A Modernidade1

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TITULO: A ERA DA MODERNIDADE

1- Refere-se ao estilo, costumes de vida ou organização social que emergiram na Europa a partir do Século XVIIe se estenderam até meados do Século XX e que posteriormente se tornaram mais ou menos mundiais na sua influência . 2- Pode e deve ser compreendida como estando fragmentada em vários subtópicos e escolas de diferentes períodos que a seguir de uma forma bastante simplificada se traduz em: Renascença or Renascimento,período que serve para identificar a história da Europa Entre a Idade Média e o iluminismo;Transição do feudalismo para o capitalismo; efeitos nas artes, filosofia e ciências; O ideal seguido era o humanismo, ( baseado num retorno parcial a Platão, hedonismo, racionalismo, optimismo e individualismo )e naturalista; Iniciou-se em Itália e espalhou-se à Europa;( Shakespeare em Inglaterra) Principais filósofos da época: Eramus de Roterdão ( esq) e Marsílio Ficino (dirta) , Thomas Moore. .

3- O pensamento do Século XVII é o inicio da filosofia moderna. Frequentemente é caracterizada por um distanciamento do pensamento medieval e é comum ser chamado como a “idade da razão” e a predecessora da idade do iluminismo-Século XVIII , já abordada nesta disciplina; 4- Século XIXA filosofia deste século são influenciados pelo pensamento iluminista; Surgimento do Romantismo ( combinação entre a racionalidade com um maior sentido emocional e orgânico do mundo; Ideias fundamentais -Evolução ( Goethe, Erasmus Darwin e Charles Darwin); Surgem e desenvolvem-se várias escolas filosóficas com tendências distintas como:

5UTILITARISMO- Em Inglaterra por John Staurt Mill, Jeremy Behtham“As acções são as adequadas quando ampliam o prazer e minimizam a dor”; MARXISMO – conjunto de ideias filosóficas, económicas políticas e sociais elaboradas por Karl Marx e Friedrich Engels; “ O Homem é um ser social histórico com capacidade de produzir trabalho, proporcionando o desenvolvimento das potencialidades humanas “; POSITIVISMO- fundada por Augusto Comte ( 1798-1857) em França que propõe a introdução da sociologia; “ Os Homens passam por 3 estádios ( Lei dos três Estádios) na forma como concebe as suas concepções”.( Teológico-Metafísico-Positivo).

6-PRAGMATISMO. Originada nos Estados Unidos da América; Inspirada em Ralph W.Emerson ( Esq); William James ( 11.1.1842- 26.8.1910)(Dta) Caracteriza-se pelo afastamento do fatalismo; Paradigma básico: “ O significado das ideias só se encontra no plano das consequências”. “ Se não há efeitos é porque as não têm sentido “. Paradigma:” Só a acção humana movida pela inteligência e energia são capazes de alterar os limites da condição humana “.

7- Século XX -

Principais caracteristicas- Anthony Giddens, As

consequências da Modernidade):  Descontinuidade abrupta com as épocas anteriores;  Novas formas de interligação social à escala global;  Transformações nos modos , na intensidade e extensão de vida;  Alteração nas caraterísticas mais íntimas e pessoais da nossa existência quotidiana;  A grande questão era o que é a lógica e a ética?  Avanços na relatividade, na física quântica, nuclear, genética que servem como forma de propagação dos pensamentos filosóficos.

 Epistemologia ou teoria do conhecimento ( episteme- ciencia –e logos-discurso) que avalia a consistência lógica das teorias e a sua coesão com os factos; Qual a origem do conhecimento; Quais as faculdades que devemos utilizar para atingir o conhecimento?

8- A QUESTÃO DA ERA DA MODERNIDADE  É um fenómeno com duas faces:  Por um lado permitiu o desenvolvimento e expansão das instituições modernas, e a criação de inúmeras oportunidades para os individuos;  Por outro lado, na sua vertente mais sombria, implica a ameaça nuclear, a guerra, a crise ecológica, os totalitarismos, os genocídios que se repetem como uma monotonia aterradora; 9

 Do mesmo modo, transparece a manipulação através opinião pública e dos meios de comunicação social;  Império dos Lobbies;  Cidadania meramente formal;  Cultura da banalidade

7- Os tempos modernos podem em síntese constituir-se como um : ENIGMA HERMENÊUTICO em que complexas fontes históricas, culturais e espirituais entre si inconciliáveis, se fecundam e se estruturam de forma a constituir uma ambiguidade interna. 8- A modernidade não é so a ciencia, é tambem a arte, a explosão admirável da música ocidental e nas visões metafísicas asssim como a ramificação e difusão das perspectivas filosóficas :

10 – E igualmente engloba a reforma e a contra –reforma das correntes da espiritualidade cristã, com a emergência do ateísmo, do libertinismo, e a crescente da natureza, o fim da escravatura, a luta pela emancipação política a doutrina dos direitos humanos e a promoção das ideias republicanas, dos ideais socialistas e do imperialismo colonialista, o antisemitismo . 11- Nesse sentido, a modernidade expressa :

a) Ruptura com a ideia de comunidade e passagem à ideia de sociedade- dividida em interesses conflitantes, classes antagónicas e grupos diversificados: b) Ruptura com a ideia e prática teológico-política do poder político encarnado na pessoa de um dirigente e passagem à ideia da dominação impessoal ou da dominação racional, isto é, nascimento da ideia moderna de: 12ESTADO A sua principal caracteristica é a descontinuidade, entre as ordens sociais tradicionais e as instituições sociais modernas.

14- Qualidades distintivas da descontinuidade: a) Ritmo de mudança, que a era da modernidade põe em movimento; b) Intuito de mudança, isto é abrangência global; c) Natureza das instituições modernas ( sistema político do Estado-nação, a dependência de fontes de energia, transformação de produtos e trabalho assalariado). 15- figuras E INTERPRETAÇÕES DA ERA MODERNA: Século XVII- B. Pascal; Século XVIII – J.J. Rousseau Século XIX- F. Nietzsche e Baudelaire, Max Weber, Erns Troelsch, M. Foucault, Paul Hazard Jean Delumeau e tantos outros.

16-Á LUZ DA TEOLOGIA, a era moderna é grande parte ininteligível já que não se atende aos contornos mais fundos e espirituais, mas apenas aos impulsos exclusivamente direccionados para a celebração e para a “mundo presente”. 17- De acordo com William Morris 1988, p.139-Peter Fuller Theoria,, “ a modernidade começou e persiste onde quer que a civilização começou e continua a negar Cristo”. 18- Dá-se uma clivagem entre o divino concebido filosoficamente e o Deus vivo da Biblia; Impõe-se uma concepção neutra e lógica do Ser; Eclipsa-se o aspecto contemplativo da teologia em prol do seu aspecto puramente prático; Acentua-se a pistis, a fé como confiança e adesão; Esvanece-se a gnosis, a contemplação; Conceito de mercantilização universal ( troca de valores; tudo é trocável e serve como mecanismo de socialização)

19- As Causas do despontar da Era da Modernidade(ideias que se transformaram): a) Ideia da cultura e de natureza; b) Significado e papel do sujeito; c) Posição perante a transcendência;

21- “O Homem só se encontra a si e, porque está alienado do mundo , é sem mundo “- Nietzsche e Heidegger.

22- Na génese desta Era importa dizer que a Modernidade acusa uma ambiguidade de raiz: A relevância do humano e a afirmação forte da sua autonomia no contextototal da cultura ( ciência, arte, literatura, moral e política etc); Rejeição das doutrinas centrais do cristianismo e o desalojamento progressivo de Deus no horizonte da humanidade ocidental, conforme explicitamente formulado e defendido por Marx,Comte e noutras formas de pensamento social e política. 23A modernidade alimentou com o cristianismo uma relação ora positiva ora negativa; Positiva porque recebeu da fé cristã o impulso que tentou levar ao extremo; Negativa porque nasceu da revolta contra a divindade e pretendeu libertar-se do mito, ou seja dos discursos em que expôem os factos ou personagens que simbolizam o “real.”.

24- Por fim, transcrevo alguns pequenos trechos ilustrativos da época sem querendo fazer qualquer juizo de valor sobre os mesmos: Fernando Pessoa, Livro do Desassossego, 1929-1935 : “ Entre mim e a vida há um vidro ténue. Por mais nitidamente que eu veja e compreenda a vida, eu não lhe posso tocar”; Max Weber: “ O destino de uma época que comeu da árvore do conhecimento é ter de reconhecer que as concepções gerais da vida e do universo nunca podem ser os produtos do conhecimento empírico crescente, e que os mais elevados ideiais, que nos movem

com mair vigor, sempre são formados apenas na luta com outros ideais que são tão sagrados para os outros quanto os nossos para nós “; 25- A Modernidade, escreveu Baudelaire no seu artigo “ The painter of modern life” publicado em 1863, é “ o transitório, o figidio, o contingente; é uma metade da arte, sendo a outra o eterno e o imutável”.

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