As Fantasias Sexuais

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  • Pages: 44
AS FANTASIAS SEXUAIS

SEXO = FRICÇÃO

+

FANTASIA (fisiológico)

(psicológico)

( KAPLAN, 1974 )

Uma Fantasia sexual é um roteiro imaginário em que o sujeito está presente e que representa de modo mais ou menos deformado, pelos processos defensivos a realização de um desejo e, em última análise de um desejo inconsciente; 



 ( Laplanche 1982 ) 



Até 1960 as fantasias eram consideradas más (perversão) por definição de Freud que considerava as fantasias sexuais uma perversão. 



Factores:

 Factores ambientais (vínculos de afecto),  Factores culturais (crenças, mitos e tabus),  Factores familiares (educação permissiva, repressora ou opressora),  Conceitos e pré-conceitos religiosos,  

Exercem papel preponderante na qualidade das respostas sexuais produzidas pelas fantasias criadas pelo indivíduo.

Alguns benefícios da fantasia:

Sexo deixa de ser automático / mecânico / rotineiro. É um estímulo além dos cinco sentidos. É privado. Exercita a criatividade. Melhora a performance e a intensidade da excitação.

 Cria um jogo de brincadeira na relação, aumentando a intimidade.  Promove saúde mental / psíquica.  Desfoca a atenção da ansiedade.  Provoca uma resposta imediata no corpo sem que nada externo tenha ocorrido.  Melhora a comunicação e o exercício da sensualidade entre os cônjuges.                

Funções das fantasias sexuais: ☼ Produção de orgasmos; ☼ Libertação de estados emocionais e sentimentais vividos na forma sexual; ☼ Libertação total de tensões/pressões sexuais e sociais; ☼ Ter vários parceiros sexuais sem aparente causa justificável;

☼ Exploração das zonas erógenas do corpo humano e ainda uma maior variedade em situações que provocam o entusiasmo, o prazer, a exaltação; ☼ Acalmar e serenar estados emocionais nocivos como o medo assim como antecipar problemas sexuais num futuro próximo.

O ciclo de resposta sexual, encontra-se descrito no manual D S M - I V e pode ser dividido nas seguintes fases: 1. Desejo: Esta fase consiste nas fantasias sexuais e desejo de ter actividade sexual. 2. Excitação: Esta fase consiste de um sentimento subjectivo de prazer sexual e alterações fisiológicas concomitantes. As principais alterações no homem consistem de tumescência e erecção peniana.

3. Orgasmo: Esta fase consiste de um clímax do prazer sexual, com liberação da tensão sexual e contracção rítmica dos músculos do períneo e órgãos reprodutores. 4. Resolução: Esta fase consiste de uma sensação de relaxamento muscular e bem-estar geral. Durante esta fase, os homens são fisiologicamente refractários a outra erecção e orgasmo por um período variável de tempo

Ciclo da resposta sexual

A génese do desejo sexual É constituída pelas fantasias sexuais, pelos sonhos sexuais, pela receptividade do companheiro(a), pelas sensações genitais e corporais, pelas respostas aos sinais eróticos vindos do meio ambiente, entre muitos outros factores

Desejo Sexual, É o que dispõe a pessoa à actividade sexual e se compõe de 3 atitudes; a Motivação Sexual, a Aspiração Sexual e o Impulso Sexual. Os 3 requisitos fazem parte de um só desejo o de activar um comportamento sexual.

Motivação Sexual É a disposição de se aproximar de outra pessoa com intenções sexuais, vontade de tomar iniciativa ou aceitar a iniciativa da outra mediante os jogos sexuais previamente criados e imaginados pelos mapas neurais e evidenciados como fantasias sexuais.

A Fase da Excitação A fase de excitação sexual é, basicamente, a preparação do S e x u a l organismo para o acto sexual. O DSM.IV trata e classifica inclusivamente as alterações patológicas referentes à esse aspecto sob o nome de Transtorno da Excitação Sexual Feminina, sendo sua característica essencial a incapacidade de adquirir ou manter uma excitação sexual adequada. Para que ocorra o desejo sexual é necessário que se estabeleça uma interligação baseada nas fantasias sexuais.

A base neurológica do O Desejo Sexual é um impulso produzido pela estimulação de um sistema d e s e j o e f a n t a s i a s e x u a l neurológico específico, o qual produz sensações específicas e suficientes para levar a pessoa à procura de experiência sexual ou a mostrar-se receptiva a ela. Tudo isso depende da activação de um centro cerebral específico, o qual, por sua vez, é constituído por dois sectores distintos. Esses dois sectores cerebrais são vinculados a dois importantes sistemas de neurotransmissores: um deles activador do desejo e o outro, inibidor do mesmo.

Hipotálamo É no hipotálamo que se situam as bases da sexualidade e estes têm estreita relação com os centros do prazer e da dor. Assim sendo quando o centro do desejo é estimulado, também se activa o centro do prazer, e a pessoa experimenta sensações prazerosas.

A química do Desejo e Nos neurónios dos centros do prazer existem receptores (neuroreceptores) específicos para produzirem compostos químicos - as endorfinas. Estas endorfinas têm uma composição química similar à da morfina e provocam, como a morfina, uma sensação de euforia, bem estar e alívio da dor.

Para se ter uma ideia, a acção analgésica das endorfinas é, aproximadamente, 200 vezes mais potente que a acção da própria morfina. Naturalmente, como se deduz, a liberação das endorfinas no Sistema Nervoso Central (SNC) estimula o centro do prazer e, ao mesmo tempo, inibe o centro da dor.

 Além do sistema de endorfinas, há hormonas também estão envolvidas na questão do desejo sexual. Nas mulheres a atracção sexual e a receptividade dependem dos estrogénios mas, é a testosterona que estimula desejo sexual, tanto nos homens como nas mulheres.  Além das endorfinas e dos hormonas, também estão envolvidos no desejo sexual os neurotransmissores.. Entre eles os mais estudados são a dopamina, a qual exerce um efeito estimulante nos centros sexuais do cérebro, e a serotonina, que exerce um efeito contrário, ou seja, inibidor.

HISTORIA DOS O Modelo hierárquico Imperfeito

Rousseau – séc. XVIII -Revolução industrial e da burguesia

Igualdade – fraternidade - liberdade

Principais conteúdos das Imagens heterossexuais com amantes passados, presentes ou imaginados (fantasias de substituição) Cenas indicando poder sexual e irresistibilidade (poder)

Cenas envolvendo vários cenários Posições (consequência – hipercompetência – grande prazer do outro – eu domino tudo e todos) Cenas de submissão ou dominação onde algum nível de força física está implícito ou explícito

Importa desde já fazer a DISTINÇÃO, baseada na definição que o mesmo manual- DSM-IV fornece acerca das fantasias sexuais quando utilizadas de forma recorrente. Assim, de acordo com a consulta efectuada as Parafilias são caracterizadas por anseios, fantasias ou comportamentos sexuais recorrentes e intensos que envolvem objectos, actividades ou situações incomuns e causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo,

a sexualidade humana envolve, além do acto sexual em si, outras actividades, como fantasias, pensamentos eróticos, carícias e masturbação. fantasias sexuais são pensamentos representativos dos desejos sexuais mais ardentes de uma pessoa e tem a função de complementar e estimular a sexualidade, tanto da realização do ato sexual com um parceiro quanto da estimulação auto-erótica (masturbação).

Masturbação também é componente normal da sexualidade, e consiste no toque de si mesmo, em áreas que dão prazer ao indivíduo (áreas erógenas), que incluem os genitais e/ou outras partes do corpo, com a finalidade de obter prazer. No ser humano, as sensações sexuais despertadas, seja por fantasias, por masturbação ou pelo ato sexual em si, ocorrem numa sucessão de fases que estão interligadas entre si, que são chamadas de as Fases da resposta sexual humana.

Harrington e Singer, 1974:      

 Quanto mais positivas forem as emoções melhor mantemos os desejos activos.

Sigmund Freud  Tentou dar ao conceito de inconsciente um status científico (não compartilhado por várias áreas da ciência e da psicologia).  Os seus conceitos de inconsciente, desejos inconscientes e repressão foram revolucionários; propõem uma mente dividida em camadas ou níveis, dominada em certa medida por vontades primitivas que estão escondidas sob a consciência e que se manifestam nos lapsos e nos sonhos.  A libido amadurecia nos indivíduos por meio da troca do seu objecto (ou objectivo).

A Fantasia pode ser encarada como um processo psíquico no qual 1 individuo concebe uma situação na sua mente, que satisfaz uma necessidade ou desejo, que não pode ser, na vida real satisfeito.

Um roteiro imaginário em que o sujeito se encontra presente e que representa a realização de um desejo, a satisfação de um desejo inconsciente podendo apresentar deformação por processos defensivos do Eu.

Também pode consistir em imagens mentais numa cena estritamente romântica. Pode envolver variados conteúdos consoante as necessidades individuais.

Alexandre Saadeh Projecto Sexualidade, do Hospital das Clínicas de São Paulo "O corpo humano inteiro responde ao estímulo erótico, sendo algumas áreas mais maleáveis que outras"

Ellis & Simon, (1990)  Numa fantasia sexual a dois normalmente imaginamo-nos inseridos num contexto, que embora podendo parecer irreal, não sentimos qualquer tipo de embaraço ou rejeição social por assumir aquela atitude.  Criamos insights únicos em diferentes scripts (situações em que actores e mapas neurais constroem uma determinada acção) que nos serve de suporte e sustentação para um comportamento sexual saudável

Leitenberg, As pessoas que fantasiam bastante antes do êxtase atingem um prazer ainda maior. Nestes casos, o que se verifica é que praticam sexo com muito maior frequência, e empregam uma vasta variedade de actividades eróticas, possuem mais parceiros e masturbam-se mais do que aqueles que raras vezes fantasiam.

Leintenber & Henning P s y c h o log ic a l B ut llet i n  Ao contrário do que antigamente se acreditava, em que se acreditava que as fantasias era apenas o resultado de insatisfação sexual, de imaturidade, frustração, masochismo e conflitos conscientes sexuais (especialmente nas mulheres), nós acreditamos, após esta pesquisa que as pessoas que não usam frequentemente as fantasias sexuais como um ingrediente necessário para atingir uma maior intensidade no prazer, são aquelas que poderão sofrer de uma perturbação/inibição do desejo sexual.

Aqueles que frequentemente fantasiam têm uma actividade sexual mais activa e conseguem atingir uma maior satisfação. A maioria dos adultos segundo os dados recolhidos, lembram-se de ter iniciado esta actividade quando tinham 11 e 13 anos de idade.

Heiman (1980)  As mulheres não têm tantas fantasias sexuais como os homens porque ainda não compreenderam que esta prática poderá servir como estímulo para o sexo e prazer. Os homens, por sua vez, têm um maior número de fantasias sexuais porque se encontram mais expostos às imagens e símbolos sexuais, estimulando os devaneios. Exemplificando, reparem na publicidade usada nos meios de comunicação Social. A maioria das imagens e símbolos utilizados como chamariz sexuais são femininos. Outra razão é a de que os homens têm um maior número de fantasias sexuais porque masturbam-se muito mais vezes do que as mulheres sendo no decorrer desta actividade que as fantasias surgem.

Jones e Barlow’ s (1990)  Os homens e as mulheres distinguem-se um do outro pela forma diferente como fantasiam, mas no seu íntimo todos almejamos atingir o máximo de prazer.  Muitos dos casais partilham as suas fantasias com os seus parceiros para que se sintam mais próximos e para adquirirem uma intimidade e confiança maiores, ou simplesmente para que se sintam sexualmente estimulados resultando verdadeiramente numa resposta física muito mais ardente e energética.  As fantasias sexuais na maioria das vezes consistem na construção de cenários mentais em que aparece outra pessoa para lá do parceiro normal, e onde imperam praticas sexuais que culturalmente são consideradas impróprias ou inaceitáveis.

PRINCIPAIS DIFERENÇAS NO GÉNERO  Nos homens, as práticas são principalmente dirigidas e vocacionadas para certas zonas do corpo da mulher enquanto que as fantasias das mulheres são ligeiramente mais passivas e principalmente estimuladas pela atracção física e corporal do Homem.  Os devaneios masculinos são mais dirigidas para actos sexuais explícitos e concretos, para a nudez, e para a recompensa física dos seus instintos enquanto que a mulher utiliza mais argumentos emocionais e sentimentais.

Ao longo da história  Por muito tempo da história ocidental houve apenas um sexo (macho), do qual a fêmea era apenas uma variação. A mulher era, neste modelo de compreensão do mundo, um homem imperfeito. A mulher era um homem a quem faltou energia vital para completar sua evolução. Assim, os genitais da mulher eram vistos como genitais masculinos não exteriorizados: a vagina era o pénis para dentro e os ovários eram os testículos. A mulher era o homem invertido. Neste modelo, a relação entre homem e mulher era de hierarquia, estando a mulher em uma posição inferior em relação ao homem.

 A Revolução Francesa, no século XVIII, e seu ideal de "igualdade, fraternidade e liberdade" desorganizou o modelo hierárquico da relação entre os sexos. Em sendo todos iguais, tal como propunha a modernidade nascente, também eram iguais homens e mulheres. Entretanto, esta igualdade não desejada e não planejada criou um problema político que foi resolvido, segundo alguns estudiosos, com a bi-sexualização. A partir desta nova visão dos sexos, homem e mulher passaram a ser entendidos como não hierárquicos, mas diferentes. Diferentes, e complementares.

A partir do Renascimento, e tendo Rousseau como seu principal expoente, um novo modelo sobre a mulher passa a ser construído. Neste modelo, onde a mulher passa a ser "complementar" ao homem, a dicotomia homem X mulher se estende a todos os aspectos da vida

  Podemos concluir então que as fantasias sexuais estimulam SNC desencadeam a produção de adrenalina e a correspondente excitação sexual de forma a que seja possível alcançar a máxima satisfação.

A F A V O R D A S F A N TA S I A S : 

Alguém disse “As fantasias estão para o

sexo assim como os sonhos estão para a vida” 

Vale sempre a pena fantasiar com o que se

gostariam de fazer… 

REFERÊNCIAS: 1.Sexual fantasy.(2005) Wikipedia , the free encyclopedia. Retrieved: February27,2000 file://A:\Sexual fantasy - Wikipedia, the free ncyclopedia.htm2 2. Harold, L. & Kris, H. (1995). Sexual Fantasy. Psychological Bulletin. Vol117. No.3: 469-496 3. Freud, (1908/1962. In Harold, L. & Kris, H. (1995). Sexual/* Fantasy. Psychological Bulletin. Vol117. No.3.469-496. 4. Heiman, (1980). In Harold, L. & Kris, H. (1995). Sexual Fantasy. PsychologicalBulletin. Vol117. No.3.469-496. 5. Jones and Barlow’s, ( 1990 ). In Harold, L. & Kris, H. (1995). Sexual Fantasy. Psychological Bulletin. Vol117. No.3.469-496. 6. Sexual Fantasy.Retrieved in February 2008,http://health.discovery.com/centers/sex/sexpedia/fantasy_02.html 7. Are Sexual Fantasies Good For Us? Retrieved February 20,2008 from http://www.jurgita.com/articles-id174.html 8. Dicionário de Psicologia – Raul Mesquita.

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