Boletim Athanor 017 Julho 2007

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  • Words: 6,526
  • Pages: 12
Nesta Edição: E Ed diittoorriiaall D Deem mooccrraacciiaa

ppeelloo R R∴ ∴H H∴ ∴U Ulliisssseess

O OM Miissttéérriioo d daa F Foorrm maa ((55)) ppeelloo R R∴ ∴H H∴ ∴ JJooaaqquuiim mB Baarrããoo

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E Effeem méérriid deess d dee JJuullh hoo ppeelloo R R∴ ∴H H∴ ∴ JJoosséé M Meelloo B Brrááss

A Asscclléép piioo ((E Essccuullááp piioo)) ppeelloo R R∴ ∴H H∴ ∴ JJooããoo SSiillaass

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W Wssiirr -- O OC Caam miin nh hoo d daa M Moorrttee TTrraadduuççããoo ddoo FFrr∴ ∴ LLuugghh

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A AP Peed drraa A An ng guullaarr ((d daa A Allqquuiim miiaa))… … ((1133)) PPeelloo R R∴ ∴IIrr∴ ∴ FFrr∴ ∴ IInnccóóggnniittuuss

A AS Saan nttííssssiim maa T Trriin noossooffiiaa ((77)) C Coonnddee ddee SS.. G Geerrm maaiinn

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C Coooorrddeenn∴ ∴ ddoo R R∴ ∴IIrr∴ ∴ JJooããoo G Guuiim maarrããeess

P Paallaavvrraass S Sáábbiiaass

R Reeccoollhhaa ddoo R R∴ ∴IIrr∴ ∴ TTeeiixxeeiirraa C Caabbrraall

Athanor – Boletim Esotérico Mensal – Edição n.º 17 – Julho de 2007

Editorial Pedimos a melhor compreensão dos leitores para o facto de não conseguirmos responder à totalidade da correspondência que nos dirigem. No entanto, todas as mensagens foram lidas e estabeleceu-se uma ordem para as respostas, a qual não é necessáriamente cronológica, porque entendemos dever dar prioridade aos assuntos que nos pareceram mais relevantes, Resta-nos agradecer por estarem connosco e nos darem a oportunidade de partilhar o nosso já inseparável Athanor. TT∴AA∴FF∴ para TODOS. Os artigos apresentados são da responsabilidade dos seus autores e poderão eventualmente, num ou noutro aspecto, não expressar os pontos de vista dos fundadores.

Democracia Pelo R∴Ir∴ Ulisses

Vivemos hoje a democracia tão naturalmente como respiramos e só muito raramente, talvez quando por qualquer razão nos sentimos incomodados ou ameaçados nos nossos interesses, é que nos apercebemos daquilo que ela é, ou deveria ser. E o que é a democracia? Muitas são as definições, como os leitores imaginam. Contudo gostaria de pegar naquela que define a democracia como um sistema de institucionalização dos conflitos. Efectivamente nos sistemas democráticos as instituições que lhes dão suporte têm por finalidade institucionalizar conflitos sociais. Não será essa, no entanto, a função das instituições em regimes ditatoriais, uma vez que nas ditaduras as instituições políticas e a organização do Estado, (governos, tribunais, simulacros de parlamentos...), por não resultarem, directa ou indirectamente, do voto livre dos cidadãos, acabam por não intermediar os interesses sociais em conflito, acabando por ser, enfim, tendenciosas. E, porque as instituições não levam a cabo

essa tarefa, é na rua, e violentamente, que muitos dos conflitos se dirimem: cada um faz por suas mãos a justiça em que acredita. Dito de outra forma, para que os cidadãos entreguem a defesa dos seus interesses às instituições, sejam elas quais forem, é preciso que se revejam nelas e que tenham, sobre elas, uma palavra a dizer. Caso contrário será fora do quadro institucional que os conflitos serão resolvidos. Veja-se o caso de muitos países não democráticos em que a violência grassa pelas ruas e facilmente compreendemos a justeza desta análise... Mas será que nas democracias as instituições cumprem, como devem, este mesmo desiderato?

Responder positivamente à questão será o mesmo que afirmar que os cidadãos se sentem representados nas suas instituições, e que também se sentem, por isso, identificados com o sistema de representação que a organização política lhes proporciona. E estarão identificados? Talvez sim, naqueles países em que há uma preocupação de permanente adaptação dos sistemas políticos para que se não percam os vínculos do sistema à população. Talvez sim, naqueles países em que o funcionamento dos partidos é de exigência quanto à selecção dos seus dirigentes. Talvez sim, também, naquelas situações em que a própria classe política se sabe dar ao respeito. Talvez não, quando as preocupações anteriores não são levadas em consideração. O crescente alheamento de segmentos significativos das populações em relação à política, é um sintoma de que os sistemas políticos, tal como os temos no ocidente, não as representa e é tendencioso. Os políticos sempre vão dizendo que é preciso aproximar os cidadãos novamente à política, como se os cidadãos dela se tivessem afastado. Mas... na verdade os cidadãos estão onde sempre estiveram e parece que têm sido os políticos que deles se têm afastado. Dito de outra forma: a democracia enquanto sistema político exige, como pão para a boca, que os políticos se aproximem dos cidadãos.

Da Ciência O MISTÉRIO DA FORMA… E DA ENERGIA (5) DA VIDA Pelo R∴Ir∴ Joaquim Barão

Não existem respostas definitivas para as questões “O que é a Vida?” e “O que é a Morte?”, nem tão pouco temos certezas acerca dos seus objectivos e finalidades. Sem pretender formular novas teorias, para uma abordagem séria do assunto devemos manter-nos equidistantes tanto da Escola Materialista como da Espiritualista, entendendo que a verdade, numa matéria tão controversa, pertence ao campo das probabilidades e não satisfaz em definitivo nem a mente racional nem o

ULISSES 2

Athanor – Boletim Esotérico Mensal – Edição n.º 17 – Julho de 2007

espírito científico. Porém, se nos é impossível atingir os objectivos finais, o mesmo não se passa com a mensagem racional que nos transmite a observação, segundo a qual a Vida constitui o “conjunto dos actos que mantêm o movimento dos órgãos desde o nascimento até à morte”. E se quisermos interpretar essa observação à luz dos conhecimentos filosóficos Tradicionais, podemos estender a definição ao conceito mais alargado de “essência do movimento e de todas as forças que agitam o universo”. Ao falarmos da Vida, está implícito o conceito de força vital, sendo esta a capacidade ou potencialidade, com intensidade variável de indivíduo para indivíduo, que permite o desenvolvimento, a conservação, a regeneração e a reprodução. Nesta interpretação objectiva, a vida de um indivíduo corresponde ao conjunto de fenómenos biológicos compreendidos entre o nascimento e a morte. A duração da vida está condicionada não apenas pela força vital individual, ou potencial de assimilação dos elementos materiais e vitais exteriores, mas também pela quantidade, pela qualidade, e pelo recurso a técnicas especiais de captação da energia vital que existe no alimento, na água, no ar e na luz solar. A esta energia vital, a que fazemos alusão, já se referiam os escritos hindus de há milhares de anos, onde era designada por “prana”. Parece-nos fácil compreender que a vida é um fenómeno universal que se manifesta de múltiplas formas, segundo condições químicas e termodinâmicas, determinadas por influências solares, astrais, e outras que ignoramos. O mesmo será dizer que encaramos a Vida como uma essência universal da energia e do movimento. A Vida que aqui identificamos – a do ciclo do carbono – que se manifesta no nosso planeta, não será mais do que uma das modalidades da vida universal, adaptada a condições termodinâmicas circunstanciais. Nada nem ninguém nos poderá demover de admitirmos a possibilidade de existência de organismos vivos em muitos outros planetas, onde se encontrem condições físico-químicas adequadas a esses mesmos organismos, cujos ciclos elementares fundamentais possam ou não ser diferentes do carbono, e que, consequentemente, não exista necessidade absoluta de dependerem do oxigénio ou da água.

Dicionário da Maçonaria (11) Pelo R∴Ir∴ Jeremias Serapião

C Circulação. A circulação das pessoas presentes numa loja é regulamentada pelo ritual que é usado nas reuniões. Fora deste esquema apenas o Venerável pode autorizar um participante a deslocar-se no recinto do Templo, considerado como sagrado. Durante as cerimónias cada deslocação é codificada em função do grau do Maçom e do seu papel, de acordo com um sentido preciso, inclusive com a obrigatoriedade da marcha se iniciar com o pé esquerdo ou direito, consoante o rito praticado. É o Mestre-de-cerimónias que está encarregue de regular a circulação no Templo, no sentido dos ponteiros do relógio (destrógiro) ou no sentido contrário (sinistrógiro). Coluna da Harmonia. É costume que alguns rituais acompanhados por música. Esta brota do que se denomina “coluna da harmonia” que é a fonte de onde jorra a música. Esta pode ser um piano, ou qualquer outro instrumento ou, ainda, um qualquer aparelho reproduzindo uma música pré-gravada. Colunas. A palavra coluna é frequentemente empregue na linguagem maçónica. Em primeiro lugar, e porque pertence ao antigo vocabulário dos construtores e depois porque em toda a arquitectura sagrada as colunas sustêm o Templo. Por último, mais concretamente, são-lhes atribuídas várias definições que importa distinguir: ƒ Segundo a primeira definição, as colunas são os copos alinhados sobre uma mesa aquando dos banquetes maçónicos; ƒ A segunda define as colunas como sendo, no Templo e no decurso de uma cerimónia, os dois grupos de Maçons assistindo à sessão, um posicionado ao logo do lado Norte (Aprendizes), e o outro perto do lado Sul (Companheiros e Mestres). A composição destes dois grupos pode variar segundo as Obediências, mas o princípio dos dois conjuntos é geral: ƒ O terceiro sentido dado à palavra “coluna” faz

(continua) J. BARÃO 3

Athanor – Boletim Esotérico Mensal – Edição n.º 17 – Julho de 2007

referência, num elevado número de ritos maçónicos, às três colunas dispostas em esquadria nos três ângulos do quadro da loja. A primeira, situada ao Oriente, no lado do sul, é de estilo jónico. Evoca a sabedoria e está atribuída ao Venerável. A segunda, de estilo dórico, está colocada a Ocidente, no lado norte, está relacionada coma Força e associada ao Primeiro Vigilante. A terceira é de estilo coríntio, situa-se a Ocidente, no lado sul, está relacionada com a Beleza e corresponde ao Segundo Vigilante. ƒ O quarto significado do termo “coluna” no universo maçónico é, sem contestação, o mais conhecido. É o que é visível nas duas colunas de bronze Jakin e Boaz, de acordo com os nomes de personagens da Bíblia, contratados por Hiram quando da construção do Templo de Salomão. No Templo Maçónico, ainda que a sua localização varie algumas vezes segundo rito praticado, elas estão geralmente situadas no vestíbulo que sucede a porta a Oriente (para quem olha para o interior do Templo, Boaz fica à esquerda e Jakin à direita). A sua localização marca, simbolicamente, a transição entre o mundo profano e o universo dos iniciados, induzindo a transformação de quem franqueia este limite, o que é o correcto na via iniciática. De acordo com a Bíblia, as duas colunas de bronze do Templo de Salomão marcavam o ponto onde se reencontravam, ou se fundiam, o homem e o divino, o profano e o sagrado, fornecendo, a quem procura com sinceridade, a matéria e os valores próprios à sua demanda espiritual. Companheiro. Para além da sua raiz etimológica, a palavra “companheiro” tem a sua origem na fraternidade dos ofícios, denominada “compagnonnage”. O Companheiro é, por definição, aquele que partilha o saber no ofício que pratica, com quem se dividem não somente as alegrias e penas devidas á actividade profissional, mas também uma certa ética e uma ideia bem precisa de entreajuda. Com o Companheiro divide-se o pão, bebe-se a água tirada do poço, participa-se nos trabalhos da vida quotidiana. Ainda hoje, em certos países, a “compagnonnage” constitui uma espécie de passagem obrigatória para entrar numa profissão ou ultrapassar algumas etapas. Era inevitável que o universo maçónico, através da maçonaria operativa e posteriormente pala maçonaria especulativa, viesse a conferir ao grau de companheiro um significado particular. Na franco-maçonaria é denominado Companheiro o maçom que, depois de ter sido Aprendiz no termo

da sua iniciação, ascende ao segundo grau. Trata-se, pois, de um grau intermédio entre Aprendiz e Mestre, nos três graus de base que constituem as Lojas Azuis. O grau de Companheiro está associado ao número cinco, razão pela qual o maçom que atinge este nível tem, simbolicamente, cinco anos. Isto explica, também, que sejam propostas cinco viagens ao Aprendiz que pretende obter o grau de Companheiro. A primeira respeita à descoberta dos cinco sentidos; a segunda à compreensão das cinco ordens de arquitectura – jónica, dórica, coríntia, toscana e compósita - tal como era ensinado pelos Anciãos; em seguida é o tempo de descobrir as cinco artes liberais: gramática, retórica, lógica, aritmética e geometria: enfim, para completar estes ensinamentos de base, é ocasião para se efectuarem viagens à volta das esferas terrestre e celeste e desenvolver as suas particularidades. Paralelamente, do ponto de vista da simbologia pura, são proporcionados ao Companheiro novos motivos de reflexão: a Estrela Flamejante e a letra G, mas igualmente ferramentas como a régua e a alavanca. Bem entendido, como em toda a ascensão a um nível superior, o Maçom aprende igualmente todos os parâmetros próprios do seu novo grau, que deverá pôr em prática durante as reuniões de loja, tais como palavras, sinais, toques, bateria, marcha, etc. Não sendo nossa intenção elaborar um dicionário extenso e completo, devido a razões de espaço e tempo, e face à periodicidade de publicação do Athanor, optámos por apresentar apenas as palavras de cada letra do alfabeto que nos pareceram mais aliciantes. Ainda assim, a listagem apresenta uma significativa extensão. JEREMIAS SERAPIÃO

Efemérides de Julho (País, Ano e Dia) Na opinião de alguns leitores (e Iir.’.), a publicação exaustiva das efemérides reveste-se de pouca utilidade, exceptuando-se alguns relatos mais relevantes e todos os que se referem ao R∴ Egípcio. A partir desta edição vamos ter como referência a recomendação, sem contudo chegarmos a um radicalismo absoluto.

Recolha do R∴Ir∴ José Melo Brás América 1776 04 Das 39 assinaturas constantes na Constituição, 25 eram de maçons. 1850 ? Giuseppe Garibaldi filia-se à Loja Tompkins Nº 471 de New York. 1884 01 Albert Pike refuta a Encíclica Humanum Genus. 1969 20 Os IIr∴ Edwin Aldrin Jr. e Neil Armstrong, colocam na Lua a bandeira americana e o emblema maçónico da Loja Azul. 4

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Brasil 1965 14 O G∴M∴ da G∴L∴ de Pernambuco (Ir∴ Manoel de Luna Filho), faleceu subitamente ao encerrar uma cerimónia de Iniciação, à qual presidiu. Escócia 1742 20 Nasc∴ de William Preston (em Edinburgh). Foi especialista em pesquisas e estudos sobre ritos e graus. Criou a fundação “Prestonian Lecture” (ainda existente), promotora de pesquisas maç∴. França 1789 08 Suspensão da L∴ Mici Sinceri, do G∴O∴ de França, na sequência do processo contra Cagliostro. 14 Por curiosidade, vale a pena referir que nesta data as LL∴ de França eram frequentadas por algumas das mais notáveis personalidades da época, como sejam: Voltaire, Turgot, Helvécio, Lalande, Lacèpéde, Rochefoucauld, Dupacty, de Séze, La Fayette, Paul Jones, D'Alembert, Claude Joseph Vernet, Grauize, Houdon, Siéges, Camille Desmouline, Fourcroy, Andrea Chenier, Boucher, Benjamin Franklin (R+C e embaixador dos USA)., Mirabeau, Beauharnais, J. de Maistre, Beaumarchais, Holbach, Massena, Turpin, Chaligni, Talleyrand e J. J. Rousseau. A presença destes grandes intelectuais nas LL∴ contribuiu para a formação da ideia de que a Revolução teve origem na maç∴. Inglaterra 1789 08 Fund∴ da “Royal Masonic Institution for Girls”, pela G∴L∴ de Inglaterra, para protecção das filhas de maçons (ainda existe e tem vários colégios). Irão 1978 15 Autoridades Jurisdicionais Islâmicas consideram a Maçonaria um movimento clandestino ligado ao judaísmo e ao sionismo internacional. 1988 03 Fundação do Supremo Conselho do Irão. Itália 1984 30 Após o escândalo da P-2, muitas LL∴ do G∴O∴ de Itália afastaram-se e reconstituiram a G∴L∴ Geral da Itália. A selecção foi rigorosa: 210 LL∴ pediram C∴P∴, mas só 87 a receberam. Portugal 1817 05 Fuzilado o Ir∴ General Lacy, que dirigia uma sublevação em Lisboa. 1832 14 D. Miguel pede a toda a nação para combater “os pedreiros, os iluminados, os maçons”. 30 D. Miguel restabelece os direitos dos jesuítas, expulsos pelo Marques de Pombal. Vaticano 1846 02 O Santo Ofício decreta a proibição do livro "História da Maçonaria".

JOSÉ MELO BRÁS 5

Mitologia MITOS GREGOS (*) Pelo R∴Ir∴João Silas

ASCLÉPIO (ESCULÁPIO)

Asclépio era ao mesmo tempo um herói e o deus da Medicina. Tinha como insígnias as serpentes enroladas num bastão. Era filho de Apolo e da mortal Corónis (segundo uma outra versão, de Arsinoé), tendo crescido junto do centauro Quíron, como todos os homens notáveis da sua época. O centauro ensinoulhe medicina, tendo Asclépio revelado um raro talento para esta ciência. Após ter obtido o conhecimento dessa arte (medicina), estabeleceu-se em Epidauro e aí fundou uma escola da arte de curar. A fama de Asclépio propagou-se por toda a Grécia e conta-se que a deusa Atena lhe enviou o sangue de Górgona que tinha sido decapitado por Perseu. O sangue saído da veia esquerda era um veneno mortal, mas o que corria do lado direito era tão benéfico que graças a ele Asclépio conseguia ressuscitar os mortos. Zeus vigiava de perto as actividades de Asclépio e redobrava as atenções às queixas que seu irmão Hades, senhor dos Infernos, lhe fazia. É de resto em resultado do sucesso em ressuscitar os mortos que Zeus, com receio que ele viesse perturbar a ordem do mundo o refreará. Zeus hesitava no destino a dar a quem detinha tanto conhecimento mas que alterava a ordem do universo e, sem mais delongas, brandiu o raio e fulminou Asclépio. Apolo quis vingar a morte do filho e sem poder descarregar a sua ira em Zeus, matou os Ciclopes, fabricantes dos raios com que o senhor do Olimpo atingira Asclépio. Zeus, por sua vez,

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privado dos seus colaboradores sempre tão solícitos, mergulhou Apolo nas profundezas do Tártaro (a região mais sombria da Terra, mais funda que os próprios Infernos). Leto, mãe de Apolo intercedeu e as suas lágrimas amoleceram Zeus que se ficou por uma pena mais leve: o pai de Asclépio seria expulso do Olimpo por um ano e nesse tempo serviria o rei Admeto como pastor. Asclépio, o grande amigo dos homens foi divinizado e transformado na constelação do Serpentário. Mas deixou descendência: Homero, na Ilídia, diz terem sido os seus dois filhos, Podalírio e Macáon, que acompanharam os gregos na guerra de Tróia. Tradições posteriores atribuemlhe mais quatro filhas, também elas ligadas à medicina: Aceso (a que cuida de), Iaso (a cura), Panaceia (a que socorre todos) e Higeia (a saúde).

Reflexões FORA DE TEMPO Pelo R∴Ir∴ Ulisses

É na ténue separação dos mundos (ou dos céus, conforme se queira) que todos os penitentes do limbo se revêem em equilíbrio instável. De braços abertos fazem com eles o contrapeso que lhes facilita a caminhada. Pé ante pé vão evoluindo para um ponto distante: não conseguem ver-lhe o fim, mas sabem que ele está algures, na escuridão. Que culpa tem cada homem de ter nascido quando e JOÃO SILAS onde nasceu? Que pecados pode ter quem foi posto no mundo à revelia da sua vontade e antes da revelação? (*) Adaptação do livro Mitos Gregos, de Zacarias Nascimento. Os teólogos terão explicação para isso e para muito mais, por que tudo pode ser compreendido depois de gípto (Textos Tradicionais) explicado: quando não é falta de fé... Mas quantas O CAMINHO DE OSÍRIS vezes ouço gritar ao ouvido, tão baixinho que só eu Wsir – O Caminho da Morte oiço: Tradução do Fr∴ Lugh - Por que não foi Cristo o próprio Adão, o primeiro dos Dispõe-te agora, Neófito, a percorrer o Caminho de Wsir primeiros? (ou Asar), o Caminho da Morte. Porque teve Dante Alighieri de imaginar inocentes em Não te deixes assustar pelo seu nome: Wsr é o deus dos mortos e do infra-mundo, que não é outra pousio penitencial na antecâmara do paraíso, sem coisa que o nosso mundo, do ponto de vista dos deuses. culpa formada, sem pecado que não fosse o ter nascido Ele ficou enredado numa roda de reencarnações terrestres, por fora de tempo? Com que justiça levou a juízo (final ou causa da sua imprevisão, e não abandonará este plano não, porque tanto faz para o caso), gente profana por até que tenha cumprido a tarefa que deixou pendente. Este é o Caminho que tem que percorrer, morrendo uma falta de quem a convertesse? E se Santo Agostinho e outra vez na solidão, para voltar a viver de novo as mesmas postula que "sem liberdade não há pecado" por que háou semelhantes experiências, aquele que não aprendeu de ser tratado como um pecador quem não teve a dos seus erros, e que uma e outra vez se deixou envolver pelo escuro mundo da matéria, seduzido pela sua soberba, liberdade para procurá-Lo, posto que não sabia onde vaidade, desejo de poder ou necessidade de protagonismo. nem como? Volta a reviver, nas trevas, quem converte o Amor em rancor Prometeu deu-te a luminária e tu entreténs-te a e o rancor em ódio, quem não perdoa nem admite os seus blasfemar!!! Lá estás tu a construir heresias com as próprios erros, e para poder conviver com eles, projecta-os nos seus semelhantes e torna-se intolerante, agressivo e palavras e com a razão. A juntar as letras que foram arrogante... Morre uma e outra vez quem não se atreve a dadas ao Homem pela Divindade para arquitectar enfrentar as suas carências, quem esconde os seus ideias que noutros tempos teriam como destino a medos numa capa de falsa segurança. fogueira. Morre uma vez mais tu, que estás disposto a seguir os passos Rameira, três vezes Rameira! Lutero tinha razão. Até de Wsir, sem te deixares enganar novamente pelas subtis teias do teu lado escuro, que inundará a vaidade de te por que a razão dele também era a "rameira do diabo", creres invencível... Morre, por fim, pela última vez! que lhe ia na alma e lhe dava argumentação aos rodos. Percorre este Caminho para renascer, unindo-te à Vida. E razão tinha Damião (o de Goes) que achava em tanta Não te deixes enredar de novo no sombrio Mundo dos fé, pouco crédito no Homem. Mortos: a vida terrena!

E

ULISSES

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privado o menino da imortalidade. Em seguida, Ísis revelou a sua identidade à horrorizada Athenais e contou-lhe a sua história, pedindo-lhe que lhe desse o pilar que sustentava o tecto. Quando o seu pedido foi atendido, abriu a árvore e retirou o cofre que continha o corpo de Osíris. Lamentou-se com tanta força que um dos jóvens príncipes morreu de pavor. O corpo foi levado para o Egípto por mar. Durante muito tempo, a árvore que conteve o corpo do deus foi preservada e venerada em Byblos. Ao chegar ao Egípto, Ísis abriu o cofre e chorou triste e amargamente sobre os restos do seu esposo real. Mas agora lembrou-se do seu filho, o pequeno Hórus, que havia deixado em Buto, e, escondendo o cofre num lugar secreto, empreendeu a busca da criança. Entretando, Set, que caçava à luz da Lua, descobriu o cofre, ricamente adornado, e, na sua ira, cortou e dividiu o cádaver em catorze partes, que espalhou por todo o país. Quando descobriu esta última atrocidade praticada com o corpo do deus, Ísis tomou um barco feito com juncos e empreendeu novamente a busca dos restos do seu esposo. Os crocodilos não se aproximaram do barco de papiro, provavelmente porque sabiam que levava a bordo a deusa. Quando Ísis encontrava uma parte do cadáver, enterrava-a e construia um sepulcro para demarcar a sua posição. Esta é a razão de existirem inúmeras tumbas de Osíris no Egípto Ao fim de tantos anos de buscas, Hórus já se tornara adulto. Osíris, regressando da Duat (o mais além), onde governava como rei dos mortos, incentivou-o a vingar as injustiças sofridas pelos seus pais. De imediato, Hórus iniciou combates com Set, alternando-se as vitórias entre um e outro. Numa ocasião, Set foi capturado pelo seu inimigo e ficou sob a custódia de Ísis. Mas, para grande surpresa e indignação do seu filho, esta deu-lhe liberdade para partir. Hórus ficou tão irado que arrancou a coroa da cabeça da sua mãe. Para a compensar, Thoth deu-lhe um adorno com forma de cabeça de vaca. Outra versão relata que Hórus decapitou a sua mãe e que Thoth, mestre da magia, voltou a colocar-lhe a cabeça, deixando-a com a forma da cabeça de uma vaca. Diz-se que Hórus e Set continuam lutando, ainda que nenhum dos dois consiga saír vitorioso. Quando Hórus vencer o seu inimigo, Osíris regressará à terra e voltará a governar o Egípto.

O MITO DE ÍSIS E OSÍRIS (final) Fonte: “Egipto”, de Lewis Spence. Colecção Mitos e Lendas, Studio editions.

Traduzido e adaptado pelo R∴Ir∴ Gervásio Sequeira

Ísis fez crescer a criança dando-lhe o seu dedo para chupar. Todas as noites, quando todo o mundo estava a dormir, punha grandes troncos no fogo e deitava o menino entre eles. Logo, emitía tristes lamentos pelo seu marido morto. As aias da rainha informaram a sua senhora dos rumores de tão estranhas práticas, e esta propõs-se descobrir se havia alguma verdade no que se dizia. Então, escondeu-se na grande sala, e quando chegou a noite, verificou efectivamente que Isis trancava as portas e amontoava troncos no fogo, deitando a criança entre a madeira ardente. A rainha avançou com um grito e resgatou o menino das chamas. A deusa reprovou-a, informando-a de que pela sua acção havia

GERVÁSIO SEQUEIRA

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A SANTÍSSIMA TRINOSOFIA (Autoria atribuída ao Conde de Saint-Germain)

Alquimia

SECÇÃO VII

A PEDRA ANGULAR DA CREAÇÃO DIVINA E A ASSUNÇÃO DA MATÉRIA VIRGEM (13)

Á entrada desta galeria estava colocada uma vasilha de aço. Quando me aproximei, ela encheu-se de uma água pura como cristal, que passava, para se purificar, através de uma areia branca e fina. O recipiente era oval e apoiava-se sobre três pés de bronze. Sobre o tecto que dava para a porta, estava incrustada uma lâmina negra que continha alguns caracteres. Perto do recipiente havia um véu de linho, abaixo dele estavam duas colunas de mármore verde, as quais sustentavam uma placa arredondada de mármore. A placa estava rodeada por duas inscrições e ao centro estava a figura do selo sagrado, formado por uma cruz de quatro cores, afixada a uma faixa de ouro que sustinha dois outros círculos concêntricos. O maior destes círculos era negro e o outro vermelho. Numa das colunas estava afixado um machado de prata, cujo cabo era azul. A ele se dá o nome de "qualqanthûm", (calcantha, conforme os antigos designavam o sulfato de cobre).

Pelo R∴Ir∴ Fr∴ Incógnitus EXORTAÇÃO AO MATRIMÓNIO SUPERIOR

"... a obra de cada um seja, o fogo a provará" (Coríntios 3: 13). Como os dois serão uma só carne..." ...Os maridos devem amar as suas mulheres como aos seus próprios corpos" (Efésios 5: 28). "Vós, maridos, igualmente, vivei com elas sabiamente, dando honra à mulher como ao vaso mais frágil, e como co-herdeiras da graça divina, para que as vossas orações não tenham estorvo" (1ª Pedro 3: 7). "Honroso seja em todos o matrimónio, e o leito sem mácula..." (Hebreus 13: 4). "O que encontra esposa encontra o bem, e alcança a benevolência de Deus" (Provérbios 18: 22). "Bebe a água da tua própria cisterna e a riqueza do teu próprio poço. Derramarse-ão as tuas fontes pelas ruas, e as tuas correntes de águas pelas cidades? Sejam para ti só e não para o que te é estranho. Seja bendito o teu manancial e alegra-te com a mulher da tua juventude, como prenda amada e graciosa doçura. Que as suas carícias te satisfaçam a todo o tempo, e no seu amor te recries" (Provérbios 5: 15-19) A citação anterior, maravilhosa e simbólica, contém a chave da sexualidade superior e um dos mais importantes segredos da Alquimia da matéria (porque os modernos conceitos de “alquimia espiritual” são o produto da ignorância dos falsos iniciados, que assim justificam o seu desconhecimento da Ciência Sagrada). E para um maior esclarecimento deste aspecto da Arte, nada melhor do que a observação seguinte: Por que seria que quando a samaritana pediu a Jesus a água da vida eterna, Ele lhe respondeu:, “vê, e chama o teu marido”?

Depois de ler as inscrições, aproximei-me da vasilha e nela me lavei, começando pelas mãos e terminando com um mergulho. Ali fiquei três dias. Ao sair da água, percebi que ela perdera a sua transparência: a areia ficou acinzentada e no líquido agitavam-se partículas cor de ferrugem. Quis enxugar-me com o véu de linho, mas novas gotas de água substituíam, sem cessar, aquelas que o linho enxugava. Desisti de me enxugar com o véu. Coloquei-me na sombra e fiquei imóvel durante seis dias. Ao final deste tempo, a fonte das águas secou. Encontrei-me seco e mais lépido, parecendo-me que as minhas forças aumentaram. Depois de passear algum tempo, voltei à vasilha. A água que ela continha desaparecera, havendo no seu lugar um licor rosado e estando a areia cinzenta-metálica. Banhei-me novamente nela, tendo no entanto o cuidado de não ficar ali mais do que alguns instantes. Ao retirarme, notei que o meu corpo absorvera uma parte do líquido. Mas desta vez não tentei secar no linho o licor que me impregnava, porque ele o destruiria num instante, de tão forte e corrosivo que era. Fui ao outro extremo da galeria e deitei-me num leito de areia quente. Passei ali sete dias. Finalizado este tempo, voltei à vasilha. Vi que a água estava semelhante à primeira. Mergulhei nela, lavei-me com cuidado e saí Desta vez consegui enxugar-me sem dificuldade. Enfim, depois de me ter purificado, de acordo com as instruções recebidos, dicidi sair desta galeria, onde me detive por 16 dias. (continua)

(continua) FR∴ INCÓGNITUS 8

Athanor – Boletim Esotérico Mensal – Edição n.º 17 – Julho de 2007

Saúde HOMEOPATIA (1) Coordenação do R∴Ir∴João Guimarães

Entrar no maravilhoso mundo da Homeopatia é entrar definitivamente no estudo do ser humano, da sua parte tangível e do seu verdadeiro espírito; é ir mais além do que podem captar os nossos sentidos; é, enfim, poder ver o inatingível, a própria raiz do homem, e como no seu equilíbrio ou desequilíbrio se individualizou para ser único, não repetitivo, como uma obra de arte que devemos admirar. Temos a grande fortuna de estudar o legado dos grandes filósofos, de voltar às nossas origens, de raciocinar para lá da nossa própria capacidade, de redescobrir os conhecimentos dos terapeutas de outros tempos e de podermos participar da história desta ciência, à qual continuamos a chamar HOMEOPATIA. Homeopatia é uma palavra de origem grega que significa doença ou sofrimento semelhante. Não seria de todo correcto dizer-se que a Homeopatia é “A Medicina”, mas asseveramos com a mais justa das razões que é “A Rainha das Medicinas”. Como nenhuma outra, observa o «indivíduo» de forma unitária e integral (holística), em vez de o dividir numa infinidade de partes. Não efectuando apreciações fragmentadas ou microscópicas, conducentes a diagnósticos relativos, parciais e locais, obriga o terapeuta a um estudo cabal – completo, integral e absoluto do seu paciente – e não de um mero órgão, que supostamente representaria a enfermidade (como se fosse possível a existência de um órgão doente numa pessoa saudável). A sua aplicação não é fácil, uma vez que obriga ao estudo da individualidade global do paciente e à escolha do medicamento único – o único adequado –, cuja patogenesia preencha a maioria ou a totalidade dos sintomas. Isto conduz a uma investigação exaustiva e à aplicação da única doutrina que nos pode ajudar a seguir o caminho correcto.

Seguindo as suas adequadas leis poderemos ajudar da melhor forma o ser humano enfermo e acompanhá-lo até que ele próprio encontre o seu caminho da cura (uma tarefa individual onde ninguém pode intervir senão o próprio). A verdadeira Arte de Curar não se atinge com facilidade, mas a perseverança faz com que as nossas capacidades alcancem limites insuspeitos. Se no princípio não logramos os objectivos a que nos propusemos, não devemos deixarnos vencer pela ignorância: O caminho da Homeopatia pode estar repleto de obstáculos, mas é das maiores satisfações possíveis de imaginar, ver a transformação de enfermos crónicos em pessoas saudáveis, conseguindo superar os seus desequilíbrios e alcançando a saúde, de uma forma suave, rápida e permanente. Para os médicos formados nas Faculdades de medicina alopática, é muito difícil “à priori” aceitar ou entender os inúmeros vocábulos e a terminologia própria da Homeopatia; mais ainda entender a forma como avaliamos o estado de saúde do paciente; e quase impossível compreender o método curativo desta disciplina. Para nós, interessa “Curar enfermos e não enfermidades”, pouco nos importando o órgão doente, mas apenas o paciente; interessa-nos também não aceitar dogmas preestabelecidos nem postulados definitivos. Só assim poderemos permanecer com a mente aberta e usar da razão sã, para aceitar, compreender e utilizar os meios de tratamento mais adequados à realidade de cada paciente.

Samuel Hahnemann, foi o “redescobridor” da Homeopatia, no século 18. Efectuou milhares de experiencias, muitas das quais nele próprio, e ampliou de uma forma extraordinária a matéria médica homeopática. Com toda a justiça, é considerado o “Pai da Homeopatia”..

JOÃO GUIMARÃES 9

Athanor – Boletim Esotérico Mensal – Edição n.º 17 – Julho de 2007

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Sabedoria

Hebbel

PALAVRAS SÁBIAS Recolha do R∴Ir∴Teixeira Cabral

________________________ Abel Bonnard

“Os verdadeiros amigos são os solitários juntos.” ________________________

“Há velas que iluminam tudo, menos o seu próprio candelabro.” “A alegria torna o homem sociável; a dor individualiza-o.” “O facto das dores se revezarem torna a vida suportável.” ________________________ Kahlil Gibran

“Numa só semente de trigo há mais vida do que num montão de feno.” “A tartaruga conhece a estrada melhor do que o coelho.” ________________________

Albert Eyler (antigo Gr∴M∴ da Pensylvania)

“A maior necessidade do mundo é de Homens: Homens que não possam ser comprados, nem vendidos; Homens honestos no mais íntimo dos seus corações; Homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome; Homens cuja consciência seja tão fiel ao dever como a agulha magnética ao pólo; Homens que fiquem com o direito embora o céu caia. E o objectivo de uma Loja Maçónica é criar tais Homens...” ________________________ Aristóteles

“É ignorância não saber distinguir entre o que necessita demonstração e o que não a necessita.” ________________________ Dag Hammarkskjod

“A amizade não precisa de palavras – é a solidão sem a angústia da solidão.” “A única dignidade realmente autêntica é a que não diminui ante a indiferença dos outros.” ________________________ Eça de Queiroz

Jacinto Benavente y Martinez

“A disciplina consiste num imbecil que se faz obedecer por outros, mais inteligentes do que ele.” “Essa história de que o dinheiro não dá felicidade é um boato espalhado pelos ricos para que os pobres não tenham muita inveja deles.” “O dinheiro não pode fazer com que sejamos felizes; mas é a única coisa que nos compensa do facto de não o sermos.” “Diante de qualquer desgraça que nos aflige, sempre nos admiramos por sofrer menos do que, na nossa opinião, deveríamos ter sofrido.” ________________________ La Bruyère

“O sábio não permite que o governem, nem tampouco pretende governar os outros; o que quer apenas é que a razão governe sozinha e sempre.” “O homem sensato evita às vezes o mundo, com medo de se aborrecer.” ________________________ La Rochefoucauld

“Quem sem descanso apregoa a sua virtude, a si próprio se sugestiona virtuosamente e acaba por ser às vezes virtuoso.” ________________________ Ernesto Che Guevara

“Poderão morrer as pessoas, mas nunca as suas ideias.” “Prefiro morrer de pé, do que viver ajoelhado.” “Todos os dias as pessoas ajeitam o cabelo. Por que não o coração?” ________________________

“Se nós não tivéssemos defeitos, não teríamos tanto prazer em notá-los nos outros" ________________________ Machado de Assis

A vida é cheia de obrigações que a gente cumpre, por mais vontade que tenha de as infringir deslavadamente.” “Não te irrites se te pagarem mal um benefício; antes cair das nuvens que de um terceiro andar.” “Há coisas que melhor se dizem calando.” “Para as rosas, escreveu alguém, o jardineiro é eterno.” ________________________ Marco Túlio Cícero

Harry Truman

“A liderança é a capacidade de conseguir que as pessoas façam o que não querem fazer e gostem de o fazer.” 10

“Haverá coisa mais grandiosa do que teres alguém com quem te atrevas a falar como contigo mesmo ?"

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________________________ Ugo Foscolo

Octave Mirbeau

“Os que se calam dizem mais coisas do que aqueles que estão sempre a falar.” ________________________

Pablo Neruda

“A verdade é que não há verdade.” ________________________ Quintiliano

“A consciência vale por mil testemunhas.” “Antes perder a vida do que a esperança.” “Quando não se tem talento, diz-se tudo. O homem de talento escolhe e contém-se.” “Os que querem parecer sábios entre os tolos, acabam por parecer tolos entre os sábios.” ________________________ Rabindranath Tagore

“Onde o espírito não teme, a fronte não se curva.” “Há triunfos que só se obtêm pelo preço da alma, mas a alma é mais preciosa que qualquer triunfo.” “Nem por crescer em poder chegará o falso a ser verdadeiro.” “É tão fácil esmagar, em nome da liberdade exterior, a liberdade interior.” “A noite abre as flores em segredo e deixa que o dia receba os agradecimentos.” ________________________ Tácito

“Os chefes são líderes mais através do exemplo do que através do poder.” “Tudo o que não se conhece é tido por magnífico.” “A sinceridade e a generosidade se não forem temperadas com moderação conduzem infalivelmente à ruína.” “A aspiração à glória é a última da qual se conseguem libertar até mesmo os homens mais sábios.” “Os aduladores são a pior espécie de inimigos.” “Para aquele que aspira ao poder não há meio caminho.” ________________________

“Chamamos pomposamente virtude a todas aquelas acções que favorecem a segurança de quem comanda e o medo de quem serve.” “Se os homens conduzissem sempre a morte ao seu lado, não serviriam de maneira tão vil.” “Nunca serei juiz. Neste grande vale onde a espécie humana nasce, vive, morre, reproduz-se, cansa-se, e depois volta a morrer, sem saber como nem porquê; distingo apenas felizardos e desventurados.” “Os governos impõem a justiça, mas poderiam impô-la se não a tivessem primeiro violado para fundar o seu reino?.” “O homem de bem, no meio de malvados, resvala sempre; e nós estamos acostumados a associar-nos ao mais forte, a pisar em quem está no chão e a julgar segundo as circunstâncias.” ________________________ Ugo Ojetti

“Se queres ofender um adversário, elogia-o em voz alta pelas qualidades que não tem.” “Fala bem do teu inimigo apenas quando tiveres a certeza de que irão repeti-lo.” “Duvidar de si mesmo é o primeiro sinal da inteligência.” ________________________ Valéry Larbaud

“O que a estupidez tem de terrível é poder assemelhar-se à mais profunda das sabedorias.” “A arte é ainda a única forma suportável da vida; é o maior prazer, e o que se esgota menos depressa.” ________________________

Tales de Mileto

“Muita conversa não indica necessariamente muita sabedoria.” 11

Xenófanes

“Não é justo usar a força contra a sabedoria.” ________________________ Yeda Prates Bernis

“Neblina sobre o rio, poeira de água sobre água.” “Pássaros em silêncio. Nocturna chave tranca o dia.” ________________________ TEIXEIRA CABRAL

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