíveis em voo.Maio.   

Rio” Avifauna Tarambola-cinzenta Pluvialis squatarola  Abundância e calendário 

Localmente pode ser bastante abundante, sobretudo em sapais, rias e zonas intermareais e salinas. 

Ocorre quase exclusivamente junto ao litoral e em grandes zonas estuarinas, sendo muito rara no interior. 

Embora possa estar presente durante quase todo o ano, a melhor época de observação decorre de Novembro a Fevereiro, decorrendo a passagem primaveril até ao mês de Maio.

Rio” Avifauna Tarambola-cinzenta Pluvialis squatarola  Onde observar

Ocorre um pouco por todo o litoral, variando enormemente a dimensão das concentrações, sendo mais abundante nas zonas estuarinas, e menos abundante noutras zonas. Entre Douro e Minho – é regularmente avistada nos estuários do Lima, do Minho e do Cávado, assim como no Cabedelo, na foz do Douro. Litoral centro – comum na Ria de Aveiro, onde pode ser avistada com relativa facilidade. Também no estuário do Mondego é uma espécie regular. Em menor escala, ocorre na lagoa de Óbidos.

Rio” Avifauna Tarambola-cinzenta Pluvialis squatarola  Lisboa e Vale do Tejo – as maiores

concentrações encontram-se no estuário do Tejo, em quase toda a sua extensão, sendo a sua observação facilitada no sítio das Hortas e no parque do Tejo. Aparece em pequenos números nas praias da costa do Estoril e da Ericeira. Alentejo – esta limícola é comum no estuário do Sado em quase toda a sua extensão. Ocorre também no estuário do Mira e na Ribeira de Odeceixe, na sua vertente alentejana, assim como na lagoa de Santo André. Algarve – os melhores locais de observação estão na Ria Formosa, sobretudo nas imediações de Cacela-a-Velha, Quatro Olhos, as salinas de Santa Luzia e de Tavira. A ria de Alvor e o sapal de Castro Marim são outros locais onde a tarambola-cinzenta é de fácil observação.  Pode ainda ser vista no estuário do Arade.

ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” Avifauna

Maçarico-de-bico-direito Limosa limosa

 O espectáculo de observar um bando de 30

mil aves a tornear no ar, como uma onda que alterna entre o castanho e o branco em contraste com o verde do montado ou o azul do céu.     Identificação Limícola de médio porte, acastanhada, de bico comprido e direito. A barra preta na cauda em contraste com o uropígio branco e a banda alar branca larga dão-lhe um ar inconfundível em voo. A espécie com que mais facilmente se pode confundir é o fuselo do qual se diferencia por possuir um porte mais elegante derivado do pescoço, bico e pernas mais compridas. No entanto, as características que os distinguem mais facilmente são a ausência de riscas na cauda e o branco do uropígio não se prolongar para o dorso nos maçaricos-de-bico-direito. Na

ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” Avifauna

Maçarico-de-bicodireito Limosa limosa

 Abundância e calendário

O maçarico-de-bico-direito ocorre em Portugal como migrador de passagem e invernante. Durante a migração pré-nupcial, que nesta espécie é precoce ocorrendo nos meses de Janeiro e Fevereiro, é comum a presença de mais de 50 mil aves em Portugal, a maioria em arrozais.  No inverno e durante a migração

pós-nupcial, que se inicia em finais de Junho, a espécie é menos comum (5 a 10 mil aves).

Maçarico-de-bicodireito Limosa limosa

Rio” Avifauna

 Onde observar

O maçarico-de-bico-direito ocorre predominantemente em zonas húmidas costeiras, como estuários, salinas e arrozais.

 De Julho a Março pode ser observado

no estuário do Tejo, sendo facilmente visto na baia do Montijo e no Parque do Tejo durante a baixa-mar, no Sítio das Hortas (Alcochete) a meia maré, e nas Salinas do Samouco ou junto ao Instituto Hidrográfico (Seixal), na preia-mar.



ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” Avifauna Maçarico-de-bicodireito  Limosa lim

No Algarve, os melhores locais para observar a espécie são as salinas de Tavira (ria Formosa) e do Cerro do Bufo (reserva de Castro Marim), desde os finais de Junho ao inicio de Março. A norte do Rio Tejo a melhor zona para o observar é a Ria de Aveiro. Em Janeiro e Fevereiro podem ser vistos grandes bandos nos arrozais, sendo os melhores locais o vale da Ribeira de Santo Estevão na bacia do Tejo e a zona do Zambujal e do Monte Novo de Palma, no estuário do Sado. No entanto, a maioria destes locais não é de acesso fácil e, apesar do tamanho dos bandos, estes nem sempre se encontram com facilidade

Perna-vermelha-comum Tringa totanus

Rio” Avifauna

 Saltam à vista as tonalidades vermelhas do

bico e patas desta espécie, bastante frenética na busca de alimento.     Identificação  Límicola de tamanho médio, que como o nome indica tem as patas vermelhas e o bico vermelho, com a ponta escura.  Varia a sua plumagem do Inverno para a

Primavera, passando dos tons acinzentados lisos no dorso, e peito e abdómen claros, para um padrão barrado na cabeça, peito e dorso.

 Bastante vocal quando assustada, tal como as

restantes límicolas, é facilmente reconhecível em voo pelas orlas brancas na parte posterior das asas.



Rio” Perna-vermelha-Avifauna comum Tringa totanus

 Abundância e calendário 

A perna-vermelha é comum nas zonas húmidas do litoral português, especialmente durante os períodos de Inverno e de passagem migratória, entre Agosto e Abril.  Forma bandos que podem ser de algumas

centenas nos grandes estuários.  No interior a sua ocorrência é excepcional.  Existe em Portugal uma pequena população

nidificante, mas a espécie é especialmente rara durante o período reprodutor

Rio” Perna-vermelha-Avifauna comum Tringa totanus  Onde observar 

Os grandes estuários e zonas húmidas costeiras são os melhores locais para procurar a perna-vermelha-comum.  Destacam-se a Ria de Aveiro, o estuário do

Tejo (onde pode ser vista na zona da Ponta da Erva, no sítio das Hortas, no Sapal de Corroios e no Parque do Tejo), o estuário do Sado (com destaque para as zonas de Zambujal, Torrinha, Comporta, Península da Carrasqueira, Gâmbia e Praias do Sado) e a Ria Formosa .  Pode também ser facilmente observada

também no Sapal de Castro Marim, na Ria de Alvor e no estuário do Arade.

Rio” Perna-vermelha-Avifauna comum Tringa totanus

Rola-do-mar Arenaria interpres

Rio” Avifauna



A capacidade de encontrar alimento entre as rochas, mesmo nas mais pequenas fendas, é extraordinária



Identificação Límicola pequena, rechonchuda, de patas curtas e alaranjadas, e com um padrão escamado, peito e barriga brancos. Possui um babete preto bastante característico. A sua plumagem na Primavera altera-se, passando a ostentar tonalidades laranja-amareladas no dorso, bastante características.



  Onde observar



 

Os melhores locais par observar a rola do mar são os troços de costa onde as praias são compostas por areia e rocha. Por vezes também aparece em portos. Lisboa e vale do Tejo – os troços de costa rochosa, nomeadamente na costa do Estoril e no cabo Raso, são favoráveis à observação da rola-domar.

Rio” Avifauna Rola-do-mar Arenaria interpres  Abundância e calendário 

Invernante e migradora de passagem, pode no entanto ser encontrada em todos os meses do ano. 

A rola-do-mar é uma espécie comum no litoral português e é facilmente encontrada em zonas com rochas expostas, onde é localmente comum.   Ocorre também nos principais estuários dos

rios portugueses, podendo ser vista em salinas ou zonas de vasa

Rio” Avifauna

Rola-do-mar Arenaria interpres  Onde observar

Os melhores locais par observar a rola do mar são os troços de costa onde as praias são compostas por areia e rocha.  Por vezes também aparece em portos. Entre Douro e Minho – o estuário do Cávado e o estuário do Minho são dois bons locais para procurar esta espécie. Litoral centro – pode ser vista no cabo Carvoeiro e no porto de Peniche. Lisboa e vale do Tejo – os troços de costa rochosa, nomeadamente na costa do Estoril e no cabo Raso, são favoráveis à observação da rola-do-mar. Alentejo – o estuário do Sado e a foz do rio Mira são os dois locais da região onde a presença da rola-do-mar é mais regular. Algarve – pode ser vista no porto de Sagres e também nas zonas húmidas costeiras, como o

Rola-do-mar Arenaria interpres

Rio” Aves

Guincho-comum Larus ridibundus

Rio” Avifauna

 Sendo uma gaivota muito abundante em

Portugal, o guincho-comum não cativa geralmente a atenção dos ornitólogos. No entanto, quem observar esta espécie ao longo do ano, notará que as aves se tornam mais atraentes a partir de Fevereiro ou Março, quando os adultos vestem o seu capuz cor de chocolate. Identificação É uma gaivota relativamente pequena. Por baixo é branca e por cima é prateada. As asas são cinzentas com um triângulo branco nas primárias. O bico e as patas são vermelhos.  A partir de Março os adultos envergam a plumagem nupcial, facilmente reconhecível pelo capuz castanho, cor de chocolate. Pode formar bandos de centenas ou mesmo milhares de indivíduos e mistura-se frequentemente com outras espécies de gaivotas.  Pode confundir-se com a gaivota-de-cabeçapreta, distinguindo-se desta última espécie pela ponta preta

Rio” Avifauna Guincho-comum Larus ridibundus

Rio” Avifauna

Guincho-comum Larus ridibundus

Rio” Guincho-comum Avifauna Larus ridibundus  Abundância e calendário 

O guincho-comum ocorre em Portugal principalmente como invernante e pode ser observado sobretudo de Julho a Março.  A partir do fim de Junho os primeiros

adultos regressam, por vezes ainda em plumagem de Verão e em Julho aparecem os primeiros juvenis.  Como nidificante é claramente raro,

havendo registos isolados de nidificação nos estuários do Mondego e do Sado. 

Note-se que alguns indivíduos não reprodutores podem ser observados em Portugal durante a época de nidificação.

Rio” Avifauna

Gaivota-de-asa-escura Larus fuscus  Onde observar 

Esta pequena gaivota é uma espécie relativamente fácil de observar em Portugal.  É mais abundante junto à faixa costeira,

sendo particularmente numerosa nos grandes estuários, como o do Mondego, do Tejo e do Sado, mas também pode ser encontrada com facilidade na Lagoa de Óbidos e na Lagoa de Santo André. 

Por vezes observam-se grandes bandos no paul da Barroca.

 No Algarve está presente nas principais zonas

húmidas, desde o porto de Lagos passando pela ria de Alvor até à Ria Formosa e ao Sapal de Castro Marim.  No interior do país ocorre em pequenos

números,

Rio” Avifauna Gaivota-de-asa-escura Larus fuscus  Esta gaivota, mais comum das gaivotas

portuguesas, é uma presença constante em quase todas as zonas húmidas do litoral português durante o Inverno.  Identificação

Os adultos apresentam uma plumagem típica de gaivota: dorso cinzento-escuro, cabeça e peito brancos, patas amarelo pálido, e bico amarelo com uma pinta que pode ir do vermelho ao preto.  No caso dos imaturos, e tal como acontece

com a generalidade das gaivotas grandes, também esta pode ser de identificação difícil, variando a plumagem consoante a idade, até ao 4º ano de vida, sendo, por norma, de um tom mais escuro que a congénere gaivota-argêntea

Gaivota-de-asa-escura Larus fuscus

Rio” Avifauna

 Abundância e calendário 

A gaivota-de-asa-escura ocorre durante todo o ano, sendo mais abundante durante o período de Inverno.  É muito abundante em todo o litoral,

especialmente em estuários, praias e portos de pesca, onde por vezes se juntam centenas ou milhares de indivíduos.  Ocorre também, embora em menor

quantidade, no interior do país, frequentando rios, albufeiras e campos recentemente agricultados.

Gaivota-de-asa-escura Larus fuscus

Rio” Avifauna

 Onde observar 

Os melhores locais para observar esta gaivota a pequena distância são os grandes portos pesqueiros, como é o caso de Aveiro, Figueira da Foz, Peniche, Sesimbra, Setúbal, Portimão e Olhão, assim como os portos comerciais de Viana do Castelo, Leixões, Lisboa e Sines.  Também é fácil observar esta espécie nas

grandes zonas húmidas costeiras, como a Baía de São Paio, a Ria de Aveiro, o estuário do Tejo, o estuário do Sado, a Ria de Alvor, a Ria Formosa e a reserva de Castro Marim.  As praias de São Martinho do Porto e da

costa do Estoril também são local habitual de concentração destas gaivotas.  Refira-se ainda a Berlenga, onde reside a

única população reprodutora, embora aqui esta gaivota seja difícil de encontrar devido à presença de milhares de casais de gaivota-argêntea

Rio” Gaivota-de-asa-escura Larus fuscus Avifauna

Garajau-comum Sterna sandvicensis

Rio” Avifauna

 O garajau é um mergulhador exímio,

surpreendendo a rapidez com que detecta e se lança na captura de um peixe a partir de alguns metros de altura.

 Identificação

É uma das maiores espécies do género Sterna, só sendo superada em tamanho pelo garajau-grande.  Em plumagem de Verão, possui também um

barrete preto que cobre a cabeça até aos olhos, asas cinzento-prateado, e corpo no geral branco. Distingue-se pela combinação de bico comprido, escuro com ponta amarela, e patas curtas e pretas. Durante o Inverno, a testa fica esbranquiçada.  Tal como os seus parentes próximos, o voo é

ondulado, e, quando em prospecção, aponta frequentemente o bico para baixo, em busca de presas.

Rio” Avifauna Garajau-comum Sterna sandvicensis  Abundância e calendário 

O garajau-comum está presente no nosso território durante todo o ano, com maiores efectivos entre o final do Verão e o Inverno.  Assim, o período por excelência de

observação desta espécie centra-se entre Agosto e Fevereiro, período este em que estas aves podem ser vistas junto à orla costeira, nos estuários dos rios, zonas portuárias e em zonas de ria.

Rio” Avifauna

Garajau-comum Sterna sandvicensis  Onde observar

 Beira Litoral – A Ria de Aveiro e o estuário

do Mondego são os melhores locais de observação, assim como a Lagoa de Óbidos. Durante as passagens migratórias, pode ser observada no Cabo Carvoeiro.     Lisboa e Vale do Tejo – é regular no estuário do Tejo e na Costa do Estoril, sobretudo durante o Outono e o Inverno. Pode igualmente ser visto durante as passagens no Cabo Raso.  Alentejo –observa-se com relativa facilidade

nos estuários do Sado e do Mira, e também na Lagoa de Santo André.  Algarve – nesta região pode ser observada em passagem no Cabo de Sao Vicente, e embora os melhores locais de observação incluam o estuário do Arade, a ria de Alvor, a Ria Formosa e a reserva de Castro Marim (nestas zonas húmidas pode igualmente ser vista, em pequenos números, durante o

Rola-turca Streptopelia decaocto

Rio” Avifauna

 O canto trissilábico da rola-turca é hoje uma

presença constante em muitas vilas e aldeias portuguesa. Este facto é surpreendente, se se tiver em conta que há apenas 20 anos a espécie era muito rara em Portugal.  Identificação

Quando está pousada, esta rola de plumagem acastanhada distingue-se facilmente da rolabrava pela plumagem mais lisa e pelo meio-colar preto que apresenta na parte superior do pescoço.  Em voo é visível uma grande quantidade de

branco na cauda, como que formando uma larga barra. Pode confundir-se com a “rolamansa”, da qual se distingue pelo maior tamanho e pelo canto.  Abundância e calendário

A rola-turca é actualmente uma espécie abundante em Portugal Continental e que está presente em quase todas as zonas habitadas de norte a sul do país, sendo por isso uma

ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” Avifauna Rola-turca Streptopelia decaocto  Abundância e calendário 

A rola-turca é actualmente uma espécie abundante em Portugal Continental e que está presente em quase todas as zonas habitadas de norte a sul do país, sendo por isso uma espécie bastante fácil de encontrar, excepto nas zonas montanhosas, onde está ausente.  É uma ave residente, que pode ser

observada durante todo o ano.

Rio” Avifauna Rola-turca Streptopelia decaocto  Onde observar 

No litoral centro é fácil de ver em Aveiro, na Figueira da Foz, em São Pedro de Muel e em São Martinho do Porto. 

Na região de Lisboa é particularmente abundante ao longo da costa do Estoril mas pode também ser facilmente vista em Sesimbra e na Ericeira. 

No Alentejo ocorre principalmente junto aos aglomerados populacionais e pode ser vista facilmente em Alpalhão, Ferreira do Alentejo e Castro Verde, mas também ocorre junto a algumas barragens, como a Barragem do Monte da Rocha. 

No Algarve está presente ao longo de toda a costa sul podendo observar-se por exemplo na zona de Sagres, na Ria de Alvor, junto à Lagoa das Dunas Douradas ou na Quinta do Lago.

Guarda-rios Alcedo atthis

Rio” Avifauna

 Olha ali um guarda-rios” – eis como é muitas

vezes anunciada a visão de uma flecha azul à superfície da água, o que imediatamente anima qualquer sessão de observação de aves. Esta pequena ave aquática é uma das espécies mais coloridas e encantadoras da avifauna portuguesa. 

Identificação Inconfundível. Muitas vezes é detectado quando faz o seu voo rasante e directo. Quando pousado, pode ser facilmente reconhecido pelo dorso e pelas asas azuis e pelo peito e ventre cor-delaranja.



Pousa frequentemente em pequenos postes ou ramos secos, junto à água, a partir de onde pratica a caça à espera.



Por ser uma ave tão colorida, é bem conhecida das populações, que por isso baptizaram esta espécie com pelo menos vinte e cinco nomes diferentes. Eis alguns deles: chasco-de-rego, espreita-marés, freirinha, juiz-do-rio, martinho-

Guarda-rios Alcedo atthis

Rio” Avifauna

 Abundância e calendário 

Ocorre em Portugal durante todo o ano, mas a sua abundância varia fortemente de umas regiões para outras.  É claramente mais comum no litoral que no

interior e mais comum em planície que em montanha, sendo raro acima dos 1000 metros.  Nos grandes estuários e lagoas costeiras

parece ocorrer sobretudo fora da época de nidificação, estando presente sobretudo de Agosto a Abril.

Guarda-rios Alcedo atthis

Rio” Aves

 Onde observar 

O guarda-rios encontra-se quase sempre perto de água.  No litoral sobretudo ocorre em estuários e

lagoas costeiras.  Entre os melhores locais para observar esta

espécie refiram-se os estuários do Cávado, do Tejo (particularmente nas lezírias da Ponta da Erva) e do Sado, o paul da Barroca, a Lagoa de Santo André e a Ria de Alvor. Por vezes observa-se no Parque do Tejo e na lagoa de Albufeira.  No interior do território pode ser visto em rios,

ribeiras e açudes, como por exemplo junto à barragem da Póvoa.Ocasionalmente pode ser visto junto ao mar aberto.

Guarda-rios Alcedo atthis

Rio” Avifauna

ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” Avifauna

Rouxinol-bravo Cettia cetti  Identificação 

O rouxinol-bravo é uma ave insectívora, tendo por isso um bico fino.  A sua plumagem é predominantemente

castanha-avermelhada por cima e acinzentada por baixo.  As asas são curtas e a cauda é mantida

frequentemente levantada.  Esta ave esconde-se geralmente por entre a

vegetação densa, sendo por isso difícil de observar.  Quando decide mostrar-se, pousa em postes

ou ramos mais expostos. É mais fácil de detectar e de identificar pelo seu canto característico, que por vezes é ouvido durante a noite.

ESTUÁRIO DO TEJO – “O Rio” Avifauna Rouxinol-bravo Cettia cetti  Abundância e calendário 

Os seus hábitos furtivos podem dar a ideia de que o rouxinol-bravo é escasso, contudo esta espécie é bastante comum, como aliás se constata a partir do momento em que se conhece o seu canto. 

Esta ave ocorre sobretudo em zonas de vegetação densa, quase sempre perto de água.  É bastante comum em caniçais e tabuais e

também ao longo de linhas de água com vegetação ripícola densa.  Embora se distribua de norte a sul do país, é

claramente mais comum no sul e no litoral, tornando-se mais escasso no norte e no interior.

Rouxinol-bravo Cettia cetti

Rio” Avifauna

 Onde observar 

As grandes zonas húmidas do litoral centro e sul são os melhores locais para tentar ver o rouxinol-bravo. 



Destaca-se o estuário do Tejo (particularmente as lezírias da Ponta da Erva) e o vizinho Paul da Barroca, em cujos caniçais esta espécie é bastante comum. Mais perto de Lisboa pode também ser observado nos pauis da várzea de Loures. Mais para sul, na Lagoa de Albufeira e no estuário do Sado também é possível encontrar o rouxinol-bravo.



No litoral alentejano destacam-se o estuário do Sado e a Lagoa de Santo André, enquanto que no interior a espécie pode ser encontrada sobretudo ao longo das ribeiras, por exemplo a ribeira do Divor, ou nas zonas de Montargil e Elvas. No Algarve, onde os caniçais hoje escasseiam, o rouxinol-bravo é comparativamente menos comum, podendo ser observado por exemplo no caniçal de Vilamoura, na Quinta do Lago, na Lagoa do Garrão e na Lagoa das Dunas Douradas.



No litoral centro, este insectívoro pode ser visto nas zonas húmidas com caniçais, como o paul da Tornada, a Lagoa de Óbidos, o paul do Taipal e a Ria de Aveiro.



O canto característico do rouxinol-bravo pode ser ouvido ao longo de todo o ano nos caniçais

Rio” Avifauna

Pintassilgo Carduelis carduelis

 O garrido do vermelho, amarelo e preto

constituem a marca mais saliente deste pequeno passeriforme.  Identificação 

Esta pequena ave granívora é conhecida por quase toda a gente, pelo que se trata de uma espécie de relativamente fácil identificação.  A sua máscara vermelha e preta, e o colar

branco que se estende até à nuca, bem como as manchas amarelas nas asas, fazem do pintassilgo uma ave bastante colorida e com um padrão facilmente reconhecível, mesmo em voo.  Durante a Primavera, pode ser observado a

cantar no alto de árvores, antenas, postes e telhados.  No Inverno agrega-se frequentemente em

bandos de dimensões consideráveis, que

Rio” Avifauna

Pintassilgo Carduelis carduelis  Abundância e calendário 

Abundante e bem distribuído ao longo do território continental, mas claramente mais comum no sul do que no norte, o pintassilgo ocupa uma variedade imensa de habitats, desde parques e jardins urbanos, a montados, pomares, bosques abertos, orlas, e, também, estepes cerealíferas durante o Inverno, onde é bastante abundante. 

Apenas evita as áreas densamente florestadas e de altitude. Está presente no país durante todo o ano.

Rio” Avifauna

Pintassilgo Carduelis carduelis  Onde observar  Os melhores locais de observação do

pintassilgo situam-se a sul do Tejo, sendo a espécie fácil de encontrar em Castro Verde, no Estuário do Tejo, no estuário do Sado e um pouco por todo o Algarve, como por exemplo na Ria de Alvor e na Ria Formosa.  A norte do Tejo é menos comum mas pode ser

observado com facilidade na cidade de Lisboa (e no vizinho Parque do Tejo), na Lagoa de Óbidos e no Tejo Internacional.

Rio” Avifauna

Pintassilgo Carduelis carduelis

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