Aula4

  • November 2019
  • PDF

This document was uploaded by user and they confirmed that they have the permission to share it. If you are author or own the copyright of this book, please report to us by using this DMCA report form. Report DMCA


Overview

Download & View Aula4 as PDF for free.

More details

  • Words: 751
  • Pages: 49
Transdução Sensorial Jorge Pereira Machado

Modalidades sensoriais - Paladar

- Olfacto

- Tacto

- Visão

- Audição

- Dor

- Propriocepção (tensão muscular)

- Movimento

A especificidade sensorial para os diferentes tipos de energia resulta de modificações de estruturas celulares, que são usualmente células epiteliais (epiderme-derme, tracto gastrointestinal, vasos sanguíneos), células nervosas ou musculares que se adaptam e especializam. Muitas células de transdução sensorial (ex: sensores do oxigénio, dióxido de carbono, pH) fazem-se comunicam directamente com o SNC.

2

Fases gerais de transdução sensorial • Conversão do estímulo energético em potencial de receptor, normalmente um potencial de natureza electrónica • Ampliação do sinal de entrada (ex: som ou luz) para ser possível de leitura no SNC, visto poder existir ruído de fundo para dada modalidade. • Codificação do estímulo em função da ampliação gerando maior frequência de potenciais de acção na via nervosa aferente primária. 3

Quimioreceptores Todas as células são normalmente banhadas por compostos químicos. Aí as moléculas podem funcionar como compostos nutritivos ou tóxicos ou servir como um sinal de comunicação entre meio externo ou interno e o SNC.

A quimiorecepçaõ oferece vantagens básicas e universais. È conhecida como a forma mais ancestral de transdução sensorial, existindo em muitas formas de vida. Em formas simples como bactérias ou protozoários não exigem sequer sistema nervoso. 4

Quimioreceptores Os mediadores químicos atingem o corpo humano via ingestão oral ou nasal, contacto com a pele, ou inalação ou difusão desde a superfície através de muco, saliva, lágrimas, liquido cérebro espinal ou plasma sanguíneo. O sistema nervoso monitoriza e canaliza estes sinais químicos captados através de quimioreceptores. Os mais familiares e exemplificativos são os sensoriais do olfacto e do paladar. Os corpos carotídeos medem níveis de O2, CO2 e pH no sangue. 5

Receptores gustativos São células epiteliais modificadas que contactam de seguida um neurónio primário. Estão situados na superfície dorsal da língua em pequenas mas visíveis papilas. Cada papila contem numerosos botões gustativos e cada botão poder conter entre 50-150 células receptoras. A maioria das pessoas podem ter 2000 a 5000 botões e excepcionalmente entre 500 a 20.000. Podem discriminar entre 4000 a 10.000 com os botões gustativos. Contudo, a evidência sugere que esta variedade está confinada a 4 ou cinco tipos básicos de paladar: amargo, salgado, doce e ácido; por vezes se considera o umami (delicioso) como outro tipo. Esta variedade pode estar enriquecida pela associação do gosto com o odor de certas substâncias. 6

Receptores gustativos Mais de 90% das células receptoras respondem a dois ou mais tipos básicos de paladar e muitos respondem a todos. A predominância de um dado paladar é que determina a sensibilidade relativa dos receptores. Contudo, a sua complexidade está ainda longe de ser bem entendida. As células gustativas têm um ciclo de crescimento, regeneração e morte.

7

Receptores olfactivos São já células nervosas primárias com dendritos de captação de sinal e um axónio com condução directa para o SNC. Estão situados num delicado epitélio na cavidade nasal superior. São das poucas células nervosas que são regularmente substituídas regularmente ao longo da vida. Dado que esta via nervosa está muito directamente exposta, a cobertura de uma camada de mucosa sobre o terminal receptor trás uma vantagem de protecção contra vírus e bactérias. Esta protecção está acrescida do facto de aí existirem dissolvidos, uma variedade de glicosaminoglicanos, proteínas, anticorpos, proteínas ligadoras de odorantes enzimas e vários sais.

8

Receptores olfactivos O tamanho e a densidade de receptores varia entre as espécies e determinam assim a acuidade olfactiva. A superfície do epitélio olfactivo humano tem apenas 10 cm2, mas consegue detectar odorantes a concentrações de algumas partes por trilião. A área olfactiva dos cães pode ter mais do que 170 cm2, com 100 vezes mais receptores por área. A nossa capacidade de distinguir o odor dos compostos químicos é maior do que a de sentir o seu gosto. Por uma estimativa poder-se-á diferençar cerca de 400.000 diferentes substâncias, sendo estranhamente a maioria compostos de odor desagradável. Reconhece actualmente como bem descritos 10.000 sub-modalidades distintas (Prémio Nobel 2004 de Medicina). Como tal serão esperados diferentes mecanismos de transdução baseados provavelmente no uso apenas de processos de receptores acoplados ao Complexo Proteico–G com mediação num segundo mensageiro. As células olfactivas têm um ciclo de crescimento, regeneração e morte. 9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

22

23

24

25

26

27

28

29

30

31

32

33

34

35

36

37

38

39

40

41

42

43

44

45

46

47

48

49

Related Documents

Aula4
June 2020 9
Aula4
June 2020 5
Aula4
November 2019 13
Aula4
October 2019 9
Aula4
December 2019 7
Aula4
June 2020 6