Athanor Nesta Edição: Editorial O Cristianismo e o Amor Pelo R∴Ir∴ Julião Serapiga
Curiosidades: As Sombras de Fernando Pessoa Pelo R∴Ir∴ Jeremias Serapião
11 de Setembro Pelo R∴Ir∴ Ulisses
A Pedra Angular da Creação Divina… (3): “Que o homem não separe o que Deus uniu” Pelo R∴Ir∴ “Fr∴ Incógnitus”
Dicionário da Maçonaria: ”A” Pelo R∴Ir∴ Jeremias Serapião
Período de Influência dos
Deuses Egípcios: Maat Pelo R∴Ir∴ Gervásio Sequeira
Os Chakras e as Suas Energias (1): Introdução Pelo R∴Ir∴ Anonimous Secretus
Efemérides Maçónicas: Setembro Pelo R∴Ir∴ José Melo Brás
Da Mente Individual à Egrégora da Ordem (4): O Companheirismo Pelo R∴Ir∴ Joaquim Barão
Aceitamos Colaboração para o Boletim Athanor
do V Império Boletim N.º 7 Setembro de 2006
O “Athanor” do Quinto Império – Boletim Mensal de Temática Esotérica – Ed. n.º 7 – Setembro de 2006
O Cristianismo e o Amor(*) Pelo R∴Ir∴ Julião Serapiga
Editorial Graças a todos, colaboradores e leitores, chegámos ao 7º mês de publicação. Em cada novo número, temos como principal preocupação melhorar o Athanor, embora seja evidente que, quanto a este aspecto, a nossa opinião corra sempre o risco de não ser isenta. O essencial, pensamos nós, é não nos desviarmos dos objectivos de permanente superação (tanto no que respeita ao Athanor como aos outros aspectos da nossa vida). Modéstia à parte, acreditamos ter preenchido uma lacuna no panorama esotérico português, apesar deste simples ficheiro digital se destinar a um reduzido número de pessoas, a quem foi dado a conhecer. Renovamos os agradecimentos aos leitores e aos colaboradores, tendo em conta que o nosso projecto superou todas as expectativas. Não seríamos capazes de imaginar que esta simples e despretensiosa publicação pudesse suscitar tanto interesse e dar origem a um tão grande volume de correspondência.
Desejamos a Todos as Maiores Felicidades
TT∴AA∴FF∴
O mundo está cheio de ideias falsas, de preconceitos. O modo como a informação nos chega leva-nos a acreditar que os muçulmanos são fundamentalistas violentos e que os budistas são, por norma, pacifistas. Pensamos frequentemente que o monoteísmo é fanático, enquanto que o politeísmo é tolerante. Nada mais ilusório. O politeísmo romano martirizou os cristãos, o hinduísmo tem os seus furiosos perseguidores de cristãos e muçulmanos e o xintoísmo criou os kamikazes. O zen formou os soldados do imperialismo nipónico e o budismo os monges guerreiros tibetanos (os famosos bop-bop). Os judeus tiveram os seus zelotas, os cristãos as cruzadas e os muçulmanos a sua Jihad. Nenhuma religião é por natureza violenta ou não violenta. As religiões buscam a perfeição através de homens imperfeitos. Perante tão complexo contexto, faz sentido retomar a pergunta de Pilatos no processo de Jesus: “O que é a verdade?” (S. João 18,38). S. Paulo dizia aos Coríntios “Se me faltar o amor, não sou nada”. Estas palavras, que por certo todos nós já escutámos em diversas cerimónias de casamento, foram proferidas numa cidade dedicada a Afrodite onde as profissionais do amor eram em número considerável, o que poderá causar alguma perplexidade aos leitores (ou ouvintes) menos avisados. Só que, referindo-se ao amor, o apóstolo pretenderia evocar a caridade, uma das três virtudes teológicas, não sendo sua intenção atribuir-lhe o seu actual significado, que só veio à luz por deficiente tradução. Este amor tem um nome grego “agape”, designando a refeição convivial e caridosa dos primeiros cristãos (para a qual os pobres eram graciosamente convidados1), a qual posteriormente se transformou em banquete fraternal como o comprovam, por exemplo, os convívios entre maçons e os encontros de antigos combatentes. Os ágapes são os prazeres da boa mesa e não os da carne, sendo o Evangelho considerado por alguns ”um livro onde se come a toda a hora”, mas onde não se referem actos sexuais, ao invés do Antigo Testamento onde estes são frequentes. Contam-se setenta boas refeições no Novo Testamento e seiscentos actos carnais na Bíblia. 2
O “Athanor” do Quinto Império – Boletim Mensal de Temática Esotérica – Ed. n.º 7 – Setembro de 2006
O amor é pouco mencionado nos três primeiros evangelhos (sinópticos) e não figura nem uma única vez em S. Marcos. Está presente com alguma frequência em S. João e, sobretudo, em S. Paulo. Sob a forma de nome (agape), verbo (agapan) ou de adjectivo (agapetos), aparece trezentas e vinte vezes no Novo Testamento. Pode então afirmar-se que o Cristianismo é a religião do amor (agape) mas não a da amizade
(philia), palavra que aparece uma única vez no Novo Testamento. De igual modo, o Cristianismo não é de forma alguma a religião do desejo amoroso (eros), palavra que está ausente do Novo Testamento e que tem sido ao longo dos tempos fortemente censurada e reprimida pela moral cristã, bem como o respectivo conceito e prática (refira-se que esta problemática não existe para os judeus, dado que na Bíblia hebraica a palavra ahava exprime o sentido
de eros e de agape, significando o amor do homem pela mulher e o amor de Deus pelo homem). Diz-se, então, que o Amor torna as mulheres mais bonitas. Não importa em que concepção, poderá ele tornar o mundo melhor? Esperemos que sim. Julião Serapiga (*) Adaptação de um texto de Odon Vallet. (1) Chamamos a atenção para as semelhanças com as festas do Espírito Santo.
Curiosidades
As Sombras de Fernando Pessoa Pelo R∴Ir∴ Jeremias Serapião
De acordo com Teresa Rita Lopes, professora catedrática da Universidade Nova de Lisboa, foram 72 os pseudónimos que povoaram o universo misterioso e fascinante de Fernando Pessoa, incluindo os 3 heterónimos assim designados pelo próprio poeta: A. Crosse, Abílio Quaresma, Accursio Urbano, Adolph Moscow, A. Francisco de Paula Angard, Alberto Caeiro*, Alexander Search,
Alkfred Wyatt, Álvaro de Campos*, António de Seabra, António Gomes, António Mora, Barão de Teive, Bernardo Soares**, Carlos Otto, Cecília, Charles James Search, Charles Robert Anon, Claude Pasteur, Coelho Pacheco, David Merrick, Diabo Azul, Diniz da Silva, Dr. Caloiro, Dr. Gaudêncio Nabos, Dr. Pancrácio, Eduardo Lança, Efbeedee Pasha, Faustino Antunes, Frederick Wyatt, Zfrederico Reis, Gabriel Keene, Gallião Pequeno, Gervásio Guedes, Gomes Pipa, Henry Moore, Herr Prosit, Horace James Faber, Ibis, I. I. Crosse, Jean Seul de Mélurer, J. M. Hyslop, João Craveiro, Joaquim Moura Costa, José Rasteiro, José Rodrigues 3
do Valle (Scício), Lucas Merrick, Luis António Congo, Maria José, Marvell Kisch, Miguel Otto, Morris & Theodor, Navas, Nynpha Negra, Pantaleão, Parry, Pedro da Silva Salles (Pad Zé), Pero Botelho, Pip, Professor Trochee, Rafael Baldaya, Rev. Walter Wyatt, Ricardo Reis*, Sableton-Kay, Sher Henay, Tagus, Thomas Crosse, Torquato Mendes Fonseca da Cunha Rey, Vadooisf (?), Vicente Guedes, Wardour, Willyam Links Esk. * Heterónimos. ** Alguns estudiosos da obra de Pessoa consideram ser também um heterónimo.
Jeremias Serapião
O “Athanor” do Quinto Império – Boletim Mensal de Temática Esotérica – Ed. n.º 7 – Setembro de 2006
11 de Setembro Pelo R∴Ir∴Ulisses
Os maus pastores são a ruína dos rebanhos. Homero – Pensador Grego (850 A. C.) Passaram no dia 11 de Setembro, cinco anos sobre o atentado terrorista perpetrado contra as Torres Gémeas, em Nova Iorque. Fui um dos que, atónitos, presenciaram a transmissão em directo daquilo que as televisões começaram por noticiar como um acidente de aviação, depois corrigido para atentado terrorista. Tudo aquilo que aconteceu de seguida, não existirá ninguém que desconheça: tal o impacto mediático e as consequências políticas, económicas e sociais que advieram do atentado. Pela primeira vez muitos de nós (considero-me incluído) ouvimos falar de um tal Osama bin Laden e da sua organização Al-Qaeda. Com o tempo começou a vir ao de cima a verdadeira identidade do personagem e hoje sabe-se que o saudita bin Laden, foi um dos combatente que foi armado pela CIA para, durante a guerra fria, combater as tropas da antiga URSS que invadiram o Afeganistão. Tornou-se, posteriormente, chefe da Al-Qaeda, organização islâmica que tem como principal objectivo a eliminação de toda e qualquer influência de países estrangeiros nas nações islâmicas. Conclui-se, pois, que as autoridades americanas o conheciam bem... O certo é que todos nos espantámos como os EUA, a primeira potência mundial (única?) e com o sistema de informações mais completo que se conhece, não foram capazes de prevenir aquele acto de autentica barbárie que a todos horrorizou (e horroriza de cada vez que revemos as suas imagens). Desde logo o povo americano ganhou um enorme capital de simpatia, entretanto malbaratado pelo seu presidente quando, reagindo à ameaça sempre presente do terrorismo, conduziu o país, e o mundo ocidental, para intervenções militares no exterior (Afeganistão, Iraque), intervenções que perduram com as consequências que sabemos. Os custos de tais intervenções (em termos humanos, económicos e sociais) são conhecidos e, nem por isso, estamos hoje num mundo mais seguro do que então. O 11 de Setembro e tudo o que se lhe seguiu, na opinião de alguns confirma aquilo a que Samuel Huntington chamou de “choque de civilizações” (título da sua obra datada de 1996), segundo o qual a conflitualidade existente acaba por ser explicada através dos antagonismos civilizacional (usos e costumes) e religioso. Esta concepção, redutora, acaba por esquecer os interesses políticos e económicos, mais ou menos legítimos dos actores em presença, nomeadamente os que se ligam à geografia dos recursos naturais que, reconheçamos, não são de todo desprezáveis no contexto e nos cenários em que se desenvolveram os acontecimentos do 11 de Setembro e posteriores.
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Acontece que, como prevenção, cada vez mais os governos dos países ocidentais difundem na opinião pública a ideia de que não será possível os cidadãos continuarem a usufruir das liberdades democráticas (direito à privacidade e movimentação, liberdade de expressão, etc), tendo em conta as ameaça terrorista que sempre se perspectiva no horizonte. Dito de outra forma, cada vez mais a liberdade e a segurança nos são apresentadas pelas autoridades como bens sucedâneos, em que para termos uma, teremos de prescindir da outra. E logo a restrição de algumas das liberdades individuais, características das sociedades ocidentais, acabam por ser postas em causa em nome de uma sociedade securitária. Ora, o que os cidadãos esclarecidos nas sociedades democráticas devem exigir, não é que em nome da segurança se restrinjam as suas liberdades. A segurança e a liberdade têm de ser vistas não como bens substitutos mas, isso sim, como bens complementares: o que eu exijo enquanto cidadão, é mais liberdade com mais segurança. Pode não ser fácil mas, por alguma razão, vivemos numa sociedade democrática e pagamos os nossos impostos. Ao contrário, repare-se como se esboçam restrições à liberdade, ao mesmo tempo que recrudesce a insegurança... Entretanto, parece evidente que as relações internacionais (económicas e outras) têm de evoluir para relações que os cidadãos do mundo percepcionem como mais justas. Isto porque, já lá dizia o pensador romano Cícero (188 a.C.): onde mora a justiça, obedecer é ser livre. Ulisses Postulou Samuel P. Huntington nesta obra de 1996 que são as várias identidades culturais do mundo que modelam as coesões, as desintegrações e os conflitos numa nova ordem pós Guerra-fria. Enfim, explicar a conflitualidade através da civilizacionalidade/religiosidade é atirar areia para os olhos dos leitores, secundarizando os interesses, mais ou menos legítimos, dos actores internacionais, em função de antagonismos nas concepções de Deus, nos usos e costumes. No entanto, apesar deste reducionismo, que esquece a geografia dos recursos naturais ou quaisquer outras variáveis que possam conduzir á conflitualidade, é uma obra obrigatória e ainda hoje muito discutida pela sua coerência argumentativa e pela sua actualidade geral nos meios académicos e entre os interessados por Relações Internacionais.
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A P edra A ngular da C reação D ivina e a A ssunção da M atéria V irgem (Parte 3)
Que o Homem não Separe o que Deus Uniu Pelo R∴Ir∴ “Fr∴ Incógnitus”
Esta frase, que dá título a este texto, deve ser apresentada ao investigador céptico, para que a reavalie num contexto mais amplo. Admitindo, na sequência do texto anterior, que a “solidão sexual” do homem ou da mulher, na vida monástica, pode ser encarada como uma forma de “abuso sexual”, questionamos também a “eficácia” do celibato para uma “juventude sã”, óptima para gerar uma “rica colheita” nos “campos do Senhor”. Procuramos compreender este delicado assunto sem afrontar as castas sacerdotais e os grupos religiosos que fundamentam a sua conduta no celibato. Para isso, procuramos esclarecimentos nos ensinamentos da tradição ocidental: 1. O sacerdócio cristão foi sempre exercido dentro do matrimónio, de acordo com a sagrada tradição do cristianismo primitivo (o autêntico). Entre nós, num passado mais ou menos recente, tem-se comentado o facto de muitos bondosos clérigos do povo terem sigilosamente constituído família e deixado filhos; é certamente preferível aceitar isto como mais natural do que outros desvios do tipo homosexual/ /pedófilo, de onde saem prejudicadas, em geral, as crianças.
Segundo o Antigo Testamento, o povo de Israel tinha uma lei, dada por Jeová, indicando que os sacerdotes deviam tomar esposa (ser casados) para poder exercer a sua missão ministerial: - Levítico: cap. 21, vers. 1, 10, 13 - “Deus disse a Moisés: Fala aos sacerdotes... o sumo sacerdote... tomará por esposa uma mulher virgem”. - 1ª Timóteo: cap. 3, vers. 1, 2, 4, 5, 12 – “Palavra fiel: se algum deseja o bispado, boa obra deseja. Mas é necessário que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher... que governe bem a sua casa, que tenha filho familiarizado com a honestidade... Os diáconos serão maridos de uma só mulher, e que governe bem os seus filhos e as suas casas”. Os apóstolos foram casados e não celibatários: a) Pedro tinha sogra; logo, era casado: “Veio Jesus a casa de Pedro, e viu a sogra deste prostrada na cama, com febre. (Mateus: 8:14). b) Filipe tinha filhas; logo, era casado: “Então Filipe ... ensinava-lhes sobre Cristo ... anunciava o evangelho em todas as cidades ... Este tinha quatro filhas donzelas que profetizavam”. (Actos: 8: 5, 40 e 21: 9). 6
c) Paulo defende o directo que tem, sendo apóstolo, de ser casado, como os outros apóstolos são: “Não temos direito de trazer connosco uma irmã por mulher (por esposa) como os outros apóstolos, e os irmãos do Senhor…? (1ª Coríntios 9: 5). d) Os apóstolos perseveram na oração e rogo com as suas esposas: “... Todos estes perseveravam unânimes na oração e rogo, com as mulheres, e com Maria a mãe de Jesus, e com os seus irmãos”. (Actos: 1: 14). Em nome da verdade, ainda que possa ser duro, o celibato é uma apostasia ao verdadeiro cristianismo, como se pode deduzir do que vimos anteriormente e confirmado por outras citações. e) “Mas o Espírito diz claramente que nos tempos passados alguns apostataram da fé ... pela hipocrisia e mentira; tendo cauterizada a consciência, proibiram o casamento...” (1ª Timóteo 4: 1, 2, 3). “Mas para o Senhor, nem o varão é sem a mulher, nem a mulher sem o varão”. (1ª Coríntios 11: 11). Nota: Ainda que se possa ser celibatário por convicção pessoal ou por obediência a alguma instituição religiosa, deve esclarecer-se que o celibato religioso nasceu institucionalmente em
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consequência de uma lei clerical imposta ao clero pelo Papa Sirício, que governou a Igreja Católica entre os anos 384 e 399 depois de Cristo (Ver: “Orientações bíblicas”, Edições Pastorais N.º, 1, p. 45). Com isto fica claro que o celibato não é uma continuação legítima da tradição do autêntico cristianismo primogénito (filho do serviço desinteressado e compreensivo do Cristo em Jesus, com os seus apóstolos e discípulos). Trata-se, pois, de uma modificação arbitrária, que atraiçoa essa tradição de profunda religiosidade matrimonial (Ver 1ª Timóteo: 4: 1, 2, 3). Foi uma lei autoritária, imposta por um indivíduo com um cargo importante na aparente direcção espiritual daquela época, que abusou do seu poder material e temporal, ao instaurar um regime de castração funcional nos clérigos. Isto nunca foi costume na comunidade cristã autêntica (com obediência aos ensinamentos cristãos por excelência). Esta imposição foi o pior erro na história da “igreja”, uma vez que o sacramento matrimonial é um dever de todos os seguidores de Cristo e mais ainda dos seus apóstolos, como está demonstrado. Paradoxalmente, o “sagrado Concílio Ecuménico Vaticano II", no Decreto Presbyterorum Ordinis N.º 16, indica o seguinte: “A virgindade (celibato) não é exigida pela própria natureza do sacerdócio, como se vê na prática da Igreja Primogénita e na tradição das Igrejas Orientais”. A seguinte citação, encaixa em todos os aspectos, e de forma relativamente explícita, nas ideias expostas: "... O bom será o homem não tocar mulher, mas por causa das tentações que cada um tenha a
sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido." Então, quem separou o que Deus uniu? Vejamos: “E disse Deus: Não é bom que o homem esteja só; dar-lhe-ei ajuda idónea”.... "Portanto, deixará o homem o seu pai e a sua mãe e se unirá à sua mulher, e serão uma só carne”. (Génesis 2: 18 e 24). “(Disse Jesus aos fariseus) Ele, respondendo, disse-lhes: Não haveis lido que O que os fez no principio, varão e fêmea, e vos disse: Por isto o homem deixará pai e mãe, e unir-se-á a sua mulher, e os dois serão uma só carne, não sendo já dois, mas uma só carne; portanto, o que Deus juntou não o separe o homem”. (Mateus: 19: 4, 5, 6). Porque se obstinarão os que não seguem as claras recomendações, sendo sacerdotes e não tendo mulher, em interpretar este texto?
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O facto é que com ele se sentem com autoridade para unir casais num rito que já não podem cancelar (justificando isso com esta citação, que em nenhum aspecto dá indícios de autorizar o vínculo inseparável). Dever-se-á isto a mais do que a influências superiores, com poderosos interesses temporais? Um sacerdote “puro e virgem” terá argumentos práticos que demonstrem, “ao casal inseparável”, razões sensatas para manter uma situação de incompatibilidade e sofrimento, quando não teve formação matrimonial? Como pode servir de modelo credível para explicar a forma de reabilitar as relações conjugais dos outros depois de um fracasso? Como pode, quem se crê afim com a Mente Divina, julgar-se detentor do poder para decidir que Deus uniu um casal incompatível? O pensador tibetano D.K. (já citado no artigo anterior) afirma que os ensinamentos teológicos cristãos iniciaram uma guerra cruel e muito ilógica contra o sexo e as suas implicações, destacando nisto o celibato militante (militante no que concerne à mulher, aos seus direitos e à sua natureza), que considera a relação sexual como um dos principais males do mundo e dá ênfase à natureza inviolável do vínculo matrimonial quando sancionado pela igreja” (Ver “Tratado sobre os 7 Raios”, de Alice A. Bailey, p. 165). Este erro clerical, da imposição do celibato, revela que, aos mais capacitados para orientar o agregado humano, que deveriam dar provas de experiência e êxito conjugal e familiar, impõe-selhes a SEPARAÇÃO, pelo homem, do que Deus uniu. O próprio Paulo, em Efésios: 5: 31, 32, diz: “Grande é este mistério”,
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ao referir-se à união do homem e da mulher. O verdadeiro sacerdócio pode começar com um sábio controlo da função animal, na via monogâmica, dentro da união homem-mulher, constituindo-a em autêntica “castidade”, que integra Deus, como um Fogo purificador, consumidor das imperfeições da personalidade. Com isto realizam-se as BODAS DA ALMA, superando um enfermiço ideal
místico. Pode-se amar o cônjuge no realismo psicofisiológico da união transpessoal. Claro que é conveniente entender que não se trata de chegar ao desespero para casar, a qualquer custo, uma vez que o verdadeiro vínculo matrimonial requer afinidade de ideais, sentimentos e propósitos comuns. Por isso também se enganam os que crêem que só com a união conjugal (frequentemente idealista, com a ilusão das
“almas gémeas”) se obtém a auto-realização. Sem dúvida que a chave reside aqui.
Dicionário da Maçonaria Pelo R∴Ir∴ Jeremias Serapião
Um dicionário é, por definição, um inventário realizado num dado momento, não podendo considerar-se jamais como exaustivo, já que é o reflexo passageiro de um conjunto de dados em crescimento, sujeito a um enriquecimento permanente. Para os maçons, o que adiante se descreverá não constitui novidade, porquanto a maioria dos elementos disponibilizados são ferramentas sobejamente conhecidas dos trabalhos em loja. Para os não maçons, estes textos serão por certo de utilidade para uma melhor compreensão do que é a maçonaria, clarificando alguns aspectos dos seus fundamentos e práticas, sem que tal constitua uma traição ao segredo maçónico. Jeremias Serapião
A Abreviatura. No universo da Maçonaria, a abreviatura consiste em escrever apenas parte de uma palavra – uma ou mais letras – seguidas imediatamente de três pontos em triângulo. A abreviatura constitui na maçonaria uma forma de linguagem entre irmãos iniciados. È a marca de pertença a uma confraria de pensamento. As abreviaturas são correntemente utilizadas na correspondência e nos diversos relatórios escritos no seio da hierarquia maçónica. A abreviatura pode revestir-se de duas formas distintas: A palavra resume-se numa única letra - I∴ para Irmão, T∴A∴F∴ para Tríplice Abraço Fraternal; G∴A∴D∴U∴ para Grande Arquitecto do Universo. Nestes casos o plural faz-se dobrando as iniciais (II∴ para Irmãos; RR∴LL∴ para Respeitáveis Lojas).
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Se existir risco de confusão emprega-se a última sílaba em vez de uma só letra Comp∴ para Companheiro; Sec∴ para Secretário. Abrigo. A fórmula “estar ao abrigo” é sinónimo de “estar a coberto”, que está ligado à noção de protecção e à guarda do Templo (ver COBRIR O TEMPLO e GUARDAR O TEMPLO). Absoluto. Palavra aparecida em 1080 a partir do latim absolutus, que significa conseguido, perfeito, de absolvere, que quer dizer absolvido. A procura do absoluto é a base de toda a pesquisa espiritual do homem. Na sua dimensão mais religiosa é igualmente a da Maçonaria. Construir o Templo de Salomão é, simbolicamente, construir o Homem e, assim, redefinir o Universo, na pesquisa do saber integral, logo, do Absoluto. (continua no próximo boletim)
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P eríodo A nual de I nfluência T errena dos D euses E gípcios
Deusa Maat
OS-CHAKRAs- E-as-SUaS-ENERgias (Parte 1) Introdução ao Estudo dos Chakras Pelo R∴Ir∴Anonimous Secretos
Pelo R∴Ir∴ Gervásio Sequeira
Preparámos este artigo originalmente em língua espanhola, o qual se encontra publicado. Pedimos desculpa pela eventualidade de surgir alguma palavra em espanhol, resultante da possível falta de atenção durante a tradução.
Maat, a Filha de Rá, intervem mais activamente nos assuntos terrenos durante o período compreendido entre 16 de Setembro e 15 de Outubro. Ela é a Deusa da Verdade e da Justiça. As suas qualidades de grande instauradora da ordem, por oposição ao caos primordial, fazem-na ocupar um lugar de destaque no mundo dos deuses. Sem a sua intervenção, a Terra, com todos os seres que a habitam, afundar-se-ia no caos. Os que nascem neste período são seus protegidos e possuem algumas das suas características, como sejam a capacidade de observação, o senso de justiça, a habilidade de fomentar a harmonia à sua volta, o temperamento simpático, afabilidade e sensibilidade estética. Com o melhor uso destas qualidade, podem chegar a ser famosos e muito amados por todos. Quando estas qualidades não são aproveitadas da melhor forma, estas pessoas tornam-se hesitantes nas suas escolhas e dependem muito da opinião dos outros, o que lhes pode comprometer seriamente o sucesso.
“Chakra” significa “roda”. É um termo sânscrito – a língua utilizada nos Vedas. Segundo a antiga tradição, há 74 chakras nos seres humanos. São ligações, como soldaduras, entre o envoltório físico e os corpos superiores. Entre os chakras há também conexões, chamadas “nadis”, que permitem a circulação das suas energias. Em situações de maximização energética dos chakras – estados de grande aperfeiçoamento humano –, ocorre a circulação simultânea de energias entre todos estes centros. Trata-se de um manancial energético de grande pureza, que se liberta da base da coluna vertebral e ascende através de todos os chakras, fixando-se no alto da cabeça. A luminosidade representada nas imagens dos santos corresponde ao estado a que nos referimos, e esta energia é designada por “Kundalini”, a qual, alegoricamente, se representa como uma serpente, pelo facto de se mover em forma de rosca. Na realidade, a luminosidade destas pessoas irradia-se de todo o corpo, na forma de aura, mas a maior proeminência da luz está concentrada e é mais visível na cabeça (as roupas também encobrem a luz corporal). A circulação da energia entre os chakras efectua-se nos dois sentidos, ascendente e descendente, através dos “nadis”. As subidas e decidas em espiral são designadas respectivamente por “ida” e “pingala” (as duas serpentes enroscadas, representadas no caduceo de Hermes). Através de “Sushumna” (representado pelo bastão), a energía ascende directamente até ao último chakra. Não é “por acaso” que este símbolo é cumum à medicina e às ciências herméticas.
“Saber”; é sempre bom; “acreditar”, só às vezes!
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O “Athanor” do Quinto Império – Boletim Mensal de Temática Esotérica – Ed. n.º 7 – Setembro de 2006
Conforme a irradiação de cada chakra, os antigos povos da Índia fizeram uma representação alegórica, para isso se utilizando da flôr sagrada do Lotus, à qual agregaram uma maior ou menor quantidade de pétalas, segundo o número de raios. Há posturas (“asanas”) mais ou menos complicadas, que envolvem todo o corpo, as quais auxiliam o desenvolvimento dos chakras, mas há também outras (os “mudras”) que são muito simples, e que tendem a lograr os mesmos benefícios. Além disso há também
sons vocálicos (os “mantras”), notas musicais, cores, exercícios respiratórios (muito importantes) e aromas, que conduzem a idênticos objectivos. As descrições das asanas, os efeitos do Reiki, dos aromas, ou dos exercícios respiratórios, não serão agora referidos, uma vez que este artigo é meramente sintético e não tem a intenção de constituir um manual terapêutico. Se conseguirmos despertar no leitor o interesse por estes importantes assuntos, aos quais a cultura ocidental não tem dedicado
a atenção que merecem, teremos alçançado o nosso propósito. Os 7 chakras principais, as suas representações gráficas, descrições, localização, mudras, mantras, notas musicais, cores e outras correspondências, são as que indicaremos na continuação deste artigo (nas próximas edições do Athanor ).
Efemérides Maçónicas de Setembro Pelo R∴Ir∴ José Melo Brás Alemanha Ano
Dia
1722
11
1740
13
1811 1819 1841 1927
11 17 18 25
1939
14
Acontecimento
Nascimento de Karl Gotthelf von Hund, Barão do Sacro Império Romano, de Hund e Alten-Grotkare, nobre lusácio. Foi iniciado em 1742 (em Frankfurt-am-Main). Desejava reformar a Ordem com um Rito Templário secreto. É fundada, em Berlim, sob direção de Frederico II, a G∴L∴ Mãe da Alemanha, com o nome “Zu Den Drei Weltkugeln”, originada da Loja “Os Três Globos”. Fundação da Grande Loja da Saxônia. Constituição da Grande Loja de Mecklemburgo. Iniciação do compositor húngaro Franz Von Lizt, na Loja Zür Einigkeit (Igualdade) de Frankfurt. São fracassadas as intenções de reconhecimento mútuo entre União Eclética da Alemanha e a maçonaria francesa. As lojas maçónicas são dissolvidas pelo Ministro do Reich.
América (USA) Ano
Dia
Acontecimento
1762 1781
21 5
1784
29
1786 1826 1851 1857 1939 1985 1991
25 14 15 20 ? 08 04
Publicação da Primeira Grande Constituição do Rito de Perfeição, por Morin. Fundação da G∴L∴ de New York. Como resultado do abandono do território pelos ingleses (sua antiga colónia), as Lojas foram-se sucessivamente libertando da subordinação à Obediência inglesa (a de Boston foi a primeira). Emissão, pela G∴L∴ de Inglaterra, da Carta Conbstitutiva da “African Lodge 459”, de Boston. O documento foi entregue em 29 de Abril de 1787, pelo capitão James Scott. Fundação da G∴L∴ da Pennsylvania. Fundação da G∴L∴ de Michigan. Fundação da G∴L∴ de Oregon. Fundação da G∴L∴ de Nebraska. Realização, em Boston, da 6ª Conferência Internacional dos SSup∴CCons∴. Realização, em Washington, da 13ª Conferência Internacional dos SSup∴CCons∴. O jornal Times, de St Petersburgo, Florida, informa sobre a indemnização de US$ 8.000.000, acumulada com a pensão vitalícia de US$ 8.500, a pagar pela Loja Joshua Nº 105, de St Petersburgo, após o processo judicial que lhe foi movido por um candidato à iniciação, o qual sofreu lesões na medula espinal durante a cerimónia, ao ser atirado para cima dum tapete, quando estava vendado. Esta loja (Joshua Nº 105) não
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pertence à G∴L∴ da Florida e não consta do livro “List Of Lodges”. Áustria Ano
Dia
1791
30
Acontecimento
Primeira representação, em Viena, da ópera maçónica “A Flauta Mágica”, de Mozart.
Barbados Ano
Dia
1748
12
Acontecimento
Nascimento de Prince Hall, que viria a ser o 1º maçom negro dos Estdos Unidos.
Bélgica Ano
Dia
1910
11
Acontecimento
Reunião Maçónica Internacional.
Brasil Ano
Dia
Acontecimento
1822
09
1833 1850
14 24 04
1860 1873 1902 1903 1904 1905 1918
09 30 20 04 25 22 29 26
1927 1985
25 08
2003 2004
04 11 25 29 15
Numa reunião do G∴O∴ do Brasil, presidida pelo 1º G∴V∴ Gonçalves Ledo, no impedimento do G∴M∴ Bonifácio Andrada, é exigida a proclamação da independência do Brasil e da Realeza Constitucional, na pessoa do Príncipe Dom Pedro. Dom Pedro I assume o cargo de G∴M∴ do G∴ O∴ do Brasil Fundação do Supremo Conselho da Colômbia e Nova Granada. Aprovada a lei de extinção do tráfico de escravos, apresentada pelo maçom Euzébio de Queiroz Coutinho Matoso da Câmara, Ministro da Justiça do Brasil. Posse de Miguel Calmon du Pin e Almeida, como Gr∴-M∴ do G∴O∴ do Brasil. Decreto imperial dissolve o Grande Oriente nº 2 e o Supremo Conselho nº 1. Iniciação de Manoel Deodoro da Fonseca. Instalação do Supremo Conselho do Grau 33 no Paraná (fundado em 23/08/1902). Pelo decreto 242, o G∴M∴ Quintino Bocaiúva, suprime as Lojas de Adopção. Fundado o G∴O∴ de Amazonas, que mais tarde veio a ser apenas G∴L∴. Eleição de Lauro Sodré como Gr∴-M∴ dos GG∴OO∴ do Lavradio e Beneditinos. Criação, no G∴O∴B∴ do RJ, da Loja Brasil II, a primeira Loja a trabalhar o Rito de York em língua portuguesa. Fundação da G∴L∴ do Estado de Minas Gerais. Realização do 15º Congresso Nacional da Federação Maçónica Mista Universal “O Direito Humano”. Expulsão de Walter Ferreira (do grau 33, que tinha proposto a constituição de um Supr∴Cons∴ na Região Sul do Brasil) da G∴L∴ do Estado de São Paulo (GLESP), pelo Supr∴Cons∴ do Brasil. Instalação da Academia Maç’onica Maranhense de Letras. I Encontro Estadual, em Florianópolis (SC), do Rito Escocês Antigo e Aceite. III Encontro Regional de Aprendizes e Companheiros (ERAC), em Ponta Grossa (PR). I Seminário Piauiense do Programa “Maçonaria Contra as Drogas”, em Teresina (PI). VII Congresso do G∴O∴B∴, Londrina – PR.
2006
Chile Ano
Dia
Acontecimento
1973
11
Augusto Pinochet (um Ap∴M∴ iniciado em Arica, no Norte do Chile) atraiçoa, depõe e mata o Presidente Salvador Allende, M∴M∴, neto do Gr∴-M∴ da G∴L∴ do Chile, Ramón Allende Padin.
China Ano
Dia
Acontecimento
1939
?
Existem em Hongkong e em 18 cidades da China continental, diversas lojas, trabalhando sob jurisdição estrangeira.
Coreia do Sul Ano
Dia
Acontecimento
1956
?
São instaladas em Seul duas Lojas, dependentes da G∴L∴ das Filipinas, as quais suportam um Hospital para crianças, em Pisam. Também o Hospital de Mulheres “Sam Dong”, de Seul, é mantido pelo “Jau Succon Club”, integrado por militares maçons ali mobiliados, das forças armadas de USA.
11
O “Athanor” do Quinto Império – Boletim Mensal de Temática Esotérica – Ed. n.º 7 – Setembro de 2006
Egipto Ano
Dia
1864 1956
04 ?
Acontecimento
Fundação do Supremo Conselho do Egipto. Gamal Abdel Nasser manda encerrar as actividades maçónicas no Egipto.
El Salvador Ano
Dia
1912
22
Acontecimento
Fundação da G∴L∴ Cuscatlan.
Espanha Ano
Dia
Acontecimento
1821
18
1824
25
1868
?
1936
15
Os comuneros e maçons de Madrid avançam com um movimento revolucionário para implantar a República. O rei Fernando VII renova decretos (iniciados em 1 de Agosto e prosseguidos em 9 de Outibro) para a extinção da maçonaria e perseguição aos maçons. É garantida a aceitação de indulto aos que o pedirem no prazo de 30 dias. São fuzilados vários conjurados, após a rendição dos maçons e carbonários de Terife e Marbella. Fundação do G∴O∴ Nacional da Espanha, sendo Gr∴-M∴ Ramón Maria Calatrava. Após a revolução espanhola de Setembro de 1868, a maçonaria deste país ficou dividida em 2 Potências: o G∴O∴ Nacional da Espanha (de carácter autoritário, com cargos ocupados por políticos) e o G∴O∴ de Espanha (democrático). Franco cria um Tribunal contra a maçonaria, colocando no mesmo rótulo os comunistas e os integrantes de todas as sociedades clandestinas. Por isso, foram abertos 80.000 processos contra maçons, quando se sabe que na época não existiam mais de 15.000 naquele país. O partido político de Franco ocupa o Templo maçónico de Tenerife e vende bilhetes a 0,50 pesetas para a visita à Câmara das Reflexões. O jornal ABC, de Madrid, informa acerca do fuzilamento de todos os maçons pertencentes à loja de Granada, incluindo os que estavam "adormecidos" há tempos. A G∴L∴ de Espanha obtém o reconhecimento da G∴L∴ Unida de Inglaterra.
23 1987
16
Finlândia Ano
Dia
1924
09
Acontecimento
Fundação da Grande Loja da Finlândia
França Ano
Dia
Acontecimento
1732 1737
14 10
1740 1784
13 29
1788
04
1804
22
1805
05
A Câmara de Polícia de Paris emite um decreto proibindo as associações maçónicas. O Cardeal Fleury manda encerrar o estabelecimento onde decorre uma reunião maçónica e proíbe as associações, em especial as maçónicas. O comerciante Chapelot (o proprietário) foi condenado ao pagamento da multa de 10.000 francos. Fundação da Loja “Parfaite Harmonie”, em Bordéus. Um levantamento efectuado nesta data revela que 800 lojas dependem do G∴O∴ de França e 170 da G∴L∴ de França. Através de uma circular do G∴O∴ de França foi revelada a existência de cinco Lojas no período de 1725 a 1730 (Louis D'Argent, de Bussy, de Aumont, da Perfeita União e de Bernouville). Soube-se depois que havia pelo menos mais quatro, surgidas em 1729, auspiciadas pela G∴L∴ de Londres (SainteMarguerite, Saint-Thomas, Saint-Martin e Saint-Paul). Fundação, em Paris, do Supremo Conselho de França para o Grau 33 (pelo Conde Alexandre de GrasseTilly). Este é o 2º Sup∴Cons∴, por ordem de antiguidade. A Loja de Franc-Chevaliers, do G∴O∴ de França, leva os seus trabalhos para Estrasburgo, para integrar uma reunião numa Loja de Adopção (presidida pela Baronesa Diétrick, G∴M∴ e pelo G∴M∴ Challan). A irmã Imperatriz Josefina assiste à reunião. Os dignitários do Rito Escocês da França, em reunião na casa do Marechal Kellermann, denunciam a concordata de Dezembro de 1804 e restabelecem a G∴L∴ Geral Escocesa. A partir desta data, as duas Odediências não voltam a juntar-se. O primeiro Soberano Grande Comendador de Conselho Supremo foi o Conde de Grasse-Tilly. No livro “Histoire du Grand-Orient de France”, publicado em 1865, o irmão Achille Godefroy Jouaust afirma que o irmão Pryron, secretário do Sup∴Cons∴ ficou com as 2 cópias do Tratado de 1804 e informou verbalmente que todos os Irmãos de qualquer Rito seriam aceites no Sup∴Cons∴. Porém, quando a Loja Saint-Napoléon solicitou uma cópia do artigo (em 1º de março de 1805), o mesmo tinha sido alterado para: “o G∴O∴ unirá a ele somente os Irmãos do R∴E∴A∴A∴”. O G∴O∴ de França denuncia o Tratado com a G∴L∴, datado de 1804.
06
16
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1877
13
1884
08
1913
?
1927
25
1956 1959
?
1964
17
Por sugestão do irmão Frederico Desmonds, teólogo protestante e futuro Gr∴-M∴, o G∴O∴ de França suprime a fórmula “À Glória do G∴A∴D∴U∴” argumentando que “a maçonaria tem como fundamento a liberdade de consciência incondicional e a solidariedade humana, não rechaçando ninguém por motivos de crenças”. Isto implica a exclusão da Bíblia nas Lojas do G∴O∴. No livro “A Vindication of French Regular masonry”, Jean Baylot afirma que “a Constituição de Anderson não exclui os ateus e sim aqueles cujo ateísmo está baseado na estupidez”. O irmão Bertholdi, escultor da estátua “A Liberdade Iluminando o Mundo”, exibe a obra perante os seus irmãos de Paris, antes de a embarcar para os USA. Duas Lojas (Le Centre des Amis e Inglesa Nº 204), de Bordeus constituem uma Potência autónoma e fundam a G∴L∴ Nacional Independente e Regular para a França e Colónias francesas. São Lojas constituídas por membros ingleses que não concordam com a supressão da fórmula do G∴A∴D∴U∴. O primeiro Gr∴ -M∴ é Edouard de Ribeaucourt. Votação (aprovada por 16 votos contra 2, França e Luxemburgo) acerca da manutenção da expressão G∴A∴D∴U∴, realizada no Congresso da Associação Maçónica Internacional. A aprovação deveu~se à intenção de garantir a adesão de Inglaterra e dos países anglo-saxões. A Noruega surgiu como novo membro da Associação. Foi aprovada a publicação de um Anuário Maçónico. A G∴L∴ de França adere à Convenção de Luxemburgo. Por respeito à Convenção de Luxemburgo, a G∴L∴ de França suspende relações com o G∴O∴ de França. Esta suspensão tem o prazo de um ano, prorrogável até ser definitiva no caso do G∴O∴ não vir a recuperar a sua regularidade. A G∴L∴ de França tenta estabelecer um Tratado de Aliança Fraternal com o G∴O∴ de França, o qual é recusado em convénio, na razão de 82 votos contra 140.
Holanda Ano
Dia
Acontecimento
1735
20
Fundação da 1ª Loja em La Haia com o nome “Le Veritáble Zele”, tendo como V∴M∴ Johannes Cornelius Rademacher.
Hungria Ano
Dia
1950
06
Acontecimento
O governo comunista proíbe a maçonaria. A Instituição começa a ser reorganizada em 1990.
Inglaterra Ano
Dia
Acontecimento
1666
02 a 06
1720
29
1730 1735
05 20
1737
10
1781
05
1823
11
1841 1929
18 04
Deflagra um grande incêndio em Londres, destruindo a quase totalidade da cidade: 40.000 casas, 86 igrejas e 7 lojas maçónicas. Os trabalhos de recuperação das Lojas foram efectuados por maçons vindos de todo o país, com o apoio da Loja central de Londres e sob a orientação do arquitecto Sir Christopher Wren (1632-1723), a quem foi outorgado o cargo de Arquitecto do Rei. Numa reunião efectuada na taverna Armas do Rei, onde estavam representadas 16 Lojas, o V∴M∴ e pastor presbiteriano James Anderson (1680-1739) foi incumbido de colocar em ordem as velhas Constituições Góticas, remodelando-as com base nos manuscritos existentes. O Daily Journal escreve: “os maçons são um enxerto do rosacrucianismo”. O jornal St James Evening Post, Londres, relata uma sessão maçónica de uma Loja que funcionava na rue de Bussy, Paris, presidida por Desaguliers e pelo duque de Richmond, na presença do conde de Waldgrave, Embaixador de Inglaterra e de Montesquieu, tendo sido iniciado o conde de Saint-Florentin, secretário de Estado do rei da Franca. Iniciação do Príncipe de Gales, por Desaguliers, em cerimônia realizada no castelo de Kew, Richmond. Este maçom, que mais tarde governaria Inglaterra como George II, foi o primeiro maçom da Casa Real inglesa. O Príncipe Carlos cria o Rito Sueco, influenciado pelas doutrinas de Emmanuel Swedenborg (1688-1772) – filósofo sueco que acreditava que Deus se lhe revelara com a condição dele restaurar a Igreja Cristã. Falecimento, em Hurley, Berkshire, do destacado Maçom brasileiro Hipólito José da Costa Pereira Furtado de Mendonça, nascido na antiga Colónia de Sacramento em 25 de Março de 1774 e iniciado na Loja George Washington Nº 59, nos USA. Nascimento de William J. Hughan, investigador maçónico inglês (falecido em 1911). A G∴L∴ Unida da Inglaterra dita normas de reconhecimento interpotêncial: 1) Cada G∴L∴ deverá ter sido estabelecida por uma G∴L∴ devidamente reconhecida ou por 3 ou mais Lojas regularmente constituídas. 2) A obrigatoriedade da crença no G∴A∴D∴U∴ e na sua vontade revelada. 3) Todos os iniciados prestarão o seu juramento sobre ou na presença completa do Livro da Lei Sagrada, aberto, representando a revelação do Alto, que se liga à consciência do indivíduo que se inicia.
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O “Athanor” do Quinto Império – Boletim Mensal de Temática Esotérica – Ed. n.º 7 – Setembro de 2006
1939 2006
? 10
4) Os afiliados da G∴L∴ e das Lojas individuais serão exclusivamente homens; cada G∴L∴ não terá relações maçónicas com nenhum tipo de Lojas mistas ou com Corpos que admitam mulheres como membros. 5) A G∴L∴ terá jurisdição soberana sobre todas as Lojas do seu território, com inspeções regulares. Será independente e governada por si mesma, com autoridade sobre os seus obreiros, que serão dos graus simbólicos (Ap∴, Comp∴ e M∴). Tal autoridade jamais poderá ser dividida com qualquer outro Corpo ou Potência, ou sofrer inspeções ou interferências de qualquer espécie. 6) As 3 Grandes Luzes da Franco-maçonaria (Livro da Lei, Esq∴ e Comp∴) estarão sempre expostas quando a G∴L∴ ou as suas Lojas subordinadas estiverem trabalhando, sendo o principal delas o Livro da Lei. 7) A discussão de religião ou política dentro da Loja será estritamente proibida. 8) Os Antigos Princípios, costumes e usos da Ordem serão estritamente observados. Eleição de Alexander Fleming para V∴M∴ da Loja Misericórdia Nº 2386, de Inglaterra. Realização da “Masonic International Conference in London”.
Itália Ano
Dia
Acontecimento
1735 1737
20 10
1902 1911 1972 2005
07 23 13 23
O duque de Lorraine funda na Itália a primeira Loja dos tempos modernos. Proibição da Maçonaria, pelo Grão-duque de Médici. O seu sucessor, que era maçom, volta a fazê-la ressurgir. Realização do Congresso Maçónico internacional, em Génova. Realização do Congresso Maçónico Internacional, em Roma. O G∴O∴ de Itália obtém o reconhecimento da G∴L∴ Unida de Inglaterra. Celebração do 2º Centenário do Supremo Consiglio Italia del Rito Scozzese Antico ed Acccettato.
Líbano Ano
Dia
1959
?
Acontecimento
O Gr∴ Sec∴ da G∴L∴ do Líbano inicia o rei Hussein da Jordânia.
México Ano
Dia
1950 1928 1936
06 27 23
Acontecimento
Realização da II Reunião dos SSob∴GG∴CCom∴ das Américas, na Cidade do México. Nascimento do escritor maçónico Antonio Di Profio. Fundação da G∴L∴ Cosmos, do Estado de Chihuahua.
Noruega Ano
Dia
Acontecimento
1940
20
Encerramento das actividades maçónicas na Noruega, pelos nazis. A guarda pessoal do traidor (Major Vidkun Quisling) aloja-se no Templo Maçónico de Oslo.
Panamá Ano
Dia
Acontecimento
1994
22 a 25
Realização da XXVII Assembléia Geral da Confederação Maçónica Centro-Americana, na Cidade do Panamá. No último dia ocorre uma reunião extraordinária da Confederação da Maçonaria Interamericana, na qual são alterados os Estatutos com o fim de possibilitar o ingresso das GG∴LL∴ de Espanha e Portugal.
Paraguai Ano
Dia
1895
12
Acontecimento
Instalação do Supremo Conselho do Paraguai.
Porto Rico Ano
Dia
1885
20
Acontecimento
Fundação do G∴L∴ de Puerto Rico.
Portugal Ano
Dia
Acontecimento
1791
30
1874
30
Na sequência da Revolução francesa, o Governador das Ilhas do arquipélago da Madeira recebeu ordens para prender todos os maçons. O veleiro inglês Good Hope deixou embarcar 64 maçons e as suas famílias, levando-os para New York. O Grande Oriente Lusitano Unido rompe Tratado com o Grande Oriente de Espanha
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O “Athanor” do Quinto Império – Boletim Mensal de Temática Esotérica – Ed. n.º 7 – Setembro de 2006
1893
13
1897
20
É firmado um Tratado de Reconhecimento e Amizade entre o Grande Oriente Lusitano Unido e o Gran Oriente Español. É criado o cargo de Grão-Mestre Adjunto.
Rússia Ano
Dia
Acontecimento
1740 1939 1992
13 ? 04
Fundada a primeira Loja russa. O governo dos Soviets autoriza o reinício dos trabalhos maçónicos (que estavam interditos). A Loja Harmonie 698, consagrada pela G∴L∴ Nacional de França, é transferida para Moscvo, onde foram iniciados 19 candidatos e regularizados 2 maçons vindos de uma Potência irregular. Esta Loja era composta maioritariamente por irmãos russos residentes em França.
Suécia Ano
Dia
1735
20
Acontecimento
O Conde Axel Ericsson Wrede Sparre funda a primeira Loja da Suécia.
Suíça Ano
Dia
Acontecimento
1875
6 a 25
1875 1939
09 ?
Realização do 2º Convénio Maçónico dos SSupr∴CCons∴do Mundo, em Lausanne, onde são codificadas as condecorações e alguns procedimentos, com vista a travar a desorganização existente. Participaram nesta Convenção: Gales, Bélgica, Cuba, Escócia, França, Grécia, Hungria, Itália, Peru, Portugal e Suíça. USA (Sul), Argentina, Colombia e Chile não enviaram representantes, mas concordaram com as resoluções. O Congresso de Lausanne deliberou sobre a aprovação do projeto de reforma das Grandes Constituições de 1786, o que provocou sérias discórdias entre os Supremos Conselhos e foi a causa de não voltarem a reunir-se durante os 32 anos seguintes. Os aspectos mais relevantes foram: - O reconhecimento dos diferentes ritos; - A fundação da Confederação de Lausanne, que reune os SSupr∴CCons∴, mantendo-os independentes mas reconhecendo apenas um Supr∴Cons∴ por país (com exceção dos USA, que tem um no Norte e outro no Sul); - A legitimidade de cada Potência para reformar um Rito e redigir a sua liturgia; - A determinação do modelo do avental dos GGr∴de Ap∴, Comp∴ e M∴: o 1.º é branco com a abeta levantada; o 2.º é idêntico, mas com a abeta abaixada; o 3.º é branco com bordas forradas em vermelho, levando no centro as letras M e B em vermelho. As medidas são 30/35cm por 40/45cm. É definido o material. Realização do 1º Congresso dos Supremos Conselhos do Mundo, em Lausanne. Os Tribunais condenam um jornalista nazi ao pagamento de indemnizações, por difundir injurias e calúnias contra a maçonaria.
Uruguai Ano
Dia
Acontecimento
1856 1947 1950
17 14 06
1856
17
Instalação do Supremo Conselho e do Grande Oriente do Uruguai. Realização da Primeira Conferência da Confederação Maçónica Interacional. A G∴L∴ Unida da Inglaterra retira o reconhecimento à G∴L∴ do Uruguai, como reflexo da Primeira Conferência da Confederação Maçónica Internacional, de 1947. Instalação do Supremo Conselho e Grande Oriente do Uruguai.
Vaticano Ano
Dia
Acontecimento
1738 1821
28 13
1865
25
O Papa Clemente XII condena a Maçonaria na Carta Apostólica In Eminenti. O Papa Pio VII lança a Bula Ecclesiam a Jesus Christo, contra a carbonária. Trata-se de mais uma condenação à maçonaria, desta vez indirectamente. O Papa Pio IX condena a Maçonaria com a Multiplices Inter Machinationes.
Venezuela Ano
Dia
Acontecimento
1828
25
Simon Bolívar sofre um atentado. Este incidente poderá ter motivado o decreto de 8 de Novembro, para o encerramento de todas as associações secretas, e também a confissão que fez ao escritor maçónico francês Louis Peru de la Croix, oficial do seu exército, declarando ter ingressado na maçonaria por curiosidade e depois se ter afastado, por constatar que era uma associação ridícula, formada por mentirosos e enganados.
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O “Athanor” do Quinto Império – Boletim Mensal de Temática Esotérica – Ed. n.º 7 – Setembro de 2006
O Companheirismo
D a M ente I ndividual à E grégora D a O rdem (4.ª Parte)
Pelo R∴Ir∴ Joaquim Barão
É inegável que a presença daqueles com quem temos afinidade ideológica nos confere segurança e bem-estar. Com esses estabelecemos, mesmo sem disso nos darmos conta, uma perfeita sintonia em todas as formas de comunicação que utilizamos. Esta afinação electrónica tornase muito facilmente extensiva aos amigos dos amigos. Porquê? Exactamente porque o seu relacionamento se estabeleceu nas mesmas frequências de pensamento que utilizamos e que eles utilizam. Sentimo-nos mais confortáveis quando as nossas posições e ideias são rebatidas com educação e simpatia do que quando são apoiadas com indiferença ou arrogância. São estas as condições favoráveis à boa saúde individual e à irradiação das energias sanadoras que podem (e devem) ser dirigidas com inteligência, de modo a lograrem os efeitos pretendidos. A tendência ao isolamento acarreta o perigo de privar uma pessoa do alimento mental que lhe é necessário, podendo levá-la a estados de desorientação, apatia e debilidade. Casos extremos podem conduzir à loucura,
depois de passada a panóplia de estados que vão da melancolia à profunda tristeza. Para estes enfermos, que acabam por somatizar estes estados, são inúteis os procedimentos terapêuticos convencionais: trata-se de problemas causados por falta de alimento mental, de um tipo que só pode ser proporcionado no são convívio das boas amizades. Dizia-nos um antigo Mestre: “Ocultista isolado é Ocultista falhado”. Com todo o respeito pela mensagem (que é verdadeira), torno-a extensiva a todas as situações: “Pessoa isolada é Pessoa falhada”. Se a educação de uma criança e todas as formas do seu convívio forem confiadas a idosos, sem contacto com outras crianças, ela desenvolver-se-á com grandes limitações, apatetada e sem o vigor que é próprio da sua idade. E a razão é simples: foi privada do alimento que só poderia chegar-lhe através da proximidade a outras mentes, com afinidades e sintonia próximas da sua. Trata-se do mesmo alimento mental a que nos referimos. Do mesmo modo, um homem rude e sem educação a quem afastássemos do convívio dos
no C aminho seus amigos habituais e obrigássemos a permanecer, anos a fio, com filósofos e cientistas, sofreria idêntico processo degenerativo, por estar privado do tipo de alimento mental que é capaz de assimilar, e adoeceria mentalmente (somatizando depois essas situações e podendo vir a perecer com males graves). Não se trata do aspecto “qualidade”, mas sim da “afinidade”. Todos nós estamos sujeitos à acção desta lei, e é somente nestas condições que a nossa mente pode garantir o melhor desempenho. As ideias, pensamentos e sugestões recebidos têm forçosamente que possuir o grau de simpatia, intensidade e interesse que sacie a nossa fome mental. Sempre que formos privados da satisfação desta necessidade, estaremos sujeitos a adoecer fisicamente.
Setembro de 2006 O∴M∴M∴M∴ O∴M∴M∴A∴P∴R∴E∴M∴M∴
L∴
V
Imperivm Que o Soberano Arquitecto dos Mundos nos permita viver a nossa existência nas mais absolutas condições de Harmonia, Amor, Verdade e Justiça
16
(continua)