Análise E Prevalência De Quedas No Cri

  • Uploaded by: Paulo Medeiros
  • 0
  • 0
  • June 2020
  • PDF

This document was uploaded by user and they confirmed that they have the permission to share it. If you are author or own the copyright of this book, please report to us by using this DMCA report form. Report DMCA


Overview

Download & View Análise E Prevalência De Quedas No Cri as PDF for free.

More details

  • Words: 1,067
  • Pages: 25
ANÁLISE DA PREVALÊNCIA DE QUEDAS EM IDOSOS COM 80 ANOS E MAIS QUE VIVEM EM DOMICÍLIO ACOMPANHADOS NO CENTRO DE REFERÊNCIA DO IDOSO,ZONA LESTE,MUNICÍPIO DE SÃO PAULO PROFª. DRª. MÔNICA RODRIGUES PERRACINI Aluno Bolsista CNPq:Paulo Roberto Santos Medeiros Curso: Fisioterapia Co-Autores:Lilian Okuma Araújo

Introdução 

No Brasil, entre os anos de 1979 e 1995, muitos indivíduos morreram devido às quedas, dentre eles 52% idosos (Fabricio et al, 2004).



Óbitos na população geral por causa externa (categoria que inclui as quedas), sendo que aqueles ocorridos entre os idosos representavam 12% do total (Dados do Sistema Único de Saúde (SUS), em 2002).



Esta é a primeira causa de incapacidade (Silvestre & Costa Neto, 2003).

Segundo a Organização Pan-americana de Saúde, o envelhecimento é responsável pela maior modificação na estrutura da população mundial.  Quedas são multifatoriais e tem mostrado diversos fatores de risco (Rosaa et al,2003;Chaimowicz, 1997).  Entre 35% e 40% dos idosos que vivem na comunidade caem anualmente (Tideiksaar, 2003). 



No âmbito da atenção pública, existe um descompasso entre a rapidez com que se está vivendo a transição demográfica e epidemiológica e as ações de atenção à saúde, cuja prerrogativa hoje é simplesmente a de arcar com o ônus de situações que poderiam ser prevenidas (Perracini e Ramos, 2002).

Fatores de risco diminuição da mobilidade (González, Marin e Pereira, 2001)  alteração ou déficit cognitivo (Perracini, 2005; Moreland et al, 2003)  Uso de muitos medicamentos (Perracini, 2005, Tromp et al, 2001)  presença de depressão (Moreland et al, 2003)  presença de medo de cair (Perracini, 2005; Tromp et al , 2001)  História prévia de queda (Rubeinstein, 2001; Tromp et al, 2001)  alteração do equilíbrio ou da marcha (Perracini, 2005; Weir & Culmer, 2004). 

Consequências          

Fraturas (Fabricio et al, 2004; Moreland et al, 2003; Tinetti et ai, 1994) Lesões em tecidos moles (Bergland & Wyller, 2004); Lesões na cabeça (Moreland et al, 2003) Ansiedade (Tinetti et al, 1994) Depressão (Tinetti et al,1994) Medo de cair (Fabrício et al, 2004; Rubeinstein et al, 2001) Hospitalização (Mcinnes & Askie, 2004), Deterioração e incapacidade funcional (Fabricio et al, 2004) Institucionalização (Weir & Culmer, 2004) Morte (Mcinnes & Askie, 2004).

OBJETIVO

•Caracterizar os idosos com 80 anos e mais residentes na comunidade, acompanhados no CRI, centro de referência do idoso, Zona Leste, Município de São Paulo que relataram ter caído no último ano. •Considerando este evento como um indicador-chave, de caráter multidimensional relacionado á saúde de idosos

Casuística e Métodos

Delineamento do Estudo 

Foi realizado transversal.

um

estudo

exploratório,



Uma amostra de conveniência de 61 idosos advindos de uma coorte de 376 idosos, com 80 anos e mais

Sujeitos Os idosos foram contatados via telefone por telefonistas do Centro de Referência do Idoso.  Foram realizadas até três ligações, em dias e horários diferentes, como tentativas de localizar os idosos.  Aqueles idosos que não puderam comparecer no CRI, receberam visita domiciliar por entrevistadores treinados. 

Instrumentos Aqueles idosos que concordaram em participar do estudo voluntariamente assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, conforme a Resolução 196/96, do Conselho Nacional de Saúde.  O questionário multidimensional aplicado era composto por 15 secções. 



Seção 1:Dados sócio-demográficos, que avaliou as variáveis: sexo, raça, escolaridade, faixa etária, estado civil, arranjo de moradia, ocupação exercida, ocupação atual, renda mensal, tipo de moradia, acesso à moradia e satisfação com o bairro e a residência.

Triagem Rápida, proposta por Boult e colaboradores (1993); e Veras (2003)  Triagem

rápida: percepção subjetiva de saúde, percepção subjetiva de visão, percepção subjetiva de audição, principal queixa, doenças crônicas referidas pelos idosos, vacinação, número de doenças, número de medicamentos, dor, uso de dispositivo da marcha, uso de aparelho auditivo e hipotensão ortostática.

Quedas e Tontura 

A secção de tontura avalia a queixa de tontura crônica dos idosos, escala analógica (avalia a intensidade da tontura de 0 a 10, sendo 0 para quantificar o mínimo de tontura e 10 o máximo de tontura), instabilidade ao andar, qual a periodicidade , duração da tontura, atividades e posições específicas que desencadeiam e os sintomas associados à tontura.



Quedas foram avaliadas por uma secção com mecanismo, a circunstância, atividade desenvolvida no momento da queda, iluminação do local, conseqüências, a necessidade que gerou e se os idosos apresentavam medo de sofrer evento de queda.

Qualidade de Vida e AVDs 

Foi utilizado o BOMFAQ - “Brazilian OARS Multidimensional Functional Assessment Questionnaire” (Ramos et al, 1993) que avalia a(s) dificuldade(s) referida(s) na realização de 15 atividades de vida diária (AVD).



A qualidade de vida foi avaliada pelo Whoqolbref. O Whoqol-bref é uma versão do Whoqol100, desenvolvido pelo Grupo de Qualidade de Vida da Organização Mundial de Saúde.

Dados e Avaliação do equilíbrio Os dados psico-cognitivos foram avaliados pelo Mini Exame do Estado Mental - MMSE (Folstein et al, 1975 e Bertolucci, 1994) e pela Escala de Depressão Geriátrica - GDS (Yesavage et al, 1983).  A avaliação do equilíbrio foi determinada pelo teste “Timed Up and Go” – TUGT (Podsiadlo, Richardson, 1991). 

Análise Estatística Tabelas de freqüência absoluta e relativa, média e desvio padrão para dados quantitativos e análise inferencial com tabelas de contingência, por meio do teste do Qui-Quadrado ou do teste exato de Fisher.  O nível de significância adotado foi p< 0,05. Para análise dos dados foi utilizado o programa SPSS for Windows versão10.0. 

Resultados Em relação ao evento de queda que 20 idosos (33,3%) apresentaram pelo menos uma queda no último ano.  O período de ocorrência da queda mais freqüente foi de manhã (42,1%), seguido pelo período da tarde (36,8%), à noite (21,1%).  As direções da queda referidas pelos idosos foram propulsões (52,6%), retropulsão (15,6%), para os lados (28,1%) e 4,7% não souberam responder. O local mais freqüente de queda dentro de casa foi no banheiro (38,1%). 



Cerca de 28% dos idosos julgaram que no momento da queda o ambiente estava bem iluminado. A circunstância de queda mais encontrada foi do tropeço em 42,1% dos casos, seguida do escorregamento em 21,1% dos casos.

Tabela

Tabela

Tabela

Tabela

Tabela

Tabela

Conclusão  Deve-se

ressaltar muitas associações apontadas em outros estudos não foram encontradas, especialmente no que se refere ao declínio cognitivo e presença de comprometimento visual (Williams-Johnson et al,2004, Stalenhoef et al, 1997, Sattin et al, 1992, Rubenstein et al 1990).

Fim

Related Documents

Cri E Cri
November 2019 15
Cri Cri
October 2019 17
Anlise Preliminar De Riscos
November 2019 43
Accordo Fra Siae E Cri
October 2019 10
Unibaier Quedas 04.pdf
October 2019 11
Aprendendo Nas Quedas
June 2020 10

More Documents from ""

June 2020 4
June 2020 3
October 2019 11
Mini-ete.pdf
July 2020 5