Tais Brasileira

  • October 2019
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  • Words: 1,469
  • Pages: 3
***A vida de uma moça que se prostitui ela descobre que seu tafetao tem uma amante muito importante gay e pede dinheiro p ficar calada, correndo perigo de vida ela mata o seu perseguidor e se vê livre acusando o seu antigo tafetao e ficando com esse dinheiro,ela toma outro rumo em sua vida e começa a ajudar a outra assim como ela. Mas ao se apaixonar o seu passado volta a tona,com a liberdade do seu antigo taf. e ela se vê na insegurança e no trauma do passado.ficando louca tenta se matar,alegando insanidade é internada e descobre sua real origem e através de uma amizade descobre como consertar as coisas,matando o ex taf e ficando livre, por enquanto. Ate que ponto Você pode viver escondendo seu passado. *** Todo mundo já nasce sabendo o que de melhor sabe fazer,alguns sabem pintar,outros cantar com perfeição a isso se dá o nome de Dom.Pra falar a verdade ate hoje estou tentando descobrir qual é o meu;não sei cantar,não sei desenhar e acho que já estou muito velha para aprender.Uma coisa que acho sempre tento fazer é achar explicação para o que eu sinto,então isso me leva a pensar que talvez tivesse vocação para psicóloga ao invez de estar aqui detrás desse balcão de lanchonete ganhando uma mixaria por mês. Não reclamo do meu emprego mesmo porque o consegui com muito custo mas cá entre nos todo emprego é imperfeito ate você conseguir aquele que atende aos seus dons e isso te deixa imensamente feliz. Essa manha aconteceu como todas as outras,acorda,escova os dentes,toma um café enquanto termina de se arrumar,atravessa meia cidade para ir ao emprego de garçonete em uma espelunca,depois vai para as ruas tentar ganhar mais algum para pagar o aluguel. Morava nas ruas ate os meus sete anos de idade onde um casal meio que me adotou para trabalhar como faxineira em sua casa em troca e escola e comida.Nunca fui tratada com zelo mais tinha muito a agradecer por ter onde ficar.Ate aquele amaro dia em que o Sr. Alberto bebeu alem da conta e me forçou a deitar com ele e disse que se eu falasse alguma coisa para a dona Ester ele me mataria.Como pode acontecer isso comigo,sendo sincera eu o tinha como um pai,isso se repetiu mais umas duas vezes enquanto eu chorava e pedia para ele parar quando ela chegou: -Alberto!! Os gritos,ate hoje não saem da minha cabeça e foi assim aos berros que a injustiça se fez valer mais uma vez para os fracos. -Ester foi ela. Ela me seduziu essa safada! E então a realidade veio para mim com um tapa na cara -Eu sempre te dei tudo sua vadia e é assim que você me paga? Saia dessa casa agora! Bom a resto vocês podem adivinhar,fui tentar arrumar um emprego enquanto dormia na casa de amigas do colégio. Trabalho aqui a três anos e a dois conheci o Paulo em uma boate e desde então trabalho três vezes por semana nas ruas a noite,não e digno mas serve para pagar as contas. - O que você esta fazendo? -Nada sr Carlos. -Então vai logo limpar aquelas mesas que estão imundas sua lesada! -Ta ok,ta ok eu limpo seu Carlos. E mais um dia se seguiu monótono e sem fragueses e as cinco horas,como de costume,entra a Marcinha pulando na lanchonete. -Tais o que tem pra mim hoje?-Ela sempre foi minha amiga,nos conhecemos no colégio assim que eu comecei a estudar e apesar de ter uma família a situação dela é igual ou pior que a minha.

-Nada. -Como assim nada? Essa birosca não funciona mais não é? -Claro que sim senão eu já estaria na rua. –Ao perceber o olhar de espanto da Marcinha entendi o que ela pensou. Era um tabu admitir que éramos garotas de programa porque ela sempre teve idéia de que isso era pecado então simplesmente fingíamos que não acontecia.Era como se fossemos apenas para uma balada a noite e saíssemos com amigos,uma vez ela me confidenciou que pensava “neles” como namorados.Assim para ela ficava mais fácil. -Ahh você me entendeu ta. -E então tem alguma coisa?To morrendo de fome caramba. -Calma já vai. Quer um sanduíche ou um pastel? -Sanduiche com suco de laranja ta. -Ok espera um pouquinho ta. E sem falar mais nada fui preparar. -Você esta disposta hoje?-ela me perguntou com metade de sanduíche ainda na boca. -Pra que? Com um enorme esforço pra engolir ela me disse: -Esqueceu que tem pagamento hoje? Ele vai te matar se você não for. -Eu sei,eu sei,mas so tenho a metade da grana ta. -E como é que você vai fazer para trabalhar a noite?-resmungou ela com os dentes serrados para que somente eu a ouvisse. -Eu já pensei em tudo ta.Vou na casa dele assim que sair daqui e vou dar a metade da grana então... -Não Tais ele vai te bater de novo –disse choramingando -Não,não vai! Depois eu faço hora extra e consigo o resto bem rapidinho. -Se você esta falando! Mas isso não vai dar certo. -Deixa de ser boba,vai sim. -Ta então tenho que ir.Te espero em casa e hoje vamos ficar bem bonitas,-e sussurrou – comprei maquiagem nova.-com um sorrisinho saiu e me deixou sozinha naquele lugar as moscas. Meia hora depois estava subindo os degraus do apartamento do Paulo,um lugar sujo e mal iluminado que exalava um forte cheiro de decomposição que certamente viria de ratos,o que causava ainda mais repulsa daquele lugar. Quando cheguei no quarto andar e me dirigi ao numero 15 a porta esta semi aberta e com cuidado cheguei mais perto para ouvir melhor.Sussurros,gemidos e uma voz conhecida um típico quadro de alguém fazendo amor.Quando pensei em me virar e sair meu salto quebrou,tombei e a porta abril me revelando caída no chão,casal eram na verdade o Paulo e um amigo seu Sr Ricardo Meneses,um policial que aparece de vez em quando mas nunca quer nada com as meninas da rua.Eu fiquei imóvel,não sabia o que fazer enquanto os dois se levantaram com pressa e vestiam-se como podiam naquele que foi o momento mais embaraçoso de minha vida. -O que você quer aqui.-Grita Paulo -Vim.vim aqui entregar a grana do mês... -Mentira sua idiota.Quem te deixou entrar? -Não eu ia ba...-E puxando meus cabelos me socou o nariz fazendo espirar sangue em todo meu corpo. -Essa vadia vai falar pra alguém?-perguntou sr Ricardo com desprezo. Mas o Paulo estava fora de si,me batia,chutava minhas costelas enquanto eu gritava de dor. -Sua filha da puta vai morrer agora! -Por favor não!

-PARE AGORA PAULO! –gritou o sr Ricardo,deixa essa vadia ou ela morre aqui e não teremos como explicar que isso aconteceu.-E me levantando pelos cabelos falou com uma malicia na voz: -Se você contar para alguém o que viu aqui eu mato você e sumo com seu corpo imundo no mato.E ninguém vai atrás de você sabe porque,ninguém vai sentir falta de uma prostitutazinha nojenta igual a você, (cuspiu no meu rosto)-Entendeu,você entendeu. –e com mais um tapa na cara respondi que sim com a cabeça. -Agora some daqui piranha!-Me puxou pelo braço e me jogou escada abaixo.Dois lances foram o suficiente pra mim.Fiquei parada,sentindo o sangue quente no meu rosto e meu corpo todo gritava de dor;Levantei com muita dificuldade e sai cambaleando a procura de ajuda,que eu sabia que não vinha. Sai as cegas procurando na bolsa um lenço pra limpar meu rosto e fui caminhando ate minha casa,que não ficava muito longe dali mas era uma senhora caminhada.Cheguei arrasada e sem coragem de ficar em pe bati na porta. -Quem é? -Abre Marcinha sou eu. -minha nossa senhora eu falei pra você não ir lá.-quando olhei para seu rosto percebi que ela já estava chorando. -Calma ta tudo bem. -Aquele desgraçado,devíamos chamar a policia e prender aquele cachorro. -Não,por favor me ajude a me limpar.ainda preciso ir trabalhar hoje. -DE JEITO NENHUM! -Mas Marci... -venha,vou cuidar de você.-Gentilmente ela me colocou no sofá,ela sempre cuidou de mim,apesar de ser mais nova eu a sentia como uma irmã mais velha.Foi logo me fazendo curativos. Como pude ser tão burra.Por que tinha que ser tão curiosa,odeio minha vida,como se já não bastasse viver sozinha com um passado sofrido agora estava jurada de morte. -Me conta direto o que aconteceu. Não podia contar para ela;de jeito nenhum ela a mataria também. -Eu disse que não tinha a grana toda e ele não me deixou terminar. -Aquele desgraçado! Duas semanas se passaram e enquanto os hematomas saravam, eu contava sempre “cai da escada” pra todos que me perguntavam.Não ia para as ruas e também Paulo não perguntava por mim.Talvez esteja com medo que eu fale pra alguém e já esteja planejando como me matar.Eu pensava nisso todas as noites antes de dormir.

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