OS TRÊS A’S Matilde Pacheco e Lara Seabra
COLÉGIO NOVA ENCOSTA
Matilde acordou naquele dia cheia de coragem e de felicidade, dava para ver na sua cara, não acham? Ouviu o relógio a dar as duas badaladas e isso relembrou-lhe que dali a pouco tempo seria dia de Páscoa. Matilde era uma rapariga como as outras e por isso ansiava pelas prendas dos seus padrinhos, que já sabia que seria dinheiro. Não esperavam que fosse diferente como aquelas adolescentes muito humildes que nunca querem nada, pois não?
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Arranjou-se à pressa e foi juntar-se com a sua amiga Lara com quem iria conversar,
passear
e tirar fotografias, para era a melhor maneira de passar a tarde na melhor companhia. Matilde queria o dinheiro que lhe iria ser oferecido para comprar uma camâra fotográfica profissional e um telemóvel novo para poder instalar redes sociais e jogos. Podem não imaginar, mas a Matilde era muito social e não ía escapar à nova moda e à atualidade!
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As adolescentes riam e conversavam quando, ao virar da esquina, depararam-se com uma mulher triste de mão dada a uma criança e uma filha diante dela a dançar, ora ballet ora hiphop. Lara parou e exclamou: - Danças incrivelmente bem, quem me dera saber dançar assim! - Obrigada, mas por muito que queira seguir um futuro como bailarina não posso, pois a minha família não tem esse dinheiro... - lamenta a menina, suspirando...
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Nisto, Matilde chama Lara e para tristeza desta, despede -se : -Até logo! Boa sorte para a tua carreira e espero voltar a ver-te em breve ! Lara estava muito calada de regresso a casa e a sua amiga estranhou: -Está tudo bem, Lara ? -Sim, apenas estou pensativa por causa daquela menina...
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-Ela deve estar aqui por perto. Havemos de nos encontrar outra vez e começaremos a guardar para ela o nosso dinheiro das prendas. Não deve fazer muita diferença, mas ao menos ajuda. E vocês, fariam isto? Eram capazes de dar as vossas prendas a alguém pobre? -Ótima ideia! Assim o fizeram, todo o dinheiro recebido fora guardado. Mas tinham um pequeno problema, como haveriam de encontrar a rapariga assim tão facilmente?
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Lara e Matilde queriam mesmo ajudá-la. As amigas eram inteligentes e determinadas e por muito que gostassem de receber prendas e de concretizar os seus desejos, reconheciam a importância de ajudar os mais necessitados, não como uma obrigação, mas sim como um dever moral. -Como
fazemos
para
a
encontrar?-
questionou Lara. -É muito simples. Em vez de a procurarmos temos de procurar a família dela que de certo estará com a ...Como é que ela se chamava ? -Não sei, não lhe perguntamos.
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Andaram e andaram, distraídamente, em busca da pobre família, até que a encontraram. Não estavam no sítio habitual . Estavam na outra ponta da rua de sentido contrário. -Olá! Lembra-se de nós? -Claro que me lembro. Procuram a Luna? (Ahhh, ...então é Luna que se chama, pensou a Matilde). -Sim, é mesmo ela que procuramos.
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-Bem, ela saiu há algum tempo para comprar meia dúzia de pães, mas já foi há muito e estou a ficar preocupada ! -Não se preocupe, nós vamos ver onde é que ela anda. E assim foram. Viram-na no interior de uma loja. Abraçaram-se, voltaram para junto da sua família e viveram felizes para sempre. Gostaram? Espero que não porque era mentira. Agora, voltando à verdadeira história...Passada 1 hora desistiram de tanto procurar.
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-Temos de ir à polícia agora. -Concordo, corre, não estamos longe e já não temos muito tempo até à hora de estar em casa! Ao falarem com a polícia deixaram um vago retrato físico da adolescente em conjunto com os seus números de telemóvel para o caso de Luna ser encontrada. Lara e Matilde estavam desesperadas. Cada uma em sua casa ansiava por uma chamada muito importante, mas o telemóvel de ambas estava imóvel. Durante uma semana não houve notícias. Toda a cidade já sabia do desaparecimento da menina e esperavam o pior.
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As meninas passavam as noites todas acordadas, até que, uma manhã, já juntas, um sorriso surgiu na cara de Matilde: - O que foi? Porque é que estás a sorrir? -Shhh!!!Estou? -Temos algumas suspeitas mas precisamos de uma confirmação, dirigam-se à esquadra da polícia mal possam. – informou um polícia local com voz autoritária. - Vamos já para aí ! - gritou a menina.
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Quando chegaram foram para uma sala com muitos adolescentes rebeldes, mas nenhuma como a Luna. Avisaram o polícia junto delas dizendo-lhe para continuar com a busca. Estavam tristes e desanimadas, até que o polícia as para e diz: -Lamento, mas faltava uma menina! Era Luna, pelo menos parecia! Não as julguem elas viam mal e precisavam de óculos, porém quando se aproximaram foi bem claro que era de facto ela.
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Quando as três amigas se juntaram deram um grande abraço. Ups! Parece que alguém está molhado. Lara esquecera-se que tinha um copo de sumo na mão e ao abraçar Luna, entornou-o. Depois de se secar e trocar de roupa a juntar a uns longos minutos de risadas, começou a explicar:
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- Estava na padaria, sozinha, e uma senhora disse que me podia dar de comer. Ela não me queria fazer mal, e cumpriu com o que disse, ofereceu-me muito pão e leite para levar para a minha família e de graça, não podia recusar! Depois, questionoume se queria passar algum tempo com ela. Uns instantes depois, viu que andavam à minha procura e trouxe-me até aqui, através dos panfletos que vocês espalharam pela cidade, não arranjaram uma foto melhor?! De qualquer das formas, não devia ter ido com estranhos e muito menos sem avisar a minha mãe que deve ter ficado preocupada.
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PROCURA-SE
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As três amigas voltaram para junto da família de Luna e deram-lhe todo o dinheiro explicando-lhe para que era. -Não era preciso, muito obrigado. – referiu a menina emocionada.
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Com aquele dinheiro, Luna, entrou numa escola de dança profissional e ganhou mais dinheiro na rua porque a sua dança tinha mais qualidade devido às aulas produtivas. Querem saber o que aconteceu? Luna tornou-se uma dançarina muito famosa, até dançou em Londres, Paris e Hollywood! Asim, com o dinheiro da fama da artista compraram uma casa.
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E agora estão a pensar no facto de as meninas não terem tido prendas de Páscoa pois deram o seu dinheiro todo, mas não se questionem durante muito tempo, pois mais tarde, Luna retribuiu às amigas com algo muito mais valioso, como as prendas que elas queriam para além da felicidade que se via nos olhos da rapariga. Por isso não se esqueçam, Ajudar, Apoiar e Amar são as três palavras chave desta história, isto é, os 3 A’s!
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Apoiar Ajudar 32
Luna é uma rapariga pobre que ganha o seu único dinheiro para sustentar a família , dançando na rua. Até que, conhece Lara e Matilde que estão determinadas a ajudá-la! Porém, surgem alguns problemas que complicam a vida da adolescente, nada que as raparigas não consigam ajudar a resolver. Tudo acaba melhor do que começou!
Matilde Pacheo e Lara Seabra
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