Estabelecimentos de carnes e derivados
RIISPOA • Regulamento Industrial de Inspeção de Produtos de Origem Animal (1952) – www.agricultura.gov.br/sda/dipoa/RIISPOA.html#Índice
• Órgãos encarregados de registro e fiscalização – SIF – SISP – SIM
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RIISPOA Art. 21 • Os estabelecimentos de carnes e derivados são classificados em 1 - matadouros-frigoríficos 2 - matadouros de pequenos e médios animais; 3 - charqueadas;
6 - fábricas de produtos gordurosos; 7 - entrepostos de carnes e derivados;
4 - fábricas de conservas;
8 - fábricas de produtos não comestíveis;
5 - fábricas de produtos suínos;
.
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RIISPOA Art. 21 1 - matadouros-frigoríficos
estabelecimento para o abate, manipulação, elaboração, preparo e conservação das espécies de açougue 2 - matadouros de pequenos e médios animais;
abate e industrialização de: a) suínos; b) ovinos; c) caprinos; d) aves e coelhos; e) caça
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RIISPOA Art. 21
RIISPOA Art. 21
3 - charqueadas; abate com o objetivo principal de produzir charque
5 -fábricas de produtos suínos; industrializa produtos suínos
4 - fábricas de conservas; industrializa a carne de várias espécies, com ou sem sala de matança anexa e para preparo de subprodutos não comestíveis
6 - fábricas de produtos gordurosos; • preparo de gorduras, excluída a manteiga
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Instalações completas para abate
RIISPOA Art. 21 7 - entrepostos de carnes e derivados recebimento, guarda, conservação, acondicionamento e distribuição de carnes frescas ou resfriadas 8 - fábricas de produtos não comestíveis preparo exclusivo de produtos não utilizados na alimentação humana .
1.
Currais e anexos
2.
Rampa de acesso ao box (com chuveiros e seringa)
3.
Área de atordoamento (box e área de vômito)
4.
Sala de abate –
5.
Sangria, esfola, evisceração, toalete, seções dos miúdos
Instalações frigoríficas e graxaria
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Requisitos gerais de higiene – Instalações
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Estabelecimentos industriais de carne e derivados
• Evitar riscos de contaminação – carne
Principais cuidados
– funcionários
• Localização ( controle de odores, poeira,
– ambiente
poluição)
• Boa ventilação e iluminação • Impermeabilidade de paredes e pisos
• Disponibilidade de água • Tratamento de dejetos
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Água de Abastecimento
Água de Abastecimento
Importância industrial
Saúde pública
• Agente de higienização e limpeza
• Veiculação de agentes patogênicos – Cólera, pesticidas, metais pesados
– Pessoal – Ambiente – Equipamento
• Lavagem de carcaças, vísceras, latas • Matéria prima de derivados (salmoura, gelo) • Quantidade = 1 bovino → >800 L de água Aula 4 Estabelecimento de carne e derivados - VNP 325
• Água potável: – “adequada ao consumo humano” • microbiológicas, físico-químicas e toxicológicas
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Tratamento de água
Água de Abastecimento
• Decantação
Características físico-químicas
– Substâncias sólidas
• Coagulação (floculação)
– Dureza Total
– Precipitação com Al(OH)3
– pH
Características Microbiológicas
• Filtração : camadas de areia • Desinfecção (cloro)
– ausência de coliformes fecais em 100 ml – Cloro: age pela oxidação de proteínas
(Portaria 36 ,M.S. 1990) Aula 4 Estabelecimento de carne e derivados - VNP 325
Resíduos de matadouros
Resíduos de indústria de carne • Características
• Altamente poluentes – DBO: demanda de O2 → quantidade de O2 necessária para degradar bioquimicamente a matéria orgânica
• DBO matadouro =
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3.900 mg/L
– Grandes volumes – Alto teor de matéria orgânica – Risco ambiental – Formação de odores
– DBO esgoto doméstico =
300 mg/L
• Necessidade de máximo aproveitamento de resíduos
RIIPOA: exigência legal de que matadouros disponham de rede de esgoto
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Resíduos de indústria de carne Fontes
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Higienização dos estabelecimentos de carnes
Resíduos nos dejetos Etapas
Curral Sala de abate
Esterco Sangue, resíduos de carne e gordura Depilação Pelos Triparia Conteúdo TGI, gordura Preparo de carcaças Resíduos de carne e gordura Subprodutos Gorduras e resíduos não comestíveis Aula 4 Estabelecimento de carne e derivados - VNP 325
• Pré-enxágue (água potável) • Detergente • Pós-enxágue (água potável) • Sanitização – Vapor – Cloro (hipoclorito) – Iodo Aula 4 Estabelecimento de carne e derivados - VNP 325
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Higienização dos estabelecimentos de carnes Resultados de boa higiene • Aumento da vida de prateleira da carne
Referências para estudo
Pardi, 1993 p.131-188.
• Pré-requisito básico para exportação • Produto final atende a legislação • Redução de risco de intoxicação • Menor rejeição pelo consumidor Aula 4 Estabelecimento de carne e derivados - VNP 325
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Processamento Tecnológico de carnes in natura
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Processamento Tecnológico de carnes in natura Carne in natura: é a carne fresca ou resfriada que não sofrido alterações na sua estrutura física, nem foi ainda submetida a qualquer processamento industrial
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Área Limpa
EVISCERAÇÃO CURRAIS LINHAS DE INSPEÇÃO ACESSO À SALA DE MATANÇA SERRAGEM ATORDOAMENTO / INSENSIBILIZAÇÃO
LINHAS DE INSPEÇÃO
SANGRIA
PESAGEM
CÂMARA FRIA
ESFOLA Área Suja
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4
Conceito de abate humanitário
Condições essenciais - ABATE
Conjunto de procedimentos técnicos e científicos que garantem o bem-estar dos animais desde as operações de embarque até a sangria.
• Evitar sofrimento para o animal
• Objetivos
• Atender a preceitos religiosos
– Abate sem sofrimentos desnecessários – Sangria eficiente – Qualidade
• Ser isento de perigo para o operador • Ser rápido e de fácil manejo
• De acordo com a legislação vigente
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Manejo ante-mortem
Manejo ante-mortem
• Importância
• Transporte
– Segurança dos operadores
– Brasil: rodoviário é o mais comum
– Qualidade de carne
– Caminhões-boiadeiros
– Bem-estar animal
• Principais etapas – Transporte e descarga
• Fatores negativos – Alta temperaturas – Grandes distâncias (estradas) – Alta lotação
– Descanso – Movimentação – Insensibilização e sangria
• Durante o transporte – Perda de peso (jejum) = 0,75-11% em 24 hs – Perda de conteúdo TGI
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Manejo ante-mortem
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Manejo ante-mortem
• Respostas fisiológicas ao estresse
• Descanso e dieta hídrica
– Hipertermia – ↑ Freq cardíaca e respiratória – Estímulo da hipófise e adrenal (↑ cortisol, glicose, ácidos
– RIISPOA: descanso, jejum e dieta hídrica nos currais por 12-24 hs
graxos livres)
• Objetivos • Principal efeito do transporte – Depleção das reservas de glicogênio – Acima de 15 hs prejudica o bem-estar animal
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– Reduzir o conteúdo do TGI e facilitar evisceração – Restabelecer as reservas de glicogênio – Inspeção ante-mortem
a
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Manejo ante-mortem • Banho de aspersão – Após descanso: rampa para box de atordoamento – Banho: chuveiros – Uso de água hiperclorada (15 ppm) → 3 atm
Métodos de atordoamento • Visa colocar o animal em inconsciência até o final da sangria, sem causar sofrimento • Equipamentos – Marreta
• Objetivos
– Pistola pneumática
– Limpar a pele: esfola higiênica – Reduzir a poeira
– Choque elétrico – Degola (Método Kasher)
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Métodos de atordoamento
Choque elétrico
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Métodos de atordoamento • Sinais de insensibilização deficiente – Vocalizações – Reflexos e movimentos oculares – Contração de membros anteriores
• Após atordoamento – Animal vai para área de sangria – Suspensão por membro posterior – Sangria Aula 4 Estabelecimento de carne e derivados - VNP 325
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Métodos de atordoamento
Esfola • Remoção do couro
• Brasil: abate humanitário (2000) – Métodos mecânicos (pistola) – Choque elétrico
– Brasil: esfola aérea
• Etapas – Ablação dos chifres – Desarticulação de patas – Oclusão do esôfago – Desarticulação da cabeça – Retirada
completa
do
couro Aula 4 Estabelecimento de carne e derivados - VNP 325
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6
Evisceração • Abertura da cavidade torácica, abdominal e pélvica – evitar perfuração do TGI – Vísceras: inspeção e triparia
• Lavagem da carcaça – Divisão em 2 meias carcaças
• Medidas higiênicas durante o transporte • Inspeção ante-mortem • Minimizar as contaminações • Resfriamento
– Toalete: – Lavagem com água • Retirada de coágulos • Reduzir superficial
Boas práticas de fabricação durante o ABATE
a
contaminação
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adequado
e
refrigeração
durante a desossa, corte e transporte • Treinamento e instrução dos funcionários Aula 4 Estabelecimento de carne e derivados - VNP 325
Referências para estudo 1. Roça, R.O. Abate humanitário de bovinos, Rev. Educ. Cont. CRMV, v. 4, p. 73-85, 2001. 2.
Roça, R.O. Abate de bovinos: conversão do músculo em carne. Higiene Alimentar. V.8, p.7-13, 1994.
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