Pelo que pude verificar pela análise do quadro elaborado pela colega Maria Filomena Alves, os aspectos que aí são apresentados acabam por ser idênticos aos que eu própria apresentei na tabela que fiz, talvez porque os problemas/dificuldades acabam por ser iguais na grande maioria das Bibliotecas das escolas deste país e que são também referidos nos textos para leitura que nos foram propostos:
a falta de tempo para gerir todo um conjunto de solicitações (Plano
Tecnológico, Plano Nacional de Leitura, Relatório disto e daquilo…)
o pouco reconhecimento por parte quer dos colegas quer dos elementos
da Direcção da escola/Agrupamento, do trabalho que desenvolvemos! A maioria dos professores está ainda centrado apenas no cumprimento dos conteúdos da disciplina que lecciona, no pouco tempo que tem para cumprir o programa e acaba por olhar apenas para o “seu umbigo”, esquecendo que o mundo de hoje envolve todo um novo conjunto de desafios que implicam cada vez mais uma articulação e o envolvimento de todos num projecto global de ensino-aprendizagem. Por outro lado, as Direcções das escolas têm também, na maioria dos casos, uma ideia de que a Biblioteca é apenas um sítio onde se podem entreter os alunos nos intervalos… cabe-nos, a nós, agora, acabar com esta ideia!
o fraco envolvimento dos encarregados de educação nas actividades da
biblioteca – que acaba por ser também um mal geral! Torna-se bastante complicado tentar envolver os pais nas actividades, quando sabemos que os horários de trabalho de muitos destes encarregados de educação são irregulares (turnos em supermercados, centros comerciais) ou terminam por volta das 19.00h! Considero que hoje em dia, o maior desafio que se coloca é o de contribuir para a mudança efectiva de mentalidades - de conseguir colocar em prática aquilo que todos os agentes educativos aceitam como verdade no papel e de, apesar de todas as contrariedades, conseguirmos, pouco a pouco, demonstrar que a biblioteca deve, tal como vem referido nos textos que li (e com os quais concordo completamente!), desempenhar um papel central/centralizador em todo o processo educativo. Para isso, a autoavaliação torna-se num aliado indispensável para se determinar o ponto de que se partiu, para se definirem/redefinirem objectivos, metas, prioridades a ter em conta e estratégias para alcançar esses objectivos.