Avicultura - Trabalho Escrito Sobre Avicultura (quinta Do Bonito)l

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INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA DE SANTAREM CURSO DE ENGENHARIA DA PRODUÇAO ANIMAL

Trabalho elaborado por: Ana Luísa Sena nº 2649 Cátia Simões nº 2678 João Ribeiro nº 2685 Marcos Fonseca nº 2676 David Quintino nº 2439

Santarém 2008 1

INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA DE SANTAREM CURSO DE ENGENHARIA DA PRODUÇAO ANIMAL

Trabalho realizado na Quinta do Bonito com vista a perceber todo o maneio efectuado desde a recepção ao abate do frango de carne.

Trabalho elaborado por: Ana Luísa Sena nº 2649 Cátia Simões nº 2678 João Ribeiro nº 2685 Marcos Fonseca nº 2676 David Quintino nº 2439

Santarém 2008

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Índice Geral 1. Introdução ……………………………...………………………….…………. pág. 1 2. Objectivo …………………………………………………………………...… pág. 2 3. Produção intensiva de frango ……………….………………….……………. pag.3 4. Medidas de Biossegurança ………………………………………………...... pag. 6 5. Descrição da Exploração em Estudo …………………………………….…. pag. 9 5.1- Localização da Exploração ……………………….…………………...… pag. 9 5.2- Instalação avícola ………………………………………………..…..….. pag. 9 5.2.1- Pavilhão …………...……………………………………...…….….. pag. 9 5.2.1.1- Ventilação …………………………………..…………...… pag. 10 5.2.1.2- Iluminação ………………………………..….……………. pag. 10 5.2.1.3- Aquecimento …………………………….……………….... pag.11 5.2.1.4- Humidade ………………………………..……..…………. pag. 11 5.3. Animais …………………………………………….………………...… pag. 12 5.4. Sistema de integração …………………………………...………….….. pag. 13 6. Maneio efectuado no Efectivo Avícola ……………………………………. pag. 15 6.1- Recepção dos pintos ……………………………………….………..….. pag. 15 6.1.1- Preparação da cama ………………………………….……………. pag. 15 6.1.2- Preparação para a chegada dos pintos do dia …………………...… pag. 16 6.2- Maneio Alimentar …………………………………..…...…………….. pag. 17 6.3- Maneio Higio-sanitário ……………………………..………….……… pag. 19 6.4- Pesagens ………………………………………….…………....………..pag. 19 6.5- Acabamento e apanha ……………………………………………..…… pag. 20 7. Biossegurança ………………………………………………………….…… pag. 21 8. Resultados Produtivos de Exploração e discussão ………….…….……… pag. 22 9. Conclusão …………………………………………………………………… pag. 26 10. Bibliografia ………………………………………………………….…….. pag. 27

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Índice de Figuras Fig. 1: Frango de carne ....................................................................................................... pág. 2 Fig. 2: Fileira de frango de carne ........................................................................................ pág. 3 Fig. 3: Aviário da Quinta do Bonito.................................................................................... pág. 9 Fig. 4: a- Caldeira; b- Tecto de Poliuretano Projectado; c- Depósito de água; d- linhas de comedouros e bebedouros ................................................................................................. pág. 10 Fig. 5: Ventiladores utilizados na exploração.................................................................... pág. 10 Fig. 6: Sistema de iluminação utilizado na exploração ..................................................... pág. 10 Fig. 7: Criadeira. ............................................................................................................... pág. 11 Fig. 8: Termómetro situado ao nível do pinto ................................................................... pág. 11 Fig. 9: Higrómetro situado no centro do pavilhão …........................................................ pág. 11 Fig. 10: Pintos da estirpe Ross …………………………………………..…………….… pag.12 Fig. 11: Organigrama do Grupo Valouro ……………………….……………………..... pag. 14 Fig. 12: Material da cama – aparas de madeira ……………………………...............…. pag. 15 Fig. 13 – Chegada dos pintos ao pavilhão e distribuição dos pintos pelo pavilhão …….. pag. 16 Fig. 14: Bebedouros de pipetas acedido por pintos ……………………………………... pag.17 Fig. 15: Comedouros de 1ª idade com ração 104 ……………………….………...…….. pag. 18 Fig. 16: Comedouros de pratos em linha ……………………………………….…...….. pag. 19 Fig. 17: Pesagem dos animais …………………………………………………….…..… pag. 19 Fig. 18: Processo de apanha dos frangos ………………………………………….……. pag. 21 Fig. 19: Na Quinta do Bonito não foram compridas as normas de Biossegurança ………………………………………………………………………………………….... pag. 22 Fig. 20: Pintos encontrados mortos ……………………….…………………………….. pag. 24

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Índice de Quadros Quadro 1: Dia de ajusto da altura das pipetas ……………………………...…... pag. 17 Quadro 2: Dia de ajusto da altura dos comedouros ……………………..……… pag. 18 Quadro 3- Mortalidade ………………………………………..………………… pag.23 Quadro 4- Aumento de peso em função dos dias de vida do frango ……..…….. pag. 25

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Índice de Gráficos Gráfico 1 – Gráfico da Mortalidade ……………………...……………………….…..…. pag. 23 Gráfico 2 – Gráfico da Curva de Crescimento ……………………………………….…. pag. 25

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1. Introdução Apesar de existir uma forte competição entre os diferentes tipos de carnes de porco, vaca e especialmente frango é a produção de frango que constitui, sem dúvida, um sector de relevo, não só na U.E., como noutros países fora da comunidade. Dentro da Comunidade Europeia, o Reino Unido, a Espanha e a França são os maiores produtores. Fora deste espaço geográfico, cabe aos EUA o primeiro lugar. Mesmo a passos apertados a produção europeia tem tido, graças à mudança dos hábitos de consumo, um crescimento contínuo. O aumento do consumo de carne de ave, em detrimento da carne de porco ou de vaca, deve-se sobretudo à mudança dos hábitos alimentares, especialmente, do foro nutricional. A carne de ave magra é nutritivamente vantajosa, quando comparada com a de porco e vaca, devido o menor conteúdo de gordura. De acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), entre Março de 2007 e Março de 2008 o índice FAO de preços da carne avícola no mercado internacional (exportação e importação) passou de 120 para 152, o que significou incremento de 26,67%. Na ponta oposta ficou a carne suína, cujos preços evoluíram apenas 5%. A carne bovina registou variação de 8%, enquanto a média geral, puxada pelas carnes avícolas, ficou pouco acima dos 9%, desde 1998 até 2000. Os motivos da mudança de hábitos alimentares não se devem apenas ao aspecto nutricional, conta-se também, a facilidade de transformação desta carne a nível industrial, para a preparação dos “fast-food”, cada vez mais importante na vida agitada hoje. Além deste motivo, a carne de ave, não está sujeita a nenhum tabu religioso, e o seu preço é relativamente baixo comparado com outros tipos de carne. A nível mundial, EUA é o país que detém o maior consumo desta carne. Desde então, tem progredido pois a carne de frango começou a entrar nos hábitos alimentares dos portugueses. O sector de produção avícola em Portugal concentra-se, essencialmente, na região da Beira Litoral e Ribatejo Oeste.

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Dados da Direcção-Geral de Veterinária (DGV) avançados à agência Lusa indicam que «o nível de consumo da carne de aves em Portugal é o mais elevado entre os países da União Europeia», representando a carne de frango uma fatia superior a 90 por cento dessa taxa de consumo. O sector avícola foi abalado nos últimos anos pela crise dos nitrofuranos (substância cancerígena proibida) e da gripe das aves. Para o bastonário da Ordem dos Médicos Veterinários, a preferência dos portugueses pelo frango – a seguir à carne de porco (cerca de 41 quilos por habitante/ano) – demonstra que os consumidores têm «confiança na carne de aves» e nos ovos, cujo consumo médio anual é de 23 por habitante.

2. Objectivo O objectivo deste trabalho, desenvolvido no âmbito da Unidade Curricular de Avicultura, visou o acompanhamento de um bando para a produção de frangos de carne (Broiler) (Fig. 1), com a várias etapas de maneio, desde da recepção do “pinto do dia” até à saída para o matadouro.

Figura 1: Frango de carne

3. Produção intensiva de frangos

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A cadeia de produção teve que se ir adaptando constantemente, traduzindo-se num desenvolvimento espectacular. A produção intensiva de frango inclui várias etapas, desde a selecção dos animais até ao abate, transformação e consumo (Fig. 2).

Selecção

Ross, Cobb; Hubbard Isa

Frangas em Cria – Recria

De 0 a +/- 20 semanas

Pinto do dia

De 0 a 35 / 49 dias

Frangos de carne

Centro de abate

Corte/Transformação/Consumo Figura 2: Fileira de frango de carne

A exploração intensiva da produção de frangos de carne, exige a manutenção de um ambiente de acordo com as necessidades fisiológicas das aves. É de suma importância todo o maneio praticado, bem como o cumprimento do código de boas práticas. Assim, no Quadro 1, de uma forma sucinta, apresentam-se os principais parâmetros de aceitabilidade na produção.

Quadro 1 – Parâmetros de aceitabilidade na produção intensiva de frango.

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Parâmetros de aceitabilidade  Distribuída uniformemente, 5 a 10 cm de espessura, bem seca, devendo estar à temperatura ambiente do pavilhão (entre 30oC a Cama 32oC)  Comedouros de 1ª idade (bandejas), distribuídos uniformemente Comedouros pela área de recepção em quantidade 10 comedouros por cada 1ª idade 1000 pintos (no mínimo). a) Tipo Campânula (1ª idade)  Utilização de 10 bebedouros por cada 1000 pintos, distribuídos uniformemente.  Posicionados à altura do dorso dos pintos, com o nível da água 0,5 cm abaixo do bordo superior dos bebedouros. b) Tito Pipeta  Entre 30 e 40 aves por pipeta, conforme a estação do ano e as Bebedouros recomendações do fabricante.  No 1º dia as pipetas devem estar á altura dos olhos das aves e a partir do 2º dia devem formar um ângulo de 45o com o pavimento.  A pressão da água deve ser suficiente para formar uma gota na ponta da pipeta.  Recomenda-se a temperatura ambiental de 29oC com +/- 3oC de intervalo de tolerância, para o sistema de aquecimento com calor focal.  Caso se trate de outro tipo de aquecimento, deve-se aumentar a Temperatura do temperatura ambiental entre 1 a 3oC, mantendo a mesma pavilhão tolerância.  Verificação controlada através de termómetros posicionados à altura das aves.  Humidade relativa aconselhável 60% com um intervalo de tolerância de +/- 20%.  Verificação controlada através de um higrómetro posicionado no interior do pavilhão, de preferência no centro do pavilhão. Humidade  Humidade relativa superior a 80% pode provocar a condensação, Relativa principalmente nas paredes, nas tubagens e nos plásticos.  Humidade relativa inferior a 40% pode aumentar a existência de pó e dar a sensação de ar muito seco.  A ventilação adequada é aquela que permite manter os parâmetros de temperatura e humidade estabelecidos para a recepção das aves. Ventilação  Os valores de ventilação dependem das instalações e dos equipamentos disponíveis.  No espaço reservado à zona de recepção é importante não existirem pontos de sombra.  È aconselhável 24 horas de luz com uma intensidade de 20 lux Iluminação medidos por um luxímetro e registado na ficha técnica, ou menos Continuação … quando aconselhado pela equipa técnica.  A ração consumida nesta 1ª fase deve ser na forma de farinado Continua… ou migalha e de fácil ingestão.  As partículas devem apresentar uma dimensão adequada, Ração 10

recomendando-se ração 104-N-FA-BIO distribuída pelos pratos de 1ª idade duas vezes ao dia, no mínimo.

Tratamento da àgua

Viatura de transporte

Inspecção visual da qualidade dos pintos

Contagem dos pintos

Peso médio dos pintos

Processo de Jejum

Processo de apanha

 Para o tratamento da água, a administração de cloro deve ser contínua numa concentração de 1 a 3 mg/l (1 a 3 ppm) de cloro.  Deve-se abrir o sistema de abastecimento e verificar a concentração de cloro no primeiro e no último bebedouro.  É boa prática o uso de doseadores automáticos e uma leitura diária do teor de cloro na água, através de “kit” apropriado.  Temperatura da viatura - a temperatura no interior da viatura que transporta as aves deve manter-se constante nos 25oC admitindose a tolerância de +/- 1oC.  A mortalidade durante o transporte não deve ser superior a 0,1/0,5% do total das aves. No caso de ser superior a 0,5% deve anotar na guia de remessa e alertar o ATP.  O pico deve estar seco.  A plumagem deve estar solta.  Os olhos devem estar brilhantes e redondos.  O umbigo completamente fechado e cicatrizado.  As patas brilhantes, bem hidratadas e escorregadias ao tacto.  As articulações bem formadas.  Não devem existir quaisquer deformações.  Separar aleatoriamente 10 caixas de pintos.  Contar o número de pintos nas 10 caixas que separou e divida por 10, para encontrar a média de pintos por caixa.  Multiplicar o número encontrado pelo número total de caixas recebidas, para encontrar o número total de pintos recebidos.  Pesar 120 caixas de pintos e também a caixa vazia.  Descontar o peso de 10 caixas vazias no peso das 10 caixas com pintos, para encontrar o peso total dos pintos.  Dividir o peso total dos pintos pelo número de pintos que se encontram nas 10 caixas para obter o peso médio dos pintos.  De modo a reduzir o risco de contaminação das carcaças no matadouro, deve-se disponibilizar bastante água e retirar o alimento 8 horas antes do abate das aves ou conforme indicações da equipa técnica.  O processo de apanha deve ser efectuado durante a noite quando as aves estão menos activa;  A captura deve ser feita por pessoal treinado;  Reduza o espaço de captura com cercas ou divisórias para facilitar a apanha e reduzir a excitação das aves;  Se efectuar a apanha pelos, tarsos, evite exceder 3 aves em cada mão.

Continua…

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Continuação …  As jaulas e a viatura devem estar devidamente higienizadas e desinfectadas antes do transporte;  As jaulas devem permitir uma correcta visualização dos animais, dispondo estes de espaço suficiente para se manterem de pé na posição natural e a sua construção deve permitir proteger as aves das intempéries e variações climatéricas;  O carregamento das jaulas para cima da viatura deve ser feito de forma a evitar contusões nos animais; Transporte de  No verão deve utilizar meios de ventilação para refrescar as aves aves para abate já enjauladas, durante o processo de carga e enquanto aguardam o abate;  No Inverno, use uma protecção na parte da frente da caixa do veículo antes da 1ª fila de jaulas, para minimizar os efeitos do frio durante o transporte. Nos períodos de chuva proteja as aves com uma lona;  No matadouro, enquanto aguarda o abate proteja as aves das más condições climatéricas;  A viatura deve estar licenciada para o transporte de aves vivas. (Adaptado de Socampestre, 2006).

4. Medidas de Biossegurança A Biossegurança das aves, é um ponto que abrange na totalidade a actividade de produção e as condições em que as aves são criadas e mantidas. Envolve não só os aspectos relacionados com os materiais de construção das instalações, posicionamento dos equipamentos e regras de maneio, mas também os aspectos relacionados com o transporte, a pendura e os métodos de insensibilização antes do abate. De todos eles, a sanidade das aves, desde o primeiro momento de vida é sem dúvida o mais importante e fundamental para os consumidores, criadores, empresários, médicos veterinários e entidades oficiais. 1. Cumprimento integral das boas práticas na limpeza e higienização das instalações e equipamentos, expressas nos Regulamentos técnicos. 2. Aferição do Sistema de higienização através do Plano de Análises Laboratoriais ou por amostragem aleatória. 3. Controlo de pragas, através de empresa acreditada para o efeito.

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4. Avaliação da qualidade microbiológica e química da água para consumo das aves, com auditorias e análises programadas ao sistema de tratamento, depósitos e circuito de distribuição. 5. Sistema integrado de produção (All in / All out), para higienização. 6. Viaturas próprias para a distribuição de alimentos compostos para animais, devidamente higienizadas. 7. Formação contínua aos produtores e tratadores em higienização, maneio de aves e regras de bem-estar animal e ambiental. 8. Acompanhamento e controlo veterinário em todo o ciclo de produção. 9. Cumprimento das regras ambientais e bem estar animal previstas na lei. 10. Cumprimento integral dos registos obrigatórios por lei durante a produção. 11. Uso obrigatório de roupa de protecção e calçado próprio a todos os visitantes. 12. Manter os animais domésticos (cães, gatos, etc) fora das instalações avícolas. Medidas Complementares de Biossegurança Para além do Plano de Contingência da direcção Geral de Veterinária, devem ser implementadas as seguintes medidas para o esforço das medidas acima indicadas. 13. Garantia quanto à proveniência e estado sanitário das aves: o criador deve adquirir aves provenientes de exploração autorizada com o certificado sanitário. 14. Reforço das medidas gerais de higiene. 15. Encaminhamento dos resíduos das camas de forma controlada para sistemas que garantem a descontaminação (compostagem) e utilização em agricultura biológica. 16. Destruição por incineração, ou outro meio autorizado para o efeito, de cadáveres de aves encontradas mortas nas instalações. 17. Reforço na desinfecção sistemática de instalações, equipamentos e utensílios, entre ciclos de produção, pela utilização de dois desinfectantes aprovados, sendo um deles um viricída de reconhecida eficácia.

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18. O vazio sanitário determinado pelos veterinários é escrupulosamente cumprido. 19. Reforço na higienização de todos os veículos de transporte de pintos, rações, aves, e de assistência técnica à produção, tanto na entrada como na saída deverá haver apenas uma entrada); 20. Uso de vestuário apropriado e exclusivo aos trabalhos nas explorações. 21. Reforço do plano de análises com pesquisa de anticorpos às doenças de Newcastle, Gumboro, Bronquite Infecciosa, entre outras, para avaliação do estado sanitário por produtor e por zona de produção. 22. Proibição da produção de quaisquer outras aves aos produtores associados, para evitar possíveis contágios. 23. Proibição de criação de aves por funcionários que trabalhem nas explorações avícolas. 24. Suspensão da produção em zonas onde a menos de 200 metros existam quaisquer explorações de aves não controladas. Nestes casos, devem ser negociados com os produtores rurais a eliminação de aves não controladas. 25. Interdição de aves domésticas nos perímetros das explorações de produção de aves para evitar possíveis contaminações. 26. Acesso interdito a pessoas alheias à exploração. (Adaptado de Socampestre, 2006).

5. Descrição da Exploração em Estudo 5.1- Localização da Exploração

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A exploração pertencente a Escola Superior Agrária de Santarém, situa-se na Quinta do Bonito em S. Vicente do Paul, concelho de Santarém. A Quinta do Bonito é uma propriedade com 120 hectares, com instalações para salas de aula e residências, sala de refeições, pavilhões de suínos, coelhos e aves (Fig. 3). Mantém ainda um núcleo, a campo, de porcos de raça Bisara. A restante área é ocupada por searas de milho, campos de estudo e ensaio de várias culturas, olival tradicional, intensivo e super intensivo, pomar de frutos secos, pinhal e eucaliptal (http://www.esa.ipsantarem.pt/visita.htm, 2008) (Anexo 1).

5.2- Instalação avícola A instalação engloba: o pavilhão principal dos frangos, o silo, a caldeira que era o antigo sistema de aquecimento e um armazém para material.

5.2.1- Pavilhão (Fig. 3) As medidas do pavilhão são 30 metros de comprimento, 10 metros de altura e 5,50 m de pé direito. O Pavilhão é constituído por:  16 janelas no total;  Dois portões em cada extremidade;  Caldeira (antigo sistema de aquecimento); (Fig. 4a);  Tecto é de poliuretano projectado (Fig. 4b);  Paredes pintadas de azul1;  12 lâmpadas;  Um depósito de água (Fig. 4c);  Duas linhas de comedouros (Fig. 4d);  Três linhas de bebedouros (Fig. 4d).

a

b

c

Figura 3: Aviário da Quinta do Bonito

d

a Proporcionam menor claridade, tornando o ambiente mais calmo.

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Figura 4: a- Caldeira; b- Tecto de Poliuretano Projectado; c- Depósito de água; dlinhas de comedouros e bebedouros

5.2.1.1- Ventilação O pavilhão contém quatro ventiladores (Fig.5) e janelas automáticas, com a finalidade de manter a qualidade do ar, através de renovações sucessivas, para impedir a acumulação de gases nocivos como o monóxido de carbono, dióxido de carbono e amoníaco, mantendo simultaneamente a temperatura e a humidade Figura 5: Ventiladores utilizados na exploração.

relativa dentro dos parâmetros estabelecidos.

5.2.1.2- Iluminação A iluminação, é efectuada no pavilhão por duas janelas existentes nas extremidades do pavilhão e 12 lâmpadas florescentes (Fig. 6) distribuídas de uma forma uniforme, durante um período de 24 horas/dia. Como o sistema de iluminação, se trata de um factor ambiental este tem influência em todas as etapas de maneio.

Figura 6: Sistema de iluminação utilizado na exploração

5.2.1.3- Aquecimento

Na exploração em causa encontram-se seis criadeiras (Fig. 7). Os pintos só conseguem regular a temperatura corporal a partir das duas semanas aproximadamente, por este motivo estão altamente dependentes da temperatura ambiente para manter a sua própria temperatura. A visualização da temperatura ambiente, é feita através de um termómetro (Fig.8) de máxima e de mínima que está sempre à altura das aves para permitir uma correcta leitura. Situou-se nos primeiros dias nos 30ºC, e foi diminuindo Figura 7: Criadeira

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aproximadamente 2ºC por semana, até que na última semana as aves já estavam com uma temperatura de 23,4ºC, (Apêndice 1).

Figura 8: Termómetro situado ao nível do pinto

5.2.1.4- Humidade A verificação da humidade efectuou-se, através do higrómetro (Fig.9), posicionado no interior e centro do pavilhão. Ao longo destas 5 semanas a humidade variou, situando-se na 1ª semana nos 50%, 2ª semana nos 70% e depois estabilizando até a última semana entre 67-68% de humidade. Esta não deve estar acima do 80%, pois pode provocar a condensação, principalmente nas paredes, tubagens e nos plásticos, nem abaixo dos 40 %, pois pode aumentar a existência de pó e dar a sensação de ar muito seco.

5.3. Animais Higrómetro situado no centro do pavilhão Os frangos pertencem ao lote F10689, e são daFigura estirpe9:Ross.

Características: Pintos provenientes de ovos com mais de 40 gramas, com vitalidade, bem cicatrizados e sem defeitos físicos.

Embalagem: Caixotes de plástico reutilizável, cada um com 100 pintos. Em cada embalagem acresce 2% de bónus para colmatar eventuais erros de triagem e contagem.

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Condições de maneio:

As condições de maneio bem como o potencial de produção constam nas guias de cada estirpe que podem ser fornecidos a pedido do cliente. O conteúdo destes guias é o resultado de inúmeras experiências efectuadas pelas estirpes e não constitui qualquer garantia de resultado.

Figura 10: Pintos da estirpe Ross.

5.4. Sistema de integração Esta produção funciona como um sistema de integração (Interaves). A Interaves forneceu os pintos, a ração, vacinas e as vitaminas, ficando como encargos para a exploração da Quinta do Bonito, a luz, a água, o gás e a mão-de-obra.

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Figura 11: Organigrama do Grupo Valouro Fonte: http://www.avibom.pt/Organograma.pdf

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6) Maneio efectuado no Efectivo Avícola 6.1) Recepção dos pintos 6.1.1) Preparação da cama A cama estava preparada desde 2004, tendo se acrescentado aparas de madeira apenas em locais que não se encontravam em boas condições. As aparas de madeira encontravam-se num armazém protegidas dos elementos climáticos, dos insectos e roedores, de modo a manter os materiais secos e evitar contaminações. Na recepção dos pintos a cama estava espalhada uniformemente ao longo do pavilhão. O material utilizado para a cama era de boa qualidade, pois satisfez os requisitos de absorção da humidade, de biodegradabilidade, de comodidade e limpeza, e continha um nível baixo de pó, não provocando por isso problemas respiratórios. Caso contrário, se esta fosse de má qualidade ou com excesso de humidade, verificarse-ia mais incidentes, tais como, queimaduras no peito, defeitos nos tarsos e diminuição do nível de qualidade do bem-estar animal.

Figura 12: Material da cama – aparas de madeira

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6.1.2)

Preparação

para

a

chegada

dos

pintos do dia Apenas se utilizou metade do pavilhão (ninho) para a recepção dos pintos, que corresponde a cerca de 10 metros. O pavilhão foi dividido com plástico. Dentro da viatura de transporte dos pintos, o ambiente era controlado, sendo a temperatura de 24ºC, a ventilação de 26ºC e a humidade de 36%. A higiene e a temperatura da viatura de transporte são factores importantes para a qualidade dos pintos, e normalmente são controlados pelos fornecedores das aves (Fig. 13a) - Chegada da viatura: 16h – 20/10/2008; -Viatura junto da porta de entrada do pavilhão, para facilitar o descarregamento; - Descarregamento (cada pessoa tirava dois /três caixotes) (Fig. 13b); - Contagem aleatória de pintos, mais ou menos 5% dos caixotes; - Inspecção dos pintos2; - Colocação das caixas vazias empilhadas no terreno; - No fim do descarregamento dos pintos, recolha das caixas de transporte para a viatura.

a

c

b

e

d

f

2

inspecção visual da qualidade dos pintos tendo em conta factores importantes como: se, se encontram vigorosos e activos; bico seco e plumagem solta; olhos brilhantes e redondos; umbigo completamente fechado e cicatrizado; patas brilhantes, bem hidratadas e escorregadias ao tacto; articulações bem formadas e se continham deformações visíveis

Figura 13 – Chegada dos pintos ao pavilhão e distribuição dos pintos pelo pavilhão

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6.2) Maneio Alimentar Sistema de abeberamento: Na exploração da Quinta do Bonito, estavam instaladas 3 linhas de sistemas de bebedouros do tipo pipeta, por serem de fácil limpeza, contribuírem para diminuir a humidade da cama e evitarem a contaminação da água. Como podemos verificar no Quadro 1 em baixo eles vão ser elevados consoante, o crescimento do pinto.

Dia de ajusto dos bebedouros 20.10.08 27.10.08 1.11.08 18.11.08

Altura dos Bebedouros 15 cm 18 cm 22 cm 33 cm

Quadro 1: Dia de ajusto da altura das pipetas É essencial que as aves disponham de água em qualquer altura, durante as 24 horas do dia, podendo a sua restrição limitar a ingestão de alimento e pôr a produção em risco. A pipeta é muito prática e Higiénica, é accionada pelo toque do animal, e a pressão deve manter suspensa uma gota de água na sua extremidade. No 1º dia a pipeta deve estar à altura dos olhos e a 45º com o pavimento a partir do 2º dia. A água é mantida sempre dentro das tubagens e dispensada sempre limpa.

Figura 14: Bebedouros de pipetas acedido por pintos

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Sistema de alimentadores: A ração foi transportada para a exploração 5 dias antes da recepção, posteriormente foi colocada em comedouros de 1ª idade, estando disponível 24 hora/dia.

Figura 15: Comedouros de 1ª idade com ração 104

A passagem para o sistema de alimentação automático (2 linhas de comedouros), efectuou-se, quando os pintos começam a mostrar interesse por este. A ração 104, foi consumida desde do 1º até ao 18º dia, sob a forma de migalha para facilitar a sua ingestão, sendo depois alterada para a ração 115 do 18º dia até um dia antes do abate, apresentando-se sob a forma de granulado. Como podemos verificar no quadro 2 os comedouros são elevados em função do crescimento do pinto. Dia de ajusto dos comedouros 20.10.08 6.11.08 18.11.08

Altura dos comedouros O comedouro está depositado no chão 15 cm 18 cm

Quadro 2: Dia de ajusto da altura dos comedouros

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Figura 16: Comedouros de pratos em linha

6.3) Pesagens A pesagem era efectuada da seguinte forma: Capturava-se os frangos, em cada uma das extremidades do pavilhão e ao centro, ou seja, eram efectuadas 5 pesagens, pesando-se 10 frangos de cada vez.

Figura 17: Pesagem dos animais

6.4) Maneio Higio-sanitário O maneio higio-sanitário efectuado na exploração baseou-se no controlo de patologias e num programa desratização. Para o controlo de patologias aplicou-se:  Tribissen 48% (antibiótico) – Foi adicionado na água de bebida cerca de 200 ml /1000L de água foi feito durante um período de 5 dias;  Proditivit Hepavet (Vitaminas) – Foi adicionado 1L/1000L de água de bebida foi feito durante um período de 3 dias e posteriormente mais 2 dias;

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 Vacina D78 (Vacina viva liofilizada contendo a amostra intermediária purificada D78 do vírus da doença de Gumboro) – Foram adicionadas 5000 doses à água de bebida;  Efectuaram-se também análises à água uma semana antes da recepção dos pintos; Programa de desratização:  Dois iscos raticidas no interior do pavilhão. As janelas do pavilhão eram revestidas com rede para evitar a entrada de insectos e aves, agentes que podem levar à contaminação do bando.

6.5) Acabamento e apanha Antes da apanha restringiu-se o alimento 4,5 horas antes de saírem do pavilhão, para que os animais se encontrassem em jejum, de modo a cumprir o intervalo de segurança adequado e para reduzir o risco de contaminação das carcaças no matadouro, disponibilizou-se bastante água. Antes do processo de apanha, efectuou-se alguns procedimentos, como levantar as linhas de comedouros e bebedouros, colocar a ventilação mínima, reduzir a intensidade da luz para acalmar as aves e preparar todo o material necessário no exterior para o carregamento das aves. O processo de apanha foi efectuado durante a noite (21 h) altura em que as aves se encontravam menos activas. A apanha foi efectuada pelos alunos do 3º ano de Engenharia da Produção animal, o espaço de captura foi reduzido com cercas para facilitar a apanha e reduzir a excitação das aves. A apanha dos frangos foi efectuada pelos tarsos, transportando-se 3 frangos em cada mão e posteriormente os frangos eram entregues á equipa de apanha, para que estes os colocassem dentro das jaulas. Em cada jaula transportava 12 frangos. Figura 18: Processo de apanha dos frangos

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7) Biossegurança Em relação à biossegurança, o calcanhar de Aquiles do aviário da Quinta do Bonito, as medidas foram insuficientes, tendo-se verificado algumas falhas tais como:  Rodilúvio inexistente para a desinfecção das rodas das viaturas;  Higienização de todos os veículos de transporte de pintos, rações, aves, e de assistência técnica à produção, tanto na entrada como na saída do aviário, inexistente;  Uso obrigatório de roupa de protecção e calçado próprio devidamente higienizadas a cada entrada no pavilhão, para todos os visitantes e todos os que trabalham na exploração em questão, inexistente;  Encontravam-se restos de alimentos, sacas de ração e até pintos no exterior do pavilhão, atraindo microorganismos e roedores;  Os cadáveres de aves encontradas mortas na instalação, eram colocadas no exterior do pavilhão junto ao caixote do lixo;  O acesso não era interdito a pessoas alheias à exploração;  Em redor do pavilhão e do silo, presença de vegetação alta (mato);  Ausência de determinação de pontos críticos;

Figura 19: Na Quinta do Bonito não foram compridas as normas de Biossegurança

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8) Resultados Produtivos de Exploração e discussão  Idade de abate: 30 dias  Peso médio final: Peso total do frango (vivo) / nº de frangos 5,420Kg/ 3,486 = 1,555 Kg  Consumo por Frango = Alimento Consumido (Kg) / nº de Frangos 3740 Kg (A-104) + (4620-200Kg) Kg (A115) = 8160/ 3,486 = 2,340 Kg  Índice de Conservação = Consumo total de Alimento (Kg) / Peso Vivo Total (Kg) 8160 Kg/5,420 Kg = 1,5055 Kg  Eficácia Alimentar = Peso Vivo Total (Kg) / Consumo Alimento Total (kg) 5,420 Kg/ 8160 = 0,664 Kg  Mortalidade (%) = (Total de Baixas diárias +Total de baixas por triagem) ×100/ Total de pintos entrados (111/ (111+3486)) x 100 = 3,08 %  Viabilidade = Nº de Aves retiradas ×100/nº de Aves entradas 3486 x 100/ 3597 = 96,9  GMD = Peso Vivo Total/ Nº de frangos × Idade Média 5,420/ 3;486 x 30 = 51,8 g  Índice de Produção (IP) = GMD × Viabilidade × Eficácia Alimentar × 100 51,8 x 96,9 x 0,664 x 100 = 333,28

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8.1) Mortalidade Dia 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

Mortalidade 25 20 15 Mort.

10 5 0

20 -1 0 22 - 20 -1 09 0 24 - 20 -1 09 0 26 - 20 -1 09 0 28 - 20 -1 09 0 30 - 20 -1 09 0 01 - 20 -1 09 1 03 - 20 -1 09 1 05 - 20 -1 09 1 07 - 20 -1 09 1 09 - 20 -1 09 1 11 - 20 -1 09 1 13 - 20 -1 09 1 15 - 20 -1 09 1 17 - 20 -1 09 1 19 - 20 -1 09 120 09

Mort. 0 8 10 18 18 5 7 5 2 3 2 20 0 0 0 2 1 0 0 0 0 0 3 0 0 1 14 0 0 1 1

Animais

Dias 20-Out 21-Out 22-Out 23-Out 24-Out 25-Out 26-Out 27-Out 28-Out 29-Out 30-Out 31-Out 01-Nov 02-Nov 03-Nov 04-Nov 05-Nov 06-Nov 07-Nov 08-Nov 09-Nov 10-Nov 11-Nov 12-Nov 13-Nov 14-Nov 15-Nov 16-Nov 17-Nov 18-Nov 19-Nov

Dias

Gráfico 1- Gráfico da Mortalidade

Total: 121 29 Quadro 3- Mortalidade

Na análise ao gráfico anterior, foram registados os seguintes dados de mortalidade:  Na primeira semana houve uma mortalidade máxima de 18 pintos/dia, tendo ocorrido no 4º e 5º dia. (Defeituosos e ainda maioria por não ingestão de alimento).  Na 2ºsemana de vida, ocorreu uma mortalidade máxima de 10 pintos/dia no 12º dia de vida do bando, tendo registado valores baixo de mortalidade nos restantes dias em comparação. (Ataques cardíacos (caracterizados pelo posição do corpo, de “papo para o ar”))  Na 3º semana a mortalidade pinto/dia registado foi significativamente mais baixo que nas semanas precedentes. Tendo sido registado um máximo de 2 morte num único dia (16ºdia). (atrasos de crescimento)  Na quarta e última semana a mortalidade registada foi baixa. Tendo ocorrido um pico de 14 mortes /dia devido a triagem realizada no 27º dia de vida do bando.

Figura 20: Pintos encontrados mortos

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8.2) Curva de Crescimento Tempo (Dia) 1 5 10 19 27 31

Peso (Kg) 0,04 0,093 0,222 0,625 1,31 1,555

Quadro 4- Aumento de peso em função dos dias de vida do frango

Curva de Crescimento

Peso (Kg)

1,8 1,6 1,4 1,2 1 0,8 0,6

Peso (Kg)

0,4 0,2 0 0

5

10

15

20

25

30

35

Tempo (Dias)

Gráfico 2 – Gráfico da Curva de Crescimento

Como é possível verificar no gráfico da curva de crescimento, que ocorreu um aumento de peso continuo durante o tempo de vida e engorda. No primeiro dia, que corresponde ao dia da recepção dos pintos, este apresentam um peso de 0,04 Kg. Na segunda pesagem, 5º dia de vida, estes apresentaram um peso superior ao dobro do inicial. Assim como nas semanas seguintes, tendo-se verificado um maior aumento de peso entre 19º e o 31º dia de vida.

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9) Conclusão

Podemos concluir, após a realização deste trabalho/relatório/acompanhamento de produção de frangos de carne, e da recepção de toda a informação necessária (por parte da Interaves), foram detectadas alguma falhas nas condições da exploração, nomeadamente ao nível da biossegurança. Desta forma não podemos dizer que a exploração tenha as condições óptimas ou ideais para a produção de frangos de carne. Os aspectos que são relevantes em relação as falhas de condições da exploração passam nomeadamente pelas falhas da biossegurança, referidas no ponto nº 6 deste mesmo trabalho. Em relação ao estudo económico da exploração, podemos dizer que este, se revelou pouco vantajoso, já que o lucro ou balanço final foi relativamente baixo, ou seja, o lucro foi de 20 €, sendo ainda de salientar que não foi contabilizado o custo de produção em relação aos parâmetros de produção como; agua, luz, mão-de-obra. À que salientar ainda o facto de ter existido um erro na contagem dos pintos do dia, na exploração de multiplicação (sendo este um erro habitual na contagem automática), sendo esse numero superior ao declarado folha de fecho de bando. À que compreender, apesar dos aspectos salientados anteriormente, que alguns destes factores se devem ao facto de esta exploração (quinta do bonito) se destinar integralmente ao ensino, sendo para tal passível de desvios em relação ao normal de produção deste tipo de animais, em outras explorações onde se dá o processo de integração. Para tal e de esta forma o trabalho/relatório/acompanhamento da produção destinava-se exclusivamente ao ensino dos alunos e compreensão de todo o processo produtivo, e não a rentabilização da exploração ou da produção para a obtenção de lucro.

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10) Bibliografia  www.socampestre.com;  www.interaves.pt.

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