Apostila_elaborao De Projetos-alytec.pdf

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aOFICINA DE ELABORAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS

Conceitos fundamentais para a elaboração de projetos

O projeto nasce do desejo de transformar uma realidade e é o primeiro produto de uma idéia de solução para uma determinada questão identificada. Ele deve conter o maior número possível de detalhamento desta idéia, de forma organizada, pois assim todos que o lêem podem compreender o que se pretende fazer, o porquê se deve fazer e quais são as possibilidades reais de se obter resultados positivos.

Um projeto bem elaborado além de contribuir para a captação de recursos, se constituí em uma importante ferramenta de trabalho e um instrumento que pode auxiliar no planejamento, na implementação e gerenciamento de cada uma de suas etapas.

Existem diversos modelos de projetos. Cada um deles corresponde às expectativas do financiador e/ou do apoiador, que pretende saber qual a capacidade que a instituição tem de elaborar um projeto de modo claro e lógico, agrupando informações pertinentes e atendendo às solicitações requeridas de maneira concisa, inteligível e bem redigida.

Os conceitos destacados abaixo contribuem no processo de construção de elaboração de projetos:

Política Públicas: Políticas públicas fazem parte de um conjunto de decisões do poder público que repercutem na vida dos cidadãos. Em uma sociedade democrática, o processo de formulação de políticas públicas

é extremamente dinâmico e participativo e conta com a representação de diversos segmentos e atores da sociedade civil.

Programa:

É um conjunto de projetos de caráter institucional, com clareza de diretrizes, voltados para um ou mais objetivos de uma instituição, que geralmente se encontra sob a responsabilidade de um coordenador, de uma equipe de coordenadores ou de uma secretaria executiva. Ao elaborar vários projetos, sob o mesmo tema e objeto, a recomendação é que estes sejam agregados e organizados de uma forma mais ampla, como um programa. Assim, os recursos e esforços podem ser otimizados e integrados.

Projeto:

Trata-se de um empreendimento detalhado e claramente planejado, organizado em um conjunto de atividades contínuas e interligadas, a serem implementadas, voltadas para um objetivo de caráter ambiental, educativo, social, cultural, científico e/ou tecnológico. Considera os mesmo elementos do programa, mas se coloca em um nível bem maior de especificidade, com prazo, verba e equipe bem definidas.

Articulação:

É a relação que se estabelece com indivíduos e/ou determinadas entidades do poder público ou da sociedade civil para possibilitar, ampliar ou melhorar uma determinada atividade ou

um conjunto específico delas. Trata-se de uma aliança pontual, de curto ou curtíssimo prazo, e conforme seus resultados pode estimular o estabelecimento de uma parceria ou a organização de uma rede passando então, a ter aspectos de médio ou longo prazos.

Parceria:

Refere-se à união e organização de pessoas e/ou de instituições, que tem um interesse comum, um fim específico a ser alcançado, como por exemplo, a execução de um projeto. Pode ser uma alternativa que viabilize recursos financeiros, humanos, logísticos e técnicos por um tempo definido. Uma instituição sozinha tem um determinado limite de atuação que pode ser ampliado com a articulação de parcerias possibilitando assim, o preenchimento do vazio entre o que gostariam de fazer e o que efetivamente poderia ser feito, agregando esforços e qualificando os resultados. A

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parceria, diz respeito à associação que as organizações estabelecem entre si, com o objetivo de se apoiarem reciprocamente e tirarem alguma vantagem dessa associação.

Nas parcerias não é o seu caráter legal ou formal que a determina. É mais precisamente, a qualidade da relação que a distingue. Ou seja, o modo como organizações com distinto interesses, poderes, recursos e atribuições constroem um espaço onde se comportam como iguais na definição dos objetivos comuns, dos papéis e da complementariedade, isto é, buscar no outro os recursos e capacidades de que não se dispõe, mas que são necessárias para atingir seus propósitos.

E mesmo tendo recursos e poderes distintos, elas devem se reconhecer como iguais num determinado momento, além de conhecer e valorizar a contribuição que cada uma pode dar.

Parceria é o oposto de subordinação.

Folha de Rosto – Dados Institucionais:

A folha de rosto contém os elementos essenciais para a identificação do Projeto. É de uso obrigatório e deve apresentar as principais informações sobre a Instituição interessada.

Nome da instituição:____________________________________________

Responsável pela Instituição:_____________________________________

Data de fundação: _____________________________

CNPJ: ____________________________________________

Endereço: _____________________________________________________________

CEP: ______________________ Cidade ___________________________

Estado ______________Telefone e DDD__________________________

Fax: _______________________

E-mail _____________________

Etapas para a elaboração de projetos:

As etapas apresentadas a seguir contemplam itens contidos na apresentação e condução de um projeto, no entanto é importante salientar que a forma de apresentação deve se adequar às exigências específicas do agente financiador.

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Apresentação - Quem Somos?

É hora de contar a história de sua entidade: quando ela surgiu, o que motivou sua criação, quais são seus objetivos e sua área de atuação.

A apresentação das experiências adquiridas também é muito importante, pois mostra ao agente financiador que sua organização está preparada conceitual e metodologicamente para a realização do projeto.

É desejável ressaltar as parcerias anteriormente estabelecidas, os apoios e financiamentos obtidos em outros projetos, demonstrando desta forma a credibilidade, boa reputação e legitimidade da sua instituição.

Introdução – Em que cenário está inserido o problema?

O texto deve ser claro e objetivo. Sua função é aproximar o leitor da realidade em que o projeto está colocado. Para tanto, esta etapa deve conter informações gerais sobre o públicoalvo e suas condições de vida, os problemas socioambientais existentes e os grandes desafios a serem superados. Assim descrita, a introdução mostra que a entidade proponente tem conhecimento sobre a situação local e, prepara o leitor para entender a importância e necessidade do projeto.

Exemplo:

O presente projeto se desenvolve na Vila do Curuçá, distrito de Simão Alvarez situado no estado de São Paulo, região de mananciais, onde a água é o recurso mais importante a ser

preservado. O distrito integra, ainda, a Reserva da Biosfera da Mata Atlântica e do Cinturão Verde do Estado de São Paulo.

A Vila do Curuçá foi ponto de parada obrigatória para os trens que vinham do interior de São Paulo com destino ao litoral. Na Vila, eles se preparavam para a temida descida da serra, única maneira de escoar a produção pelo Porto de Santos. O fim da era do café e o abandono do transporte ferroviário quase significaram o seu desaparecimento.

Considerada pela Unesco Patrimônio Histórico da Humanidade e tombada pelos dois órgãos de patrimônio, estadual – Condephaat e nacional – Iphan, a Vila do Curuçá, desde 1997, vive um processo participativo de elaboração e implementação de uma política de desenvolvimento sustentável local que tem como estratégias a promoção do ecoturismo e do turismo histórico. Em 2001 foi implementada a Subprefeitura de Curuçá, como estratégia para garantir uma maior autonomia e agilidade nas tomadas de decisão e facilitar os processos de gestão participava do espaço.

Sua população atual é composta por descendentes de funcionários e ex- funcionários da antiga Rede Ferroviária Federal, migrantes provenientes do norte e nordeste do Brasil e remanescentes das periferias de São Paulo e é pela voz de seus atuais moradores que a Vila do Curuçá se reestrutura, buscando alternativas de renda sustentáveis que possam contribuir para a conservação ambiental e do patrimônio histórico local.

Justificativa - Porque fazer?

Enquanto a introdução apresenta o cenário em que o projeto está inserido, a justificativa descreve as razões pelas quais o projeto precisa acontecer, e como pode impactar positivamente a qualidade de vida da população envolvida e do ambiente.

É preciso destacar os problemas socioambientais que o projeto enfrentará e a eficácia das suas ações, e de que forma elas contribuirão para a transformação da realidade.

Nesta etapa é fundamental demonstrar um amplo conhecimento do problema, e de sua interferência no contexto local e regional, e da base conceitual com que se vai trabalhar. Também

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é importante citar dados, referências bibliográficas e outras experiências que reforcem a justificava do projeto. Não se esqueça: trata-se da “defesa” do projeto.

Exemplo:

O intenso e desordenado processo de urbanização dos municípios brasileiros e as desigualdades sociais do país propiciaram a ocupação de áreas impróprias ao assentamento humano e às atividades urbanas, em especial, nas periferias de regiões metropolitanas..

Vivendo de sub-empregos ou mesmo sem nenhum recurso financeiro e com quase nenhuma qualificação profissional, um grande número de pessoas estabelecem-se em áreas de risco e/ou proteção ambiental, sujeitas à legislação bastante restritiva no que diz respeito ao uso e ocupação do solo, como é o caso das áreas de proteção dos mananciais que necessitam de cuidados especiais.

A Vila do Curuçá é um local sujeito às mais diversas restrições pois apresenta situação especial no que diz respeito ao seus patrimônios: histórico e natural, o que a princípio limita suas possibilidades de desenvolvimento econômico local.

Atualmente, a Vila do Curuçá possui cerca de 2000 habitantes e vem sofrendo um processo sistemático de esvaziamento em virtude da falta de perspectivas de geração de renda. Estas pessoas se locomovem em direção aos centros maiores e devido às suas condições econômicas se agregam à núcleos periféricos normalmente em situação de favelização.

Com a criação da Subprefeitura de Curuçá e ampliação da participação da população sobre os destinos do local, foi elaborado o Plano Ecoturístico da Vila de Curuçá, que surge como uma forma de geração de trabalho e renda compatível com às características locais.. Neste plano foram comtemppladas atividades como: a criação e qualificação de iniciativas locais na área de gastronomia, hospedagem e monitoria ambiental, além da concessão de casas para a implementação do projeto de ateliês –residências.

O Instituto de Cidadania Ativa de Curuçá pretende fortalecer a estratégia desenvolvida pelo poder público vindo à configurar-se como um espaço de reflexão das questões socioambientais, das relações de gênero, etnia, diversidade cultural e direitos humanos em áreas de mananciais por meio do fazer consciente e solidário, buscando projeção interna e externa.

Como recomendado pela Agenda 21 global a participação da sociedade é prioritária e fundamental para que ocorra êxito na resolução dos grandes e graves problemas socioambientais da região. A participação social tem por base o entendimento de que a sensibilização e a mobilização dos mais variados segmentos sociais só é possível mediante a sensibilização, organização e empoderamento dos envolvidos e o conseqüente fortalecimento da cidadania.

Com base nessas considerações, o Instituto de Cidadania Ativa Curuçá propõe o Curso de Formação de Jovens Jardineiros e Viveiristas voltados para os jovens da Vila do Curuçá que possibilitará a percepção do ambiente em que vivem de forma mais apurada, incentivando-os a diagnosticar seus problemas e estabelecer soluções de modo coletivo, propiciando a reflexão sobre

o exercício da cidadania, buscando autonomia em suas ações e colaborando para a melhoria da qualidade de vida e geração de trabalho e renda numa perspectiva sustentável. Ao envolver os jovens que vivem na Vila do Curuçá com Instituições e outros grupos locais, surgirá uma rede de cooperação que contribuirá para o estabelecimento de parcerias permanentes e a realização de ações voltadas à melhoria da qualidade ambiental e de vida, o que contribui para o desenvolvimento local sustentável, dando subsídios para a definição de uma agenda socioambiental que possa desencadear outros projetos de interesse local e regional.

Desta forma, os jovens serão estimulados a refletir, sonhar coletivamente e priorizar ações que implementem melhorias necessárias, em um exercício que esclarece qual é a responsabilidade de cada um no fazer do desenvolvimento local que construa uma outra Vila do Curuçá, uma vila para todos.

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Objetivos - O que pretendemos fazer?

Este é o momento de definir o que se quer realizar:

Objetivo geral – demonstra de forma ampla os benefícios que devem ser alcançados com a implementação do projeto. É genérico e de longo prazo.

Exemplo:

• Contribuir para a construção da Agenda Socioambiental da Vila do Curuçá que possibilite o desenvolvimento econômico local; • Fortalecer o Plano Ecoturístico da Vila do Curuçá por meio da criação de oportunidades de ocupação e renda adequados à situação histórica e natural do local. Objetivos específicos – são palpáveis, concretos e viáveis, podendo ser alcançados por meio das atividades desenvolvidas durante o projeto, podem ser entendidos como as conseqüências das atividades. Deve ser apoiado, no mínimo, por um resultado que pode ser verificado por meio de ações singulares e completas.

Exemplo:

• Possibilitar o desenvolvimento humano sustentável de jovens da Vila do Curuçá por meio da formação cidadã para o mercado de trabalho; •

Ampliar o repertório de conhecimentos básicos e profissionalizantes que promovam a geração de renda e a fixação dos jovens na vila do Curuçá; • Criar rede de cooperação capaz de absorver os produtos gerados pelos jovens e promover a qualificação contínua e sustentação do projeto. Público-alvo – Quem são os beneficiários do projeto?

É o público que será beneficiado pelo projeto. Uma definição clara do público-alvo contribui para o estabelecimento de linguagens e métodos adequados para atingir os objetivos propostos. Assim, deve-se levar em consideração sua faixa etária, o grupo social que representa, sua situação socioeconômica, entre outras.

Exemplo: Direto:

• 35 jovens de 14 a 17 anos, de baixa renda, não inseridos no mercado de trabalho formal e residentes na Vila do Curuçá. Indireto:

• 35 famílias em situação de risco social que correspondem à aproximadamente 140 pessoas beneficiárias (7% da população); • Toda a comunidade da Vila do Curuçá. Metas – Como vamos fazer para alcançar nossos objetivos?

As metas consistem em uma ou mais ações necessárias para alcançar determinado objetivo específico. Elas sempre são quantificadas e realizadas em um determinado período de tempo. Metas claras facilitam a visualização dos caminhos escolhidos, contribuem para orientar as atividades que estão sendo desenvolvidas e, servem como instrumento para avaliar o que foi

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previsto e o que foi realizado. O exemplo abaixo refere-se ao objetivo específico: realizar um curso de formação de jovens jardineiros e viveiristas.

Exemplo:

Objetivos Metas Possibilitar o desenvolvimento humano sustentável de jovens da Vila do Curuçá por Realizar 01 curso de 1 ano de formação de jovens de jardineiros e viveiristas meio da formação cidadã para o mercado de trabalho Formar 35 jovens no período de 01 ano Ampliar o repertório de conhecimentos básicos Implantar um viveiro de mudas de essências nativas de Mata Atlântica e profissionalizantes que promovam a geração de renda e a fixação dos jovens na vila do Curuçá Criar 01 cardápio de serviços a partir do 5º mês de formação Elaborar 03 projetos de intervenção e buscar patrocínios para sua implementação Criar rede de cooperação capaz de absorver os produtos gerados pelos jovens e promover a qualificação contínua e sustentação do projeto Articular parcerias com pelo menos 02 empresas e o poder público local para

absorção dos serviços gerados pelos jovens, a partir do 5º mês Articular pelo menos 04 parcerias com empresas de áreas afins que possam oferecer estágios para os 35 jovens formados, apartir do 7º mês

Metodologia – Como fazer?

Esta pergunta, define o caminho a ser percorrido ao longo do projeto, ou seja, esclarece ao leitor os referenciais teóricos que norteiam o trabalho e os métodos a serem utilizados para alcançar os objetivos específicos propostos.

Referenciais teórico Teorias, pressupostos e/ou princípios que a entidade considera relevantes e que contribuem para nortear a prática do projeto.

Exemplo:

A metodologia empregada durante o Curso de Formação de Jovens Jardineiros e Viveiristas (CFJJV) terá como base:

Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global:

Documento elaborado pelo Fórum das Ongs durante a Rio-92, onde foram concebidos, os pressupostos básicos de um novo paradigma para o Planeta. Ali se apontou o caminho para a

construção de um modelo de desenvolvimento sustentável e pela primeira vez foram desenhadas as dimensões desta sustentabilidade, a saber, ecológica, econômica, social, cultural, pedagógica. Este documento fundamentou a discussão sobre a sobrevivência do Planeta e a questão da responsabilidade dos diversos atores. O tema da responsabilidade social das empresas, por exemplo, tem sua origem neste documento.

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Pedagogia de projetos:

A Pedagogia de Projetos tem sua base no início do século passado, com as teorias e idéias desenvolvidas pelo filósofo John Dewey (1859-1952), baseada na idéia de que o conhecimento é construído pelo sujeito quando este tem a oportunidade de interagir com o mundo de forma prazerosa e autônoma.

A Pedagogia de Projetos tem como pressupostos a valorização da participação do educando e do educador no processo ensino-aprendizagem, tornando-os responsáveis pela elaboração e desenvolvimento de cada Projeto de Trabalho.

O principal objetivo de se trabalhar com projetos é que o aprendizado do tema estudado seja significativo, para que isso ocorra é fundamental a busca por respostas às questões cuja origem esteja nos alunos e nos professores envolvendo a contribuição de outros funcionários da escola, pais e membros da comunidade.

Essa aprendizagem por meio da participação ativa é um dos elementos chaves da pedagogia de projetos, pois permite a vivência de desafios, a reflexão e a tomada de decisões, na maioria das vezes coletiva frente aos fatos e questionamentos reais de cada ambiente e comunidade de aprendizagem.

Para que isso aconteça o professor necessita constantemente levantar questões, sugerir desafios, e resgatar as experiências já vivenciadas pelos educandos, estimulando os alunos a questionarem e a buscarem respostas para tais questionamentos. Esse processo facilita sua formação como pessoa consciente de seu papel de construtor da história social de sua comunidade e de seu país.

Educação Ambiental:

Todo projeto que tem como pressuposto básico a mudança de atitude requer um processo educacional. Aqui a Educação Ambiental apresenta-se como o método mais condizente e eficaz para atingir os objetivos propostos.

Trata-se de aprender a ter um outro olhar sobre o ambiente que nos envolve e sobre as maneiras de com ele se relacionar. Compreende a construção de um novo modelo de gestão de nossas vidas. Os princípios que subsidiam um processo de Educação Ambiental - tais como, o respeito à diversidade, o exercício da cidadania ativa, a horizontalidade nas tomadas de decisão, o trabalho em rede, a formação de parcerias, a co-responsabilidade e a cooperação, entre outros precisam ser internalizados para que possam permear as atitudes cotidianas de todos que nele estão envolvidos.

Todo processo de mudança estimulada encontra resistências. Em algumas comunidades mais, em outras menos. A dimensão e a profundidade da resistência dos atores envolvidos acaba por determinar o tempo necessário para que as mudanças almejadas aconteçam. O bom educador sabe que é preciso trabalhar muito, utilizar todas as ferramentas de que dispõe para o dirimir destas resistências e poder tornar a terra fértil para receber as novas sementes. Mas também tem plena consciência de que não é possível se estabelecer a mudança por decreto, autoritariamente, que ela precisa ser compreendida, aceita e acordada. Só assim as sementes germinarão,

crescerão, transformar-se-ão em árvores frondosas e fortes que darão sombra e proteção à terra que as receberam e seus frutos serão profícuos e permanentes.

Método de Trabalho

O método de trabalho é o conjunto de técnicas, instrumentos e recursos a serem utilizados para alcançar as metas estabelecidas e conseqüentemente os objetivos específicos propostos. É muito importante que se mostre, nesta etapa, a razão da escolha de determinado método de trabalho e a forma como ele será empregado para sensibilizar e mobilizar as comunidades envolvidas, na realização compartilhada das metas e objetivos propostos.

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Exemplo:

O método a ser utilizado, durante o processo de ensino-aprendizagem dos jovens da Vila Curuçá, é composto pelas seguintes técnicas, instrumentos e recursos:

OFICINAS: Entendidas como forma de produção coletiva do conhecimento, partindo-se do princípio de que todos e todas têm a aprender e a ensinar, de maneira diferenciada. Uma oficina tem três momentos: a) um trabalho de preparação partindo da prática social dos/das participantes; b) a realização de um evento específico para o trabalho coletivo: c) a volta à prática social com os novos dados recolhidos.

AUDIO VISUAIS (filmes, slides, transparências): Técnicas que permitem observar, indiretamente, situações ocorridas em lugares e fatos diferentes. A utilização desta mídia complementa o conteúdo que está sendo desenvolvido.

DEBATES: Recurso que pretende desenvolver a habilidade mental fortalecendo o espírito de combatividade e auto confiança; desenvolver a argumentação lógica e capacitar os participantes a observação de argumentação do adversário anotando os seus pontos de vista para fazer sua contra argumentação. É uma técnica usada em temas polêmicos que geram blocos de posições diferentes.

DESENHO, COLAGEM, PINTURA e OUTRAS ARTES PLÁSTICAS: Possibilita a fixação dos conhecimentos adquiridos, desenvolvendo a imaginação, sensibilidade, criatividade e capacidade de observação.

ESTUDO DO MEIO: Proporciona os meios para conhecer os conjuntos mais significativos da natureza e da comunidade; o estudo de meio possibilita ver, ouvir, tatear, cheirar, sentir, perceber

o meio que nos cerca, dando condições para pensar sobre o que a percepção sensitiva informou e refletir sobre nossa contribuição neste meio em que somos participantes e não espectadores. DINÂMICAS de GRUPO: Técnica que estimula a interiorização pessoal, levando o indivíduo ao reconhecimento de suas limitações, sua deficiências e seus hábitos.

Avaliação -O que mudou?

O processo de avaliação deve acontecer de forma constante e periódica durante todo o ciclo de vida do projeto. A avaliação pode ser interna quando realizada pelos próprios membros da instituição, externa quando os avaliadores não são vinculados a instituição ou mista quando inclui avaliadores internos e externos. O Plano de Avaliação pode se constituir em várias etapas, que variam de acordo com as exigências do Agente Financiador. As mais usuais são:

Avaliação do Processo

Refere-se à avaliação da forma como o projeto é conduzido e busca verificar a eficiência do método de trabalho utilizado para atingir os objetivos propostos. Ela identifica a coerência, a qualidade e a viabilidade das técnicas e instrumentos pedagógicos utilizados ao longo do projeto.

Avaliação de resultados

Consiste em avaliar o cumprimento dos objetivos específicos e das metas estabelecidas, no período de tempo previsto. Normalmente a avaliação inclui uma visita ao local do projeto, verificação dos relatórios técnicos e fotográficos, listas de presença nas reuniões realizadas, e um olhar atento sobre o material gerado, tal como fotos, documentos, material instrucional e de comunicação etc.

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Avaliação de Impactos

Refere-se aos impacto sociais e ambientais que os objetivos propostos causaram na área do projeto, bem como às transformações comportamentais percebidas no público-alvo e/ou na comunidade. Esta etapa da avaliação representa um desafio uma vez que os ganhos obtidos não são facilmente medidos, pois se referem a questões culturais, à mudança de valores e novas atitudes mensurando a contribuição do projeto para a emancipação das comunidades atingidas e sua mais eficiente organização e atuação política.

É recomendável que o processo de avaliação proposto seja permanente e contemple formas participativas de avaliação, que incluem não só a equipe do projeto mas seus beneficiários, parceiros e financiadores.

Formulação de indicadores – Como medir resultados?

Os indicadores são instrumentos de medida que verificam se os resultados propostos foram alcançados. No mundo todo grupos organizados buscam a definição de indicadores que contribuam para o processo de avaliação de projetos socioambientais. Existe um consenso em torno do princípio que os indicadores variam em função da natureza do projeto e de seus objetivos propostos. Dentre vários tipos existentes, destacam-se:

Quantitativos ou objetivos: são aqueles que medem os resultados de forma numérica e pragmática.

Qualitativos ou subjetivos: normalmente, os indicadores qualitativos são perceptíveis

sensorialmente e refletem resultados que dificilmente são mensuráveis. São demonstrações possíveis de serem observadas pela equipe envolvida, mas requerem atenção e conhecimento de causa.

É importante ressaltar que para cada resultado que se pretende avaliar pode existir mais de um indicador.

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Exemplos:

AVALIAÇÃO ATIVIDADES INDICADORES MEIOS DE VERIFICAÇÃO Resultado Curso de formação de jovens jardineiros e viveiristas Número de jovens beneficiados Diário de Classe; Registro fotográfico e documentação de projetos Número e frequência das aulas de atividades implementadas Registro de aulas; Relatório de Atividades; Qualidade dos projetos elaborados e implementados Número de projetos elaborados; Números de projetos implementados; Estética da intervenção; Avaliação dos projetos realizados;

Percepção da equipe técnica; Relatório fotográfico dos projetos implementados; Nível de desempenho dos participantes; Questionários e dinâmicas de avaliação aplicados durante e no final do curso; Percepção da equipe técnica Número de instituições participantes Relatório de atividades do projeto, contendo a descrição das articulações feitas e parcerias concretizadas; mapa final de parceiros; Realização das atividades de educação ambiental (palestras, exibição de vídeos, oficinas, exposições temáticas, eventos comemorativos, estudos do meio, visitas monitoradas) Tipo de atividades realizadas; Relatório de atividades do projeto, contendo a descrição

e o registro fotográfico das atividades realizadas; Temas discutidos; Relatório de atividades do projeto, contendo a descrição dos conteúdos abordados nas atividades realizadas; Número de atividades realizadas; Diário de aulas realizadas; Número de participantes; Lista de presença dos participantes das atividades; Nível de desempenho dos participantes Questionários e dinâmicas de avaliação aplicados ao final das atividades; Percepção da equipe técnica;

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AVALIAÇÃO ATIVIDADES INDICADORES MEIOS DE VERIFICAÇÃO Resultado – continuação Divulgação de informações sobre do CFJJV Conteúdo do material informativo; Percepção da equipe técnica; Meios de comunicação utilizados; Relatório de mídias e outras formas de comunicação; Número de matérias veiculadas nos meios de comunicação; “Clipping” do projeto; Número de contatos, visitas e encontros institucionais de divulgação; Relatório de atividades realizadas do projeto, contendo a descrição dos encontros de apresentação do projeto; Registro fotográfico e documental das ações realizadas;

Quantidades de consultas e visitas recebidas Relatório de atividades realizadas do projeto, contendo a descrição dos encontros de apresentação do projeto; Registro fotográfico e documental das ações realizadas; Conteúdo Ações de divulgação Meios de divulgação utilizados; Materiais produzidos; Registro fotográfico e documentação dos projetos; Eficácia dos mesmos. Retorno dos contatos realizados (inscrições, informações e visitas); Número de participantes nas atividades; Curso de Formação de Jovens Jardineiros e Viveiristas Número efetivo de aulas

realizadas; Diário de aulas realizadas; Nível de interesse demonstrado pelos alunos e alunas; Questionários e dinâmicas de avaliação aplicados ao final dos módulos do curso; Percepção da equipe do projeto; Lista de presença; Número de jovens inscritos e número de jovens formados; Desempenho dos alunos e alunas nas atividades do curso; Questionários e dinâmicas de avaliação aplicados ao final das atividades; Percepção da equipe técnica; Projetos elaborados e implementados Índice de freqüência; Lista de presença; Quantidade e qualidade dos materiais didáticos utilizados e/ou produzidos Percepção da equipe do projeto;

Freqüência na utilização

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AVALIAÇÃO ATIVIDADES INDICADORES MEIOS DE VERIFICAÇÃO Processo – continuação Curso de Formação de Jovens Jardineiros e Viveiristas – continuação Metodologia utilizada Percepção da equipe técnica; Percepção dos jovens participantes; Projetos elaborados e implementados; Representatividade Equilíbrio na participação de homens e mulheres; Lista de presença; Fichas de inscrição; Faixas etárias contempladas; Lista de presença; Fichas de inscrição; Participação institucional Quantidade de parcerias estabelecidas Legitimidade da entidade Reconhecimento da entidade como espaço de referência, realização de cursos de formação de jovens jardineiros e viveiristas;

Convites recebidos para participação em eventos e atividades externas Parcerias solicitadas; Visitas e consultas recebidas; Matérias publicadas sobre o curso; Divulgação de informações sobre o Viveiro e CFJJV Material de divulgação inicial do curso Número de interessados em participar; Conteúdo do material informativo; Qualidade das matérias veiculadas; Retorno dos contatos realizados (articulações e parceiros); Meios de comunicação utilizados; Listagem de todas as mídias e formas de comunicação utilizadas; Número de participantes nas atividades abertas à

comunidade; Retorno dos contatos realizados (articulações e parceiros); Número de matérias veiculadas nos meios de comunicação; “Clipping” do projeto Número de contatos, visitas e encontros institucionais de divulgação; Relatório de contatos. Visitas e encontros; Quantidades de consultas e visitas recebidas. Relatório de consultas e visitas;

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AVALIAÇÃO ATIVIDADES INDICADORES MEIOS DE VERIFICAÇÃO Impacto Conhecimento, valores e habilidades despertados nos participantes para melhoria do meio ambiente e da qualidade de vida Sensibilização para as questões ambientais; Percepção dos educadores; Evidências e discursos dos participantes captados por meio das atividades realizadas e de dinâmicas de grupo; Mudanças de atitude e novas iniciativas; Registro de iniciativas não previstas no projeto que foram realizadas; Fortalecimento da participação comunitária Envolvimento dos participantes na realização das atividades coletivas;

Participação em atividades comunitárias extracurriculares e não obrigatórias; Participação nas decisões locais; Participação dos jovens nos grupos de organizações comunitárias; O despertar do sentido de pertencimento Aumento da percepção da realidade local e valorização do espaço; Evidências nos discursos e nas iniciativas dos participantes captados por meio das atividades realizadas e de dinâmicas de grupo; Ações promovidas para a melhoria da qualidade vida local; Participação dos jovens nos grupos de organizações comunitárias; Ações locais protagonizadas

pelos participantes do curso Inclusão social dos jovens Capacitação profissional; Questionários de avaliação de conhecimentos aplicados no início e ao final do curso; Avaliação de conhecimentos por meio da elaboração de projetos; Geração de oportunidades de trabalho; Desempenho alcançado nos estágios oferecidos por empresas da rede; Inserção no mercado de trabalho; Desenvolvimento de postura pró-ativa; Engajamento em organização e realização de atividades comunitárias; Percepção dos educadores a partir das atividades realizadas durante o curso; Capacidade e desenvoltura na comunicação interpessoal e no trabalho em grupo.

Percepção dos educadores a partir das atividades realizadas durante o curso; Desempenho alcançado nos estágios oferecidos por empresas da rede; Engajamento em organização e realização de atividades comunitárias;

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Mapeamento dos possíveis parceiros - Quem são os parceiros?

A Rede de Relacionamento – mostra as articulações e parcerias que facilitarão a implementação das etapas do projeto e possibilitarão sua continuidade, o nascimento de novas idéias e a criação de novos projetos. As redes são uma nova forma de organização social, capaz de articular pessoas e grupos em torno de objetivos comuns de forma igualitária e democrática. Sua novidade está no fato de reunir seus participantes numa estrutura alternativa e horizontalizada. O propósito de uma rede é enriquecer a atuação de cada membro e fortalecer sua posição dentro do grupo. A rede, por sua vez, diz respeito à intercomunicação constante entre as instituições e as pessoas, no sentido de construírem uma ação socioambiental e para isso, estão continuamente trocando idéias. As redes são abertas e dinâmicas.

Uma dica é criar um fluxograma (mapeamento) onde o agente financiador possa visualizar facilmente os grupos da sociedade civil, órgãos gestores e os atores sociais que a equipe pretende articular para formar uma rede de relacionamento.

EXEMPLO: Fluxograma da Rede de Relacionamento e Parcerias do Curso de Formação de Jovens Jardineiros e Viveiristas da Vila de Curuçá:

SECRETARIA MUN. DE MEIO

AMBIENTE ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES ESCOLAS PÚBLICAS IGREJA INSTITUIÇÕES PRIVADAS SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO AGENTE FINANCIADOR ONG’ S LOCAIS SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO CURSO DE FORMAÇÃO DE JOVENS JARDINEIROS E VIVEIRISTAS DA VILA DO CURUÇÁ CONSELHO TUTELAR SUBPREFEITUR

A DA VILA DO CURUÇÁ UNIVERSIDADES Legenda: parceiro potencial parceiro

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Comunicação do projeto – Como contar nossa história?

Aponta os meios pelos quais o projeto mobilizará a comunidade envolvida e divulgará suas ações, sendo importante citar as estratégias utilizadas e os materiais produzidos. A comunicação serve para contar a todos, direta ou indiretamente envolvidos, o que está sendo feito, quais são as dificuldades encontradas, os resultados alcançados, servindo inclusive para estimular a adesão de novas parcerias e apoios. Técnicas de comunicação bem empregadas facilitam a divulgação do projeto, a mobilização social e o seu fortalecimento na medida que promovem a comunicação em massa. Para tanto são utilizadas diferentes estratégias.

Comunicação para mobilização

É interpessoal, diz respeito aos primeiros contatos com o público-alvo e à manutenção dos mesmos. Ela pode acontecer por meio de:

Material impresso: deve utilizar uma linguagem simples e regional. A boa apresentação conquista o leitor, por isso mesmo é importante que as margens sejam folgadas, o tamanho das letras facilite a leitura, o espaço entre linhas seja considerável e quando necessário utilizar ilustrações.

Visitas: ir até onde as pessoas estão, é muito importante e um começo é procurar as instituições locais: escolas, unidades de saúde, centros culturais, centros comunitários, associações de bairro, etc. As primeiras visitas servem para uma apresentação pessoal do projeto e devem

despertar o interesse daquele agente social em participar do processo, devem ter periodicidade que será estabelecida pelo ritmo do projeto.

Filipetas: devem conter mensagens que sejam simples, breves e eficientes, podendo ser utilizadas como apresentação do projeto e divulgação de suas atividades.

Exemplo:

Vamos cuidar do nosso pedaço !

Você está convidado à participar da nossa 1ª reunião para apresentação do Curso de Formação de Jovens Jardineiros e Viveiristas da Vila Curuçá. VAMOS DEIXAR NOSSA VILA MAIS BONITA! Local: Igreja de São Benedito data: 21/03 horário: 17:00h

Comunicação para divulgação e fortalecimento das ações

São utilizadas todas as formas de comunicação de massa. O objetivo é contar ao maior número de moradores locais e do entorno, o que está sendo feito e como as coisas estão caminhando. As rádios locais, muito ouvidas, são estratégicas para a ampla divulgação dos acontecimentos. Os jornais locais também garantem inserção. Faixas espalhadas por pontos bastante freqüentados podem anunciar eventos dirigidos a um público maior que o diretamente beneficiado, como por exemplo, um mutirão de plantio. O uso de camisetas do projeto cria identidade e contribui para a elevação da auto estima dos beneficiários.

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No projeto é importante lembrar e citar todas as formas de comunicação a serem utilizadas, como no exemplo:

Material quantidade Público contemplado Folhetos 5000 A comunidade envolvida e seu entorno Faixas 10 a comunidade envolvida Camisetas 15 educadores e jovens viveiristas Jornais produzidos pela equipe 10000 A comunidade envolvida e seu entorno Jornais e rádios locais todo o município e municípios vizinhos

Tipos de recursos e fontes de financiamento – Onde buscar os recursos necessários?

Captar recursos significa buscar meios de suprir as necessidades de um projeto. As fontes de recursos disponíveis podem ser tanto brasileiras como estrangeiras, públicas ou privadas. Durante muitos anos as doações internacionais foram bastante significativas e fundamentais para a implementação e consolidação de projetos sociais e ambientais de entidades da sociedade civil brasileira. Atualmente, observa-se uma redução dessas doações e a migração dos recursos internacionais para entidades de países em desenvolvimento mais carentes que o Brasil. Ao mesmo tempo cresce a tomada de consciência por parte das empresas que passam a reconhecer a importância de sua atuação na esfera da responsabilidade social, viabilizando recursos financeiros e humanos (voluntariado), para a solução de problemas sociais, econômicos e ambientais

brasileiros.

Os recursos podem ser originados das seguintes fontes:

Recursos públicos: são aqueles advindos de órgãos governamentais brasileiros, podendo ser de diferentes níveis: municipais, estaduais e/ou federais, de governos internacionais. Apresentam como modalidades:

a) recursos a fundo perdido: são recursos sem reembolso e outros custos, normalmente alocados nos fundos nacionais, estaduais ou municipais (Fundo Nacional de Meio Ambiente; Fundo Estadual de Recursos Hídricos...); As regras e os critérios são previamente estabelecidos e a oferta dos recursos podem estar disponíveis por períodos contínuos ou em processos de seleção. No primeiro caso, a busca pelo recurso dependerá da iniciativa da entidade ou consórcio de entidades para elaborar e apresentar uma proposta de financiamento à determinado fundo. No segundo caso, os recursos são colocados à disposição conforme a necessidade do contratante do projeto e, o meio normalmente utilizado é dos editais de licitação;

b) linhas de crédito com juros subsidiados: são oferecidos por agentes financeiros (BNDES, Banco do Povo...) com juros menores que os de mercado, podendo ter em alguns casos, parte do valor destinado à fundo perdido;

c) incentivos fiscais: são oferecidos pelo governo à iniciativa privada sob a forma de dedução de impostos e não se apresenta como uma forma direta de captação, mas sim como benefício fiscal.

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Recursos privados: são aqueles advindos das mais diversas instituições, tais como:

a) empresas:

Financiar projetos socioambientais, além de ser uma forma de contribuir para a melhoria das condições de vida das comunidades, divulga a empresa, valoriza sua imagem, fortalece sua marca e confere a fidelidade do consumidor. Antes de solicitar recursos para determinada empresa é fundamental conhecer seu ramo de atuação e a área de responsabilidade social em que atua.

Empresas que possuem uma cultura de responsabilidade social bem delineada, muitas vezes tem procedimentos definidos para apresentação de projetos, tais como: datas específicas para o envio de propostas, formulários de elaboração de projetos, áreas temáticas, valores definidos de financiamento e etc..

Vale ressaltar que empresas locais que ainda não possuem suas políticas de ação socioambiental bem estabelecidas podem e devem ser estimuladas a financiarem projetos das comunidades em que estão inseridas, constituindo-se em importantes parceiras.

A redação do projeto deve ser a mais clara possível, com seus objetivos, metas e cronograma bem definidos demonstrando que o proponente conhece os desafios a serem superados e sabe onde quer chegar. Esta transparência é uma característica positiva que pode favorecer a obtenção dos recursos e assegurar ao financiador que esses serão empregados de maneira adequada.

b) Associações religiosas

Associações religiosas, nacionais ou estrangeiras, têm desempenhado um importante papel na trajetória de fortalecimento dos movimentos sociais, assim como na formação e consolidação de muitas organizações da sociedade civil voltadas para a transformação social.

Algumas instituições possuem seus próprios projetos, outras realizam doações ou financiam projetos na área de direitos humanos, desenvolvimento social, violência, geração de renda e meio ambiente.

As igrejas têm o potencial de agregar muitos fiéis que costumam contribuir mensalmente para a sua manutenção e fazem doações ocasionais para financiar projetos comunitários. Contatar o padre ou pastor de uma igreja local é uma forma de divulgar o projeto de sua entidade que pode posteriormente ser beneficiado pela instituição. A igreja também pode fazer parte da rede de relacionamentos do projeto e ser uma importante parceira na divulgação de eventos, campanhas e reuniões comunitárias que se pretende realizar.

c) Fundações

São instituições de origem empresarial ou de outras entidades privadas, criadas com a finalidade de executar ou financiar projetos sociais, ambientais e culturais voltados para o desenvolvimento e bem-estar social. Podem ser nacionais ou estrangeiras e quando financiam projetos, geralmente, possuem linhas de financiamento bem definidas assim como modelos específicos para a elaboração dos mesmos.

Várias fundações possuem páginas na internet. Vale a pena dar uma conferida e

verificar informações mais detalhadas como: missão da entidade, área de atuação, linhas de financiamento, entidades parceiras, projetos apoiados e desenvolvidos entre outras informações.

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Orçamento do projeto – Quanto custa e quais são os recursos necessários?

Este item aponta todos os gastos do projeto e exige muita atenção, pois qualquer erro pode resultar na impossibilidade de cumprir o que foi prometido, e um orçamento incoerente com aquilo que foi proposto pode resultar na não aprovação do mesmo.

Para projetos de maior vulto, é recomendável a orientação da área administrativo-contábil, uma vez que as contratações de técnicos e consultores são normalmente feitas por tempo determinado (trabalho temporário), com carga tributária específica. Alguns financiadores, especialmente os Fundos Públicos, não permitem a inclusão dos impostos e encargos trabalhistas no orçamento do projeto. Em outros casos, dependendo da modalidade de relação com o financiador (contrato, convênio, patrocínio, doação...) pode-se incluir uma taxa de administração que normalmente varia entre 10% a 20% do valor total do mesmo. Muitas vezes é preciso adequar os custos às especificidades exigidas pelo financiador, especialmente na modalidade convênio, onde todos os gastos são rubricados e seus custos não podem ser transferidos de uma rubrica à outra. Este trabalho de ajuste geram planilhas orçamentárias bastante sofisticadas e de difícil entendimento para a maioria da equipe. Recomenda-se, neste caso, que seja feita uma memória de cálculo, que poderá ser consultada sempre que houver dúvidas quanto às despesas a serem efetuadas.

Veja a seguir um exemplo de como montar um orçamento:

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RECURSOS HUMANOS Equipe Técnica Carga horária semanal meses Valor unitário Valor total 01 Educador ambiental sênior 30 horas 12 R$ 2.000,00 R$ 24.000,00 01 Engenheiro florestal 30 horas 12 R$ 2.000,00 R$ 24.000,00 01 Educomunicador júnior 20 horas 12 R$ 1.200,00 R$ 14.400,00 01 Técnico em informática/web 8 horas 11 R$ 900,00 R$ 9.900,00 01 Coordenadora geral 30 horas 12 R$ 2.500,00 R$ 30.000,00 sub-total R$ 8.600,00 R$ 102.300,00 Encargos 20% do valor total (20% x subtotal) R$ 1.720,00 R$ 20.460,00 Impostos 14,45% do valor total (14,45% x (subtotal + encargos)) R$ 825,60 R$ 17.738,82 Total 1 R$ 11.145,60 R$ 140.498,82

RECURSOS MATERIAIS Recurso necessário Descrição Quantidade Valor unitário Valor total material escolar coletiva cartolina, canetas hidrocor, giz de cera, réguas, fita crepe... 10 meses R$ 50,00 R$ 500,00 material escola individual Kit: 01 caderno, 01 pasta, 01 caneta, 01 lápis, 01boracha 35 jovens R$ 25,00 R$ 875,00 Alimentação – dia Lanche 10 meses R$ 3.500,00 R$ 35.000,00 Transporte – dia vale-transporte 10 meses R$ 2.618,00 R$ 26.180,00 Bolsa auxílio – mês bolsa de estudos 10 meses R$ 2.100,00 R$ 21.000,00 Cesta básica – mês apoio à família 10 meses R$ 2.000,00 R$ 20.000,00

Uniforme camiseta, calça, bonés 35 jovens R$ 70,00 R$ 2.450,00 aquisição de livros apoio ao curso 4 publicações R$ 80,00 R$ 320,00 sub-total R$ 10.443,00 R$ 106.325,00 Impostos 14,45% do valor total R$ 1.509,01 R$ 15.363,96 Total 2 R$ 11.952,01 R$ 121.688,96

Total 1+2 R$ 262.187,78 Taxa administrativa 15% do total do projeto R$ 39.328,17 R$ 301.515,95

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Cronograma de Atividades - Quando faremos o que?

Nele definimos o período de duração do projeto e como o conjunto das ações propostas se distribui pelo tempo. Se o período proposto for muito longo pode prever uma revisão de cronograma como uma atividade, mas o ideal é que o cronograma seja apresentado do início ao fim.

No cronograma também deverão aparecer todos os produtos que serão entregues ao longo do processo como: publicações, vídeos, relatórios* , localizados no tempo.

A seguir um exemplo de um cronograma de atividades:

CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

Semestre 1 Semestre 2 ATIVIDADES m 1 m 2 m 3 m 4 m 5 m 6 m 7 m 8 m 9 m 10 m 11 m 12 1 - Seleção e contratação da equipe técnica X 2 - Capacitação inicial da equipe técnica X 3 - Formação contínua da equipe do projeto XXXXXXXXXXXX 4 - Elaboração e produção do conteúdo do curso XXXXXXXXXXXX 5 - Elaboração e produção de material de divulgação X X 6 - Divulgação das atividades do curso nos meios de divulgação XXXXXXXXXXXX 7 - Seleção de participantes X

8 - Curso de Formação de Jovens Jardineiros e Viveiristas. X X X X X X X X X 9 - Produção de mudas e manutenção do viveiro. X X X X X X X X 10 - Articulação da Rede de Cidadania Ativa X X X X X X X X X X X 11 - Registro, avaliação e sistematização das atividades do Projeto* X X X X

*relatórios do projeto: são uma forma de prestação de contas das atividades propostas, seu andamento, suas dificuldades e suas conquistas, além disso, é um material de pesquisa permanente para a equipe e outras pessoas. Para tanto, é preciso que sejam elaborados de forma clara e objetiva.

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Cronograma de desembolso

Geralmente o desembolso dos recursos financeiros aprovados não são disponibilizados pelo agente financiador de uma só vez, sendo necessário a elaboração de um cronograma de desembolso adequado, que varia de acordo com a instituição financiadora. Ele deverá, por exemplo, estar relacionado às etapas de desenvolvimento do projeto, ou ser pré-estabelecido de forma periódica ao longo do tempo (ex: desembolsos mensais, trimestrais e etc.). Na maioria dos casos o desembolso está vinculado à comprovação do cumprimento de metas e do uso adequado dos recursos por meio de prestação de contas da etapa em curso.

Planejamento e administração do projeto – como acompanhar o desenvolvimento de seu projeto?

Administrar projetos diz respeito a cumprir prazos e os compromissos estabelecidos na sua concepção, inclusive no tocante ao uso dos recursos, sejam eles humanos, financeiros ou materiais. Um projeto bem escrito deixa claro o ponto de partida, o caminho a ser traçado, onde se quer chegar, que conjunto de atividades serão desenvolvidas e com quais recursos será implementado. Quando aprovado pelo agente financiador, deverá ter na figura do coordenador a pessoa responsável pela gestão dos processos e dos resultados relativos à proposta anteriormente apresentada.

É fundamental para a eficiência e eficácia do projeto que os integrantes da equipe tenham conhecimento de todas as suas etapas, para tanto, recomenda-se o uso de metodologias participativas que favoreçam este envolvimento e compromisso. A ação de planejamento

participativo, facilita a atuação do coordenador e estimula o senso de pertencimento dos integrantes da equipe do projeto, ficando a cargo do coordenador garantir o melhor uso dos recursos (financeiros, humanos e materiais) na realização das atividades e o pleno desempenho da equipe, possibilitando os melhores resultados.

Eficiência – diz respeito a boa utilização dos recursos(financeiros, materiais e humanos) em relação às atividades e resultados atingidos. Por exemplo: aulas planejadas X aulas realizadas, custo X pessoas atingidas.

Eficácia – observa se as ações do projeto permitiram alcançar os resultados previstos. Por exemplo: o programa de formação de jardineiros está permitindo aos participantes qualificarem suas habilidades?

www.rits.org.br Leandro Lamas Valarelli

Um projeto tem um ciclo de vida que parte da identificação de um problema e do desejo de solucioná-lo, e que se materializa por meio da sua elaboração e implementação, onde o coordenador deverá estar apto a utilizar ferramentas de avaliação e planejamento participativo contínuo, que possibilitem o redirecionamento de estratégias quando se fizer necessário.

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Sustentabilidade do projeto – Como o projeto terá continuidade?

É importante demonstrar ao agente financiador que o proponente tem iniciativa e criatividade capazes de dar continuidade ao projeto depois de implementado, viabilizando recursos de outras fontes, articulando parcerias e/ou participando de redes de cooperação.

Exemplo: A rede de cooperação que deverá ser articulada durante todo o processo de implementação do projeto certamente se mostrará capaz de proporcionar a continuidade dos trabalhos, por meio das seguintes ações:

• Implementação de projetos de jardinagem e manutenção de jardins em empresas, residências e prédios públicos; • Apoio de patrocinadores e/ou financiadores para os projetos finais elaborados pelos jovens jardineiros e viveiristas; • Venda de mudas produzidas no viveiro; • Continuidade do apoio institucional do agente financiador. Equipe - Quem vai fazer?

São os profissionais necessários para o desenvolvimento do projeto, ou seja, pessoal administrativo, técnico, consultores, coordenação. É necessária uma especial atenção para a

equipe técnica que será contratada. Ela deve ser multidisciplinar, mesclada com talentos que se complementam e especificidades técnicas que contribuam para implementação das ações do projeto.

É interessante a contratação de pessoas do local, pois elas podem contribuir para a abertura de canais de comunicação com a comunidade e a instituição envolvida garantindo o olhar local sobre o problema e suas possíveis soluções. Estes “monitores locais”, ao serem capacitados nas técnicas e métodos da organização proponente podem ser grandes instrumentos de difusão e permanência do conhecimento gerado pelo projeto, contribuindo para a sustentabilidade de suas ações.

A maioria dos agentes financiadores solicitam o currículo dos integrantes da equipe. Assim como nas outras etapas, o agente financiador pode propor um modelo a ser seguido ou deixar a apresentação à critério do proponente. Uma dica é enviar currículos resumidos que contenham informações capazes de transmitir de forma clara e concisa a formação escolar e a qualificação profissional dos integrantes da equipe técnica do projeto:

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Exemplo de currículo resumido:

Nome: XXXXXXXXXXXX Endereço para Correspondência: XXXXXXX Telefone: XXXXXXX Correio eletrônico: XXXX@XXXXXXXX Formação Acadêmica XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX Síntese da Experiência Profissional 2004- XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX 2003- XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX 2003- XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX 2001/2002- XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX 2000/ 2001- XXXXXXXXXXXXXXXXX 1997/1998- XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX Assinatura:___________________________________

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Resumo do projeto:

Instituição Cidade/ UF Contato (nome, tel, e-mail) Objetivos gerais: Objetivos específicos: Metas: Público Alvo: Descrição de atividades: Impacto esperado com a realização do Projeto : No de pessoas beneficiadas : Custo Total Solicitado: Visibilidade: Sustentabilidade:

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Alguns endereços na Internet de agentes financiadores de projetos

No Brasil

Abrinq - Entidade sem fins lucrativos de Utilidade Pública Federal, que tem por objetivo promover os direitos elementares da cidadania das crianças. O site contém informações genéricas sobre a instituição, uma ficha cadastral, um link para mensagens e um Base de Conhecimento sobre o Trabalho Infantil. Há, ainda, uma bibliografia sobre o Trabalho de Crianças e Adolescentes no Brasil; legislação; séries estatísticas; publicações. - http://www.fundabrinq.org.br

Basf -valoriza a cidadania por meio do comprometimento com as comunidades interna e externa, aplicando recursos e conhecimentos para o desenvolvimento social e respeitando a cultura e as necessidades destas comunidades e o meio ambiente. Av. Ângelo Demarchi, 123 - CEP 09844-900 - São Bernardo do Campo (SP) Telefone (11) 43471574 - Fax (11) 4347-1790 http://www.basf.com.br [email protected]

BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - Informações sobre os produtos e serviços do Banco; financiamentos; privatizações; apoio à cultura; editais http://www.bndes.gov.br/; especialmente o site http://www.bndes.gov.br/social

BOLSA DE NEGÓCIOS - SEBRAE - Serviço de promoção de negócios, cujo objetivo é identificar e aproximar compradores e fornecedores de produtos, serviços, resíduos e oportunidades de negócios. - http://www.bolsa.sebrae.com.br/

CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - Informações sobre as atividades da entidade, links, campanhas. -http://www.cnbb.org.br/

COMUNIDADE SOLIDÁRIA / VOLUNTÁRIOS - Programa Voluntários: Programa criado pela Comunidade Solidária, visando a promoção, valorização e qualificação do trabalho voluntário no Brasil. -http://www.uol.com.br/voluntarios/

Fundação Banco do Brasil - Informações sobre os programas e as ações promovidas pela Fundação, que tem como público alvo os membros das comunidades carentes do país. Combate ao desemprego, ajuda aos atingidos pela seca. - http://www.fbb.org.br/

Fundação Belgo-Mineira - tem por objetivos principais e permanentes o exercício e estímulo às atividades culturais, educacionais, ação comunitária, saúde, assistência social, preservação do meio ambiente e lazer. Av. Carandaí, 115 - CEP 30130-915 - Belo Horizonte (MG) Telefone: (31) 3219-1426 - Fax: (31) 3219-1337 http://www.fundacaobelgomineira.org.br - [email protected]

Fundação Roberto Marinho - Oferece uma visão panorâmica das ações realizadas pela fundação, especialmente nas áreas de educação, cultura e restauração do patrimônio histórico. http://www.frm.org.br/

Fundação Volkswagen - apoia e desenvolve projetos que contribuam para a apropriação do conhecimento nas suas diferentes formas, visando garantir a inserção social e pleno exercício da cidadania.

Via Anchieta, km 23,5 CPI 1394 - CEP 09823-901 - São Bernardo do Campo (SP) Telefone: (11) 4347-2879 - Fax: (11) 4347-4103 [email protected]

GIFE - Grupo de Institutos, Fundações e Empresas que congrega cerca de 40 instituições que voluntariamente aportam recursos técnicos, humanos e financeiros para projetos no setor social,

nas áreas de educação, saúde, meio ambiente, assistência social e cultura. O site contém uma Agenda de eventos e várias listas com discussões sobre o Balanço Social. http://www.gife.org.br/

Instituto C&A - propicia reais condições de qualidade em educação para o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes como cidadãos. Promove a gestão e desenvolvimento organizacional das instituições parceiras, para que possam melhor atingir a sua missão organizacional. Dá oportunidade ao funcionário da C&A de exercer sua cidadania e responsabilidade social em benefício da comunidade, através da ação do Instituto e também estimular a participação de agentes de transformação do terceiro setor. Alameda Araguaia, 1222 - CEP 06455-940 - Barueri (SP) Telefone: (11) 4166-9105 - Fax: (11) 4166-9524 http://www.institutocea.org.br - [email protected]

Instituto Ecofuturo - procura praticar e promover o desenvolvimento sustentável, visando à melhoria da qualidade de vida, a conservação e restauração dos ambientes naturais e antrópicos, e a valorização da cultura e educação ambiental, principalmente das comunidades que vivem dos recursos naturais do Brasil. Av. Brigadeiro Faria Lima, 1355 - 10º andar - CEP 01452-919 - São Paulo (SP) Telefone: (11) 3037-9552 - Fax: (11) 3037-9238 http://www.ecofuturo.org.br [email protected]

Instituto Pão de Açúcar - promove o desenvolvimento humano, por meio de ações educativas, em prol da melhoria da qualidade de vida de crianças, jovens, suas famílias e comunidades Av. Brigadeiro Luís Antonio, 3126 - CEP 01402-901 - São Paulo (SP) Telefone: (11) 3886-3030 Fax: (11) 3885-8090 http://www.institutopaodeacucar.org.br [email protected]

Ministério da Cultura - Minc - Apresentação do Ministério; calendário de eventos 1997/1998; concursos; legislação; economia da cultura; banco de dados sobre a produção cultural no país; verbas oficiais. - http://www.minc.gov.br/

Ministério da Saúde - Oferece informações sobre as principais ações desenvolvidas pelo Ministério, a utilização dos recursos disponíveis e as normas setoriais vigentes. http://www.saude.gov.br/

Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal - MMA Informações sobre a fauna e flora brasileiras, educação ambiental, Agenda 21, consulta ao sistema de protocolo do Ministério, competências e biblioteca virtual. - http://www.mma.gov.br/

OAB - ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL - Página da instituição com informações sobre legislação, jurisprudência e direitos humanos. Diversos endereços eletrônicos e páginas de advogados e das regionais. - http://www.oab.com.br/

PROGER - Programa de Geração de Trabalho e Renda. Programa de governo financiado com recursos do FAT-Fundo de Assistência ao Trabalhador. http://www.bancobrasil.com.br/proger

UNICEF - Organismo da Organização das Nações Unidas responsável pela gestão dos programas e campanhas de assistência à infância. Divulgar Direitos da criança, publicações, catálogos, estatísticas sobre mulheres e crianças, lista de vídeos e pesquisa. Endereço eletrônico para requisitar informações complementares e enviar sugestões http://www.unicef.org.br/

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No Exterior

Charities Aid Foundation (United Kingdom) - Incentiva e apoia ações caritativas no Reino Unido e internacionais. -http://www.charitynet.org/

Charity Village (Canada) - Oferece notícias, informações, recursos, discussões e links relacionados à comunidade canadense de filantropos. - http://www.charityvillage.com/cvhome.html

Civicus – Sua missão é promover uma aliança internacional dedicada à fortalecer a cidadania e a sociedade civil no mundo. - http://www.civicus.org/

Council on Foundations - Instituição com mais de 100 anos de atuação nas áreas de saúde e assistência social, e cujo principal objetivo é promover a filantropia através do apoio aos atuais e futuros filantropos. - http://www.cof.org/index

Fundação Interamericana -IAF. Instituição que promove diversos tipos de ajuda para pessoas de baixa renda da América Latina e do Caribe. Oferece gratuitamente a assinatura da revista Desenvolvimento de Base que contém estudos e análises sobre estes tipos de experiências. http://www.iaf.gov

German Charities Institute – Apresenta 28.000 páginas na internet sobre o universo das iniciativas de caridade, filantropia e voluntariado na Alemanha. - http://www.dsk.de/

Independent Sector - Coalizão de mais de 850 grupos, fundações e organizações voluntárias, cuja missão é criar um fórum nacional para encorajar a doação e a ação voluntária de indivíduos e organizações. - http://www.indepsect.org/

Philanthropic Advisory Service -Organização vinculada ao ao Council of Better Business Bureau. Contém formulários para solicitação de auxílio caritativo, recomendações para doadores e relatórios sobre ações sem fins lucrativos. - http://www.bbb.org/pas.html

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Endereços na Internet de entidades que atuam no cenário socioambiental

www.abcr.org.br – Associação brasileira de captadores de recursos www.abong.org.br – Associação brasileira de ONGs www.akatu.org.br – Instituto Akatu pelo consumo consciente www.ashoka.com.br – Empreendedores sociais www.cidadessaudaveis.org.br – CEPEDOC–Cidades Sustentáveis – FSP/USP www.cultura.gov.br – Ministério da Cultura www.ecoar.org.br – Instituto Ecoar para a Cidadania www.ethos.org.br – Instituto Ethos para a responsabilidade social www.fea.usp.br/adm/ceats - Centro de estudos e administração do 3º setor www.fgvsp.br/academico/estudos/cets - Centro de estudos do 3º setor – FGV www.filantropia.com.br – Portal do 3º setor www.gife.org.br – Grupo de intitutos, fundações e empresas www.greenpeace.org.br – Greenpeace Brasil www.fonte.org.br – Instituto Fonte para o Desenvolvimento Social www.iser.org.br – Instituto de estudos da religião www.maturi.org.br – Núcleo Maturi – Ecologia social www.mma.gov.br – Ministério do Meio Ambiente www.rebea.org.br – Rede brasileira de educação ambiental www.redemulher.org.br – Rede mulher de educação www.repea.org.br – Rede paulista de educação ambiental www.rits.org.br – Rede de informações do 3º setor www.voluntariado.org.br – Centro de voluntariado de São Paulo www.wwf.org.br – World wildlife foundation do Brasil

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

CAPRA, F. Pertencendo ao Universo:São Paulo, Cultrix, 4ª edição, 2003

CRUZ, C.M. & ESTRAVIZ, M. Captação de recursos para organizações da sociedade civil sem fins lucrativos. São Paulo: Global, 2001 – (Coleção gestão e sustentabilidade) FALCÃO, R. Elaboração de projetos. São Paulo: USAID, s/ ano. INSTITUTO ECOAR PARA A CIDADANIA. Projeto Núcleo Comunitário Cerâmico da Vila de

Paranapiacaba. São Paulo, 2004.

KISIL, R. Elaboração de projetos e propostas para organizações da sociedade civil. São Paulo: Global, 2001. – (Coleção gestão e sustentabilidade) MINAYO, M.C. O Desafio do conhecimento. Pesquisa qualitativa em saúde. 3ª ed. São Paulo, Rio

de Janeiro, HUCITEC/ABRASCO, 1994. NEPAM. Introdução à elaboração de projetos: Campinas: UNICAMP/NEPAM, 1996. WWF. Aprenda fazendo: apoio aos processos de Educação Ambiental. Brasília: WWF, 2000. VALARELLI, L.L. Indicadores de resultados de projetos sociais. Rede de Informações do Terceiro

Setor – RITS. Disponível em http://www.rits.org.br/gestao_teste/ge_testes/ge_tmes_jul99.cfm,2002, acessado

em 15/02/05.

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Texto: Christiane Godoy Mariana Duarte

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