Tcc - Roberto Pereira De Lucena

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SANTOS

ROBERTO PEREIRA DE LUCENA

A ADAPTAÇÃO COMENTADA DE UNEQUALLY BOUND: THE CONDITIONS OF SLAVE LIFE AND TREATMENT IN SANTOS COUNTY, BRAZIL, 1822-1888

SANTOS – 2008

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ROBERTO PEREIRA DE LUCENA

A ADAPTAÇÃO COMENTADA DE UNEQUALLY BOUND: THE CONDITIONS OF SLAVE LIFE AND TREATMENT IN SANTOS COUNTY, BRAZIL, 1822-1888

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para obtenção do grau de Bacharel em Tradução e Interpretação, à Universidade Católica de Santos. Orientador: Prof. Me. José Martinho Gomes

SANTOS – 2008

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ROBERTO PEREIRA DE LUCENA

A ADAPTAÇÃO COMENTADA DE UNEQUALLY BOUND: THE CONDITIONS OF SLAVE LIFE AND TREATMENT IN SANTOS COUNTY, BRAZIL, 1822-1888

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para obtenção do grau de Bacharel em Tradução e Interpretação, à Universidade Católica de Santos. Orientador: Prof. Me. José Martinho Gomes

Banca Examinadora:

______________________________________________________________ Prof. Me. José Martinho Gomes, Universidade Católica de Santos

______________________________________________________________ Prof. Christian Ares Lapo, Universidade Católica de Santos

Data de aprovação: __________________________

SANTOS – 2008

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AGRADECIMENTOS

A José Martinho Gomes, meu orientador, que inspirou, deu alento, e foi capaz de acompanhar com grande dedicação esta empreitada. A todos os professores e funcionários da Universidade Católica de Santos, com quem convivi nesses quatro anos, não só pela acolhida cordial, mas, principalmente, por apoiarem com seus conhecimentos e seu trabalho minha formação como aluno. A meus colegas do curso de Tradução e Interpretação, pelo estímulo e convivência fraternal. E a Ana Priscilla, com quem, além de compartilhar o lar e a vida em comum, pude contar como consultora especializada no assunto de que trata o corpus deste trabalho.

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LUCENA, Roberto Pereira de. A Adaptação Comentada de Unequally Bound: The Conditions of Slave Life and Treatment in Santos County, Brazil, 18221888. Santos, 94p. (Trabalho de Conclusão de Curso) Universidade Católica de Santos.

Este trabalho tem por objetivo demonstrar que as adaptações, ou seja, traduções nas quais são buscadas soluções para atingir maior clareza para um público-alvo específico, são elaboradas por meio do emprego sistemático de procedimentos específicos, consagrados na literatura sobre os problemas da tradução. As principais fontes teóricas de pesquisas são as obras de John Milton, Lauro Maia Amorim, Francis Aubert e Heloisa Gonçalves Barbosa. Utilizamos, como exemplo de aplicações das teorias aqui citadas, um dos capítulos de minha adaptação para o português da dissertação de doutorado elaborada por Ian William Olivo Read para o Departamento de História da Universidade de Stanford, do estado da Califórnia, EUA, que tem por título Unequally bound: the conditions of slave life and treatment in Santos County, Brazil, 1822-1888.

Palavras-chave: modalidades tradutórias, procedimentos tradutórios, tradução, público-alvo, adaptação.

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LUCENA, Roberto Pereira de. A Adaptação Comentada de Unequally Bound: The Conditions of Slave Life and Treatment in Santos County, Brazil, 18221888. Santos, 94p. (Trabalho de Conclusão de Curso) Universidade Católica de Santos.

The objective of this paper is to demonstrate that an adaptation, a kind of translation in which solutions are used in order to achieve clarity for a specific target reader, is made by means of the systematic use of specific procedures, which have been established in literature based on translations difficulties. The main theoretical sources for research are the works of John Milton, Lauro Maia Amorim, Francis Aubert and Heloisa Gonçalves Barbosa. As an example of the theories herein used, we will analyze my adaptation into the Portuguese language of a dissertation for the degree of Doctor of Philosophy made by Ian William Read, to the Stanford University of the State of California, USA, called Unequally bound: the conditions of slave life and treatment in Santos County, Brazil, 1822-1888.

Keywords: translation modalities, translation procedures, translation, target reader, adaptation.

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Sumário Introdução ................................................................................................... 07

I. Considerações teóricas ...........................................................................

09

1.1 A Tradução .......................................................................................

09

1.2 O Texto original ................................................................................

11

1.3 A Fidelidade ...................................................................................... 13 1.4. A Adaptação ....................................................................................

14

II. O corpus .................................................................................................

17

2.1 Uma breve apresentaçao ................................................................

17

2.2 O texto fonte e sua tradução adaptada ........................................

18

III. Análise dos procedimentos tradutórios utilizados na tradução .............

65

3.1 As adaptações preliminares .............................................................

65

3.2 Omissões de tabelas ........................................................................

67

3.3 Omissões de comentários ................................................................

67

3.4 Omissões de parágrafos ..................................................................

67

3.5 Omissões de palavras ou expressões .............................................. 70 3.6 Acréscimos ......................................................................................

74

3.7 Procedimentos tradutórios de Vinay e Darbelnet .............................

76

3.8 Reconstruções de períodos de Newmark ........................................

85

3.9 Transposições de categorias de Catford .......................................... 87

Considerações finais ..................................................................................

91

Referências Bibliográficas ..........................................................................

93

Bibliografia Consultada ............................................................................... 94

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Introdução

As traduções de textos escritos originalmente em língua estrangeira envolvem necessariamente transformações outras além das lingüísticas: são influenciadas pela época, pelo lugar, e principalmente pela cultura do públicoalvo a quem se destina. Quando algum desses fatores é muito distinto entre o texto-fonte e o texto da tradução, o tradutor faz uso de alguns procedimentos para guiar suas escolhas em relação à linguagem, de modo a manter o foco no objetivo de seu trabalho. Um texto fonte, portanto, pode servir a mais de um tipo de tradução, podendo ser moldado ao objetivo pretendido, o que caracteriza uma adaptação desse texto. Assim, o presente trabalho propõe um estudo da teoria em que estão baseados os procedimentos usados para a elaboração de uma tradução adaptada a um objetivo específico, e a análise de sua aplicação na prática. Para tanto, como corpus deste trabalho, foi escolhido um capítulo da dissertação de doutorado Unequally Bound: The Conditions of Slave Life and Treatment

in

Santos,

Brazil,

1822-1888

(READ,

2006),

elaborada

originalmente em língua inglesa, por Ian William Olive Read, historiador da Universidade de Stanford, EUA. A dissertação está sendo traduzida por mim de forma adaptada para um texto didático com linguagem acessível para estudantes e leitores em geral, interessados na história de Santos no século XIX. Esse trabalho será apresentado da seguinte forma: No capítulo I, Considerações Teóricas, vamos abordar os estudos elaborados por alguns teóricos com cujas obras tomamos contacto ao longo desse nosso curso de Tradução e Interpretação. A partir da classificação que

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esses teóricos fazem das chamadas modalidades de tradução, vamos exemplificar os procedimentos tradutórios que foram usados para atingir o objetivo de fazer a tradução de um texto adaptado para um determinado público leitor. No capítulo II, Apresentação do Corpus, faremos uma breve explanação a respeito do referido trabalho original de Ian Read, e introduziremos o capítulo oito, que será apresentado em tabela ao lado da tradução adaptada para permitir a comparação entre o texto de partida e a tradução. O Capítulo III, Análise dos Procedimentos Teóricos Utilizados na Adaptação, inicialmente expõe as modificações que foram levadas a efeito, como, por exemplo, a divisão do capítulo em sub capítulos, a definição de algumas palavras específicas da terminologia da época em que se situa o texto, e alguns dados biográficos de historiadores citados.

São também

exemplificados e analisados os cortes, acréscimos e demais procedimentos tradutórios. Por fim, seguem as nossas considerações finais, as referências bibliográficas usadas neste trabalho, bem como a bibliografia consultada.

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I – Considerações teóricas 1.1 A Tradução

De acordo com o Dicionário Houaiss de Língua Portuguesa, a origem latina de tradução, traductione, significa “ação de levar em triunfo, de transferir de uma ordem a outra” (HOUAISS, 2001). Uma tradução que transfira o conteúdo mais completo possível do texto de partida, mesmo que fazendo as mudanças necessárias para adequar a forma do texto às características da língua de chegada, fará com que o leitor seja transportado para o universo cultural do contexto em que o texto foi produzido, e conheça algo sobre aquele universo, e não apenas o assunto abordado. A teorização entre os diferentes níveis de adaptação do texto traduzido leva ao questionamento do que seria afinal uma tradução fiel ao original. E, antes, o que é realmente uma tradução? O que é fidelidade? O que é um texto original? Heloisa Gonçalves Barbosa faz uma análise das categorizações dos procedimentos técnicos encontrados na obra de diversos teóricos. No modelo de Vinay e Darbelnet, publicado em 1977, dois eixos principais

abrangem os

diferentes

procedimentos:

a

tradução

direta

compreende o empréstimo, o decalque e a tradução literal; integram a tradução oblíqua a transposição, a modulação, a equivalência e a adaptação (BARBOSA, 1990, p. 31). No presente trabalho serão utilizadas as modalidades da tradução oblíqua. Assim, dá-se a transposição quando são realizados rearranjos morfossintáticos para se adequar o texto de partida ao de chegada, seja por

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meio de fusões ou desdobramentos de palavras, alterações gramaticais ou da ordem das palavras. A modulação é considerada uma reestruturação semântica de superfície, quando uma mudança estrutural é realizada, mantendo o mesmo sentido. A adaptação é a opção do tradutor pelo afastamento total do texto de partida, como forma de tornar acessível seu sentido para o leitor a que se destina, criando um texto equivalente dentro de outro aspecto cultural. Ainda segundo Barbosa, Eugene A. Nida e Charles R. Taber classificam a tradução em equivalência formal, centrada não apenas no conteúdo, mas na forma do texto fonte, e que deve gerar, na língua de chegada, um texto que corresponda aos mesmos elementos lingüísticos e extralingüísticos; e equivalência dinâmica, que, em lugar de privilegiar os padrões culturais do contexto da língua original, procura passar ao leitor a mesma mensagem dentro dos elementos extralingüísticos presentes no universo dele, leitor. A tradução literal, no entender de Nida & Taber, reproduz mecanicamente as características da forma do texto-fonte, caracterizando a correspondência formal, em oposição à equivalência dinâmica, em que o tradutor procura reproduzir um efeito equivalente ao que teria sido criado pelo texto fonte, privilegiando-se, entretanto, os modos de comportamento relevantes no contexto de sua (do texto de chegada) própria cultura, em vez de insistir que ele compreenda os padrões culturais do contexto da língua-fonte. (BARBOSA, 1990, p. 31).

Gerardo Vazquez-Ayora considera que a tradução literal é um procedimento único, e divide todos os outros procedimentos em duas vertentes, que fazem parte da tradução oblíqua: os procedimentos principais (transposição, modulação, equivalência e adaptação), e os complementares (amplificação, explicitação, omissão e compensação) (ibid., p. 43). Peter Newmark, em função do foco dado sobre o autor ou sobre o leitor, considera o princípio do efeito equivalente aquele que aproxima o texto do leitor, ao diminuir as diferenças estruturais e realidades extralingüísticas entre os idiomas. Conclui que os procedimentos de tradução podem ser polarizados

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em dois extremos: a tradução semântica, focada sobre a língua e o autor originais, e a tradução comunicativa, com foco na língua de chegada e no leitor (BARBOSA, 1990, p. 49).

Para Catford, tradução é “a substituição de material textual numa língua por material textual noutra língua” (apud BARBOSA, 1990, p. 35). A partir dessa definição, ele considera os procedimentos técnicos como transposições, que podem ser de ordem ou de categorias. As transposições de ordem acontecem ao ocorrerem mudanças entre a ordem gramatical e a ordem lexical quando da tradução. As transposições de categorias são, segundo o autor, a perda de correspondência formal, e estão divididas em transposição de estrutura, de classe, de unidade e de intra-sistema (ibid., p. 35). Barbosa conclui: [...] no entanto, acredito que é na conceituação da teoria das funções da linguagem, da tipologia dos textos e da finalidade das traduções que está a chave para a solução da tensão entre a tradução literal e não literal, que é, ao mesmo tempo, a tensão entre o conteúdo e a forma. Isto porque é a definição destes fatores que permitirá a decisão de qual modo de traduzir será adequado em cada caso. Conforme o foco se deslocar ao longo desses elementos será escolhido o modo de traduzir adequado, não dicotomicamente entre tradução literal e não literal, mas passando por toda uma gama de modos de traduzir variados que se encontram entre estes dois pólos: mais literal se o foco recair sobre o autor, menos literal se cair sobre o leitor, e assim por diante. (ibid., p. 109)

1.2 O texto original

Podemos afirmar que uma tradução é literal e outra pode ser livre, mas é questionável afirmar que uma delas é fiel, e outra não, a um texto tido como original. Até mesmo o conceito de originalidade de um texto é discutível, uma vez que um autor ao escrever transforma em signos uma visão que ele tem de uma idéia, real ou fictícia, mas anterior a seu texto. Esses signos dependem de um leitor (ou um tradutor/leitor) que possa dar sentido a eles, de acordo

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com sua cultura específica, época em que vive, conceitos próprios e outras variantes. Esse texto, a partir da leitura do qual um tradutor vai passar o que ele entende como seu sentido, melhor seria chamado de texto-fonte, a partir do qual seria criado um texto equivalente na língua de chegada. Rosemary Arrojo (2002, p. 23), para demonstrar que o conjunto de signos presentes em um texto não é uma representação fiel e estável de um objeto que existiria fora do labirinto da linguagem, mas sim uma fonte de significados em potencial, criou a imagem do palimpsesto, do grego palimpsestos, que significa papiro ou pergaminho cujo texto primitivo foi raspado, para dar lugar a outro. Assim, a leitura/tradução de um texto, em cada comunidade cultural e em cada época, é sempre uma forma de apagar o anterior para dar lugar a uma nova leitura/interpretação. De acordo com o francês Roland Barthes, “qualquer texto, por pertencer à linguagem, pode ser lido sem a ‘aprovação’ de seu autor […], que passa a ser mais um elemento que utilizamos para construir uma interpretação coerente do texto” (BARTHES, 1979, apud ARROJO, 2002, p. 40). Cristina Carneiro Rodrigues (2000, p. 202) observa que “a tradição sempre considerou que teríamos pleno acesso à origem. Essa ilusão manifesta-se, na literatura sobre tradução, pelo próprio uso do termo texto original sinônimo de texto-fonte”. Na visão da autora, não se pode recuperar a origem do texto-fonte. Se a cultura não é a fonte das representações, mas seu efeito; se a representação não domina nem oculta o referente, ela cria e interpreta esse referente, sem oferecer um acesso imediato a ele, o tradutor não lida com uma fonte, nem com uma origem fixa, mas constrói uma interpretação que, por sua vez, também vai ser movimento e desdobrar-se em outras interpretações.

Em uma análise, Arrojo nota que a tradução é muitas vezes associada à noção de inferioridade, ou mesmo de traição, e que muitos consideram que o tradutor deva ser invisível, reproduzindo o original, devido a uma concepção clássica de signo como substituição de uma presença plena. De acordo com Arrojo,

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as concepções de que a tradução é uma representação precária e derivada teriam partido de uma tradição que escamoteia a noção de que todo original com os signos que os constituem, é também mediação e simulacro e, portanto, também provisório e secundário. Toma-se o texto a ser traduzido – já secundário e provisório por sua condição de signo – pela presença, pela coisa-em-si, pelo original, por aquilo que supostamente poderia ser objetivamente reconhecido e determinado. (ARROJO, 1993b, p. 73 apud RODRIGUES, 2000, p. 204)

De acordo com a análise de Rodrigues, considerar o texto original uma fonte transparente de significados o transformaria em uma representação direta do referente, enquanto que trata-se apenas de signo de signo, isto é, uma representação da fala. Tudo que o fonocentrismo pensa ser característica da fala é, por uma espécie de esquecimento, transposto para o texto-fonte; e a secundariedade e a precariedade que caracterizariam a escritura se atribuem à tradução. (RODRIGUES, 2000, p. 204)

1.3 A fidelidade

André Lefevere destaca que a assim chamada fidelidade pode ser apenas uma estratégia tradutória, que além do viés poético pode também carregar uma opção ideológica, sendo, por isso, utópico considerá-la como a única estratégia aceitável de tradução. De fato, longe de serem ‘objetivas’, ou ‘livres de julgamento’, como seus defensores nos levariam a acreditar, ‘traduções fieis’ são freqüentemente inspiradas por uma ideologia conservadora. (LEFEVERE, 1992b, p. 51, apud RODRIGUES, 2000, p. 130)

Lauro Maia Amorim aponta também para a utopia de tradução fiel, já que nem mesmo o autor do texto-fonte pode garantir que seu texto terá uma leitura considerada verdadeira. Não há como impedir que aquilo que ele tenha produzido seja, de alguma forma, apropriado pelos leitores, já que essa apropriação é um gesto constitutivo da interpretação. Todavia, diferentemente da concepção de que a atividade tradutória, em geral, acarreta alguma forma de violência, cristaliza-se a tradição que pressupõe a possibilidade de traduções marcadas pela neutralidade. Para essa tradição, o tradutor deve ser o menos visível possível, ou seja, deve

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produzir traduções que dêem, ao leitor, a impressão de estar lendo o próprio original. (AMORIM, 2005, p. 35)

Rodrigues acrescenta que a literalidade não existe per se, não são repetições neutras de textos em outras línguas. É impossível repetir significados porque não se retorna ao idêntico: novas situações, novos comentários, novas relações intertextuais e interculturais sempre se instauram em uma leitura. A ‘literalidade’, a ‘servidão’, o ‘correspondente formal’ não são repetições neutras de textos em outras línguas – passam pelo viés e pela interpretação do tradutor. (RODRIGUES, 2000, p. 212)

Arrojo evidencia a utopia do projeto logocêntrico (a palavra como o centro de qualquer texto ou discurso), já que a interpretação humana não é constante ou imutável. Segundo ela, é impossível encontrarmos um nível de apreensão neutra de significados, que possa ocorrer fora de um contexto e independentemente da interferência de um sujeito. [...] Desse modo, o que se supõe ser a ‘essência’ ou a ‘verdade’ de um texto é uma interpretação dele, feita por um sujeito situado em um tempo e lugar. (ARROJO,1992a, p. 70, apud RODRIGUES, 2000, p. 213)

1.4 A Adaptação

O tradutor pode optar por uma forma de passar o sentido do que está escrito no texto de partida, considerando principalmente o universo do leitor do texto de chegada. Esse universo abrange uma cultura certamente diversa daquela do autor e dos leitores do texto de partida, e que não pode ser perdida de vista pelo tradutor. Além das diferenças gramaticais, a abordagem do assunto passa a ser transferida para sua correspondente formal da língua e da cultura do leitor que se deseja atingir. Esse e outros modelos são abordados pelos estudiosos da tradução em diferentes períodos históricos. No século XVIII, John Dryden (1956, apud MILTON, 1998, p. 26) considerava três formas de tradução: a metáfrase, que seria a mais literal, quando se traduziria um autor palavra por palavra e linha

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por linha, de uma língua para outra; a paráfrase, em que o tradutor mantém o sentido do texto do autor, podendo até mesmo ampliá-lo, sem seguir estritamente suas palavras, mas não alterá-lo; e a imitação, por meio da qual o tradutor varia não somente as palavras, mas também o sentido do texto, partindo da idéia geral do original, e fazendo as adaptações que julgar necessárias. A adaptação, segundo Lauro Maia Amorim, é considerada por certas comunidades interpretativas uma transgressão, ou uma prática de agressão à integridade de um texto, devendo por esses motivos ser desvinculada da prática da tradução. Entretanto, os limites que a separariam da tradução não são ‘naturais’ nem tão nítidos como se supõe, e não há nenhuma unanimidade teórica quanto à possibilidade de delimitação objetiva. (AMORIM, 2005, p. 40)

Susan

Basnnett-McGuire



também

com

restrições

esse

estabelecimento de hierarquias com base na noção de ‘exatidão’, e para ela um texto não pode ser percebido como um objeto que somente pode produzir uma leitura única e invariante, de forma que qualquer ‘desvio’, por parte do leitor/tradutor, é julgado como uma transgressão. (BASNNET-MCGUIRE, 1980, p. 79, apud AMORIM, ibid., p. 41)

No entender de Amorim, as adaptações mantêm certa semelhança com as imitações citadas por Dryden, porém com a diferença de serem feitas com o objetivo de atingir a um determinado público, enquanto que as imitações seriam um verdadeiro ‘exercício estilístico’ do tradutor. Francis Henrik Aubert apresenta em sua obra uma abordagem técnica dos diferentes procedimentos de tradução, baseada em um modelo apresentado por Vinay e Darbelnet em 1958. Esse modelo estava organizado em uma escala que partia do ‘grau zero’ da tradução, o empréstimo, até o outro extremo, que seria o procedimento mais distante do texto-fonte, a adaptação. Francis Aubert criou um quadro comparativo baseado no modelo de Vinay e Darbelnet, em que a adaptação é definida como uma modalidade que

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denota uma assimilação cultural; ou seja, a solução tradutória adotada para o segmento textual dado estabelece uma equivalência parcial de sentido, tida por suficiente para os fins do ato tradutório em questão, mediante uma intersecção de traços pertinentes de sentido, mas abandona qualquer ilusão de equivalência perfeita. (AUBERT, 1998, p. 108)

Um uso bastante comum da adaptação é a condensação de livros, na qual o tradutor faz as modificações necessárias para reduzir o corpo do texto, deixando-o com o número de palavras pedido pelo editor, de acordo com as normas por este estabelecidas. John Milton (1998, p. 94) cita como um editor da Reader’s Digest, John Bainbridge, descreve o processo de condensação da revista: No processo de corte, adjetivos e advérbios são as primeiras vítimas. Palavras e frases descritivas e estilísticas são as próximas. Em um parágrafo de exposição que resulta em uma sentença de conclusão, talvez permaneça apenas a conclusão. Frases qualificativas são apagadas. Muitas vezes, o material é reorganizado, e aqui e acolá se adiciona um conectivo. No decurso dessa operação, a ênfase do artigo pode ser modificada sensivelmente, mas, via de regra, o ponto de vista permanece intacto.

Como vemos, uma adaptação, como opção de ato tradutório, pode ser considerada, por alguns teóricos, uma opção pouco fiel e não representativa do texto fonte; no entanto, o tradutor que mantiver o foco de seu trabalho voltado para as expectativas de um público específico tem à sua disposição uma série de procedimentos que lhe permitem fazer as modificações necessárias, principalmente de ordem morfossintática, mantendo o sentido do texto fonte, e ao mesmo tempo criando uma linguagem acessível ao leitor alvo. Esse é o caso da adaptação que servirá de corpus para esse trabalho, e que apresentaremos a seguir. Em relação a esse trabalho, vamos considerar o termo ‘adaptação’ em seu sentido mais amplo, e não apenas significando uma modalidade tradutória, como a proposta por Vinay e Darbelnet.

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II – O corpus 2.1 Uma breve apresentação

O trabalho de Ian William Olivo Read, Unequally bound: the conditions of slave life and treatment in Santos County, Brazil, 1822-1888 (READ, 2006), dá enfoque às evidências de que os escravos viviam em grupos estratificados, em função do local onde viviam, suas ocupações e do nível sócio-cultural dos senhores. Esses grupos de escravos dispunham de oportunidades diferentes em relação a casamento, alfabetização, internamento em hospitais e, principalmente, à conquista da liberdade. Para realizar esse trabalho, Ian Read passou dois anos no Brasil, a maior parte deles em Santos. Realizou pesquisas em cartórios, hospitais, autarquias públicas e, durante grande parte do tempo, na Fundação Arquivo e Memória de Santos (FAMS), onde são conservados os documentos oficiais da cidade. Depois de concluído seu trabalho de doutorado na Stanford University, Ian Read ofereceu uma cópia para ser arquivada na FAMS, onde já havíamos travado contacto pessoal. A partir de então, surgiu a idéia de fazer uma adaptação do texto, nos moldes de um livro didático, com o aval do autor. Atualmente, o projeto está em andamento. O capítulo oito, Pathways to Freedom: Manumission and Runaways, foi escolhido como forma de exemplificar os procedimentos de adaptações necessários para tornar o texto de acordo com o objetivo proposto, ou seja, acessível a um leitor leigo de língua portuguesa interessado na história da cidade. Esse capítulo aborda as chances que os escravos tinham de deixar a escravidão: a alforria, ou a fuga. E também as conseqüências de sua escolha,

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desde o pagamento da alforria em dinheiro ou prestação de trabalho por alguns anos, até a prisão e os castigos no caso de uma fuga malograda. Para possibilitar uma visualização comparativa dos dois textos, o da língua de partida e o da língua de chegada, ambos estão colocados lado a lado na tabela abaixo.

2.2 O texto fonte e sua tradução adaptada

Unequally bound: the conditions of slave life and treatment in Santos County, Brazil, 1822-1888

CATIVEIROS

(READ, 2006) CHAPTER EIGHT – Pathways to Freedom: Manumission and Runaways.

CAPÍTULO OIT

TANOEIRO(03)

Trabalhador es componentes d de Carga e Des

Late one Wednesday evening, 2 June 1858, under the cover of darkness, two slaves slipped away from their house in Santos and stole away from town. The runaways, named Jacintho and Francisco, were from Africa. They worked for their owner by tapering, beveling, planning and hollowing wood staves until they fit snugly within two or three stiff metal hoops. As coopers, they knew that gaps too small to be seen by the naked eye could ruin a barrel. In this craft, skilled workers were hard to find and their work took years to master, commanding respect when it was done well.

Tarde da noi escuridão, do Santos, e fug Francisco, er chanfrar e ap perfeitament que pequena arruinar uma especializad O trabalho, q

CARTA DE ALFOR

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A carta de alfor rescindia dos s

The two Africans may have previously discussed how extra work might bring savings for manumission letters. Or, they may have talked about the ways they could use their skills and savings in order to survive on the run. Jacintho was a tall man, from the port or nation of Mina, 30 years old, and with lighter brown skin. Francisco was slightly younger and darker, had a firmer grasp of Portuguese, and came from Congo. If they had never left Africa, these men might have considered each other to have strange customs and languages, but in Brazil and in the dimness of a waning moon, they were compatriots and united in their risky pursuit.

Os dois afric quanto temp para ganhar Ou haviam d para sobrevi que era alto africana de M mais jovem, portuguesa. esses homen línguas e háb projeto de fu irmãos. (32)

Anúncio sob

Fonte: Revis

Advertisement of Jacintho and Francisco Source: Revista Comercial (Santos) 6/1858

Duas seman Silva Braga,

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ajudassem a (quantia equ não especial pelas despes acreditar que davam conta vezes, duran

Não há inform mas Jacintho soube sobre relativa liberd

Como os fug a carne e os chibatadas. O cadeia da cid

Two weeks after their disappearance, their owner José Teixeira da Silva Braga posted an advertisement in the local newspaper asking readers to help him find his two slaves (Figure 8.1). He promised that he would give 50 mil-reis (equivalent to more than a month of unskilled wages) to anyone who found his slaves, in addition to compensation for expenses incurred during their capture and return. He had reason to believe that one of his townsmen could accomplish the task since he had heard rumors that the slaves had returned to Santos once or twice at night. In the end, Jacintho made his way back to Braga either voluntarily or through capture. Less is known about Francisco, who may have found tenuous freedom. Since slave runaways were often punished, Jacintho may have had the skin, tissue and muscles of his back severely cut by as many as 100-200 lashes of a whip. Or he may have served a week or more in stocks at the city jail.

José Braga probably felt very angry and dismayed with Jacintho and Francisco since he would later act in a way that might have stemmed from a self-perception of benevolence. In the next two decades, he displayed a form of compassion (or protective concern towards his assets) by occasionally paying the hospital fee for several of his slaves. He also manumitted two young women who may have known the two runaway coopers when they were girls. Prior to manumission, those girls had been

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Apesar de Jo contrariado c atitudes que Nas duas dé cuidados) co hospitalares talvez tenham

Antes da alfo casa de um r para desemp garantir a so dos dois tano provavelmen

Os casos do dois caminho Francisco es meio. A fuga os últimos ci considerávei comunidades habilidades q senhores rico contacto com morrer duran

trained to properly keep the house of a wealthy Portuguese businessman such as himself. The two young women were certainly skilled, but they did not have the know-how required for a guild-craft like cooperage. Without proper references, these women would have probably had more trouble finding employment as fugitives.

habilidades e que poderia

PRETO FORRO

Assim era cham legalmente em

José Braga’s slaves show that there were two pathways to freedom available to adult slaves, manumission and flight. Jacintho and Francisco took the second pathway to freedom when they “stole themselves” by running away. Escape was a manner of attaining freedom that was relatively rare until the last five years of slavery in Santos. I argue in this chapter that running away from owners not only carried considerable risk and separated slaves from caring communities of families and friends, but required resources and skills that most slaves did not have. Slaves of wealthy owners were more likely to take the risk of losing connections to loved ones, violent punishment, and even death through flight because they were more likely to have marketable skills that they could sell and enough education to help them navigate their way to safety.

The other pathway to freedom, that taken by Braga’s enslaved domestic servants, was manumission. Some manumission letters were freely given and once a copy of the letter was received, the former slave (preto forro) had nearly every right as any other Brazilian citizen. Many other manumissions allowed a slave to pay for their freedom or conditionally stipulated a future payment or labor. These conditional letters often did not give immediate freedom for slaves, they did provide some worthwhile benefits. The “onerous” manumission (alforrias onerosas), or those that

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Outro caminh domésticas d dadas gratui partir daí cha que os outro pagar por su pagamento o não davam li vantagens. A estipulavam em condiçõe senhor não p sido iniciado longos perío contrato, pod já eram cons senhores nã onerosa, ou de comporta demonstrass ser forçados as alforrias r

Apenas algu possível obte optavam por porque não q tinham como respeito das retornar ao te condições de

were paid, usually stipulated high prices that may have left some former slaves in precarious positions. However, slaves usually could not be sold once the process of an onerous manumission had begun. Conditional manumission locked most ex-slaves into a long period of service and if they did not fulfill their side of the deal, the manumission could be cancelled. It is important to note that the largest benefits were probably felt by manumitted females whose children were almost always born free. But if owners did not receive expected payments for an onerous manumission, or the slave did not provide the stipulated labor or behavior of a conditional manumission, or if any manumitted slave displayed “ungrateful” behavior, these formerly enslaved men, women and children could be forced back into slavery. Overall, however, revoked manumissions were rare.

This chapter analyzes two sources that are logically connected: manumission letters and runaway advertisements. Only certain groups of slaves were in a position to gain a manumission letter. The men and women who took an illegal route to freedom may have done so because they did not want to pay the high price for a manumission letter or were not able to earn money for a letter. This, then, is a discussion of the two available pathways to freedom. In it, I will return to the overriding theme of this book: slaves lived in unequal conditions and had different options available and acted differently depending on those conditions.

In Santos, some slave infants were manumitted at baptism, but for enslaved adults and children most manumission letters were purchased either through a cash payment or with labor over an extended period of time. Of the 294 letters written for enslaved adults and children, 22 percent were given freely or listed no conditions. These were manumissions with no (known) strings attached. But a larger share—27 percent—forced the slave to comply with some condition, usually in the form of pressed labor over many years. Another 34 percent of the letters allowed the slave, a family member, or a third party to pay money for the manumission letter. With free baptismal manumission letters included, the percentage of unpaid and unconditional manumission letters increases slightly, to 38 percent (Table 8.1). Therefore, enslaved adults and children who wished to escape slavery legally in Santos commonly had to meet one of three conditions: either they had to be able to earn, save or borrow enough money to cover their own price, they had to find someone else to pay, or they had to negotiate with their owners a future exchange of labor for partial or full freedom.

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maneiras dis

Em Santos, a os adultos e de pagamen (70) De 294 ca liberdade tot (aparenteme escravo a cu de serviços p escravo, um alforria. Se in cartas livres escravos, ad escravidão e três condiçõe dinheiro sufic pagasse por de prestação (05)

Table 8.1. Manumission Types (1810-1880) Free Number

Percent

Explicitly free18

5

No conditions mentioned 47

12

Purchased*1 Self-purchase

105

28

Family or third party purchase

21

6

52

14

Conditional*2 Serve until death of master Serve a fixed time 7 Other 6

2

Unknown

13

2

3

Purchased and Conditional

25

7 (07)

Baptismal No payment mentioned Purchased Unknown

25

Total 379

100*3

5

80

21

1

7

Note: *1) Includes 25 letters that were purchased and had conditions; 2) excludes all purchased letters; 3) These figures do not add to 100 percent because “purchased” category includes “purchased and conditional” letters. Source: Source: Cartas de alforria, 1800-1880, PCNS, SCNS, CCS, FAMS.

The relatively lower number of unconditional manumission letters in Santos was similar to other parts of São Paulo during this time. For São Sebastião, Rosangela Dias da Ressurreição found that conditional letters were the most common. Eisenberg found a higher number of purchased letters (onerosas) for slaves in Campinas: 60 percent of letters were of this type between 1798 and 1885. Only after 1886, when slavery seemed fated to end, did unpaid letters surpass purchased letters in Campinas. In this respect, nineteenth-century São Paulo is unusual, since many other parts of Brazil had proportionally more unpaid manumissions than paid. Historians have often distinguished between the three types of manumission letters, and have argued that they were largely separate but

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related systems of granting freedom (or the future possibility of freedom). I believe this is true, but two comments must be made about the data available on slave manumissions in Santos. First, among the Santos manumission letters from the two notary offices, nearly a third of all transcribed letters do not fit into one of the three types of letters. For example, seven percent of the letters were both onerous and conditional (Table 8.1). In these cases, in addition to the conditions attached to the manumission letter, the slave or someone else had paid (or vowed to pay) a sum of money. Another 16 percent of the letters neither explicitly said that they were “free” (gratuita) nor if there were conditions attached. These “ambivalently free” manumission letters became increasingly common after 1860 when the notary officers composed shorter, more formulaic, and less detailed letters. Second, slaves who paid or found a third-party payer were sometimes given a separately contracted “lease” on their labor (locatário). These “leases” were nothing other than indenture contracts and while they were written separately from the manumission letters, they were also closely connected to them.

In one example, Juliana, a slave, was manumitted by Anna Luisa in 1864 in a letter that only mentions a 400 mil-reis payment but no payer. The notary office holds another document dated to that same year and for the same amount, contracting Juliana to serve Joaquim Soares Gomes for four years. Evidently, at the request of Juliana, Gomes initiated the process and paid Anna Luisa the amount of Juliana’s manumission. He then entered the former slave into indentured service in a contract that was written separately from the manumission letter.

In another case, Luis paid his mistress, Virginia Maria Nebias, 800 mil-reis to purchase his freedom. The letter also documented that Virginia’s husband, Captain José Raggio Nobrega, had paid an additional 700 milreis. The notary office holds an indenture contract, written on behalf of José Raggio Nobrega, stipulating that Luis (now Luis Andrade) would give eight years and four months (100 months) of his labor for 400 mil-reis. Clearly Luis did not have enough funds to pay his purchase price and offered an indenture for the monies. Why the locátorio is 300 mil-reis less than the amount listed in the manumission letter is not given. When approaching manumission letters, then, we should keep in mind that some letters were unclear if they were free or conditional, others were both onerous and conditional, and a few were onerous but excluded information on conditional indenture service contracts written separately in the notary

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Alguns escra cartas de alfo “arrendamen Esses arrend do escravo, q alforria.

Juliana, por e constando de não o nome outro docum contratada p anos. Fica as deu entrada Em seguida,

Há também o Maria Nébias está registra pagou um va também um Capitão Nób Andrade) (30)

office. Nevertheless, the different manumission categories can be discerned for many of the letters, but only if we include a few additional categories that do not hide the ambivalence of the data. Among the conditional letters, two-thirds stipulated that the contract would end with the death of the former owner. A conditionally manumitted slave resembled a slave in many ways, and some were sold before they met the terms of the contract or when masters died. Some contracts ran until the ex-slaves reached adulthood or were married; others carried specific periods of time that ranged between two and ten years. Of 17 manumissions in 1866, the second year of a difficult five-year war against Paraguay, eight slaves were “freed” so they could be conscripted into the war effort. They were donated by families to serve as substitutes for eight family members. Over the century, the proportion of “free,” “paid,” and conditional manumissions remained fairly steady.

Conditionally freed slaves occupied complicated positions somewhere between slavery and freedom, a nuanced condition that was not always captured by township government and notary officials. Some of the conditionally manumitted slaves in Santos were listed as slaves in other documents years later. For example, Clemente and Domingos were conditionally manumitted four and eight years earlier respectively, but both are listed as “slaves” in the 1817 nominal list. Or there is Urçula who appears in the nominal list in 1817 as a young slave owned by Antonio Joaquim de Figueredo. Urçula was manumitted by Figueredo three decades later, but then sold as a slave a short time after. This sale was different from the indenture contracts (locátorio) mentioned earlier. The meia-siza (tax) record in which she appears for the third time was exclusively for the transferal of slave ownership, while a sale of an indentured labor contract could have only taken place in the notary office. Among the onerous manumissions (Table 8.2), those purchased by a family member or a third party were less common than “self-purchase” but this may have been because the letters did not have to mention who paid for the manumission. For example, eighteen out of 58 letters manumitting slave children involved purchased freedom between 1811 and 1880, but none gave information on a parent, relative or third-party. It is inconceivable that a child would be able to save the price for their own manumission, yet for a third of these letters, there is no mention of anyone paying. Manumission letters of children were certainly not the only ones missing information on

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portanto) de preço de sua valor.(17)

(08)

Entre as cart terminariam alforriado era alguns eram senhor faleci

Alguns contr ou se casass tempo, que v o segundo d escravos fora na guerra. Fo oito membro livres, pagas

Os escravos posição com nuances que funcionários relacionados Clemente e D quatro e oito como escrav nominal de 1 de Figueired tarde, mas fo

who paid. It appears likely that among the “self-purchase” manumission letters, some slaves received money from friends, family members or people, some who wished to use them as indentured servants.

(09)

Table 8.2 Purchased Manumissions by Type and Decade

Entre as alfo terceiros era pode ser que mencionar q cartas alforri diziam sobre criança pude das cartas nã

Decade Self-purchase manumissions 1811-1820

4

5

30

1821-1830

10

2

34

1831-1840

nd

nd

Nd

1841-1850

23

9

60

1851-1860

17

9

58

1861-1870

11

14

66

1871-1880

16

6

46

Total 81

45

294

Family or third party purchase

All

As cartas de omitiam quem pagaram por membros da serviçais.

Source: Cartas de alforria, 1800-1880, PCNS, SCNS, CCS, FAMS.

Slave females and males were fairly evenly divided between all types of letters, although males are slightly higher in among purchased letters. This fits findings from other parts of Brazil, and gives more evidence that male slaves may have had better earning power. Too many of the letters are missing information on birthplace to come to any strong conclusions, yet it does seem that African slaves were more likely to have purchased their manumission, while Brazilian born slaves were granted more conditional manumissions. Slaves of working age were the most commonly manumitted slave in purchased and conditional letters, but children more frequently appeared among the freely given letters perhaps because their lower prices made it easier for family members or a third party to pay.

Table 8.3 Slave Manumissions by Type, Slave Gender, Slave Age, Slave Birthplace, and Owner Information

Slave genderFree*1 Conditional Baptismal

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Purchased

Conditional Purchased and

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As cartas de escravas, ha entre as cart

Male 32

66

38

13

44

Female

33

60

40

12

20

20

2

85

Working age 16

35

27

6

0

Elderly

7

10

4

17

0

Unknown

29

61

27

0

Brazil 18

35

25

6

85

Africa 11

38

12

6

0

Unknown

36

53

41

13

Male 44

76

36

16

39*3

Female

18

42

40

9

44

Couple

3

4

2

0

0

0

4

0

0

pesquisas fe maior poder de nascimen que a origem enquanto qu condicionais alforriados p crianças apa devido ao fat terceiros faze

41

Slave age Child 13

Slave Birthplace

0

Owner information

Carmalite Church Total (N=65)

(N=126)

(N=78)

0

(N=25)

(N=85)

Notes: *1) “Free” includes both letters that are explicitly free and those without conditions mentioned; *2) the gender of two slaves is unknown. Source: Cartas de alforria, 1800-1880, PCNS, SCNS, CCS, FAMS.

Except for conditional manumission letters, male owners were most frequently involved in the manumission process. Perhaps masters placed more emphasis on the financial return of slaves, while mistresses were more concerned with the future labor that they would receive. As was discussed in chapter five, male owners were more likely to be involved in commercial ventures and businesses, while female owners were more likely to have slaves tending their plantations or farms. These different occupations may have influenced the ways that owners and their slaves approached manumission. A handful of couples manumitted their slaves jointly, usually favoring free manumission. If this was a “gift,” then owners probably wanted to include their spouses when bestowing letters that carried no obligations or collected no money. The officials from the Carmalite Convent also went to the notary office to write letters of manumission, but they may have been forced to do so by slaves who began a process of coartação.

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This discussion of free, onerous, and conditional manumission has excluded many letters that either had missing data or were manumissions granted during baptism.

Using the wider set of manumission gives us more information on the gender of the slaves who received all types of manumission, the gender of the owner, and sheds light on baptismal manumissions. Unfortunately, this wider set does not help us further distinguish between the types of letters that were written in the notary office.

Considering this wider set of manumissions, Brazilian born female slaves in Santos were most likely to get any type of manumission letter. This conforms to every other systematic study of manumission in Brazil (Table 8.4). Historians have found that native born females received the most letters even though African males vastly outnumbered Brazilian females until late in slavery’s existence. Before the last two decades of slavery, African males appear as the majority among slaves in most historical sources from Santos including census lists, inheritance records, bills of sale, civil legal proceedings, and hospital records.

Table 8.4. Studies of Manumission by Location and Period Location

PeriodGroups most likely to be manumitted

(percent of manumissions) Female Salvador, Bahia

Black Native-born Adults*1

1684-1745

67

Salvador, Bahia

1779-1850

62

77

51

89

Salvador, Bahia

1808-1884

57

nd

53

nd

66

62

84

55

Paraty, Rio de Janeiro

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1789-1822

Era um process liberdade; o esc aos poucos; en

Se não cons escravos est Talvez os se que as senho que pudesse mais envolvi das senhora fazendas. Es donos e seus escravos em tratava de um esposas qua que não ang

Por fim, os fu lavrar cartas escravos que

54 69

COARTAÇÃO

(10)

54

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Rio de Janeiro (capital)

1807-1831

64

69

59

Santos, São Paulo 1800-1871

54

nd

68

46

São Paulo (capital) 1800-1888

58

nd

69

nd

52

58

76

Campinas, São Paulo

1798-1888

45

66*2

Note: *1) Adults were defined as 16 years and older except Salvador (1684-1745) where adults were defined as 15 years or older; *2) slaves over ten years of age Source: Salvador 1684-1745 (Schwartz, “The Manumission of Slaves in Colonial Brazil: Bahia, 1684-1745,”), Salvador 1779-1850 (Mattoso, “A propósito de cartas de alforria na Bahia, 1779-1850,”), Salvador 1808-1884 (Nishida, Meiko. “Manumission and Ethncicity in Urban Slavery: Salvador, Brazil, 1808-1888” HAHR 73:3 (Aug.), 361-391), Paraty (Kiernan, The Manumission of Slaves in Colonial Brazil : Paraty, 1789-1822, 1984), Rio de Janeiro (Karasch, Slave Life in Rio De Janeiro, 1808-1850, 1987), Campinas (Eisenberg, “Ficando livre: as alforrias em Campinas no século XIX; Karasch, Slave Life in Rio De Janeiro, 1808-1850. 1987) Within the literature on the topic there are two answers for why native born females were favored; often both are given equal weight. On the one hand, since female slaves were more likely than males to work domestic jobs, they are assumed to have been more integrated into the families of their owners. Women played important roles in raising their mistresses’ children and keeping up the home; the concomitant affection and ties this developed made their owners more conducive to partially freeing them. Some have taken this a step further to posit that girls and women often entered into sexual or amorous relations with free men and could place pressure on their partners for greater benefits. Some have seen this in negative terms, believing that free men and women gave manumission in exchange for greater “social control” by cultivating a sense of gratitude in their slaves that could translate into lifelong service. The “gratitude” or sense of indebtedness they fostered might have been formed as a result of coercive or willing sexual ties.

In this discussion, we must consider the different types of manumissions. Excluding the paid manumission letters, males and females were fairly evenly divided. Thus, it seems more reasonable to consider the sex differences in terms of different economic opportunities and strategies, rather than affectional or sexual motivations.

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CRIOULO

Era o termo us sido trazidos da

Uma pesquis as escravas tipo de alforr Historiadores das cartas de serem muito fim da escrav

(06)

In Table 8.5, a few more characteristics of the wider set of manumitted slaves are listed. All types of manumission have been included here in one broad category, and while this places three very different systems of manumission (free, purchase, and conditional) together in one category, it still provides some information on the broader trends, especially in regard to the gender of slaves. Since this study has included baptism records, the number of infants is higher than most studies of manumission

Table 8.5. Characteristics of manumitted slaves, 1800-1877 (percent)

Manumitted slaves Years of source

All years

1800-1850

1851-1877

Gender Male 47

46

47

Female

54

54

53

Expected Male*1

39

Expected Female

61

Age (years, average)

(A=22)

(A=22)

(A=21)

Age females (years, average)

(A=22)

(A=23)

(A=22)

Age males (years, average)

(A=20)

(A=22)

(A=20)

Children

38

39

37

Place of birth Location listed

28

21 43

Africa

46

493

Brazil 55

51

58

Santos

5

6

4

Race listed 24

14

41

Preto 34

28

39

Pardo 42

28

51

Mulatto

21

45

41

Race

Total number(N=551)

5

(N=354)

(N=197) Na literatura

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Notes: *1) This is the expected percentage of manumitted males adjusted for the changing sex ratios (between 1825 and 1872). It assumes a counterfactual world in which sex ratios changed, but rates of manumission did not. Source: Cartas de alforria, 1800-1880, PCNS, SCNS, CCS, FAMS. Historians have found that in the first half of the nineteenth-century more women than men manumitted slaves; in the second half of the century the counts were reversed. Enidelce Bertin, who confirmed this for post1850 São Paulo letters, suggests that this is because there were more married couples manumitting and they were represented solely by the husband. When considering the characteristics of owners, the archive does not permit a strict division between the types manumission. (18) More men manumitted their slaves by the second half of the century in Santos as well (Table 8.6), and this accompanied an increased number of married owners. The majority of these owners were quite old for their day and they manumitted their slaves when they only expected to live for a short time more. The average age of the owners increased over the century as life expectancies lengthened slightly and slaves became more expensive (and thus less affordable to younger individuals). Owners who manumitted slaves tended to be about five to ten years older than those who bought and sold slaves, but both groups would have been considered fairly old for their day. In terms of civil status, there was a considerable shift during the century. Before 1850, single, married and widowed owners were fairly evenly divided; after 1850, nearly two-thirds of the owners who manumitted their slaves were married. This is probably a consequence of the steep rise in slave prices, since married men and women typically were wealthier than single and widowed individuals.

Among owners who manumitted most were white but there were a surprisingly high number of men and women of color. Bills of sale and tax records present a sharp contrast: only a handful of slave buyers and sellers were listed in other documents as mulatto or black. Beyond gender differences, racial diversity is another clue that there might have been a difference in economic status between the group of owners who manumitted slaves and those who purchased and sold slaves. Another hint is their birthplace: during a period of time when only 16 percent of slave buyers declared Santos as their birthplace, nearly half of the manumission owners were Santista. There were also much higher levels of Brazilians than Portuguese; the latter were the majority among of

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igualmente r escravas des fossem mais tinham um p manutenção senhores ma

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Se considera exclusão das divididos. (67) relação a esc oportunidade afetivas ou s

Portuguese found in the buyers and sellers. Table 8.6. Profile of Slaveholders who manumitted slaves, 1800-1871 (percent) 1800-1850

1850-1871

43

58

48

54

38

1800-1871

Gender Men

Women

48

Couples or business partners Commercial or religious associations Age (average)

(A=55)

3

2

2

1

2

1

(A=59)

(A=56)

Civil status Single 36

18

30

Married

28

64

41

Widowed

36

18

30

White 78

nd

80

Of Color

22

nd

20

33

44

40

Race

Birthplace Portugal

Brazil (including Santos)

67

Santos

48

24

33

Europe

0

7

4

44

42

43

Public Office 10

28

20

Church

18

6

11

Farming

15

4

8

Army 5

6

5

50

56

Occupation Business

Liberal profession 0 Other 10

6

Country landowners

8

5

22

24

A historiadora Letras e Ciênci emitidas na cid mesmo tempo,

Em sua di conquista escra feitas a partir d fica no bairro d

8 25

Total number of documents

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ENIDELCE BER

(N=343)

(N=179)

(N=522)

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Total number of owners

(N=238)

(N=134)

Total number of cross-listed individuals (N=94)

(N=372) (N=86)

(N=180)

Source: Cartas de alforria, 1800-1871, PCNS, SCNS, CCS, FAMS. Note: “Documents” are both manumission letters and baptisms. The “total number of owners” may have included repeating individuals. The “total number of cross-listed individuals” included those who were found in other historical sources (see chapter one for a description and discussion of those sources). Businessmen were more likely to buy or sell a slave than to manumit one. There were relatively more church officials among owners who manumitted than among the buyers and sellers, and more slaveholders in liberal professions such as law, education and medicine. Coffee commissioners and men who ran import and export businesses during the coffee boom of the second half of the century seldom manumitted their slaves, preferring instead to buy and sell them. Nearly five percent of the 331 individuals who appeared in the slave market records, and for whom we have occupational data, were involved in the lucrative business of coffee or general imports and exports. In contrast, less than two percent of the 211 men found in the manumission records were involved in these occupations. Mid- to large sized comerciantes bought and sold 55 slaves but manumitted only five. These businessmen were more likely to be of higher status and wealth than businessmen or women with shops or who worked as vendors or peddlers.

Overall, fewer men in the manumitting group had high status symbols such as titles of nobility, educational degrees, or prestigious club associations. On the other hand, there were more individuals who manumitted that were medium or high ranking military officers or who worked for one of the foreign consulates in town. Twelve individuals who wrote up manumission letters or who requested manumission at baptism were also found in the inheritance records; all except one were small or medium wealthholders.

Clearly, the chances of a manumission letter not only rested the slaves’ earning power and market price but also on the demographic and occupation background of the owners. We should not go too far, though, since men and women of a wide spectrum of wealth, status, and occupation bought, sold, and manumitted slaves. The evidence presented here, however, shows that those who typically manumitted slaves had a bit less wealth, more diverse jobs, and were far less involved with coffee, the port’s signature trade after 1850.

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Os estudioso século XIX, m segunda me sustenta que Paulo a parti nome do ma

Em Santos ta homens, com

Esses senho acabavam po restava mais aumentando tornando ma tornando sua

Os senhores anos mais ve grupos pode relação ao e século (13). A solteiros, cas cerca de dois casados. (45) preço dos es um modo ge os solteiros e

Esses senho surpreenden venda e nos marcante dif escravos est

Além do sex de que have que alforriav

This discussion of manumission letters gives another set of clues that certain slaves had more privileges than other slaves. For example, Brazilian born infants and children were in a particularly strong position to receive a letter of manumission because their price was still low. Furthermore, male slaves were more likely to be manumitted by paying their price or by finding someone who would pay for them. Particular groups of slaves, which included an even number of males and females, earned enough money (or found someone who was willing to pay) for their manumission. While buying oneself or finding a buyer were certainly “onerous,” as this category was properly called, these slaves were in a better position compared to those who could not earn money or knew no one who would sponsor them. Many slaves gained rights when manumitted and if they were not immediately free, a good number had much greater potential for eventually attaining full freedom. These letters also reveal the active role that slaves played in the manumission process, and the fact that some were much better situated than others in this unequal society.

When manumission was not a good option, slaves may have considered running away. Running away carried enormous risks of punishment and often permanently separated slaves from the communities within which they lived and worked. In the nineteenth-century and even

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perhaps before, runaways mostly sought non-isolated places where they could live under the false pretense that they were legally free. Or they looked for other runaways that had banded together in quilombos (maroon communities) that were places with people who scraped by on the fringes of society. In the eyes of the law, slaves were “stealing” themselves, taking property that could be worth more than a year’s saved wages for some owners. Punishment for such acts was often severe: violence meted out in the form whippings or beatings, or confinement to prison for weeks or months while shackled to the wall with iron chains. Owners occasionally mandated that slaves who had run away permanently wear iron collars, chains and heavy weights as a measure to prevent future flight. An unknown number of slaves were killed during this punishment or through attempts to escape capture. Despite the risks, some slaves who had previously attempted to flee tried again. The jail registers carried notices to owners of unknown slaves who were found without papers but with the marks of previous whippings or the scars of iron shackles and chains. When slaves ran away and were not immediately caught, some owners placed a notice in the newspapers that carried a description of the slave, his or her clothing, mannerisms, and occupations or skills. Some notices are filled with minute details about the shape of a slave’s scar or length of their beards; others are brief and general. When these notices are collected they begin to give a portrait of the slaves who took considerable chances to escape slavery. The slaves who chose to escape slavery illegally differed from the typical slave who bargained for his or her legal escape through manumission. These differences reflect the stratified world of slavery and the opportunities available for slaves and owners based on their position within a hierarchy of wealth and status.

Between 1851 and 1871, there were 110 notices for 139 individuals who, in groups or on their own, had escaped from plantations, small farms or their urban homes. Only a small number of these slaves were from Santos; the others worked and lived in towns and rural areas scattered throughout the state of São Paulo. Santos was a common destination for many slaves, partly because many had passed through the city when they were transported from other provinces within the Brazilian Empire or from Africa. As the city expanded, driven by the growing business of coffee, fugitives learned that Santos had such a need for workers that some employers might turn a blind eye to the history of a stranger. This was especially true by the late 1870s and 1880s when Santos attracted larger numbers of fugitive slaves and abolitionists battled police in order to shelter

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COMISSÁRIOS D

Eram homens d os compradore mesmo financia época. Eram a

Os homens d escravos ma igreja entre o compradores

Os comissár durante o au século, raram Cerca de 5% registros do negócios do de 2% dos 2 envolvidos c

Os médios e escravos, e a status e rique caixeiros ou

De um modo possuíam sím eram sócios funcionários

and protect them. Many owners placed notices for the same slaves in multiple town and city newspapers, with the hope of increasing their chances at recovery. A notice in Santos’s Jornal do Comercio, therefore, did not necessarily imply that the owner knew the slave was destined for the port town.

registros com exceção, pos

The slave that chose to run away was not a typical slave. First of all, nine of every ten runaways were men (see table 8.7), but a slightly higher percent of females fled in the 1860s than the 1850s.

Fica evidente dependiam n escravos, ma senhores.

Second, the runaways were on average a few years older than a slave who was purchased or manumitted. The average age was 26 in the 1850s and a few years older in the 1860s. Third, a little less than two-thirds of the fugitives were native-born, but the percentage of Africans actually increased slightly, bucking the demographic trend brought about by the end of the international slave trade in 1850. Of the eleven slaves from a northeastern or a northern province, half do not give us details on whether that was their birthplace or if they landed there from Africa. We can find a greater proportion of slaves from Bahia, Pernambuco, Maranhão, or Pará (all northern or northeastern provinces) than slaves bought and sold on the local market during these two decades. Most notices described slaves with lighter skin, although darker colored slaves may have simply received less notice because they were the largest group. In today’s race conscious world, it is surprising that only 25 of the 110 notices mentioned the race or ancestry of the slave. Far more advertisements described the shape of their faces or size of their bodies than the color of their skin.

Table 8.7. Profiles of runaways, 1851-1872 (percent)

Tanto entre o seus escravo status. No en que em gera profissões m café, que car

O estu escravos era e crianças cr seu valor era propensos q pagasse por algum terceir o nome, mas comparados não conhece obtinham dir imediatamen obter a liberd os escravos muitos estav desigual.

Gender Males 91 Females

9

Age (years, average)

QUILOMBO

A palavra “quilo (Umbundo), pre Bantus que hab apenas um luga

(A=28)

Birthplace

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With information

posteriormente que faziam o c

53

Africa 32

Foi no Brasil qu escravos fugitiv

Brazil 60 From the North or Northeast (birthplace or previous home) 8

Quando a alf em considera punição, e ge comunidades talvez mesm onde poderia a outros fugi

Race Notices with race information

22

Preto 33 Mulatto Fulo

23

20

Pardo 13 Negro 7 Cabra 3 Total (N=139) Source: Jornal do Commercio (Santos), Diário de Santos, CCS, FAMS, HS. Thus, like the slaves who were manumitted, the runaways had particular characteristics that made them different from the general population of slaves. They were on average older, a higher proportion were African or from the Northeast, and many had skills that they could use or sell when they established a new life. Of the notices that gave information on jobs, most slaves worked skilled trades that included carpentry, cooperage, tailoring, or tile making (Table 8.8). Farmers and herders were the next largest group, yet those who drove animals may have had more opportunities for escape. Other fugitives worked jobs that allowed them to travel and have a great deal of independence. There were muleteers and timber men, both knowledgeable about the road system and regional geography. Three fugitive slaves likely hoped to use their sailing skills as part of a ship’s crew. Compared to slaves who were sold and manumitted, men and women involved in domestic tasks such as cleaning, cooking or sewing were noticeably absent. Only one domestic servant and two cooks were listed in these records. In contrast, domestic service was the largest occupation group among the many slave sales.

Table 8.8. Occupations of Runaways, 1851 – 1871

Apesar dos r novamente. eram encont cicatrizes de era imediata no jornal, com habilidades. de alguma ci sucintos e ge podemos for considerávei escapar pela sua liberdade estratificado senhores, ba e status.

Entre 1851 e grupos ou so ou de casas os outros tra

Occupation Frequency

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Aos olhos da roubando um para alguns era aplicada prisão por se obrigavam o correntes e p desconhecid tentativa de s

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Mason

8

Carpenter

6

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5

pela provínci pelos escrav cidade quand Com o cresc escravos sab alguns empr forasteiro. (56 década de 1 os abolicioni Muitos senho esperança d Comércio de proprietário s

Farm worker 5 Herdsman

5

Sailor 4 Tailor 4 Baker 3 Cobbler

3

Muleteer

3

(57)

Timber man/sawyer3

Nove em cad ligeiramente de 1850. O eram negoci 1850, e um p

Cook 2 Railroad worker

2

“Jack-of-all-trades” 1 Bread vendor

1

Coach driver 1 House servant

1

Mason and cook

1

Tailor and farm worker

1

Team driver 1 Tile maker

1

Tobacco roller

1

(11)

Total 62 Source: Revista do Commercio (Santos), Diário de Santos, CCS, FAMS, HS.

Slaves who worked within the home of their owner were more likely to be manumitted than to run away. As already discussed, the price differences between the expensive farm or skilled male workers and the lower priced female domestic servants was a crucial element of manumission rates. We might also attribute this to the greater surveillance of the family and neighbors over domestic servant slaves or to the stronger connections to a community of people who were part of the house. Domestic servants might have had a much smaller incentive to try escaping

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because of their limited experience in the world beyond the few blocks or few kilometers of countryside that they traveled for their daily chores. Furthermore, owners were probably less likely to take a domestic servant into their house that had an unknown or hidden past. Thus, they may have had fewer chances to make a living when they escaped. Slaves with skills or trades that were in demand and who could work and live apart from the house probably did not need as many personal references to find employment. Finally, owners that placed notices for missing slaves who were domestic servants may have excluded the occupational information because it did not reflect well on their own “duty” of benevolence and patriarchy within their household.

Runaway slaves were among the highest priced in the Santos slave market because of their age, gender, and skills. In 1865, an African slave carpenter in his upper twenties would have been priced between 1,500 and 2,000 mil-reis. In comparison, a native-born female domestic servant, in the group most likely to bargain for manumission, would have been sold for about 1000 mil-reis. These are coastal prices; near the recently planted coffee plantations in the São Paulo interior, prices for working-age males could be as much as 50 percent higher. It is no wonder, then, that owners often placed rewards in amounts between 50 and 200 mil-reis on top of a repayment for any expenses accrued in capture and return. On the other hand, owners did not have to offer a reward, and the 10 to 20 mil-reis expense of placing notices in multiple newspapers for a week would have been a small price to pay for the recovery of a female or an older slave that had been purchased for 500 mil-reis some time before.

OLEIROS

São os trabalha jarros e outros

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Because of the great amount of detail in these notices, far more can be said about the men and women who fled. In Escravos nos anuncios (1979), Gilberto Freyre describes many of the unusual characteristics that appeared in these advertisements. He was particularly interested in finding traces of African customs such as filed teeth or tribal scarring. Beyond the particular and surprising, Freyre was less interested in general characteristics. He did notice, however, that “no one suffered more in Brazil than the slave of the poor owner.” He based this argument on a great range of clothing, marks and scars of punishment, illness and disabilities, and mannerisms that he attributed to the economic backgrounds of different slaves. Since there is little information about owners who placed these advertisements, it is difficult to tell if Freyre was right. One way to get at this is to look at the few additional bits of evidence included in the advertisements. For example, the bigger slaveholders may have been more likely to list one of the town’s big commission houses as their local contact. Among the runaways of these owners, there were higher rewards, more groups of runaway slaves and only one female—all indicating that these slaves probably had worked at the larger plantations. The slaves of this group did have a slightly smaller percentage of afflictions or disabilities than the rest, adding some credence to Freyre’s argument (and to the argument of this book).

The most common description of runaways focused on their bodies. Notices often began in general terms by specifying the height or weight of a slave. Tall and fat slaves, for example, appeared more often than short and skinny slaves. Some slaves had “good” or “regular builds” others were “very robust” or with “proportionate bodies.” Faces were the next most commonly described feature. Slaves had thin or round faces, long or short foreheads, deeply set or big eyes, sharp chins, thick or thin mouths, or wide or fine noses. Descriptions of hair, particularly of beards, took up many words. Slave men did or did not have facial hair, and the beards themselves were “slight” “full” or “wild.” Since teeth were often a common distinguishing feature, owners recalled when slaves were missing their front teeth, had gaps or “good denditure.” Four slaves had teeth that were filed (dentes limados), as was meaningful in some African traditions. Interestingly, only one with this distinctive feature was listed as African; the other three were from the Northeast and two were listed as native-born. Finally, legs, feet, and hands were described, especially when the slave was disabled. Owners (or former owners) described hands and feet as possessing a variety of ailments and disabilities, but a few were simply “in good shape.”

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Assim como característica (24) Eram em ou oriundos ou vender qu anúncios que especializad e vaqueiros e chances de f facilitavam a conhecedore que provave marinharia p os escravos envolvidos e Apenas um d Em contraste escravos ven

Advertisements listed nearly one in every three runaways with some sort of affliction, disability or with marks from earlier diseases or wounds. If we include broken or missing teeth, the number rises to one in every two. Most of these were scars, either from smallpox or other diseases, or were marks left after an injury. Eleven slaves were scarred from whippings, mostly on the back and chest, but one on the buttocks and another on the legs. Some slaves had other injuries that may or may not have been accidental. Firmino ran in 1864 marked by a scar due to a big hook that had cut his neck, while another unnamed slave had an old bullet wound on his hip. Owners left their marks on slave bodies in other ways, sometimes branding them as they did their cattle. Marks and scars on the face were a common point of description. There were pockmarked noses and foreheads, eczema, small tumors and cists. Some slaves escaped with open wounds, such as Francisco who had a festering wound next to his left eye that “continuously discharges liquid.”

Owners concentrated on physical aspects of their runaway slaves, but they also left us a picture of personality, manners, and habits. We might expect slaves to be depicted in mostly negative terms since, after all, owners as their runaway slaves as thieves and bandits who (by running away) had created a significant financial and personal problem for their owners. A master, who was likely to view himself as a stern but “caring” father, probably disappointment and a sense of wounded pride when his slave broke an arrangement of “trust.” Sure enough, slaves are described as “untrustworthy” and “shrewd,” or “unpleasant” and “rude.” Other slaves are described in terms of power that society meant them to lack. Several had “downcast eyes” and one “always seems frightened.”

But contrary to expectations, more notices carried fairly positive descriptions of personalities or manners. One slave had “manners that are gentle and

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Os es eram mais p mencionado, trabalhavam elemento cru

Podemos tam exerciam sob com a comun domésticos p seus conhec quadras da c deslocavam propensos a passado des sobreviver ca dominassem e viver fora d referências p publicavam a poderiam ter deixaria uma paternalismo

Os escravos Santos, devi africano carp 1500 e 2000

kind;” another was “intelligent and quick.” Some were “very polite” or “friendly.” Owners described quirks and habits of their slaves and these descriptions show that these owners (or informants) knew the slave better than the majority of owners who could offer only laundry lists of scars or types of facial hair. Emilio, who disappeared in 1861, “walks quickly,” “shakes his arms when he walks,” and often “shrugs his shoulders.” Or, an unnamed slave from Mogy das Cruzes “has the habit of kicking one foot in front of the other while talking to a white man, resting his weight on his back leg.”

Speech and education were mentioned in the notices. We cannot assume that the African runaways were listed with greater difficulties with speech. Native-born and African slaves were almost equally categorized by their owners as speaking well, poorly or with an accent. With the great expanse of the Brazilian Empire, there were many regional accents and vernaculars, and the “rough” speech of a native-born Bahian might not have sounded any worse or better than an African accent. Slaves had particular accents that owners assumed newspaper readers would be familiar, such as the Angolan accent or the speech of slaves from Matto Grosso. One slave, Emilio, spoke Portuguese so well that “he almost doesn’t seem to be black.” Two African slaves spoke Portuguese well enough that the owner warned that they might be mistaken as native-born slaves. These were “ladino” slaves, a term used for acculturated Africans and occasionally paired with speaking ability. Beyond vocabulary and language construction, some slaves spoke softly, “in a pleasing manner,” “roughly,” or they stammered.

One in six slaves was partly or fully literate in these notices, a remarkably high number. Historians can only guess at literacy rates of Brazilian slaves, but the rate among these Paulista runaways was probably much higher than that among general population of slaves. There was a range of levels of literacy among these slaves. Emilio, the slave who spoke Portuguese “as if he doesn’t seem to be black” also knew some of the letters of the alphabet. Vicente, who disappeared in 1861, not only could read and write, but could help conduct mass. Although Paulino could read and write Portuguese “poorly,” he escaped carrying papers and a lesson book (cartilha).

Brasil, portan sua alforria, são valores d São Paulo, o ser até 50% oferecessem despesas pe senhores nã 10 ou 20 mil semana seria idoso que ter

GILBERTO FREY

Gilberto de Me foi um sociólog

Devido à gra possível sab Anúncios, Gi aparecem no encontrar tra marcas triba assim, perce pertencentes número de c hábitos que e poucas inform é difícil dizer coisa sobre i nos anúncios propensos a local de cont eram maiore apenas uma em grandes porcentagem o que vem a (58)

As descriçõe

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Slaves carried a range of other items and these possessions give a clue to their backgrounds. Many escaped with mules or horses and the accoutrements they needed for long rides. Some carried bags or purses with weapons hidden inside. Ignacio carried a sharp knife with a bone handle inside his red goatskin bag. Two other slaves had firearms. Valeriano was armed with a Laporte Pistol while Simião tied a bundle of his clothing to the end of his rifle and slung it over his shoulder. One slave escaped with a manumission letter that had been written for a slave belonging to his master’s father, while two slaves carried money or items of value. Francisco brought 600 mil-reis in cash, possibly his manumission savings (peculio). One can better imagine this hierarchical society after reading that Luis carried a new umbrella and a “fine English watch” when he made his escape.

Clothing also demonstrated the range of changing styles and the ways that some slaves used their appearance to mark their positions of rank and status. Luis, the slave with the umbrella and English watch, also wore a richly colored felt hat and slightly used cashmere pants. These were unusually fine trappings for a slave. Most other slaves only wore the few items of clothing that they were given or had to buy on their plantation. This could include a pair of rough homespun cotton pants and a thin white shirt. Two slaves had large numbers stamped onto their shirts, probably to help owners identify them in the fields. Runaways usually carried more than one change of clothing, a blanket and a jacket or coat of some kind. Masters warned that their runaways might try to trade their extra clothing for other pants and shirts that would better conceal their identity. Runaways faced many days in the rain, especially during the winter months in São Paulo and they brought clothing that would protect them. Ponchos were more commonly listed during the 1850s, but they were largely replaced by overcoats by the 1860s. Clothing was fairly standard among the runaways, but slaves may have distinguished themselves and their personalities with their hats. There were a surprising variety of hats, including straw hats, large brimmed caps with hare-tail tassels, “chile” hats. The headwear,

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geralmente c do escravo. A magros. Algu “muito robus outro traço m ou redondo, pontudo, láb cabelos, e pr ou não barba dentes eram quando algu Quatro escra tradições afr anunciado co nordeste, e d pernas, pés Os senhores uma varieda simplesment

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Firmino fugiu gancho que desconhecid senhores de marcando-os uma forma c varíola, ecze abertas, com olho esquerd

Os senhores escravos fug personalidad descritos, de

furthermore, was constructed with a wide range of different materials.

The clothing and possessions that slaves carried indicate that they often prepared for long journeys. If in fact they were heading to Santos, the number of kilometers that they had to travel could have been considerable. In Figure 8.4, the former homes of the runaways have been placed into a regional map. Slaves escaped from farms that spread along a NorthwestSoutheast axis that reflected the inward growth of the coffee business. The farthest town, Piraçununga, was 245 kilometers away in a straight line, but double that distance over roads. If we consider these notices to be evidence of a communication network between planters and traders, the region that it covered was larger than the network region of the buyers and sellers in the bills of sale.

I found no instance of owners of a runaways assuming that runaways had escaped by boat along the coast. For example, no owners who lived in neighboring coastal towns, even the most proximate towns like Itanhaem or São Sebastião, had posted a runaway advertisement in a Santos newspaper. The small and medium sized sailboats that took passengers to Rio de Janeiro or down to Porto Alegre daily probably had strict requirements for passports and papers, especially for individuals of color and with accents. Yet there was a busy network of canoes that departed Santos and traveled to neighboring communities and the men who paddled these boats in order to sell their aguardente or manioc flour (many who were slaves themselves) would probably have been less curious about the identity or history of a passenger if he or she was willing to pay a little more that the normal cost of passage. Moreover, several slaves escaped while aboard ships within the Santos harbor, and some runaways who had been on plantations in the interior were described as having sailing skills. Why owners did not believe their slaves capable of following the same maritime routes that they had traveled when they had arrived remains a puzzle.

senhores ach virtude da fu significativo p severo, poré ferido quand Certamente confiança, ‘la como despre abatidos” e u

Mas, a registrava de modos. Um e “inteligente e senhores de as descriçõe escravo melh fornecer long desapareceu anda”, e con das Cruzes “ conversando que está atrá

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Um em alfabetizado Historiadores

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Former home and number of slave runaways, 1851-1871 Source: Jornal do Comercio, 1851-1867, FAMS, HS.

dos escravos em São Pau escravos do escravos. Em ser negro” ta desapareceu missas. E Pa papéis e uma

Os escravos dar uma pist cavalos e a t ou bolsas co cabo de osso levavam arm amarrou uma ombros. Um escrita para levavam dinh dinheiro, pos essa socieda guarda-chuv CAXEMIRA

Tecido feito a p CHAPÉU-CHILE

Chapéu mascu América do Su

Conclusion This chapter has examined slaves who sought freedom from their servitude. These were men and women who followed the only two pathways to freedom, manumission and flight. Besides shared motives, the two groups were also vastly different. Certain slaves belonging to certain owners had more or less chances to either receive a free or conditional letter or to compel an owner to “sell themselves to themselves” (via coartação or onerous manumissions). I have included baptism records, a dataset that is not often included in studies of manumission even though this was a frequent manner of granting manumission. Some slaves who could not (or choose not to) buy their manumission letters, perhaps found illegal escape a more promising option. Studies of manumission and runaways have never been discussed side-by-side in the literature, but there are underlying characteristics that explicate both. Slaves had different options for attaining freedom depending on their price,

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Tamb maneira com posição e sta usava també caxemira sem maioria deles ganhavam o calça de algo escravos ost provavelmen fugitivos gera algum tipo de trocar suas r ocultar suas principalmen

the amount that they earned, or whether their owners were inclined to write conditional manumission letters. If these circumstances limited a slave’s chances for a letter or meant that the slave had to make a very high payment for a letter, the slave may have opted for illegal escape. Runaways were typically of an age and with skills that made them the most valuable in terms of the market prices that they could command. The fact that some owners mentioned that their runaways carried a good deal of money adds evidence that these slaves may have preferred to take their manumission savings on the run.

The few possessions that slaves carried with them on their journey and the type of clothing they wore indicate that many slaves had prepared for the trip. Preparation was simplified for those with jobs that required long periods of outdoor activities or travel. Nonetheless, the risks to runaways were very high as they faced dangers on the road and the likelihood of severe punishment if they were captured. These were not journeys that most slaves were willing or prepared to undertake. Thus, as we have seen, the runaways tended to be of an age to be strong physically yet have knowledge of the world to survive. Like Jacintho and Francisco, they had skills that they could transfer to a fugitive life, they were often educated, and they brought items that they could use in their journey. In 1888, a third and ultimate “pathway to freedom” suddenly opened for all slaves. Many steps had been taken to move Brazil toward emancipation and, as we will see in the next chapter, some believed that increasing manumission for slaves was one of those steps.

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levar roupas durante os a na década d fugitivos, ma por meio de chapéus, inc coelho, e cha os chapéus.

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III - Análise dos procedimentos tradutórios utilizados na adaptação

Passamos agora a abordar as diversas alterações levadas a efeito na adaptação em questão. Assim, iniciamos com as adaptações preliminares realizadas em um momento anterior à tradução propriamente dita. Os demais procedimentos, especificados nas notas que se seguem, foram os cortes de gráficos com tabelas contendo dados estatísticos, cortes de parágrafos com detalhamentos técnicos, omissão de palavras, acréscimos de frases com informações necessárias para maior esclarecimento de assuntos abordados, acréscimo de palavras por motivo de rearranjo sintático ou morfológico, ou de complementação de informações, além de recursos técnicos de tradução, como modulações, omissões, transposições, explicitações, implicitações, adaptações, reconstruções de períodos e transposições de categorias.

3.1 As adaptações preliminares

A adaptação feita a partir da dissertação de Ian William Olivo Read, com o intuito de transformar o texto técnico característico de uma monografia em um texto de livro didático e de leitura acessível para o leitor que não detenha conhecimentos científicos a respeito da história do país em geral, e da história dos últimos escravos que havia na região do litoral paulista antes da abolição da escravidão em particular, foi baseada em uma série de procedimentos tradutórios, necessários para a obtenção do resultado almejado.

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A primeira adaptação deu-se no título do trabalho: Unequally bound: the conditions of slave life and treatment in Santos County, Brazil, 1822-1888. O título está de acordo com a finalidade do trabalho acadêmico a que se destina, mas não com o objetivo da tradução adaptada. A solução escolhida, ‘Cativeiros Desiguais’(01), implicou na elipse do subtítulo original, de modo a criar um título mais simples e de assimilação mais fácil a um público não especializado, mas mesmo assim mantendo a informação sobre a hierarquia existente entre os escravos. Para maior clareza, foi realizada a transposição dos dois termos: o adjetivo bound passou a ser o substantivo ‘cativeiros’, e o advérbio unequally deu lugar ao adjetivo ‘desiguais’. O capítulo oito do texto fonte, usado como corpus deste trabalho, foi dividido na tradução em nove subtítulos (02) (incluindo a conclusão), que se vão sucedendo à medida que o autor apresenta novos argumentos, tornando a leitura mais adequada à finalidade do texto adaptado. Esta, por si só, é uma grande mudança estrutural levada a efeito tendo em vista o objetivo de criar um texto destinado a um público-alvo específico. Termos pouco conhecidos, ou que caíram em desuso, foram definidos em “manchas de textos”. São eles: tanoeiro (03), carta de alforria, preto forro, coartação, crioulo, quilombo, oleiro, chapéu-chile, caxemira, flotilha e comissários de café. Essas definições foram usadas na adaptação para que o leitor seja informado a respeito de como eram conhecidos alguns objetos, profissões, processos etc., mencionados quase que exclusivamente em obras didáticas ou literárias cuja temática se situa no século XIX. Também não constam do texto-fonte os dados biográficos que foram acrescentados aos nomes dos pesquisadores citados no texto, Gilberto Freyre(04) e Enidelce Bertin. Esses acréscimos são relevantes na medida em que proporcionam ao público-alvo desta adaptação informações sobre os dois importantes pesquisadores.

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3.2 Omissões de tabelas

O texto fonte deste capítulo contém oito tabelas (05), elaboradas a partir de pesquisas em documentos encontrados em cartórios e arquivos históricos; fazem comparações entre os escravos, seus senhores, suas profissões, posição social dos senhores, locais onde trabalhavam, idade, sexo, nacionalidade, estado civil, e outros elementos comparativos, com o objetivo de ilustrar os argumentos apresentados pelo autor. Essas tabelas foram omitidas, uma vez que resumem dados que são desenvolvidos ao longo do capítulo, tendo sido as explanações detalhadas priorizadas na tradução, de acordo com o objetivo desta adaptação, que é apresentar um texto didático e de leitura acessível a um público leigo.

3.3 Omissões de comentários

As tabelas 8.1, 8.4, 8.5, 8.6, contém pequenos comentários

(06)

que

estão diretamente relacionados aos dados estatísticos apresentados. Assim como as próprias tabelas, e por também estarem especificados de maneira mais abrangente ao longo do texto, esses comentários não foram traduzidos.

3.4 Omissões de parágrafos

Alguns parágrafos ou orações não foram traduzidos. Esses casos estão relacionados a seguir, bem como os motivos de terem sido omitidos:

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The relatively lower number of unconditional manumission letters in Santos was similar to other parts of São Paulo during this time. For São Sebastião, Rosangela Dias da Ressurreição found that conditional letters were the most common. Eisenberg found a higher number of purchased letters (onerosas) for slaves in Campinas: 60 percent of letters were of this type between 1798 and 1885. Only after 1886, when slavery seemed fated to end, did unpaid letters surpass purchased letters in Campinas. In this respect, nineteenth-century São Paulo is unusual, since many other parts of Brazil had proportionally more unpaid manumissions than paid. Historians have often distinguished between the three types of manumission letters, and have argued that they were largely separate but related systems of granting freedom (or the future possibility of freedom). I believe this is true, but two comments must be made about the data available on slave manumissions in Santos. First, among the Santos manumission letters from the two notary offices, nearly a third of all transcribed letters do not fit into one of the three types of letters. For example, seven percent of the letters were both onerous and conditional (Table 8.1). In these cases, in addition to the conditions attached to the manumission letter, the slave or someone else had paid (or vowed to pay) a sum of money. Another 16 percent of the letters neither explicitly said that they were “free” (gratuita) nor if there were conditions attached. These “ambivalently free” manumission letters became increasingly common after 1860 when the notary officers composed shorter, more formulaic, and less detailed letters (07)

Baseando-se na tabela 8.1, e também em documentos relativos a alforrias lavradas em cartórios de Santos e de outras regiões, o autor faz comparações entre dados estatísticos e entre diferentes formas de escrituração de alforrias. São detalhes técnicos importantes para o trabalho original, mas que foram omitidos na tradução, uma vez que o assunto volta a ser abordado mais adiante tanto no original como na tradução de forma argumentativa, mais de acordo com o objetivo didático desta adaptação.

When approaching manumission letters, then, we should keep in mind that some letters were unclear if they were free or conditional, others were both onerous and conditional, and a few were onerous but excluded information on conditional indenture service contracts written separately in the notary office. Nevertheless, the different manumission categories can be discerned for many of the letters, but only if we include a few additional categories that do not hide the ambivalence of the data. (08)

Comentários técnicos feitos pelo autor a respeito da análise de algumas fontes em que nem todas as informações disponíveis estão explícitas, e sobre

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qual foi o procedimento do autor em relação a elas. A tradução desses comentários nada acrescenta ao objetivo da adaptação, uma vez que se trata de argumentação teórica e não de uma exposição objetiva dos fatos históricos. This sale was different from the indenture contracts (locátorio) mentioned earlier. The meia-siza (tax) record in which she appears for the third time was exclusively for the transferal of slave ownership, while a sale of an indentured labor contract could have only taken place in the notary office. (09)

Parágrafo não traduzido por se tratar de argumentação lógica a partir de análise técnica de documentos, característica do tipo de trabalho do textofonte, mas não da adaptação.

This discussion of free, onerous, and conditional manumission has excluded many letters that either had missing data or were manumissions granted during baptism. Using the wider set of manumission gives us more information on the gender of the slaves who received all types of manumission, the gender of the owner, and sheds light on baptismal manumissions. Unfortunately, this wider set does not help us further distinguish between the types of letters that were written in the notary office. (10)

Parágrafo em que o autor comenta a exclusão de algumas fontes em que faltam dados que poderiam ser úteis para o trabalho original, não sendo relevante para o objetivo da adaptação que está sendo feita.

Second, the runaways were on average a few years older than a slave who was purchased or manumitted. The average age was 26 in the 1850s and a few years older in the 1860s. Third, A little less than two-thirds of the fugitives were native-born, but the percentage of Africans actually increased slightly, bucking the demographic trend brought about by the end of the international slave trade in 1850. Of the eleven slaves from a northeastern or a northern province, half do not give us details on whether that was their birthplace or if they landed there from Africa. We can find a greater proportion of slaves from Bahia, Pernambuco, Maranhão, or Pará (all northern or northeastern provinces) than slaves bought and sold on the local market during these two decades. Most notices described slaves with lighter skin, although darker colored slaves may have simply received less notice because they were the largest group. In today’s race conscious world, it is surprising that only 25 of the 110 notices mentioned the race or ancestry of the slave. Far more advertisements described the shape of their faces or size of their bodies than the color of their skin. (11)

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Não foi traduzido o parágrafo que faz referência ao perfil dos fugitivos de acordo com os anúncios publicados nos periódicos Jornal do Commercio, destacando sexo, idade, nacionalidade e raça. Essas informações são desenvolvidas no decorrer do texto, de forma mais abrangente e em linguagem descritiva, mais de acordo com o estilo desta adaptação.

This chapter analyzes two sources that are logically connected: manumission letters and runaway advertisements. (12)

Esta frase não foi traduzida por se tratar de uma informação técnica, importante para o trabalho acadêmico original, mas não para este projeto de criar um texto didático a partir da tradução dos comentários do autor baseados em suas análises.

3.5 Omissões de palavras ou expressões Owners who manumitted slaves tended to be about five to ten years older than those who bought and sold slaves, but both groups would have been considered fairly old for their day. In terms of civil status, there was a considerable shift during the century. Before 1850, single, married and widowed owners were fairly evenly divided; ‘Os senhores que alforriavam seus escravos eram em geral de cinco a dez anos mais velhos que aqueles que os vendiam ou compravam, mas os dois grupos poderiam ser considerados de idade avançada para a época. Em relação ao estado civil, houve uma mudança considerável ao longo do século’ Antes de 1850, havia um número relativamente semelhante de solteiros, casados e viúvos. (13)

A tradução de owners na última oração foi elipsada, uma vez que a palavra já foi citada no início do período.

Escape was a manner of attaining freedom that was relatively rare until the last five years of slavery in Santos. I argue in this chapter that running away from owners not only carried considerable risk and separated slaves from caring communities of families and friends, but required resources and skills that most slaves did not have. ‘A fuga era uma maneira de obter a liberdade relativamente rara até os últimos cinco anos de escravidão em Santos; não apenas trazia riscos consideráveis, além de afastar os escravos dos cuidados de

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suas comunidades de família e amigos, como também requeria recursos e habilidades que a maioria não possuía’. (14)

Foi omitido o fragamento I argue in this chapter, eliminando, na tradução, a figura do autor em frases na primeira pessoa, uma vez que o texto fonte, em que o autor comenta seu próprio trabalho, foi transformado em um texto narrativo na adaptação.

Second, slaves who paid or found a third-party payer were sometimes given a separately contracted “lease” on their labor (locatário). ‘Alguns escravos, que de algum modo conseguiam pagar por suas cartas de alforria, tinham que cumprir também um contrato de “arrendamento” de sua mão de obra, lavrado em separado da carta’. (15)

Não foi traduzida a palavra “second”, que foi usada pelo autor para dar seqüência ao parágrafo anterior, também não traduzido.

Evidently, at the request of Juliana, Gomes initiated the process and paid Anna Luisa the amount of Juliana’s manumission. He then entered the former slave into indentured service in a contract that was written separately from the manumission letter. ‘Fica assim evidenciado que o Sr. Gomes, a pedido de Juliana, deu entrada ao processo e pagou o valor da alforria para Dona Ana Luisa. Em seguida, lavrou o contrato de prestação de serviços em separado’. (16)

Foram omitidas as traduções de the former slave e de from the manumision letter por serem informações redundantes, que já constam do período anterior.

The notary office holds an indenture contract, written on behalf of José Raggio Nobrega, stipulating that Luis (now Luis Andrade) would give eight years and four months (100 months) of his labor for 400 mil-reis. Clearly Luis did not have enough funds to pay his purchase price and offered an indenture for the monies. Why the locátorio is 300 mil-reis less than the amount listed in the manumission letter is not given. ‘No mesmo cartório foi lavrado também um contrato de arrendamento de mão de obra, em nome do Capitão Andrade, estipulando que Luis (agora já com o nome de Luis Andrade) deveria prestar oito anos e quatro meses (cem meses, portanto) de trabalho, por 400 mil-réis. Luis, que não teria como pagar o preço de sua carta, vendeu seu trabalho para conseguir uma parte do valor’. (17)

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Omitida a tradução da última oração, uma vez que se trata do comentário do autor a respeito do fato de não ter sido encontrada certa informação, não se tratando, portanto, do assunto que está sendo traduzido de forma objetiva.

When considering the characteristics of owners, the archive does not permit a strict division between the types manumission. (18)

Trata-se de uma informação técnica especificando detalhes sobre as fontes de informações; importante para o trabalho original do autor, mas sem relevância para esta adaptação.

These businessmen were more likely to be of higher status and wealth than businessmen or women with shops or who worked as vendors or peddlers. ‘Eram em geral pessoas de maior status e riqueza que os negociantes que possuíam comércio ou que eram caixeiros ou ambulantes’. (19)

A elipse do sujeito these businessmen foi feita em virtude de a frase anterior já o citar. Twelve individuals who wrote up manumission letters or who requested manumission at baptism were also found in the inheritance records; ‘Doze constam dos registros como sendo beneficiários de herança; e com apenas uma exceção, possuíam alguns bens’. (20)

[...] individuals who wrote up manumission letters or who requested manumission at baptism foi suprimido na adaptação, uma vez que as frases anteriores já deixam claro a quem o autor se refere nesse comentário, sendo, portanto, possível a elipse.

Furthermore, male slaves were more likely to be manumitted by paying their price or by finding someone who would pay for them. Particular groups of slaves, which included an even number of males and females, earned enough money (or found someone who was willing to pay) for their manumission.

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‘Vemos também que os escravos eram mais propensos que as escravas a pagar por suas alforrias, ou a encontrar quem pagasse por eles’. (21)

A frase Particular groups of slaves, which included an even number of males and females, earned enough money (or found someone who was willing to pay) for their manumission foi suprimida da adaptação, por se tratar de uma informação adicional que não é relevante para a adaptação, além de causar algum conflito de sentidos com a frase anterior.

Many slaves gained rights when manumitted and if they were not immediately free, a good number had much greater potential for eventually attaining full freedom. ‘Os escravos obtinham direitos quando eram alforriados, e mesmo que não fossem imediatamente libertados, um grande número deles tinha possibilidades de obter a liberdade completa’. (22)

A palavra many não foi traduzida, uma vez que se supõe que todos os escravos alforriados obtinham alguns direitos.

The slave that chose to run away was not a typical slave. First of all, nine of every ten runaways were men (see table 8.7), but a slightly higher percent of females fled in the 1860s than the 1850s. ‘Nove em cada dez fugitivos eram homens, mas uma porcentagem ligeiramente maior de escravas tentou a fuga na década de 1860 do que na de 1850. O fugitivo típico era um pouco mais velho que os escravos que eram negociados ou alforriados. A idade média era de 26 anos nos anos 1850, e um pouco maior na década de 1860’. (23)

A frase The slave that chose to run away was not a typical slave não foi traduzida por ser uma introdução à tabela 8.7 que está na seqüência do texto fonte, mas não consta da tradução. Neste parágrafo, a expressão First of all também não foi traduzida, uma vez que o parágrafo seguinte, iniciado por second, foi omitido.

Thus, like the slaves who were manumitted, the runaways had particular characteristics that made them different from the general population of slaves. ‘Assim como os escravos que eram alforriados, os fugitivos tinham características que os tornavam distintos da população geral de escravos’. (24)

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A conjunção thus remete à tabela anterior, que foi omitida na tradução, não tendo sido traduzida por esse motivo.

He was particularly interested in finding traces of African customs such as filed teeth or tribal scarring. Beyond the particular and surprising, Freyre was less interested in general characteristics. ‘Ele estava particularmente interessado em encontrar traços de costumes africanos, tais como dentes limados ou marcas tribais, não tendo interesse em outras características’. (25)

A expressão Beyond the particular and surprising não foi traduzida, assim como a repetição do nome Freyre, que já havia sido citado. Desta forma, apenas uma oração foi suficiente para manter o sentido do texto fonte, resultando em uma adaptação de acordo com o propósito deste trabalho.

3.6 Acréscimos

Feitos a partir de informações obtidas por meio de pesquisas e do conhecimento do assunto por parte do tradutor, os acréscimos têm por finalidade contribuir para a adaptação do tipo de narrativa acadêmica do texto fonte, transformando-o em uma narrativa didática.

The two Africans may have previously discussed how extra work might bring savings for manumission letters. ‘Os dois africanos provavelmente já haviam feito as contas, e avaliado por quanto tempo teriam que fazer trabalho extra, nas poucas horas de folga, para ganhar o dinheiro suficiente para comprar suas Cartas de Alforria’. (26)

O acréscimo da informação de que os escravos tinham poucas horas de folga é importante para a avaliação, por parte do leitor-alvo desta adaptação, da grande dificuldade que teriam os escravos de ganhar dinheiro fazendo horas extras.

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Or, they may have talked about the ways they could use their skills and savings in order to survive on the run. ‘Ou haviam discutido como usar suas economias e destreza no trabalho para sobreviver em uma fuga e trabalhar como homens livres’. (27)

Foi acrescentada a frase ‘e trabalhar como homens livres’ para deixar claro que a habilidade dos dois escravos como tanoeiros seria importante para sua sobrevivência não somente durante o ato da fuga, mas também depois que se estabelecessem em outro local.

The two young women were certainly skilled, but they did not have the know-how required for a guild-craft like cooperage. ‘A habilidade para desempenhar essa função, no entanto, não seria suficiente para garantir a sobrevivência das moças no caso de uma fuga, como era o caso dos dois tanoeiros’. (28)

Foi explicitado que a habilidade das moças não seria suficiente para garantir sua sobrevivência, como era o caso dos tanoeiros, para maior clareza.

Some manumission letters were freely given and once a copy of the letter was received, the former slave (preto forro) had nearly every right as any other Brazilian citizen. ‘Algumas cartas de alforria eram dadas gratuitamente e, uma vez de posse de uma cópia, o ex-escravo, a partir daí chamado de preto forro, obtinha quase que os mesmos direitos que os outros cidadãos brasileiros’ (29)

Foi feita, por motivos didáticos, uma explicação mais clara a respeito da expressão ‘preto forro’, que consta apenas entre parênteses no texto fonte.

The notary office holds an indenture contract, written on behalf of José Raggio Nobrega, stipulating that Luis (now Luis Andrade) would give eight years and four months (100 months) of his labor for 400 mil-reis. Clearly Luis did not have enough funds to pay his purchase price and offered an indenture for the monies. Why the locátorio is 300 mil-reis less than the amount listed in the manumission letter is not given. ‘No mesmo cartório foi lavrado também um contrato de arrendamento de mão de obra, em nome do Capitão Nóbrega, estipulando que Luis (agora já com o nome de Luis Andrade) deveria prestar oito anos e quatro meses (cem meses, portanto) de trabalho,

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por 400 mil-réis. Luis, que não teria como pagar o preço de sua carta, vendeu seu trabalho para conseguir uma parte do valor’. (30)

Foi feita a explicitação ‘agora já com o nome de Luis Nóbrega’ para traduzir now Luis Andrade, para tornar mais clara a informação, obtida por meio de pesquisa, de que os escravos não tinham direito a um sobrenome enquanto não fossem considerados homens livres.

This is probably a consequence of the steep rise in slave prices, since married men and women typically were wealthier than single and widowed individuals. ‘Isso se deu, provavelmente, em razão do grande aumento do preço dos escravos decorrente da proibição do tráfego negreiro, já que, de um modo geral, os homens e mulheres casados tinham mais posses que os solteiros e viúvos’. (31)

O trabalho de pesquisa e o conhecimento do assunto permitiram que fosse feita a explicitação sobre o motivo do aumento do preço dos escravos, para melhor entendimento do público a que se destina a adaptação.

3.7 Procedimentos tradutórios de Vinay e Darbelnet

If they had never left Africa, these men might have considered each other to have strange customs and languages, but in Brazil and in the dimness of a waning moon, they were compatriots and united in their risky pursuit. ‘Se nunca houvessem sido forçados a deixar sua África natal, esses homens considerariam um ao outro estrangeiros, possuidores de línguas e hábitos estranhos. No Brasil, no entanto, unidos por seu arriscado projeto de fuga sob a pouca luz de uma lua minguante, sentiam-se como irmãos’. (32)

A tradução de compatriots para ‘irmãos’ é uma modulação que não muda o sentido do texto e evita o uso de termo pouco comum para expressar o sentimento de solidariedade dos fugitivos.

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In the end, Jacintho made his way back to Braga either voluntarily or through capture. Less is known about Francisco, who may have found tenuous freedom. ‘Não há informações sobre se voluntariamente ou devido à sua captura, mas Jacintho voltou a trabalhar como escravo do Sr. Braga. Nada mais se soube sobre Francisco, que pode ter permanecido o resto da vida em relativa liberdade’. (33)

As expressões either...or e less is known, típicas da língua inglesa, foram substituídas por meio de modulação por construções mais comuns em português. Only certain groups of slaves were in a position to gain a manumission letter. ‘Apenas alguns grupos de escravos viviam em uma condição que tornava possível obter uma carta de alforria’. (34)

A expressão ‘viviam em uma condição que’ é uma modulação do original were in a position to, já que a tradução ao pé da letra (‘estavam em uma posição de’) resultaria em uma forma pouco comum em português. In it, I will return to the overriding theme of this book: ‘Nela vamos retornar ao tema básico deste trabalho: ’ (35)

A mudança do narrador da primeira pessoa do singular para a primeira pessoa do plural é uma modulação que torna mais impessoal a narrativa, o que corresponde ao estilo desta adaptação. A opção por ‘(aparentemente) sem restrições’ para a tradução de no (known) strings é uma modulação para um tipo de construção que não é usada em português.

But a larger share—27 percent—forced the slave to comply with some condition, usually in the form of pressed labor over many years. ‘Mas uma grande parte, 27%, forçava o escravo a cumprir alguma condição, normalmente na forma de prestação de serviços por muitos anos’. (36)

Pressed labor foi traduzido por meio de modulação por ‘prestação de serviços’, uma vez que os escravos alforriados por essa condição eram obrigados a prestar trabalho por algum tempo para seus senhores, em função

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de um contrato, em troca da sua liberdade; mas não eram prisioneiros, como daria a entender a expressão ‘trabalhos forçados’.

Second, slaves who paid or found a third-party payer were sometimes given a separately contracted “lease” on their labor (locatário). ‘Alguns escravos, que de algum modo conseguiam pagar por suas cartas de alforria, tinham que cumprir também um contrato de “arrendamento” de sua mão de obra, lavrado em separado da carta’. (37)

A expressão were sometimes given não encontra equivalente em português para sua tradução literal, tendo sido traduzida, como modulação, para ‘tinham que cumprir’. Também foi eliminado, para maior clareza, o advérbio sometimes. O sentido da frase foi mantido por meio de uma modulação, iniciando-se a oração com ‘alguns escravos’.

Evidently, at the request of Juliana, Gomes initiated the process and paid Anna Luisa the amount of Juliana’s manumission. He then entered the former slave into indentured service in a contract that was written separately from the manumission letter. ‘Fica assim evidenciado que o Sr. Gomes, a pedido de Juliana, deu entrada ao processo e pagou o valor da alforria para Dona Ana Luisa. Em seguida, lavrou o contrato de prestação de serviços em separado’. (38)

Traduzir evidently por ‘evidentemente’ causaria alguma ambigüidade, podendo significar ‘logicamente’, enquanto que a intenção do autor parece ter sido a de dizer que ‘os argumentos levam à conclusão de que’; daí a transposição para ‘fica assim evidenciado’. He entered ... into indentured service in a contract that was written foi traduzido, por meio de modulação, por ‘lavrou o contrato de prestação de serviços’, de acordo com o tipo de construção usado em português.

In another case, Luis paid his mistress, Virginia Maria Nebias, 800 mil-reis to purchase his freedom. ‘Há também o caso do escravo Luis, que pagou para sua dona, Virginia Maria Nébias, 800 mil-réis pela sua liberdade’. (39)

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In another case não seria uma expressão de uso comum em português se traduzida literalmente, ou seja, ‘em outro caso’. ‘Há também o caso’ é uma modulação que permite solução de uso corrente.

Among the onerous manumissions (Table 8.2), those purchased by a family member or a third party were less common than “selfpurchase” but this may have been because the letters did not have to mention who paid for the manumission. ‘Entre as alforrias onerosas, as pagas por um membro da família ou por terceiros eram menos comuns que as pagas pelo próprio alforriado, mas pode ser que isso se deva ao fato de que as cartas não precisavam mencionar quem efetivamente havia pagado’. (40)

[...] this may have been because foi traduzido por meio de modulação para ‘pode ser que isso se deva ao fato de que’, uma vez que a tradução literal resultaria em uma linguagem informal em relação ao padrão usado nesta adaptação.

For example, eighteen out of 58 letters manumitting slave children involved purchased freedom between 1811 and 1880, but none gave information on a parent, relative or third-party. ‘Por exemplo, 18 de 58 cartas alforriando crianças eram onerosas entre 1811 e 1880, mas nada diziam sobre pais, parentes ou terceiros’. (41)

A modulação de but none gave information on a parent por ‘mas nada diziam sobre pais’ é uma opção por uma construção mais comum na língua portuguesa do que seria a tradução literal.

Historians have found that native born females received the most letters even though African males vastly outnumbered Brazilian females until late in slavery’s existence. ‘Historiadores descobriram que as escravas crioulas recebiam a maior parte das cartas de alforria, apesar de os escravos africanos do sexo masculino serem muito mais numerosos que as escravas brasileiras até próximo do fim da escravidão’. (42)

Native born female foi traduzido por meio de modulação para ‘crioulas’, termo que era usado para designar as pessoas nascidas no Brasil, mas

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descendentes de estrangeiros, incluindo os escravos. A pesquisa sobre terminologia histórica tornou possível essa modulação.

Within the literature on the topic there are two answers for why native born females were favored; often both are given equal weight. ‘Na literatura a respeito, encontramos duas razões para isso, ambas em geral consideradas igualmente relevantes: ’ (43)

A oração often both are given equal weight, além de ser introduzida, na tradução, por uma vírgula, como é mais comum em português, e não por ponto e vírgula como no original, foi traduzida por meio de uma modulação de forma a se adequar ao uso de nossa língua, para ‘ambas igualmente relevantes’.

On the one hand, since female slaves were more likely than males to work domestic jobs, they are assumed to have been more integrated into the families of their owners. ‘: por um lado, como era mais comum que escravas desempenhassem trabalhos domésticos, presume-se que elas fossem mais integradas às famílias de seus senhores’. (44)

Na tradução esse período é introduzido por dois pontos, por estar especificando uma das razões citadas no parágrafo anterior. They are assumed não encontra correspondência literal em português, tendo sido traduzido por meio de transposição para ‘presume-se’.

After 1850, nearly two-thirds of the owners who manumitted their slaves were married. ‘Na segunda metade daquele século, cerca de dois terços dos senhores que alforriavam seus escravos eram casados’. (45)

After 1850 foi traduzido por ‘na segunda metade daquele século’, para evitar, com essa modulação, a repetição do numeral 1850, que já havia sido citado na frase anterior.

Coffee commissioners and men who ran import and export businesses during the coffee boom of the second half of the century seldom manumitted their slaves, preferring instead to buy and sell them.

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‘Os comissários de café e os importadores e exportadores que atuavam durante o auge dos negócios com café, durante a segunda metade do século, raramente alforriavam seus escravos, preferindo negociá-los’. (46)

A expressão to buy and to sell them foi traduzida como modulação para ‘negociá-los’, uma expressão mais de acordo com o estilo desta adaptação.

These businessmen were more likely to be of higher status and wealth than businessmen or women with shops or who worked as vendors or peddlers. ‘Eram em geral pessoas de maior status e riqueza que os negociantes que possuíam comércio ou que eram caixeiros ou ambulantes’. (47)

A expressão were more likely to be foi modulada para ‘eram em geral’ por se tratar de um tipo de construção que não encontra correspondente em português.

Clearly, the chances of a manumission letter not only rested the slaves’ earning power and market price but also on the demographic and occupation background of the owners. ‘Fica evidente que as chances de conseguir uma carta de alforria dependiam não apenas do poder de ganho e do valor de mercado dos escravos, mas também do local onde viviam e da ocupação de seus senhores’. (48)

Clearly foi traduzido por ‘fica evidente que’, uma modulação que permite o uso de uma expressão mais comum em português. Demographic and occupation background não encontra correspondente em português para uma tradução literal, sendo ‘local onde viviam e [...] ocupação’ uma transposição que permite expressar o mesmo sentido de uma forma mais comum em nossa língua.

For example, Brazilian born infants and children were in a particularly strong position to receive a letter of manumission because their price was still low. ‘Por exemplo, recém-nascidos e crianças crioulos tinham grandes chances de receberam alforria porque seu valor era ainda baixo’. (49)

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Were in a particularly strong position foi traduzido por meio de modulação para ‘tinham grandes chances’, uma forma mais comum em português e mais condizente com esta adaptação.

When manumission was not a good option, slaves may have considered running away. ‘Quando a alforria não era uma opção possível, os escravos podiam levar em consideração a fuga’. (50)

A expressão was not a good option foi traduzida de forma modulada para ‘não era uma opção possível’, uma vez que o adjetivo good foi certamente usado pelo autor com o sentido de algo que ‘valesse a pena para alguns escravos’.

Running away carried enormous risks of punishment and often permanently separated slaves from the communities within which they lived and worked. ‘Essa opção carregava grandes riscos de punição, e geralmente separava permanentemente os escravos das comunidades dentro das quais trabalhavam e viviam’. (51)

‘Essa opção’ foi usada para evitar a repetição da tradução de running away, que já consta da frase anterior.

In the eyes of the law, slaves were “stealing” themselves, taking property that could be worth more than a year’s saved wages for some owners. ‘Aos olhos da lei, os fugitivos estavam roubando a si mesmos, ou seja, roubando um patrimônio que podia valer mais de um ano de economias para alguns senhores’. (52)

A year’s saved wages foi traduzido por ‘um ano de economias’, uma modulação necessária para adequar a expressão a uma estrutura mais comum na língua portuguesa.

Owners occasionally mandated that slaves who had run away permanently wear iron collars, chains and heavy weights as a measure to prevent future flight.

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‘Alguns senhores obrigavam os capturados a usarem permanentemente colares de ferro, correntes e pesos, como prevenção contra fugas futuras’. (53)

A tradução literal de owners occasionaly mandated passaria a idéia de que todos os donos em algumas ocasiões aplicavam tais punições; a modulação para ‘alguns senhores obrigavam’ deixa claro que alguns não o faziam.

the others worked and lived in towns and rural areas scattered throughout the state of São Paulo. os outros trabalhavam e viviam em cidades ou áreas rurais espalhadas pela Província de São Paulo. (54)

State of São Paulo foi traduzido para “Província de São Paulo”, como era chamado o estado no período. Esta modulação é uma conseqüência de pesquisa feita pelo tradutor.

Santos was a common destination for many slaves, partly because many had passed through the city when they were transported from other provinces within the Brazilian Empire or from Africa. ‘Santos era um destino bastante procurado pelos escravos, em parte porque muitos deles já haviam passado pela cidade quando trazidos de outras províncias do Império, ou da África’. (55)

Para manter o estilo que está caracterizando esta adaptação, were transported from foi modulado para ‘eram trazidos de’, forma consagrada em português.

As the city expanded, driven by the growing business of coffee, fugitives learned that Santos had such a need for workers that some employers might turn a blind eye to the history of a stranger. ‘Com o crescimento da cidade devido à expansão dos negócios do café, os escravos sabiam que havia uma demanda tão grande de trabalhadores que alguns empresários poderiam fazer vista grossa sobre a origem de um forasteiro’. (56)

A modulação na tradução de As the city expanded, driven by por ‘Com o crescimento da cidade devido à’ deve-se ao uso de uma construção mais

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comum em nossa língua, portanto mais de acordo com a linguagem usada nesta adaptação, A tradução de turn a blind eye por ‘fazer vista grossa’ é um exemplo de uso de equivalência. As modulações de history por ‘origem’ e stranger por ‘forasteiro’, por serem palavras de uso mais comum nesse contexto, deixam mais claro o sentido da frase.

A notice in Santos’s Jornal do Comercio, therefore, did not necessarily imply that the owner knew the slave was destined for the port town. ‘Um anúncio no Jornal do Comércio de Santos, portanto, não queria necessariamente dizer que o proprietário sabia que seu escravo tinha como destino a cidade portuária’. (57)

A transposição de was destined for para ‘tinha como destino’ é necessária porque a tradução literal da frase na voz passiva não seria uma construção de uso comum em português.

The slaves of this group did have a slightly smaller percentage of afflictions or disabilities than the rest, adding some credence to Freyre’s argument (and to the argument of this book). ‘Os escravos desse grupo apresentavam uma porcentagem um pouco menor de doenças ou incapacitação que os outros, o que vem ao encontro do argumento de Freyre (e também ao deste livro)’. (58)

[...] adding some credence to foi traduzido por ‘o que vem ao encontro do’, tendo sido esta opção pela modulação motivada pelo fato da tradução literal não ser um tipo de construção comum na língua portuguesa.

Slave men did or did not have facial hair, and the beards themselves were “slight” “full” or “wild.” ‘Os escravos possuíam ou não barba, e essas eram ralas, cerradas ou crescidas’. (59)

Os termos slight, full or wild foram modulados na tradução para os termos correspondentes em uso no português neste contexto, ‘ralas, cerradas ou crescidas’.

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Sure enough, slaves are described as “untrustworthy” and “shrewd,” or “unpleasant” and “rude.” ‘Certamente muitos escravos eram descritos como sendo “indignos de confiança”, “ladinos”, “desagradáveis” e “rudes”’. (60)

Na tradução de shrewd foi usado, por modulação, o termo ‘ladino’, por se tratar da forma usada na época da escravidão para designar o escravo tido como malandro, conforme pesquisa realizada pelo tradutor.

Emilio, who disappeared in 1861, “walks quickly,” “shakes his arms when he walks,” and often “shrugs his shoulders.” ‘Emílio, que desapareceu em 1861, “caminha rápido”, “balança os braços enquanto anda”, e constantemente “dá de ombros”’. (61)

A tradução de shrugs his shoulders por ‘dá de ombros’ é um caso típico de modulação obrigatória de uma expressão de uso corrente em uma língua pela expressão que tem o mesmo sentido em outra, por meio de equivalência.

3.8 Reconstruções de períodos de Newmark

Os trechos a seguir, que foram traduzidos por meio de adaptações sintáticas, estão mais bem enquadrados como um tipo de procedimento denominado por Newmark reconstrução de período.

As coopers, they knew that gaps too small to be seen by the naked eye could ruin a barrel. ‘Eram tanoeiros, e sabiam que pequenas falhas no corte da madeira, invisíveis a olho nu, poderiam arruinar uma barrica’. (62)

A tradução literal (‘como tanoeiros, sabiam que’) resultaria em uma estrutura que, em português, passaria a impressão de que a profissão da dupla já havia sido citada antes. A explicitação, por meio do uso de duas orações coordenadas deixa claro que há duas informações novas para o leitor,

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tornando o texto mais de acordo com a natureza didática da publicação na língua de chegada. In this craft, skilled workers were hard to find and their work took years to master, commanding respect when it was done well. ‘Era muito difícil encontrar trabalhadores especializados nessa função, que levava muito tempo para ser aprendida. O trabalho, quando bem feito, causava admiração e respeito’. (63)

A informação sobre o respeito causado pelo trabalho bem feito foi colocada em uma oração separada da que menciona a dificuldade de se encontrar trabalhadores especializados nessa função, e do tempo que levava para ser aprendida, tornando mais simples a linguagem e mais claro o sentido do texto adaptado. Of the 294 letters written for enslaved adults and children, 22 percent were given freely or listed no conditions. These were manumissions with no (known) strings attached. ‘De 294 cartas lavradas para escravos adultos e crianças, 22% davam liberdade total, ou não estabeleciam condições: eram alforrias (aparentemente) sem restrições’. (64)

A opção por separar a última oração por dois pontos e não por ponto, como no original, deve-se ao fato de estar sendo acrescentada mais uma informação para reforçar o mesmo argumento. O verbo ‘lavrar’ foi escolhido para traduzir written como modulação, por se referir a documentos escritos em cartórios, portanto ‘lavrados’. A adaptação se fez necessária por se tratar de um verbo hiperônimo na língua inglesa, que foi traduzido por um hipônimo na língua portuguesa.

Considering this wider set of manumissions, Brazilian born female slaves in Santos were most likely to get any type of manumission letter. This conforms to every other systematic study of manumission in Brazil. ‘Uma pesquisa em uma grande quantidade de cartas de alforria mostra que as escravas nascidas no Brasil eram mais propensas a conseguir algum tipo de alforria, tanto em Santos como em outros locais do país’. (65)

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A locução adverbial ‘tanto em Santos como em todo o país’ veio substituir a tradução literal de uma oração completa, This conforms to every other systematic study of manumission in Brazil, tendo esta modulação tornado a linguagem mais simples e objetiva.

Within the literature on the topic there are two answers for why native born females were favored; often both are given equal weight. ‘Na literatura a respeito, encontramos duas razões para isso, ambas em geral consideradas igualmente relevantes:’ (66)

A omissão da tabela anterior tornou mais próxima ao trecho anterior, na tradução, a informação de que as escravas eram as mais beneficiadas com a alforria, podendo assim o pronome ‘isso’ substituir a tradução de native born females were favored.

In this discussion, we must consider the different types of manumissions. Excluding the paid manumission letters, males and females were fairly evenly divided. ‘Se considerarmos, no entanto, todos os diferentes tipos de alforrias, com exclusão das onerosas, escravos e escravas estão relativamente bem divididos’. (67)

De maneira a manter o estilo mais fluente da adaptação, os dois períodos do texto fonte foram transformados em apenas um período composto. Dessa forma, a expressão in this discussion foi suprimida, e we must consider foi traduzido por meio de transposição pela condicional ‘se considerarmos’.

3.9. Transposições de categorias de Catford

Mais específicos que a modalidade correspondente de Vinay e Darbelnet, tais procedimentos concebidos por J. C. Catford se fazem necessários à particularidade dos exemplos a seguir, principalmente no que

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concerne às mudanças morfológicas entre substantivos, adjetivos e advérbios, por exemplo.

Many other manumissions allowed a slave to pay for their freedom or conditionally stipulated a future payment or labor. ‘Outras autorizavam o escravo a pagar por sua liberdade, ou estipulavam a condição de um futuro pagamento ou trabalho’. (68)

‘Estipulavam a condição de um’ é uma transposição de categoria em que a inversão do plano sintático cria uma expressão mais comum em português que a tradução literal (‘condicionalmente estipulavam um’).

But if owners did not receive expected payments for an onerous manumission, or the slave did not provide the stipulated labor or behavior of a conditional manumission, or if any manumitted slave displayed “ungrateful” behavior, these formerly enslaved men, women and children could be forced back into slavery. ‘No entanto, se os senhores não recebessem os pagamentos esperados por uma alforria onerosa, ou se o escravo não cumprisse com o compromisso de trabalho e de comportamento de uma alforria condicional, ou mesmo se o alforriado demonstrasse “ingratidão”, esses ex-escravos, escravas e crianças podiam ser forçados a voltar à escravidão’. (69)

Foi feita a adaptação por meio da transposição, também de categoria, de um substantivo adjetivado, ungrateful behavior, por um substantivo, ‘ingratidão’, uma vez que ‘demonstrar ingratidão’ é uma expressão mais característica em português do que seria a tradução literal, ‘apresentar comportamento ingrato’.

In Santos, some slave infants were manumitted at baptism, but for enslaved adults and children most manumission letters were purchased either through a cash payment or with labor over an extended period of time. ‘Em Santos, alguns bebês escravos eram alforriados no batismo, mas para os adultos e crianças muitas cartas de alforria eram compradas, por meio de pagamento em dinheiro ou de trabalho prestado por um grande período’. (70)

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A inclusão do particípio ‘prestado’ em relação a ‘trabalho’, na tradução de ‘labor’ é uma transposição que torna mais claro o sentido da locução adverbial de tempo ‘por um longo período’.

With free baptismal manumission letters included, the percentage of unpaid and unconditional manumission letters increases slightly, to 38 percent. ‘Se incluirmos as cartas de alforria batismal, a porcentagem de cartas livres e incondicionais cresce um pouco, para 38%’. (71)

A transposição de with ... include para ‘se incluirmos’... foi usada para evitar um tipo de construção comum em língua inglesa, mas que pareceria estranha na tradução literal para o português.

Manumission letters of children were certainly not the only ones missing information on who paid. ‘As cartas de alforria de crianças não eram certamente as únicas que omitiam quem era o pagante’. (72)

Neste caso a transposição, trocando um verbo por um substantivo, foi uma solução para outro tipo de construção da língua inglesa que não encontra equivalente em português.

The officials from the Carmalite Convent also went to the notary office to write letters of manumission, but they may have been forced to do so by slaves who began a process of coartação. ‘Por fim, os funcionários do Convento do Carmo também iam ao cartório lavrar cartas de alforria, mas talvez tenham sido forçados a isso por escravos que iniciaram processos de coartação’. (73)

A escolha de ‘Convento do Carmo’ para a tradução de Carmelite Convent deve-se à tradição dessa forma em português, ao invés de “Convento Carmelita”, daí a necessidade da transposição.

Before 1850, single, married and widowed owners were fairly evenly divided; ‘Antes de 1850, havia um número relativamente semelhante de solteiros, casados e viúvos;’ (74)

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A tradução literal resultaria em uma construção fora do padrão usado em português.

Compared to slaves who were sold and manumitted, men and women involved in domestic tasks such as cleaning, cooking or sewing were noticeably absent. ‘Em comparação com os escravos que eram vendidos ou alforriados, havia poucos fugitivos envolvidos em tarefas domésticas, como limpeza, cozinha ou costura’. (75)

Em lugar de were noticeably absent a modulação ‘havia poucos fugitivos envolvidos’ foi escolhida por estar mais de acordo com o uso da língua portuguesa.

In contrast, domestic service was the largest occupation group among the many slave sales. ‘Em contraste, os serviçais domésticos eram o maior grupo ocupacional entre os muitos escravos vendidos’. (76)

Para se adequarem aos tipos de construções usadas em português, foram feitas duas transposições: domestic service por ‘escravos domésticos’, e slave sales por ‘escravos vendidos’.

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Considerações finais

No início desse trabalho, destacamos os conceitos de tradução, assim como os differentes níveis de adaptações que são usadas no ato tradutório. Abordamos também o questionamento das definições de originalidade de um texto e fidelidade na tradução. Realçamos, também, a importância do uso criterioso de procedimentos tradutórios específicos para cada dificuldade surgida ao longo de um trabalho de adaptação de um texto. Neste caso, tratava-se de transformar um texto acadêmico, elaborado dentro do rigor científico e formal necessários para o fim a que se destina, em um texto mais leve e acessível a um público que poderia ser, por exemplo, formado por estudantes do nível de ensino médio. Falamos em ‘transformar’, porque, mesmo dentro da própria língua original, o texto teria que ser adaptado caso o objetivo fosse atingir esse mesmo nível de alunos, caracterizando, assim, uma tradução intralingüística. Alguns teóricos consideram a adaptação um ato pouco fiel e não representativo do texto fonte. No entanto, fazendo uso de alguns procedimentos consagrados na teoria da tradução, é possível manter o foco de seu trabalho voltado para as expectativas de um público específico mantendo o sentido do texto fonte, e ao mesmo tempo criando uma linguagem acessível ao leitor alvo. Consideramos, portanto, que foi realizado, ao mesmo tempo, um trabalho de tradução e um de adaptação morfossintática. Os procedimentos usados também foram analisados e serviram de exemplo de aplicação de teorias de tradução. Alguns teóricos, como John Dryden, Vinay e Darbelnet, Eugene A. Nida e Charles R. Taber, Gerardo

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Vazquez-Ayora, Peter Newmark, Susan Basnnett-McGuire, André Lefevere e John C. Catford, foram relacionados, tendo seus trabalhos servido de base para as análises que foram feitas. Foram também citadas as considerações sobre os estudos desses teóricos, encontradas nas publicações de autores como John Milton, Heloisa Gonçalves Barbosa, Rosemary Arrojo, Cristina Rodrigues, Lauro Maia Amorim e Francis Henrik Aubert. Com este trabalho, procuramos demonstrar a possibilidade de adaptar um texto criado em um contexto específico e com objetivo definido, em outra ou até mesmo na mesma língua, destinado a um público leitor de um universo distinto daquele ao qual o texto de partida se destinava. Procuramos demonstrar que os procedimentos necessários para o cumprimento dessa tarefa encontram registros nos estudos encontrados na literatura a respeito, e são fundamentados na teoria de conhecidos estudiosos de lingüística na área da tradução.

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Referências bibliográficas

AMORIM, Lauro Maia. Tradução e adaptação: encruzilhadas da textualidade em Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carrol, e Kim, de Rudyard Kipling. São Paulo: Unesp, 2005. ARROJO, Rosemary. Oficina de tradução: a teoria na prática. São Paulo: Ática, 2002.

AUBERT, Francis Henrik. Modalidades de tradução: teorias e resultados. In: Trad Term, 5(1), 1º semestre de 1998. BARBOSA, Heloisa Gonçalves. Procedimentos Técnicos da Tradução. Campinas SP: Pontes, 1990. HOUAISS, Antonio. Dicionário Eletrônico da Língua Portuguesa. Editora Objetiva, 2001. MILTON, John. Tradução teoria e prática. São Paulo: Martins Fontes, 1998. READ, Ian William Olivo. Unequally Bound: the conditions of slave life and treatment in Santos County, Brazil, 1822-1888. California, 2006. 328p. Tese (doutorado). Department of History and the Committee on Graduate Studies of Standford University. RODRIGUES, Cristina Carneiro. Tradução e diferença. São Paulo: Unesp, 2000.

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Bibliografia consultada

ALENCASTRO, Luiz Felipe de (Org.). História da vida privada do Brasil: Império. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. ALVES, Fábio; MAGALHÃES, Célia; PAGANO, Adriana. Traduzir com autonomia: estratégias para o tradutor em formação. São Paulo: Contexto, 2000. BERMAN, Antoine. A tradução e a letra: ou o albergue do longínquo. Rio de Janeiro: 7Letras/PGET, 2007. BORBA, Francisco S. Dicionário de usos do português do Brasil. São Paulo: Ática, 2002. GOROVITZ, Sabine. Os labirintos da tradução. Brasília: Universidade de Brasília, 2006. HOUAISS, Antonio (Ed.). Dicionário inglês-português. Rio de Janeiro: Record, 2005. LANNA, Ana Lúcia Duarte. Uma cidade na transição Santos: 1870-1913. Santos: Hucitec, 1996. MCKEAN, Erin. The New Oxford American Dictionary. Nova Iorque: Oxford University, 2005. MILTON, John. O clube do livro e a tradução. Bauru SP: Edusc, 2002. MOTA, Carlos Guilherme (Org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira (1500-2000). São Paulo: Senac, 2000.

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PAGANO, Adriana; MAGALHÃES, Célia; ALVES, Fábio. Traduzir com autonomia: estratégias para o tradutor em formação. São Paulo: Contexto, 2000. RODRIGUES, Olao. Cartilha da história de Santos. 1980. SANTOS, Agenor Soares dos. Guia prático de tradução inglesa: como evitar as armadilhas das falsas semelhanças. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. VIEIRA, Adriana Silene. Monteiro Lobato Translator. In: Crop - Revista da área de línguas e literatura inglesa e norte-americana do Departamento de Letras Modernas/Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. (Special Edition) São Paulo: Humanitas/FFLCH/USP, 1994, n.1, p. 143-169.

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