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LER/DORT: “Afecções que podem acometer tendões, sinóvias, músculos, nervos, fáscias, ligamentos, isolada ou associadamente, com ou sem degeneração dos tecidos, atingindo na maior parte das vezes os membros superiores, região escapular, do pescoço, pelo uso repetido ou forçado de grupos musculares e postura inadequada (Norma Técnica para avaliação da incapacidade – LER – INSS – 1993)”. A sigla DORT - Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho também é a tradução de um termo internacional (WRMSD) e foi acrescentada para chamar a atenção de que todos os casos de LER são relacionados com atividades realizadas no trabalho. Do ponto de vista prático, tem o mesmo significado de LER e têm sido utilizados como sinônimos.
Os acometimentos musculoesqueléticos no trabalho (LER_DORT e Lombalgias) sempre são provocados por uma predisposição física e/ou pelas exigências do ambiente de trabalho. As principais causas são: • Hipóxia • Atrito • Força
No músculo: Nossos músculos possuem muito oxigênio, vindo dos vasos sanguíneos. Quando se contraem expulsam o sangue de seu interior; quando relaxam permitem a entrada do sangue entre suas estruturas. Este bombeamento é fundamental no bom funcionamento muscular.
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Contração estática Compressão de tecidos Velocidade de contrações
Inflamação
Lesão – fe > fi - espasmo - microtrauma
Distress
Hipóxia: É a diminuição dos níveis de oxigênio no tecido. O oxigênio é o ingrediente essencial para o funcionamento de todo o corpo. Sem ele nossas células entram em sofrimento e morrem. Podem acontecer por: -Contração Estática ou Isométrica -Compressão de Tecidos -Velocidade de Contrações (repetitividade + fadiga) -Distress
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Contração Isométrica: Quando um músculo se mantém contraído por um longo período, a circulação não pode ocorrer e este entra em isquemia, ou sofrimento celular. Ocorre a hipotrofia, ou seja, a diminuição da quantidade de suas fibras. Mas a necessidade de força continua a mesma. E, a cada dia, mais força será necessária de cada fibra, até que ocorra uma lesão. E isto não ocorre só neste músculo, pois os grupos adjacentes também sofrerão a hipóxia. A ergonomia busca identificar as posturas forçadas, que adotam contrações isométricas, sugerindo apoios ou mudanças no arranjo dos segmentos corpóreos.
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Compressão de tecidos nobres: Esta hipóxia também ocorre quando mantemos os segmentos corpóreos apoiados em superfícies duras por muito tempo, como nas nádegas, coxas, cotovelos e punhos.
Velocidade de Contrações: Se os movimentos são muito rápidos não há tempo para o músculo retirar o oxigênio do sangue.
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O Stress negativo (distress) causa redução da luz dos vasos, reduzindo assim a quantidade de oxigênio que chegaria aos músculos.
Atrito: Quando atritamos duas superfícies, elas se desgastam. E quanto maior a pressão entre as partes, maior este desgaste. No nosso organismo, quando isto ocorre, há um processo de reparação iniciado, chamado inflamação. Neste processo ocorre o inchaço dos tecidos. Estes aumentam a compressão e o atrito, agredindo até mesmo a inervação, provocando dor. Um exemplo clássico é a Síndrome do Túnel do Carpo.
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Força: Da mesma forma, quando a força necessária para se executar determinada atividade é maior que a resistência muscular, o músculo se rompe, formando uma lesão por estiramento com posterior espasmo protetor.
Nunca se deve utilizar imobilizadores para digitação, uma vez que o pêndulo do punho fica anulado e os flexores dos dedos fazem mais força.
Tipos de trabalho muscular: Cada tipo de solicitação do músculo resultará num tipo de especialização do sistema musculoesquelético.
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Situações onde ocorrem fatores comprometedores da integridade musculoesquelética Tipo de fator
Situação
Descrição da situação
Sugestão de melhorias
Contração estática Compressão Repetitividade Distress Ângulo incorreto Excesso de força
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