PLANO DE MARKETING SUPER BOCK STOUT
Carlos Silva nº 3043 Trabalho elaborado para a disciplina de Práticas de Marketing, leccionada pelo Engº. Álvaro Silva.
MATOSINHOS – 2º SEMESTRE DE 2005
RESUMO
Este plano tem como objectivo mostrar a situação actual de mercado da cerveja Super Bock Stout e também do sector cervejeiro português. Este plano serve para mostrar a um administrador Unicer qual será a estratégia de Marketing
que
deve
de
usar,
pois
permite
antecipar e articular todas as decisões relativas à gestão da Super bock Stout, diminuindo assim os eventuais erros ao nível da execução. Muitas empresas optam por reagir ao mercado, tomando decisões segundo uma óptica de curto prazo que prejudicam invariavelmente a imagem e a eficácia das suas marcas no mercado. Foram dadosneste plano objectivos que
englobam a
claros
responsabilização
e de
precisos toda
a
organização no sentido de levar a Stout ainda mais acima de qualquer outra marca de cerveja preta.
Carlos Silva
2
SUMÁRIO EXECUTIVO
O produto apresentado por este plano é a Super Bock Stout e tem como objectivo o passo seguinte após o lançamento. O produto entra na fase de crescimento. O produto é líder de mercado bem como todo o resto do mesmo segmento na empresa Unicer. A Unicer Cervejas tem por missão disponibilizar e gerir a produção de marcas de cerveja de acordo com as características definidas para cada uma delas, de forma a contribuir para satisfação
dos
clientes e
dos
a
consumidores de
cerveja, fazendo-o melhor do que a concorrência e maximizando o valor do Grupo. A Unicer detém 57% da quota de mercado tendo como principal concorrente a Centralcer com 40,9%, a nível de todas as cervejas.
Estas
duas
empresas
no
panorama nacional detêm o
mercado quase por completo com 98% de quota de mercado. A nível das ‘pretas’ a Unicer também lidera com 53,5% de quota de mercado restando para a Centralcer 35,6%. Apesar dos impostos nesta área terem aumentado em 2% de 2003 para 2004, existem ainda várias formas de crescer. O produto é
conhecido
e
reconhecido
pelos
consumidores, mas ainda não
fizeram da Stout a sua cerveja habitual. Para isso foram dadas várias propostas ao nível do Mix de Marketing entre elas, uma campanha de Incentivos que visa principalmente o cliente retalhista; esta acção será efectuada pelos vendedores que terão uma formação adequada para dar a conhecer todo o teor da acção. A acção decorrerá nos meses de Outono e terá como objectivo o aumento da venda no consumidor final. Será criada também uma nova cerveja, Super Bock Stout
Gold, que terá como objectivo levar a Stout às classes sociais mais altas e terá uma distribuição mais personalizada, estando apenas em certos retalhistas. No intuito de aumentar a margem actual da Stout irá ser proposto também um aumento do preço no valor de 1 cêntimo. Se a facturação atingir o mesmo número de litros em relação ao ano de 2004 (20 milhões de litros), esta acção gerará uma receita de cerca de 600.000 €. Irá ser proposto também a internacionalização da Stout, ou seja: inicialmente esta acção terá início em Paris e a acção apenas estará direccionada para o emigrante português. Carlos Silva
3
Para esta acção será assinado um contrato com uma empresa francesa que ficará encarregue da distribuição em Paris. Proponho ainda uma remodelação de site www.superbock.pt a nível da Stout. As outras cervejas Super Bock, nomeadamente a Green e a Twin, têm um grande impacto no site; o que eu pretendo é um impacto ao mesmo nível para a Stout. Na variável Comunicação do Marketing Mix proponho ainda acções ao nível da Promoção de Vendas e Merchandising através de agentes promotores nos locais de venda que têm como objectivo dar a conhecer não só o produto mas também a empresa. Por último, a minha acção centra-se nas Relações Públicas, na realização de 2 eventos a nível nacional com o intuito de promover a Stout Gold. No sentido de diferenciar a marca, fazer com que a figura pública (líder de opinião) seja “apanhado pela câmara fotográfica” com o copo de Stout Gold na mão.
Carlos Silva
4
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... .......... 7 2. ANÁLISE DA SITUAÇÃO DE MARKETING ........................................................................ 8 2.1 Diagnóstico Externo.......................................................................................................... .............. 8 2.1.1 Análise Macroambiental ............................................................................................................... 8 2.1.1.1 Político-legais 8 2.1.1.2 Económicos 9 2.1.1.3 Sócio-culturais 10 2.1.1.4 Tecnológicos 12 2.1.2 Análise do Mercado .................................................................................................................... 16 Ciclo de vida do Mercado ……………………………………………………… 19 Comportamentos de Consumo e de Compra……………………………… …… 19 Motivações, Necessidades e Interesses…………………………………… ……….23 Tendências de evolução de mercado……………………………………… ………23 2.1.3 Análise da Situação Competitiva............................................................................................... 24 2.2.1 Apresentação Histórica .............................................................................................................. 37 2.2.2 Cultura Interna e Tipo de Gestão............................................................................................. 41 2.2.3 Recursos Humanos .....................................................................................................................
44 2.2.3.1 Caracterização 44 2.2.3.2 Recrutamento e Selecção 45 2.2.3.3 Acolhimento e Integração 46 2.2.3.4 Formação Técnica 47 2.2.3.5 Avaliação do Desempenho, Política Salarial e Gestão de Recompensas
48
2.2.4 Recursos Financeiros .................................................................................................................. 49 2.2.5 Recursos Tecnológicos.................................................................................................. ............. 49 Carlos Silva
5
Evolução da Performance 50 Q.M.R. 50 Segmentação e Posicionamento actuais 55 Marketing-mix ..................................................................................................................... ................ 58 Produto 58 Preço 58 Distribuição 59 Comunicação 64 3. ANÁLISE ESTRATEGICA................................................................................................. ......... 69 3.1 Análise dos factores estratégicos internos .................................................................................. 69 3.2 Análise dos factores estratégicos externos.................................................................................. 69 3.3 Análise swot estratégica.................................................................................................... ............. 69 4. OBJECTIVOS ESTRATÉGICOS ............................................................................................... 71 5. ESTRATÉGIAS DE MARKETING……………………………………………………72 6. OBJECTIVOS OPERACIONAIS………………………………………………………80 7. PROGRAMAS DE ACÇÃO……………………………………………………………. 81 8. ORÇAMENTO DE MARKETING…………………………………………………….89 9. SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLANO………………. 90 CONCLUSÃO……………………………………………………………………………..93 BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................................... ........... 94
Carlos Silva
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1.
INTRODUÇÃO
A Unicer é uma empresa com mais de cem anos no mercado português. Em 1890, foi criada no Porto a CUFP (Companhia União Fabril Portuense das Fábricas de Cerveja e Refrigerantes). Teve o seu primeiro ponto alto no ano de 1920, um ano marcado pelo mal estar social em Portugal e o início da lei seca na América. Em 1927 é solicitadocertificado de registo da marca Super Bock que é emitido a 9 de Novembro. Após a revolução de Abril de 1974, a CUFP passou-se a designar Unicer (União Cervejeira, EP. Mais tarde em 1986, o melhor ano da história da Unicer, torna-se líder do mercado nacional cervejeiro, com uma quota de 50,8%. Em 2003 a Unicer lança a marca em estudo que atinge no primeiro ano a marca histórica de 20 milhões de litros vendidos. É neste sentido histórico que apresento o meu projecto para elevar a marca ainda mais até à fase de Maturidade. Este trabalho apresenta na primeira parte uma análise externa seguido de uma análise dos concorrentes. Posteriormente temos os programas de acção apresentados para a fase de Crescimento no mercado.
Carlos Silva
7
2. ANÁLISE DA SITUAÇÃO DE MARKETING
2.1.
Diagnóstico Externo
2.1.1 Análise Macroambiental 2.2.1.1 Político-legais O Sector Cervejeiro Nacional tem vindo periodicamente, mas sem grande sucesso, a alertar
os
problema
sector,
dos
impostos
do
sucessivos
Governos
nomeadamente
para
o
o imposto
especial sobre a cerveja (IEC). Em 2004, o IEC sofreu um aumento de 2% em relação aos valores de 2003. A Associação Portuguesa dos Produtores de Cerveja alertam para o facto, de que, o consumo de cerveja em Portugal está a diminuir,
pelo
que
não
pode
continuar,
e
de
uma forma
discriminatória, a sofrer actualizações anuais consecutivas do IEC, uma vez que o vinho não paga IEC. Por outro lado, o problema da competitividade da indústria cervejeira nacional agrava-se no contexto ibérico, na medida que, em Espanha o IEC sobre a cerveja encontra-se “congelado” desde 1996, sendo actualmente de 0,08 euros /litro enquanto em Portugal será de 0,16 euros /litro. A comparação entre estes IEC da cerveja dos dois países ibéricos são já inexplicáveis, numa altura, como é do conhecimento público, algumas das nossas principais empresas procuram adquirir dimensão ibérica. Portugal aproxima a sua legislação da actualmente em vigor em diversos países da União
Europeia,
nomeadamente,
Alemanha,
Áustria,
Bélgica,
Espanha, Holanda e Reino Unido, por forma a assegurar uma completa informação aos consumidores são agora definidas regras relativas à afixação de avisos que esclareçam o público sobre as novas regras de
venda e consumo de álcool e cujo não cumprimento está sujeito a coimas que vão de 124.70 a 997.60 € (pessoas singulares) e de 498.80 € a 4987.98 € (pessoas colectivas).
Carlos Silva
8
2.2.1.2 Económicos Num cenário de recuperação da economia mundial, a economia portuguesa não apresentou em 2004 um desempenho económico muito positivo, crescendo apenas 1,1%. As razões para o desempenho da economia nacional residem num conjunto de factores que tiveram uma evolução abaixo das expectativas. Em primeiro lugar, apesar do sobreendividamento das famílias, das empresas e do Estado, era esperado um melhor comportamento por parte da procura interna em 2004. Na segunda metade do ano, a instabilidade política e o aumento do preço do petróleo levaram a uma diminuição
da
confiança
dos
agentes
económicos
e
a
uma
deterioração generalizada do clima económico. Em segundo pautou-se
lugar,
a
política
novamente
macroeconómica pelo cumprimento dos
critérios impostos pelo PEC. A dificuldade de o aumento das receitas totais contrabalançarem o aumento das despesas totais, obrigou, pelo terceiro ano consecutivo, à adopção de medidas de carácter extraordinário que assegurassem o cumprimento do pacto, adiando a resolução estrutural do problema. Finalmente, o aumento da procura externa motivou um crescimento das exportações especialmente no primeiro semestre de 2004. Por outro lado, o crescimento das importações foi de 7,8%, acima dos 3,9% inicialmente previstos pela Comissão Europeia. O desemprego total (365 mil indivíduos) registou um aumento de 6,6% em 2004 (26,5% em 2003), que foi mais acentuado nos homens (7,5%) do que nas mulheres (6%). Para este contribuíram
os
acréscimos
aumento de
6,3%
do do
desemprego número
de
desempregados à procura de primeiro emprego e de 6,7% do número de desempregados que procuram novo emprego. O crescimento do desemprego verificou-se para os indivíduos com mais de 35 anos, com
aumentos de 9,7% nos 35 aos 44 anos e de 25,4% nos 45 e mais anos. O desemprego diminuiu nos grupos etários dos 15 aos 24 anos (-0,2%) e dos 25 aos 34 anos (2,6%). A taxa de desemprego aumentou para 6,7% em 2004, superior em 0,4p.p. à verificada em 2003. A
taxa
de
desemprego
das
mulheres
aumentou
0,4p.p.
situando-se nos 7,6% e a dos homens subiu para 5,8%, mais 0,3p.p. que a verificada no ano anterior. Por grupos etários, as subidas mais acentuadas das taxas de desemprego verificaram-se nos 15 aos 24 anos (0,8p.p.) e Carlos Silva
9
nos 45 e mais anos (0,9p.p.), situando-se as respectivas taxas em 15,3% e 4,5%. No grupo etário dos 25 aos 34 anos a taxa de desemprego diminuiu (0,3p.p.) para 7,2%.
Graf.1
Fonte: Ministério das Finanças (4/2005)
A taxa de inflação diminuiu em 2004 para os 2,4%. Acresce ainda que a valorização do euro evitou uma subida mais acentuada do preço da energia e uma possível espiral inflacionista. No início deste ano, 2005, já existem alguns factores que poderão trazer grandes alterações à economia Portuguesa. Um destes factores foi a queda do Governo que levou o País a eleições antecipadas, sendo elegido novo Governo. A médio prazo, as condições climatéricas mais precisamente a falta de chuva levam o País a prever um Verão com muita seca, arrasando assim a produção nacional o que será muito prejudicial à Economia Portuguesa e consequentemente às Empresas.
2.2.1.3 Sócio-culturais
Em Portugal, os problemas ligados ao consumo de álcool têm
registado,
nos
últimos
anos,
um
agravamento
traduzido no aumento do consumo global. Por outro lado,
numerosos estudos têm vindo a demonstrar que a iniciação no Carlos Silva
10
consumo de álcool ocorre geralmente na adolescência como demonstra o gráfico seguinte. Consumo de Álcool por idades 64 45/54
2004 2003
25/34 15/17 0
10
20
30
Graf.2 2003/2004
Fonte: Consumidor
O consumidor está cada vez mais exigente e informado o que faz com que procure uma maior diversidade de produtos que satisfaçam as suas necessidades. No hábito de consumo os jovens são influenciados pelos grupos nos quais estão inseridos. Com o desenvolvimento económico que se tem verificado, registam-se
grandes alterações
aos
mais
diversos
níveis
da
sociedade: alteraram-se comportamentos, passaram a existir mais e melhores
infra-estruturas,
surgiram
novos
valores,
etc.
As
preocupações pelo meio ambiente e pela saúde têm vindo a assumir um maior protagonismo nas questões do dia a dia do indivíduo, assim como uma preocupação do bem estar individual.
A cerveja é a bebida alcoólica mais consumida em todo o mundo. Gente de todas as raças
e
classes
sociais
encontra
um
prazer muito especial em ingerir esse líquido amarelo coroado de espuma branca, deliciando-se com o seu travo amargo. O seu preço acessível torna-a a bebida mais popular deste planeta e, talvez, a
mais democrática, já que o seu sabor (e os seus efeitos, se bebida em excesso) agrada (e afecta) tanto a um operário como a um aristocrata. De realçar também que a Unicer preocupa-se com o ambiente, apresentando assim o relatório ambiental anual. Carlos Silva
11
Através de uma “Política Integrada da Qualidade, Ambiente e Segurança”, a Unicer estabelece
os
ambiental,
nomeadamente
melhoria
princípios
continua
da
que
orientam
o compromisso
eco-eficiência
a
sua
na
promoção
dos
seus
conduta da
processos,
privilegiando a prevenção da poluição e a adopção das melhores práticas ambientais. É neste contexto que a Unicer estabelece como linhas de orientação estratégica da sua actuação ambiental:
Grup o;
- A implementação da componente ambiental no sistema integrado de gestão do
- Promoção da gestão sustentável da água; - Promoção a utilização racional da energia; - Assegurar a gestão rigorosa dos resíduos; - Promoção da eco-eficiência das embalagens.
Mas, embora apreciada nos quatro continentes, a cerveja com mais qualidade é produzida nos países do Norte da Europa. A Alemanha, Dinamarca e Bélgica são os países com maior tradição e variedade neste campo. Comemorações,
reconciliações,
«rendez-vous» amorosos, discussões
encontros
de
futebol,
de
negócios
debates
ou
políticos,
reuniões de trabalho, sempre que há alguma coisa para celebrar, o copo contêm cerveja.
2.2.1.4 Tecnológicos
Enquanto
na
Antiguidade
o
que
caracterizava
o
processo
de fabricação era a experiência e a tradição, a partir do século XIX, o fabrico da cerveja é dominado pela ciência e pela
técnica.
Até
o
evento de Louis Pasteur, a fermentação do mosto era natural o que, normalmente, trazia prejuízos aos fabricantes. O notável produtores
cientista
francês
a
culturas seleccionadas de
utilizarem
convenceu
os
leveduras para fermentação do mosto, para manter uma padronização na Carlos Silva
12
qualidade da cerveja e impedir a formação de fermentação acética. Pasteur descobriu que eram os microrganismos os responsáveis pela deterioração do mosto e que poderiam estar no ar, na água e nos aparelhos, sendo estranhos ao processo. Graças a esse princípio fundamental, limpeza e higiene tornaram-se os mais altos mandamentos da cervejaria. O nome de Louis Pasteur é lembrado através do termo "pasteurização", método pelo qual os microrganismos são inativados através do calor. Outros dois grandes nomes estão ligados ao desenvolvimento da fabricação da cerveja. Emil Christian Hansen e Carl Von Linde. O primeiro, em função do desenvolvimento do microscópio, descobriu também células de levedura de baixa fermentação,
pois antes
eram somente conhecidas leveduras de alta fermentação. Ele isolou a célula, que foi multiplicada sob cultura pura. Como a levedura influencia
fundamentalmente
o
sabor, esta
descoberta permitiu a
constância do sabor e qualidade. Carl Von Linde desenvolveu, através da compressão, a Teoria da Geração de Frio Artificial com sua máquina frigorífica à base de amónia. Com isso, a produção de cerveja pode, desde então, ser feita em qualquer época do ano, sendo possível controlar os processos de fermentação de forma científica exacta pelo entendimento da actividade dos micro organismos e reconhecimento de que diversas leveduras, por exemplo, actuam diferentemente e de que as condições do meio afectam de maneira básica a acção de uma mesma cepa. Com a evolução da técnica industrial, as cervejarias passaram da fase empírica para a científica.
O
"Mestre
Cervejeiro"
conta
com
todos os recursos técnicos e sanitários para a elaboração de um produto tecnicamente perfeito. Um cervejeiro moderno deve ser um engenheiro, químico ou bacteriologista. A crescente utilização das novas tecnologias de informação: a Internet, permite aos consumidores estarem cada vez mais informados sobre o mundo que os rodeia
assunt os.
A Internet permite uma constante busca de informação sobre os mais diversos
Apesar da crescente utilização da Internet, a sua utilização a nível de compra ainda cresce de forma relativamente lenta.
Carlos Silva
13
De realçar também que a Unicer preocupa-se com o ambiente, apresentando assim o relatório ambiental anual. Através de uma “Política Integrada da Qualidade, Ambiente e Segurança”, a Unicer estabelece sua
conduta
promoção
da
ambiental, melhoria
os
princípios
nomeadamente
continua
da
que
orientam
o compromisso
eco-eficiência
dos
a na
seus
processos, privilegiando a prevenção da poluição e a adopção das melhores práticas ambientais. É neste contexto que a Unicer estabelece como linhas de orientação estratégica da sua actuação ambiental:
Grup o;
- A implementação da componente ambiental no sistema integrado de gestão do
- Promoção da gestão sustentável da água; - Promoção a utilização racional da energia; - Assegurar a gestão rigorosa dos resíduos; - Promoção da eco-eficiência das embalagens.
Carlos Silva
14
Quadro Resumo – Análise PEST
Impacto
Positivo
Neutro
Negativo - Aumento do IEC
- Oportunidade no mercado Espanhol, devido à estagnação do IEC desde 1996
- Consumo de cerveja está a diminuir
- O IEC em Espanha é mais baixo
- Preocupação com o ambiente desemprego
Seca no Verão - Aumento do
- Poder de Compra mais baxo - PIB em Portugal face à UE está baixo
- Maior Consumo - Consumidor valoriza a qualidade dos produtos - Consumidor mais exigente e informado - Cerveja é a bebida alcoólica mais bebida em todo o mundo
- Consumo de álcool começa na adolescência
- Consumidor actual valoriza tempos livres - Preocupação pelo meio ambiente e pelo bemestar individu al -Maior relevância pela qualidade Internet -Rápido acesso a
- Aumento da utilização da toda a
informação
- A crescente utilização das novas tecnologias de informação permite aos consumidores estarem cada vez mais informados
Tabela 1 – Resumo análise PEST
Carlos Silva
15
2.1.2 Análise do Mercado Procura actual e potencial Não foram fornecidos estes dados
Segmentação do mercado O mercado da cerveja está segmentado por diferentes critérios:
•
Critérios Geográficos
(Grande Lisboa, Grande Porto, Litoral Oeste/Algarve e Interior Norte/Sul). Existem diferentes tendências de consumo nestas zonas. •
Sexo
(Masculino/Feminino). Os Homens são os principais consumidores de cerveja, mas as mulheres representam uma fatia significativa e revelam preferências por certas marcas. •
Idade
A preferência dos Jovens e dos consumidores mais idosos é diferenciada
•
Rendimento e classe social
Certas marcas de cerveja procuram atingir preferencialmente as classes
sociais
mais
elevadas
ou
de
maior
rendimento,
apresentando preços superiores aos médios, como é geralmente o caso das cervejas importadas. •
Estilos de vida
Diferentes preferências por cervejas verificam-se em grupos correspondentes
a estilos de vida diferenciados. Pode-se dividir por
grupos conservadores e grupos preocupados com o status.
Carlos Silva
16
•
Benefícios
Diferentes motivaçõespodem cerveja: sede,
levar
o
consumidor
a
beber
acompanhamento de refeições, convívio com amigos, pretexto para passatempo, etc…
A distribuição no mercado das cervejas
As vendas de cerveja realizam-se fundamentalmente, em dois tipos de retalhistas: •
Retalhistas Alimentares (Hipermercados,
Supermercados, Mercearias) Este tipo de retalhistas representa cerca de um terço do consumo total de cervejas. •
Retalhistas de Consumo Local, isto é, Canal Horeca (Cervejarias, cafés, Restaurantes)
Quanto a este tipo de retalhistas, são responsáveis pelos restantes dois terços do consumo total de cervejas.
Quanto ao produto em si, existem 5 diferentes tipos de cerveja: Cerveja Branca Cerveja Preta Cerveja Ruiva Cerveja Lemon Cerveja sem Álcool
A distribuição de cerveja em Portugal é muito parecida em todas as grandes operadoras de cerveja nacionais. São operadoras que produzem vários tipos de bebidas e portanto optam por criar redes de distribuição iguais para todos os seus produtos que se
encarregam da distribuição e comercialização desses mesmos produtos.
Carlos Silva
17
No fundo é como se as empresas estivesse dividida em duas, uma produz e a outra distribui e comercializa. Nestas redes de distribuição a cada distribuidor é atribuída uma zona geográfica no interior da qual este beneficia do exclusivo da distribuição dos bens produzidos, importados ou comercializados pela requerente. São, todavia, permitidas as vendas passivas para fora do território concedido. Assim, a requerente salvaguarda a comercialização e distribuição aos seus clientes. A requerente assume a obrigação, entre outras, de se abster de efectuar a comercialização e distribuição de cervejas, águas e refrigerantes. Os distribuidores, designadamente, obrigam-se a efectuar a distribuição utilizando veículos adequados ao transporte de bebidas, os quais poderão ostentar publicidade às marcas da requerente, permitindo-se, esta, promover acções publicitárias e/ou promocionais nos veículos afectos à actividade do distribuidor, caso este não se oponha. Obriga-se, ainda, a promover a compra de produtos, para que as suas vendas aumentem progressivamente e a efectuar o abastecimento do mercado sem rupturas. Os distribuidores assumem, também, a obrigação de cumprir os objectivos de compras que tiverem sido fixados por acordo e que podem
ser
analisados
trimestralmente,
pela requerente, tendo em
vista aferir o seu cumprimento e a gestão de stocks. Ao distribuidor é-lhe vedada a possibilidade de promover a venda activa dos produtos fora da área concedida. A requerente fica obrigada a dispensar ao distribuidor apoio técnico sempre que solicitado por este. O distribuidor deverá garantir a preservação da qualidade e imagem dos produtos, ter ao
seu
serviço
pessoal
em
número
e
qualificação
técnica
adequada e utilizar instalações e equipamentos compatíveis com o
correcto armazenamento, manuseamento e preservação dos produtos, que já deverão existir à data da celebração do contrato.
Carlos Silva
18
Ciclo de Vida do Mercado/Maturidade do Sector
O mercado de cerveja nacional tem apresentado uma estagnação, com uma queda de 7% em 10 anos (1994 - 2003). A partir de 2003 houve por parte da Unicer a adopção de uma estratégia de inovação, revolucionando o mercado com o lançamento da Super Bock Stout e a Super Bock Green em 2004. Em 2005, a principal concorrente da Unicer, a Centralcer, apostou
também
em novos produtos como a Sagres Boémia e a
Sagres 0% álcool. Precisamente na mesma altura a Unicer volta a surpreender, também com um novo produto, a Super Bock Twin. Depois desta aposta, por parte da Unicer, a partir de 2003 o mercado sofreu uma “transformação” e passou de uma atitude de estagnação para uma atitude de crescimento. Existem
24
cervejas
em
Portugal,
sendo
elas:
Carlsberg,
Benfica, Budweiser, Cintra, Corona, Estrella Galicia, Guiness, Imperial, Kronenbourg,
Sagres,
Sporting,
Tagus,
Beck's, Buckler, Cheers,
Continente, Cristal, FCP, Heineken, Jansen, River, San Miguel, Super Bock, Tuborg.
_
__
Comportamentos de consumo e de compra
Nos seguintes gráficos verifica-se a diferença de consumo Total de Cerveja com Álcool de 2003 para 2004 quanto às Regiões, Sexo, Idades, Classes Sociais e Ocupação dos consumidores.
Carlos Silva
19
Consumo de Cerveja com Álcool
Consumo por Regiões Gr. Lisboa Sul Interior Norte
2004 2003
Litoral Centro Litoral Norte Gr. Porto 0
10
Graf.3
20
30 Fonte: Consumidor 2003/2004
No que diz respeito ao consumo de cerveja com álcool por Regiões, não se verificam alterações significativas de 2003 para 2004. Em ambos os anos verifica-se que as principais regiões consumidoras de cerveja com álcool são em primeiro lugar Grande Lisboa com 23.7% 21.7% respectivamente; e logo de seguida o Litoral e Interior Norte. Verifica-se também que houve uma ligeira descida do consumo nos principais centros como, Grande Lisboa e Litoral Norte ao contrário do Litoral Centro, Grande Porto e Interior Norte que viu aumentar ligeiramente o consumo de cerveja com álcool. O Sul foi a única região que manteve o seu consumo nos 12%.
Carlos Silva
20
S exo Consumo por Sexo
2004 2003
0
20
40
60
Graf.4
80
Fonte: Consumidor 2003/2004
Nos gráficos referentes ao sexo dos consumidores de cerveja com álcool pode-se observar que houve um aumento de consumo entre o público feminino. Em 2003 o consumo do público feminino era de 24.7% e em 2004 aumentou para 29.1. Consumo por Idades 64 55/64 45/54 2004
35/44
2003
25/34 18/24 15/17 0
10
Graf.5
20
30
Fonte: Consumidor 2003/2004
Quanto ao consumo por idades não se verifica alterações significativas de 2003 para 2004. Verifica-se um aumento dos 18/24 anos e uma ligeira descida dos 25/34, provavelmente justificada pela forte campanha de Prevenção Rodoviária que decorreu no ano passado.
Carlos Silva
21
Classes Sociais
Consumo por Classe Social
2004 2003
0
10
20
Graf.6
30
40
Fonte: Consumidor 2003/2004
No consumo de cerveja por Classes Sociais verifica-se um aumento nas classes mais baixas ao contrário das classes média, media alta/ alta, onde se verifica uma diminuição do consumo. Ocupaç ão
Consumo por Ocupação 30 25 20 15 10 5 0
Graf.7 2003/2004
Carlos Silva
Fonte: Consumidor
22
O gráfico 7 vem confirmar tudo aquilo que conclui nos gráficos anteriores, isto é, nos
cargos
referentes
aos
quadros
Especializados, Empresas de serviços
Médios/Superiores, e
Administração
e
Técnicos Trabalho
Qualificado/Especializado, ou seja, cargos de topo, o consumo de cerveja com Álcool manteve-se ou diminuiu. Já quanto aos cargos dos Trabalhos
não
Qualificados,
Reformados,
Pensionistas,
Desempregados e Domesticas o consumo aumentou em todos eles. Quanto aos estudantes o consumo diminui assim como se verifica anteriormente no gráfico referente às idades.
Motivações, Necessidades e Interesses
A Unicer em 2002 efectuou um estudo sobre o consumo da cerveja onde foram apontados vários motivos para o consumo de cerveja não ser mais frequente. As principais “queixas” prenderam-se com o sabor amargo da cerveja. Os inquiridos também referiram frequentemente o facto de a cerveja ser “pesada para o estômago”, o facto de “ter muito álcool” e finalmente de ser uma bebida “muito calórica”.
Tendências de evolução do mercado
O mercado das cervejas é o segundo maior segmento de bebidas em volume, mas o primeiro em valor. No entanto, nos últimos três anos, a procura de cerveja tem apresentado uma evolução regressiva, apresentando variações médias anuais negativas da ordem dos 1.5, 2%). Esta
evolução
negativa
parece
explicar-se
quer
por
condições climatéricas pouco favoráveis ao seu consumo, que se
tem vindo a registar nos últimos anos – trata-se de um produto cujo
consumo
não
significativamente transferência
uniforme
nos meses
de
nomeadamente,
é
de
consumo
ao
mais para
condicionantes
longo
quentes outras legais
do –
ano,
quer
crescendo
por
alguma
bebidas, decorrente,
referentes
à
condução
automóvel. Apesar disto, a Unicer acredita que, há espaço para crescer e dinamizar o mercado.
Carlos Silva
23
O lançamento da Stout é usado como exemplo já que, no ano passado, além do Verão propício ao consumo (Euro 2004), o mercado cresceu à custa do segmento das cervejas preta. Este segmento valia 5.8% do mercado antes deste lançamento. Hoje vale 8.2%. O segmento crescia 13%, hoje cresce 40%. A Unicer detinha uma quota de 42%, hoje chega aos 57%. São estes resultados que a Unicer utiliza para garantir que o mercado está receptivo a boas novidades. E especialmente se as novidades
partirem
do
líder,
assim
como
esteve receptivo ao
lançamento da Green (ainda sem valores para apresentar, apenas se sabe que foi um sucesso). Neste Centralcer)
momento apostam
a
duas
grandes
operadoras
(Unicer
e
em produtos alternativos – Super Bock Twin,
Sagres Boémia e Sagres sem Álcool – isto é, com baixo teor alcoólico ou mesmo sem álcool, para combater as condicionantes legais referentes à condução automóvel. Perante toda esta investida na inovação tudo leva a crer, ao contrário do que se previa nos últimos anos, que o mercado cervejeiro nacional tende a crescer.
2.1.3 Análise da Situação Competitiva
Em Portugal o sector é agressivo, onde cada dia que passa é um dia de trabalho para conquistar mas
segundo
Paulo
Valentim,
novos
consumidores
director
e
clientes,
de Marketing da Super
Bock “a Unicer não é afectada pela concorrência”. Contudo, a Unicer neste momento trava uma intensa guerra com a principal concorrente cervejeira (Centralcer) mas tem conseguido acrescentar valor e momentos de consumo neste competitivo mercado através de intensa actividade promocional e dinâmica de inovação. Nos últimos seis anos, o mercado nacional começou a ser
inundado com novas marcas de cerveja. A Unicer estava atenta e tomou algumas medidas de forma a garantir a primazia no mercado nacional. Os valores da marca Super Bock foram sendo gradualmente renovados e partiu-se à conquista dos consumidores mais jovens.
Carlos Silva
24
Indirectamente, a cerveja concorre com bebidas como o Vinho
outras
(principalmente no acompanhamento de refeições), a Água e os Sumos (Sede e Convívio). Avalia-se estes produtos, também concorrentes, do seguinte modo: • O consumo de vinho tem decrescido a um ritmo de três por cento ao ano, como o caso da cerveja, é afectado pelas campanhas e restrições antiálcool. • O consumo de água engarrafada tem crescido a uma taxa de quatro a cinco por cento, sendo o segmento mais significativo o da água sem gás. • O consumo de sumos tem-se mantido estacionário. Sendo o mercado de cerveja muito variado e extenso optei por
dividir
operadores
mercado nacional referindo
assim
essencialmente todas
as
por quatro grandes
cervejas produzidas
e
comercializadas em Portugal analisando apenas aquelas que referi acima
(com baixo ou nenhum teor alcoólico ou com características
diferenciadoras).
As
quatro
principais
operadoras
nacionais
detentoras das seguintes quotas de mercado: Unicer: 57% Centralcer: 40.9% Drink-In: 1% (Grupo Cintra) Sumolis: 1% (através da Cereuro - Tagus)
Quota de Mercado
Unicer Centralcer Drink-In Sumolis
são
Graf. 8
Carlos Silva
Fonte: Ipep
25
A Unicer e a Centralcer representam 98% do mercado nacional. É de notar que a quota de mercado da Unicer no segmento das cervejas aumentou em 2003 vs 2002 devido ao sucesso da Super Bock Stout.
Só a Unicer produz/comercializa dez marcas de cerveja. Embora pertençam à mesma empresa tornam-se concorrentes entre si. Vou apenas referir aquelas que possuem maior notoriedade e que mais espaço “ocupam” no mercado e aquelas que possuem maiores semelhanças à Super Bock Stout. São elas:
Super Bock A Super Bock é a cerveja líder de mercado. Pertencente às cervejas de fermentação baixa e tipologia “bock”, a Super Bock resulta de uma receita própria. É uma cerveja de elevada qualidade e sabor autêntico, genuíno, aliado a uma imagem moderna. Com um teor alcoólico de 5,6% na sua versão branca, é produzida a partir de matérias-primas cuidadosamente seleccionadas. A gama Super Bock assume inúmeras variedades: desde a cerveja de pressão, também disponível no popular barril “doméstico” de 5 litros (em que a Super Bock foi, mais uma vez, pioneira), até às conhecidas garrafas e latas de diferentes capacidades. Privilegiando o nível de serviço prestado, a marca procurou desde sempre desenvolver embalagens, materiais de ponto de venda e acções promocionais “à medida” dos seus clientes. No
caso
das
primeiras
assinale-se o inovador ten-pack, conjunto de 10 garrafas criado no início da década de 90 e muito popular. Em termos de notoriedade junto do consumidor, de acordo
com um estudo da Omnibus Quantum – Ac Nielsen, seis em cada dez consumidores de cerveja preferem Super Bock e 25% dos consumidores de cerveja Super Bock são fiéis à sua marca. Destaque-se ainda que a Super Bock tem uma intenção de compra por parte dos consumidores de 87%.
Carlos Silva
26
O preço base desta cerveja é de 0.33€ podendo sofrer aumentos significativos dependendo do local de venda e do canal de distribuição.
Super Bock Green A
Super
Bock
Green
é
uma
cerveja
doce
por
ser
enriquecida com 1% de sabor a limão e 9% de extracto, o que lhe confere leveza; apresenta-se com uma cor ligeiramente turva, tem um menor teor alcoólico (apenas 4%) e possui menos calorias (33Kcal). A Unicer garante que é a melhor lemon beer da Europa. Este produto está “apoiado” pela marca-mãe, Super Bock, o que lhe deu logo à nascença uma notoriedade que não conseguiria se n estivesse associada a esta. A opção do nome “Green” é justificado pelo facto deste tipo de cerveja não ter um nome específico, além de representar a facilidade de beber em associação com a cor verde do “packaging” No conceito criativo do “packaging” da nova cerveja foi mantida a identidade do “lettering” branco da marca-mãe – Super Bock, sob um fundo verde que representa a facilidade de beber associada à nova Super Bock. O recurso ao efeito “twist”, de cor amarela faz ligação ao “espremer de um limão”, e a cor dourada confere-lhe o carácter “Premium” que caracteriza esta nova variedade de cerveja.
Super Bock Twin
Carlos Silva
27
Depois da guerra das pretas da Sagres e da Super Bock que marcou o mercado cervejeiro em 2003, este ano poderá vir a ficar marcado pela guerra das cervejas sem álcool. A Sociedade
Central
de
Cervejas
e
Bebidas
acaba também de lançar um novo produto Sagres que vai concorrer no mesmo segmento da Super Bock Twin. A nova Super Bock Twin surge em resposta à existência de um franco potencial de crescimento álcool
em
Portugal,
que
no
segmento
representa
das
cervejas
sem
actualmente apenas 3% do
consumo total de cerveja. O preço base desta nova cerveja é de 0.54€.
Cheers Cheers Ruiva
, Cheers preta (sem álcool)
e
A Cheers é produzida e engarrafada no centro de Produção da Unicer Cervejas, em Leça do Balio, sendo distribuída por todo o país, pela rede de distribuidores do Grupo e pela distribuição moderna (hipers, supers…). Para
além
de
fortemente
nacional, a cerveja Cheers também países,
nomeadamente
onde
se
implementada é
no
exportada
encontram
mercado
para
outros
grandes comunidades
de portugueses. Quanto fortemente
à
em
sua
imagem,
não
é
patrocínios, patrocinando
uma
marca
apenas
o
que
aposte
piloto
Pedro
Matos Chaves e mais recentemente Tiago Monteiro, também piloto. O facto de existir uma cerveja preta sem álcool, como é o caso da Cheers, deve-se ao facto de a Unicer, através de estudos de mercado, ter percebido que havia um nicho de mercado que não tinha ainda a sua cerveja, isto é, consumidores que, gostando de cerveja preta, não a queriam com álcool. Assim a Unicer desenvolveu para estes consumidores, uma cerveja preta sem álcool.
O sucesso da Cheers Ruiva demonstrou haver espaço para novas cervejas. De facto existem consumidores que não tem, no mercado das cervejas, um produto que vá de encontro às suas expectativas. A marca Cheers tenta assim responder a essas necessidades.
Carlos Silva
28
Também merece realce a nova campanha publicitária da família Cheers, com uma linguagem focalizada nas potencialidades de cada versão e uma maior dinâmica na comunicação da gama que conduziu a uma imagem de qualidade e inovação. Esta cerveja tem um preço base de 0.38/0.39€.
Carlsberg A Carlsberg existe desde 1845, sendo produzida na Dinamarca, pela Carlsberg Breweries. Foi pela primeira vez, comercializada em Portugal em 1972, fazendo parte do portfólio de produtos da Unicer desde 1992. Esta cerveja é produzida e engarrafada no centro de Produção da Unicer Cervejas, em Santarém, sendo distribuída por todo o país, pela rede de distribuidores do Grupo e pela distribuição moderna (hipers, supers…), podendo ser adquirida em todos os canais. A Carlsberg representa cerca de 5% das vendas de cerveja do Grupo posicionando-se em 4º lugar no mercado nacional e é umas das cervejas mais vendidas no mundo. Esta cerveja tem um teor alcoólico de 5.2% volume e diferencia-se das outras marcas de cerveja pela cor verde da sua garrafa. A Carlsberg tem uma forte associação ao futebol, capitalizada pelos patrocínios ao Campeonato Europeu de Futebol (EURO), Taça UEFA, Super Taça Europeia, patrocínio à Selecção Nacional de Inglaterra e ao Liverpool, entre muitos outros apoios internacionais. O preço base desta cerveja é de 0.38€.
Cristal e Cristal Preta
A Cristal é produzida e engarrafada nos três centros de Produção Unicer Cervejas, designadamente, Leça do Balio, Santarém e Loulé, sendo distribuída da mesma maneira que a Carslberg, ou seja, por todo o país, pela rede de distribuidores do Grupo e pela rede distribuição moderna (hipers, supers, …). Carlos Silva
29
A Cristal branca tem um teor alcoólico de 5.1% volume que é superior à Cristal preta que tem apenas 4.2%. Esta cerveja diferencia-se por ser a única cerveja nacional que tem um prático e cómodo sistema de abertura fácil, a pensar no consumidor e nas situações onde não há um abre cápsulas por perto. O mercado cervejeiro mudou, estando mais dinâmico, mais forte e competitivo. Sabendo disso a Cristal renovou a sua imagem com o objectivo de acompanhar as novas e mais exigentes tendências de mercado. Com a nova imagem, a Cristal pretende não só manter os seus fiéis consumidores mas também conquistar novos. O preço base desta cerveja é de 0.36€. As marcas da Unicer são líderes, tanto no total do mercado de
cerveja,
como
em cada
um
dos
segmentos
específicos
(segmento das cervejas brancas, pretas, sem álcool e lemon).
A Centralcer é a principal concorrente da Unicer. Em 2004 as vendas da Sociedade Central de Cervejas (SCC) subiram 6.2%, para 312 milhões de euros. A quota de mercado da SCC subiu de 40.9% para 41.5% A Centralcer produz/comercializa nove marcas. Como referi anteriormente vou apenas analisar as mais importantes:
Sagres Branca e Sagres Preta A cerveja Sagres foi uma das marcas que mais impulsionou o crescimento anteriormente referido, ao registar um aumento de facturação de 9%, para cerca de 174 milhões de euros. O volume de vendas da Sagres subiu 4.6%, para 2.261 milhões de hectolitros em 2004.
A quota de mercado da Sagres subiu de 36.5% para 40.9%. Carlos Silva
30
A Centralcer neste momento produz/comercializa nove cervejas mas apenas vou referir aquelas importantes para o estudo em questão. O preço base desta cerveja é de 0.36€.
Jansen Preta e sem álcool Não encontrei informação sobre esta cerveja. O preço base desta cerveja é de 0.35€.
Bohemia e Sagres Zero % (lançadas à menos de um mês) A Sagres acaba de criar um segmento de cervejas para atletas, apresentando-se como a alternativa saudável para quem não dispensa o sabor da cerveja Sagres tradicional e, do ponto de vista desportivo, quer ter uma vida muito activa. Ideal para desportistas, esta é a cerveja de puro malte, com um carácter assumidamente refrescante, que combina os benefícios do lúpulo com a ausência quase total de álcool. À venda desde 15 de Março, exclusivamente no formato 33 cl,
Six
Pack,
publicidade
será comunicada
que
contará
com
através a
de
uma
participação
campanha
de
dos futebolistas
Moreira, Hugo Viana e Hélder Postiga, todos eles pertencentes à Selecção Nacional. A campanha representa um investimento de mais de 1 milhão de euros e abrangerá outdoors e spot televisivos e está no ar desde 18 de Março. O preço base desta cerveja é de 0.39.
A Sagres Bohemia é uma das principais apostas da Sociedade Central de Cervejas e Bebidas (SCC) para o ano de 2005. Através do lançamento de uma cerveja ruiva, que oferece aos consumidores uma alternativa sofisticada e inovadora, a marca faz a sua entrada no segmento das refeições ate aqui dominado por outras bebidas que não a cerveja. De cor âmbar, com uma forte personalidade, aroma frutado e paladar doce, a Sagres Bohemia apresenta uma espuma cremosa e um nível alcoólico de 6.2. Carlos Silva
31
O seu público-alvo são indivíduos entre os 25 e os 45 anos, urbanos, sofisticados, bem sucedidos, preocupados com a imagem e a apresentação, e que gostam de experimentar novas emoções. Quanto ao preço desta cerveja é superior à Sagres branca e está marcado como preço base a 0.42. A Sagres Bohemia encontra-se já disponível nas referencias 33 cl, 33 cl retornável e Barril 30 litros, e vem reafirmar a aposta da SCC na inovação, procurando assim posicionar-se como
uma
das
mais
dinâmicas e activas empresas do mercado, sempre preocupada em responder e antecipar as necessidades dos consumidores. As conhecidas actrizes brasileiras Carolina Dieckman (loira) e Carol Castro (morena) serão as protagonistas da campanha de publicidade de lançamento da Sagres Bohemia. Com a assinatura “Uma cerveja com muito bom gosto”, a publicidade da nova Bohemia representou um investimento de cerca de 1.2 milhões de euros, com destaque para os outdoors e spots televisivvos protagonizados pelas actrizes acima referidas. Desta maneira os portugueses ficarão a saber quem é a nova ruiva que lhes fará companhia ao Jantar. A DrinkIn possui apenas uma marca de cerveja:
Pilsen, Preta e Mulata A DrinkIn, empresa do grupo Cintra sedeada em Santarém, aumentou a sua facturação em 33 por cento, para 18 milhões de euros no ano passado, apesar da actividade ter sido afectada pelo processo da NovaBase. O exercício poderia ter sido melhor se “a imagem da DrinkIn não tivesse deteriorada junto de alguns clientes” pelo processo em que a Novabase requereu ao tribunal a falência da empresa de bebidas de Sousa Cintra.
A
Novabase
requereu
a
falência
da
DrinkIn
alegando
a
existência de dívidas de 270 mil euros relativas à instalação de um sistema de informação pela empresa de tecnologias na fábrica de bebidas de Santarém.
Carlos Silva
32
Os problemas enfrentados não permitiram obter a quota de mercado ambicionada de cinco por cento. Também os projectos de marketing foram alterados campanha
prevista
para
e a
o ano passado foi suspensa, podendo, no
entanto, avançar antes do Verão para relançar a marca Cintra. Aliás, antes do Verão está previsto o lançamento de um produto inovador na área da cerveja, mais uma forma de concretizar a aposta no mercado interno, onde a DrinkIn espera crescer em 2005. No mercado nacional, a cerveja Cintra está em todo o país através de distribuidores ou com distribuição directa, o que acontece nas regiões de Lisboa, Santarém, Setúbal e Porto. Salienta-se também a reacção positiva à cerveja Mulata, cujas “características agradaram aos consumidores”, criando uma “diferenciação face aos concorrentes”. Até uma
ao
final
campanha
de
Outubro,
a
Cintra
de experimentação para a
esteve
a
promover
Mulata, «uma cerveja
produzida à base de maltes seleccionados e de sabor intenso», de acordo
com
a
empresa.
A
iniciativa,
que
decorre
em
bares,
restaurante e cafés a nível nacional, tem como objectivo dar a conhecer
a
cerveja
Cintra
Mulata.
«Através desta campanha o
consumidor tem a oportunidade de descobrir a qualidade e as características únicas da Mulata sem qualquer custo, bastando para tal adquirir uma Cintra branca ou preta». Recorde-se que a Cintra Mulata foi lançada no final de 2003. Segundo a empresa, esta marca está prestes a atingir o primeiro milhão de litros comercializados. As cervejas Cintra têm um preço base de 0.37.
O
objectivo
da
DrinkIn,
S.A.,
consiste
em
alcançar,
em
2007, uma capacidade da ordem dos 975000 hl (hectolitros/ano), dos quais 80% serão dirigidos ao mercado nacional, correspondendo
a
uma quota de mercado de 12.5% e os restantes 20% ao mercado
de
exportação,
vertente
em
que
a
empresa
pretende
apostar
fortemente.
Sumolis (através da Cereuro) possui 2 marcas de cerveja mas apenas a Tagus está a apostar na diferenciação: Carlos Silva
33
Tagus A Cereuro é uma empresa que faz parte do Grupo Sumol, tendo por objectivo a produção de cerveja da marca Tagus (na sua fábrica localizada na cidade de Viseu), que o grupo comercializa e distribui em Portugal. Resulta de uma parceria do Grupo Sumol com a empresa holandesa Grolsch que detém 20% do capital da Cereuro e um lugar no seu Conselho da Administração. A missão da Cereuro é: Satisfazer a sede e proporcionar prazer aos consumidores, através da criação de conceitos inovadores de cerveja, seu desenvolvimento e produção. O volume de negócios da Sumolis caiu, em 2003, 35.5%, para 19.8 milhões de €, devido à quebra nas vendas de uma empresa do Universo Sumol e à transferência da função de vendas aos grandes clientes para a Cibal mas apesar disto o volume de vendas de cervejas, do grupo Sumolis, apresentou um aumento de 6.3%. As contas da Sumolis em 2002 terão sido prejudicadas pela campanha publicitária para promoção da cerveja Tagus, um factor que anulou o efeito da subida dos preços e a descida das
matérias-primas
mas
trouxe
resultados
no
positivos,
custo como
referi anteriormente.
Principais concorrentes Internacionais
A nível Internacional o mercado da cerveja tem estado nos últimos dois anos em grande ebulição, tendo-se constituído grandes empresas que poderão vir a ser concorrentes da Super Bock Stout. A Unicer tem pensado cada vez mais Ibéria, isto é, tem tentado ver os seus concorrentes num espaço mais alargado. A
Unicer considera ser demasiado pequena para pensar mas
suficientemente
crescida
para
pensar
Ibéria,
o
mundo,
portanto
os
seus concorrentes são os grandes actores ibéricos. É a Mahou-São Miguel, que é uma grande empresa que opera em grande Madrid, é a Daam, que opera mais na zona de Barcelona, é a
Carlos Silva
34
Heineken de Espanha que é líder na Andaluzia e em Portugal o seu concorrente principal que é a Centralcer. Um problema da competitividade da industria cervejeira nacional, no contexto ibérico é o facto de em Espanha o IEC (Imposto Especial sobre Cerveja) se encontrar “congelado” desde 1996, sendo actualmente de 0.08 €/litro enquanto em Portugal é de 0.16 €/litro. A comparação entre estes IEC dos dois países Ibéricos são inexplicáveis, numa altura, em que algumas das principais empresas Portuguesas procuram adquirir dimensão ibérica. Do ponto de vista geográfico, e tendo em conta diversos factores, tais como, a preferência dos consumidores nacionais, a dificuldade em obter acesso a uma rede de distribuição organizada e os elevados custos de transporte, revelam que existem algumas barreiras à entrada para novos concorrentes situados fora do território nacional.
Carlos Silva
35
Cinco Forças de Porter Não está prevista a entrada no mercado de nenhuma cerveja com as características de Super Bock Stout. Potencial de novas entradas é baixo
Os principais concorrentes indirectos da Super Bock Stout são: O segmento das cervejas sem álcool, precisamente O poder
pelo factor
negocial dos
alcoólico
fornecedores é médio
O segmento das Ruivas
cervejas pela
diferenciação e por pretenderem atingir um alvo pouco consumidor de cerveja Rivalidade de concorrência
actual é Média/Alta
estes.
oferecidos outros
Normalment
produtos da
e os
empresa no valor
descontos
do desconto
dependendo do
são
concedido.
canal de
concedidos
distribuição e das
por
quantidades
negocial
quantidades
comprada por
clientes
sendo
O poder negocial com os clientes varia
O poder
Médio/Alto
Há produtos substitutos da Super Bock Stout. Pressão Alta
Carlos Silva
36
2.2 Diagnóstico Interno 2.2.1 Apresentação Histórica Breve Historial da Empresa
A Nossa História DE CUFP A UNICER Em 1890, foi criada no Porto a Companhia União Fabril Portuense das Fábricas de Cerveja e Bebidas Refrigerantes, uma sociedade anónima que ficou conhecida através da sigla CUFP. A CUFP foi fruto da fusão de sete fábricas de cerveja, seis no Porto e uma outra em Ponte da Barca. Esta última, foi vendida em 1902, como forma de obtenção de fundos para a aquisição de um terreno na Rua da Piedade, onde viria a situar-se, por muitos anos, a sede e os escritórios centrais que até aí se localizavam na Rua do Mello. Em 1904, a CUFP decidiu extinguir o negócio do vinho por não apresentar resultados positivos. Porém, a produção de cerveja e dos refrigerantes ia de vento em popa. A década de 1910-1919 ficou marcada por dificuldades no abastecimento
de matérias-primas.
Recorreu-se
inclusivamente
à
importação de malte espanhol para salvar a produção de cerveja. Mesmo assim, em 1914, foi inaugurada uma nova unidade fabril, a Fábrica do Leão, que um ano mais tarde apresentou lucros de cinco contos. Prometedor. As vendas cresceram 200% em 1920, um ano marcado pelo mal-estar social em Portugal e o início da lei seca na América. Em 1927 é solicitado certificado de registo da marca Super Bock que é emitido a 9 de Novembro. A década de 30 iniciou-se sob os efeitos da depressão económica internacional, mas ficou também marcada pela introdução de novas
marcas no mercado nacional. Em Setembro de
1932,
a
CUFP
participou
na
famosa
Exposição
Industrial
Portuguesa, em Lisboa, recebendo mais um Grand Prix que somou ao seu espólio de prémios. A facturação ultrapassou pela primeira vez os três mil contos. Em 1936, a produção superou mesmo a fasquia mítica do milhão de litros de cerveja. Curiosamente, em 1938, foi inaugurado em Carlos Silva
37
Espinho o primeiro bar próprio como forma de divulgar as marcas da companhia, fazendo lembrar vagamente o que hoje representa para a Unicer o espaço bogani cafe ou a República da Cerveja. Algumas marcas produzidas pela CUFP na década de 40 e 50 eram para além da cerveja Super Bock e Cristal, as cervejas Alémmar, Vitória e Nevália e as laranjadas Favorita e Invicta. A CUFP tinha no início de 1950 uma importante participação na Cuca – Companhia União de Cervejas de Angola, sendo este mercado considerado estratégico já nessa altura. Em 1957 é inaugurada uma cervejaria situada no edifício de Júlio Dinis que rapidamente se transformou num sucesso comercial. A década de 60 ficou marcada pela construção de uma nova fábrica na Via Norte, em 1964, com capacidade de produção anual de 25 milhões de litros. O Presidente da República presidiu à inauguração da nova fábrica de Leça do Balio que possuía três linhas de engarrafamento para 20 mil garrafas por hora cada uma e uma outra para 18 mil latas por hora. O investimento total nesta unidade ultrapassou os 190 mil contos. Nesse mesmo ano, as vendas de cerveja cresceram 32% e as de refrigerantes 27% tendo em conta os valores atingidos no ano anterior. A década de 60 ficou igualmente marcada pelo fim da Fábrica do Leão e da Fábrica de Júlio Dinis. E ainda pela produção da primeira cerveja preta, aproximadamente 40 anos antes do nascimento de Super Bock Stout. No início da década de 70, é inaugurada a rede de distribuição de Super Bock em Lisboa e adquirida a Empresa de Águas Alcalinas e Minero-Medicinais de Castelo de Vide. Após designar-se
a
revolução
Unicer
–
de
25
de
Abril,
a
CUFP
passou
a
União Cervejeira, EP. Estávamos em 1977,
quando o Governo decidiu criar duas empresas públicas para o sector
cervejeiro. A empresa pública Unicer, resultou da fusão da CUFP com a Copeja e com a Imperial, empresas concorrentes que possuíam fábricas, respectivamente, em Santarém e Loulé. Até 1980, os resultados foram sempre negativos, consequência do esforço de integração das referidas estruturas na nova Unicer. No final da década de 70 deu-se início à produção da marca Tuborg por acordo celebrado com a United Breweries. Em 1981, com os primeiros resultados positivos, e nos anos que lhe seguiram, a Unicer lançou novas marcas, com especial destaque
para
a
linha
de
sumos
Frutini,
o refrigerante Snappy,
tendo alargado a distribuição da cerveja Cristal a todo o mercado nacional Carlos Silva
38
e introduzido os produtos Cola, Ginger Ale e Água Tónica da marca Canada Dry, que representava nessa altura. Em meados dos anos 80, a Unicer atingiu os 48,7% de quota de mercado no negócio da cerveja, com mais de 177 milhões de litros vendidos e depressa se tornou líder no mercado cervejeiro em Portugal. Em 1986, o melhor ano da sua história, a Unicer torna-se líder do mercado nacional cervejeiro, com uma quota de 50,8%. Acresce que os anos 80 ficaram igualmente marcados pelo início das exportações de refrigerantes realizados.
No
final
dos
anos
e 80,
pelos o
enormes
plano
investimentos
de investimentos da
Unicer era ambicioso: aumentar a capacidade instalada em 70%, fazendo jus aos lucros históricos que alcançou: 1,95 milhões de contos em 1989. Também nesse ano é constituída a Maltibérica da qual a Unicer é accionista maioritária. A 26 de Abril, teve lugar na então Bolsa do Porto a operação de privatização de 49% do capital da Unicer, entretanto transformada para esse efeito em sociedade anónima de capitais públicos. Foi a primeira privatização de uma empresa pública realizada em Portugal. Um ano mais tarde, a 28 de Junho de 1990, a Unicer foi totalmente privatizada. Data desse mesmo ano a aquisição da quase totalidade do capital da Rical, em Santarém. Em 1992, por acordo com a Carlsberg Internacional, a Unicer iniciou a produção e comercialização da marca Carlsberg. Lançou novas marcas como a Nautic Light e a Cheers e aumentou a sua quota de mercado interno no segmento das cervejas. Liderada nessa altura por Soares da Fonseca, a Unicer lutou até meados dos anos 90 contra a estagnação do mercado da cerveja e quebras sistemáticas no consumo privado, em grande parte originadas pelo forte agravamento da carga fiscal, com o IVA a saltar de 8% para 16%, assim como pelo aumento do imposto especial sobre as bebidas alcoólicas. Foram anos
de desafios já que a empresa perseguia a consolidação da sua posição no mercado. Em 1994 foi apresentada a Guinness e lançada a Tuborg 7.2. Depois de 1995, o mercado das cervejas voltou a crescer e a Unicer reforçou ainda mais
a
sua
liderança
no
sector.
Nos
refrigerantes lançou a Frutis, relançou a gama Rical e entrou nos Ice Tea com o FruTea (em parceria com a Compal). Nos vinhos, lançou o Vini, em parceria com a Univin, e nas águas apostou forte na Vitalis.
Carlos Silva
39
Em 1997, um ano vincadamente marcado pelo crescimento económico, a Unicer constituiu as distribuidoras Rotadouro e Servitagus, modernizou os sistemas de informação e de racionalização produtiva e desenvolveu-se em matéria ambiental. Foi neste ano alterado o logotipo da Unicer. No ano da EXPO 98, a última Exposição Mundial do século XX, a empresa continuou a sua aposta em novos lançamentos, dos quais um dos mais significativos e inovadores terá sido o de Cool Beer.
Por
sua
patrocinadoras
vez, oficiais
as
marcas
da
EXPO
Super 98.
Em
Bock
e
Vitalis
foram
1999
a
Carlsberg
foi
relançada segundo o alinhamento internacional. No ano 2000, Soares da Fonseca passou o testemunho a Manuel Ferreira De Oliveira, actual presidente do Conselho de Administração. E a Unicer continuou a sua aposta na associação a grandes acontecimentos nacionais com projecção mundial, desta vez a Porto 2001 – Capital Europeia da Cultura. Em 2002, a Unicer adquiriu o Grupo Vidago, Melgaço e Pedras Salgadas (VMPS) e ainda a totalidade do capital da Caféeira, a mais antiga marca de café presente em Portugal. A VMPS foi assim integrada, ao longo dos últimos dois anos, no Grupo Unicer, que assimilou uma história centenária a todos os títulos excepcional e deslumbrante. Recorde-se que a descoberta da água medicinal Vidago data de 1863, quase 30 anos antes do nascimento da própria CUFP. A integração da VMPS reforça igualmente uma nova etapa na vida da empresa que, em 2001, passara a designar-se de Unicer – Bebidas de Portugal, SA. A Unicer deixou assim de ser uma empresa essencialmente cervejeira para se afirmar como uma empresa de bebidas, operando também no mercado das águas, sumos e refrigerantes, vinhos e cafés. De assinalar o lançamento de Frutis Natura, marcando a entrada do Grupo Unicer no segmento dos sumos
100% e nos néctares, a certificação da cerveja Super Bock, o lançamento de novas referências nos vinhos e da marca de café Bogani. A história do Grupo Unicer demonstra que por trás das suas
marcas,
sempre
das
pessoas
suas máquinas ou da sua qualidade, estiveram
unidas
pela
enorme
capacidade
de
inovação,
competência e vontade de fazer mais e melhor. Só assim se justifica que um Grupo Económico como a Unicer tenha atravessado já três séculos
da
história
da
civilização moderna. E haja tanto ainda por
fazer. Carlos Silva
40
2.2.2 Cultura Interna e Tipo de Gestão Missão Contribuir para a satisfação dos Consumidores de bebidas disponibilizando o que necessitam e preferem, criando valor e fazendo-o melhor do que a concorrência. A Unicer Cervejas tem por missão disponibilizar e gerir a produção de marcas de cerveja de acordo com as características definidas para cada uma delas, de forma a contribuir para satisfação
dos
clientes e
dos
a
consumidores de
cerveja, fazendo-o melhor do que a concorrência e maximizando o valor do Grupo.
Visão Elevar o Grupo Unicer a uma posição de destaque na Península Ibérica, através do desenvolvimento
dos
seus
recursos
humanos,
dos seus negócios e do aproveitamento selectivo de oportunidades em novos mercados.
Valores A
Unicer
rege-se
por
5
valores
Focalização nos Clientes e Consumidores,
fundamentais. Respeito
pelo
São
eles:
indivíduo,
Trabalho em equipa, Cidadania responsável, Integridade e ética.
Carlos Silva
41
Organigrama
Unicer Bebidas de Portugal, SCPS, S.A.
Marketing Corporativo
Funções Corporativas
Qualidade, Inovação e Desenvolvimento
Unicer Cervejas, S.A.
Unicer
–
Águas, S.A.
Unicer – Sumo Unicer – e Refrigerantes,
Vinhos,
Unicer – Cafés
S.A.
S
Unicer – Distribuição de Bebidas, S.A. Unicer – Serviços de Gestão Empresarial, S.A. Unicer Internacional – Exportação e Importação de Bebidas UnicerGeste – Gestão Serviços Distribuição, S.A. (Norte, Centro e Sul)
Finanças Contabilidade e Controlo de Gestão Gestão de Pessoal Serviços Jurídicos Engenharia e Gestão de Instalações Compras Serviços Corporativos
Carlos Silva
42
A Unicer Serviços tem como objectivo a prestação de serviços de forma eficiente e competitiva numa óptica de maximização de valor do Grupo. A profunda reestruturação do Grupo Unicer, levou a significativas alterações ao nível da Gestão, provocando impactos ao nível dos sistemas de informação, dos sistemas de gestão, fiscalidade – e do relacionamento com clientes e fornecedores, externos e internos. Existe uma unidade que é constituída por um conjunto de Divisões
(Compras, Engenharia e Gestão de Instalações, Finanças,
Contabilidade e Controlo de Gestão, Gestão de Pessoal e Jurídico) e Serviços Corporativos que se assumem como naturais prestadores de serviços para a totalidade do Grupo Unicer. A
Divisão
de
Compras
garante
o
apoio
necessário
à
negociação e selecção de fornecedores de bens e serviços, adquiridos pelo
Grupo
Unicer.
Focaliza-se
na
abordagem
do
mercado
de
fornecedores de uma forma objectiva e profissional, numa óptica de gestão de um negócio,
nas
quatro
vertentes
fundamentais
da
negociação: Qualidade, Prazo, Quantidade e Preço. A Divisão de Engenharia e Gestão de Instalações desenvolve actividades no âmbito da engenharia e assegura a integração e funcionalidade dos edifícios e instalações. A Divisão de Finanças tem por missão optimizar a alocação, gestão, planeamento e controlo dos recursos financeiros do Grupo e avaliar o risco financeiro envolvente nas medidas constantes do planeamento estratégico, numa óptica de maximização do valor do Grupo. A
Divisão
de
Contabilidade
e
Controlo
de
Gestão,
elabora a contabilidade e a informação de gestão, apoia o controlo de gestão, ao nível das empresas do Grupo Unicer e consolidado, numa óptica de melhoria contínua de eficiência e coesão operacional. A assegurar
Divisão os
de
Gestão
de
Pessoal
tem
por
objectivo
serviços necessários para optimizar a performance
das
equipas
Corporativa
de de
acordo Recursos
com
as
Humanos,
políticas
definidas pela Função
garantindo
o
controlo
e
a
uniformização dos procedimentos de gestão de pessoal. A prestação de serviços jurídicos ao Grupo Unicer é desenvolvida pela Divisão Jurídica.
Carlos Silva
43
2.1.3 Recursos Humanos 2.1.3.1 Caracterização A gestão dos Recursos Humanos constitui um instrumento ao serviço da melhoria do desempenho e do desenvolvimento dos negócios da Unicer, incrementando o capital humano numa óptica de maximização do valor do grupo. A política de Recursos Humanos estratégico permitindo capacidades,
a
promoção
atrair
e
atitudes
do bom reter
e
(RH) tem
desempenho
colaboradores
comportamentos,
como das
que,
foco
equipas,
pelas
suas
um
factor
constituam
competitivo do grupo. Deste modo, é uma prioridade da política de RH garantir uma coerência entre o planeamento das actividades de recursos humanos e o planeamento operacional das diferentes áreas, focalizando-se no (s) negócio (s) da Unicer. No Grupo Unicer promove-se o papel das hierarquias como primeiros responsáveis da gestão dos recursos humanos das suas equipas.
Os projectos inovadores de RH A Unicer tem sido um dos grupos pioneiros, em Portugal, na implementação de sistemas de informação e instrumentos inovadores de gestão de recursos humanos. Refira-se o projecto global de pilares
de
recursos
modernização
humanos
e democratização
humanos. global
e
o SAP-HR da
função
como
os
recursos
Assim, no âmbito do projecto
de recursos humanos desenvolveram-se diversos instrumentos
fundamentais como: Descrição e Qualificação de Funções; Modelo de Competências;
Perfis de Competências; Sistema de Gestão de Desempenho; Modelo de Assessment de competências; Team Building; Modelo de Desenvolvimento Profissional (Certificação de Competências);
Carlos Silva
44
A implementação destes instrumentos estratégicos tem permitido uma mudança organizacional que
incentiva atitudes
e
comportamentos nos
colaboradores, orientando-os para os resultados, para o trabalho em equipa e
para
desenvolvendo
a
satisfação
uma
cultura
do de
cliente
(interno
aprimoramento
e externo),
contínuo
e
de
âmbito
do
e-
"meritocracia". Em learning virtual)
curso, como
estão
a
projectos
inovadores
no
Unicer Learning Center (centro de aprendizagem
ou o programa de atracção e retenção de talentos (Projecto
Alfa, Omega e Projecto Viveiro de Talentos).
2.1.3.2 Recrutamento e Selecção
A excelência no recrutamento constitui uma das principais políticas de recursos humanos do Grupo Unicer, pelo que não é seu objectivo seleccionar pessoas, mas sim talentos. Um processo completo, isto é, desde a publicação de um anúncio até à admissão do novo
colaborador,
contemplar
várias
poderá
durar
entre
dois
a
quatro
meses
e
fases, nomeadamente, provas de avaliação
psicológica, entrevistas, exercícios de grupo, etc. Os perfis privilegiados pela Unicer são os que estão em sintonia com os valores do Grupo (já referidos anteriormente), para além das habilitações e competências requeridas para o desempenho de determinada função. Pretendemos identificar talentos. O Grupo Unicer privilegia a multidisciplinariedade, pelo que existe um vasto leque de áreas académicas com interesse para a Unicer. Salientam-se, contudo, as áreas económico- financeiras, engenharias, áreas biotecnológicas, ciências sociais e humanas, etc. O objectivo do processo de admissão deve permitir responder atempadamente às necessidades das diferentes áreas e contribuir
efectivamente
para
o
aproveitamento
das sinergias no seio das
equipas, sem pôr em causa os seguintes princípios: Igualdade de oportunidades – São garantidas, no processo de selecção, condições iguais para todos os candidatos, não se discriminando nenhum por razões de sexo, raça, ou crença. Homem
certo
para
o
lugar
(in)
certo
–
O perfil de
selecção não é apenas o resultado da análise dos requisitos do posto, mas também, na determinação do potencial de cada colaborador. Carlos Silva
45
Privilegiar a selecção de jovens – Damos preferência ao recrutamento de jovens com o objectivo de rejuvenescer os quadros e de fortalecer a cultura de mudança. Aumentar novos
o
nível
de
habilitações
colaboradores, privilegiamos
escolares e profissionais
os
–
Na
selecção
melhores
de
currículos
com o objectivo de incrementar o
potencial da empresa e facilitar a mobilidade funcional e a polivalência. Privilegiar a selecção interna – Favorecemos o crescimento e desenvolvimento profissional dos colaboradores dando preferência aos recursos internos. Não excluir familiares – O vínculo familiar do candidato não influenciará o processo de selecção, de modo a cumprir o princípio de igualdade de oportunidades. Direitos de personalidade – A todos os candidatos é assegurada a confidencialidade no
tratamento de aos mesmos.
dados,
podendo este
ter
acesso
Nº MÉDIO DE EMPREGADOS
2003 2002 Recrutamento
2001 2000 1999 0
Graf.9
500
1000
1500
2000
2500
Fonte: Relatório 2003 Unicer
2.1.3.3 Acolhimento e Integração O objectivo da Política Social visa incrementar o sentimento de
pertença ao Grupo Unicer, satisfação.
gerando
motivação
Sãoassumidos os
e
seguintes princípios:
Complementar as necessidades de apoio social e segurança dos colaboradores e seus familiares, aumentando o nível de satisfação.
Carlos Silva
46
Gerir equitativamente os benefícios sociais, de modo a favorecer a justiça social na empresa. Incentivar o clima emocional positivo, incrementando atitudes de pertença social (Clube Unicer). A Unicer desenvolve dezenas de estágios anuais, com o objectivo de dar corpo a um dos nossos valores – “Cidadania responsável”. Estes estágios visam facilitar a integração, no mercado de
trabalho,
de
Naturalmente,
terá
jovens
finalistas
ou
recém
licenciados.
maiores possibilidades de ser recrutado para a
Unicer um jovem que já conhece a realidade da empresa e sobre o qual a empresa já tem informação acerca do seu potencial de desempenho.
2.1.3.4 Formação Técnica
A
Unicer
proporcionando,
investe aos
fortemente
no
seu
capital
humano
seus colaboradores, um leque diversificado de
formação, em diversas áreas, desde a área técnica à comportamental. Aposta fortemente na aquisição de competências complementares através de incentivos Mestrados.
Para
à
além
realização deste
tipo
de
MBA`s,
Pós-Graduações
e
de formação mais tradicional, a
Unicer possui um centro de aprendizagem virtual - ULC -, onde os colaboradores podem frequentar uma grande diversidade de cursos on-line. O objectivo
do
Sistema
de
Desenvolvimento de Competências dos visa
prepará-los
para
o
seu
desenvolvimento
colaboradores profissional,
devidamente enquadrado nas necessidades das respectivas equipas e nos interesses do grupo, garantindo-se o cumprimento dos seguintes princípios:
Assegurar o retorno do investimento realizado em formação, gerando uma melhoria do desempenho das pessoas e das equipas. Focalizar o desenvolvimento de competências/papéis, direccionado para a obtenção de ganhos tangíveis na performance das equipas e intangíveis na gestão do potencial.
Carlos Silva
47
Assegurar a articulação da formação com os Planos de Melhoria e Desenvolvimento das Equipas, de modo a responsabilizar as chefias pela gestão e desenvolvimento dos seus colaboradores. Orientar o desenvolvimento das carreiras profissionais para os interesses da empresa e necessidades das diferentes equipas, que permitam a efectiva e atempada preparação dos colaboradores para o desempenho dos novos papéis ou funções
2.1.3.5 Avaliação do Desempenho, Política Salarial e Gestão de Recompensas
O objectivo do sistema de Gestão do Desempenho visa gerar incrementos significativos nos resultados obtidos pelas equipas e nos contributos individuais e constituir, também,
um
efectivo
instrumento de melhoria do desempenho, segundo os seguintes princípios:
Os prémios de desempenho são assumidos como um verdadeiro investimento no desempenho futuro do colaborador e não um custo. Concretização da política de transparência e previsibilidade na comunicação relativa a este instrumento. Responsabilização plena das diferentes direcções pelo resultado da avaliação dos colaboradores.
Equidade salarial – interna e externa, zelando-se para que o salário esteja relacionado com no
desempenho
da
sua
o
contributo
de
cada
colaborador
função/papel.
O objectivo do Sistema de Compensação é permitir atrair, motivar e reter os colaboradores necessários ao desenvolvimento do
grupo segundo os seguintes princípios:
Personalização da compensação de acordo com o papel desempenhado, "senioridade" e potencial do colaborador. Carlos Silva
48
Política salarial baseada na "meritocracia" – o crescimento salarial deverá estar correlacionado com o mérito do colaborador. O salário mínimo para cada função é determinado pelo instrumento de qualificação de funções (job pricing). Remuneração variável associada ao desenvolvimento de competências e obtenção de resultados.
2.1.4 Recursos Financeiros Não me foram fornecidos estes dados.
2.1.5 Recursos Tecnológicos O
valor
modernização
investido
na
Unicer
Cervejas
em
projectos
de
das instalações industriais e equipamento, e na
melhoria contínua de processos no âmbito da Qualidade, Ambiente e Segurança atingiu os 9,3 milhões de euros em 2003. Dos investimentos referidos destacamos a renovação de uma linha de enchimento de garrafas em Leça do Balio, que além da sua modernização, com a robotização do sector de despaletização e paletização, a dotou de capacidade de acondicionamento de garrafas de tara retornável em tabuleiros "display tray" para as grandes superfícies e, a renovação de 3 linhas de tara perdida, em Leça do Balio, Santarém e Loulé, que permitiu aumentar a capacidade horária de enchimento de cerveja em garrafa. Relativamente aos indicadores técnicos que avaliam a actividade industrial na Unicer Cervejas
sublinha-se
a
continuação
da
melhoria da produtividade em cerca de 2% relativamente ao ano anterior, a melhoria significativa do índice de absentismo, o qual atingiu 3,8% e a melhoria da eficiência dos consumos específicos
de
materiais.
Este
último
facto contribuiu para a redução dos custos
variáveis unitários, com excepção da embalagem de tara perdida, em particular a redução do consumo de água, nomeadamente no Centro de Produção de Santarém.
Carlos Silva
49
2.1.6 Evolução da Performance: VOLUME DE VENDAS Volume de Vendas 2003 2002 2001
Vendas
2000 1999 0 Graf.10
200000
400000
600000 Fonte: Relatório 2003 Unicer
De acordo com o estudo que realizei pude verificar que tem existido um aumento das vendas a nível geral na empresa como demonstra o gráfico. Através da pesquisa que efectuei para a realização deste trabalho apenas sei que a Unicer previa vender 5 milhões de litros no fim do ano de 2003 num investimento de 2.6 milhões de euros (incluindo a área de comunicação) e que no fim do mesmo ano atingiu o valor impensável de mais de 20 milhões de litros.
2.1.7Q.M.R.
Como já referi anteriormente, em termos de objectivos, a Unicer, previa que no primeiro ano de comercialização a marca vendesse 5 milhões de litros, representando aproximadamente 15% de quota de mercado. Este objectivo foi excedido em mais 15 milhões de litros. Segundo o Relatório de Contas de 2003 a Unicer detém no segmento das cervejas pretas uma quota de mercado de
53.5%, tendo a Centralcer como a sua principal concorrente 35.6%, restando para as outras fabricantes 10.9% de quota. A Super Bock Stout insere-se dentro deste universo das cervejas Carlos Silva
50
pretas (segundo um estudo efectuado pela AC Nielsen de Junho de 2004) com 34% da quota “sobrando” cerca de 19.5% para as outras cervejas pretas do grupo Unicer.
Capacidade financeira e de produção
A produção anual atingiu os 391 milhões de litros, distribuídos pelos três centros de produção da Unicer Cervejas, com 60% em Leça do Balio, 32% em Santarém e 8% em Loulé.
Maltibérica, S.A. A Maltibérica, S.A., é uma sociedade constituída pela Unicer – Bebidas de Portugal, SGPS,
S.A.
e
pela
Intermalta,
S.A.
e
tem
como actividade principal a produção e comercialização de Malte. A unidade de produção da Maltibérica, encontra-se localizada em Poceirão, concelho de Palmela, a cerca de 50 Km de Lisboa e nas proximidades do porto marítimo de Setúbal. A sua implantação, próxima dos centros de produção
de
cevada
nacional
e
dos
principais consumidores de
malte, é determinante no sucesso da fileira Cevada-Malte-Cerveja. Possuidora Maltibérica
de
assegura
uma
moderna
unidade
de
produção,
a
uma produção anual de 38.000 toneladas de
malte, podendo crescer até cerca de 80.000 toneladas, com garantia permanente de elevados padrões de Qualidade, Ambiente e Segurança. Na
origem
de
um
bom
malte,
está
sempre
uma
boa
cevada. O objectivo a médio prazo da Maltibérica, é a produção de maltes
com
cevadas
de
duas
carreiras
de
origem portuguesa.
Assim, a Maltibérica tem vindo a empreender um ambicioso plano de trabalho para o desenvolvimento da cultura de cevada nacional, de
boa
qualidade
para
malte,
em estreita
articulação
com
Associações de Produtores de Cereais, Agricultores, Instituições de Investigação e Produtores de Sementes. A Maltibérica oferece aos seus clientes todas as garantias possíveis de qualidade: Um rigoroso controlo das matérias-primas desde o campo, dos processos e do produto acabado.
Carlos Silva
51
Evolução do cash-flow
2003 2002 2001
Cash-Flow
2000 1999 55000
60000
65000
70000
Graf.11
Fonte: Relatório 2003 Unicer
Análise ABC dos Produtos/Mercado
Anális e ABC do M e rcado
A completar depois de sair o relatório de contas Unicer 2004 10,90%
UNICER CENTRALCER
53,50%
35,60%
OUTROS CONCORRENTES
Graf.12
Como
Fonte: Relatório 2003 Unicer
podemos
verificar
no
gráfico
anterior,
80%
do
mercado da cerveja em Portugal está “entregue” à UNICER e à CENTRALCER,
tendo
os
mercado de cerveja preta.
outros
concorrentes apenas 10.9% do
Carlos Silva
52
Ao nível da análise dos ABC dos produtos a Unicer apresenta 4 cervejas pretas, sendo a Super Bock Stout a líder incontestável com apenas 2 anos de vida. Esta cerveja vem no seguimento de um trabalho elaborado pela Unicer com as outras cervejas
pretas
do
grupo:
caso
da
Cristal
Preta
(sofreu
uma
remodelação na sua Imagem), que é a cerveja mais velha do mercado nacional e que actualmente é a 2ª cerveja preta da Unicer e a 3º a nível nacional. A cerveja Cheers Preta é líder de mercado das cervejas sem álcool e foi a primeira cerveja preta sem álcool a ser comercializada em Portugal. A cerveja Guinness é provavelmente a cerveja mais velha do mundo, está a ser comercializada em cerca de 150 países e produzida em 51. A cuidadosa utilização dos melhores ingredientes naturais, associada à experiência de produção de cerveja de mais de 2 séculos, faz de Guinness uma cerveja única e famosa em todo o mundo pela sua qualidade e tradição. Após
esta
pequena
análise
que
fiz
sobre
o
segmento
“Pretas” da Unicer posso constatar que a análise ABC dos produtos não deve ser feita nesta situação porque todas têm a sua estratégia bem definida. Apesar de a cerveja Guinness ser a que menos vende, funciona dentro
da
empresa
como
uma
imagem
que
têm
de
salvaguadar: sendo a mais velha, é a que tem melhor aparência e melhor imagem. Em relação às outras, duas são líderes nos seus segmentos e outra é 3ª e é a mais velho do mercado nacional.
Carlos Silva
53
Ciclo de Vida do Produto (CVP)
Ciclo de vida do Produto
Introdução
Crecimento Maturidade
Declinio
Graf.13
A Super Bock Stout entrou no mercado em Fevereiro de 2003, e após a introdução do mercado bem sucedida encontra-se agora na fase de Crescimento.
Carlos Silva
54
Segmentação e Posicionamento actuais A estratégia para o lançamento da Super Bock Stout consiste em aproximar para o consumo de cerveja pessoas que não vêem neste produto a sua prioridade, embora admitam consumir a bebida em determinadas ocasiões. Segundo um estudo da Mediamonitor/Marktest, divulgado pela Unicer, onde foram realizadas mais de duas mil entrevistas a consumidores de cerveja dos 15-65 anos, nos meses de Junho e Julho de 2003, existe em Portugal um total de 6.7 milhões de
consumidores
dos
quais
2.4
milhões
(37%)
indicam
uma
regularidade de consumo “mensal”. Podemos verificar também que é na faixa etária dos 25/34 anos que existe um maior consumo de cerveja preta, logo, é o segmento alvo que a Unicer pretende atingir. Segmentação por Idades
10,2
9,0
2,1
15/17 anos
13,9
18/24 anos 25/34 anos 35/44 anos
14,8
26,6
45/54 anos 55/64 anos
23,5
Graf. 14 2004
+ 64 anos
Fonte: Consumidor
Como podemos verificar no gráfico seguinte, o mercado da cerveja pode ser segmentado por regiões, sendo a região da grande Lisboa a que mais consome cerveja preta e logo a seguir a região do
litoral Norte.
Carlos Silva
55
Segmentação por Regiões
8,9 15,9
Sul Interior Norte
16,3
Litoral Centro Litoral Norte
18,7
Grande Porto
12,5
Grande Lisboa
27,6
Graf.15
Fonte: Consumidor 2004
Segundo o estudo da Marktest (Consumidor 2004) podemos também verificar que este mercado é feito essencialmente para os homens, o que pode ser uma oportunidade de mercado em relação ao sexo feminino.
Segmentação por Sexo
20,8 Masculino Feminino 79,2
Graf.16
Carlos Silva
Fonte: Consumidor 2004
56
Ao nível das classes sociais e, ao contrário do que se possa pensar, a cerveja preta não é um produto que seja consumido pelas classes baixas, mas sim, segundo o Consumidor 2004, tem o seu target (actual) principal a classe média (Média Baixa, Média e Média Alta). Apesar de não ser perceptível no gráfico seguinte, uma vez que apresenta os dados da Classe Alta e Média Alta agrupados num só, a classe Alta, assim como a classe Baixa é a que tem uma menor percentagem de consumo.
Segmentação por Classes Sociais
13,6 29,9
Baixa Média Baixa Média
30,3
Alta/Média Alta
26,2
Graf.17
Fonte: Consumidor 2004
Os consumidores Super Bock tinham a sua cerveja do dia a dia mas não tinham uma referência “preta”, ou seja se quisessem beber uma cerveja preta, teriam que beber de outra marca; vendo esta situação a Unicer decidiu lançar a sua Super Bock preta destinando-a a: - Consumidores de Super Bock que até aqui não dispunham de uma cerveja preta; - Consumidores de cerveja preta que a partir de agora tem ao seu dispor um produto
de qualidade com a marca mais preferida no mercado não consumidores de cerveja que procuram novas propostas.
Carlos Silva
57
MARKETING MIX – PRODUTO
Super Bock Stout é a cerveja preta especial da Super Bock, produzida
a
partir
de maltes especiais: malte pálido, malte de
caramelo e malte de chocolate que lhe conferem um aroma e gosto distinto, bem como uma espuma cremosa e duradoura. Super Bock Stout difere das cervejas pretas existentes do mercado, dado ser mais rica em extrato, mais encorpada, com aroma e gosto mais complexo (frutado) e não tão torrado. O cuidado e o tipo de matérias-primas utilizado no processo de fabrico de Super Bock Stout resulta numa equilibrada combinação entre o doce e o amargo revelando um sabor único. Um sabor autêntico. Por tudo isto, Super Bock Stout é mais que uma cerveja Preta, é o outro lado da Super Bock.
2.2. MARKETING MIX – PREÇO TIPOS DE PREÇO: Markup (custo/1-markup) Não me foi dada esta informação pela empresa Preço de mercado Ao nível do preço a Super Bock Stout está equipara ao preço da nova Super Bock Green, o que significa 5% acima da Super Bock tradicional. A Unicer vende cada grade de vinte e quatro garrafas a 8€ o que significa aproximadamente 0.33€ por garrafa. Este preço é o que praticam os grossistas, ou seja, estes compram
em
grandes quantidades à Unicer que lhe concede
descontos no máximo até 20% e lhes permite praticar o mesmo preço que eles. O prejuízo está nos custos de distribuição, isto é, a Unicer entrega a mercadoria ao cliente, ao contrário dos grossistas. Quem
compra
aos
grossistas
tem
que arrecadar com os custos de
transporte. Carlos Silva
58
Já alguns retalhistas compram a 0.33€ directamente à Unicer, ou aos grossistas, e posteriormente vendem o produto entre os 0.40€ e os 2€ dependendo do tipo de estabelecimento.
2.3. MARKETING MIX – DISTRIBUIÇÃO A distribuição da Super Bock Stout é exactamente a mesma de qualquer bebida da Unicer, isto é, está disponível a nível nacional e em todos os canais, incluindo naturalmente o canal Horeca. A Super Bock Stout pode ser encontrada nos lineares da Super Bock Green e tradicional que estão presentes em 95% dos estabelecimentos comerciais que vendem bebidas e demais produtos alimentares. Esta era e é a maneira mais fácil de fazer a entrada neste mercado, porque beneficia de todos os intangíveis que a marca Super Bock transporta. Por outro lado, ajudará a criar mais espaço para a marca como um todo e consequentemente mais opções e notoriedade. Numa óptica de optimização de custos de toda a cadeia de abastecimento da Unicer e de nível de serviço, a produção está repartida por 3 modernos centros de produção – Leça do Balio, Santarém e Loulé – que em conjunto permitem dispor de uma capacidade instalada de produção de 450 milhões de litros, assegurada por um quadro de pessoal de aproximadamente 460 colaboradores. A totalidade da produção de cerveja é vendida à Unicer Distribuição, obtendo ainda a Unicer Cervejas proveitos como resultado da prestação de serviços a outras empresas do grupo e da venda directa de subprodutos associados à produção de cerveja. A distribuição da marca Super Bock é realizada quer pela rede de distribuidores oficiais Unicer, quer pelas cadeias organizadas de
distribuição moderna. A UnicerGeste é
a unidade de negócios do Grupo Unicer
responsável pela gestão das
empresas
de
distribuição
capilar,
Rotatejo e Rotadouro. Um dos pilares básicos da sua missão é o desenvolvimento da distribuição capilar.
Carlos Silva
59
Unicer – Distribuição de Bebidas, S.A. A Unicer Distribuição é responsável pelas operações de venda, logística, assistência a clientes e assistência técnica. No âmbito da operação de venda, esta unidade de negócio tem como distribuição
e
os
clientes
a
rede
clientes
do comércio
de
organizado.
No que respeita à operação de logística, ela é assegurada para todos os produtos comercializados pelas outras empresas do Grupo, garantindo-se a gestão eficaz, total e integrada da cadeia de abastecimento. Desta forma, maior qualidade e rapidez são as características do serviço que a Unicer presta aos seus clientes e consumidores. Os distribuidores da Unicer continuam assim a apostar na melhoria
do
serviço prestado aos seus clientes como forma de
diferenciação face aos restantes operadores. Como reconhecimento pelo seu desempenho, o Programa de Excelência da Unicer tem vindo a distinguir diversos Distribuidores. Em 2002 as medalhas de Ouro,
Prata
e
Bronze
foram atribuídas, respectivamente, aos
Distribuidores Refrigmiranda Lda, Antero Marques Loureiro Lda. E José Maria Soeiro Rodrigues Lda., sendo que a conquista destas distinções reflecte o reconhecimento nacional,
no
âmbito
pelas da
melhores
Rede
prestações
a
nível
de Distribuição. De facto, a
excelência dos serviços de distribuição da Unicer, mais do que um pormenor, é uma razão de ser. Com os grandes Moderna, a
Grupos
de
Distribuição
Unicer
continua o desenvolvimento
de práticas usando a optimização da cadeia de abastecimento, de modo a permitir oferecer uma resposta mais eficiente e eficaz às necessidades dos consumidores através de uma Gestão por Categorias cada vez mais interventiva. A aposta da Unicer continua a ser o desenvolvimento de um relacionamento baseado numa filosofia de ganhos mútuos.
Parcerias – distribuição moderna Desde há alguns anos que a Unicer tem vindo a fomentar o estabelecimento
de relações de parceria com os seus Clientes da
distribuição moderna, tendo em vista a melhoria dos processos, a redução de custos na cadeia de abastecimento e, por consequência, a criação de valor para os Consumidores finais.
Carlos Silva
60
Estas relações de parceria têm vindo a ser estabelecidas ao nível das diferentes áreas de interface da empresa com os seus clientes – logística, sistemas, administrativa e comercial – permitindo o desenvolvimento de vários projectos em diversas áreas, sendo de destacar:
1. Gestão da Procura
Optimização do sortido
Optimização de promoções
Optimização da introdução de novos produtos
Criação de valor para o consumidor
Carlos Silva
61
GESTÃO DA OFERTA
Reposição/abastecimento eficiente
Abastecimento orientado por procura integrada
Excelência operacional
3. Facilitadores
Carlos Silva
Uniformização de dados e “standards” de comunicação
62
INTEGRADORES
Ao
Planeamento conjunto
E-Business, Business to Business.
nível
da
embalagem
a
marca
preocupa-se
com
o
desenvolvimento de embalagens especificamente orientadas para cada canal
de
distribuição.
No
caso
do
canal
alimentar
têm
sido
desenvolvidos packs de 6 e 10 garrafas alusivos às épocas festivas como a Páscoa ou o Natal, que têm tido um óptimo acolhimento no consumo familiar.
A marca Super Bock desenvolveu também diversos tipos de embalagens para a cerveja de pressão, onde a rapidez de consumo é fundamental para garantir a qualidade constante da cerveja. A Super Bock Stout está disponível em barril de 30 litros, nas principais embalagens tara perdida 33 cl (Garrafa e Lata) e também nas embalagens de tara retornável 33 cl.
Fonte: www.superbock.pt Carlos Silva
63
Missão da Unicer Distribuição: “Levar os produtos certos aos lugares certos, no prazo combinado e com o mínimo de custos.” No serviço de Assistência Técnica, desenvolveu-se e implementou–se o Projecto +AT (mais e melhor assistência técnica) o qual, em termos conceptuais e estratégicos, consiste em melhorar significativamente o interface com o cliente do negócio das bebidas à pressão e o serviço
que
lhe
é
prestado. Assim, foi possível realizar a reengenharia e digitalização dos processos
e
implementação
de
fluxos uma
que
suportam
a
actividade,
a
estrutura organizacional adequada às novas
exigências do mercado, e instalar um Contact Center para os nossos clientes. A inovação deste projecto assenta na utilização de soluções de hardware e software de mobilidade integrada com o sistema transaccional, utilizando uma infra-estrutura de comunicações móveis – GPRS de soluções integradas – permitindo que o controlo das operações esteja, de alguma forma, “on-line”.
2.4. MARKETING MIX – COMUNICAÇÃO A Unicer fez sempre um esforço para que a estratégia de comunicação fosse coerente ao longo dos tempos, mas sempre evoluindo com os seus consumidores e com a sociedade em geral. A consistência publicitária de Super Bock manteve-se sempre, havendo, no entanto, a preocupação de segmentar os públicos-alvo através de mensagens específicas. A empresa, que apostava tudo nas mensagens publicitárias institucionais baseadas no valor tradição, adoptou uma posição mais agressiva no que diz respeito à comunicação. No entanto a marca
continuou a associar-se aos momentos autênticos e importantes da vida dos seus consumidores como o Natal, a Páscoa, o Verão, ou outros eventos marcantes, quer ao nível de embalagem, quer na sua publicidade, quer mesmo ao nível de Patrocínios. As campanhas publicitárias são actualmente irreverentes, ousadas e cheias de humor. Estes ingredientes, somados à utilização massiva dos outdoors na divulgação da mensagem, fazem as delícias dos mais jovens. E, no entanto, os velhos e fiéis consumidores da Carlos Silva
64
marca também não ficaram indiferentes ao novo estilo de comunicação. Por isso, a sua fidelização sai reforçada. Em 2003, Super Bock continuou o “rejuvenescimento” da sua comunicação em Tv e Publicidade Exterior. Os filmes “Mafiosos” e “Estudantes” foram bastante valorizados pelos consumidores das faixas etárias 18-25 e 25-35, revelando-se uma ferramenta fulcral para elevar os índices de notoriedade da marca.
Para o lançamento da nova Super Bock Stout, a empresa apostou numa estratégia de
comunicação
intensa,
utilizando
uma
multimeios que inclui televisão, cinema,
campanha
imprensa,
publicitária
“outdoors”
e
Internet, bem como momentos de degustação nos canais Horeca, Alimentar e em todas as actividades promovidas pela marca Super Bock, entre as quais se destacam os festivais de música no Verão. A criatividade ficou a cargo da Strat e produzida pela Tangerina Azul que, em televisão, criou o filme
“The Stout”, este
filme retrata um assalto efectuado por uma “elegante” quadrilha de ladrões, onde o condutor, uma das peças chave em toda a “operação”, não resiste ao sabor irresístivel de Super Bock Stout. Apresentando uma vez mais Super Bock Stout como uma cerveja preta especial, pelo seu sabor e espuma cremosa, o novo filme – no ar até meados de Março -, segue a mesma linha de comunicação que tem caracterizado esta marca – tom sofisticado, humor subtil e uma produção dinâmica e cuidada, à altura do que melhor se faz em linguagem audiovisual. Para estratégia
além
da
componente
de
inovação,
a
aposta
numa
ultimédia visa conseguir que o consumidor passe de
simples espectador a participante na estrutura do próprio filme, ao poder escolher, em www.superbock.pt, um dos três finais alternativos. Para premiar
esta
participação,
a
marca
oferecerá
prémios
aos
consumidores que forem mais criativos na sugestão de um título para
o
final
preferido,
sendo
igualmente
condição necessária
convidar três amigos a visitar o site.
Carlos Silva
65
Investimento em Comunicação:
Inve s tim e nto e m 2003
305.337,00 € 1.649.545,00 €
3.465.918,00 €
23.081,00 €
Cinema
Gaf.18
Outdoor
Press
TV
Fonte: Mediamonitor 2004
Podemos verificar que foi feito um investimento em 2003 (gráfico em cima) por canal no valor total de 5.443.811.00 €, este valor baixou em 2004 (4.447.666,00 €) o que é normal uma vez que o produto já estava inserido no mercado e a estratégia é de Crescimento, como podemos verificar no gráfico apresentado a seguir.
Graf.19 2004
Fonte: Mediamonitor
Carlos Silva
66
Patrocínio O patrocínio é uma peça de toda a estratégia de comunicação que se tem revelado de importância extrema para a estratégia da marca Super Bock estando nela incluídas as suas “filhas”, a Super Bock Stout, Green e agora a Twin. Assim em 2004 para além da realização da edição comemorativa do 10º aniversário do festival Super Bock Super Rock, a marca Super Bock tornou-se a Cerveja Oficial dos Festivais de Música do Verão, sendo eles: Super Bock Super Rock Optimus Hype Meco, em Vilar de Mouros Optimus Sudoeste Optimus Paredes de Coura Festival do Ermal Porque a música transmite valores universais, Super Bock privilegia a associação a este tipo de eventos. Para além de terem valores comuns, transmitem emoções únicas e dirigem-se ao mesmo público. Os momentos autênticos que se vive nos filmes publicitários não existem só na televisão. Para os responsáveis da marca, Super Bock quer estar presente nesses momentos também na vida real das pessoas. Os patrocínios da Super Bock estendem-se ainda ao Cinema, com o Fantasporto, entre outras manifestações da cultura nacional. Também em 2003, A Super Bock, patrocina, pela primeira vez,
a
Experimenta Design,
evento
destinado
à
promoção
de
projectos de design inovadores que irá decorrer entre os meses de Setembro e Novembro. Com o apoio à Experimenta Design a Super Bock volta a proporcionar aos portugueses momentos autênticos de emoção e convívio.
Slogan
“O Outro lado da Super Bock”
Carlos Silva
67
O site www.superbock.pt está disponível para satisfazer algumas curiosidades dos seus consumidores.
Carlos Silva
68
3. ANÁLISE ESTRATÉGICA
3.1. Factores Estratégicos Internos, Externos e Principais
3.2. Análise SWOT
PONTOS FORTES Imagem associada à Super Bock. Imagem de prestigio Primeira cerveja preta no mercado português Experiência no mercado Localização geográfica dos pontos de OPORTUNIDADES Aproveitar a facilidade de associação com áreas como a gastronomia Aproveitar os benefícios da cerveja para a saúde, combate à osteoporose.
Carlos Silva
PONTOS FRACOS Elevados custos das campanhas publicitárias Consumo Sazonal (PrimaveraVerão) Consumida como 1º bebida da “noite” Bebida fortemente consumida por AMEAÇAS Campanhas anti – álcool Imposto IEC Mudança de hábitos de consumo/educação do consumidor Existência de concorrência desleal
69
3.3. Matriz BCG
A Super Bock Stout é um produto com dois anos de vida tendo uma alta quota de mercado (53.5%) e também uma taxa de crescimento bastante elevada, no primeiro ano de comercialização vendeu cerca de 20 milhões de litros. Ser Star numa matriz BCG quer dizer que a marca é líder, o mercado tem um alto crescimento, gera retorno para a empresa mãe (UNICER), mas também quer dizer que têm uma alta necessidade de investimento. A Super Bock Stout está a superar todas as expectativas previstas atingindo ao fim de um ano uma Q.M.R. superior à esperada (53.5%).
3.4. Matriz de Ansoff Produtos Actuais
Produtos Novos
Desenvolvimento de
Diversificação
Clientes/Mercados Actuais
Clientes/Mercados Novos
Merca do
Carlos Silva
70
4. OBJECTIVOS ESTRATÉGICOS
Reforçar a posição no mercado cervejeiro ibérico Desenvolver estratégias de crescimento em novos mercados Assegurar que Unicer é sinónimo de qualidade e, como tal reconhecida por clientes e consumidores Concretizar a estratégia de crescimento, sustentada num profundo respeito pelo ambiente; Fazer do grupo Unicer um conjunto de empresas competitivas e inovadoras, orientadas para o mercado e revelando elevada agilidade empresarial; Gerir a imagem e o posicionamento das nossas marcas, de modo a maximizar a criação de valor para o grupo; Assegurar a competitividade sustentada do grupo, promovendo adequados programas de investimento e de optimização operacional; Adoptar atraia
uma e
política
de
Recursos
retenha colaboradores
cujas
Humanos
que
características
constituam factores competitivos para a Unicer.
Carlos Silva
71
5. ESTRATÉGIAS DE MARKETING
Estratégias de Desenvolvimento • Crescimento Estratégias Concorrenciais A
Super
Bock
Stout
deve
evidenciar,
mais,
as
suas
características na comunicação e deve apostar fortemente numa estratégia de Força de Vendas de forma a dar mais e diferentes vantagens aos seus clientes de forma a ganhar terreno. De forma a combater os seus concorrentes proponho a aposta numa campanha de Incentivos, isto é, seriam definidos objectivos aos clientes Super Bock Stout para que estes aconselhassem os seus clientes (canal horeca/INCIM) a beber Stout em vez de outra marca conseguindo assim elevar as vendas da Super Bock Stout e atingir os objectivos propostos pela Unicer. Atingido esse objectivo seria atribuído um prémio, consoante o patamar atingido. Mediante um certo número de vendas (objectivo proposto pela Unicer), os clientes ganhariam
automaticamente
merchandising
(copos, bases para copos, bonés, fitas, t-shirt’s, etc.) e receberiam prémios previamente definidos (ver tabela de prémios no ponto dos programas de acção). No canal INA, a minha proposta será dar mais notoriedade, ou seja, mais presença física no linear. Mostrar primeiro a “Stout” para que o consumidor não tenha que procurar mais, não dando qualquer hipótese ao concorrente. Para isso, deve existir um envolvimento no local de compra através de agentes promotores do produto (oferecendo merchandising “Stout”), e também negociar topos com a própria loja deste canal.
Desta forma:
• Aumentar as Vendas • Combater os concorrentes directos • Combater a sazonalidade do consumo (campanha a actuar no Inverno) Carlos Silva
72
5.1. Segmentação A
estratégia
para
o
lançamento
da
Super
Bock
consiste em
Stout dar
ao consumidor forma de continuar a ser fiel à marca: se quiser beber uma “preta”, não precisa de procurar pois conta com a sua marca de sempre.
As vendas de cerveja realizam-se fundamentalmente, em dois tipos de retalhistas:
•
Retalhistas
Alimentares
Hipermercados,
(INA:
Supermercados, Mercearias)
Este tipo de retalhistas representa cerca de um terço do consumo total de cervejas. •
Retalhistas
de
Consumo
Local, isto é, Canal
Horeca (INCIM: Cervejarias, cafés, Restaurantes) Quanto a este tipo de retalhistas, são responsáveis pelos restantes dois terços do consumo total de cervejas.
Existem 5 diferentes tipos de cerveja: Cerveja Branca Cerveja Preta Cerveja Ruiva Cerveja Lemon Cerveja sem Álcool
Proposta: Para melhor definir a sua Segmentação, proponho que exista um público-alvo mais específico (a classe alta). Como referi anteriormente,
este target está pouco “aberto” à “preta”
Carlos Silva
73
da Super Bock. Para atingir melhor este público proponho uma extensão da Marca que vá de acordo aos interesses deste target. Apesar de ser um nicho de mercado é uma área que se deve actuar e tirar dividendos. Temos assim várias estratégias que podemos utilizar:
Estratégias de Fidelização • Imagem • Qualidade Total • Diferenciação • Nicho
O que proponho é que esta estratégia se estenda a todas as zonas do país e não somente às zonas litorais, tendo em atenção contudo à zona sul do país onde as cervejas Unicer são líderes mas não são líderes incontestáveis.
5.2. Posicionamento As iniciativas de comunicação reforçam a ideia de uma cerveja “encorpada”, com um sabor “frutado” e não torrado. O consumidor tem na “Stout” um aroma e gosto distinto em relação às outras cervejas pretas.
Proposta: Ao nível do Posicionamento apostaria na diferenciação da marca, levar a Stout ao cume, transforma-la numa marca “Premium”. Dar ao consumidor como benefício, uma cerveja que satisfaz a sede mas que também imprima um grau de satisfação psicológica pelo
reconhecimento do bom gosto.
Carlos Silva
74
Como já referi anteriormente, esta cerveja está direccionada para jovens, para a classe média e está associada às saídas à noite, ao convívio com os amigos. Proponho que este seja o alvo principal nas vendas da Stout, mas também criar formas a nível do Marketing – Mix para estender a marca as outras faixas etárias e classes sociais como exemplificarei a seguir.
5.3. Marketing-Mix • Produto Proposta: Como foi referido anteriormente, este produto é direccionado para uma faixa etária jovem e que normalmente “sai à noite”. Neste caso, o produto é perfeito e está muito bem elaborado demonstrando ter o melhor lettering e packaging do mercado. A qualidade é reconhecida e agrada o consumidor. Mas no âmbito do segmento que pretendo atingir, classe média e faixa etária entre os 45 e 55 anos, propunha uma extensão da marca e por sua vez do produto criando a Super Bock Stout Gold (transmite outro tipo de status), diferença
esta ao
“continuação” nível
do
do
lettering
produto final
levaria apenas
apresentando
a
uma
assim
uma
imagem mais conservadora. Os princípios da “preta” da Super Bock continuavam a ser os mesmos, não fugindo nunca produto inicial. A base deste “novo” produto era o mesmo: o mesmo sabor autêntico, mas mais intenso, não sendo nunca muito forte. Com uma pequena alteração do lettering (acrescentando apenas, em níveis práticos, a palavra Gold) e com a intensificação reduzida do sabor, era criado não um novo produto, mas sim um aumento de novas características de um produto para outro segmento. Apesar
desta
alteração,
o
produto
inicial
não
seria
modificado, existiria sim duas Stout’s para dois segmentos distintos. O produto é apenas um, não existindo criação de um novo produto.
• Preço Proposta: Carlos Silva
75
No caso da cerveja, a Unicer não controla o preço no seu revendedor, o preço pode variar entre os 0.40€ e os 2.00€. A minha proposta a este nível, centrase no aumento de um cêntimo em cada garrafa/lata de 33cl em todos os locais de venda mantendo os mesmos descontos para os hipers/supers até ao máximo de 20%. Neste canal só existiria a Stout “tradicional”, enquanto que a Stout Gold se encontraria apenas e exclusivamente em certos estabelecimentos
do
canal
horeca,
isto
é,
os preços serão
diferenciados mediante a distribuição feita. No canal horeca seria também e exclusivamente comercializada a
Stout
Gold,
mas não em todas as áreas
comerciais, como
seguidamente explicarei na variável distribuição; neste caso, o preço será mais alto que a Stout normal, não tendo objectivos definidos inicialmente, sendo usada apenas para aumento da notoriedade da Marca.
O
preço
neste
caso
será aproximadamente 20% acima da
Stout normal.
• Distribuição Proposta: Ao nível nacional, a Stout continua a ser distribuída da mesma forma, salvo a Stout Gold que apenas será distribuída mediante indicação expressa de um delegado comercial que deverá assumir a sua comercialização apenas em certos locais: - Restaurantes/bares, normalmente, frequentados por classes sociais altas.
própri o.
Apenas e só nestes locais, uma vez que esta extensão do produto irá ter merchadising
A nível internacional, a minha proposta vai de encontro, em primeiro lugar, com o país vizinho, uma vez que o Imposto Especial sobre a Cerveja não sofre alterações desde 1996
e é um mercado próximo e atractivo. A Unicer já começou a distribuir para o norte de Espanha e proponho que comece a distribuir a mais pontos do país vizinho, não na sua totalidade, mas sim pontos estratégicos como as grandes cidades (Madrid, Barcelona, Sul de Espanha). O director de Marketing da Unicer, disse que a empresa ainda é pequena para “atacar” o mundo, mas suficiente para Espanha. Eu também acho que a Unicer não tem força Carlos Silva
76
(para já) para internacionalizar a Super Bock, mas a minha proposta é no sentido de levar o slogan “Vá para fora cá dentro” (usado num conhecido anúncio de televisão), para a Europa no início, e mais tarde para outros países do mundo. A explicação para a frase anterior é simples, pelo menos para mim, e é a seguinte: Em quase todos os países do Mundo, existem comunidades portuguesas; quem já não ouviu: “Existem mais Portugueses em Paris do que no Porto!”. Pois é! É neste sentido que a minha ideia ganha forma: porque não levar aos portugueses no estrangeiro a cerveja de todos nós. Numa fase experimental, distribuir a Super Bock Stout a alguns (poucos) pontos estratégicos, como por exemplo Paris. É uma forma de começar a “conquistar” a Europa. • Comunicação Proposta: Publicidade: A estratégia desta variável da Comunicação, é sobejamente conhecida por todos, e também todos sabemos que é fortíssima. Ao nível da televisão o trabalho é muito bem feito e não tenho nenhuma proposta em concreto para tal. Como já é de conhecimento público, o final do anúncio realizado pela Unicer para a Stout será exibido brevemente. Também nos outdoors, mupis e nos cinemas podemos ver a Stout
muito
bem representada,
com
títulos
arrojados
e
muito
criativos que demonstram a personalidade da Marca. A minha propostanesta ferramenta vai
para
o
de
comunicação
site www.superbock.pt, onde podemos
ver tudo ao detalhe sobre as outras Super Bock, mas no caso da Stout, isso não acontece. A marca é líder de mercado, logo, penso que merece todo destaque possível.
Promoção: Actualmente esta cerveja é posta no linear e apenas o contacto visual é suficiente para o consumidor a adquirir. A minha proposta vai no sentido de utilizar agentes promotores no local de venda dando a conhecer não só o produto ao consumidor (que compre outra
Carlos Silva
77
marca), mas também dando a conhecer a personalidade da marca e a empresa mãe de modo a familiarizar o consumidor final. Isto nos hiper’s e supermercados. Nos restaurantes, cafés, snacks, usar a estratégia já referida, atribuir prémios aos revendedores que atinjam objectivos previamente definidos.
Merchandising: O merchandising neste tipo de negócio, é um ponto crucial para a integração do produto. Toda a gente já bebeu uma Super Bock num
copo
Super
Bock.
Todos
fizeram
isto num
café
ou
num
restaurante, o que é normal; mas em casa bebe-se uma Super Bock com os amigos num copo normal. Proponho assim que o agente promotor no local de venda, além de dar a conhecer o produto, ofereça também merchandising na compra da Stout, por exemplo: - Pack de 6 garrafas Stout de 33cl = 1 copo Super Bock - 2 Pack’s de 6 garrafas Super Bock de 33cl = 2 copos Super Bock Esta é uma estratégia a ser usada nas épocas baixas, aumentando assim as vendas e a notoriedade.
No canal horeca, sendo o consumidor diferente proponho merchandising mais acentuado no sul do país, de forma a incentivar o revendedor a tentar vender Stout. Para a Stout Gold, o merchandising seria mais elaborado em qualidade e menos quantidade, com especificações próprias do produto.
Relações Públicas: Nesta ferramenta proponho e elaboração de eventos com figuras públicas da classe alta para promover a Stout Gold. No sentido de diferenciar a marca, fazer com que a figura pública (líder de
opinião), apareça com um copo Super Bock Gold com cerveja Super Bock Gold na mão.
Carlos Silva
78
Uma vez que cada vez mais a Super Bock é uma marca associada à música, estes eventos, que deverão ser feitos na zona litoral do país, mais propriamente: Porto Lisboa e Algarve, deverão ter muita e boa música a acompanhar.
Patrocínio: Em relação ao patrocínio não tenho nenhuma proposta, pois a sua actual política é fortíssima, como, de resto, já foi referenciada anteriormente.
Carlos Silva
79
6. OBJECTIVOS OPERACIONAIS
Os objectivos operacionais são objectivos a curto prazo que facilitam o caminho para atingir os objectivos estratégicos. Assim, proponho:
Financeiros Aumentar o volume de vendas em 5% no primeiro ano; Aumentar em 2005 um ponto estratégico de distribuição em Paris; Aumentar o número de clientes em 4% no primeiro ano; Aumentar quota de mercado em 5%;
Carlos Silva
80
7. PROGRAMAS DE ACÇÃO
As objectivos objectivos
acções
que
serão
implementadas
propostos anteriormente. operacionais
é
necessário
Assim, dar
deverão para resposta
atingir atingir
os os
a quatro
perguntas: Como irei fazer? Quando irá ser realizado? Por quem será feito? E quanto é que isso custará?
Os meus programas baseiam-se em 8 acções calendarizadas conforme a tabela apresentada:
20 Acções Janeir Fevereir Març Abril Maio Junho Julho Agost Setemb Outubr Novembr Dezembr Promoção/Concur Super Bock Stout Gold Aumento do Internacionalizaç ão em pontos Site Agentes Merchandising Relações Públicas Tabela 2 – Calendarização dos programas de acção
Carlos Silva
81
Acção 1: Campanha de Incentivos
Acções Promoção/Concurso Onde
Em todo o canal horeca. Apenas neste canal, pois esta acção funciona como um incentivo aos retalhistas. Calendár A decorrer nos meses de Outono (ver tabela calendarizada). io Quanto (€)
O custo desta campanha está previsto para 116.140 €. No caso de ser necessário repor stock será feita outra proposta à Unicer Cervejas para queHoreca o objectivo campanha cumprido. Como garantir Os clientes serãoda aliciados, por seja prémios, a alterar o hábito de consumo de outras cervejas pretas para Super Bock Stout. Desta forma propõem-se a atingir determinado objectivo de vendas sendo recompensados Responsá Os vendedores Unicer Distribuição terão vel formação adequada para acompanhar atentamente e motivar a adesão dos clientes Horeca ao Tabela 3 – Campanha de Incentivos
Esta acção terá como objectivos fidelizar não só o consumidor final, mas também o cliente que serve de intermediário para a venda final, aumentando o volume de vendas e dar a conhecer o produto aos clientes.
Carlos Silva
82
Esta acção consiste no número de litros vendido pelo retalhista ao consumidor final. Se até à data estipulada o cliente atingir o nível de litros da tabela receberá sem sorteio o seu respectivo prémio conforme tabela a seguir apresentada: Facturação/litr os 1
Prémi os UX-H10 Micro JVC
Entrega de Prémios 10-Set-05
00L 1 50L 2
Leitor MP3 Philips HDD50 1 GB Televisor Sanyo de 51 cm
00L 2 50L 3
Fim de Semana nas Pousadas de PortugalDigital Sony Cuber-Shot Camara
00L 3 50L 4
DSC-S90 Câmara de Vídeo Canon Mv 800 Telemóvel Nokia 6630 + Suporte
00L 4 50L 5
Video
20-Set-05 25-Set-05 30-Set-05 10-Out-05 20-Out-05 30-Out-05
JVC – DVD
15-Nov-05
Viagem 7 dias, pensão completa
30-Nov-05
Tabela 4 – Objectivos a atingir
Os recursos que deverão ser levados em conta deverão ser a persuasão do vendedor, primeiro para explicar a campanha a realizar e os benefícios que esta trará. O preço dos prémios será os apresentados na tabela a seguir:
Actividades/ Material
Orçamento Quant. €/Unid.
Tota l €
Estratégia Concorrencial: Viagem 7 dias, pensão completa ao Brasil JVC – DVD
10 20
Telemóvel Nokia 6630 + Suporte Video de Vídeo Canon Câmara Mv 800 Sony Cuber-Shot Camara Digital
30 40
DSC-S90 Fim de Semana nas Pousadas de Portugal Televisor Sanyo de
60
51 cm Leitor MP3 Philips HDD50 1 GB Micro JVC UX-
80
TOTAL
H10
Tabela 5 - Prémios
50 70 90
900,00 € 600,00
9.000,00 € 12.000,0
€ 200,00 € 179,00
0 € 12.000,0 0 € 12.530,0
€ 159,00 € 109,00
0 € 12.720,0 09.810,00 €
€ 499,00 € 429,00 € 319,00
€
0 € 14.970,0 0€ 17.160,0 0 € 15.950,0
€ 116.140, 00 €
Carlos Silva
83
Acção 2: Criação da Super Bock Stout Gold Esta acção consiste na criação de uma nova cerveja com o mesmo sabor autêntico, mas mais intenso e tem como objectivos posicionar a Super Bock Stout Gold como uma marca Premium. Esta acção será iniciada no final do mês de Outubro (o objectivo principal desta acção não é, pelo menos no início, as vendas mas sim garantir uma imagem da qualidade e do interesse que a Unicer tem pelos seus consumidores) e terá como responsável a unidade de negócio Unicer Cervejas – S.A. Segundo o que pude apurar através da Unicer, o custo de lançar uma nova cerveja não é muito alto, normalmente os preços dos investimentos sobem devido às acções de comunicação feitas pela empresa. Neste caso específico o lançamento centrar-se-á apenas no esforço da Força de Vendas, não existindo no início mais nenhuma acção de Marketing.
Acção 3: Aumento do Preço Os objectivos que esta acção pretende atingir são o aumento da margem. O consumidor
já
conhece
o
produto
e
em
muitos
locais
é
fiel
sempre que toma uma bebida. Como o preço que a Unicer vende não
é
o
praticado
em
praticamente
nenhum
local, oscilando o
preço ente os 0.40 e os 2€, o consumidor não irá sentir diferença no preço. Em termos práticos o pretendido é: se aumentar um cêntimo em cada garrafa de 33cl e se a facturação coincidir com a do ano transacto (2004), ou seja 20 milhões de litros, é gerada uma receita de cerca de 600.000,00€. Esta acção terá início desde “já” e terá como responsável o departamento comercial.
Acção 4: Internacionalização num ponto estratégico (Paris) Com esta acção pretende-se levar aos portugueses no Mundo a
“sua cerveja”, “a sua Super Bock Stout”. Inicialmente esta acção irá decorrer de modo experimental em Paris, uma vez que é uma grande cidade europeia com grande expressão portuguesa.
Carlos Silva
84
Para iniciar esta acção irá ser desenvolvido um contrato com uma empresa parisiense no sentido de distribuir a Stout para zonas habitadas por emigrantes portugueses. Neste caso, os custos de envio ficarão a cargo da Unicer, tendo a empresa francesa todos os custos de distribuir por todos os clientes retalhistas. A empresa francesa terá um desconto comercial de 30% sobre o preço de venda a público.
As
acções
de
comunicação
que
a
empresa queira fazer terão de ser informadas à Unicer e em caso de concordância a empresa parisiense poderá usufruir de 5% adicional de desconto comercial como fundo de Marketing. Esta acção irá decorrer nos meses de Outono e os responsáveis por esta acção serão os membros do departamento internacional (departamento criado para tratamento de assuntos comerciais fora de Portugal) da Unicer Internacional.
Acção 5: Remodelação do Site Com esta acção pretende-se elevar a Super Bock Stout ao nível evidenciado, através da publicidade na World Wide Web, das outras marcas Super Bock. O que acontece actualmente é que as novas marcas Super Bock (Twin e Green) têm uma presença muito forte no site www.superbock.pt e o que eu pretendo fazer é igualar esse nível com a Stout. Esta acção irá decorrer desde logo, se possível ainda no mês
corrente
de
forma
a aumentar a notoriedade o mais
rapidamente possível; os responsáveis por esta acção serão os membros do gabinete de Comunicação e será executado através de Web designers.
Acção 6: Agentes Promotores Com esta acção pretende-se aumentar as vendas no local de compra dando a
conhecer o produto e a empresa. Os agentes promotores irão funcionar como vendedores, mas directamente no consumidor final. Esta acção será desenvolvida apenas nos hipers e supermercados. Os agentes promotores serão essencialmente elementos do sexo feminino, vestidas a rigor com roupas arrojadas com o preto como cor dominante. Estes elementos terão também uma
‘bancada’
onde
o
consumidor poderá provar a Stout. É nesta altura que o agente promotor entra em cena dando a conhecer todas as características do produto e mostrando o Carlos Silva
85
‘universo’ Unicer. Estes elementos terão também um papel preponderante para saber o que está bem ou mal no mercado; é a partir deles que será medido o impacto que a Stout tem no consumidor uma vez que irão realizar inquéritos nesses intuito. Esta acção aproxima-se da acção seguinte uma vez que os agentes promotores serão detentores do merchandising para oferecer ao consumidor. Esta acção deverá ser feita no final do mês de Outubro, deverá ser executada por agentes promotores no local de venda e os responsáveis seram os elementos do departamento de Marketing.
Acção 7: Merchandising Com esta acção pretende-se cativar o cliente, quer consumidor final, quer cliente revendedor. Quem deverá executar esta acção deverão ser os agentes promotores nos locais de venda a público e os delegados comerciais nos clientes revendedores. O merchandising neste tipo de negócio, é um ponto crucial para a integração do produto. Como já foi dito anteriormente esta acção aproxima-se muito da anterior tendo o agente
promotor
o
papel no local de venda, além de dar a conhecer o produto, oferecer também merchandising na compra da Stout. Temos, assim: - Na compra de 1 pack de 6 garrafas Stout de 33cl = 1 copo Super Bock Stout
S tout
- Na compra de 2 pack’s de 6 garrafas Super Bock de 33cl = 2 copos Super Bock
Esta acção deverá ser feita nos meses de Outono e os responsáveis seram os elementos do departamento Comercial.
Carlos Silva
86
Acção 8: Relações Públicas Com esta acção pretende-se dar a conhecer essencialmente o novo produto criado (Super Bock Stout Gold) de forma a manter imagem idealizada inicialmente. Este produto será feito e distribuído como uma marca Premium, uma marca que transmite status. Serão realizados 2 eventos, um em Lisboa e outro no Porto num hotel de renome ou numa discoteca frequentado pela “nata” da sociedade portuguesa, para dar a conhecer o novo produto. Estes eventos deverão ser feitos no mês de Setembro e os responsáveis os membros do departamento de Marketing.
Carlos Silva
87
No quadro seguinte temos esta análise feita anteriormente de forma mais esquematizada:
Acções Estratégia concorrencial
Onde
Calendário
Promoção /concurso Retalho Tradicional
Quanto
Responsável
Meses de Outono
116.140,00
€ Vendedores
Marketing-Mix Produto Super Bock Gold
Retalho Tradicional
do mês de
Preço Aumento do Preço Distribuição Internacionalizaçã o em pontos estratégicos* Comunicação Site
Final
200.000,00 €
Unicer Cervejas
Outubro
Em todas as Superfícies
Retalho em algumas capitais Europeias (começo experimental em Paris) Unicer
Agentes Promotores Hipers/Supers de
-
-
Departamento Comercial
Iniciar nos meses de Outono
57.000,00 € Departamento Internacional
Iniciar em Junho
12.300,00 € Gabinete de Comunicação 7.500,00 € Departamento de Marketing
Ultima semana Outubro
Merchandising
Retalho e Hipers/Sup ers
Relações Públicas
Hóteis/Discotecas Setembro
Meses de Outono Comercial
€ *Orçamento para o ano de 2005 Tabela 6 – Análise esquematizada dos programas de acção
54.529,00 € Departamento
Departamento de 13.101,00 Marketing
Carlos Silva
88
8. ORÇAMENTO DE MARKETING
Como já foi apresentado na tabela anterior, nesta parte apenas irei apresentar o apuramento dos resultados (tabela seguinte):
Acções
Promoção /concurso Super Bock Gold Aumento do Preço Internacionalização em pontos estratégicos Site
Receitas efectivas
116.140,00 € 200.000,00 € 600.000,00 € 57.000,00 € 12.300,00 €
Agentes Promotores Merchandising
7.500,00 € 54.529,00 €
Relações Públicas Total
Despesas
600.000,00 €
13.101,00 € 460.570,00 €
Tabela 7 - Orçamento
Carlos Silva
89
9. SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLANO
Acção 1: Campanha de Incentivos Os mecanismos utilizados para o acompanhamento desta acção são: os vendedores nas suas visitas habituais irão receber do cliente final o valor do stock
guardado,
o
que anteriormente será efectuado através de
operadores de telemarketing. Nesta acção existirá um regulamento que se baseia de uma regra fundamental que é a seguinte: se o stock actualizado telefonicamente não for o constatado pelo vendedor no ponto
de
venda,
o
retalhista
ficará automaticamente fora da
campanha de Incentivos. Se o volume de vendas aumentar nos clientes significa que existiu um bom trabalho por parte da força de vendas bem como um bom trabalho do revendedor no consumidor final. Acção 2: Super Bock Stout Gold Os mecanismos utilizados para o acompanhamento nesta acção serão a receptividade do consumidor final e para a medir serão feitos questionários junto do consumidor final e também junto do revendedor que dará o
feedback
junto
dos
vendedores.
Esta
acção
será também
acompanhada por entrevistas telefónicas que servem para além de saber o que o consumidor para
divulgar
entrevistados
o
não
conhece
produto tenham
para um
do
produto,
serve
os consumidores
conhecimento
também
que
profundo
da
sejam nova
marca. Esta fase servirá para saber qual o impacto que o novo produto teve após o seu lançamento.
Acção 3: Aumento do Preço Os mecanismos utilizados para o acompanhamento nesta acção serão mais uma vez a receptividade do consumidor final a este aumento. Este aumento de preço far-se-á sentir mais
no canal dos Hipers/Supers uma vez que acompanharão mais atentamente a subida do preço. A forma melhor de acompanhar esta acção será saber se o consumidor final se apercebeu da subida do preço uma vez que ela é pouco significativa. A forma de efectuar este acompanhamento é através da realização de questionários junto do consumidor. Uma forma Carlos Silva
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muito simples de o conseguir fazer é através de uma acção referida mais à frente, ou seja, através de agentes promotores. A partir dos questionários é possível obter informação correcta e acessível, sabendo assim qual foi o impacto desta subida de preço.
Acção 4: Internacionalização em pontos estratégicos Os mecanismos utilizados para o acompanhamento nesta acção será perceber como o emigrante português recebe esta “novidade” tão conhecida por eles e tão pouco apreciada naquela zona. Para saber se o emigrante português recebe a sua cerveja na sua casa ou no seu café/restaurante habitual a Unicer irá pedir mensalmente à empresa distribuidora, o total de litros distribuídos para os retalhistas locais. Irá ser pedido também à embaixada portuguesa em Paris a localização precisa do núcleo duro dos portugueses, ou seja, o local onde estão e coabitam os emigrantes lusos.
Acção 5: Remodelação do Site Os mecanismos que serão utilizados para o acompanhamento desta acção são o número
de
visitas
ao
site,
e
um
inquérito
para
realizar
um
estudo de notoriedade. O acompanhamento para esta acção deverá ser feito mensalmente (número de visitas ao site) e trimestralmente (estudo da notoriedade) e será realizado pelo departamento de marketing. Se o número de visitas ao site não corresponder ao previsto o que se poderá fazer é uma maior comunicação do site, por exemplo nas facturas que são enviadas para os clientes, guias de transporte, e também no final de todos os anúncios televisivos, bem como nos outdoors e mupis.
Acção 6: Agentes Promotores
Os mecanismos que serão utilizados para o acompanhamento desta acção são a receptividade do consumidor final. Uma forma de medir esta receptividade pode ser através da realização de inquéritos rápidos.
Carlos Silva
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Acção 7: Merchandising Os mecanismos que serão utilizados para o acompanhamento desta acção são o número de objectos “oferecidos” pelos agentes promotores. Se o promotor
ofereceu
ao consumidor,
é
porque
o
consumidor
comprou. Se houve oferta, ouve compra, logo o consumidor deseja os objectos de Merchandising o que o levou a comprar mais.
Acção 8: Relações Públicas Os mecanismos que serão utilizados para o acompanhamento desta acção são perceber se o evento foi bem aceite pela comunicação social, e se sim tentar perceber o que consumidor final percebeu a reportagem que leu. Para isso devemos saber qual o número de revistas/jornais vendidos,
verificar
se
o
número
de
visitas
ao
site
aumentou.
Este acompanhamento deve ser realizado mensalmente e terá como responsável o departamento de marketing.
Carlos Silva
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Conclusão Após a elaboração deste plano de Marketing pude aprofundar conceitos e ter um conhecimento mais profundo do que é o mercado cervejeiro português. Tive, maiores inovação,
também
empresas suportado
o
prazer
conhecer
por
dentro
uma
das
nacionais, que faz o seu maior investimento na por
um
departamento
de
Marketing
muito
empenhado e motivado. Tive ainda o prazer de ouvir o Dr. Manuel Ferreira de Oliveira (presidente do Conselho de Administração) dizer que todos as acções movidas a nível de Marketing eram suportadas por rigorosos estudos de Mercado.
Carlos Silva
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BIBLIOGRAFIA
LINDON, Denis, et al – Mercator 2000: Teoria e prática do marketing. 9ª edição. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 2000. ISBN 972-20-1912-0 STANTIAR, William J. – Fundamentos de Marketing. Biblioteca pioneira de administração e negócios, s/d. KOTLER, Philip, Marketing Management – The millennium edition, Prentice-Hall, Inc., New Jersey – ISBN nº 0-13-012217-3 Consumidor 2003 e 2004 Distribuição Hoje 2004 Meios e Publicidade 2004 Marketeer 2004 www.portugal.gov.pt www.min-financas.pt www.unicer.pt www.superbock.pt www.apcv.pt www.centralcervejas.pt www.aje.pt www.ecrportugal.pt www.nobrinde.com www.pmelink.pt
Carlos Silva
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