Trabalho Escrito Jaja

  • June 2020
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  • Words: 2,357
  • Pages: 12
Medias do Sistema Músculo Articular

Articulação ou juntura é a conexão entre duas ou mais peças esqueléticas (ossos ou cartilagens). Essas uniões não só colocam as peças do esqueleto em contato, como também permitem que o crescimento ósseo ocorra e que certas partes do esqueleto mudem de forma durante o parto. Além disto, capacitam que partes do corpo se movimentem em resposta a contração muscular. Embora apresentem consideráveis variações entre elas, as articulações possuem certos aspectos estruturais e funcionais em comum que permitem classificá-las em três grandes grupos: fibrosas, cartilaginosas e sinoviais. O critério para esta divisão é o da natureza do elemento que se interpõe às peças que se articulam. Conceito de flexibilidade  “È a capacidade de realizar movimentos em certas articulações com apropriada amplitude de movimento" (BARBANTI,1994, p.129).  "Qualidade motriz que depende da elasticidade muscular e da mobilidade articular expressa pela máxima amplitude de movimento necessária para execução de qualquer atividade física, sem que ocorra lesões anatomo-patológicas" (ARAÚJO, 1987). Definição É o grau de amplitude de uma articulação. É a capacidade física responsável pela execução de um movimento na amplitude articular máxima, dentro dos limites morfológicos e anatômicos, sem o risco de ocorrência de lesões.

Componentes da Flexibilidade A flexibilidade depende dos seguintes componentes: •

Mobilidade;



Elasticidade;



Plasticidade;



Maleabilidade;

Fatores Determinantes A flexibilidade pode ser influenciada por diversos fatores, entre eles: •

Superfície óssea;



Músculos;



Ligamentos;



Tendões;



Idade; (quanto mais velho, menos flexível )



Sexo; (as mulheres, em geral, são mais flexíveis )



Aquecimento;



Temperatura ambiente; (o frio reduz e o calor aumenta a elasticidade muscular)



Hora do dia; (varia de indivíduo para indivíduo)



Composição corporal; (referente ao colágeno)



Estado de treinamento; (quanto mais treinado, mais flexível)

Importância da Flexibilidade A flexibilidade é de suma importância na realização de determinados gestos desportivos e movimentos que de outra forma, seriam impossíveis de serem realizados sem essa capacidade física. Ela aumenta a eficiência mecânica dos movimentos, fazendo com que o atleta tenha um desperdício menor de energia na execução de suas atividades, além de auxiliar na profilaxia de lesões e dos vícios posturais, reduzir as tensões musculares e auxiliar na melhoria da contratilidade muscular

A flexibilidade corporal é uma das principais variáveis da aptidão física relacionada à saúde e ao desempenho físico, pode ser definida como a amplitude máxima passiva fisiológica de um dado movimento articular. A flexibilidade varia em função da idade, do gênero e do padrão de exercício físico regular. A flexibilidade não se apresenta de modo uniforme nas diversas articulações e nos movimentos corporais, sendo comum, em um dado indivíduo, que sua amplitude máxima seja boa para determinados movimentos e limitada para outros, representando o que se convencionou denominar especificidade da flexibilidade. Diversos testes foram propostas para a avaliação deste componente da aptidão física, dentre os quais podemos citar:

Porque avaliar? Estabelecer parâmetros para prescrição de exercícios de alongamento. Identificar grupos músculos-articulares com pouca flexibilidade possibilitando enfatizar aquelas regiões com exercícios de alongamentos. Avaliar a flexibilidade periodicamente é importante par verificar as possíveis alterações na amplitude do movimento com o passar dos anos. Estabelecer correlação entre dores muscúlos-articulares ao encurtamento músculo-tendíneo e relacionar a melhora do paciente com o aumento da flexibilidade. Identificar encurtamento músculo-tendíneo em sua fase inicial, sendo mais fácil seu tratamento. Conhecer a amplitude de movimento de várias articulações pode ajudar nas comparações intra-grupo, entre indivíduos de mesma faixa etária e sexo, com outras populações e ainda verificar se há por exemplo, diferenças de flexibilidade entre um membro dominante de outro não dominante. Fatores que limitam a flexibilidade:

Influências

Internas

Tipo

de

Resistência Estrutura

articulação.

interna óssea

Elasticidade

da

que

limita

do

Elasticidade

articulação. o

movimento.

tecido

de

tendões

Elasticidade

muscular. e

ligamentos.

da

pele.

Habilidade do músculo de contrair e relaxar de acordo com a intensidade do movimento. Temperatura das articulações associadas aos tecidos. Influências Externas Temperatura

ambiente.

Hora

do

dia.Idade

Sexo. Roupa

ou

Nível Habilidade

equipamento de

particular

inadequados. condicionamento.

em

alguns

movimentos.

Recuperação da articulação da articulação ou músculo após uma lesão. Influência dos diferentes tipos de Tecidos na Flexibilidade Cápsula

articular

47%

Músculos

41%

Tendões

10%

Pele

02%

(JONHS & WRIGHT,1962). Observações e grupos especiais na avaliação da flexibilidade: Não se pode comparar a flexibilidade da população normal com a de atletas. Um alto grau de mobilidade em determinados movimentos articulares favorece o aprendizado ou aperfeiçoamento de alguns atos motores desportivos. Nem sempre é apropriado acreditar se maior a flexibilidade melhor à saúde

músculo-articular. A flexibilidade é bastante específica para cada articulação podendo variar de indivíduo para indivíduo e até no mesmo indivíduo com passar do tempo. A flexibilidade é bastante semelhante entre meninos e meninas até os seis ou sete anos de idade, daí por diante, os indivíduos do sexo feminino tendem a ser

mais

flexíveis

do

que

o

sexo

masculino.

As mulheres em linhas gerais têm demonstrado maiores níveis de flexibilidade do que os homens e essas diferentes se mantêm ao longo de toda vida. As mulheres grávidas apresentam um maior índice de flexibilidade em relação ao

estado

normal

pela

influência

de

fatores

hormonais.

Os autores apontam que a flexibilidade decresce com a idade, apontando para perdas mais acentuadas a partir de 30 anos, perdas associadas mais a falta de treinamento

do

que

ao

processo

de

envelhecimento.

Após os 40 anos de idade, há novamente um aceleração na perda da flexibilidade que é bastante influenciada por outros fatores, tais como padrão de atividade física e nível de saúde. (Manual de instruções do Fleximeter - Abdallah Achor Júnior - 1997, p. 8).

Flexibilidade e Alongamento A flexibilidade é fundamental para facilitar os movimentos nas diversas atividades profissionais e nas tarefas diárias. O estilo de vida pouco ativo e a falta de exercícios específicos de alongamento, geralmente não propiciam movimentos amplos, limitando a amplitude articular. Aqui temos um sistema muscular pouco flexível, que tende a encurtar-se ao realizar movimentos de maiores

amplitudes.

Essa tendência

ao

encurtamento

é incrementada

pelo processo de

envelhecimento, que reduz a capacidade de reter água, provocando maior rigidez do tecido colágeno. Apenas exercícios de alongamento permitem ao corpo retornar à postura normal, pois mesmo uma postura correta do indivíduo, por

si

só,

não

desenvolve

a

flexibilidade.

Os exercícios de alongamento possuem um papel preventivo importante: eles preparam a musculatura, favorecem a recuperação evitando os problemas musculares, tendinosos, articulares e circulatórios; mantêm e melhoram a extensibilidade muscular e a mobilidade articular; intervêm no reequilíbrio dos problemas morfológicos e na correção da postura. Os exercícios de alongamento também têm um perfil antiestresse e permitem a obtenção do bem-estar. As pessoas devem se esforçar para manter o seu sistema neuromuscular “pronto para a ação” o máximo possível. É por essa razão que o conhecimento de si mesmo, de seu corpo, é imperativo para administrar a sua atividade do cotidiano e, ao mesmo tempo, preservar o organismo. Auxiliar a sentir o corpo e descobrir os fatores nocivos que, a médio e a longo prazo, serão responsáveis por distúrbios, é um ponto fundamental nas aulas de alongamento. As pessoas começam a fazer aulas de alongamento por vários motivos: recomendações médicas, lesões, ritmo mais lento, necessidade de aliviar o estresse, etc. É importante ressaltar que para criar o costume de se alongar é fundamental necessário que os benefícios sejam sentidos. As pessoas devem dispor de paciência para se adaptarem aos processos da flexibilidade, principalmente quando já passaram muito tempo com hábitos de vida sedentários. Após dois meses com uma média de duas a três sessões semanais, o praticante já terá uma grande melhora. Existem diversos métodos para o desenvolvimento da flexibilidade: 1. Alongamento Estático: move-se o grupo muscular lentamente até uma determinada amplitude de movimento que cause uma certa tensão (desconforto) muscular, permanecendo-se nessa posição por um tempo. É importante para eliminar algum encurtamento muscular. 2. Alongamento Passivo: é feito com a ajuda de forças externas (aparelhos,

companheiros),

em

um

estado

de

relaxamento

da

musculatura a ser alongada. É fundamental para diminuir as possibilidades de lesões e tem como objetivo a recuperação ou manutenção da flexibilidade. 3. Alongamento Ativo: É determinado pelo maior alcance do movimento voluntário, utilizando-se as forças dos músculos que realizam o movimento e o relaxamento dos músculos opostos. É considerado funcional nos movimentos diários. 4. Facilitação Muscular: combina contração e relaxamento alternados dos músculos que realizam os movimentos, com os músculos opostos. 5. Alongamento Postural: Diminui as tensões musculares e favorece o bem-estar, estimulando a consciência corporal. 6. A “Hiperflexibilidade”, ou seja, a lassidão de uma ou mais articulações em decorrência da excessiva extensão dos componentes dos sistemas musculares, pode ser benigna, sem o sintoma de dor, ou maligna. É mais acentuada no sexo feminino que no sexo masculino e diminui com o

avanço

da

idade.

Algumas pessoas não atletas ainda acreditam que é preciso muita flexibilidade para ser considerado flexível. Isto pode custar caro se o programa não for bem orientado para desenvolver a força paralelamente ao

desenvolvimento

da

flexibilidade.

Os exercícios de alongamento com forte tensão muscular podem ser prejudiciais quando as estruturas de suporte de uma articulação e a força dos músculos ao seu redor são insuficientes para mantê-la estável. O excesso de flexibilidade pode desalinhar a biomecânica normal do complexo músculo-articular e criar eventuais danos aos tecidos musculares e também comprometer a estabilidade músculo-articular, tornando-se possivelmente tão prejudicial quanto a pouca flexibilidade para

o

bom

desempenho.

Os exercícios devem ser bem administrados de acordo com o

Formas de medidas e avaliação da Flexibilidade Os métodos para medida e avaliação da flexibilidade podem ser classificados em função das unidades de mensuração dos resultados: (Classificação citada nas obras Avaliação e Prescrição de atividade Física 1996, p. 95; Medidas e avaliação em ciências do esporte, 1998, p. 133; O Exercício - 1999, p. 27; A prática da avaliação Física, 1999, p. 131). Testes Angulares - "São aqueles que possuem os seus resultados em ângulos (formados entre os dois segmentos corporais que se opõem na articulação), a medida dos ângulos é denominada de goniometria e tem sido o método mais freqüentemente utilizado na literatura sobre flexibilidade e mobilidade articular". Bateria de TESTES ANGULARES: Instrumentos 1 2

-

Flexômetro

Fleximeter

-

(Baseado

de no

Leighton

Flexômetro

de

Leighton)

3 - Goniômetro - (Goniometria) Tipos de tabelas quanto o uso do Goniômetro American

Academy

of

Kendall

Orthopaedic

e

Surgeons McCreary

Hoppenfeld American Medical Association Fonte:

Avaliação A

Prática

Médica da

e

Avaliação

Física Física

-

2000, -

1999,

p. p.

172 150

Manual de Goniometria – 1997 4 - Eletrogoniômetro Testes Lineares - "Se caracterizam por expressar os resultados em um escala de distância, tipicamente em centímetros ou polegadas, utilizam primariamente

de fitas metálicas, réguas, ou trenas para a mensuração, os testes lineares apresentam como pontos fracos à incapacidade de dar uma visão global da flexibilidade

do

indivíduo

e

a

provável

interferência

das

dimensões

antropométricas sobre os resultados dos testes". Baterias de TESTES LINEARES: Instrumentos: Banco

de

Wells

e

Dillon.

Régua graduada. 1 - Sentar-e-alcançar - "Seat and Reach Test" (Johson e Nelson, 1979) Fonte: A prática da Avaliação Física - 1999, p. 131. 2 - Extensão de tronco e pescoço - "Trunk-andreck Extension Test" Fonte: A prática da Avaliação Física - 1999, p. 132. 3 - Afastamento Lateral dos membros inferiores - "Side Split Tese" ( Johson e Nelson,1979) Fonte: A prática da Avaliação Física - 1999, p. 133. 4

-

Teste

de

Schoberlike

-

avaliar

coluna

cervical

Teste de Schober - avalia a coluna torácica e lombossacro 5 - Teste de tocar os dedos para Flexibilidade do Manguito Rotador Fonte: O manual do Personal Trainer - 1999, p. 171 6

-

Teste

de

Senter

e

Alcançar

(Adaptado

-

sem

banco)

Fonte: Programa de Condicionamento Físico da ACSM - 1999, p. 3 7

-

Teste

de

sentar

e

alcançar

-

Wells

&

Dillon



1952

Fonte: Avaliação Física - José Fernandes Filho - 1997, p. 58. 8

-

Teste

de

Amplitude

de

Movimento

das

Costas

Passivo

Fonte: Manual do Instrutor de Condicionamento Físico para a Saúde - 2000, p.222

9

-

Teste

de

Amplitude

de

Movimento

das

Costas

Ativo

Fonte: Manual do Instrutor de Condicionamento Físico para a Saúde - 2000, p.222 10 - Testes Combinados de Flexão do Tronco e da Articulação do Quadril de Calliet Fonte: Manual do Instrutor de Condicionamento Físico para a Saúde - 2000, p.222 11 - Teste de Sentar e Alcançar de Hopkins e HoegerFonte: Manual do Instrutor de Condicionamento Físico para a Saúde - 2000, p.222 12

-

Teste

de

Sentar

e

Alcançar

Modificado

Fonte: Manual do Instrutor de Condicionamento Físico para a Saúde - 2000, p.222 13

-

Teste

de

Ott

-

avalia

a

coluna

torácica

e

lombossacro

Fonte: Avaliação Médica e Física - 2000, p. 167. 14 - Testes Adimensionais - "São os testes de flexibilidade como adimensional quando não existe uma unidade convencional, tal como ângulo e centímetros, para expressar o resultado obtido, como regra, eles não dependem de equipamentos, utilizando-se unicamente de critérios ou mapas de análise preestabelecidos".

Baterias de TESTES ADIMENSIONAIS 1

-

Testes

de

Carter-

Wilkinson

e

Beighton



Horan

Fonte: O Exercício - 1999, p. 29. 2

-

Flexiteste

-

Original

(20

movimentos

analisados)

Fonte: Medidas e Avaliação em Ciências do Esporte - 1998, p. 134. 3

-

Flexiteste

-

Adaptado

(8

movimentos

Fonte: Fisiologia e Avaliação Funcional - 1998, p. 241.

analisados)

BATERIAS

DE

TESTES

INTERNACIONAIS

DE

AVALIAÇÃO

DA

FLEXIBILIDADE: American Academy of Orthopaedics Sugeons – 1965 - Testes de Flexibilidade AAHPERD EUROFIT

Estática – –

1980 1982

-

Teste

de

Sentar

e

Alcançar

-

banco.

-

Teste

de

sentar

e

alcançar

-

banco.

FITNESS NA LIFESTYLE – 1983 – Teste de sentar e alcançar - banco. FITNESS AND AMATEUR SPORTS – 1986 – Teste de sentar e alcançar – banco. EUROFIT – 1988 - Flexão do Tronco à frente em Posição sentada - FTF banco. CANADIAN STANDARDIZED TEST OF FITNESS - Teste de Sentar e Alcançar – banco.

Referencias: Fonte: Site Body Planet, Profa. Mônica Facundo é profissional de educação física (CREF 1 - 2622), professora de Alongamento, Ginástica e Musculação da Body Planet.



1. Araújo CGS. Flexiteste: um método completo de avaliação da flexibilidade. São Paulo: Manole, 2005:252.

.

Revista saude e movimento

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