Helena: Depois de ler os contributos de todos os colegas, seleccionei o teu trabalho porque o considerei conciso e claro, indo ao encontro do que a tarefa propunha. Realço a importância que apontas na necessidade de “uma constante aprendizagem” do Professor Bibliotecário. Na realidade, este profissional terá que ser um aprendiz permanente, pois só dessa forma estará apto a responder a todos os desafios que a Sociedade do Conhecimento lhe exige. Sem actualização permanente, não haverá respostas eficazes e a biblioteca escolar correria o risco de se colocar à margem da escola. Concordo em absoluto quando referes que o Professor Bibliotecário terá que ser um “bom gestor de tarefas”, o que pressupõe uma liderança partilhada, dialogada que aponta para decisões de conjunto. Este factor é essencial a uma “gestão de qualidade” que salientas essencial para que a biblioteca escolar seja um verdadeiro espaço de aprendizagem. A não afectação de uma verba à BE, que apontas como um ponto fraco, pode constituir-se uma verdadeira ameaça à gestão de qualidade que se deseja para este espaço de construção de saberes. Finalmente, abordas um aspecto que considero essencial, a pouca formação dos auxiliares de acção educativa (agora assistentes operacionais) e o fraco reconhecimento destes por parte dos órgãos de gestão. Estes elementos têm um papel importantíssimo no apoio aos alunos, à equipa e aos professores. Felizmente, este ano muitos deles tiveram a oportunidade de realizar formação no âmbito da BE e da leitura. Cabe agora aos dirigentes institucionalizar um papel, à semelhança do que fez com a criação de professor bibliotecário para não continuarmos a correr o risco de os melhores fugirem, legitimamente, para instituições que lhes proporcionam melhores salários e melhores condições. Continuação de um bom trabalho. Lúcia Caldeira