Seitas político-religiosas do Novo Testamento Publicanos Era uma classe imposta aos judeus pelos dominadores romanos com a missão de lhes coletarem os impostos. Funcionários romanos, eram odiados e escorraçados. Muitos judeus se tornaram publicanos devido à rentabilidade da profissão: o chefe dos publicanos, em Roma, impunha uma taxa e distribuía aos seus subordinados que, por sua vez, quadruplicavam e repassavam as taxas, e assim sucessivamente. Escribas Existiram no Antigo Testamento, porém no Novo Testamento aparecem formando uma classe religiosa. Quando voltaram da Babilônia, Esdras e Neemias tornaram-se grandes escribas (Esdras 7.6; Neemias 8.1-4). Quando apareceram os fariseus e saduceus, os escribas ficaram com os primeiros.Nos dias de Jesus, eram chamados de "doutores da lei". Os escribas que se ocupavam do ensino eram conhecidos como rabi ou rabinos. Zelotes Descendem de Judas de Gâmala, que incitou os judeus a uma revolta contra Roma, no ano seis. Eram chamados zelotes pelo zelo excessivo da lei de Moisés, o que faziam à custa de espada. Tinham também o nome de sicários, nome que deriva de sica, arma romana que usavam em defesa da lei mosaica. Herodianos Formavam um partido mais político do que religioso. Uma espécie de fraternidade em honra a Herodes, o Grande, iniciada com a morte dele. Pregavam incondicional fidelidade a Herodes quanto ao pagamento dos tributos. Julgavam que a Lei de Moisés podia ser violada para se construir templos de idolatria aos romanos e seus imperadores - uma espécie de mistura de judaísmo com romanismo pagão. Eram aliados aos fariseus em oposição a Jesus. Essênios Depois dos fariseus, os essênios eram os mais numerosos entre os judeus. Eram separatistas e formavam uma verdadeira congregação distinta do judaísmo, como de outras seitas existentes. Em doutrinas eram parecidos com os fariseus e odiavam os saduceus. Fariseus Vem de parushim, literalmente "separados". Observavam rigidamente os preceitos da lei de Moisés, tanto oral como escrita. Nos dias de Jesus, gozavam de grande prestígio entre o
povo. Eram considerados grandes mestres e homens piedosos. No seu zelo fanático pela lei das purificações e as regras que a tradição (mishnah) lhes acrescentara, evitavam todo contato com os "pecadores", pessoas que, segundo eles, violavam a "lei". Jesus exprobrou os pecados dessa seita e responsabilizou-a por muitos crimes, injustiças e hipocrisias nos seus dias. Eles acreditavam na ressurreição e na imortalidade da alma. Samaritanos Era a classe mais odiada pelos judeus. Sargão, rei da Assíria, levou cativos os judeus do norte e, para Samaria, levou povo estrangeiro. Esse povo era idólatra. Nos tempos de Jesus aumentou o conflito, tendo-se em vista a construção de um templo rival no Monte Gerizim. De tal maneira se acentuaram as rivalidades entre eles que os judeus consideravam os samaritanos como cães. Saduceus A seita dos saduceus era pequena, porém muito conceituada, pois os membros que a integravam eram ricos e influentes. Eram mais políticos do que religiosos e tinham bastante conceito entre os romanos. Eram os céticos, os materialistas, os livres pensadores dos dias de Jesus. Não acreditavam na ressurreição, na imortalidade da alma, nos anjos, na providência divina; rejeitavam a tradição oral e interpretavam a lei e os profetas diferentemente dos outros.