1865-eduardo Grande-crise Agricola

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SOCIEDADE AGRICOU DO FUNCHAL

RELATORIO

Jgronomo d d i d o ao ~ o o w n oCioil

do Funchal.

do Di~trrcih

Eucarregada iiela I>irecs2o da Sociedade Agricola deste I)istric.to d c cnofi:ccionar o Relatorio que em conformidade o R r g i i l a m a t o dt: 23 dc novembro de 1 8 b b tem de ser aprcsentndo arinunlniente ao Governo de Sua Blagestadc, venho, como me cumpre, offrrecer á ronsidera$io da Socieda-

de o resultado dos trabalhos a qne mn entreguei para o desempenho da honrosa inclunibcnt ia que me fora confiada. O relatorio que tenho a honra de submetter á judiciosa aypreciação da sociedade, foi organisado cm presenâa de informacões que solicitei oficialmente dos Administradores dos ùifferentes Concelhoa. e dos esclarerimentos que houve de be. nevolencia de alguns membros desta sociedade, alem d'ou tras noticias que por conta propria tenho iapiialisado no decurso r?n commistão de que, por parte do Governo de Sua Magec t ( i J . . . crtoii encarregado neste Districto.

Iada qae teriiio para mim, que presidiu a me!hor boa fé e vontade 1 subministraçào das noticias a que mc refiro e tanto pela parte dos agentes offitiaes, como pelo quc diz rcspeito L pessoas a cuja coadescendeneia recorri, não posso (4davia escurecer que algumas me pareceram de nienos criterio r que a outras faltava aquelle cunbo de generalidade que se

requere para um trabalho desta ordem: as que tenho bavido por investigações proprias estão igualmente longe de satisfazer as desejaveis condições de miauciosidade e exactidao. Inhabilitsdo para percorrer o districto, como importa para formar um juizo seguro e insuspeito da agricultura do paiz, inliibido de ir palpar no seio da producção, colhêr do popria seara os materiaes para a confecção deste trabalho, 6 com reserva que o proponh3 6 attenção da sociedade. ordem e exposição das materias aegoi, quanto me *i posaivet, o programma a que se refere o arte03b.' do rcgubmenb-geral, juntando por vezes d relaçilo dos facios algum= indicações, cuja leitura pensei Mo ser jateirsnieate deci proveitavel.

-BNDUSTRlA PECUARIA 6ado bovino:-Figaram ar agricdlon do Dis(rkto iodas r i raças de aoimaes domesticas do Continente do Rsh. AS bovinas formam o capital n~aiaimportante da pecoaria ma. deirense. O numero de cabeças dcstc gado, amparado ma o dc cada tima das outras cspacics nas devidas relagões, e a rsaneira prqoc concorrcrn na agricultura do pai.2, aucto$im o que dissemos. Tambem nas suas respectivas aptidòes esta cspeiie se rercla de mais prestimo e em maior aporamc@o, em quanto u outras se mostram geralmente degeaeradu r

de pouco reodime~to. fiodo do r estatidtiea do a m o ultima, posgao o do Fuschal 36:338 cabeças de gado bovibo, c i h que xdim dobra pios differentes ~~ncclbos da Ióruia seguiata:

SITUAÇÃO

II

CONCEL~IOS

N.'

.............

Funchal.. Santa Crua.. Macbico. Gamara de Lobos..

%I30

.......... .............

/

1

1:8@8

4:Sl0

..... Ponta do S o l . , . , ...... Calbek.. ............. SBo Vicente.,

1:49& a319 8:668 8: õU0 1:$70

.........

Por@& ]YOBhii Qant'Auna Ilha do. ... Porto Santo. .......... J.IY

DO CAIBFAB

e.....

............

4:OOO li i 6

Como esta quantidade de gado ebt6 n .i,% itg, das n p ceeidader economicas do Districto 4 dif€i~i~:iL 4 : tlizer. : ~ u k v

L

gamos, porem, o pouco que a mingua dos recursos cc;s permittiu apresentar.

E de 95 cabeças para cada 100 lia biiantcs s rclayito entre aquelle gado e a população do Dist:icto. A tabella seguinte mostra qual 8 esta relação nos outros districtos do Reino.

Numero de cabecas de gado bovino para cadn 10 0 haoefrtntes

nos diferentes Disfçictos do Reino.

srru~~Ão I i

/

DISTRICTOS

Vianna do Castello.

.....

/ Villa Real.. ..........

Nortc

I

............. ................

Braganca Braga Porto

................

( Coimbra .............. 'entro

'(

Castello Branco..

......

~ e i r i a ............... .

Santarem

.............

? Lisboa .............,.

............ Evora. ...............

[ Portalegrc Beja

f Faro Ilhas doa

................. ................

Angra..

..............

................ ........

Ponta Delgada.

R.' 3 E ClBECIS

I

Deste qutdro uC-se que a8 ilhas da Madeira c Porto Saneto tem para a sua popuiago um nunioro do cabeças de gah borino superior ao que se encontra na maioria doe districtos do Continente. No entanto se compararmos agora r massa de carne representada pelas cifras respectivas a cada uma daquellas circumscrip~ões,teremos logar de observar que a superioridade notada e apenas apparente pela desigualdade de volumes das differentes raças destas diversas regiões. Por observações consignadas pelo sr. Lima, professor do Instituto Agricola, sobre as rasas do Barroso (districto de Braga c do Porto), sabe-se que o termo medio de peso vivo para cada animal 6 de 1533 kilogramnias. Todavia este numero referindo-se r uma raça de notarel aptidão para a cagxda, cumpre.não ser tomado para significar a média em relafio aos individuos desta especie de todo o continente. Parece-me, porém, que, se exceptuarnios as peqiienas raças do Algarvc, se pbde dizer coni algum fundamento que aqirellrt cifra nunca baixari de 300 kilogramrnas para as denxiis do Reino. Nesta illta, pelo que podemos deduzir dos mappas do consumo da carne de sacca nos trilhos do Districto, e do numero de rezes abattidap nos differeates matadouros, juigamos que o peso vivo de cada cabeça andará por 238 kíbgrdmmas, o que confirma sob&jamentc a proposiç8o que avan-

-

-

gamos.

Não merece citar-se o Iimitádiusitno comnercio de exportacá0 de carne salgada que se faz eoni o Reino : parece que anteriormente elle fdra rrais extenso, mas yite u preparação não agradara e viera ciii breve rcduzil-o. No paiz, o consumo da cariic! ii:njta-se es?!*c~t,in~cnte aos ioùividuo~de ~ e i o nao s rn~dirfrr~s, coiiqtsctlc) (!i. i>;jt1:uri ç

Mappa ckmonstrato'uo da carrze de aaeca ~ o ~ r n fios i d tnlbos ~ do

--

Districlo do Funchal, +tos annoc de 1856 a 1869. REZES GRANDES

kilogrammas 1855

588:964

1866 1867 1858

632:377,159 605:733,120 5341:504,384 497:5?18,176

1869 -

-

-

i

i

.

-

-

?2.816:966.832

I

VITELLXS

kilogramrnas

i

*

I I

! I

T07AL

?

MEDIA

i I

569:7CSfi 4:969,590 5:405,1%4 -

-

-

-

32:780,800

De outro documento que damos igualmente em seguida re-sc que d na alimentaç8o do Concelho do Funehal, que pela maior parte se consome aquello quantidade de carne, sendo o consumo do resto da populacáo do Dis:ricto reprcsentadopor um sexto apenas daquella cifra, s montando a raça0 alimentar der'-criero rio referido Concelho a 16 kilogrammas para cada Iiahitante.

-

r

*

-

--

-- .

;Vqpa darnowtratioo da carne de oiacca conaumáda nos talhos do Concelho do Funchal

I

-- -nqs

'\

annos de 1865 a 18b9, t

AYXOS

1855

1866 1867 1868 1859

I

/

/

REZES GRARDES

YITELLAS

TOTAL

Y~DIA

BAÇÁO PABA CADA HABiTANTE

161:467,ü81 526:579,&88

9.369:3b0,688

503:992,?76 443:990,080

173.870

614:3.88,480 - - - - 3 C i -

2.347:377,408

,

-

i -

81 " 9 7 3 , 2 4 8

-

-

f - .

Vamos agora ver tambem como responde aquella quantidade de gado ás necessidades agrieolas do IJistriçto. não só uma parte importantissima da alimentapão dos povos, mas tambeai e prinrirrlni~ntea garantia da fertilidade do rolo como elemento indispensavel para a alimenta* vegetal. Como tal fatia drv9 manter sempn, certa relação com a população, W melhor dizendo com a supebcie destioada a alinccitayiio do honiem. Sabemos que 6 de pai% 1 bectwes a relqão do gado bovipo pam a s u ~ r $ c i a ~ f . ; :&iai; ilhac, de que se m p õ e o uisttictg, A producção animal 6

Xo coiltincate do Reino

eltà

quota pecuarití e cic :i,7!1,

Pela mesma superficie possue a Fransa 20 tal)c!ri. a irlíiiiilii conta 25, a Eucocia 12 e a 1ngla:erra 33. "ta --i y i i ~ r i ù $ ~ @ e --C-.--_. tres9ùoi paires q"': é i c a 1 ~ ~ 0 de citar não E porém real, ja porqoe na maioiin dos c;!-{,;. i ccreatso bovina se faz no distrirto indcpendentemenic dii ciiItura, ja porquc as qualidades desta raça n5o podcm conipetii' com as qae sa 'riam xaquellu partc da K t i r i ~ p a . -eeiiiid~iid-; poi- iirna abundante producsho forragino~a. Como em tl.dos os paizes ondc se conscrla ;:iiidii a;;;iii:i

A '2,758

resto do pcriiirioso systema dos baldios. a cifra q u e cpiesriitauios 4 forniada na maior partc por gados quc st: : r ~ n reai plena liherdade naquclles magrissimas pgstos, por ccnia tic iodividuos alheios a ~gricultura,ficando condernnadf\ ao desaproveiiamcnto uma grande quantidade de adubo, o consrit«indo assim esta crea$!o uma iadustria inteiramente indepndkn te da producção agricola . Neste lamentaire1 systema perde-se uma porção ronsideravel de fertilisantes que deviam reverter em favor das &rras enltiyadas, sacrifica-se ao desperdicio uma superfitie que a Irboriosidade e a intelligeneia podiam tornar contribuinte, e promove-se o abastardamento e a degeneração das rayas pelo abandono e insufficieste alimentação em que vivem. A tabella seguinte mostra qual e a siiperficie destes terrenos nr ilha da Madeiis, assim como extenslio otcup;ida pelas auas piincipaes culturas.

*

Tuliella compuratiou d a r upcrficira occupadar pelos baldias e pelas crlturns mais importantes do Ilha da iaTadeirn e relacão para a sua superficie total.

XãCTABE 3

CULTURAS

I

TOTAL

1

1

......

\

Baldios e terras situadas a mais) de 900 metros acinia do aivel do mar. t9:148 Cereaes de pragana 4:619 Yinha $:boa Canea d'asrucar Milho. Batata, semilha, inlianie, legumes, hervagens, ete. . 10: 389

I

1

BELAÇÃO PARA A SUPERPICIE TOTAL

I

.........

.......

.......

Estas cifras esuo longe do desejado rigor, .ao entanto diio uma idea aproximada do que psrtendemcs. Foram duzidas em relação ao producto médio de cada uma daquel. Ias culturas por hectare a calculadas pela média da produc-

çáo total de cada anne. A parte que se refere aos baldios foi avaliada por iadividuos conhecedores da localidade e calculad~ssr.l,:.c Knrs planta bastante p ~ r f t i ,, 980 $vis 2 9 i 8 8 S,ei:inrl:s s:i;eii:fs att conipascuo; isto é, mais de -metade da superficic total vetada d esterilidaqe:

4:649 hectares dedicados ã cuitura dos cereacs; 2 :$O@\ hectares á vinba, 367 hectares a eanna de assucar, e finalmente uma superficie de 10:389 hectares, que fica para repartir pelas diversas culturas da batata, da semilha, do inhame, dos legumes, hervagens, &e. Satisfeitas, quanto cabia no apoucado dos meios, ns primeiras iojuncções do programma em que deve moldar-se este genero de cxposiçòes: vamos agora dar ~oticiado estado actual das raças bovinas, com as reflexões de que julgamos utiI acompanhal-a. Alem das influencias mais especiacs excrcidris pelos pacs nos seas descendentes, concorrem na constittiicno de ulna raga dois factores variaveis ao infinito, c qiic dar) assiiri logar as mil circuinstancias clifli!r,;ntt?s, qtiib t : , i . l ~ i i f ! : ~ .i% numerosas fácuilias cspalhadàs pcla supcrficic da terra. São de um lado as condições physicas, meteoroIogicas e topographicas, e do outro as condiçjes economiras, circumstancias e descavolvimrnto b ~ rtsvii!:i~;,e(i, s Rrd. Na0 interessa nem mesmo podemos apurar niuito sobre a origem da raça da Madeira. Ha boas razões para se acreditar que viessem do hIinho (patria de Zargo) os primeiros indit-iduos. É tamhem de siippor que concorressem outros do Algarve, d ' o ~ d enas priinciras epoctias accudiram grande numcro de colonos. A w r as' sim, da conjugação dnqiiellcs dois ranns, proviria a rap da ilha e a corpulencia dos bois do norte modificada pelo aligeirado dos do Algarve, devia ainda ir apoucando-se no vulto, de geragào em gcração, e affttiç.oando-se 4 imagem das raças pequenas dos paizeç quentes, de pastos finos e de relêvo tão caprichosamente niontanhoso. R Q ~ ~ TROÇ trabalho, O mediapia na secreção de leito, prurif)i

ducçíio a bu t daate dr: manteiga, 350 caracteres dcstas raças. Nos psizcs ricos de uma agrieiiltura intensiva e num slto estado de adiantameto, c onde um clima favorave! é ;ijudtido pela labariosidadc dc una popalação intelligente, as raias 1 onL:izeni-~c a unia p;od:!.c;io singular e o trabalho distril)ue-se c esjtcc*ialisa-sc scg:ind!~a aptidão da machina. . É o f c c u a t l i ~ ç i m oprincipio c!n divisAo do trabalho applii-ndo n r s t d s fabricas ~ n i m n i l . ~ . .Mas nas localidades em cirt i::i.stanr,ias int crsas, pobrcs, :i:i.asadas c separadas de outros etntros tie ~rodurção,habilndaç por uma população menos abasíadti, convern que a macliina possa satisfazer, embora prestando-se, mais imperfcitanientc, a uma muItiplicidqde de fins que lhe assegurem oceupação em todas as epochas. Naqutllles paiacs, os protoiypos de cada uma das aptidões, para o traba:lio. para o leitc c para a carne são a ultima erpressão de z p r i r ~ m c n t ode rada uma destas especialidades. NPS!CSa r~iii:i3r)de tres aptidi2cs em uin individuo é indisppn~r"I, r a mplhor ron4lincâo das condições anatomicas e phy.ii~;lngit~s q118 a favorecilm será a perfeição. A raya da Rfad2ira vive nas cireumstanciae em que se cria este ultimo typo, e a meu ver será um erro qualquer ailianca qiie tenda a imprimir-lhe um caracter dífferente. Vamos ver como etla se comporta em relação a cada um dmtea misteres. A raça pura de hoje 6 muito pouco numerosa; achamos no Archivo do Governo Civil noticia de que foram em 18091 irnportado~,por Miguel Fitzgerald, os primeiros individuos da raça ingleza. Propozcra-se este estrangeiro estabelecer aqui uma Granja-nioclblo, o sollicitára para isso a cooperação do Goyerno, a qual lho foi concedida.

Tomos presente o cantraeto cele6rado entre este ayeniureiro e o Capitão General, D. Jos&hfaooel da Camara, e igualmente a noticia de que Fitzgerald se vira pouco dupois abrigado, sem durida pela falta de conhsoimentos appropriados c diffieuldades que d'ahi lhe resuharam, a abandonar aqiiella cmpreu. De ha vinte annos a esta parte que não tem CCSsado a introducção de raças leiteiras ãas illias Normandas, quc se tem misturado coni a primeira, enl. repetidos criisnmentos. Esta aliança avdtou-a ntaiq desbastou-lhe o csqíicleto c afinou-lhe o todo, communiceil-lhe mais actividade nn secreção do leite; mas por outro Iado afinou-lhe as formas, csmoretendo-lhe o aninio para o trabalho, e sueisanl-se geralinentc da rebeldia que os novos productos offerecem á engorda. Como leiteiras podem considerar-se dc tcrccirn classe, se bem que inferiores ás suissas e turinas, que se ciassificam em segunda ordem, de Bastante superioridade em quanto ás do reino, conhecidas pelo nome de barrosans. Plrodiqdo de leik e@ aiqualas localidades da

Illra da Madeira. t

'PI{O~UC-'

$h0 AN- MAXIMA PIXIMA NUBL

LOCALIDADES

MEDIA

D A LACTA-

Litros Litros Litros Litros

Porto da Cruz. .' 1 : 0 4 7 8,4 São Viccnte.. . 1:080 8 Ribeira da JanollaatéaosCanhas.3:740 10,254 Saa'Anna . . . , . 1 :t 60

.

I,& 4,9 4 6

9,93

PERIODO

çÃo

10 mcz.

6

))

6,57 3 7 1 6

);

1)

Como I~cmé de suppor cm alguiiias siluaçúec ertremamse ellas mais que em outras nesta producção, o que se: vê das i~iformaçóesque acabgmos dc apresentar. E na penultima localidade, Ri beira da Janella ate aos Ganhas, que esta rapa apresenta maior producçáo de leite. Não vai com a regra geral esta circunistancia, porque é nas situacões ao Norte e principalmente quando proxituas ao mar, qiie a secreção do leite encontra condip3es mais favoraveis. Com eucito nos logares semelhantemente dispostos a maior hurnidade da atmosphcra entretem um meio ernoliente qae diminuindo a evaporação pela pelle e sollicitando os pulmões corn menor actividade promove menos perdas no s a o g t e conseguintemente ba bilita os animaes que partlciparn destas vantagens a uma producção mais abundante. Tambem a constancia da temperatura entretida pela visinhança do mar e a qualidade das hervagens não são alheias a estas circiimstancias. É observação de todos os cultivadores a quem pedimos iaformapões que o trabalho diminue a secreção do leite. Sobre isto a experiencia pronunciau-se bem claramente. Segundo o Conde de Gasparin, está demonstrado que o trabalho de quatro a cinco horas por dia imporia a perda de um quarto da producção de leite. Parece, porém, que a interrupção. do trabalho, auxiliada por uma boa alimentaçiio de trevos, lusernas, &c., &c., restitue completamente á primi tira aqnella secreção. O Barão de Cr«d é mesmo de opinião que o trabalho leve e methodieo de algomas Iioras, quando secundado por um farto e escoltiido rcgimen alimenticio, não póde prejudicar aquella secre$Ro, e è antes um elemento poderoso a utilisar na hygiene destes animaes. Tambem pelo lado eeonomico, o aprovcitaiilrnio das raras icitcirns para o traballic>

58 8 j ~ t an i n p ~ l ~ t m ~ ar ~certas tt

situaçóes em que 1i ~ ~ r o ~ r i e sc, acha muito dividida e em peiiiieria cultiirti c cspeci-

alrne~ite50 o leite náo tem grande \alar. Como ri,anrt:lgiit!iras sâo inferiorc.j á s vaccas dn Hretnnii3 c ris bons de Jrtrscf e Guernesey, que yroduzcin iiin biln-rnmm? dc c:nn:ciga da I 6 litros de Icite. Com cfTcito $30 necc~sarios para obter aquella quantidade, de 40 a 32 litros dc 1 t . i : ~ da rara dd Madeira. Mas é tambem verdade qtii: a rq,i IJclvctic~de Sçliwitz dá apenas 1 kilogramnia dc 'L3 liiros dc Icite.

A rrianteiga é geralii~cntc,ma! confeccionada. Como esta iodustria B cxcrcid,i princip:~lniente por indir idiios nlenos .il~istùdos, que poasucin apcrlaç uma oti claai; s;!rc35, O Irl!e te111 de ser dcrilorniln a!<> sc pcrfiizcr a rliiun:idad(: (ia nntu iiidispensarel para sc obter a roagula~5odos prii~cipiosbut~rosos, demora que é muito prcjudii*ial. A assoiias50 destes pe(lui:ws industriaes c a fabriça$o da manteiga eni commuin c1 ifaria este inconvenicntc. Mcrec*c brim i m itnr-se o qtie a ~ c melbante respeito se passa na Suissa. Tanibcrn não preside ii confwção daquellc gcncro o des~jado aceio. Estas causas, além da ignorancia quasi geral do nicthodo de salgar, tornam a sna conservação muito precsria. Em quanto á engorda, a raya insulana, supposto não ser de uma conformacão irreprchcnsivel, apresenta muitos signaes que por uma boa escolha de reproductores fora faríl fixar e desenvolver. Effectivamente observâmos algiins individuos de pescoço curto, cabeça pequena, de rins desenvolvidos c bem formados d e alcaira, ainda qiic pela maior parte bastos de esqueleto e demasiado pernaltcirns. Dizem-nos de mediana precocidade. Pouco podemos 116s concluir das informa~õe que á este respeito nos forneceram, tal (! a variedade d factos e opioióes que nrllar se consigaam. Parece que a er-

gorda atura eiti algumas 1ocaliJades de 8 a 10 mezea, em outras apenas 3, não estando em proporção o peso adquirido. Tambeni uns sujeitam os animaes ja velhos c cançados a este regimen, outros entregam-nos logo que tem completado o seu crescimento. Do que supponios muito irregular o regimen da ceva e milito variavel o estado de carnes em que os animaea são levados ao mcrcado. Como se v6 do mappa seguinte, foram abattidas nos annoi dc 1851 a 1859 nos matadouros do Fnnchal 23:656 rezes grandes : a carne destes animaes vendida nos talhos foi de 2.81 6:996,833 kilogrammas. Concedendo que ficasse por vender iima pequena porção d'aquella quantidade, temos. que o rendimento em carne limpa para cada animal será POUCO superior a 1 2 4 kilogrammas, o que bem mostra o estado imperfeito de cera em que aquelles animaes foram offerecidoi ao consunio.

Mappa n;imarico das cwbeca.r de gado unccum abattidas n/.s naalcrtlouros do Dtstriclo do Funcitnl, o rendimento cyozimodo de carne limpa para cada animal.

VACCAS

A N NOS

Numero 1855 1856 1857 1858 1869

f

i-----

L

]

I

E BOIS

i PESO EX EILOGRAlíIAS

11:118

tS48:96d

tí:$iiiO 5:168 4:%07 3:887

6323377,152 605:733,120

EB:BKS

I

533:50L,384 697:218.176

-----I----'

[

9916:996,832

---

-- - .- -

MEDIA DO RENDIMENTO POB CABEÇA

1i

134 kilog.

]

-

' C Y I - - - L I I * - - _ '

Sciilinios que por fiiItà de precisa i ~ l f o r ~ ~ ~tcnlianios a~ão dc nos limitar a fallar tão superficialmente deste objecto. Tambem e pela mesma r a 5 o iiZo poden~osdiir ideia do

peso viro adquirido diiiriari~entc, a r e l a ~ ã o entre este e a qunntidridc de alimento c ailida a propor$iio doa detelitros para a carne limpa. As raças ingleeas fora~iiiiitroduzidas na Madeira ha perio dc 1 0 annos. Espalliaraiu-se pouco a pouco por todas as frcguczias da illin, c crusararn-se coni as r q a s do paiz. Ja apontamos as influencias deste crusamedo, e ;i transforniacão parcial que cni virtude delle solfreram as rayns iudigerias. Dc Guerncscy, Jersey e Alùerney tem sido a importacão. Estas racas tenclcili a dcgcnerar fira do seu pniz naíal, pcidein ein hreve milito da secreção de leite que Ia as distinguia c emparelham nesta produc(ào as nossas turiaas, amojando quinze a vinte litros de leite na foria de lactaçáo. No que deixamos dicto jesumimos quanto julgamos de maior interesse consignar. O que para ahi ennunciamos fortifica-nos na opiniao de que as raças indigenas tem em si oe gerrncns do proprio nielhoraniento.

O clima da ilha, a feracidade do seu torrão, a perennidade e ahundancia das suas aguas, estas prodigalidades que a natureza lhe cencedeu, que a fazem rniffiosa e privilegiada, não si10 unia ostentação vã, encerram par outro lado eiementos de riqueza, que secundados pelo trabalho do homem, hão de florir cm beneficias progressivos.

- A criação caprdllar constitue uma pe-

Gado cclvullar :

quena industria na Madeira e nem pode tomar outras propor, ~Ões.A (livisao da propriedudc, o montanhoso do solo, a di-

mintila e x t r n s h das pastaprns. o ponto prqucno

em que

a

cuorcx! clni twfas as su s relagõcs c dcpend e n l iiis, tis~igriiin~-lhc as l i i ~ i i t i *do ~ sclii desenvolviirlento e tid;l

a g i . ola

traynr:i-!!~c a Os

si!

i i \~i~l'ia!!ilid;id< (!c)

a i ~ i i i , í i ts

S P ~ Imotio

dc ser.

d ~ t arnyn, sobrios, duros, P ~ ~ O ~ Oe~forSOJ,

gados c d c singular artl,%n( ia, pnilian) por intcIIigentes empa-

incalfior ;ilin~rntnyãoadquirir maior cstatura e niais rtigiilarie'ade dc foi-mas, o que sobrctmaneira augmentar.ia o p r i q c cdimacão qucBas su IS qualidades moraes reItiariit.rit~,sr iiiiia

the trm grringrbado. E piira isso comiria que o Governo

para o cffeito fizrsse vir algiins ri~picduitores da pequena, mas boa raça das montanlias da Escoiia. esta hi lcc*cssc nosta ilha uiii posto candcllico, c que

-

6trdi oaino : Niimero de c n h ~ a sde gado oiino axíswnti? na Distrit to do Funchal no annai de 1863, sua produc@o em lan e media do rendimento para cada cabeça :

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O prt*>t8nfci'iiiiiiitíi cixll.nliitlo t1;is cstatistic.ao oflic iucbs, mostia tliiiil t rii

liiiii;tli'o dt: c ;il)cm!as i/c g;i(lo Iitliigvro t~xise o S . I o 1 1 e ir1cJi1 a i g ~ l i l l l ~ l t ~a~ i t , t ~ quan~icintlu clr lilii /:',r t-1:c pi-Iiliiziila no niesitlt, anil,,, assim como a niedia da prodiiccão por c abcya itm c*nd;l Cf,rlc~c liio. Alguns pcquencs rebanhos dc raças estranp~~iras m~riilos, s o ~ i / hrlooi~2 c de outras ~)rc)cctlrn.ias faz.111 ;ituIlar aquella cifra cru quosi todas as loraliiiíidt~s. porque a raça c10 paiz é tniiito escassa nesta produc.~ào. Por iaformações partif.ulai.cs podtlrnas saber que crn toda a região rluc \ai da Hib. ira da Janclla ate aos Canlias uma ovclhn de raça iir;idvirc~iist? desl~fijnum tcllo de 1an de 688 praminas dc pi8so. t'rri c'nrrieiro simer.ta[' prí~duz ordsnarianivntit 1,032 kilogi nninia~. fio Cont.tblho dc S. Viuikntc a prl cl~i!y;io(ir tirira ovc~ltiiiítriclii por I I I ~ I kil~graniiria. 0 s taarnciros t lit*g,tni a (liir 1 ,600 kilograniiiiiis. Etii Sanct'knna passa-SI, prc~n;iiilniii:~ntc. o nic.sliio. A; l i t i i ~I)r:tncas >do ns prcclt,niinnntcns n n Distrit.to; as de côr prtht;i figuram apeniis por iiri! cliiiiito da ~)riidti,yão total. U i ~ ~ acs outras sâo t.onciin~itlas n,i Ioc cilidiitltb e scrocrn á conl;.iyão dt)s tersidos prns.ii*iros canhrc idos 1)t.lo nnme dc ma-. seguill~n,e ~(aadn (Ie quo se vestcin os habitantes do 0

canip. 1 ) ~c e t . \ a diflil il c tardia a raca do paiz não B babem

nota\( I p.la prtitli~~ :fio do I i b i t i ! , ynth um vclho prt~juizo da localil!iirft? srt rific a cxt 1 i i i ;imentia á alin~iliita~ãodos anhos Par~bir* qt;l: i\:nora aqui que o Itbitc dt? ovelha entra na fatlric;.
Asf'iri~C Q K i t ,

6F:I

~ c I i l s 3 0 as rasas bovinas dicemos não

ser nccess3rio procurar fora do paiz os elemento; da sua reg e n e r a ~ . ? d~ e, i enios nii~nc-ioiirraqiii a inipossi hilidiide de oliter o rnelhoraiucnto do gado ovino seia a ilitcrvcnçào dc uina raça estranha. E~titncc~cssidiirit! é de ha milito rctconhcc~i~la.e ternos prescnte um oficio clirigid,~ao CaliitSo Gvnrral U. Jtisé Manoel da Catiiara, rn) 1802. cn) qiiil o rogc.ntch o fvlicita IIPIO bom rczultatln qi1ib Imuvi~rada in~rodui:~àodo gitdo o\(~lhum de lan ronilirida nllsta ilha, c Ilie faz saber todo o tbii~pt~aho quc o anima na iniportaiho dtbstc gado tanto piira n ill~n(-0mo para o contin[,nle. Tnirib:vm de alpiine pnpois que \irnos n o Arclii\o, const a que ctm 1802 offtaroccra Fiizgc~r;iltl ao Governo iim t risal de gatlo lanigcro da mnis es, el1en:e r o p da Inglitterra. Co:no, porém, sc abnndonariitii aqut Ilas tcnnlatiws aiitrs dc havercni prot11~zido os rc'aultiidcis devitlos, C mister recorrcr noiami*ntcás boas racas ingl(1zar, e nnnicladamcntc á c.onhoc.ida polo nornc de sotith-(lown. de quc jn se tem introduzido algrinu individiins coin fvliz sii .cesso. Ttilvcz que não fossc de a)mt3nos prorcitn H csi o(.eza dtb Bla k-fn +ed. O meio pron~ptoe fal i1 de crear unia noia racii scria ii importacão dc carnriros das origcns qui. i~idisnn)os.e o srly crusamento roiri as ovcllias do pniz polo tnethodo dc hlalingié. Este engrlrihoso ri:ethoda consistc cm t3scoIlier pnrn cste effeito fthrnvas sem nierito intlii idi al iorrse bred ((nisl nnsi ir!as) sem íixidoz dr rarai.tflnBsde rayns att.ar~ssndas,para q116~ s6 transmiuaiii estas qiialidarlr~saos deic.~nd(v-Jtr$s, e ;to contrario, pcla su:i piyutlna fiiriililadi: de as:iiiii~lhaÇão dt*rivada da mistiira dos sangui!s, fac~lit1.m a iinpr, s d o da potrnl.ia nielhoradora do macho. O mrllioramc nto das rayas oviiias iiào 6 questào de pcquclna nionfo. O capital ni*llas empri)gadci e dos mais bem remunerados da agricultura e em muitas s:tua-

ções

a sua imporuneia egualú, se n8o excede, a do gado

grosso.

- A ea bra, animal pctularite e selvatico,

Gndi caprin? :

é o miiis crtici agoutc d ~ plantac3cs s c tios bosqiics. Vivendo a;is rnoiitanlias nll.antiladas c por enLrc rochas inaccessiveis. dos a!imentos mais ingriitns, s8 p6dt? arhrir ni1sta rusticidade rdziio do siau niodn de victsr, quiwi natural c primiti-

entrc! patos e c n ~ t i i i i ~ it ~ivilisados. s Rnenilo a casca dar novas arvores, ucrgandn-as t? traçando-lhes o s lançanientos mais tenros. pareise inot*tilar-lhcso gibrinen de urna mmte 4ta, dz iinm atonia prtbmatui.a: tão diffil,iI é regpcbntaral-as ela profiinllo r;ic*hiti.;nioq i i o Ilirs imprinie o diante damninho dcs* tes aiii:i,aibs. Cr.ilnilns i: sri;tt\nrn I.: : oin I nliilndt~sclrn q!ie o suor d,, homcni scrin i n f t a í uiirl i, tbiri clli<: :;a air.v:,r~sfiiais sifvcstr.bs niin .a c~hcgariaii) a ad,ltiil ii* o dest.il\ o1v:iiii:nto de acanlia4ns arbustos, eilas o!krecciri o i~riittameio de kxyloc rar acltic~flestcrretios. Crznas que no Di~trilbh,rlo Punrhal, s6 nitiito e a r q b nafmentc, se dafio estas vir\.uiii!tilii: ias; raros scarrio os ponC ~ otlde S afio p ~ ~ r dar-se n i n.; c~~rz~fercts plantas qitc arrastam com as sit~aqõçfsi l ~ i iaridiis i~ e clrii: \lcbstiiidn as crista das montanhas, abriga111 tla sua vcgc.tacáo os vallcs contra a impetuositfatlc das cnrrcntrs, consolii1~11n com OS S I I ~ Sraizes a casca exterior (10 solo, mantem a frescura do clima e pnntem a p:~rpi~tiliclàde das agrias. VO,

,(

A cxistcn-ia das antigas mattas c a í'tlta de combustivel que d'ahi sc deriva, a tiltibração do clima, o entraquecimeato das nascentes, &o outras tantas razões *e tofnartt

Oiornrntosa n ai borrsasão J'll t ' í I ~ % t *.il$i10 f

dils

ia~,ntanIiasda \l,idcjrá, a scvc. ii~llfilca e Uiilii (]t.svelaija protec-

(:as

niittiiis

cão Ai; plantatótls nas[ I iittls.

E nssiiii qi,~! julgaiii~is a njins4x~nt;i-âo<]as enbi.ns nas moriianlias. ciii pivnii liheidadr, incoiiiliati\ I t.om 0 progresso da agrii.ult~iraiiiutli~ircnse : fiic-il tios f6i.a iiiohLrar mais OU mciios intlirtmitaiiicritc cste faleto fi:re t. j , r i . j ~ , i i ~toilos . ~ os ramos da protlu +cãoagricmola. I< tclja-se 4ur O IitInlerO de C8beças deste gado no Uis~ritto anda por 8 1 :8 J O. Q rclndiiiic*iito das (.abras quca vittbni sinlillhantempnte 6 reniunerador qicantlo Ij:l?tai~i tini ttbi.ri.iios inii ir.;iiiiiBnttb iliiproprics ao oiitn~gra~igvio; niii.; cÓ niaini. I)*~rqu,Sa preduccso do I;itc é dimiriatcl. o cistriiriiih n,i:, st: nijii,\ci:;i c cori!ra a sua c.arntl ritnge o piilntlar iiiiiis gso*srirn. Mas n3o lia a r111 n:)r rirc*c~ssiti;iti,! a< ditisnr pastar livn*iiii.ntcl. A s doztl c-oiiiiina~sitiii:das nn I,vão, nas pt8qiiihn.:s in:)nt;iiilia. d1t Mf?rit'rllor 1,yonri;ii.; iip;indo a lin~iiatla r i 1 8 kilnn~(ltrosq ~ i a r l ~d. ;:S. ~ustentam 3 3 : O O O rattras c*iii r*stnhiilac,in qiia4 pctrpcbtiia. N w t e tantajwn crqtt3ma, uma cabra c.hfhgn ;I (lar r, produtnrt~bruto de 22: ti00 rr. ananno nat~~iriinrIn ;iiiiiides, prndiirintlo para tinia do 600 litro!: I r Icitr. a. t rPai ttndo a ibtn o aprovcitarnf~ntod i ~um ahiliidant~e c@ *na adtiho. A )~.si*rnae carvilliai.a, n I;iniltt, as folhas d e pitvira. 3s batatas. na b!:s, irili;inic~s,2s follia!: de \ inha, FRO cs a l i i l ~ ( * n tque ~~s alli sc I l ~ ppri;pori~ionnm. Alkci, rl(lslibe tonl tani! ilm fogar OS fs~rlIl~rt~1~ P ~ soro I d~ Ivitr, as Iataduras das plantas midas, .a rcgiiar g~irtlurosasíla Ii!v:igrm das louyas de (fiocinha. &C. A qauaniitiadr de alirnibnio por dia anda por 10 kilngrammas de 0" o a 3, de fthnn spcrn, isto é, 6 e 60 por ecoto do peso vivo de cada aoimal, calculando este (111

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em tcrma wedio. nwim qiic n rnr. de Lavrrgne fallando da ininirlaqfb das tnya.: 11 ! hiilnra e dc Thi!wt cni Fri1n;a. diz qitt! o typo indip II;I e tan pn*,iosc, ~ I I Cntiri ii (1211~sc fitllara bi~staiitt~,e que (I.;: R *ii)~~I:s~n .ni.. a (.;ih .:i I .ira, n entig i A l i ilihea, que ~ à éo tlifiit , qti c.oiilii,ii a nut .ir os Iii~iii.ns, q~i111d0 antes ali[~it&~it't~ii os ii?;rls. b i t

-- Encontt-nm-?;c na illia porcos

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g1rirn'fr.j ín;is. das differ~nt~s mfiis ingliws e de algiituris

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c l i r i r , ~ qiic os httrhi ioros. a a:.lirilt!ri tiiyà~)de

qii;i Iqii!*r ra-

ça csiriig.-ira corte m:ani)s iWii es qiie as d e oiitriis F S ~ L ~ C - ~ C S de giitlo. A..
t ~ t mçín F,irtiirii n3 nilDsacio tra!).illi;iclor c10 (*litipo. O I)!w.o C o animal dos ~ ~ i i i z ~ bpnhrcs s c clt! p ~ q u ,na propri s i f a d , ! . Vor:iz .i; e o.iinivcrns, a fit a i i l l l i i I,! t l i su i protio scsii ~)rcro,t i I nam-:I pre. i 1.0 c papfln cr a ~~~)clici(liitl:? i n ~ l i ~ p ~ ~ n s npara u r l os po hr,.s ha hitiin t r i dos nnsws campc. P tini *o c*ompatirel c-oiii n t?striaitc:s;i dc scLii; nicbios.

&iasi

plaotaçà3 dd sobreiros, arvores qiie se Jiin brm na ilha,

havia de conti i buir poderosamente para o desenvoIrime~ia da~tacriação. O sobrciro tom sobre o carvalho, seu congencre, a vanUCem de pr&íir e eoiiiça, cujo talur é hoje muito considc-

mel. A criaea deste gado em plena libi*rdadc pelas serras, como rc Bz nr ~iiaiorparte do Uirtrit.to. é iuí,onrcnicntissimo. As alluvibcs, as quebradas, os rorrcgos catados pelas y i i a s do inverno, &o Irequentcmcote orcazionadas pelas rcmqEões de terra practicadas por estes anininrs. Perdem além disso o s arvotcdos novos c inutilisam compll~tamcstea pastaEem para toda outra erpccie de gado. As raras pliandonadm a si rncsnio (80 ~.iic-ccssit;inicritc ~)crdvntlo as qiialitiadcs rcvatris~~s q u a~ dniiiosti itfiitl,: l t i ~dera c fazendo-se pouco a pouco s r l i agcus c RI :ntcsinris.

EXPOSIÇkO DE GADOS Ao con:-liiirrnrs c ~ t inntii ~ ia sobre as differentes errpecitss tlii p(~p1iiiry5np ~ ( u a r i u tla Madeira, cabe-nos naturalrncirilkt rlizcnr algom;is p,il;ivras sobre as exposicõcs crcadas por Ici dc 16 de dc zrii: bro dc 1852 c ou, o fim de promover o diis!bn\olriniiiito das crcacõcs c foincntar o apuramento dos g :(19s. E s;~fiirloqiic rs!iSs concursos foram plantados no nosso paiz a cisc~r!:pIo do quc prowitosaiiiente s e praticava no estraiigiiro. Seo j5 dt.rorrirl?a dozc annos e tcdrivia apesar dos iu ccntivos dc cfiversas ordens, qiie dc\irini attrahir os creádores, cstns fcsias sJo sempre pouco concorridas. A repugnancia para todo o genero de ionorasões , esta ma vonta-

de assistnla da indikrcnça que nos é Iilrbitual, e uma iw iiierer ida dcnco~ilianynpelos actos publicou, tem tornado tcrit 2 utiia *grande partc do Rcino estc providente pensatncnto.

I:~izci.iiIionrosa csccp@o algiins districtos do norte do paiz, onde a ideia do Gov~1.110f ~ intclligentenicnte i acolhida c. aprovcitudo o Lcncficia que ac~iicllamedida proporcionara. As e s p o s i ~ k sdo Poslo, e c!c.Braga, tem prestado vern d ~ t l t l i r ~scrviqos s -aquelIa parte dù paiz. Estes cscmplos, a for@ das ideias uovas dissiminadas pelos jornacs c espalhadas pelo Instituto Agrieola, o notorio adianlatnepto que nestes ultimos tciupos se tem manifestado eiii todos.os ramos da indiistria dos campos, vão accordando OS cspiritos para nlcllior caniinho e predispondo-os a acceitarcni com menos reserya as praticas e usos modcrnos. Ilojc pois que coiiiecarn a ser mcllior coniprchendidos os fins dcsta iristitui$io, parece-me que muito convinba introduzir algunias inodificacóes no Regulamento que sçoinp-: nhou a lei dc 1824. Para facilitar aos criadores o noviciado da praciica importada por esta lei, e tornar os concursos accessiveis a tedas as iniciativas, abriu-se campo vago as differentes aptidões e deixou-se ao conliccimento do Jury ( f o r inado pelos representantes dos interesses locaes) a liberdade de .encaminhar a producgão pecuaria em qualquer sentido. Uma consideracão igualmente justa presidiu a parte do Regulamento que determinou que as exposições fossem celebradas nas capitaes do Distsicto. A presenca da primeira auctoridade tlestas circnmscripcócs adininistrativas, a maior facilidade d e conciliar uin certo numero de elementos c d e haver mais variedade de recursos foram sem duvida as circumstancias que determinaram este ponto. Parece-me, porém, que é ja oppor-

tunidade da tornar mais effectiva e nicllior fundada a dirccciio que por via das exposieóes se póde imprirn~r oo iiicllioramento dos gados. Julgo que em ordem a conseguir cstc intento deveriam deterniiiiar-se por consultas sollicitadas is Sociedades Agricolas e pareceres dos empregados technicos, (Veterinarios e Agronomos) as regiões agricolas mais bem caraoterisadas de cada Distrieto, e promover os concursos nas sé6es d e s s a regiões, auioldando o seu programma a índole especial da producção que, pelas condições da localidade, mais ~onvenhaincitar.

0 conçurso succedendo-sc annualmentc cm cada um daquelleo centros agricolas, havia de Icvar lentamente o germen de um adiantamento racional i pecuaria de todo o paiz, desenvolvendo c animando as differentes especialidades que 3 variada comtituição do iin-o solo pode offereesr vantajeramente. A quem esía ideia parecer ewgerada, em relaggo As circumscripçóes tZLo limitadas como os nossos Districtos, só fembrarcmos que em um paiz. tão accidentado a agricultura, varia freqaenternente, as vezes mesmo de freguezia para freguezia, mudando completamente d e condições desde a nritureza, relevo de terreno, clima, até a constitui@o da propricdade, dando assim logar a produc~õesdiferentes. 11npeí.a ainda a favor da nossa ideia a difficuldade que h?. na rcnioçiio dos gados de raças mais finas para localidamuitas vezes distantes, por caminhos pouco trsiisitaveis, e occasinnandn rlespezas a que os criadores de mau grado s~ sujeitam. Se isto se passa no continente, onde a \iaciio mesmo nas peiores condicões não pode nunca comparar-se qom as irrcgularidndcs da topographia da Iiatlcira, faril c de concehcr que crii ttma c x y o ~ i ~ i i cclcbradu o riu F i i n t l ~ a l , (6's

parcialmenic poderá scr representada a poptilaflo pcctiaria do Districto. É isto o q u e a cl;periencia tem cabalmente confirn~ado nos quutros concursos para que em diversas cpocliris fora111 convidados 03 criadores deste pniz. h piiiieira cxposicâo dc gntfos, cc1el)rada no Funchal, ic\.c lugar cui ai!!.il dc 1 Sli0. ,i coriciirrciicia fqi muito limitada. E:ii abril de 1861 C z (i S.::.icdade Agricola uma expo=.siC;To geral, e, corii qriaiito ntio f.:ltasscm empcnlios para qiie os criadores calril,issem OS seus gados, o resultado foi pouco anirnâilor. A espeeia mais nun~crosanientc representada foi a Iio\i«a qrio contava 28 indivi(!uos, todos dos arredores do Funchal. i erposiyão de gado de 1863, apesar de quanto, por via das aectoridades locaes se fez dizer aos criadores, compareceram apenas 9 caberas, que por falrareni d condirão indirpensavcl da coii~pro\n.80 da natiiralidado c criarão não poderanl ser admittidaz. so nliri

Em 1 8 6 4 n coacorrencia não foi maior, e no entanto o concelho do Funchal poderia ter apresentado exemplres selectos de raças leiteiras e alguns carneiros de céva. Igual censura não cabe aos outros concelhos da ilha, que pelas difficuldades quasi i n s ~ p e r a v e i s ~ dvia@&, a esgararn ea impossibilidade absoluta de fazer representar os seus gados. Em vista do que ternos exposto, julgamos que as exposiç6es de gado pouco ou nenhum beneficio podem prestar a pecuaria neste Districto, e convinha mais talvez animal-a por outros meios. Lembro entro ellcs as subvenções aos criadores que sustentarem reprociuctores das racas mais prestadias a cada localidade,--a distribiiiriío de sementes de forragens, pre-

aos individuos que cul~ivar~rn a maior parte dos seus terrenos de plantas destinadas a .alimentaçáo dos gados. Entre muitos outros meios, que estão em pratica cui paizes mais adiantados, pareceram-me estes os de mais ia? cil applica~ãoas circumstancias do Disiricto.

mio9

PRADOS NATURAES E ARTIFICIbES PASTAGENS, COUTADAS E BALDIOS

Com o melhoramento dos gados prcndc csscricialniciite o desenvolvimento dos prados naturacs s artificiacs a cxlcnção e aperfeiçontncnto das pastagens. %o pequenas as supcrficies destinadas no Districto a

cultura dos prados natiiraes mas é bem confeccionado c de bDa qualidade o feno que delles se colhe : abunda principdmente em gramineas, fromenlal, aseoem, balaneo, feno de cliezro, sendo mais raras as leguminosas. Os prados artiíiciaes estão pouco introduzidos na agricultura do Districto. Vimos algumas taboleiradas de lwscrna que mostraram -a conveniencia dc uma mais ampla gencralisa$io. Esta planta a niuito pouco coshccida na illia, oii pelo menos, niui Iiiiiitadariicntc cultivada, o qiic 1120 posso attribiiir senão ao desconliecirnento das qualidades dcstn forraginosa, c do reridimento que a sua cultura pode proporcionar. Para que os leilores julguem das vaiitagcns que a introducção desta planta deve trazer a agricultura do paiz, apresentamos o seguinte qliadro em que cstll calculado o producto liquido de um hectare de prado com applicayão ao Sustento dc vaccas de leite.

Ec.odtodiiclo lipitla proctuoel de 1 httlnre de prado de Itiserna applicadq ao stastcnfo de uaccas de leite, RECEITA

DESPEZ.4

Produc$ío annual do mantciga de Ei vaccaç p r o d u z i n d o 1:470 litros cada urna'(~ortoda Cruz) c calculando que cada 20 litros dbni rira g$bOO um kilo."' de manteiga-367 a 400 Despezas annuacs de 166&800 cultura e collieita. 15&000 reis. Renda do terreno. . 7 0 ~ 0 0 0 ' ~ x t r u mculciilado e scJuro dc 3 por cciito guodo ~ e c o i < r i . i i , ~ , do capital cmpreCIUC O consumo angado na compra dc nua1 de forragcrii por 100 dc peso Fi vaccaç a Ei0$000 rs.-230$000 rs. 1E&:i00 vivo, mais 3 palha consumida nas Para ainortisa@o c camas, multiplicascguro deste cada por 2,20 dê pital, 10 por cento 95&000 o valor pretcndido, c sahcndo que Para um tractsdor, antiiialmentc. .... 60&000 acluclla cifra por Divcrsas dcspezas. 5&000 uma vacca da Madeira é de 2:606 Juro do capital em-

1 por cento de aniortisacão e 6 por cento dc juro do capital empregado na prcparaf8o do prado (7866 1.0) , Conde de Gaspa-

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Transporte ... 1Pfi&S00 li. mais 300 li. de caiiias 91:9GIi k. a 600 rois cada 1000 kilogrammas 1941 80 f 98400 0 Rcsiduos de leite, ri.Differença parri a re-tellos, &c. ...... 5OIj008 ceita .......... 4 8 ~ 0 8 0 ~ ~ a l c u l a n dao raqão E=== de feno de cada vacca em 2:60G '/ L., e dando o prado, 15:300 L. fica coriio esccdente 2 : 1 4 0 do valor de 9 0 0 rs. cada 1ã,68 8 kilologrammas 31$000 Transporte 193&000 pregado em utcnsilios. &c., no valor d e 50&000 rs., 30 por cento. 6&000

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---2466980

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De muitas outras plantas de forragens podia vantajosamente lançar mão o agricultor deste paiz. O Lolium Italicum, o Bromium, as dirersas especies de trevo, a ervilhaca, a serradella, o melilato, parece-me teriam um completo sucesso. Nas pastagens não ha os cuidados de mondas e outros, que n'algumas partes se praticam. Estas ç3o principalmente forma-

das de gramineas: o Loliurtr perenne, n Festuca bromiitdes, 4 Brisa nataximn, a POBanaila, irrolctis o lnnatns, a Aoena hirfitltr, &c., são as que mais comniumente se encontram. Os baldios siio os terrenos que pela difficuldade do seu ainanlio, pela siia altitude c ausencia dc certas condições de abrigo tem escapado ;í ciiltura. IIoje é urgente melhorar estes terrenos qiic podcráo depois dc povoados d'arvoredos continuar a prestar o seu concurso á pecuaria do Districto.

Entre as questões transcendentes que justaaente praocirpam o espirito das populurões dos paizes montanhosos nenhuma tão iniportante conio o problema da propagação e conservilcão dos arvoredos nas suas serranias. Sas localidades scnielliantementc dispostas, as arvores sustentanl e amparam com as siias raizes os declives c ladeiras. Os isamos e folliss rcparterii e divitlcm as aguas das chuvas e rctardarn assim a sua agglomerayão. Os expolios que annualmentc depositam no tcrreno auxiliam este effeito pela sua grande faculdade de absorpção, substituindo-se desta arte, um escoaniento demorado a rapida forinacão de torrentes de uiolentissimos effeitos. É opinião de authorcs muito acreditados que o solo das florestas bastante populosas possue unia faculdade de imhibi@o superior ao volume d'agua produaido pelas chuvas mais torrenrines, ao passo que estas em serras calvas e fragueiras despenfiani-sc com violeneia dando logar a estragos incalculaveis. São clles tão freq:~entesoa Madeira que a nlío se lha acudir corn reiiiedio jirornpio c t.ncrgir.0 muito brere ter& de

&ntapse coni a periodikidàdc de' uni tal fldgello. k sabido como as arvores reunidas ai11 grandes riinçsas formam uma das maiores poten'cias da natureza. Iiiíiucm sobre a temperatura das localidades, in tervem na distribuição c queda das chuvas, promovem a brmação de nascentes e enicnderri na sua coaserva@o e perenmdadc. Bm um paiz onde a e s t a g o talorosa anda para aturar dous terços do enno e as irrigaçúes são obrigadas u q u a i todas as citlturas, a existcncia das florestas nao pode deixar de considerar-se como a mais solida garaiitia da sua fertilidade c abiindsncia. Quebram a violencia dos ventos e niodilicam as siias propriedades; scmeadas ao longo das costas abrigam os terrenos da invasiio esberelisadora das areias, que ti para a sua agricultura um dos mais frequente3 contrateinpos. E deste bom officio frizante exemplo o nosso pinhal dc Leiria,,qiie, como todos sabem, s e deve a mente escla ~ e c i d ad'Elrei D. Diniz. Os arvoredos constituem um poderoso agente de fcrtitisação, enriquecem os terrenos em que vivem com os despejos que estão constantemente abandonando e são como taes base do engenhoso systema d e Royer, posto em pratica coiii muito resultado nus terras fracas da Bretanha pelo intellige~te Agronomo daqiiella parte da França Mr. Rieffel. Nos paizes desprovidos de conibustiaeis Cosscis a consersa$io e desenuolviniento das fiorestas toma logar entre os interesses sociaes de primeira ordem. O uso frequente que sc faz das madeiras em todo o genero de construc~õcs, o imnienso valor de certos proditctos destinados j. marinha, em lini as necessidades sempre crescentes do millinrcs de industrias, asseguram ás producgões ílo-

cstaeç todas as vantagens de iim avultado lucro. Portugal importa annualmente unia grande quantidade dc madeiras de diversas apyilic.ac;ões. Em 1851, scgundo vejo eni uni exeellente trabalho do 111r.u antigo c distioeto mestre o sr. João de Andrado Corvo, u valor destas imprtaçõcs foi de 566:108$689 rs. Deste valor 360: 1236332 rs. representa madeiras para a taunoaria, aduellas e arcos, -105: 6 0 0 6 3 8 4 rs., tabuado para construcções civis e maritirnas. Estas são ainda muito limitadas entre abs, mas não podem certaniente deixar de acompanhar o desenvolvimento de todas as outras industrias e o progressivo melhoramento das nosss colonias. Nos quatro annos de 18tiO a 1864 construiram-se nof iiossos estaleiros 174 navios, cuja lotação andou por e6,543 toneladas. Mas ai rida para este limitadissimo numero de construcções, niio chcgiini as madciras do Reino, e temos de recorrer ao estrangeiro.

Não fallamos ainda no extraordinario consumo doa caminhos de ferro, só para os quaes precisamos povoar de arvoredo todas as nossas charnecas. Em cada kilometro deste systema de viação empregamse 1:000 travcssasde madeira falquejada, de um volume igual a iim decimo de metro cubico para cada via. Asim os nossos 697 kilometros de caminho de ferro actualmente em ~xplorafio, gastaram na sua construcção 69:700 metros cubicos de madeira, e o seu entretenimento suppõe um consuIWJ nnnual de 6:970 metros cubicos. E note-se que o desen~~olvimento das obras publicas, e das construcçõ;os civis começa apenas agora a manifestar-se

A lande, a castanha, a baga dos differci;ics loureiros, o fructo da faia, o qucrcilron, a corti~a,os cni:-c-cascos de diF-mas arvores, difkrcntcs resinas, o assucar ti ) Acer .sttchnri?riu,c varias outras materias, que fora longo ( i tar, consiitiieni taiiibeni rcxljmcntos importantes dosta ind,usti ia. A caça qu.e se crip qos terrenos arbrisados nZo pbb igualmente deixar dc ntcncionar-se, quando sc trncta dc florestas e .dos interesses qiie lhes andam nnncsos. A Madeira foi cm outros tempos aífamada pela cxlenyáo das suas florestas c pcln varicdadc c valor dasessencías que as coiiipi~nliaiii. Iloje florrsias c mattns 60palavras poiiro n~odes9s que ninl cnbeiii aos pcqiienos c raros riiacissos dc vcllio rirvoredo qiic 11.1 netiinli(l:i(lc se encolitrani cspnlhados pcln Illin. o que o ferro c o fogo (10 cnrvoci~-ocão dinrisn-cntc dcsbastando, ou alguns plantios de mui moderna fundaçso, para os quacs o dente dos gados vagabundos @o 6 mais indulgente.. 1Pennitta;se-nos que chamemos em mo auxilio a penna acreditada da engenheiro Oudioot, que fez sobre o objecto ipportantcs observa~6es.-((Nesta ilha &o se r&mais que aspcrrimos montes separados por intervallos qiie mais parccew abysmos do que valles. Apenas sc descobre alçuiiia arvore no

pliiz que deve n siia dcnoti~inagão cis niagx~ilicas n~attaçque cobriam sua supcrfiric c dc quc não restam vestigios senão cin alguin precipício inaccessirel a seus barbaros C estupidoç destruidores. » Escrevia o citado cngcnliciro debaixo da iinpressão da terrivel ailuvião do dia 9 de outubro de 18.03. E era ja U o grande a falta de madeira ncsta cpoclia que, querendo algumas facbinu com que diz teria facilmente ala1hada as miaas do Funchal naquelles dias de dcsola~ão,náo pUdc bavebas, ~endo-seol~rigadou deixar tudo á mercê do accaso.

h5 scrras da Sadcira que erani ciii oiitro tenipo cubertas de arvoredo foram pouco a pouco sendo despojadas d'elle, e estão hoje redusidas a escalvados estereis, só mui pnrcanicntc vestidos dc algum rasteiro ointto ou dc rnagrissinia relva qiic o continuo pastar dos gados eni coniaium, não deixa niediar, nfio podendo pela niesrna razão desenvol~~cr-se alguma planta arboreu qiic unia ou outra vez brota enpontanea~iientedo terreno.

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para baiso das terras sujeitas ao coinpnscuo que pela niaior parte vigoram algumas novas plantaçúes, ou se coaservam restas dos velhos arvoredos, que, tendo resistido a injuria dos tempos, vão todos os dias suaumbindo aos vexames e dovastaçóes de uma popuiaflo iinprevidente. S ~

As n~nttasda Madeira ou pertencem aos munieipios ou Oposse de particulares.

Aciiani-sc niiii tas em estado dc yro-inilz~liso, c acerca de uina grande parte d'ellas ha contestacócs sobre a legitiniidade dos seus possuidores. As priucipacs que ainda se conservain siis as do Rikiro Frio no Concellio de Sant'Anna, propriedade da Camara a d e differentes particulares; ar da serra das Fonduras, do Concelho de Machico, as da scna de Saota Cruz, ar do R&@ o da Ribeira da Janella. A flora florestal da Madeira é niaito rica .e variada A situação privilegiada desta Ilha e a conformação das suas montanhas permittem que se encontrem aqui todas as graduaçóes de temperatura, e sem gosar d'aquelles extremos de calor e humidade, qcie prodosem as Imoosas ostentações dos tropicos, C todavia rapido o dcsenvolvirncnto da vegetaciio c grande a diversidade das arvores senipre verdcs. L

Eis aqui o catalogo das principaes riqiiesns florestaes deste paiz. Como verenios, muitas dellas siío esscniins indigena; da ilha, outras t c e a ido pouco a pouco naturalissndo-se e aquilatando neste fecundissimo torráo as qualidades que trouxeram do seu paiz natal. ESPECIES POLHOSAS

TIL-- Laurus / ~ / e ns Ait.- Indigena. Grande arvore wgetando até uma altitude de 1:830 inc8tros,skgundo Lowe, sempre vcrdc, retine a um porte el(bgante c a um desc~avolvimento rapido a propriedatlc dc fornecer riqui.isinias madeiras de bt'llii cdr preta c dc unin aplilicayii~muito tailtnjosa na marcenaria. Esta art ore enrontra-se principalmente nos recostos dos montes, escolhendo os logares frescos. O seu fructo e aproveitado na fabricação de oleo para illumiaação.

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Vnat~r~co DAS iLaAs -Laurus Indica Spreng.-Indigana. $ igualmente uma grande arvore que chega tambem 4 altitulle da 1:830.' Fornece madeira muito eatiniada que se empregava anteriormente nas conc;t:ur.cõcs, 1aria:)aria e marinha, e qLe hoje pela sua raridade é qiiasi cxclusir ameqte aproveitada pelos marceneiros. A casca tcnl applicações para os cortomes. Esta essencia vive nos logares huniidos, e produz friirtos que se applicam, como os do til na confecçgo de olcos.

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LOURO Laurus Canari ensis-Webb.Vai como os seus congeneres ate a altura de 1:830m, e a s.ia madeira, com quanto não seja tão estimada como a das arvores preeedentes, tem igualmente applicoções uteis. É pouco densa, de c6r clara, e de fraca resistencia. O louro 6 tambem in-

digena.

ses ; prodiiz madeira de bastante estimaytío.

URSEARDOREA-Erlcaarb~rea-Linn.- Especie robusta que adquire um grande desenvolvimento. E indigena e caracteristica como dicemos da zona de vegetação muito notavel que abrange os terrenos montanhosos e incultos numa altura de 833" a 1:830m sobre o nivel do mar. A siia madeira 6 dura, fina e enccllentementc accommodãda i marcenaria.

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UESE couuuu - Erica scopnria Lhn.- Vive iias niesmas condiçùcs da sua congenere. fi desta eçpecie a maior parte do combustirel qiie se consome no Districto. E indigena como a preccdentc. PERADO -Ilex parado - Ait.- Variedade do asevinho, indigena da Madeira. Não se dá em altitiides superiores a 830 metros. A sua madeira é muito estimada na marcenaria, especialmente para embutidos, e outras pequenas obras de igual natureza. É a madeira branca que se encontra vulgarmente nas pequenas caixas, mesas, estojos, etc., que se confeccionam na ilha.

FUSTETE-RIIUScotivtus -Linn.- Arbusto indigena que prodiiz uma madeira ámarella muito procurada pelos niarceneiros. As folhas, a casca, e a tintura amarella que se estratle da sua madeira, tcm grande applica$io no curtimento e c b rágem dos couros.

PIORNO -Gt?fii$t~monosperma - Lamk.- É outro arbusto que toma na ilha um grande desenvolvimento, e cilja madeira 6 náo só procurada para eombi~stivel,mas tem igiialmente emprego na znarcenaria,

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Z A M B L G ~ E ~ R OOlea oienstet. Linn. - Tndigena. Di n~adeira milito resistente mas de facil trabalho. Tem muita, npplira$io para dentes de rodas e outras pecas d e macbinas. veiadn de escuro, c faz u m bello effeito, posta cm obra cic I ~ I ~ \ ~ C C I ~ ~ ~ I ' ~ ~ ~ .

h l - \ r t ~ i ~ ~. i s o4Stjd~ro.rilo~t 1)1 t:)'irt u laaa - to\l;e. - Arbusto indigcníi qiic çc ciicoiitra gcralnicnte ati! tinia iiltitudc J e 230." Teni a1t;ilm emprego na marci'naria.

S,i~ccixrio- Banui~tsglaadulosa -Ait.Pcq iiena arvore quc se encontra atc unia aitura dc 830" sobre o ni.c1 do mar. A sua rnadcira é branca c i~iacin. As cinsas podem utilisar-se ria fabricnciio da polvora, c o carvão no depuramento dos alcliools. SEI\O- Suli.i: c n ~ i ( o ~ i c ~ t s i (o).i Iudigeua, madeirn ligeiranicntc atiiarellada, niaciri c dc facil traballio, e empregada principalmente cin enibiitidoç c outras obras dc uiarcenaria. M o c ~ s s i ~ o -líisnea mocn~iera-Linn,-E outro arbiish? indigcna que se encontra nas montanhas da Madeira.

MURTE~BA-M~T~US communis.-Linn.-lndigena, bastante estimada pela sua bella madeira, de griio denso, pesada, dura, de bonita cor, e muito prestadia para o torno. A sua raiz veiada de escuro produz um bello elfeito cm algumas pequeiias obras de marcenaria.

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SIBCGFEIEO S C I ~ ~ ~ I I C~)~~lde~~e~~si~-Lowc.-Pcquenr? ~IS a1.\ore indigciia, mais importante pela produecilo das no~ C Sq i i e tcm npplica~50 frerjucntr ria iilcdecinl;, c pelo

fructo que hoje se esta empregando em gr. escala na cbragem dos vinhos, do que pela sua n ~ a dira cujos uoos sso limitados.

M AÇAROCO- Echium candicans. -Linn. -Arbusto indigena, da familia das Borragineas e de folhas persistentes. Vive nas montanhas e adquire um desenvol~imrntode 2"' ou pouco mais de altura. Tem limitado emprego na marcenaria.

UVE~BA DA SERRA- Vaccinizlna mudercnsis.-Li nn. - Encontra-se como a espeeie precedente em quasi todas as serras da ilha. Fornece uma grande parte do combustirel que sc COCO some no Districto, tanto no estado natural, como transformado em carvão. O seu fructo tem algum emprego conservado em doce. Gresrn - Genislo uergata. -Ait.Arbusto muito abundante em quasi todos os pontos da ilha. Fornece bom rombustivel para os fgrnos; são de verga de giesta muitos dos pequenos cestos e outros artefactos do mesmo gcnero que se manufacturam nos campos da Madeira. Esta planta 6 cultivada em grande parte do Districto para extrumes. ASEVINHO-Jlex canariewi~.-Poir.-Pequena arvore indigena cuja madeira tem alguma applicação na marcenaria. C A S T A N E E ~ R O . = F castanea.-Linn.-Naturaliçada ~~US ; antigamente muito abundante na Madeira, especialmente no Norte, onde se cultivava associada a Vide, constituindo a cuitura lucrativa conhecida pelo nome de balaeiras daquelias localidades. A16m do fructo que 6 consumido no paiz fornece csta planta boas madeiras de varidissimas e muito conhccidas apolicações. O Castanheira encontra-se na Ilha até a altura de

630" sobre o mar e forma neste ponto uma cowo &ehq para baixo da qual u neve nunca dura mais de poucas h* rns (Lowc). Esta arvore chega a adquirir mais de O metros de cird ctimfcrencia. Na hfatleira h n algiinias destas arvores de uma enorma groscura quc sc diz screni contemporaneas dos primeiros habitantes da Ilha. A produr~áodn castanlia em 1063 foi de õ:4C8 hectolitros.

CARVALHO A L Y A R I W U O - Q I ~pedtinctilafn.-~lrh.-É ~~C~U iima arvore muito espalhada na Ilha; encontra-se dssonibro;indo as riias de q~iasitodas 3s quintas, e mesmo ein algu-. mas pratas da cidade, oiitrns vezes forniando extensas ~~lanteçùce.É de um cresrii~~rritorapido c muito abuntlante em friirta, qiic se approvcita vantajosainentc. na alimentnçzo dos animacs domcsticos de todas as espccies. A sua madeira tem senipre applicações que lhe assegiram uma ex trarrGo facil e lucrativa. As conslrucções maritimas, as rodas hydraulicas. diversas machinas, a tanoaria, fazem uso frequente do carvalho. E alem disso um magnifico cambustivel, ou seja como lenha, ou transformado em carvão. De todas as cspecies de qttercus, é a que se cultiva na Ilha, a que mais facilmente se presta á exploração por taihadio, que em muitos casos pode ser grandemente lucrativa. SOBREIROQUBÍ'CZ(S silbber.- Linn.-Está muito pouca gcncralisada no Districto esta productiva arvore que devia desenvolver-se com facilidade nas faldas das serras até a uma grande altura. A l i i i ! ~conviniin n sua propagação, pof

que os seus numerosos e importantes produetos tornam-na uma das arvores mais rendosas com que se póde dotar qualquer paiz. Todos sabem o immenso valor da cortiça, a vantajosa applicação da lande no alimento dos gados, principalmenti? da erpecie saina. A 8UP madeira O rija, duraùora e pesada o coairtjtiie um bom combustivel. O entrecasco, é um dos adskingentes mais activos que se podem empregar no cortumc

do$ COiirO6. ~INUEIRO-QuercusIlex.- Linn.-Tambem se encontra Da ilha em pequena quantidade. É igualmente uma arvow de boa madcira para variados usos c o seu fructo convcaiente corno o da especic precedente na ceva da maioria doo animaes. A ~ ~ ~ ~ ~ o ~ ~ ~ a r - C s si2iqua.-Linn.-Appareconi ratonia alguns individuos desta especie no litoral da ilha especialmente na vertente do sul. Todavia é h t a n b rara a sua cultura supposto que o clima se preste perfeitamente ás exigencias do seu desenvolvimento. T ~ n f ~ a a v e i u -Tanaryx gollica.- linn .-E principal-. mentc na ilha do Porto Sancto que se v& com frequencin este arbusto, que alli é empregado em sebes espccialmcnte nas visinhancas do mar. A sua madeira p6de ser uiilisada como eoml>ustivel ç para cama de gado, extrume etc. TRAMASEIRA-Pyrusaucupnria.-Gmrt.-Arvore que se encontra na zona de vegetacão caracterisada pelas Unes i: Louros. A sua madeira tem alguma applicação RI marcenaria

e é um combus~ivelde segunda ordem.

Bcso -Birrw seniperrircns.-Acha-se em grande quantidade pelos campos e adquire bastante desenvolvimento. A stiii niadeira tem variadas npplicasiies c 6 sempre yrocurada. E c c . i ~~rcs-Est~i r ainda muito pouco espalhadd no Dist rirto csta i~nportnntc cspeeie da Aiistralia. Encontram-s e apenas enl algumas quintas, c lias prayas da cidade do Funchal , cscmplares das especies (E'ucalptus robusta ?) c (resini/'era ?) Estas arvores cliegam a adquirir uma altura de mais de 50m, e a sua madeira é imcomparavel de f o i y c de elasticidade. E no sul da Australia que ellas occupnm uma mais extensa rcgiào. O terreno eni que rivem e geralmente pobre. Parece-nie que a propagacão desta bella csscncia seria facii na >ladeira, e vantajosissiriia. Estas arvores SZO conhecidas na illia pelo nome d e virihatico do Brazil. A madeira que eu tive logar de examinar era de uma cGr avcrmclhada, muito similhante á do viahaticú,

N o ~ v ~ r n ~ - h g l a n regia.s Linn.-lfuito commum no norte da ilha. Execllentc madeira para marcenaria que est i actualmente tendo muita extracçilo. É tambem optimo combustivel. S U U . A G R E - ~coriaria-Linn,-Arbusto ~~UG muito abundante na Madeira, cujas folhas se empregam no cortume dos couros. Exportava-se antigamente unia grande quantiiladc deste producto, mas hoje esta inteiramente parado este comnicrcio. Ka illin lia 6 1 oficinas de cortumes que consomep

annualmeiite 639 hectolitros de sumagre. (Est.' da commissão de pesos c medidas.) PLATANO-Platctntrs 0rientalis.-Linn. -Encontra-se muito frequentemente na ilha com especialidade em quintas, jardins, alamedas c praças publicas. Chega a uni grande desenvolvimento em pouco tempo. É de facil propaga~ãoe fornece excellente madlira.

FALSA ~ c h c ~ b - ~ o b i npisae u d ~acacia.-linn.-Tam hm apparece muito nas quintas, especialmente dos arredores do Funehal. É hoje unia esseneia muito estim ida pela dura@o e rijesa da sua madzira, que esta tendo applicayiio nos caminhos de ferro, nas machinas de different industrias e n a marcenaria. A facilidade com que s e desenvolve nos terrenos n:ais aridos, a a rapidez do seu crescimento, tornam descjavel i1 sua propagtiçh, ~ Y # Q M O RB~ - A S T A R D O - ~ ~ ~ asederac.?. ~~~ -@ta

arv or c que se encontra com freqoencia nas quintas e janiias toma na ilha proporgões muito superiores i s q u ~gtralmvnte osteata na Europcr.

TULIPEIRO DE V r n ~ r ~ ~ ~ - ~ i r z o d e r ntulipifern. dron -1 inn. -Ha nas immediagões do Funchal magnificos exemplares Li esta especie da America septemtrional. E uma bella arvore de 30 a 4P d'altura com uni dianietro proporcionado, que f i ~ r nem madeira muito approveitavel nu marcenaria. madeira meia, toma um excellentc polido, c tem pouco r i i i i : ~ ou gaea9a a cor da do iimcreiro.

F I ~ E I PnEA Gon- Ficus tenjatriina.-linn

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arvore indigena da Asia, e do mesmo genero que

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figueiras gigantes dc Beiigala (Ficus Bengaleosisj c da AUStralia (Ficris ? \ , que pelo vigor da sua vrjetatão, pela sua cstatiira e pela bisarria das suas formas, são das mais coriosas eipec.ies do reino vcjctal. A figueira dc Goa qiic sc v$ frcqiicntenicntc nos sirburbioç do Funciial, 6 uma grande arvore c dc um rapido crcscinicnto, de folhagcm opulenta e cuja madeira penso que ter$, como a das siias congcncrcs, utilissin~asapplicações. Algumas estradas do litoral da ilha poderiam vantajosamcnte ser giiaraecidas desta formosissima espeeie.

CORALEIR.,. - Eryllrrina corallodendron.-Linn.- Esta arvore da Giiiana, dc qiie ha bastantes excmplarcs no FuncIial, da uma madeira dura e compacta. C . ~ P I I O R E I RiO , n-~ l i * t i , ~cnrnphora. -Linn.-Especie indiçcrin (10 Jaliiio, qiic $e v4 em alguns jardins do Frincha1 ciii pttrfeito estado tld tlr!scn~olviiuetito. Podia ser vantajo. saniente cultitado para a cstracyâo da campliora, Ar~~sruo-Ayliznthtis y/írndulosa.-Desf.-O aylanto e uma arvore de primeira graudesa, originario da China, que se desenvolve rapidammtr nos terrenos mais aridos e que produz madeira snlida de cdr avermelhada, suscoptivel de adquirir um exrellente poliment~, e muito propria para a marcenaria e outras industrias, O aylant'no 6 , pele fiicilidnA~:com que se renova da cepa, e pela rapidez do seu crcsrimento, uiila das arvores mais proprins par,\ scrcni aproveitadas em talhadios. Ttlmbcni para o povoamwfa das clareiras é esta planta um precioso recurso, porqiie argosta imprineniente com a sombrp protIuz1iI~ pelas arvores ricinhas, c multiplica-se pelos renfiws que rch:iniam das raizes, de fórma gue duas OU t r ~ ç

plantas vcstcm cni pouco tempo qualquer raleiro. Nos baldios o aylanlo é a unica espe( ie euja propagação seja possivel, porque os anirnacs rcjt~itania sua fi:Iliagc!n. LooÃo ou AGREIRA- Celtis auslrn2is.-Linn.-Encontram$c bellas arvores dcsta cspecie na Ilha, mas ainda cm niriitn pouca qriantidadc. A marleira do I,odão é csccllcnte para a taniioaria, c, sendo a cultura da vinlia tão geral cm toJo o IIistriclo, pnrcce que conviria bastante gcneralisar esta iiiilissitiia arvorc. Os prodiictos leniiosos do lodio são Y ~ ~ I ~ ; I ~ C S C~111.II~CII~C pregados cm militas oiitraç induçlrias. -1si13 riladeira c ela%lica, resistente c compacta. ksta arvorc aconimoda-se facilmente nos tcrrcrios mais tiridos,

ESPINIIEIRO DO NORTE - C1c:lif:in Irincnnfhoa. - Linn. --Madeira veinda d e vermelho, resistente, elastica, d e griio íii~oc apertado, com uteis applicacYcs cni diferentes indristrias. É uma arvore de rrcscimcnio rapi~loe dc facil propngayãg. Encontra-se cspecialmeiitc eiii alguns arredores do Ft~ncl~al. Fn~1~o--I-'rctxit22rse.rcelsior.- 1,inn.- 0 fri3i\;o n2o h comniiim na illin, coni quaiito esta Grvorc se desenvolva vantajosnmcnte no Districto, e a i~euldadeda sua propugacão, as qiialidades da sua madeira, e atb iiiesmo a bcllcsa

iiiiiito

da sua folhagem, devcini animar a siia ciiltura. O freixo é uma arvore d e primeira grandeza de niadcira bastante dura c muito elastica.

Açtsxos-Popztltis,--Yeem-se

por quasi toda a ilha trcs vri-

ricdades do alemo, o Popitliis ,r igra, o P. alba e o P. fasligialn. Estas arvorcs ~ i v e m ,pela maior parte, nos logares fresw cos, c í: nas inargens dos ribeiros qric adqiiircm maior e mais rnpido dcsciirol~iiiicnto. A sua madcira tcin muita applica7 (20 c o m qiianto 1150 seja de superior qualidade. S,~~cvrsi~os-Srtlix--h especie t-ltlirn i! a mais abiliirlrintc e é delln que se tiram as varas e estacas, com q u c SI: ciiipam annualmentc as vinhas do Distrirto. Supponbo qiic 6 tnrnbcm desta variedade a verga dos ntimerosos cestos, catlciras e outros objecto$ que, com muito engenho, se corrií'cccionarn em algumas freguezias do sul da Ilha. ESPECIES BESINOSAS

CEDRODE G O A - C U ~ ~ S S U$ ZSU U C ~ . -Está bastante gCiieralisada esta importante resinosa, e miii to co~rvinhapropagal-a Inrgaiiiente em todo o solo florestal de Madeira, por. que os scus produrtos tem grande valor, i! de tini crescimento precoz, e accomoclada á maioria dos terrenos. CEDRODA MADEIRA- Juniperus OX~C(C~~'Z~.S.-Linn.Esta bella arvore indigena da ilha produz madeira resinosa de cor acastanhada, e duma longa duração. Encontra-se com frequencia nas antigas eonstri~qõesdo paiz, e semprc em perfeito estado d e conserva~;ião.Tem serventia etn milliares de industriaç, e vale hoje, pela siia raridade, avliltado preço. CEDRODO LIBANO-Pinus cedrzcs.- Linn.- Parece que esta preciosa essencia cra antigamente muito abundante iia ilha; como, porém, se tcnliam succcssivamcntc cortnclo para a niârcenaria estas arvores, sem se cuidar ds sua pi'opaga!;ão, 4 muito de receiar qiic a especie destipparc;n ciii ps~ico tempo das florestas da hiladcira.

Informam-mc qiie sc encontra tambc :!i no Districto p r d i n s do Funchal), a especie da Asia- Ce:'~.rrsDeodanique me gnrccc seria muito ro~vcniente gcn; ralisar dcl~ai.uo h ponto dc vista florestal. ZIMBREI~O-Ju~tiperus [email protected] indi-. gcna que produz eacellentc madeira milito similhantc ;; cio cedro. TEIXO-T(txtrs bue6aio.- Brot .- É Iitni liciii iiidigcna da ilha esta í'ormosissima arvore. AJquirc f , ~ s ttc~ ngrossiirri, rião chpg;tndo poreiii o scii cirescimcnto a mais dc 13" dc altura. Fornece niiiito boa madeira, incorrriptivel, de grGo ii~!o, dura, pesada e de uni verrlielbo carregado. Ton:a uni cxccllcntt: polido, e 6 muito empregada em obras dc marcenaria, embutidos, e tcm outros usos.

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Lnatço Pinits kízirig. - Linn. Esta especie é rara ao Districto, assim como o Rnus abies, que tan~bem se cricontra; - sáo arvorcs importantes pelo valor e qualidade dos seus productos, c pela sua rusticidade, chamadas nat~irnlmente a ocriipar os logarvs das serranias, em que outrzs csscncias não pode111 desenvolver-se.

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Pr~uc~n o P i n z r s . Linil. Encontram-se na ilha 1.nrias especicç de pinheiros, pertencendo ao Pinzis maritimn e ~.ilvestrisprincipalmente, as plantac6es qiii: formam os grandes macissos dcste arvoredo na Madeira. Da primeira especie envioii em 1862 o Governo de Sua Magcstade para este Districto 80 moios de semente, que foi distribitida por preço muito commodo aos differentcs culiivadores, c de que ha ja hoje csperanfosns sementeiras.

\'eiii-se ,jtiin~hciii, posto qiie mais raramente, o Piittrs ,V.robrrs c ~ # e n s i s . (* ) Para a })ou applica~áoda semente i.nl inda pelo C o c.ste Distrieto en, 1 8 6 2 , dirigiiiios aos agriciil torcs d o pai3 as indicacões que se segucnl : O pinliciro I ) i ~ r oaeommoda-sc aos terrenos mais ingratos c r:ospkrn c111sitiincúcs inliospitns para outra qualquer especie vcgct;il. A siia cilltura ofircce um nicio scgiiro de tirar partido de siiiiiltiantes condic~õcs. Ra hfadcira, paiz abundante cin essencias ílokstaes d e niiiito n o t a ~ l~ a l o r ,a siia p r o p q a ~ á odevo circumscrcver-se otrictanicnte (iqilellas circumstancias. O tcrrcno destinado á sementeira do psnisco deve ser cavado, ou lavrado a uiiia pequena profundidade. Senipre que cstc amaiiho se podér eflcctaar com arado, é convenieiite fa-zcl-o seguir d u n ~ agradngem. Se o tcrrcno for coberto de matto convem que este seja completmcntc arrancado ii enxada ou cnxadão ordinario, c disposto em montes que não difficulteni a sementeira. A epoclia mais proprin de lançar á terra esta semente estende-se d e outubro a dezembro, cm que as terras liumedccidas pelas cliuvas do outono conservnin ainda o calor do verão. A cada hectare de terra devem Iancar-se tres alqueires de semente, n8o limpa ou coni a asa. A semente privada da asa é mais dificil de dividir com regularidade pelo tcrreno. A quantidade a empregar neste caso 8 de dois alqucircs por hectare. A semente enterra-se a enxada, e com uma camada de terra de meia pollegada de espessura. Tambem pôde cobrirse fazendo arrastar pelo tcrreno scirnciido, um feixe de matto carregado com algumas pedras. Depois de coberta a semente, se por ventura se timr arrancado aEgum matlo-, on se houver a facilidade de o alcancar perto, é muito conveniente espalhar sobre a ter'ra semeada, uma leve cama& de rama miuda, o que offerece a lcntagem de impe&x quc os raios do sol incidindo directai:icilic sobre os pinheiros recem-nascidos os queime, ou qae as c liuvas os desarreigueni, quebrem o11 arrastem d'envoRa r i ni a terra mcchida. Esta operacão póde substituir-se ate certo ponto com a j.)

,it;i!v~

Além das espccics que ficam enumeradas a illia possue muitas outras qiic por menos importantes deixamos de con-

mesmo resiiltado, lançando ao terreno a semente duma planta annuiil cujo rapido crescimento offereça aos pinheiros, àurant9 o seu primeiro desenvo:vimento, o desejado abrigo. As gramincss são as plantas que aprcsentani melhores condições para este effeito, e dentre estas a aveia c o centeio as mais rasoavelniente empregadas. A scrnenteira de qualquer destas plantas devc preceder a do pmnisco. Deve semear-se ralo para que o cereal não roube a luz e o ar aos pinheiros que queremos beneficiar. Só depois de enterrada a semcntc graminea sc proccderi á distribuicão do pe?zisco. Não deve contar-se com a colheita do cereal qiie e prefciivcl sacrificar, para que os segadores não pisem os pinbeiros no acto da ceifa. Tenham-se pois em rista na sementeira desta planta as seguintes considerações: 1."uc os lombos das serras, as encostas, c altos pcdregosos das inontqnhas, e os logares faltos d'agua satisfazcni as modestas exigencias do pinheiro. 9." Que o preparo da terra escolhida para esta sementeira reduz-se, ao arranque do matto, e ao seu remechitliento superficial, por nicio da enxada ou com o arado, succedido pela grade, e a ultima operação quando a terra for limpa. 3." Que lia conveniencia em usar da semente com asa, porquc se obtem mais igualdade na sua distribuicão. 4.' Qtie seis alqucires de penisco com asa povoam um hectare dc terra. 6.a Que os pinhcirinhos, sentindo muito na priniavera, cpociia do seu desenvolvimento, a accão do calor, convem não só serem semcadas no inverno, mas ainda abrigados, ou revestindo a terra duma camada dc rama, ou protegendo-os com a sementeira duma planta dc rripido crescirnerito como a aveia ou o centeio. 6." Quc n sementeira da planta protectora e a do pcaisso devem fazer-se, cada iima por sua vez, precedendo a planta cereal, devem estender-se separadamente, tendo cuidado (íuc a primeira seja muito rala.

signar, e por vcniera nlgiimas de quc r30 Iicuvcmos conhe: cimento. Te~iiosdado, no entanto, iridica~6cs que poderão ser ponto dc partida para fiituras e mais ~~~ii~ueiosas investigaqões sobrc este interestanle cissumpto. Por vezes mandou o Scnlior Rei D. Joiío VI para esta ilha, sementes de varias arvores tanto da India, como do Brnzil. Em 30 de dezembro de 180 1 vieram com grande rccommenda~ão scnientcs de teca, - Tectona grnndis -C de outras diversas plantas. Mais tarde em 29 de outubro dc 1800 vieram sementes das plantas da America, constantes da seguinte curiosa relação : -iüiriccr cerifera, Czrpre88trs Thriyoides - Cupresstt~Distica, Acer Sacharinits -Junipe*irs Virgininna - Fraximtts Nigrn --Rux toxlcodendroii - Robinin pseudo nccacia - Pi~tus Abies Americana Pinus Strobus - Pinzis Abies Cunadensis - Pinus Abies Bnlsamica - Jlespilus usarolus maior - Betula alnrcs ?:iqra - Vaccinttrn (?) - Sorbzcs Amerieana - Sidun Thym i folium. A sollicitude com que se repetiam estas remessas introduzia rapidamente na ilha as riquezas florestaes de gsasi todos os pontos do globo, e a ter a sua propagação e cultura merecido mais cuidado, seria ella hoje uma das suas mais importantes producções, e dc muita singularidade o ver em tão :imitada superficie a numerosa collecçiio de qiiasi todos os vcgetaes arboreos do glabo. Muito se tem legislado sobre florestas entre nós, mas n 'igislagão florestal composta de retalhos c fuudida nos differentcs principios que vigoravam nas diversas cpochas a que aquellas medidas se referem, apresenta um corpo informe de leis, muitas das quaes obnoxias, na actualidade, ao progresso

e descnvolvimcnto das riquezas ílorestaeç, e outras, se bem clue aproveitaveis, ineficazes sempre que não forem completadas pela seric de medidas que o assumpto requer e que estiio em practica nos paizes onde este ramo de administracão se acha exemplarmente montado. As mattas da Madeira foram sempre regidas por leis cspoeiaes. Do tempo de D. Maaoel data o primeiro reyinienfo destinado a conter a devastay80 dos arvoredos a qual ja cnI'ío inspirava reccios, Mais tarde, porque aquelic rcginiento não bastasse para suster os estragos que pouco a pouco iam la~raudoa ruina das riquissimas florestas da ilha, deu I). Sebastiáo novo rcgimcnto, mais rigoroso e severo na parte penal, mas realmcntc pouco fcrtil em disposi~õesque podcsscnl promover o augmento progressivo das rnattas do paiz. A indoie destas leis, como a de quasi todas as daquellc tcmpo, era sugcitar a iniciativa individual á interferencia quasi constante da auctoridadc. E assim que o 2." do regimento d e 1JG3 estatuia pcnas severas para todos os qiic cortassem madeiras seiii licenca da Caniara respectiva, que, como bem 6 de suppor, nzo estaria mais habilitada do que o proprictario a julgar da opportunidadc e convenieiicin daquella operacão. Vedar rigorosamente toda a exportaçáo, fi 1E, prohibir o reparo e conslrucção de navios, $ 18, e até inesmo impedir o comprar lenhas para revender, $ 16, -sáo disposifUes daquelle Regulamento. Com o sentido de promover a creayiío de noros arvoredos determinava o Regulaniento qiic os Iiereos das terras adjacentes a ribeiras plantassem todos os annos as testadas dnquellas, de arvores apropriadas na proporyiio da terra qiie

cada uni tivesse, e até pleno povoamento das mesmas. Todas as outras medidas são pela maior parte disposi+cs policiaes, e referem-se a desbastes de arvoredo juncto dc fontes, rios, tornos d'agus, &c., c a esmoutados, fogos, carvoarias, &c. Posturas municipaes desta n~csmafeicão secundam aquelias niedidas. Puncni o corte de madeiras acima do bardo, o

abatimento de arvores juncto de fontes, o derrubar lenha verde na serra, o uso de lenhas que não sejam de pinho, e finalmente a introducçiío de lenhas de vinbatico c louro. Si10 manifestos os vicios de uma legislação em que a auctoridade apparecc sempre a manietar a iniciativa do proprietario seni lhe assegurar pela intervencão de agentes de conhecin~entosespeciaes a nicllior exploracão da sua propricdade, nem lhe garantir por tinia policia conveniente a conservacio dos seus arvorcclos. O Consellio de Districto tem resolvido por vezes suspender a coiiccssão de liceqas para o cbrte de madeiras, com o fim de oppor uma barreira á destrrii$io completa dùs arvoredos, mas longc de ser esta uma medida de qiie haja de tirar-se algum resultado, muito no nosso entender ha de concorrer não só para a mais breve ruína das florestas, mas igualmente para criar uma justa antipathia, a um genero de propriedade em que o possuidor é espoliado dc ulna boa parec dos seus direitos. Todos sabemos que a drira~ãodas arvores tein um lin~i[c, e quc o seu pcrfeito c completo aprovcitaiiiento coincidc com iiilia certa idade. A sciencia do siloicnlfor csti hoje em iim grande estado de adiantamento e dispõe de elementos adqiiiridos eiii expcriencias reiteradas c perseverantes invcstiga~ões,para o

calculo da idade e outras condições a que dcrc sujeitar-se o eórte das florestas, para que dellas se tire tod.) o produeto. O Conselho dc Districto e as Camaras, prohibindo e tolhendo o corte dos arvoredos, sem que nesta sua determinacÃo intervenham os nocessarios conhecimciitos florcstaes, condemnam h ruina e ao desaproveitamento muitos arryoredos que queriam conservar, e que perecem de vetustez, arrashqndo muitas vezes na sua queda uma parte das arvores circumvisishas. A existencia das arvores velhas e caducas no interior das florestas 6 tambem prejudicial, porque ellas sao colito i: guarida de numerosos insectos que nas cpochas yroprids sahem a dirigir os seus ataques aos fruçtos o arvores proximas. Ve-se muito bem que todo o interesse do proprietario consiste em limpar a tena dum pejarnento que o impede de exercer a totalidade dos seus direitos, e gosar da sua propriedade em toda a sua plenitude e extensão, e será elle o primeiro a promover a extincção das arvores que tão precariamente lhe pertencem. Como bem se póde vêr a legislação que descrevemos e que ainda hoje govcrna as mattas da Madeira, c o prinieiro cmbaraço para a sua regular exploração, mesmo que os proprietarios florestaes quiscsscm intental-a conforme 9s súos principias da silvicu1t~ira. As arvores florestaes ou são exploradas a longos prasos para madeiras de construcção civil e niaritima, sendo cortadas em idades muito avan~adas,e multiplicando-se de sementes, ou se aproveitam em revolnções periodicas, de extensão limitada, dando cortes repetidos e regenerando-se successivcnlente da cepa, e fornecem combtistivel, ripa e

outras madeiras nieudas. No primeiro ccso são conhecidas pelo nome de futaiar,

no segundo designam-se por talhadios. As especies folhosas prestam-se quasi todas u qualqiier destas formas dc approveitamento. As resinosas nào tcem a faculdade de se reprodusireni dt: poldras o11 rebentões, c constituem albm disso, pela (lualidade dos seus productos, pela idade a que chegam c 110r diffcrentes circumstancias da sua vegetaçiio, as especies iiiais proprias para a segunda fórma de approreitamento. No Districto, nas florestas de castanheiros e pinheiros a quc ilegislação felizmente nHo attendeu, que são as que tomam algum incremento, não ha pleno regular da approvei tamen to. Os csstanheiros são explorados por talhadios quasi sempre dc cortes frequentes, inixto de futaias, mas sem plano ou pensamento previamente concebido, e sem a propor$ão que O consumo vai exigindo. Nos pinhacs da-se o mesmo caso. Nas especies que descrevemos, são as segitiotes arvores aquellas a que melhor convem o approveitamento per talhadio.

~cnlrr,:ToD A S CEPAS

Vinhatico Til + ......... Carvallia.. .... Freixo Adernoa. CdSianheiro.-.

CEPAS

(4)

...

v....

....... .....

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Akmo........

...

..... ..... ....

1FiO. a 420 Gylantho. 80 a I 2 0 Agreira.. 80 8 120 Salgueiro.. 80 a 60 Saoguinho * 40 a 60 Diffcr. arbustos./

...

A explorar50 em futaias prestam-se cr;pecinlmeiitc a í ci-. ~ ) C C ~ Cque S

se scgueoi :

.-----

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SEU MAIOR APPROYEITA-

ESPECIES

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( IDADE PARA O 1 SEU MAIOR AI'-(

ESPCGTES

BIESTO

I C,edro da Ilha.. Vinhatico. .... Til .........., Cedro de Goa.. Cedro do Libaao Ilarbusano .... Cestanheiro ....I 30 a 1 2 0 Pinbeiro bravo. 100 a 1 2 0 i silvestre ;O ~ a r v a l l i o.... , .II 1 4 0 a 160 80 I laricc!. Aderno ....... Sobreiro ...... Agreira. ...... ..... Freixo ....... Platano ....... Accacia.

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(*) A duracào das cepas foi extraliida de um cxccllen&c livro do Sr. Dr. Breuil. Para as arvores marcadas com um

Os produrtos flarestacs crescem com a idade dos arI aredos quc os produsem nuiiia progressão que se aproninta dos q~iadradosdos numcros naturacs. Conclue-se desta lei, que 6 no approveitamento a longo prriso que se ùcvc rollicr urn producto absoluto mais avultar]~. Contestam porem niuitos silvicultores os lucros cffectivos das florestas siniilhantenientc exploradas, e asseguram que a vegetaçáo niais opiilcnta, não poderia nunca seguír a marcha do crcscinicnto do capital pela progressiva n~ultiylicaçãodos juros. Destas consiàera~ões ja facilmente se deduz que esta forma de approseiiamento mal sc comprar com o espirilo de empresas particulares que n5o se abalançam ao cu9loso adiantamento dc capitaes de recmbnlso tão demorado. Tombem pelos conlicciniciitos scientificos pouco vulgares, que, em geral, exige a exploração deste ramo de inùustria, c pelas prescrip~õeç a que a conveniencia publica tem neressarianiente de sujeitar os que a practicam, a propriedade florestal convem pouco a proprietarios nvidos de realisar lucros em periodos menos remotos. Ao influencias que atribuimos as florestas refferem-se principalmente aos arvoredos explorados a longos prasos; são estes, quando reunidos em grandes massas, que deterniinarn a regularidaae das chuvas, que espalham sobre os iogarcs circumvisinbos os benclirios salutareç que descreve-. MOS.

asterisco-deve aquelin indicaçzo ser ton;i,$c com rc.i;:>r:, porque fui calculada por con~paracõcs qur y a d e i ~rer me: L exactas. c

Por outro lado a dificuldade do transporte de grandes peças de madeira, do interior das montanhas paraos portos da ilha, havia de contribuir para que as maties particiilares fossem exclusivamente exploradas em talhadios de cortes frequentes, que vão sucessivarnente enfraquecendo as cepas, reduzindo-as a um desaparecimento precoz, e raleando pouco ia p a m a vegetação. h UIU paiz onde a eaistencia das florestas é especi~ImePlorequerida debaixo do ponto de vista das influencias que tsie activa potencia exerce na meteoorole~ia,vb-se pois que a administração e grangeio do solo florestal devem ser urna atribuição do Estado. É esta hoje uma opinião muito geralmente seguida entre os economistas, e aconselhada pelos que teem tractado mais profundamente este assurnpto. Seja-nos licito transportar para aqui algumas palavras de uma interessante memoria que tivemos logar de estudar. ((Seria pra desejar que fosse o estado o possuidor (dete?&tear) de bdas as florestas cuja conservação tivesse sido julgada necessaria debaixo do ponto de vista do clima, da salubridade, do regimen das aguas, OU de abrigo para o terreno, porque os servicos que ellãs prestaui .nestas circumstancias interessam á sociedade toda, e não unicamente aos proprietarios,- e demais não é justo exigir do um individuo no interesse geral, a conservacão de um terrcno em estado de floresta, se elle entende de maior conveniencia sujcital-o a qualquer outra cultura. A propriedade florestal não encontra alem disso ga:antiás de conservação nas mãos dos particulares cuja neclessidadc iiiimediata de goso não se concilia de fórma algunla - o n o tempo que exigem os productos lenhosos, para adqui-

rirem qualidades vendaveis. Na Madeira 6 urgente submctter a um regimcn especial a zona arborisavet, e a ideia qiie apresentamos é tanto iiiais piausivel, quando que, sendo certo ser esta faxa propriedade de municipios que não tirain della rendimento algum, ou de particulares pouco firmes na sua posse, c collocados nas mesmas condicõcs das Camaras, a sua execução se torna muito mais facil. Com effeito uma grande parte destes terrenos de que diversos indivjduos se dizem proprictarias, foram dados de sr.~mariupelos antigos donatarios aos possuidores dos predios aqacentes com a cocdi$ío expressa de os tornarem mansos e caroaveis a cultura no espaço de cinco annos, Ora esta circumstancia não se tendo prehenchido, pareco que assiste ao governo o direito de rcvindicar aquellas

propriedades, mas para não difficiiltar, com litigios a realisacão deste importante projecto, coiiio tambem para não chocar interesses constituidos desde muito, melhor seria adquirir esses terrenos expropriando-os a titulo de utilidade priblica, operação que se tornara facil pelo modico valor que clles reptesentam, e que anda em termo medio por 6000 rbis o hectare. Resta ainda a considerar uma outra ordem de interesses respeitaveis pela sua importancia, e que, a não serem devidamente attendidos, ocrasionarão transtornos grmdes á agricultura do paiz. Fallamos dos gados que se criam na serra: clles constifilem uma das grandes riquesas da Ilha, c como taes dc~ciiitomar-se na mais séria consideração. Julgamos pois qiie seria conveniente distribuir os trabalhos por iim nuniero determinado de annos, procedendo t i arhorisagiio do

uma parte da serra cm cada um dos referidos yeriodos, de fórma que, quando os gados fbsseni obrigados a evacuar a ultima estaçâo, podcssern entrar na priineira sem perigo do arvoredo. Calculou-se que a soperficie a arborisar, mede aproximadamente 29: 498 hectares. Dcdusindo os leitos de ribeiras, rochas inacccssiveis e terrenos não approveitaveis, fica esta cifra rcdusida a 20:000 hectares, dos quacs é ainda nccessario diminuir algunias terras rcalcngas. O pcrimetro desta siiperficic vai pouco mais ou menos pela linha das tres grandes levadas, Rahacal, Fdjiia dos Vinhaticos, c Juo, cal e Furado, e aproxirnadaiuente a uma altura de 900 metros acima do nivel do mar. Neste terreno lia urna parto ja povoada d e arvoredo , outra que só pode vestir-se por meio de sementeiras artificiaes c plantações, e algum que s e arborisa por si mesmo, sempre que esteja defendido dos gados. O que se acaba nestas condições fica pela maior parte situado ao norte da ilha; póde a sua superficie, com a parte ja povoada, calcular-se cm 10:000 hectares. Por estes dados 6 facil fazer-se com certa approxíniaçso o orpmento do capital que o governo teria de dispender para l e ~ a ra cabo este importante melhoramento. Com etreito tiiihamos para a compra de 4?10:000 Iiecta? res de terra ao preço dc 6:000 rs ao hectare. 120:0004$000 Pelas despesas de arborisação de 10: 000 hectares a 10: 000 rs. o hectare. . , . 100:000&000

. .. . . Total

-----220:000$000

Ora, planeando a arborisa~ão total das montanhas da Madeira para um periodo de quinze anoos, fazendo a acqui-

sição do tcrrcno em lotes correspondentes a cxben@o annua1 dos tral)aiiios, teriamos para cada aano sima tlelspesa de 14:6GC)$000 Collocar ri5 florestas c as levadas debaixo de uma ad-

ii~inisti'aqãoconirritini, tornar siiiiilltanca a poliiaia das aguas c das ~ l ~ t t t a spart'~'Illll-tl)e , prnsarncntos approveitaveis para a econoi~iia e ~.oiivt~iiit~ntiexplorapio destas diias interessantes riquezai. O Govtlrtin Fratit~cztern prcscBnya das vicissitudes porque estava pa-sciiido uma griindi! parte dos terrenos situados nas abas das serras, apresentou ao corpo Icgislativo um projecto de lei para rearborisaciío das tnontanh;is, que foi approrado na ee5são de 1 8 de jullio dt: 1800. Para obra de tanta magnitudc tractou o goierno de aproveitar os esforces de todos, dandr, cairipo li iniciativa dos parliculares, promovendo-a cSoni siihvcn~6cs, i: aniii~ando-acom uma protectora intervpnc;?o. Nào julgdinos [[rio oiiiro tanto sc possa fazer na Jiodcira, onde os nliiriicipios adorineceni numa Icthal desaniinacào, c os particiilares adoecem de urna apathia nào njrnos prejudicial. Indicamos grosseiramente o meio que entendeluos se ófferece mais facil e desembaraçado; o estudo mais detido da queâfiío e das suas relacões, fortificado no conhecimento profundo da localidade, indicara as condições de

applica$ío da ideia que apresentamos.

IIORTAS , POMARES, E AMOREIRAS 0 s productos da horticuitur~,desta arte, em que o engeriho e a actividade do cultivador tem operado verdadei-

prodigios, nem appalccem com abundancia nos mercados do Funchal, nem a sua qualidade revcla grande applicaçso c conhecimento da maneira de os cultivar. Não se encontram com effeito aqui muitas das hortaliças finas que concorrem aos bons merfados, supposto que nacionaes e estrangeiros offereçam ao productor todas as garantias de um prompfo commo, 4 carencia de boas sementes, os poucos ou neuhuns cuidados que presidem i soa escolha: a iodifferenca na introducção de novas variedades, a falta de curiosidade oni conservar as boas especies, e em generalisar e introduzir noras plantas, slbin da completa ignora~cia dos recursos desta arte, em que o artificio e engenho do operador entram com uma parte quasi tão poderosa como a da natureza, tornam esta producção pouco variada e de inferior quaii~3

dade. É isto muito para notar em um clima 60doce em que o cultivador não tem de luctar com os frios, geadas e neves, que sáo em outras localidades inimigos poderosos, e onde até mesmo são frequentissimos os logares abrigados dos ventos.

A abundancia das aguas, que 8 uma das condiciies Endispensaveis para a prosperidade dos vegetaes hortonses. tambem não falta e deve-se considerar como natural incentivo para esta cultura. As plantas hortenses cultivadas no districto, são as que peIa sua rusticidade, se desenvolvem facilmente, sem a frequencia de cuidados e intelligencia do hortelão ; são as plantas asulgares que ministram com raras excepcões os prineipats elementos da sustenta@io das classes menos abastadas, o qiw designaremos em seguida pela ordem que occupani na

horticuliura do paiz. Couves, batatas de Demerara e dr Yadeira, s e a i k , aboboras, alguns nabos, ervilhas, e feijóes para comer em verde, repolhos, favas, couves de flor de mesquinho volume, cebòlas, tomatos, espinafres, &. Não se eu19 tivam muitas das melhores variedades de couves, desconhecem-se as mostardas de Pekin e de folha de couve, não se encontram os espargos, e a alcaciiofra, nem muitas das hortaliças finas e delicadas, que nJuma cidade populosa c visitada por tantos estrangeiros abastados, Iioviam de certo tcr prompto consumo e dar muito lucro aos hortel0es.

PLANTAS TEXTIS.-Cultivam-se no districto o linho ordinario, e em mui pequena escala, o canhamo e o linho de Riga. É mesmo muito limitada a cultura do linho ordinario e os seus productos satisfazem apenas, a uma mui pequena parte das necessidades da população do paiz. Cultiva-se por assim dizer a retalho e só para consumo caseiro, Cada familia manufactura, por processos grosseiros e demorados, a sua teia. Como muito bem diz Jl'orscau de Jonnes, as culturas industriaes siio como a industria manufactoreira, não prosperam senão quando concentradas em uma localidade: isto explica sem duvida o mesquinho desenvoIvimento da cultora do linho na Nadeira e a pequena importancia da industria a que ella dá logar. O Canhamo cultiva-se tambem muito limitadamente em algumas freguezias do No~te, mais como curiosidade do algum cultivador menos rotineiro, do que como eultura verdadeiramente já introduzida. O linho de Riga, introduziT do ha pouco, tem dado a quasi todos os que ensaiaram a sua cultura os mais prosperos resultados. A diminuta quantidade de semente que veio para esta ilha, é a causa

dos lentos progressos da siia gencralisa ylic . filuito conviria pois que pela Rt1i>;irtili o roiiipetente viesse para estc Districto unia iioa qiian!id;: ?e d e stbmentc desta planta, que da todas as csperanfns dc ser cni brcvc uma valiosa cultura. A piteira cresce e dcsenvolvc-se em uma giandc pnrttl da ilha, 0 com oç seus filamentos cortfecci~nam-sealguns pequenos wbffirtos, que sáo uma industria especial do paiz.

POMARES.-N'CS~~ ramo d c cultura o 1)istricto i i ~ o está mais adiantado que em outros, cujo atrazo já larnentámoe. Encontram-se todos os fructos da Europa, nias szo geralmente aqui d e sabor menos egquisito e de qualidades menos variadas. Com estes confuntlem-se e cultiram-. se simultaneamente no mesmo terrcno muitos da Africa, da America, e da Asia. Só muito raramente appaicecem algumas porc;ões de terreno cultivado regularrnentc de uma unica especic de arvores, constitiiiodo poniares, e recebendo a especialidade de tratamento que B peculiar a esta cultura. Pravticam-se raramcntc os etixcrtos, - é geral a impropriedade das podas,--e são pela maior parte desconliecidos os incios de melhorar, apressar, e variar a fructificagiio. As laranjeiras, tangerinas, limões, cidras e limas? como muitas outras especies e variedades da familia das Airríintimeas, são, especialoiente no norte da Illia , da nielhor qunlidade, mas a falta de viação torna a sua exportação pouco facil, e impõe certos limites á sua cultura, que, a não ser aquella causa, tomaria grande incremento e constituiria um bom ramo de commerçio. A exportarão d'estes fruc60s foi a seguinte no anno de 1862 :

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Laranja . Cidra e n t v e r d e .

70 m i l h e i t ~s meio 99 )) Dittaemmoira 7 »e7EiOcidias Em oittro tempo foi a esportafRo da laranja muito maior : a j molestias que te111 atac.ada rillinianiente a laranjeira c a maior parte das ws corigencres reduziram de muito a 1 iiittiira, seni que teiilin hn\ ido a coni'enicnte eoastanna appiira$ío dos meios indi(ts
das, que constituiriam uma iniportanle iodustrin para o paiz, a não ser (como s e diz no Relatorio da cxposieão agricola do Funchal dc 1801) o alfcrro c o a qi19 tractam d e imitar, com cllcs, eousa impossivel, o antigo vinho da Madeira. Com effcito a tercm aproveitado tão salutares indicacõcs, e a liavercria os fabricantes destas bebidas deixado de imitar os viut~osda bfadcira, para confeccionar boas cidras conio as da Normandia, e as de grande parte da Allemanha, tcriaiii assegurado a esta industria um futuro quc a rcgcncração dos vinlios iiunco podcria prejudicar, porque as clnsscs menus abastadas liai iam d:: ciicontrar riella iiiiia beditla Inrata, SGdia c fresca, igualiiiciitc acconiniúdada tis cxigelicias da bolsa, como apropriadi ao ciiiila do pniz. Esta inciustria muito tcin coiicorrido para O d c s e ~ ~ ~ o l ~ i iiiento da cullura dos pomares de pevide, cootinuando, paréni, grande incuria na scleccáo das cspccies e variedades iiiuis succosas, e ja conhecidas como as mais proprias paia este fim. Qs concelhos do Funclial, Camara d c Lobos, Slinc~s Cruz, Porto do Moniz e S a n c t ' h n a , são os niais productivos cni fructos de pevide. As culturas arboresccntcs, s5o (luasi scniprc as mais lucrativrrs dos pnizcs qiientcs, niorinctite quando encontram na 'iidustria uin consumidor certo para os seus productos. Os poir~ares,ja d e si iniportantes neste Districto, c que seriani ninis se os seus culiivadores priiiiasscm na csco!lin dos prticcssos ciiltiiraes, podeni rir a ser uiii rumo d c niuita consideracio, se cultivadores e industriaes pcniarcni uin pouco sobre o que deixamos cxpcndido. h o n ~ i n ~-sA.

cultiira da ninorcii~a, e

ü

industria que

h e eoli annera, iinportanfissiinas nos paizes nieridionaei, e

gne deviam ser de niuito interesse na Madeira, quasi náo

passam neste paiz de um obscuro ensaio. Parcce cjue cni outro tempo fòra o cultivo desta planta ri~aiscstcnsa, e, segundo affirmani, o seu producto era dc c\c.cllcntc qiralidade. Encontram-çc anioreiras pretas e brdncas nos concelhos clc Sanct'Anna, Camara dc Lobos, Ponta do Sol e Funchrtl eiii perfeito estado de vegeta~iio. Tamhem prospera e se descnvolve eni c~uari todo o Districto o muEticatlle. Ka actualidade a ctiltura destas plantas foi votada ao ;il)andono, a criacão dos bichos 6 apenas ot~jectode simples c+iiriosidadc, applicando se quasi gcralniente as folhas da amorcira c do rnulticaulc i alimcnta$io do gado vaccum. A rissistcn:ia in telligcnte c os cuidados niinuciosos qiie exigem tanto a cultura dcstns pliintas como a criacão do liit l!q, e que só umri pop1la.50 ndcstrada por uina longa practira pode prestar-lllcs, dão talvez logar ao inimerecido dcscredito que n condenina na Jladcira onde a circumstancin de sc desenvolverem as semcntcs antes do abroltiar das amorciras, concorre, sem dlívida para os pretendidos desenganos de que muitos assegyram ter sido victimas. O primeiro inconveniente attcnua-se seguindo com paciencia, e mu
N'um paiz como a bladrira abundante em terrenos qiic por falta de nguas se tornam irnprolirios para a cultura das plantas licrbaceas, n amorcira era um grande reciirso n aproveitar. E n'estes tcrrcnos que a amoreira produz folliai mais qacharinris e rnucil
A falta da agoas de irrigacão é tinja das circurnstancili; que mais poderosamente influem para o pouco desenvolvimento da ciiltrrra hortense nos arredores ao Eordcste c sueste do Funchal. Nas povoações do interior tIa Ilha a cultura tfns hortas não pode ir além do limite que Ilic irilpcie o consiimo local, porque a falta de bons meios de via.30 torna aquella exportacão immensamenle cara: e nrretlila~iios mcsmo que para o consumo do Funclinl, não será nccessario nunca recorrer aos concellios visinhos. N'tstc concclllu deveriam as hortas ter maior drsenvolvimeirto, e a sua cirltura fazer-se com mais conliccinicnto, visto que ellas t c n ~ aqui o incentivo de um prompto consumo e de bom preso pare os seas produetos. O eoiitracto de colonia 6 um grande estorvo para esta como para todas as culturas. O co!o-

no e rotineiro, afftlrrado a certas fortnas de cultivar e ri dcterminadns plantar, c só a i i i dillieilmente capitula com os conselhos do ecnl~orio. .i falta dc coiilii*(~iriitxntodos prinripios mais riidimentnrcs da prniica da .\pri.tiltrirn, a cnrrri,.sin da boas se, nicntcs, a t i r i l i r n i cni adoptar nletbodos ninis rai.innnos si> porqiic sr1j;im novos no pniz, sao as causas principlics da airaso de qunsi todos os ramas de ciiltiira. O cultivatlor tln Madeira, trabnlliador inrtinsavel, esgota a s forças n'iitna lurta qiic por falta tlc algiima 1112 sc torna muitas vezes qiiasi improduc~tiua. Os pomares de cspinho que prospcrani táo bem no Xortc da 111ia riiiiito devem dcsrnvolvcr-sc com a abertura de portos c coni;triic1y50 d'cstradas qiic perniiliam fncil cttracc8o dos seus fr~ic3tc)spara o Fi~n(.Iiíil aonde accudiriaiii 1lt1sdc logo niitios a cspnrinl-os para o estrangeiro. O consiiniiiio do. fiiictos clc pevide liadc augiiicritnr conside~.avclinrntese curarem dc introduzircni melhores qrialidades, o11 de melhorar conl bons processos d c cultiira as existentes. Pio tratamento destes pomares ha niuito a desejar na Madeira. Por vezes se tem apresentado ao Governo de Sua Magestade a cooveniencia do cstabeleeimeato d'uma quinta que fosse simultaneamenic modblo para certas culturas, campo de ensaios para outras &. O exemplo do que alli se passasse havia porico a pouco fazer uma salutarrevolu~ãoem todas as culturas. Para promover a cultura da amoreira e a criação do bicho dc seda, seria tini ponto de partida, a plant 3 ~ ã 0de amoreiras nos rocios, praças, phsseios e estradas, m i m como premios peci~iiiariosés melhores creaqões, 6.

O oirlitina tucheri quc dcsde o a r n o de 1852 ~ssolavairnplacavelme~~te as vinlias da AIadei:.n, reduzindo-as a uma producrão niesquinha, como se vê do mappa qi~c damos abaixo, e fazendo abandooar quasi ccmpleIamenie crn todo o Districto a sua cultura, começa a desapparecer c as plantações nascentes crgiieni-se espcrancosas por quasi toda a ilha para substituir os antigos vinhedos. Produccdo de vinho
A declinacão sensivel do mal, o enthusiasmo tradicional por esta cultiira no Districto, a e6cacia da enxofracão, com9 meio preventivo, o uso ja vulgar deste processo em toda a jllia, tudo nos faz crer que em pouco tempo a Madeira poderá utTerecer novan~enteao mercado vinhos da primitiva qualidade. A crise, pela qual acaba de passar este Districto, não foi exclusivamente devida á molestia que tão violentamente attawu os seus vinhedos. De ha muito qnc ella se preparava, pelo descredito que as vinhos desta ilha foram pouco a pouco grangeando no cstrangcir~. com o abuso inconsiderado das estufas.

Com o fim de conimunicar, artificialmente, aos vinhos qualidades que só o tempo Ihes pódc dar, iotroduzio-se na ilha, no principio deste seciilo, o processo de sujeitar os vinhos de prodace30 recente, a altas ternpcraturas (60' ao mais) por cspaco de alguns niezcs, cni casas ou cslufas preparadas para esse fim. (*) Por esta practies Ianpil-sc i~iipriidentcrnente nos mercados estrangeiros uma grande porcáo de vinhos, muitos dos c p c s nial preparados, e estas duas circrinistancias provocaralu as dcsconfian~asdos consumidores, tliiiiinuirain a procura c accarretaraiii uma haixa scnsivel no preco deste genero. Como os vinlios fossem a fonte exclusiva de receita par~i este Districto, faltarani quasí repentinaniente os mcios de dar á ciiltura da videira a assiduidade c perfeição de amanhos que cIIa requcria, c a prodriccào baisou numa progressão assustadora. Conl effeito era 1813 produziu a illia 99:218 hectolitros d c vinho; dcpois desta epoclia chegou ainda a prodtizir 1 2 6 : 0 0 0 hectolitros. Dc 1817 a 1853 (apparecimento da mangra) a produccào decrcsceii siicccssivaniente como se v$ do mappa seguiptc : ANNOS

1847

I

........................1

HECTOLITROS

81:846

(*) Relatorio apprcsentado ri Academia Real das Scicnelas pelo Sr. João d'bndradc Corvo.

Com a baixa de preco c falta de produccio, diniiiiuiii it crporla~áo,e esta que parece Tora ainda em 1809 para mais

de 57:960 Iiectolitros, c que chcgiia aind3 cm 182:i a Ii3:76S hectolitros, não passou desde cntào du 30:000 hcctoIitros, como se veríi da tabella seguinte : 1888. , 37: I86 hectolitros 1 8 9 9 . . 31:327 1 8 3 0 . . 21:250 1 8 3 1 . . 21:381 n 1 8 3 2 , . 27:667 1) 1 8 3 3 . . 33:ti53 1 8 3 8 . . 3G:659 1 8 3 5 . . 29:868 v 1 8 3 6 . . 30:5?6 1837..31:388 u 1838.. 37:976 1) 2888,. 3 4 ~ 9 4 8 3 ))

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))

Os valores que estes vinhos deixavam na ilha erari] eonsideraveis, mas pela forma porque ce fazia O seu comnlcr, cio cabiam clIcs qucsi exclusivmeritc aos cstraogeiros, cni cujas mãos estava monopalisado. Na epocha d a colheita o vii~lioem mosto era vendido, por precos baixos, as casas inglczas estabelecidas na ilha. que o preparavam e embarcavam depois, para os differentcs mercados de seu consumo, deixando aos proprietarios ningrissúnos lucros. A grande escala em que estas casas negociavam toriiava wdmeidast. as suas firmas nos differentes mercados e escluia d ~ commercio e os proprieiarios, que só des~antajosa-

podiam luctar com a concorrencia daquelles., A adulterapo dos vinhos,, e a sophisticago dos bom, processos de melhorar este gentro, de que por infelicidade se tem abusado, tornavam ainda menos accessiveis aos viticultores, lucros, que elles nunca deveriam ter deixado sa&r das suas mãos. Hoje que a cultura da videira promette vir a ser noraaente uma fonte de riqueza e de prosperidade para esta terra, deviam os preprietarios pensar nos meiosde haver para si o cornrnerc$ dos vinhos e 4s vantagens que lhe são. inherentes. A associação dos viticultores em uma companhia para o comrnercio dos vinhos para o estrangeiro, uma gerencia inteb. ligente que classificasse devidamente os produetos viniroler do districto, que conquistasse a confiança e o credito dos dos mercados, assegurando aos consummidores a genuidade do gcnero offferecido, lograria de certo este proveitoso intento. Xão cabe aqui o desenvolvimento deste pensamento que julgo aproveitavel e cujo alcance bem poderiio os leitores. avaiiar. A crise que a agriciaura deite paiz acaba de attra~ vessar foi tanto mais grave, quanto que o maior e melhor dos seus terrenos, fôra rotado imprevidentemsn@ w cativo da vinha. Hoje é necessario que os cultivadores se náo hwem de aovo á cultura exclusiva da videira, é mister v e qão alarguem á custa de outras culturas valiosas, a área da probpçãa 1inicola. O Districto perdeu muito com a falta de seus vi-. nhos e com o dercredito que as bebidas artificiaeç, alcaah* das com o titulo de vinho da Madeira, lhe foram grwgea~ -te

no estrangeiro; mas é tambem verdade que melhorou a sorte do colono, tomou a agricultura um caminho mais proviùeiiUaI, e sobre tudo o mal não 6 tão grande como se quiz suppor, nem é irremediavel. A inboducção dos vinhos de Portugal, que muitos tem querido venha estabelecer o equilibrio entre a cultura dos vinhas c as outras producçóes da agricultura, matando os vinhas de inferior qualidade, e mantendo apenas as que podcsscm existir com a livre concorrencia, seria hoje um não pequeno mal : a industria das vinhas está novamente na sua infancia, e 4 necessario proporcionarmos-lhe alguma protec950. Mais tarde, quando de todo tiver desapparecido a molestia, quando as vinhas, agora plantadas, tiverem chegado ao auge da sua produccão, serA opportunidade de lan~armos no mercado vinhos dc Portugal, e pôr nas condic6os de igualdade com as outras industrias a produccãu vinicota madeirense. Hoje protecção á cultura nascente, que desenvolvendo-se deve de novo chamar o commercio e OS capitaes a este porto. A falta de baccllo limitou este anno consideravelmente a plantação. Bom seria que na prosirna cpocha o Governo fizesse vir para este Districto u m a porção dc plantas das castas mais selectas dos vidonhos do Continente, A cultura da vinha faz-se no Districto de diias f0rmas clifferentes; em balseiras, ou embarrados, na região do norte; c cm latadas e corredores na parte do sul.

Nos embarrados a videira sustenta-se e enlata-se sobre arvores dispostas para esse fim : neste systema a producção 8 abundante, mas pouco qualificada, porqrie as uvas raras v e m chegam a uma completa maturação, j a porque não recebem a reverberação dos raios calorificos, ja porqne as ar-

vores não são podadas convenientemente. hs arvores que no Districto se encontram associadas ;i wdeira. sáo o castanheiro, o carvalho, a faia e o louro. O unico tractamento que recebem aqui as balseiras, é (lesfolha das arvores quando as uvas estão proximas da matiiração, e alguma lirnpesa tanto nas varas superabundantos da videira, como nos ramos da planta que as sustenta. Os vidonhos que se cultivam de einbarrado são, pela maior parte, Verdelho, Sercial, e Tinta. Julgo que esta cuL tura 6 susceptivel de grande melhoramento, e para elle entrego á appreciação competente dos agricultores deste paiz, as indiçaçaes que se seguem : I.+ Empregar nos embarrados a robusta variedade americana, conhecida pelo nome de Isabelle, enxertando-a riqois cm qualquer das castas, verdelho, sercial e tinta, que até hoje se empregavam para o mesmo fim. Parece-me que por esta práctica devem obter-se individuos que conciliem o vigor de vegetação da primeira especie. com a produccão qualificada das ultimas. 9.'- Escolher para amparo das videiras arvores fructiferas e pouco folhosas, como o castanheiro, o carvalho, e a freixo, cujas folhas são uma excellente forragem. O habito de enlatar a vinha sobre arvoFes fie folhas persistentes, como o loiiro e a faia, 6 altamente condernnave~, yoruqe estas arvores entretem no ambiente uma superabundancia de humidade que provoca um grande luafi fnlha, pem á custa da fructificaçãe. Tambem a desfolha destas ar7 vorcs 6 mais dispendiosa, o que não deve perder-se da vista. 3."- As arvores convem que sejam dispostas a uma tal distancia, que o sol possa pcnetrar por entre ellas em todas aa direcções para que os cachos sejam menos assombrados c pos

-

çam amadurecer menos imperfeitamente. 4.0- Nos logares desamparados c expostos aos ventos irias, as videiras devem encostar-se a arvore do lado do meio dia,-nas situações temperadas ao poente, e ao norte só excepcionalmente, nos casos de uma grande insolação e calor muito intensivo. 5.'-As arvores descabeçam-se a quatro ou cinco metros de altura, e os bacellos devem acompanhalm at8 este ponto. 6.'- As arvores ou devem ser podadas de maneira a ficarem unicamente com quatro ou cinco ramos lateraes, ou em fórma dc cupula ou vaso arredondado. No primeiro caso os braços da videira enlatam-se nos ramos por toda a sua extensão, e passam-se de umas a outras arvores, formando festões ou grinaldas, de um effeito admiravel. No segundo cingem-se em roda da copa da arvore eni espiraes mais ou mepos perfeitas e acompanhando esta em toda a sua altura. 7 .'- - As balseiras devem ser cuidadosamente podadas todos os aonos para que as uvas sejam mais gradas e o vinho de melhor qoalidade. Os vinhos do norte servem para lotar os da região do sul, que se melhoram com esta mistura, e que se tornam mais baratos, porque, como vimos, a producçfio das balseiras 6 abundante e o seu grangeio facil e econornico. As balseiras podem tambem por si só, dar vinhos fracos de muita estimação, no genero do clarete e do Rheno, sempre que elles forem tractados convenientemente. Ra regigo do norte, são os vinhos de Ponta Delgada do Porto da Cruz os mais reputados.

Nas vinhos

do sul a cultura 6 conduzida com bastante

perfeiliio. As vinhas desta região situadas, pela maior parte, nos declives das montanhas em socaleos laboriosamente constrnidos, com destino a approvcitar cuidadosamente toda a superficie do tnrrcno e sustenta1-o contra as aguas das chuvas, exigem para o seu grangeio custosos amanhos e cuidados r e petidos, que tornam excessivamente caros os seus productos. A duração destas vilihás limita-se ao pequeno espaço de quinze aonos : a circumstancia de seram os bacellos plantados muito perto uns dos outros, e o genero de poda a que a videira é snbmettida no paiz, determinam o definbe~enio precoz destn planta e a sua curta vida. Parece, porhm, que uma e outra practiea se justificam, em raiz50 da necessidade que hã de reprimir a excessiva vegeta$~ que a videira tomaria neste clima, collocada em ouiras ciri.urnstancias. A ~iotla cumprida é, 30 qiie dizem os agriciiltores, exigida gillas especialidades c modo de vegetar das castas cultivadas na ilha. Pelas razões qiie deixo indicadas, e não tendo um brofundn conhecimento das vinhas deste paiz, náo me atrelo a condemnar qualquer dapuclles usos. As vinhas desta região sso cegadas como as de algiimas situações da Andaluzia, c esIe beneficio não é aqui dos menos dispendiosos. Do que temos dito v$çe que os vinhedos do sul dei4 xam aos agricultores pradrictoç cncrados de tão custosos adiantatnentos que só um Freio rxcepcional póde devidamente retribuir. Assinl a rizit3lr;i ~ i n h a nesta parte da , ilha deve limitar-se ao; 10g3wi1 i :giado- :11 que se pro-

,:

@-em as especialidades inimitaveis dos seus vinhos, qua tem em toda a parte um grande valor. Os vidonbos que formam as virhas do sul da Aladeira d o conhecidos pelos seguintes noaes :

Bulul.-Prod~z o vinho estimado conhecido por este M me. Parece que este vidonho fôra importado de Bucellar.

S ~ n c i u . - É, segundo o Sr. João d'Andrade Corvo, cor d e c i d a na AIlernanha esta variedade pelo nome dc lIocheirri. Dá origem a um dos vinhos mais qualilicados da Madeira. Mn~vrsrn.- Enamtram-se deste vidonho differentes vuriedades. Foi introduzida na ilha pelo Infante D. Henrique, em 1865. $ ama das castas mais estimadas da Madeira pelo perfume e delicadesa dos seus productos. Esta variedade foi importada de Caadia. Dá-se apenas nos logares abrigados s pouco altcts. A Fajã dos Padres, e o Paul do Mar eram aEarnador pela exeellencia da sua mahasia.

VERDELHO.-Variedade que sobe a grande altura. É muito productiva c dá o vinho conhecido por aquelle nome, que, quando velho, é de grande estimação, Suppoaho que esta variedade é conhecida no reino pelo nome de Gouueio. BASTARDO RRANCO.PERIXGO.- CARÃODE MOÇA.- GABVERMEJOLHO.-BARRETEDE G L E R I G O SABRA . . LUTRIO.-Estas variedades são muito menos estimadas que as p d e n t e s , e concorrem com ellas na factura dos vinhos de Iùlamos, mas são particularmente a base do ~ i n h o CHEIRA.-

c~&eCidosimplesmente pelo nome de Illadeira.

-

Alem destas encontram-se tambem o Yuscatel b r a ~ o , c o Alicante, que se consomem nas mesa..

XEGRAYOLLE.- TIXTA.- destas diias variedades que sc extrahe o vinho conhecido pelo nomede Tinta da iiladeira. SEGRINHA OU TIKTA DE BAGO PEQUENO.-Uvas d e muito inferior qualidade c de difficil maturacão. BASTARDO PRETO,- Uva muito adocicada e de bastante perfume. T~a~niirés.-Bago roxo escuro, de boa qualidade.

MAROTO E CASTELLÃO.-Variedadespouco estimadas.

ISABELLE.-Variedade muito rustica e vigorosa, importada da America. F c i i n , i r , . ~IL'SCATEL ROXO.-ALICIANTEncrxo.- Cul tivr;das só para consumo das mesas. Além destas encontram-se tambem nas novas plantações iauitas variedades de Portugal que se devem á importação do bacello que depois da invasão da molestia se tem feito do continente. Com quanto algumas destas especieç, como o Arinto, a. Tinta do Padre Antonio e outras, sejam dc boa qualidade c convenham conservar-se, julgo, porém, que os viticultores deste paiz devem exforçar-se em multiplicar as castas antigas dos seus vidonhos, sujeitando a uma vigorosa enxertia todas as outras cepas nienos qualificadas para conservar o antigo cunho dos seus vinhos, que a introducção d e outros elementos poderia transtornar. O Estreito, o Paul do liar e o Jardim da Serra,

passam por ser os logares onde se colhem os vinhos mais fie. pos da região do Sul.

A cultura dos cereaes na lfadeiga foi por muito tempo bastante liuiitada. Por longo periodo s cultura cemalifera cedeu o passo aos lucros da viticultura, industria que estava mais em harmonia com a constitui$ío e modo de ser da propriedade desta Ilha. Já a fome de 1.847 produzira grandes embaraços e mostrara a urgencia de alargar a esphera da producção das subsistencias de primeira necessidade. A molestia das vinhas restringindo os meios com. que anteriormente se importavam os cereaes estrangeiros, que alimentavam durante mais de metade do anno a população da Ilha, espalhando a fome e a desolação por todo o Districto, condusio a attenção para a cultura dos cereaes, como a unica qae podesse substituir a cultura arbustisa da vide e af frontar como esta, a seccara de c e r m situações. Infelizmente não foi este movimento acompanhado da desejada es-. colha de methodos e aperfeiçoamento de cultura: estendeuse, e verdade, a área desta pioducção mas desprezaram-se pela maior parte os meios de sollicitar a terra a uma maior productividade. Preferio-se o emprego das forças naturaes, e despresou-se a via racional e activa dos adubos; coodemaou-se a term á producção inemterrompida de cereaes, systema que tem trasido comsigo todo o seu cortejo de perniciosas consequencias, e as terras da Madeira que, segundo os primeiros chronistas da ilha, improvisaram maravilhas de feeundidade, estão hoje reduzidas a reproducção mesquinha dc cinco a seis sementes em termo qiédip.,

Xos systemas de cultura baseados sobre

o approveitci

mento das f q a s naturaes tem-se, para ser bem succedido, de lancar miio das indiaçõcs da sciencia, ja quando se tracta dos meios a enipregnr, ja mesmo para espreitar e conhecer a opportunidadc de certas opcrtacúes, &c,- mas aqui rcpellemse os cons~lliosmais racionaes para se lançarem no caminho scguido do empirismo e da rotina. Terrenos ha ncsta ilha onde desde a primitiva se tem semeado ronstantemrnte trigo. dirijinuindo siiccessivameate a repr?dur~áoa ponto de nHo oílerecer mais que uma mesquinlia rtitribuicáo a terra Eqic.;

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~~~,.:.;:-, r :'t;.?,,,~ $i: .-c Bp.:oar.

invernos, dos logares eIci.aj1 - 5 ..; t .:$4,.a : ~ ~ \ ; i titar.: r: q u : Ihc estão inferiores. Sã0 33 :::',*%,as L t ~ u t Ou ~v ~ h i c u l i , ~ U transporta P snnualmcnte, d'umas para C ~ ; : T ~terras, S muitos elementos tcrrosos mineracs, e es~oliosvegetaes de todas as ordens, com que se entretem mcsquinhamcnte a producção de muitos logarcs da ilha. $ assim que rupposto ser muito importante o incremento que esta cultura tem tomado desde a moles ti^ das ~.@has, eila está longe de setisfazer as necessidades do p i z . C O I ~ ~ ~il:';t , T ~ ~ 1

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--

P r ~ d & ~ ;de a ?cereaes no Didrrcto do Funchat TRIGO

A*Nos 1847

1

1848 1819 i850

I

1851

-

. .-----------

-.

1 j

IllLilO

o

IllrrnLITlOs

,

1

HEDIA

fios

6 anaos de 1897 a 1851.

CENTEIO (IIECTtILIIIIII

/

/

20.774,7 10.1 74,1

26.633,s ã3.361,h

26 503,6 e -

107.667,3

al.~eg,h

1. 1.432.5

----4.434,1

-- --

_ _ _ -*- e

2.670,O

2.844 A -

14.353,1

CKVADA

1

I

IIIIYLIIIIIs

61.1 67.3 3.81 3,á 4.86131

1 4.fi6.8 13.718,$ ----58.116,&

O mappa quc ahi deiximus mostra a prodticcão de cereaes aonos d e 1847 a 1851, assim a média que resulta da cifra total, para cada um destes aanos. Vezse que a colheita do millio era sobretudo escacissima. Foi no anno de 1859 que o oidiua se manifestou ber clmmeirce. Euao fÔra a seguiute e prodneç&o destas sementes :

............ ...........

Trigo Milho Centeio Cevada..

91:862hectolitros. %:i05

......,...

8:380 9:337

.........

R

Prùducfdo de cereaes no Disfricto do Funchal nos

cinco annos de 1853 a 1857.

1

I

Annos I w

i

1853

185l

I

e .í ,ao

1

1805

28.9ti0,8 29.1 85,7

i

18S6 1857

04.330.9 34.663.5

1

Media

Hectolitros

28,398

I

Augmento por '10

31,9

MILHO

--

Annos

Hectolitros

1853 18 5.4 1853 1856 1857

4.304,9 11.917 , 4 ti.983,9

Media

Augmento

5.447,9

6,236,1 c

26.887,s

5.377.6

ti06

I

i

CE STEIO

Annos

Bccto1iti.o~

Media

Augmento por "I.

/ ;

Temos nos m a ppas aro teccden tes os annos de 1 853 a t 8 6 7 com as respectivas cifras dc producção, media para c s t 2 periodo, e calculo do augmcnto que hoiivera por cada 1011 do que era primitivamente. Foi de 5 4 por 100 o augmc.iti+ 40 trigo, cresceu a colheita do milho &O&, elevandc-se igurii mento as de centeio e cevada a 35 e 76 por cento. Foi, como se vê, grande o desenvolvimento que tomou a ~ulttir;i destas gramineas, especialmente a do milho, que atC entif-

era n ~ ~ n n p o i ida o curiosidade dc poucos, apezar de quanta para a sua grneralisação, tra bal harnin o sa bio Perfeito Mousinbo d'klbuquerque, cr sr. José Siluestre Ribeiro e o sr. huriarino Pr~riciscoda Citmara Falcão. Ko segiiiaie period.3 (12 1858 a 1862 a mbdia de trigo para cada anoo conservou-se q w s i a mesma, offereçendo, ainda a d ù milho notavel Micrsinento. Prsduccão de cereaes no Districto h Funchal nos cinco annos de 1858 a 2862.

-1

MILLIQ

Ann 1s

Hectolitros

1858

9.1 0 4 , 4

1899 181iO 1861 1862

8.498,3

4.784,d

Augrnento

Media

i

36,5

7.342,1

I

7.263,3 7,163,3 A -

~--

36.710,fi -

-.

--- -f

r

i

CENTEIO

I

CEVADA

- - . I

I

I AI

Annos

Hectolitros

18BS 1869

1 1.919.8 10.776,e 5.965,7 9.026,B 8.510.4

1860 3 861 1863

I

i

---v-

--

46.191.6

-Media

Augrnento por "i*

9.238,3 '

t

A iirea destinada a riiltura dos cercacs póde ainda dilatar-se e por muito, mas .iniporta mais mclhorar a actual, 4entrando na via racional da alternaçáo e abandonando o syatema de semear cereaes sobre cereaeq os qr;nes muitas veres nem sequer sgo mediados de um bom a l q i ~ h i v e . As gramiaeas, plantas de pequenas f~lhas, absorvtndo poticm elementos da atrnosphera, a o podem impunciíante

rep~tir-scno mesmo terreno. sem que uma depaupraça. Fd-. tal sc nào siga a este prejudicialissimo erro. O systrma dos afolhanieatos, esta eogenlioki determina940 de 1 t . k de riiltura que 110s perrnj4tc elevar o solo a rima prodiit c30 vnnstnnte póde, e deve ser o camidio a seguir para quth O pi~izIIUO t('n1ia de pagar o t r i l ~ i ~ t ao que est5a condvn!n;iilas todas as regioes que dcdicani as suas terras a c ~ i t u r acac lusiva dayur~iias scineetes. UC-se pois na geographia agricola do pai2 um logar Os forreginosas, entrelai:e-se e prenda-se em intima alliaoçr r iodustria peruaria a cultura rerealilers. e os resuikdas !db se farão espcrat. São estas, como diz Lucoutrrm, as duas m i w prigeipaes de siibstancius alimei\lares, E se a dos cereacs parece o mais fiicil dc cnplosar, n5o esquey2mos que a outra é & salvaguarda tlo ftiluro da fertklidadc do solo. h c.ii1liii.a d s ccrcacs faz-se no Districto a braços, crn; poqu niisiii~asparrellas, deteriiiinadas unias vezes. pela extraordinaria dit isão da terra ciitre os colonos, outras, peja conformcçào do terreno, qu. eni n~uitos casos não comporta o uso de inst~umentosaratorios. Em ponto maior exerce-se, aonde quer que aqnellas cit-, ciirnstancias não apparecem, com o auxilio de anhaes e de iostruinentos singellos, e por wimdi zer r&~ontares de

lavrar. 1Jmq e wtra cultura são w e p t i v e b &e Beneficiar-se, s

diligenciarei pôr os priwipios para consegai~este intento, Como dicernos, a produc.ão pecuarir e u adop~go d i afolhnmentos consoaates a esta condifão, constituem a alavmca que convem pôr em acção para similhante fim. A CCV) de gado para expodação, 9 criucão e eptreterii'

preparo convpnicnte desta qenero para facilitar a sua conserua~ão e poder exportar-se com srguratiça, são o descnrolrimi:nto de uma das faces em que naturalmente se desdobra a nosia ideia. Adoptar uma suecessá0 de eullura~em que pe c o n r i l i e ~ vantajosamente as forragens que devem ser simultaneamente preparo tla terra, e fiador d o sei1 conieniente estado de lertilid~depara a riiltnra cereal. é o s u e o m p l e m e n t ~ Estes *o prin ipioq on,rnii!ic: a ariii);~sos systcmas. Além da natu, t+s;.i .i(, r; r i I 13 sí!;n i i ? ~ i f ? i 3e do clima, &rcumstanc.ias p~iwa!*i:is, :;tii n agr;(iilinr rlt.v? ter em \ isf3 para formular o seu rifdh:imt ntn, 011 rotaiât2, c,oiiteii) quc a cscolhli das plantas iiitcr,.aliu*es seja dett*rnnin:idli eiu ordem as seguintes inclicaçces : 1 Quc pela forliia especial da sua rultura dtlixcm o terreno bt~mpreparado para o ccreal que as deve seguir. 2.@- Que não sejam cxgotantes, cxiepto quando pelo seu valor,na aliqqntacão do gabo se possa contar, qtte d a S ~ lagar a uma protliiíb-50 de atluhos, bastante para compensar as perdas que pnr si oct.asiotiarão no terreno, R mais o necessario para o clniisiirnirin do c c r ~ a que l te1n dc stircedrir-lhe& Eiii conforniitiatfr com o qüc deixo exposto, proporei aos agric.riltores do paiz as seguintes fórnias de afolhamcnta, que me parece se rasani com o que acabei de ponderar: 1." amo,- batata5 bem extruniadas. 3.' amo,- trigo, trevo. 3." anno,- trevo, para enterrar depois do segundo córte* @ta rotação é practicada em algumas localidades com

meato de vaccas para maiitciga,

O

.'-

.mcellente resuitado. Effectivamente as batatas (smih) como plantas sachadas deiram o temerio convenientementepraparado para o trigo.

Como estas requerem extrunies pouco curtidos deixam na terra muitos elementos qiie o trigo absorve depois vantajosamente. AS colheitas dos cereúeç qiie sr seguem ii cultura daquelle tuberculo são qunsi seiiiprc abunùantissin~as. 0 s trigos enrontrnni nos tcrrcnos preparados pela planta precedente, não só um solo perfciinincnte anianhado, mas rico dos muitos espùiii:~qir: clla abandona, além de adubos ja dispostos para .;:~,r: Ca, '. 1 pc'a clnbora~ão deniorada que soffrrr;ll As bat~:,i -i13 i ~ . ! I ~ : ~ ~ ~prestam-se ~i!i á alimenta$ão de t c zr,ii-ad, .A r.- .ira folha occupada por uma segunda sementeira de trevo, dá um excellente prado, que depois do segundo córte se enterra deixando o solo muito nielhorado e fertil. O trevo não podendo porém repetir-se no mesmo terreno, sem o intcrvallo de um maior espaco de tempo deve substituir-se successivaniente por outras forragens. A ervilhaca, o cardo, a sulla, a pímpinclla podem pro-ler áquella substituisão. Outro exemplo :

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1 amo.- Ray-grass-turriepos2." amo.- trigo serodeo. 3.' amo.- trevo. Escolhemos expressamente rotações trienaes pela sua, simplicidade, e pelas julgar mais facilmente accommodadas a mnioria dos terenos occupados pela cultura cereal no Districto. Uma vez neste caniinho o agricultor, pelo conhecimento da localidade e dos recursos de que dispõe, tem mil meios de variar estas conihinações e de as adequar ao seu interesse. Nos terrenos irrigaveis as maravilhas de fertilidade* .O

eersivamente a irnprlllgão do estrangeiro. O mappa seguinte que mostra o rendimento do imposto sobre cereaes estrangeiros desde 1843 n i 86% e desta epocha a 1861 da uma ideo bstanle clara sobre a reduc$tio apontada,

ceteues estrangeiro8 durante um periodo d8 1 8 an-

aor de julho de 1813 a junho de 1831.

IYPORTANCIA DO IYPOSTO SQBRE CEREAES VIWBO EXPORTADO ESTRARGEIROS EM HECTOLiTROS CORFORMIDADE DA CARTA

I

(

Reducção a meio direito do consumo por carta de lei de S7 dc m i o de 1843 De julho de 1843 a junho de 185%

-

i1

Falhou a produe-. ção das vinhas. Dr julhodo 185% a juolio de 1861

I

1

I

DE LEI DE % DE DE 1839

AGOGTO

I 239:383,40

I

i

I 155:l512,289

1

8:473,14

I

1

I

98:272,068

De 1854 a 1860 foi a importação como se vb do mappa presente. GERE AES

I

PARIS IIAS

I

Brsduziodo a farinha a trigo, temos que s total da import a @ ~ nos referidos sete amos seria de 138:'?96 hectolitros e de 69:68Fi hectolitros a media para cada anno. Sendo a media annual da produccão cereal no Iiistricto (1853 a 1887) da importancin de 47:885 fiectoiitros tcrenios que o consumo destes gcncro3 nas ilhas da liadeira e Porta Sancto seria de 101: 540 hectolitros. %a certamente grave defleito na apreciacão das cifras de produeção appresentadas pelas respectivas repartirõcç, par quanto supposto ser pobrissimo o reginien alimentici~ das classes menos abastadas deste Distrit to, e notavelaicir~teliniitado o consumo do pão, não p o m todavia accrcditar que dia se reduoa a menos de um hectolitro como se deduz do calculo que se segue :

Media amua1 de producção cereal. Media da importação

47: 888 hectditkos 63:683 o

. . . . .110:&70

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9:õ77

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Totalgeral. Calculando para a reproduct$o uma quantidade de

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fica para o consumo de homens e animaes 100:993 a A população do Districto anda por 101:420 almas. A producção d e cereaes que apresentBmos, está pois muito abaixo da verdade, mas d certo, que a alimentaç50 das classes pobres é miseravel, e que a populacáo do Districto esta exposta a frequentissimas crises. Urge por isso alargar e melhorar a cultura destas sementes. h .+[i produccào por hectare será hoje de 8 hectolitros; pÓdi ' 1 hcgar a 14. O r:~liiiodos cereaes além das applic-a@es geraes que tem ein vutros paizes entretem na Madeira uma pequena industria que é exercida pelo sexo feminino, em algumas freguezias ruraes dosta ilha, e que contribue para dar ti sua pogrlsgiío rn certo bem estar. & a confeçcão de tecidos de palha em chapeus ou simplesmente em transas cuja exportação é ja hoje importante, e que promette maiores desenvolviinentos. As habitações ruraes de toda a ilha são pela maior parte cubertas de colmo, o que contribie tambem para avultar o valor deste prodticto.

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RAIZES

As mais cultivadas no Districto são as batatas do Demerara e da Madeira, da familia das conuoluulaceas, c

a semilha ou batata de Parmentiar, que são simultaneamente alimento economico para homens e aaimaes. muito extensa a cultura da batata de Demerara que,

urna grande producção, junta a propriedade de ser muito precoce, o que a faz preferir a sua congenere, que e todavia d e qualidade muito aprimorada. Uma e outra querem r y a e vegetam unicamente ate uma certa altura acima do pivel do mar. Nisto lhe leva a vantagem a sua rival da A merica, r remilba que vsi, sempre generosa, retribuir o triibalbo do lavrador até nos logares mais altos, com tanto que cncrontre t e m fofa e adubos abiindantes que facilitem o deserivolrimento das suas raizes.. A semilha tem sido atacada de uma terrivel tri::t;lstia, e por isso a sua produccão é hoje menos abundante. Além destas raizes cultiva-se ainda o inhame, planta fmpical, que aproveita as terras rnargiaaes das rib%iriis, e os t w r e s pantanosos, pouco susceptioeis de ouira cultura r que pari esta plant&apresentam as melhores condições. E abundrntissima iIOI piodocção e muito geral a saa eulturq no, Districto. Com aa raizes entretêm-se homens e aniriiaes, e a sua Belh folhagem 6 aproveitada na alimcntapo dos porcos, 8

CULTURAS DIVERSAS

CANSADE ASSUCAR.- Esta planta, importada da Sicilia para r Madeira pelos cuidados do principe D. Ifcnrique, cònstituio em pouco tempo a mais importante cultura da ilha, ergttrndtm Ioga em seguida a sua introducção varios enge~ h mh , e pela anno de 1E00 lavraram ja para mais de %f!Q%;906k-ibsde amuear.

Funclial . 1lxIiic.o . . . Ponta iio Sol. . Porto &o Xoi~i;; . Sant'bnna . . Sancta Criiz. .

. . . . . . . . . . . . . . . . . .

5.?373:200 4.07li:Bit 1 .iGS:800 i:2?3 GGO:960 220:380

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Total. 14.688:043 » Estes 14.655:0 13 kilogrammas de canna andam para i~roduzir8k.018,98 Iieclolitros de gampa, que representam um capital de 17:;: 039&i;'i0 reis. Calcula-se que ca'ds 18,8 litros produzcin, tcrnia rnctlio, 2,7l l kilogrammas de assuear, dc fórma qitc a scr aqirclla ~ransforniada inteiran~ente neste prcdi:çto, scriq cela prcc?iics50 Cc 3.377::311 ki!ogramnias, e subiria o geii valor s 31 6:781 &:i330 ~ - c j r . A euItura de csnn.1 i! ;;er'aliiicnlc pr.nc.ti:~ida conl imperfeiçiío : sobre este ponto e por ordenl do chefe supcri Districto, redigimos um succinto relatorio com o fim d caminhar OS cultivadbrcs a ' practieas kiais racionaes, o entendermos opporttino a cste objecto, o damos junc . I -

( ~ Ill."" j e Eu."'" Srir.-- iJ:rn ~atist'azer as ordens de procedi ao rmmc dc : i I p n.;s f!~ntar
V. E

rlcracão de V. Ex." A cultura d a canm 61' r . > r t í t ar C na actualidade uma das mais importantes da Madeira, occupa proximamente uma superfirio de 357 licitares e o seu pmdiirto brlilo annual

CAFPEEIRO.-Ocaffeeiro 4 uma planta delicada, e exige condiçbes taes do abrigo que a sua cultara é muito limitada.

anda pela-quantia-de t39:690&000 rs. 0 s processos de cal-, tura empregados no paiz apresentam notaveis impropriedades que desatendem as condições e modo de vegetar da planta, e sacrificam anaualmente um rendimento importante. A imperfeigo no preparo da terra, a pouca profundidade das vallas de plantação, a distribuição mal calculada das esW a s , a expt-bração simultaoea be culturas intercalares, as repetidas esfolhas, fóra da sasão competente, e a colheita extetnporanea, constituem, a meu ver, os dcfeitos principaes da cultura do paiz. A. sua influencia nas producção é mais importante do que parecerá a primeira vista, como vamos demonstrar, e as modificações que proponho, que vem, de resto, consignadas em todos os livros que tractam deste assumpto e. que acodem mesmo á primeira observação despreocupada de prejuizos, e isenta de preconceitos, são muito faceis de p6r em practica. PGparo da Irna. -A caspa, sendo uma planta voraz que em condições favoráveis de grangeio dura de dez a doze anaos, correspondendo com um producto abundante 4 sollieitnde do c.ultivador, 6 justamente exigente em -to ao prepara da terra em que tem de regetar. A s.u;i d~mçiioe produdo de diversos factores, e dentre estes o preparo da terra em que a planta ha de beher os elementos da sua regeneracão, durante os dez amos de laboriosa existencia, b sem duvida um dos mais importantes. Uma surriba de 4," 9.0 de profundidade é indispensavel, e a inversão das camadas do terreno passando as inferiores á stiperficíe, e vicevem, igualmente necessaria. Note-se que a camada snperiar do terreno mais curtido dos gases da atmosphera , mais curada do tempo e dos amanhos, convem singularmente como meio onde hajam de desenvolver-se as estacas ou plantas, para que o abrolhar das radiculas encontre, desde. logo, terra reparadora que promova o seu crescin~ento, e bastante fofa que permitta a sua irradiação em todas as direcções.-TamBem r terra do subsolo exposta d acção nieteorologica do ar, xai COMWp, tornando-se mais caroavel para a cultura. MBo w procries, no entsato, geralmente assim na Madeira, c

rncntc dos (10 riiiiiilrante do Sorte ; é niuito prejudicada pela

--

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o liiii d e toriinr os despesas de iosiaiaçáo mcnos pcsadas, siniplificani-se estes trabalhos, o que abre\ ia a cxistencia da pliiritn, e dcferiiiina uma dirniniiigão no prodiicto liquido hnr i ~ i a l , bisto qrie o capital c juros empregados na plantação tcii~neste caso de dividir-se por um nunlero mcrior tlc arincs, - A b ida da planta fica reduzida em virtude desta c. porvcntiira, de outras circumstancias, a uin t c r p , c o capital de i u s t a l l c ? ~não ~ ~ baixa nunca a um incio. A desproporcão é bem manifesta.-Tanibem inconvenientemente se faz liso dc estrumes animaes nial curtidos, que prejudicani cspecialmente esta pJanla, e a preterencia entre estes c os de composiciío vegetal nem sempre, é determinada segrindo as razõcs que aconselhani uns ou outros. Os primeiros convem ,?s terras Icvcse porosas:os segundos auxiliam a dísagregação do solo o facilitan, a sua mobilisafão. Plantacão. A canna de assucar tem, como quasi todas as plantas gramirieas, i ~ m atendencia irianií'esta para lançar raizes acreas; por outro lado as repetidas scc.êes practicadas annualmente na occasião da colheita pranmvcm jiincto de si uma grande excitacão, dando logar ao deeenvolviniento de multiplicadas raizes q iie, por mais energicas e vivazes, chamam a si e vão suc.cessi\antrnte entretendo toda a actividade do systema iadicu1ur.-Este modo de vegetar da planta indica a ne.c.cssidade de a(-ompanhar com amontoas de atterramentos frequt ntt2!: o de. envolv imento destes orgãos e prestar-lhes todos os *I< rrirntos de nutriçgo. l$ por estas razões que a disposiçâo das plantas costuma fazer-se em vallas d e certa profundidade, para facilidade dos atterramentos, e compatibilidade das regas. A cava menos profunda, importa comsigo ou a pouca profundidade das vallas, ou a plantação das estacas, em terra não amanhada. No entanto estas conaiderações são raras vezes tomadas em linha de conta pelo ciiltivador do paiz que trndo começado por forrar-se ás despesas dum bom trabalho preparatorio, mal pode dar a esta segunda operação o indispensavel seguimento de condicóes. E 6 assim que os colonos abrem vallas superriciaes, não deixando a

-

tetra necessaria para

nyravam o

plantanvalla. Os atterramentos d e ~ e m:;cr c ~ J ! ! : ~ ,: .,~ , 1:(,c 111;i;i cn:nndn de terra de Om,írD de esyessrirr . . ' i , i , , i : , : (!,i,. v n r . 1 ~deve ser de Om,6 para qut: . . '~iinusR tzrisa esteja compfg&rmeote nivel;idti. .I i, , : .,r ii I seíi,lo (I? O ;',$ e o caartathão guardando as m g ~ ~ . i ~ . , i ~ siio 7 %lini : s . dos 20 aanos pode inverteis-5 a ord. ,i; i: : opcra+er. nijrirido as vallas nos logares aiitorioririt*rri;l +J . :lti,idii~pc1o.s c>n!ria121ões e explorando assim com igudlti:t,l~ ;i tcriS,i. cin t d n a sua extensão. As dimensões qiie apùnt~~ii:).;o !;, s;in gel-niinente seguidas e é frequente o despreso dcsta rc,nr;i condemnando as plantas a viver em iim espaco acuiiriliado dc terra, ii-rsiifficieote para o desen~olvimcntodas siias raizes e ntig menos para e crescimento dos caiiles c fclttias que exigciii n ctccão franca do ar e da luz, Culturas intwcallares. -A practica de interntcdiar as pliiotagões de canna de outras culturas, táes como, setrtilhns, batatas, lei#!&, milho, &c., B, muito nociva. porque a canna á todas -as plantas industriaeç, a1tarncnte tks;;ntrifit~i: difiuhs-se em terra empobrecida por outros vegtatacs. O qysterna toliar desta planta mostra por outro Indo qiic a ssa alimentacão t! principalmente operada por intcrreny;io das raizes, ás qilacs é assim indispensnvel propnrcionar terra rica e adiibada, O assornbrean?cnto prodrizido por aq!icllas plantas favorece a formação dos p r ~ n ~ i p i uaquosos, s r, prornovc o nascimento de rebentos inferiores, verdadeiros ladrões que derivam em seu proveito uma porção de alimentos que devia noerter a favor das partes uteis da planta. 8sfotha.-As folhas tem a sua origem juncto de cada nó a quem fornecem os materiaes da sua organiSa@o, e que rcsguafdam. da aqão do ar e da luz nas primeiras epoclia~~do $4 desenvolvimento. A privação das folbas antes dellas fcreqa ,desempenhadv completamente estas funcções, paralisa o &Rsehv~lvirnenio dos nós, amesquinha o crescimeuto da planM,.pdiat~lh,a perfeita elaboragáo dos succoe- 0 uso de ;i. ~i i i e l i

do muitas vezes dua3

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Cnrccc dc regas ireqilliiitcs c s i i pbtle iltserrvolucr-sc em sitiiatcies aqliccidas por urna alta tcriiperc~turape por isPár-

--esgalhar as folhas, dcsprovindo os nós do abrigo c resguardo que elhs lhe proporcionavam 6 ;gualmenta prcjudirial, porq ile a accão do sol c do ar promovem a forrnac.20 rlas partes leqhosas á custa dos tecidos que eontcm o licluido sacharino. E mesmo a natureza queiii nos indica a oppgrtunidade de colher as folhas. Estes orgãos aprcsentan~cffectivamentc uma eôr pallida e desvanecida que sc torna suecessivamente amarella, a proporção que ráo sendo condernnados i iaa:~áo. Para que o arranque violento daafolha nào produça os inconvenientes que citamos, dever-se-6a proceder a esta opcraç-ao armado de um instrumento cortante, pritcticando a seccão acinia dos n6s da planta. $ tão notavel o prejiiizo que resulta da mntravençiio deste preceito que as cannas, sujeitas a semelhante pftctic3 são em cgualdade de peso menos rendosas em garapo, apresentando da mesma fórma urna diffcrcn~adc d e ~ s i d a d ede 1 a 1 e incio. t7olheifn c,r.íe,tr,;:ornjl~il.- 0 s inrofivcnicn tcs de retardar a coIlieita da pl,iiita, dcçprcsaiido a çasRo propria de effectuar cstns opzsnc;ies, s5o ii;ii;iliiiciiite perigosos. Com effeito se a colficitcl se deiliora e as plantas c o m c ~ a m : a florescer, a seiva vai rapidamente entornando para aquellds orgãos os mais ricos elementos da sua composição ;c a handena RO cottisador um liquido muito aquoso e diphcit &li &i o11 antecipar

ter. Tdmbem a9 raizes por esta forina fv~am.Iobrigadhs 'a um trabalho iaittil, e o terreno perdeu os inaterbes q t c&: ~ deu para aqueile crescimento superabuiidante. Quando ao contrario se antecipa o recolhimento, 03 liqiiidos seivosos não tendo ainda soffrido os traliafh~sde uma elaboração demorada, mostram menos 1 a 2 gratas de densidade, o que por outra fbrrna se traduz em timn differenp de 0,229 a 0,459 kilos de assuear por cada 16,95 l i t r y da garapa. Calcule+seo desperdicio enorme a quc dá 1ogar.hirrefl* ctièa práclica de colher as cannas nos meees de jsneiro e fevereiro, como t :m algumas vezes t+co~ecide,- A .@rapa procedente destas cannas mostra apenas 10 graus. Os cultivn-

r em~ que csia cuiiura p6de prosperar na U,dcira; 6 muito circumscriptn. M a i

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dores que se querem c ~ i j i i; i; ; r i(; -I., :!:ias destcl uso tãg rondemnavcl, mal podeul l'ci~t'l-o.r i d r . . í1:is tl~iinnoçconsb deraveis que os animacs dc todas as i*spcc*icbs fariam nas plantações assim isoladas. - Aos si*nli::riot nmpittia o prohk bit aos seus caseiros o córte da carrna a n t ~s f a lta I r:nipr;4tente.-Procedendo de accôrdo ncstc iihj . t i ' i!:it*--~r-his que ficassem plantacbes fora do tla ollt i ta < ? t ; i - as devastações dos homens e dos aniri~acs. Tendo indicado os diffèrentes puntc~s ttnl arte a 11%Q ver, a cultura da canna é defeituosa t) nial . ot:d!izic!.i i. ?B ilha, e havendo apontado as rnodifir-a~õoç
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todos os dias, sem que se tenlia teoliltlo qualquer applieagãa; $ o lanientavel fatalismo que preside a todos os actos da ri? da agricola deste paiz. Bem puderam nos individuos rocentemente atacados amputar cuidadosamente os orgáos affectados, corrigir o solo de alguma humidade, dispor o terreno em cirçumstancias de excitar menos a vegetação da planta diminuindo convenientemente a fertilidade, c em fim estudar o andamento da iuolestia, e as situações em que ella se de. senvolve de preferencia, mas não é para isso o espirito dos aossos cultivadores que lançam as mais das vezes ao cuidada da Providencia o que Ilies fora dado a etles fazer. So~orío.- O so r : ; cpnxl3 Tf'aswc?~ do Norte d& China cultiva-se com ;is , . ;. . t s i :;os concelhos ile São Vicente e Sanct'Anna. Mcnos esgotante qlvT .:I r -, -:!;: (';.; urzr c alirontando : : i,. r.\, ,,, ,,rcs;nin uma precocidavai~tajosament!~ ,..' . de dc (*si:% i . ; r, )".i;.a tic vcgcta~iio que lhe dão boiis (0 ., ., ,.: 1 . Coni cffcito clcva-se a uma altura de quatro e mais nicíiss eulirindo-se de folhas que os gados comem com avidez. O seu rendimento em garapa é importante. f

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COCBO::ILHA.- A cultsra 1?0 Wopal, foi introduzida na Madeira na ~ p o c h aem q u e os cslmgos do oidium iraposeram a necessidade dc ic:p- k 3 ; . n r x ç fontes de producctío. O que se passava nas Czoai inc, os ::i(*rosq : ~ noq:icllas r ilhas se auferiam da cochonilha, e as cIrcumsianciaç criticas ik occasião, levaram naturalrneiitc a attm$Zo para uma planta que por muito rustica e propria para supportar a avidez dos terrenos seceos c altos parecia ser uma digna sirccedanca da.

videira, c desiiriatja a reparar cru breve a? pi.irnci3iJ- , j i i ~s crise da prodric~fiovi:iicola troiiscrn coiiisigo. Com a videira tcnl ainda o Sopa1 a a::n!ogia ctc psc>duzir um gencro exportrircl de siibido valor no c~tr,iri:~ciro,c que, sempre muito procur~do,prornettia rcalnientc os mais auspiciosos resultades. Foram no entanto nial siicccdid3.; todos 08 ensaias: ainda que o Nopnl c a figueira Tunn sc dCio I~cm errt todo .O littoral da ilha, c até mesmo numa altura tIc 150" acima do nivel do mar, todavia as chuvas frcqucntes e niuitas vezes torrenriacs que siiccedcm neste clima, dcslicin as foll.ias, da serncntc, oii arrastm rncsrno o iiisecto. ja crcado. É assim que foi sendo suceessirnrnente abandonado cstc ramo dc cultura quc tinha ainda a Iiictar com o prcro a que baixou de repente a cochonilha com a introdricg.iio dc novas, e muitas, economicas substancias tinctrireacs na iiidustria. Se, porém, a producçiio da cochonilha e a cultura do Naplil náo podem pelas circumstancias apontadas convir a este paiz, muito deve todavia interessar a cultura das niiniemsosss variedades de opuntzas, ris quaes produzeni um friicto saboroso, que, como diz Cnsparin, 6 para muitas situagões o mesmo quc a bananeira para os pnizcs eqiiinociaes e a arvore do pão para as illias do Oceario Pacilico. A conserva dos seus fructoa 6 igualmente irnporlaiite, o della consta em grande parte o rcgimeii alimenticio da populaçáo da Sicilia. Tanibcrn em Argel se faz uso das folhas na a&n@ntafão das vaccas c porco;.

Alem das plantas enumeradas cultivam-se como curiosi? dadc o eha, a canella, a pimenta, o gingibrc, o liiiho da

N U ~ 2r J :, ~ ~ i l i ' ni , r2hr+ndiocri,o lupulo, o algodão c oiitras ; ciii 1 :\po~.:rinesi~iente a ruiva, o lirio, 3 curcuiua, O atggt(rc i., ,~,tiu~~cinln arl:ii:lijincea), o tabaco c muitas mais de m. 1i;~::,.5 iaportaricia. Do cliá npparcccram na crposição algumas plr~trs,mk siiii como O scii prcdiicto tri?coiro se appresenta no comm,ercio. ,ilostraram-se alli b c ~ ucnrncterisadas tres qualidades, o (11iverde o cl!a preto, c o chá Bolrra. A preparayão deste prodaclo 6 tão trabalhosa e exigente que seria obra de muito tciiipo e de dificuldades ngo vulgares plantar entre a popula@o da ilha, o habito, e as practicas miauciosas que eilc crc:.

rerliier. As trcs amostras que concorreram a exposição estavam longe de igualar os bons productos da Asin, mas 6 certo que aquella tentativa rcvelava a facilidade de introduzir na ilha esta importante cultura. As plantas que appareceram na exposigão tinham sido creadas po Jardim da Serra a 840" a c i m do nivel do mar. Fôra o seu introductor o fallccido consul inglez, Henrique Yeitch. A circumstancia desta planta se desenvolver em alturas consideraveis, e as condigões commerciaes do seu producto, tornam de~ejarelo proseguimento de novas e-&. A cultura do algodoeiro foi ja tentada aa MltdeBa-peb esforgos do Capitão General D. Jose Manoel da Camara. Em um officio de 20 de março de I809 Ibe fazia aa-

bsr o então mieistro D. Rodrigo de Sousa Coutinko, que o Rcgente cmhectra com muita satisfação dos progressos daquellu cultura. Ignoramos o que deu loghr a que ella não passakse de um obscuro cncaia,

A's grandes. especiw arhreseentss não podem certamente c o ~ v i rna Madeira porque exigem U:ESBO@detemperatara média, para o seu completo derenvo?vimento. Em Argel recebem ar variedades caltivadas alii, urna somma de temperatai~ medias de 4:150° pouco mais ou menos, a partir de 19,% miniaui de calor de que eóta planta carece. SsgiiBdo as aiueroações tbermometricas de Roberto Wbih effectuaârd e 1868 a 1861 aquella temperatura pódr contar-se na Madeira desde 16 de abril, proximamente como. se vi! da tabella que se segue : Medias temperaturas para os ultimos quinze dias de abril, segundo White. DIM

I

ir3 16 .7I 18

92

1

GUUS

csnrio.

sun o m i o .

D~AS

aro,% ao,&

e3 sd

19,lt 20,O ?0,8

915

90,3

30

1

TOTAL

si,¶! 30,o 30,) t0,9 213 ?2,0

036 27

1

2P9,7

20,9

Cresccndo sucoesçieamente a temperatura nos mezes sabçequentcs como se v&das seguintes medias mtrnsaw doicmiaadar: pelo mesmo observador :

Julho i

I

i

Septembro ' .outubro

1

21,11

%1,43

-----

terá o algodoeiro roriebido iwtfim dio mez de outubro uma coloração de 4:0õg0, podendo assim fazer-se a colheita passadas os primeiros dias de novembro. Suerede, porem, e muito frequentemente, que as esta,ções correm . mais rjgorosas e que a sementeira não possa lerame - staiio em meiado de maio, o que atrasa conside~av+ mente a vegetrçiio e tornará muito contingente a colheita. Tendo o Governo de Sua Magestade enviado ultima* mente para w t e Distrirto uma porção de sernenteg' de algor r b e i r o , foram convidadas as eamaras a receber uma parte dacPI sementes. e a rbamar a attemçiio dos sow ~ ~ n e t t u i ~ tm sobre as vantagens que proviriam para o paiz da aclimata#& de orna planta tão interessante. aedigimos nesta occasião umas instrucções que boit?h~ 8cm de servir de norte aos que quizessem enaiu a .do algodoeiro, e que. dsmk em seguida p i a eomplelPr %ata bkveaotieia. (+)

(.) Entre todas as plinias tcxtis nenhuma como o algodoeire offereee á industria fabril, uma nateria prima de msis facil e economic(i preparação.-Tambri nenhuma ou-

---I

;i.

CliOcni*ij;

(1.3

(.'.tn-*':!t i ;1 IlhllAi i í ! l 0 ~ 2d9-

ri[rdadc de aia.ji,lnra:: ;i.: f )riria5 d~ infinita variedade que a @roam propria a maioria dos usos.-Em condições de h?giene $ de eommodidade pousas h a w a que possam Conamcr com as d o algodoeiro, pelo que 0s seti'. tecidos comam pwpioc e aeeommodados aos poros dc todos 0s climu e &o de uso geral. k mim que uma das industrias fabris que dá occupa@o a um maior numero de bra~osem toda a Europa é a que se incumbe dc transformar os produetos do algodoeiro ags tecidos variados que vestem e abrigam todos os poros do mundo. A America c especialmente os Estados Unidos eram a sede priaeipal da produeção desta materia textil e ainda ha tra eh por qainhentos milhões d e kilo4 tirava a Inglaterra quasi na sua totaaham a actividade de uma Os acontecimentos que teem agitado e continuam a complicar a riiua~iio daquelle paiz, distt~hindoos braços da ruifura 633 campo-, tornando premia a prodacgo agricala e paralysando as relaç4es com o estrangeiro, tem drterminado eontiogencias gnves, nos paizes industriaes, can&amando :i incrcia ~iliiittis fabricas c a miseria miBiam de fsmilias laboriosas. que iralialhavani naquelles eskbeleimtotas. Esias circtirnstanc ias Icrararn, espccialae 0 goWno ioglez, a proniovcr e generalisar a cuttura do Algodoeiro de fórina qtic as Indias, a Aiistralia e nma õnnde p.ír.c da Cosia d'Africa fieuram já com importancia íaQ1opo dds regiões exportadoras de algodáo. O gùverno de Sua .Uagesiade niio despresou a opportunidade de ini r ~ d ~ r ier arreiear a cultura do Algodoeiro nas nossas pos~~Ç Arricanas, e para esse effeito dimanarnm do- -&&brio CQf~petentcalgarnts n1:didas de cuja eficaciu co!iieOim 1 atifdrir-sc $5 inei ~ O ~ Presu!lados. I ' AquelIa planta eowm em a l ~ c l ~d e3 b~s con~liy$es a p p r o p r i ~ d i s r i ~c~ ~ , WA3 tpie ahi t9.n de aiira5ic p r si ~6 hlel..

-

'

4 - 1

c proíicuidadc que em inãos menos descuriosas Ihes estava natiiratmo~tc gaas entrar no caninlio de ndiantaniento

rantido. O governo acaba de enviar para cstc diatricto uma porçiio du semente dos Algodoeiros ditos viilgarmente -Algodiso Eyypeiano-Seu Islnad e Up Lnnd-para que os particulares possam intentar alguns ensaios sobre a sua cultura e julgar da conveaiencia da introdiic~áo dcsta planta na Madeira. Pnra facilitar estes ensaios coordenâmos dos melhores awtorcs as s e g u i ~ t e sirrlicagúes que podem servir d e guia aos que quizerem entregar-se & referidas experiencias. Escolha do fewsno.-0 Algodoeiro. planta originaria dw paizes quenlcs, tem a concorrer nesta illta coiii os sulturaç lucrativas que vivem na zona mais rica do territorio madeireuse, na região da bananeira, faxn litoral que se estende apenas 910." acioia do nivel do mar. Com effeito o Algodoeiro coineca a vegetar a uma tenipentura de 19.6 c exige para o soir total desenvolvimento uma caloracão 4 3 t i O . O Quer-se em terrenos fundaveis c soltos para que a sua raiz apumada n5o encontre em barricos 30 seu niitiiral crescimento. Conscm-llie uma certa fsesciirri, c nppraz-sc niliito visivelmente nas visinlianças do mar, cuja athmosplicra fa; vorece com especialidade o q a crescimento. Vão-llic perfeitamente os terrenos ruIcanices de mediocre fertilidade por qiie d i g a m :b luxo de vegebçgo, para o qual esta planta tem *maGndentia natural tom qrie illude por vezes o~ rrittivadores iaexperientes. As tcrras niuito pedregosas não deixam alottgctr convenicntemeatc o espigZo e dão logar ao deseni.olsímenlo d e pcqtienas raizcs lateraes que distraheir a vegetacão da p!arita dos orgãos prineipacs e compromcttcrn o seu futuro. Prepclracdi, clo terrctto.--Escolliido o terreno con~ as condicõcs indicadas, procede-se á siia niobilisacão e linipesa por meio de cavas ou lavores profundos, conforme as circumsiaacias o permittirern, notando sempre que o 'deseovotvirnento e producção da planta é afora outras influencias na razáo directa da profuadidadc a que aitinptrn as siias raizes.

p r c p de 260 rr. o kilograniiiia. i*) O t,ibocù cncuutra-se crescendo exponiantamc lite crii

--A extrnrção cuidadosa de todos os gerniens que possarri dc futuro determinar o nascimento dc hervas ruins, e indisyensalrl para qiic pelo correr da cultura as mondas, ssclias e outros aninnlios não tenham de repetir-se coni tanta f r c í l u ~ n ria. K a s terras menos curtidas da cultura C mesmo conveniente que a preparacão do terreno se f'a por meio dt: ~ I I U alqutire tompleto de ires a quatro lavores, develido practicar-se iim em as primeiras aguas do outono, proct.dezldo no segundo em janeiro, e finalmente appiicatidi, o ultimo, ncs principios da primarera. As terras que ria ilha podem comportar a cultura do Algodoeiro, andaiii pela

maior parte, táo amanhadas, que so muito raramciite exigirão um processo de preparac;ão tão demorado. O Algcdceiro aoffre com mais facilidade a falta de estrumes, que qualquer outra planta. A constituiciío do terreno. as ccndiçóes e naturesa dns culturas anteriores, são as bases a tcr em attenção para calcular a distribuição dos adubos, attenÙendo sempre a que as terras muito ricas communicam a esta lanta um ltixo de folhagem inconveniente. fndepelidemiemenic d i s considerações que subordinam a escolha das adubos 6 naturesa do terreno e que por serem regras geraes deixlmos de.mencionar, e tendo a n t e s em conta o8 que mais directamente farorecem o crescimento do Algodoeiro, recomeadaremos conforme o que vemos cscripto, os estrumes ligeiros puIvurulentos taes cQmo os chaniados conapostos o lodo das levadas c tanques etc. Stntenleira-epocha e maneira de a practicar.-A cpcclis da sementeira varia cQm os differentes climas: na Europa o receio das geado~ impede de lançar a semente á terr3 antes de maio, e a colheita neste caso tem logar em outubro ou novembro, perdendo-se muitas vezes uma g r a n d e parte da producção, com as chuvas que sobrevhm frequentemente nestes niezes. Na Madeira onde a benignidade do jnverno perrnilte que n sementeira seja mais temporaã, n ã ~ . deveria perder-se esta boa circumsiancia, e importa m u i f ~

(*) Estatistifa da Repartisão dei~esose Medidas.

muitos Iogares da illir. A cultura desta planta tona eu, todos os paizes onde

as

v erifiear aquctla operaciio do meiada de abril at6 o princicio de maio. A sementeira póde fazer-se a lanço ou em covas S p metFicamenle dispostas. Na sementeira a lanço despcrdiçase mais semente c as plantas ficam muito irregul~rrnente dispostas, o que difficulta os amanhos ulteriores torna mais difficil a rega, e impede que se aproveite devidamente a acção solar. E pois muito preferivel fazer a sementeira em covas alinhadas, que derem guardari entre, si a distancia de 0,66 e cuja profundidade será de 0,192.-As liohss devem ser dirigidas de norte a sul para que as plantas se-. jam mais regularmente aquecidw pelos raios solares. Em cada cova deverão deitar-se tres a quatro sementes distribuindo depois sobre elias ama pequena camada de terra. A semente conserva po: muito tempo a sua faculdade gerrninativa, mas a dureza da sua casca, torna difficil c Iaborioso a trabalho d a sua germinação. Reconimenda-se por isso que a semente antes do ser lançada á terra esteja dc mde lho durante algum tempo (38 horas). Algumas variedades do Algodoeiro tem a semente coberta duma felpa espessa s muitos livros recomrnondam a convcnioncia dc dcspil-a daquclle tegurnento antes de a confiar ao terreno. Isto consegue-se lançando-a cm egua por algumas horas c esfregandoa com areia grma. Amanlios 6 terra durante a cultura. Duas ou tres semanas depois da sementeira, deve dar-se a terra a primeira çacha. Pelo tempo adiante c quanda a dureza do terreno e o aparecimelito de noras hervas o indicarew, applica-ç2 u m segunda.-Nesta occasião desbastam-se as plantas do Algodoeiro, deixando apenas uma cm cada cova que deva snr aempra das mais vigorosas. As sachas repetem-se, á pr3p.irNo que se for reconhecendo a necessidade delias, até B floraflo. A cntrada no interior da cultura, logo que a planta cJrn2r;a a florescer é inconveniente, por que as f l m s d~sprendem-se com muita facilidade. Supressão de algumar partes da planta.- Nos paizes onde o Algodoeiro encontra sempre um calor superabundante,

-

r o o d i ~ i i cclima!ericts ~ lhe não riío adverr;:~; progrc'pi: r dc. senrolvimcnto.

--i:.6G.i, e a exfrz < C ? (I( + bolijrs e inutil çcn$o prrjudicial. Ocdc pi,ri;tn o cliiiin for inais temperado, t'slas ojteracócs sáo ~nntnjoslispara í n n . criIrar a seiva enl u a rnc;nor nUniero de ~rgàoi;,e uIili:i;it tc,d,t a forca gcradora deste liquido, coni o q ~ i esc obtem I:;:I~sc melhores fruclos e sc conserva a planta. Estas opcrayCci parecem-me applicaveis rio clima da Nadeira e prafirzr-.;c-1180 pela fbrma scguii~te: Uni mez depois da planta nascid;~ s:ipprirneni-se todos os roniinl~oscluc Iiroiareni da parte inlii~ior do caule deixando apenas sobre a estreniidade dcstc i!iii peqi;eno tufo. Esta operarão deve repetir-se a proporcfio qiie o caule sc for vestindo dc novos ramos. li suppresuão (Ics goMOS faz-se quando os fructos corncgain a engrossar. Taiiibrm nesta eccasião se despontam os ramos com os fructos c florcs que se julgar i;go poderem chegar a maturacão. Rcyas.-Estas são indispensavcis para o bom succrisso da cultura, mas divergem sobre a sua distribuicão os differentes escriptores e referem as incertezas, ern que a este respeito fluetua o espirito dos cultiuadores. Thury que escreveu sobre O estado da cultura do Algcdoeiro na Argelia, re, gulando-se pelo que respectivamente ao objecto, traz um livro arabe, aconsetiia que se os mezes de abril e maio correrem szccos, se proporcionem á terra irrigações abundantes, poucas cni junho, muito frequeates em julho e agosto, e raras em septembro c outubro. Colheita. - A maturacão dos fructos não é uniforme c por isso tem a colheita de fazer-se por duas ou tres vezes, extrahindo as flores que sahern fóra das valaulas e deixando a capsula adherente ao ramo. A demora do fructo depois de maduro sobre a planta e inconveniente, porque dá logar ;r que a felpa se manche, &c. TrabaIhos depois da colheita.-A cultura do Algodoeiro nos climas menos appropriados á regetacão desta plaata, C annual ; mas nas localidades favorecidas por uma temperatura mais elevada, ella dura em bom estado de producção por seis e mais annos. Neste caso, depois da colheita. a terra iieetmiir ser mobilirada por uma boa cava. A planta requer

c supres~Eodas esirt i ~ i i d $ d(10s ~~

Em Argel montou..a colhoita de 1849 a 179!:865 kilogrammas: em 1843 subiu a 1:640:310. Kote-se que a Madeira offerece para esta planta condifiles mais vantajosas que a região de que fallamos. Cit iii cfiti to a temperatura média das differentes cstaçóes 8 alli a seguinte :

........... ........... ...............

Inverno.. i!&,& Primavera 17,9 Esfio 93,6 Outot~o %1,4 Na Madeira póde computar-se, segundo um exaeihM f i iro do sr. Dr. Bnrral, nos numeros que se segaem :

.............

............ ........... ............... ............

Invcrno. 37 , l Primavera 38 Estio P1,6 Outono.. 21.9 A qualidade do tabaco é produeto da doig factores: alar e assiduidade de amanhos. Na Madeira a eona de terreno prciprio para esta cultura d o póde ser muito extensa. Ao menos da .produ@ío de tabaco fino s6 é susceptitel o litoral da ilba. 'Poder4 esta cultura .entrar em eoncorrencia com a canna de assucar e com a vinha? Não possuo dados bastantes para responder a esta questão. tambem a amputação de todos os ramos secos, c mal nascidos, afeiçoando-a pouco a pouco á fórma de uma pequena arvore. Em algumas partes sujeiiam o arbusto a uma póda rigorosa, muito semelhante á da vinha, e que póùe condu~ir~se pelas ragras que dirigem a daquella planta. Funchal 8 de março de 1863,-0 Agronomo addido.as Governo Civil do Funchal, E(lurrrdo Grande.

Em aigumis localidades-da Pnnp a prdueçia por hectare C de 16,66 quinta- metricor que se vendem pela )rego medio da 1L@OQ n. o quintal. . d certo qw o valor da taheo produzido na Madeira excederia de muito o colhido naqucllas localidades, mas é necsruio do se deixar lesar pela ideia de que a qualidade deute ptoducb ppwinda de ama esmerada e trabalham culkur,

A IoIh dP ~ b r e oque craux bnria e sem amanhos, é b e t b , rwde, fraca e sem aroma.

HTRODUCÇAO DkS PLANTAS DA QUINA NkYbDEIRA: Tinha ja eaoerradò ale tcabaltio quando uma pul>licaveio sugerir o pensamento de investigar a poacibilidade de introduzir na U í r a as planías qoe produzem a quina. Com qwnb +euDBO pmua todo6 os elementos para fazer u estudo com* sobre este interessante objecto, p& rweu-me todevia qpe era ja uni bom serviçu chamar a attenção das pessoas competentes a um trabalho mais fundamenado e aitrahir as sympaihias do Governo para qualquer (en@ reoente me

tbGvd.

É ocioso encarecer todo o interesse que rosol(sria p m este paiz da aquisição daquelles preciosos vegebes. Basmá dizer-se que as plantas que produzem o celebre medicamento, crescem em uma limitada região da America, e gue o systema imprevidente de exploraçgo, vai successivamente dimimiado P proii~eçiio. la quÍw, arvores e arbustos scmpre verdss, do geaero Ciathoot, curciarium um reiao boianico- especial das

vinte e dois em que Schow dividiu O Globo. Crescem em ama parte das regiòes elevadas da Amècica do Sul, comprehendida na zona tonida entre 10" de Iatd hde norte, e 19" de latitude sul. ' Esta! partc! dah America tem dido 'ebjeeto do estudos C ohervaç6es *nieicordogicas-de muito valor. Humboldti La bndaaine; Bonssingault, rWedelI e outros, (iaeram investiga$es! d a grande interesse sobre aquellas regiões. Não pude haver á mão os ira balbos daquelles naturalistas terei pois soccorrer-mo ás breves ihdicaç6es da pabliea~ãoa que alludi no principio deste artigo, e a differentes dados avukos qiic colhi em diversos livros. '

;L

As cinchonas vegetam nas vertentes dos Andes a -al€uras que, segundo o Snr;' Bemardina de Barros variam de 890 a' 3 600" acima' do niqel- do.mar e a nma.distanciade 80 a 6 0 e mais leguab do' oceano Pacifico para. e.+~intbriori.do -.~ceéoi& ncnte. É claro que nesta relativamente dilathda região constituida por terrenos tão accidentados, em que as montanhas se elevam -oWabruptamente, -ora em declives suaves e8*graduados, umas vezes influenciadas pelas proximidades dobOceano, outras ja f6ra' da ac@o daqtielle agente,abraçando altitudes consideraueis, as cohdições meteotologicas, devem se variadas, e e sem duvida nas diversas e~taç6esque estas,ci* cumstancias admittem que se'dispõem vaPPadamente- as~digec rentes especies do genero cinchma. Os Ahdes óãerecem, como a maior parte' das serranias qae se ~elevarna grahdes' altitudes, o aspeeto das variadas regiões botanicas do globo. Nas fdldas desta -extensa cordilheira de 900 a 1:800m acima do nivel do mar, cncontrarnrn a- cassava, o cacau, o-iudigo, o alg;o&o, o assucar e o ca-

M. Algumas destas plantas, como o cacau c a cassava, exigem rirui temperatnra mtidia de 5?3,80. O milho, que tambem. se encontra nesta zona, sobe até a. uma. altitude de

%700m. A 1800" apparecem todos os grãos da Europa e alguns delles (cevada) cultivam-se até á altura de 3: 2 50". O carvaIho qae começa a agperecer a uma altitude de 1 6 0 m chega pioximamente a E:760m De 2:0009 para cima desappa-. recem as grandes arvores. De 4:000a a 4:500" o solo encontra-se constantemente vestido de relva. Acima desta altnra vem-se apenas os licbensque cobrem a supedcie. das rochas e parecem, penetrar por baixo da neve.

Por esta, embora imperfeitissha noticia da-.distribuição b wgeiaes pelas diversas altitudes dos Andes, v&se que com as einchonas se devem encontrar plantas de climas muito diversos, vi$@ que aquellas abcaçam na sua habitação altu@@w~is. Cem eiieito encontram-se vivendo com 6 m i m e a cane'lla, no Peru, com o carvalho, o alamo e outras especies europeap, no Plató de Chifa, com algumas lidia~eqa,e diversas cucolBarzas, em outros differentes pontos. Segundo o Sr. Bernardinos de Barros a s terqeraturas medias naais elevada destas regiões, são inteiramente comp~areisas *deLisboa, Açores, ou Madeira, e descem at6 9 @&..Om nrpiores alturas das montanhas onde as cinchonas ainda-vegetam. Rfas as variqões da temperatura são muito diyeysas das nossas regibes, não 3ifferindo as medias mensaes umas das outras de mais de um a dois graus nps proximilades 40 Egsador e pouco podendo a* ma variiçáo exceder ~ a a sdtimos eonfios austraes da vegetação da qoina.~ A'r.Plm.a Granada, em Santa Fé de Bogotá, solar d e -

-

§-%O

uma abundante producção de quiea vermelha, a uma altur* de 2 : 6 8 I m sobre o mar, são as seguintes as temperaturas wdias das differentes estaqões :

............ 16,l........... 15,3 . ............... 1tj,3

Igverno. Primavera Estio Outono Media aanual.. .......

.......,..... 14,5 l5,O

k quantidade de chuva que cahe an~ualrnen@nesta. I& calidade anda por 1:00 4 millimetros, segundg as obqervaçqes d e Humbololt., Para o assumpto de que tractimos importava.ma$ o c*. nhecimcnto da distribuição das chuvas pelos dias das diffe-. rentes esta@es do anpo ; mas não pudem~shaver esta indisação. É certo que aMm da quantidade de chuva que des; crevemos, disfructa esta parte, como geralmente toda a região ande crescem as cinchonas, de orvalhos frequentes que tem banhada, em uma perpetua humidadc, a vegetação que cobre o solo daquelias localidades. « Camadas de nuvens formam-se e dissolvem-se m u i b vezes no BBPBÇQ d8 uma bom, jogo rapido da a tmosphera que earaetmisa em.geral~os platóç e os paramos dos Andes. n (Hi~mboldt). Ha alli, como no nosso clima, uma estação secca, P, uma estação humida, e ao que parece chuvas superiores & que caheru neste Districto. As quinas teem sido introduzidas ,pela%. aolianda e*pela Inglaterra nas suas colonias. O Sr. Bernardino de Barros descreve, meudamente na sua memoria as diligencids e sacrificios que aquelles paizes tivereram de fazer para importarem estes preciosos vcgetaes

para as suas possessões ulttamarinas. Foram muitos os arares deste tentativa e só a perseverança daquelles governos, . a dedicação e intelligencia dos seus agentes, conseguiram tevar a cabo tão importante eommettimento. Hoje póde dizer-se estabelecida a cultura da quina'em Java e ao que parece em Ceylão. Direi resumidamente, e extrahindo da memoria do agenheiro que citamos acin~a, as condições da regitio em qua os holandezes fizeram os s:us ensaios com tão prospcsos resultados.

A cultura da quina foi a principio estabelecida na coIonia holandeza em tertenos de 1320." de elevação, na regiHo do cafeeiro e anteriormente occupados por grandes florestas de liquidambar hltigiann, e outras especies tropicaes.

Como porem os resultados não fossem satisfatorios fizeram-se importantes e felizes transplantaçíies e organisaranise novos viveiros em maiores alturas e com amanhos mais circunotanciados. A região escolhida para estas novas tentativas é habitada por grandes arvores especialmente dos generos quwnrs e Podocarpus e eleva-se a uma altura de 100." sobre o aivel do mar. Aqui osucesso foi completo: as plantas infesadas e de vagaroso. crescimento dos antigos viveiros, começaram a mhr e d desenvolver-se vigorosamente s ao findar o anno da 1866 achava-se a cultura da quina ao dizer do sr. Beic dsrdino' dd Barros btal)elecidaOemlarga e brilhante escala India. Holandesa. O clima desta eolonia 6 computado segundo o mesmo

fuctor peQs

mar.

seguintes obseryações feitas a 11ò3." sobre' o

Temperatura média.

Dias de chuva

Ilezem bro

Janeiro. .. Fevereiro Narco Abril Maio

....

Janho Julho Agosto

I I

....

Setembro Outubro.. Novembro

19,79,

59

31O., 1E

66

39,3&.

. )

.............. 1°,39 ........ 2 8",3 ........................... 7",8

Variação mensal maxima Maxima temperatura observada. Ninima

Variação niasima ................... 10°,S 27 Maximo numero de dias de chuva por mez. Minimo.. 7 O Sr. Bemardino de Barros julga. qye a tempergtura m4dia .da região onde em Java se acha' installada a cultura da guina deve. andar de 15." parn menos. Do que levamos ditto, deduzimos as conclus0cs seguintes, qiie nos serviram de termo comparativo ao que se passa neste Districto : i.."- Q u e as montanhas de grmde elevaçzo devem ser consideradas como um$ das condigões indispensaveis para a faeil accommoda~áodas differcntes espeeies do genero cinchona

.........................

e

$4."Que as quinas se encontram associadas a formas de vegetação variadas, desde os bambôos, fetos arborescentes, caffeeiro, e cacoeiro, ate as especies europeas, carvalhas, pinheiros salgueiros, etc. 3."- Que as temperaturas medias mais elevadas da regiéo da quina são comparaveis ás do nosso paiz, e devem andar por 94." a 95.' sendo poróm caraeleristico daquelle clima muito pouco avultadas ~ariaçõesde temperatura (1." a 2." mas proximidades do Equador; 62-7." nos ultimos confins austraes da vegetação da quina. 4."- Que o paiz habitado, por aquelles vegetaes disfructa uma estação humida, e uma cstaflo secca, com grande frequeineia de orvalhos, abuodancia do chuvas, muitos nevaeiros e grande humidade.

Posto isto entremos agora no exame das circumrtancias

que concorrem nesta ilha c que nos determinaram a indicar a probabilidade de successo, da introducção das plantas da quina. A Madeira 6 constituida por uma cordilheira de montanhas que se estende de Leste ao-Oeste em tabo o comprimento da ilha, offerecendo elevações considenveis de %816.1, mas correndo em geral a uma altura media de I%OO."'De variado relevo, estas moetanhas apresentam aceidentes Irequentes, e geralmente declives rapidos, determinando esta iiItima disp~sigãosensiveis i alteraçées;+de clima por pequem differengas' de ni~el: Em ordem a estas cireumstaneias dispõem-se os ~ e j e t m s em regiões que vão succedendo-se pelas' diversas alturas das montanhas em facbas ou zonas, que segundo o Revd." Padre Lowe, naturalista distincto a quem este paiz deve importantes trabalhos seieotiíicos, se podem reduzir a quatro bem zaracteriieadas.

iliustre botanieo earacterisou em a da bananeira, é a faeha litoral que sai ti3 costa até a altura da 210." 8 a região que podemos denominar maritima ou quente e que se distingue pelu plantas seguintes: bananeira, palmeira, canna de assuear, ArF~W-root(niaraiita nruadinacea) Anona (anona squamosa) Gcaialia, (Psidiuni pomiferum) Bamboo, Alfarrobeira, Coraleira, (Erythrinn) Puinscttia, Euphorbia. etc. 9."- Qnc deiiominoii temperada c de que são caractcristicos a vinha c o castanlieiro; distinguem-se nesta regiáo as plantas que se seguem. Vinha, Cereaes, Carvalho, CastaoheiTO, Larangeira, Romeira, Figueira, Amendoeira$ diflerentes Fuchsias, Acacias da Ausirnlia, Eucalyptos, etc. Esta regifio estende-se de 150 a 750" sobre o nivel do mar. 3.'-Regiiio do Loureiro e da Urze - Montanhas incultas onde sc encontram os restos das antigas florestas da Ilha, que podemos denominar região florestal, onde alem das ùiflcrcntcs Erica~ se cncontrani as diversas Iaurineas indigenas ds Madeira, e a maior parte das suas essencias florestaes corno o Clethra arborea, Picconia excelsa, Heberdenia excelsa etc. Esta zona abrange os terrenos da Ilha desde os limites supciiores da rcgiào antecedente até ma altura de A 11riili~ir3que

riisirncis do Cacto

O

C

1650."

$."-Finalmente a9 sumidades das montanhas, os escarpados Yestidos pela urse (Erica cinereo) c por algumas gramineas constitaem a ultima zona cujo limite superior anda pouro maís ou n~enospela altura de 1800.' A3 temperaturas medias do Funchal aeliam-se devidamente determinadas pelas repetidas observasóes que alguns es-

tmgeiros tem feito nesta ilha em diversas epochas. O sr. dr. Barral colligiu na sua obra, Nolicia robre o clima do Funchal, os trabalhos dos differentes observadores e deduzi0 os seguintes resultados, que se podem tornar como a os pressão mais exacta desta parte da meteorologia na ilha da Madeira. Segundo este distincto escriptor as temperaturas medias das dificrentcs estações no Fu~chal~, são as qucr se seguem: Tcrnperatur~média

Dias dc chuva (Heynekrn.)

Dezembro Janeiro.. Fevereiro Margo Abril. Maio Junho Julho.

.

...

...

Agosto

Setembro Outubro.. Novembro

.............. 2,2 6 ........ 29, PY ........................... 1 0,O0

Variação mensal1 maxima Maxima temperatura observada. Minima

....................

Variacão uiaxirxa 19,45 Maximo numero de dias de chuva por niez. hfinimo

...........................

bpeseptam cstcs uunicros

3 t ~ i l l l i ~ i ' i l t l l dr) ~a

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Fun4:Iia i;

cc!ii ti

i r r , r :itu;iCito tcw eslrci13 analogia todo o litoral do ~ P I

. t l i i Iliik:.--lio

impcrnni wf iiiariamcnte ventos mais frescos a iiisolacào é nieaos actikrt, a vejetqão mais frequente e haverá scm d u ~ i d apara aquella parte da Ilha um p~<:i:ciiui!iCti'en~a em aquellas quantidades. iiot tc

c oiitrn or:enta~Bo deste a tcinperatiira a pro]';lrrlio que nos c'lcvamos pclos declives das (~~oi~tanhns: : :1 ].,i para csin a r i a ~ a olei culali~lccida, só por dl,sc\t\ ;i:-! 3 loraes c qii:rodo iiienos por induccão coni .ouii.us paizes eiii i~oridições analogns se pode chegar a uma roiirlusão sati~fatoria. Parcce-aie que toniando 1 centigrado conto o ~loiitlcntcao abnixanlento dc temperatura produsido por iimn dincrenta do niwl dc 200." não andaremos niuito I o n ~ cda ~erdadc. As cliiivn9 iiidicadas por Ueineken, tanibem não podciii rcr toilindas, t . o t ~ i on esyressão da frcquencia deste incteoro ,110 i::terior da Aladeira. &o Fiiii~l~al, pela manhan, observa-se ordiiiai~iaiiièiiieu iiuiizuiite do uiiir coberto da uma extensa faua de uiivens de fornias variadas, nlasquasi sempre, nirtdrzcs, cirrus e cunlulus; -pouco a pouco os .ventos-do Oceano aenl impelindo sobre a terra aquellas nuvens que se escoam pelos flaneos das montanhas onde se lixam até que novos ventos venham deslocalas, ou o que frequentemente acontece, que pelo rcsfriaiiienlo da -athmosphera produaido pela dilatarão subitn do ar eiii v i ~ l u d ede qualquer corrente ascendente, se rcsolvnni eiii chuvas, que por este facto são an~eudtidasnos Iiigares cicvados da Madeira. Além das chuvas outra causa quasi constante cntrctcilt p'aij~<.l ias situaçoes uma pernimente hiimidade. São OS IWvoeiros o os orralbos, ~ L uo C alto dos inoiites a 360 O U 609.'" R'iinia

.O

sobre o nivel do mar, se condeosam e precepitam rapidaIiiisnbe.

.O Sr. Barra1 referindo-se á temperada humidade que se esperimenta na atbmosphera do Funchal diz: a Não acontece o mesmo na parte superior da ilha no alto dos montes 1300 ou 2000 pés acima do nivcl do mar, ondc a humidadc é muito apreciarei porque em uma athmosphera mais satunda de vapores aquosos, com uma temperatura que ajuda menos a conservação da agua no estado vaporoso e diaphano, esta toma a fórma dc nevoas, nevoeiros e orvalhos, sentindose manifestamente a sua condensacão c precipitacjo. n

Das circumtancias que acabo de expor parece-me poder formular conclusões satisfatorias para o fim a que nos proposerames. AS refleçõcs que vou ainda fazer, tornaram mais procedente esta minha asserflo. Umadas condições que se julga indispeusavel para a prospera iniroduNo das plantas da quina em qualquer localidade, é a conformação montanhosa do terreno. As cinehonas niesmo as que se encontram com o cacoeiro o outras plantas tmpicaes, crian-se já em logares de bastante e1cva~ão.-Em Bataoia os primeiros ensaios, não tiveram o sucesso que se esperava e julgou-se e muito bem, que a pouca altura da situação eni que estavam colocados os viveiros lhe fora dcirfavorwel; estas conjecturas foram plenamente conrirniadas como vimos, pela remoção das culturas primitivas, para situaçõcs de maior eleracão. A pratica parece tambcm tcr niostrndo que as quinas mais ricas s50 3s cxlraidas das ejpcrics que se criam em cansideravcis clcvacõcs. Aleni da conhrma$io da terreno i~l(licadajulga-sç ta*,-

primeira necessidade para a aclimataç50 das cinchonas, a existencia das florestas nas localidades onde tenha de estabelecer-se a cultura bem condiqão muito vantajosa, se não de

daquellas plantas. Por entre rnaitos virgens que na Ameriea Austral sc cnconlram 0s mais espessos macissos de cinchonas, e os mais validos c robustos individuos deste genero. Como vimos, é tambem entre florestas dc grande arvoredo que se acham instalados os prosperos viveiros da colonia hollandeza e em parte atribuiu-se a falta de sombra o mau sucesso das primeiras tentativas executadas naquelle paiz. As montanhas da ilha da Madeira offerccem, como já tivemos logar de ver, elevações que não sào inferiores aos limites da região da quina nos Andes, nem tiio poiico aos da situacão em que se acha estabelecida a cultura desta planta e m Java. Parece-me poreiii, qiic u introdiizireni-sc na Madeira, 35 cinchonas, devem occnpar unia zona inferior, porque pela differcnca de latituctc, as iiicsnias altitudes nos ilois paizes, tem condigões muito diversas. A meu ver i: a partc mais clevada da zona da vinha c do castrinliciro, com tuda a região da urzc e do loureiro, &to 6 dc 7 0 0 a 1GOO.", a situacão mais appropriada ii cultur a das q u i ~ ~ anas 11ad~ira. A frcquenria das cliuvas, os orrallios, e huniidadc que disfriitant os terrenos da illia eni estas altitudes, a circunis~ancja, d e ser esta n zona niais natiiraliiiente apptopriada a florestal, c dc sc cnconkuwn ainda nesta si111açii0 0 s restos dos antigos arvoredos que povoavani as serras da ilha. todas cíins condi.6~~nie levtini a indiral-a coiiio a regiao Y r O P F ipdril ~ UIU eusjio sobre a acliirato-r o das cinrliuoas.

A media temperatura annual deve ser ncsh altura $r: IS", isto é it mesma que o sr. Bernardino de Barros suppcz para a região das quinas em Java, e a que diccinos observarse no bello plato de Sancta P6 de Bogotá, onde se criam aigymas das mais ricas especies do genero cinchona. Em grande parte da região das quinas as variacoes mensaes da temperatura são quasi insensiveis, visto que niio excedem 1 a 4", mas com como tambem dicemos nos iiltimos confins aiistraes dá vegetação dequelias plantas r11cjam a 7." Pelo que sabemos do clima: do Fiinchd. as variações mensaes da temperatura, não devem a l c a n ç ~ r aquelle numero, mesmo na altitude da ilha que indicnnior como mais appropriada á aelimata~ãodas cinchonas. As serras arborisadas do Porto do hloniz e alguns pontos do concelho de S. Vicentc são, segundo o meu modo dr ver, as localidades mais proprias para iim ensaio. Em algumas situaçóes do concelho do Funchal poderia timbem fazer-se uma tentativa, e aqui pelos processos seguidos nas colo~bsinglezas, e .com o caracler mais horticolg que naquelles paizes se lhe tem dado.

Noti, A.- Pag. 38.-- F U S T ~ T E .É- impropriniii~ntcrcnhecido por este nome na illia da Sladeira o Bcrleris cirlyar i s - Espinheiro vinheto - uija madeira tem geralmente applicação na tinturaria, e apresenta uma notavcl scmellian~a com a do Rhus cotinus. Esius circumstancias levaram-me a commetter o e r m a que esta nota serviri dc rert~ficaçiio. R'ota B.-

Pag. 71.- h adultençáo dos rinlios da Eladeira data ja de longos annoi, e concorreu com o abuso das estufas, para o deseredito d a t e genero no estrangeiro. Em 1785 ja o Capitão General D. Diogo Forjaz fez expedir tnandados que regulassem as desordenadas vindimas e impedissem a prejudicialissma adulterasão dos vinhos. Jíais tarde, comprovam tambem varios docurnenlas do aano de 1814, e entre clles uma consulta dirigida pelo Hegente ao Visconde de Torre Bella, imporlalite proprietario, nesta ilha, que a imperí'eicão na cultura Pra grande, os processos da vinificayão andavam muito dcscurados e a sopliistiração dos vinhos era bastante frequente. Nota C.- Pag. 73.- O pensaniento de uma associaç5@ entre os viticultores da Madeira, para por si explorarem a s vantagens ccmcrciaes dos productos ~inicolasdesta ilha, fbratasibem alvitrado pelo Snr. Josb Silvestre Ribeiro na sua zelosa íulministracão neste Districto.

PA~. 6 3i!:780,800 9!:816:966,832

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569,755

27 rigorosos a candellico 1 9 simental 20 regente 93 em termo medi0

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Leia-se 32:680,800. 2:816,996,833 2:889:677,632 569,935 vigorasos caudelico

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58 desaparecimento 59 quando 63 tomatos manofactoreira 66 hedida 71 sociedade 74 conducões t( epocba 75 poruque 77 defintiamenio 79 vigorosa 87 assin~dizer « beneficiar-se 107 soiis 1 1 3 ragras 116 Bernardinos (( inteirmente 2 2 7 Iliinil)olol t ((

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