Rota das cidades e vilas históricas
Amarante
Abençoada pela natureza, pela história e por São Gonçalo
SEIS CIDADES E VILAS DA REGIÃO DOS VINHOS VERDES A Região dos Vinhos Verdes tem muito mais para dar do que o prazer de um produto único, elegante, aromático e refrescante, que deve ser consumido com saber e moderação. Propomos-lhe, desta vez, que vá conhecer algumas das principais cidades e vilas da região. Cidades e vilas onde a história e o trabalho de gerações deixaram marcas que merecem ser apreciadas. Não há desculpas para que não o faça. A rede de estradas é excelente e o curto tempo das deslocações é largamente compensado pela beleza da paisagem que se desfruta. Atire-se à descoberta. Há muito por onde escolher. Mergulhe em ambientes autênticos e pitorescos, visitando pequenas vilas vinhateiras como Monção, Melgaço ou Ponte de Lima, ou cidades como Viana do Castelo, onde tradições ancestrais resistem ao rolo compressor dos tempos modernos. Tome os caminhos que vão dar a Braga, capital religiosa do país, cidade do barroco e uma das mais dinâmicas das últimas décadas. Aprecie o excelente exemplo de recuperação de um centro histórico, em Guimarães, que lhe valeu o reconhecimento, pela Unesco, de cidade Património Mundial. Parta à descoberta de Amarante, terra de tesouros românicos e de múltiplas influências e porta de entrada para as belas Terras de Basto e Trás-os-Montes. E experimente a culinária regional, a tradicional ou a mais ousada e criativa; há sempre um Vinho Verde adequado a cada especialidade. Não se limite a seguir religiosamente as indicações que a seguir lhe damos. Deixe-se levar pela curiosidade. Explore. Experimente. Tente outros caminhos. Pergunte. Há sempre uma voz amiga e avisada que pode abrir-lhe as portas de encantos desconhecidos. E há muitos por aqui.
É fácil perdermo-nos de amores por Amarante. Não há muitas terras com argumentos naturais como as magníficas serras da Aboboreira e do Marão. Nem com rios como o Tâmega, com margens salpicadas de salgueiros e amieiros e praias fluviais refrescantes. Amarante é também um tesouro monumental, carregado de jóias que atravessam os tempos, com destaque para o período românico. No miolo histórico, junto à ponte setecentista que une as margens do Tâmega, o Con-
vento de São Gonçalo domina uma das paisagens urbanas mais bonitas de toda a região. Com origem nas gentes primitivas que povoaram a Aboboreira, Amarante ganha importância nos séculos XII e XIII. Por ela passavam as grandes vias romanas e por ela passaram também, séculos depois, as belicosas tropas de Napoleão. Essa importância estratégica permanece nos dias de hoje: Amarante é o centro de onde se pode sair para conhecer
as Terras de Basto, Trás-os-Montes ou, com as novas estradas, a cidade do Porto. Terra de agricultura e pecuária, Amarante é um dos concelhos mais importantes na produção de Vinho Verde. Distingue-se também pelas actividades ligadas à construção civil e às madeiras, ao comércio, ao turismo e à cultura, muito acarinhada, com amarantinos ilustres como Teixeira de Pascoaes, nas letras, ou Amadeo de SouzaCardoso, na pintura.
A VISITAR
Adega Cooperativa de Amarante Tapada Dos Coelhos – Telões 4600-702 Amarante Telefone: 255 420 150 E-Mail:
[email protected] A VISITAR
Caves Da Cerca Reguengo Da Capela – Telões 4600-754 Amarante Telefone: 255432164 E-Mail:
[email protected] A VISITAR
Quinta Da BaSeira Av. General Vitorino Laranjeira S. Gonçalo – Amarante 4600 – Amarante Telefone: 255461417/8 E-Mail:
[email protected]
PARA VER
Ponte de S. Gonçalo Um dos símbolos de Amarante. Por aqui passaria uma importante via romana, mas não pela ponte actual, construída nos finais do século XVIII. São Gonçalo terá mandado erguer neste local, em meados do século XIII, uma ponte medieval, que se desmoronou por acção das águas do Tâmega.
Convento e Igreja de S. Gonçalo O imponente convento de São Gonçalo, quinhentista, foi erguido no local onde existiu uma capela, mais antiga, em louvor do padroeiro da terra. Domina a cidade e é um dos locais de visita obrigatória.
Igreja de São Pedro Com frontaria barroca, a igreja ficou concluída na primeira metade do século XVIII. A talha do altar-mor é digna de se ver.
Igreja de Nossa Senhora dos Aflitos Construída na mesma época da Igreja de São Pedro, tem fachada em estilo barroco.
4 • 31 de Dezembro • Rotas na Região dos Vinhos Verdes
Ruínas do Solar dos Magalhães
Praias fluviais
(Santa Luzia) Restos de um edifício do século XVIII e uma das marcas visíveis da passagem destruidora das tropas napoleónicas.
Há muitas no concelho, a começar pela da cidade, a Aurora. E ainda as do Borralheiro e Gatão, no rio Tâmega, as de Olo, no rio do mesmo nome, as de Aboadela, no rio Marão, ou em Gondar.
Casa de Pascoaes
Miradouros
(Gatão) Casa onde viveu o poeta amarantino Teixeira de Pascoaes, na freguesia de Gatão, e um dos destinos do turismo cultural no concelho.
Casa da Calçada A Casa da Calçada foi erguida no século XVI, tendo sido destruída pelo fogo no tempo das invasões napoleónicas. Depois de recuperada, passou a integrar uma rede de hotéis de luxo.
Museu Amadeo de Souza-Cardoso Instalado no Convento de São Gonçalo, tem como vocação principal a guarda e mostra de arte portuguesa contemporânea, com destaque para a do artista que lhe deu o nome, Amadeo de Souza-Cardoso
Para vistas panorâmicas da cidade, suba aos miradouros da torre do Convento de São Gonçalo, do Alto de Santa Cruz e da Rua Cândido dos Reis.
PARA COMER
Casa Maria Alice É mais tasca do que restaurante, mas isso não impede de tratar bem as matérias-primas. Têm fama o bacalhau esfiado (a “punheta”) e o presunto, ou, por encomenda, o cabrito e o frango no forno. Todela, Telões Telef: 255482104
Casa da Calçada Restaurante cultor da chamada cozinha criativa, com propostas peculiares. Exemplos: folhado de bacalhau fresco com gravilha de pimentos em
vinagreta, ou pudim de castanhas com quenelle de sorvete de Moët et Chandon Largo do Paço, 6 Telef: 255410830
Casa Silva Pode começar pelas pataniscas de bacalhau e as petingas. Depois, um bacalhau assado e lascado, antes do cabrito em forno de lenha. Finalize com um prometedor bolo de chila com amêndoa. Larim, Gondar Telef: 255441484
Lusitânia Restaurante forte nos assados de vitela e cabrito. A localização, junto à bonita ponte de São Gonçalo, ajuda ao negócio. Rua 31 de Janeiro Telef: 255426720
O Almirante Bacalhaus vários, lampreia quando a há, polvo à moda de Chaves, o proverbial cabrito assado no forno ou o cozido à portuguesa. Largo Conselheiro António Cândido Madalua Madalena, Amarante Telef: 255432566
Quinta da Lama Restaurante construído num antigo lagar de azeite. A tábua de enchidos e queijos merece destaque, seguindo-se-lhe o bacalhau com migas de broa de milho, a posta à lagar ou o bife com castanhas. Real, Vila Meã Telef: 255733548
Café-Bar São Gonçalo Casa simples mas recomendada, no centro da cidade, com vista para o miolo histórico e o rio Tâmega. As propostas são variadas, desde o arroz de polvo com filetes do mesmo até um gabado arroz de codorniz com pimentos vermelhos. No fim, aposte na doçaria amarantina. Praça da República, 8 Telef: 255432707
Zé da Calçada Bacalhau à moda da casa, posta maronesa, cabrito assado ou cozido à portuguesa. Para abrir o apetite, há pataniscas, favas com chouriço ou polvo com molho verde Rua 31 de Janeiro Telef: 255426814
Rota dos Mosteiros Amarante
PARA BEBER
Casa de Juste
Convento e Igreja de São Gonçalo ONDE FICAR Casa da Calçada – Relais & Châteaux Hotel de charme no centro de Amarante, junto ao convento e à ponte de São Gonçalo. Quartos e suites de luxo e um restaurante com cozinha criativa. Largo do Paço, 6
Vinho Verde Branco
Breve Descrição Vinho Verde Branco, de aspecto brilhante, cor citrina com aroma complexo e bem marcado. A VISITAR
Amarante Telef: 255410830 E-mail: reservas@ casadacalcada.com www.casadacalcada. com Pousada de São Gonçalo Antigo refúgio de montanha, da Pousada de São
Gonçalo tem-se uma extraordinária vista para a serra e o vale do Rio Tâmega. Tem 15 quartos, com todas as comodidades. Curva do Lancete, Ansiães Telef: 255460030 E-mail: recepcao.
[email protected] www.pousadas.pt
Sociedade Agricola de Juste.SA Telefone: 255821626 E-mail casadejuste@ casadejuste.com Horário para Visitas: Semana 9.30h ás 18.30 h Fim de Semana Sábado 9.30h ás 18.30 h
PARA BEBER
Casa de Vila Verde Vinho Verde Branco Breve Descrição Límpido e de cor citrina, aroma a frutos tropicais com algum floral, macio, medianamente encorpado, final frutado e longo. A VISITAR
Casa de Vila Verde Sociedade Agrícola, Lda Para além das virtudes próprias, o Convento e a Igreja de São Gonçalo, com a ponte sobre o Rio Tâmega, o casario e o centro histórico de Amarante, integram um dos cenários urbanos mais encantadores da região. Mandado erguer em honra do santo padroeiro da terra, o Convento, de obediência dominicana, e a Igreja começaram a ser erguidos em meados do século XVI, era rei de Portugal D. João III. De todo o património edificado é, seguramente, o símbolo maior da bela cidade de Amarante. De pendor maneirista, a construção, que se prolongou por oito décadas, foi influenciada pelo barroco de seiscentos, como se pode ver no portal que alberga essas duas linguagens arquitectónicas. A torre sineira, por seu lado, é barroca. Um dos muitos motivos de interesse encontra-se na chamada Varanda dos Reis, constituída por arcos apoiados em fortes pilares, com estátuas dos quatro reis que se associaram à obra, desde D. João III até Filipe II de Espanha.
No interior da igreja, destacam-se altares como o de Santa Luzia ou capelas como a dedicada a Santa Rita Cássia, ornada com talha dourada. O retábulo-mor, com imagens barrocas de santos, a sacristia coberta de caixotões, o belo lavabo da Renascença ou, nas antigas dependências conventuais, o primeiro claustro, são dignos de ser apreciados. Os doces das monjas Clarissas A gastronomia é uma das atracções de Amarante. São famosos os doces conventuais feitos à base de ovos, nascidos da sabedoria culinária das antigas monjas Clarissas, ligadas ao Convento de Santa Clara. Papos de anjo, foguetes, lérias e brisas do Tâmega são algumas das deliciosas especialidades açucaradas vendidas nas melhores pastelarias da cidade. Mas as Clarissas não se limitaram a deixar como herança os doces conventuais; o substancial arroz de frango, por exemplo, terá nascido do seu requintado modo de tratar as aves de capoeira.
24 • 31 de Dezembro • Rotas na Região dos Vinhos Verdes
Para comer Café-Bar São Gonçalo Casa simples mas recomendada, no centro da cidade, pertinho do convento, com vista para o miolo histórico e o rio Tâmega. As propostas são variadas, desde o arroz de polvo com filetes do mesmo até um gabado arroz de codorniz com pimentos vermelhos. No fim, aposte na doçaria amarantina. Praça da República, 8 Telef: 255432707 Casa da Calçada Restaurante cultor da chamada cozinha criativa, com propostas peculiares. Exemplos: folhado de bacalhau fresco com gravilha de pimentos em vinagreta, ou pudim de castanhas com quenelle de sorvete de Moët et Chandon Largo do Paço, 6 Telef: 255410830 Lusitânia Restaurante forte nos assados de vitela e cabrito. A localização, junto à bonita ponte
de São Gonçalo, ajuda ao negócio. Rua 31 de Janeiro Telef: 255426720 Zé da Calçada Bacalhau à moda da casa, posta maronesa, cabrito assado ou cozido à portuguesa. Para abrir o apetite, há pataniscas, favas com chouriço ou polvo com molho verde Rua 31 de Janeiro Telef: 255426814 Como chegar De Braga: pela auto-estrada A11 (em direcção a Guimarães, e depois até entroncar com a A4)) e A4/IP4 (em direcção a Amarante/Vila Real) Do Porto: pela auto-estrada A4/IP4 (em direcção a Amarante/Vila Real) Contactos Paróquia de São Gonçalo Telef: 255422050 Posto de Turismo de Amarante Alameda Teixeira de Pascoaes Telef: 255420246
Telefone: 255821450 E-mail: quinta@ casadevilaverde.pt Horário para Visitas: Semana: das 9.00h às 17.00h com marcação prévia Vinhos: ALVARINHO CASA DE VILA VERDE – VINHO REGIONAL MINHO
Cabeceiras de Basto
Mosteiro de São Miguel de Refóios Belo exemplar da arquitectura barroca, o Mosteiro de São Miguel de Refóios está no coração da vila de Cabeceiras de Basto. Foi, nos seus melhores tempos, um dos ricos conventos minhotos, estando a data da sua fundação rodeada de lendas e alguma polémica, crendo-se que possa ter sido criado no século VII por ricos-homens das terras de Basto. De obediência beneditina, acabaria por ser alvo de reconstrução completa no século XVII, com obras que se prolongaram até finais da centúria seguinte. Foi nessa altura que o mosteiro ganhou a forma que acabaria por chegar até aos nossos dias. Na igreja do mosteiro destacam-se duas imponentes torres sineiras, estátuas em tamanho natural do fundador da Ordem de S. Bento, São Bento de Núrcia, e de Santa Escolástica. Dignas de ver
são as figuras demoníacas e as impressivas carrancas que se alinham a seguir à entrada da igreja, a magnífica talha com alguns efeitos surpreendentes, a sacristia setecentista, as quatro galerias do claustro construídas em arcos plenos assentes em colunas dóricas e o grande cadeiral formado por 45 assentos. Muito curioso é o contraste entre a exuberante estética barroca da igreja e as sóbrias dependências conventuais, adequadas à introspecção e ao recolhimento. A ver em Cabeceiras de Basto Perto da zona onde está implantado o mosteiro, no miolo da vila de Cabeceiras de Basto, merecem ser apreciados o Pelourinho das Pereiras, a igreja paroquial e a estátua de “O Basto”, guerreiro lusitano que se destacou pela bravura e é símbolo da terra.
Para comer O Caneiro Uma das atracções da casa são… as batatas fritas em azeite, misturadas com cebola, presunto e salpicão. Além dessa peculiar especialidade, há um arroz de polvo com um molho especial e “secreto” e, nos doces, os “pecados da avó”. Arco de Baúlhe, Lugar do Caneiro Telef: 253663566
Nariz do Mundo Junto à Serra da Cabreira e à montanha que dá o nome ao restaurante, há chanfana de cabra montanhesa, cabrito assado, o contundente cozido à portuguesa ou o bacalhau com batata esmurrada. As rabanadas e o bolo de mel recomendam-se. Lugar de Moscoso Cabeceiras de Basto Telef: 253662746
Luís do Outeirinho Vitela em bife, costeleta ou assada no forno. Feijoada com porco e vitela aos domingos. Bacalhau com batata a murro Lugar do Outeirinho Cabeceiras de Basto Telef: 253662823
Como chegar De Braga – Proposta de percurso a partir do Google Contactos Paróquia de Cabeceiras de Basto Telef: 253662118 Câmara de Cabeceiras de Basto Praça da República Telef: 253662100
PARA BEBER
Casa da Tojeira Vinho Verde Branco Breve Descrição Vinho proveniente das uvas produzidas na Quinta da Tojeira, sob condições da Produção Integrada, que como é sabido exige tratamentos mais ecológicos e utilização de produtos que preservam o ambiente e a saúde humana. O Processo de Vinificação em Prensa horizontal Pneumática, de bica aberta, garante a sua tipicidade e aroma. A VISITAR
MARIO BERNARDO DE MAGALHÃES E SOUSA ( Casa da Tojeira)
Telefone: + 351 253 663 169 / 932 420 071 Fax: + 351 253 420 070 E-mail: casadatojeira@mail. telepac.pt Horário para Visitas Semana :9:00H as 12:00H 14:00H as 18:00H Fim de Semana: Sujeito a marcação com 2 dias de antecedência Vinhos: VINHO VERDE BRANCO CASA DA TOJEIRA VINHO VERDE TINTO CASA DA TOJEIRA VINHO VERDE PALHETE CASA DA TOJEIRA VINHO VERDE BRANCO PORTAL DA TOJEIRA VINHO VERDE TINTO PORTAL DA TOJEIRA VINHO VERDE ROSADO PORTAL DA TOJEIRA VINHO VERDE BRANCO VINHOS DO VITÓRIA DE GUIMARÃES VINHO VERDE TINTO VINHOS DO VITÓRIA DE GUIMARÃES VINHO REGIONAL MINHO TINTO TENENTE BERNARDO VINHO ESPUMANTE BRANCO “RESERVA MEIO SECO” - CASA DA TOJEIRA VINHO ESPUMANTE BRANCO “RESERVA BRUTO” - CASA DA TOJEIRA
ONDE FICAR Casa da Tojeira Solar do século XVII adaptado para habitação turística. Piscina aquecida, sauna, banhos turco e escocês, solário, cavalos e bicicletas. Sete quartos e cinco
apartamentos tipo T1. Tojeiro, Faia Cabeceiras de Basto Telef: 253663169 E-mail: casadatojeira@mail. telepac.pt / casadatojeira@gmail. com www.casadatojeira.pt
Casa de Lamas Antigo solar restaurado. Jardim tradicional, piscina, ténis e golfe. Cinco quartos duplos e uma suite. Alvite Cabeceiras de Basto Telef: 253662202 e 226106313 E-mail:
[email protected] http://casadelamas.no.sapo.pt
VINHO ESPUMANTE TINTO “RESERVA BRUTO” - CASA DA TOJEIRA VINHO ESPUMANTE ROSÉ “RESERVA BRUTO” - CASA DA TOJEIRA
Rotas na Região dos Vinhos Verdes • 31 de Dezembro • 23
Rota dos Mosteiros Santo Tirso
Mosteiro de S. Bento
Localizado no centro de Santo Tirso, o Mosteiro de S. Bento deve a sua fundação à iniciativa de um senhor local, no último quartel do século X. A partir de finais do século seguinte, passa a obedecer à regra beneditina, afirmando-se como um dos mais influentes e poderosos de Portugal. Depois da extinção das ordens religiosas, em 1834, o convento, já secularizado, e as terras envolventes constituem o embrião do futuro concelho de Santo Tirso. Com excepção de algumas lápides, originárias do século XII, já nada resta das edificações mais antigas. Mas a arquitectura, a talha e a obra escultórica que nos foram legadas, datadas sobretudo dos séculos XVII e XVIII, têm um valor inestimável. A igreja do convento foi erguida ao longo de vinte anos, entre 1659 e 1679. O interior do templo tem um ambiente mágico, muito por causa da sumptuosa talha trabalhada ao gosto rocaille e da cobertura em abóbada de berço alindada com trabalhos em estuque. Os altares, as esculturas barrocas, a Sagrada Família, a escultura da Virgem com o Menino ou o bonito cadeiral do coro, reclamam o nosso olhar atento. No mosteiro, os destaques vão para a capela monástica, as galerias seiscentistas, o claustro do século XIV e, no centro deste, para a elegante fonte em granito datada de 1649.
Jesuítas de Santo Tirso Quando se fala em doçaria tirsense, não são os monges do Mosteiro de S. Bento os referidos habitualmente pelos estudiosos da gastronomia conventual, mas sim as freiras beneditinas do Mosteiro de Santa Escolástica, em Roriz, a quem se atribui a confecção de deliciosas bolachas conventuais. O Mosteiro de Singeverga, ali próximo, anda associado a um famoso licor com receita secreta e secular. Mas a doçaria tradicional de Santo Tirso, talvez inspirada pela herança religiosa, é famosa por uma especialidade muito procurada: os jesuítas, um pastel em forma de quadrilátero irregular que sai às centenas em casas como a Pastelaria Moura, bem no centro da cidade. Na Confeitaria S. Bento, a sugestão é que prove a Tarte de S. Bento. A visitar no concelho Terra de muitos mosteiros, para além do de S. Bento, no centro da cidade, merecem visita os de Santa Escolástica, o de Singeverga, célebre pelo licor com o mesmo nome, a Igreja e Mosteiro de Vilarinho e o Mosteiro de Nossa Senhora da Assunção. As termas das Caldas da Saúde são procuradas por quem padece de reumático e das vias respiratórias. Para os amantes da natureza e de ar
A VISITAR
Adega De Santo Tirso Sta. Cristina Do Couto 4780-234 Santo Tirso Telefone: 252-833897;252852412 E-Mail: Adg.Coop.Sts@Mail. Telepac.Pt A VISITAR
Quinta De Gomariz Rua Saltao, 79 Riba De Ave 4765 - 244 Riba De Ave Telefone: 913609100 E-Mail:
[email protected]
puro aconselham-se visitas ao Carvalhal de Valinhas ou ao Parque de Nossa Senhora da Assunção. Para comer Amarelos Cabrito assado, rojões e robalo ao sal. A cozinha procura misturar criatividade com respeito pela tradição. Avenida Sousa Cruz Telef: 252892137 Cá-te-espero Uma das casas mais antigas e de maior tradição de Santo Tirso. O cabrito assado em forno de lenha, com grelos e arroz de miúdos do mesmo animal, tem clientes fieis há muitos anos. Rojões à moda do Minho, coelho estufado ou perna de porco assada fazem parte do cardápio. Boavista, Rebordões Santo Tirso Telef: 252852500 Uiscas Ambiente informal, mesa e bancos corridos, pouco dado a sofisticações. Bacalhau desfiado, presunto de cura longa, sopa de aldeia, nas aberturas. Feijoada, rojões e cozido à portuguesa com tudo o que lhes pertence. Cabrito assado em forno de lenha. Doces tradicionais, festivos. Rua das Quintães, Roriz Santo Tirso Telef: 252881461
ONDE FICAR Hotel Cidnay No centro da cidade de Santo Tirso. Praça 25 de Abril Santo Tirso Telef: 252859300 E-mail:
[email protected] www.hotel-cidnay.pt/ Solar São Bento Dez quartos duplos e duas suites Rua Alberto Pimentel, 6/8 Santo Tirso Telef 252862165 E-mail:
[email protected] www.solarsbento.net
Como chegar De Guimarães – ver proposta de percurso do Google Do Porto – ver proposta de percurso do Google Contactos Paróquia de Santo Tirso Telef: 252852679 Posto de Turismo Praça 25 de Abril Telef: 252830411 Câmara Municipal Praça 25 de Abril
22 • 31 de Dezembro • Rotas na Região dos Vinhos Verdes
Telef: 252830400
Arouca
Mosteiro de S. Pedro de Arouca Fundado no século X, foi a partir do século XIII que o Mosteiro de Arouca se afirmou como uma das casas da ala feminina da Ordem de Cister. Para isso contribuiu a influência e a herança deixada por uma das filhas do rei português D. Sancho I, Dona Mafalda, que escolheu Arouca para ingressar na vida religiosa. Extinto em 1836, com a morte da última freira, o valioso espólio artístico do mosteiro está preservado e pode ser visto no seu Museu de Arte Sacra. Famosa e gulosa herança do labor das monjas ao longo dos séculos é o receituário conventual, com doçarias que fazem perder a cabeça a um santo. O actual edifício do mosteiro, construído nos séculos XVII e XVIII, caracteriza-se por uma grande sobriedade, em obediência à filosofia cisterciense, o que não deixa de ser relevante em plena época de afirmação do barroco. Para além da obrigatória visita ao Museu de Arte Sacra, onde se podem ver esculturas góticas, uma Santa Mafalda feita para a arca tumular e uma singela e bonita obra de ourivesaria do século XIII, há outros motivos para uma visita demorada e atenta: as capelas no interior da igreja, uma delas com a urna de Santa Mafalda em ébano e decorada com prata e cobre; a talha do varandim do órgão; os 104 assentos do cadeiral barroco; as extraordinárias imagens de santos; ou o claustro de dois andares. Os doces das monjas de Arouca Pão de São Bernardo, partido à mão para preservar a sua delicadeza; morcelas doces, feitas com massa de miolo de pão e amêndoa enfiada em tripa, e daí o nome que lhe dão; roscas de amêndoa; castanhas doces; manjar de língua. Doces conventuais legados pelas monjas cistercienses do Mosteiro de Arouca, que ainda hoje fazem a fama da vila e o proveito de quem os come. Arouca, vila doce, não se contenta com os doces conventuais. A tradição popular também se encarregou de continuar os dotes das monjas, com o famoso pão-de-ló húmido, os melindres, as cavacas, os charutos de amêndoa ou as barrigas de freira. A visitar no concelho • A Serra da Freita, com a espectacular queda de água conhecida por Frecha da Mizarela, o invulgar fenómeno geológico das pedras parideiras junto à aldeia de Castanheira e povoações serranas como Cando e Cabreiros • O Monte da Srª da Mó, a 8 quilómetros da vila, de onde se tem uma visão panorâmica sobre o vale de Arouca e se pode visitar a capela, quinhentista • A igreja de Urrô, com uma curiosa torre sineira românica, destacada do corpo do edifício • A Torre dos Mouros, na freguesia de Burgo • A norte da vila, vale a pena a deslocação ao Calvário • E, para os apreciadores de vestígios com muitos milhões de anos, as trilobites de Canelas
PARA BEBER
Tormes Vinho Verde Branco Vinho Verde Branco Breve Descrição Jacinto, habituado aos bons velhos vinhos do Porto da adega do avô e aos opíparos jantares parisienses, regados a champanhes e aos mais raros borgonhas e bordéus, desde um Chatêau d’Yquem a um Romanée-Conti, entusiasma-se com o seu recém-descoberto vinho de TORMES, “caindo do alto, da bojuda infusa verde - um vinho fresco, esperto, seivoso, e tendo mais alma, entrando mais na alma, que muito poema ou livro santo.” Eça de Queiroz ‘cantou-o’, nós cuidamo-lo hoje e a vós de bebê-lo, para poderdes ‘cantá-lo’, depois de vos ter entrado na alma! Produzido na sub-região de Baião, de côr citrina, apresenta aroma e sabor frutados, muito típicos da casta “Avesso” que lhe deu origem, estando os seus valores analíticos compreendidos dentro dos seguintes intervalos: 11 a 12,5% para o álcool total; 6 a 8,5g/l para a acidez fixa, sendo o valor do sulfuroso total não superior a 150mg/l.
Para comer Parlamento Comecemos pelo fim: barrigas de freira, morcelas e castanhas doces, na tradição conventual. Antes disso, pode escolher entre a deliciosa vitela arouquesa, a posta na brasa ou, ao domingo, o cabrito assando no forno. Lista de vinhos variada, com destaque natural para o Vinho Verde branco e tinto da região. Travessa da Ribeira, 2 Arouca Telef: 256949604 Casa no Campo Com vista para a Serra de Montemuro, decida-se entre a vitela arouquesa, o cabrito ou o bacalhau servido no interior da broa de milho. Lugar de Espinheiro, Moldes Arouca Telef: 256941900 Alto da Estrada O bacalhau na brasa com batata a murro é uma das propostas para este peixe, entre outras. Nas carnes, a tradicional vitela da terra ou o cabrito assado que, por estas bandas, é prato de substância aos domingos. Nas sobremesas, o destaque vai para as doçarias ligadas á herança conventual. Arouca, à saída para Burgo Telef: 256944796 Como chegar Do Porto - ver proposta de percurso feita pelo Google De Braga ou Guimarães – ver proposta de percurso feita pelo Google Contactos Museu de Arte Sacra Telef: 256943321 Paróquia de Arouca Telef: 256944121 Turismo de Arouca Rua Alfredo Vaz Pinto Telef: 256943575 Câmara Municipal de Arouca Telef: 256940220
A VISITAR
Fundação Eça de Queiroz
Telefone: 254882120 Fax: 254885205 E-mail
[email protected] Site: www. feq.pt Horário para Visitas Semana: Terça a Sexta – 9.30h-12.30h; 14.00h16.30h Fim de Semana 9.30h12.30h; 14.00h-16.30h
ONDE FICAR Casa de Cela Solar do século XVIII adaptado para turismo de habitação. Nove quartos duplos, sala de jogos, biblioteca, piscina, campo de ténis, jardins, actividades ao ar livre. Cela, Urrô Arouca Telef: 256944226 e 919445818 ou 919986393 E-mail:
[email protected] www.casadecela.com Quinta de Novais Hotel rural a funcionar numa antiga casa agrícola de finais do século XVIII. Espaço exterior com castanheiros, carvalhos e sobreiros. Piscina e jacuzzi. Novais, Santa Eulália Arouca Telef: 256940100 E-mail:
[email protected] www.quintadenovais.com
Rotas na Região dos Vinhos Verdes • 31 de Dezembro • 21
Rota dos Mosteiros Mire de Tibães, Braga
SEIS MOSTEIROS DA REGIÃO DOS VINHOS VERDES Ao percorrermos a grande região onde se produz o Vinho Verde, somos inúmeras vezes confrontados com a herança de práticas religiosas que marcaram e ainda marcam a vida quotidiana das gentes nortenhas. Desde as cidades até às aldeias mais recônditas, misturados na malha urbana ou perdidos no cimo de um monte, há cruzeiros, alminhas, capelas, igrejas e mosteiros. De uma enternecedora simplicidade, umas, gigantescas e monumentais, outras, as construções religiosas são inseparáveis da região. As propostas de visita que aqui fazemos não pretendem, longe disso, esgotar as pérolas arquitectónicas que se espalham às centenas por todo o lado. São apenas âncoras orientadoras que destacam alguns dos maiores tesouros que foram sendo erguidos e modificados ao longo de uma história de muitos séculos. E que têm, sobretudo os ligados a comunidades religiosas, percursos tantas vezes coincidentes com a afirmação da cultura do vinho e de tradições gastronómicas de grande tipicidade, bem vivas, por exemplo, na doçaria conventual ligada à vila de Arouca ou à cidade de Amarante. Visitar os monumentais mosteiros de Tibães ou de Santa Maria de Refóios, afastados dos centros urbanos, ou os de S. Bento, de S. Gonçalo, de S. Miguel de Refóios ou de Arouca, implantados bem no centro das vilas e cidades que cresceram ao seu lado, é simultaneamente um prazer para os olhos, uma lição de história e um pretexto para saborear pitéus únicos acompanhados pelo excelente Vinho Verde, apurado e melhorado durante séculos.
Mosteiro de S. Martinho de Tibães S. Martinho de Tibães foi, durante séculos, um dos mais influentes mosteiros do Norte de Portugal. Casa-mãe dos conventos beneditinos a partir do século XVI, assumiu-se como centro de excelência das artes e do pensamento estético português. Fundado há cerca de mil anos, o monumental edifício que nos foi legado é, no entanto, o resultado de obras e reconstruções feitas no período áureo do mosteiro como núcleo difusor de arte e cultura, nos séculos XVII e XVIII. O mosteiro viveu, durante a sua longa existência, alguns períodos de obscuridade e mesmo de ruína e abandono. Com o fim das ordens religiosas, em 1834, foi encerrado e os seus bens vendidos. Há cerca de duas décadas, o Estado português tomou posse da parte privada do edifício, iniciando-se então importantes obras de restauro e reabilitação. Nos belíssimos Mosteiro e Igreja de Tibães são visíveis marcas estilísticas que vão do maneirismo tardio ao rocaille. O claustro principal formado por arcos de volta perfeita, a enorme sacristia coberta por tecto de madeira pintada em forma de caixotões, as extraordinárias composições em talha rocaille, a escultura de Cristo crucificado, o coro alto com o bonito conjunto de cadeiras em estilo barroco, estão entre os muitos motivos de interesse para o visitante. No terreiro do mosteiro, está o cruzeiro de Tibães. Para comer Dentro em breve, não será preciso sair do mosteiro para poder degustar especialidades culinárias que prometem marcar pontos. Está prometida para o ano de 2009 a instalação de um res-
PARA BEBER
taurante e de uma hospedaria a cargo de oito irmãs que, segundo o próprio bispo de Braga, vão confeccionar e servir comida “de grande qualidade”. Enquanto esperamos, sempre podemos ir até Braga, ali a meia dúzia de quilómetros da freguesia de Mire de Tibães, cidade onde a gastronomia minhota e os Vinhos Verdes estão muito bem representados.
Quinta do Tamariz- Loureiro
Horário de visitas (Inverno) Das 9h30 às 13h00 e das 14h00 às 17h30 Última visita guiada: 16h45 Encerra às segundas-feiras Como chegar De Braga: proposta de percurso desenhada pelo Google Contacto Rua do Mosteiro Telef: 253622670 Email:
[email protected]
Vinho Verde Branco Breve Descrição Cor citrina e límpida. Aroma típico da casta, com final de pêra e limão. Sabor equilibrado com persistência na boca, a mostrar a idade da vinha velha, com presença de frutos tropicais. A VISITAR
SOCI. AGR. DA QUINTA DE SANTA MARIA,S.A. Telefone: 351-252960140 E-mail quintadesantamaria@ maisbarcelos.pt Horário para Visitas: Semana 8.30h-12.00h e 13.00h-17.00h Fim de Semana: Sábado 8.30h12.00h e 13.00h-17.00h Domingo por marcação Vinhos: QUINTA DO TAMARIZ (VINHOS E AGUARDENTES) QUINTA DE SANTA MARIA (VINHOS) TAMARIZ (ESPUMANTES)
20 • 31 de Dezembro • Rotas na Região dos Vinhos Verdes
PARA BEBER
Quinta de Balão Vinho Verde Branco Breve Descrição Consequência da tradição vitivinícola da Quinta de Balão, com respeito pelo meio ambiente, elaborado com as tecnologias apropriadas de modo a manter o potencial natural das uvas de castas criteriosamente seleccionadas e colhidas à mão, nasce este vinho de forte carácter, reconhecido pelo seu aroma frutado e floral. Óptimo para acompanhar peixe, marisco, aves e todos os pratos que necessitem de ser acompanhados com bebidas refrescantes. Deve ser consumido jovem à temperatura de 8º-10ºC. A VISITAR
ONDE FICAR Albergaria Bracara Augusta No centro da cidade de Braga. Quartos duplos e duas suites Avenida Central, 134 Braga Telef: 253206260 E-mail:
[email protected] www.bracaraaugusta.com/
Castelo do Bom Jesus Instalado em edifício apalaçado do século XIX. Vistas sobre a cidade. Restaurante panorâmico. Bom Jesus Braga Telef: 253676566 E-mail: castelobomjesusarmilas@ worldhotel.com www.castelobomjesus.com
José Domingos Novais da Silva Miranda Telefone: 933232300 E-mail :
[email protected] www.quintadebalao.pt Horário para Visitas: Semana 11.00h —12.30h; 14.30h18.00h Fim de Semana 11.00h —12.30h; 14.30h18.00h
Macieira da Lixa
Quinta de Simaens Quinta modelar com uma paisagem cultivada de rara beleza
PARA BEBER
Quinta de Simaens Vinho Verde Branco
Propriedade, desde 1991, da Sociedade dos Vinhos Borges - uma empresa que, com outra designação, está ligada aos vinhos desde há mais de um século -, a Quinta de Simaens foi transformada pelos seus actuais detentores numa exploração-modelo na produção de Vinhos Verdes. A Quinta conta nos seus terrenos com uma bonita casa senhorial do século XVIII, de uso e acesso privado, e tem nos 40 hectares de vinhedos o seu principal trunfo. A disposição do terreno, em suave ondulação, cria uma paisagem cultivada de beleza invulgar, bem patente na época em que a vinha explode numa infinita variação de cores. A Quinta de Simaens foi pioneira na introdução de um sistema inovador de condução da vinha, o sistema Lys, criado pelo professor Rogério de Castro, consultor da empresa. O passeio guiado pelas vinhas de Simaens pode e deve ser complementado com uma visita às modernas e funcionais instalações da Borges, desenhadas por um jovem arquitecto da chamada Escola do
Porto, localizadas a 500 metros de distância. Aí funciona o centro de vinificação e engarrafamento de Vinhos Verdes e, desde 2000, as linhas de engarrafamento de outros vinhos e espumantes da empresa, caves de estágio e, aberta recentemente, uma loja de venda ao público do portfolio de produtos da Sociedade dos Vinhos Borges. A partir da Primavera de 2008, a empresa estará em condições de proporcionar visitas guiadas à Quinta e ao centro de vinificação e engarrafamento. A loja Nas instalações da Sociedade dos Vinhos Borges, a 500 metros da Quinta de Simaens, abriu recentemente uma loja onde podem ser provados alguns vinhos da empresa e adquiridos todos os Vinhos Verdes saídos da Quinta, bem como os restantes produtos da Borges. Visitas à Quinta e ao centro de vinificação Aberta a loja, a empresa estará, a partir da Primavera de 2008, em condi-
ções de receber pessoas para visitas às vinhas de Simaens, à adega e ao restante complexo situado nas proximidades da Quinta. Está também previsto servir almoços na moderna cantina da empresa, com marcação prévia. Os vinhos A Sociedade dos Vinhos Borges produz um conjunto de Vinhos Verdes, entre os quais se destacam o histórico Gatão, um campeão de vendas, e o Quinta de Simaens, produzido exclusivamente com uvas colhidas na Quinta. • Gatão. Vinho Verde Branco • Vilancete. Vinho Verde Branco • Alvarinho Borges – Vinho Verde Branco produzido exclusivamente com uvas da casta Alvarinho • Alvarinho/Trajadura Borges – Vinho Verde Branco produzido a partir das duas castas que lhe dão o nome • Quinta de Simaens – Vinho Verde Branco elaborada com predominância da casta Pedernã
Como chegar De Felgueiras – Seguir pela estrada em direcção á cidade da Lixa e virar à esquerda quando aparecer uma placa com a indicação Simaens. Da Lixa – Depois de atravessar a povoação, seguir pela estrada de Celorico e Fafe. A empresa localiza-se 1,9 quilómetros após a entrada nessa estrada.
Breve Descrição A partir de uvas das castas Pedernã, Avesso e Trajadura surge o Quinta de Simaens. Proveniente desta Quinta assente em solo argilo-xistoso este vinho revela cor citrina, um aroma intenso a frutos tropicais e notas minerais que lhe conferem complexidade. Na boca é mineral, tem volume e uma frescura que apenas os vinhos da Região dos Vinhos Verdes conseguem transmitir. Servido a uma temperatura entre os 8 a 10º C é óptimo para acompanhar pratos de peixe, marisco e algumas carnes brancas.
Contactos Centro de Produção da Lixa (Quinta de Simaens) Macieira da Lixa Telef: 255 490 790 Fex: 255 491 828 Sociedade dos Vinhos Borges Sede: Rua Infante D. Henrique, 421 Rio Tinto Telef: 224 855 050 Fax: 224 862514 E-mail:
[email protected] Visitas Sujeitas a marcação prévia
Mazedo, Monção
Solar de Serrade
Uma ruína que se transformou numa referência do turismo em espaço rural do Alto Minho Casa brasonada típica do Alto Minho, com origem em meados do século XVII, o Solar de Serrade é um bom exemplo de recuperação cuidada do património arquitectónico da região. Localizado na freguesia de Mazedo, a poucos quilómetros da estrada que liga Valença a Monção, o solar sofreu uma intervenção notável que transformou, através de obras que se prolongaram por meia dúzia de anos, uma casa em ruínas numa das referências do turismo de habitação da região do vinho Alvarinho. O Solar de Serrade começa por impor-se pelo imponente aspecto exterior, onde se destacam as duas torres que se erguem nos flancos de um corpo longo e mais baixo. No interior, um bonito conjunto de móveis, louças e tapeçarias espalhadas por amplos salões e quartos, a capela com coro e balaustrada em estilo “rocaille”, os tectos de madeira em forma de masseira, tudo isso, somado ao seu jardim
• O “Solar de Serrade – Alvarinho”, Vinho Verde produzido exclusivamente com uvas da casta Alvarinho. Tem cor citrina, é seco e frutado no aroma.
duas vilas que merecem visitas atentas • O “Menanços”, produzido a partir de - Monção e Melgaço. uma combinação equilibrada de duas castas típicas da região, o Alvarinho Ficar em Serrade e o Trajadura. O Solar de Serrade é um espaço aberto a todos quantos queiram passar uns • O “Solar de Serrade – Tinto”, produdias em ambiente rural, carregado de zido com castas tintas, envolvente e história e de nobreza, cercado por com uma acidez equilibrada, caracvinhas de Alvarinho. A casa dispõe de terística dos Vinhos Verdes tintos da seis quartos duplos e duas suites, com sub-região de Monção-Melgaço. serviço de pequeno-almoço. Desde que marcadas com antecedência, podem Como chegar servir-se refeições. O solar tem também De Braga – Gerar rota no Mapa Google condições para acolher eventos de com as indicações de partida Braga e de maior monta, num salão com capaci- chegada Estrada desconhecida dade para cerca de 300 pessoas. @42.057673, -8.479362
romântico, ajuda a reconstituir o ambiente vivido há mais de trezentos anos, nos tempos do morgado de Serrade. A casa, virada para o turismo de habitação, tem, além da arquitectura,
outros argumentos que reclamam uma visita a todos quantos procuram sossego em ambiente bucólico e natural: o solar é parte integrante de uma propriedade agrícola onde se cultiva o Vinho Verde da excelente casta Alvarinho e localiza-se a dois passos de
Os produtos da quinta Em Serrade é possível visitar as vinhas, a adega e provar e comprar Vinhos Verdes produzidos pelos proprietários do solar a partir de uvas cultivadas nos vinhedos que envolvem a casa. Com a marca “Solar de Serrade”, há três vinhos de qualidade que podem ser apreciados e adquiridos pelos visitantes:
De Monção – Gerar rota no Mapa Google com as indicações de partida Monção e de chegada Estrada desconhecida @42.057673, -8.479362 Contactos Telef: 251654008 e 251649480 Fax: 251654041 E-mail:
[email protected]
Rotas na Região dos Vinhos Verdes • 31 de Dezembro • 19
Rota das Quintas Monte, Lixa
Quinta da Lixa
Uma história de paixão e de sucesso da família Meireles A Quinta da Lixa, situada muito perto do centro da nova cidade da Lixa, é, respeitando as palavras dos seus proprietários, um símbolo e um “testemunho vivo da paixão que a família Meireles sempre teve pelos Vinhos Verdes”. Não há muitos anos, os Meireles tinham vinhas nos arredores da Lixa e vendiam a granel o vinho que produziam. Mas rapidamente perceberam que um salto qualitativo reclamava o controlo de todo o ciclo produtivo, desde a vide até à garrafa. A compra da Quinta da Lixa, com os seus sete hectares de vinha, criou condições para transformar a empresa numa produtora qualificada de Vinhos Verdes. Em 1999, a compra de uma nova propriedade com 30 hectares, a Quinta de Sanguinhedo, localizada a poucos quilómetros da sede da empresa, aumentou substancialmente a capacidade produtiva e abriu um novo campo de actividade. A nova quinta, com efeito, conta com uma casa que, depois de recuperada, vai possibilitar à Quinta da Lixa a aposta no turismo enológico de qualidade, transformando-se num bonito hotel rural cercado por vinhedos. A Quinta da Lixa tem já condições para receber visitantes, contando com um amplo espaço para acolher grandes eventos – a Sala dos Arcos -, um pequeno museu recheado de objectos ligados à história da vitivinicultura e uma moderna loja onde se fazem provas dos vinhos da casa e se vendem aos visitantes os Vinhos Verdes e outros produtos da empresa.
Visitas e eventos para grandes grupos Marcadas com antecedência, a Quinta da
PARA BEBER
Quinta da Lixa Vinho Verde Branco
Lixa faculta visitas às vinhas, à adega e ao centro de engarrafamento. Na grande Sala dos Arcos, com 3000 metros quadrados, a Quinta da Lixa tem condições para acolher e servir até 250 pessoas.
A transformação da Quinta de Sanguinhedo As obras de recuperação e adaptação da bonita casa da Quinta de Sanguinhedo, com início previsto para breve, prometem transformar a propriedade adquirida pelos Meireles em 1999 num novo espaço de qualidade virado para o enoturismo. Os vinhos O portfolio de Vinhos Verdes da Quinta da Lixa conta com produtos que con-
seguiram já, muitos deles, distinções atribuídas por instituições do sector e críticos do meio: - Quinta da Lixa, Vinho Verde Branco. Quinta da Lixa, Loureiro. Quinta da Lixa, Trajadura. QL – Alvarinho. Terras do Minho, Vinho Verde Branco. Monsenhor, Vinho Verde Branco. QL-Espadeiro, Vinho Verde Rosé. Quinta da Lixa, Vinho Verde Espumante Tinto Bruto. Quinta da Lixa, Vinho Verde Espumante Branco Bruto.
Como chegar De Felgueiras – Gerar rota no mapa Google a partir das indicações de partida Felgueiras e de chegada 41.327165,-8.150547
Breve Descrição O Quinta da Lixa é produzido com algumas das mais nobres Castas da Região dos Vinhos Verdes, produzidos e vinificados na propriedade que lhe dá o nome. Aspecto brilhante e cor citrina. No aroma apresenta um carácter frutado, com algumas nuances a frutos tropicais e um carácter floral. Na boca confirma toda a expectativa criada pela intensidade do aroma, muito equilibrado, este vinho apresenta-se seco, com complexidade e persistência. Ideal para acompanhar pratos de peixe, marisco, cozinha Italiana ou pratos de carne ligeiros. Servir à temperatura de 10 a 12ºC.
Do Porto - Gerar rota no mapa Google a partir das indicações de partida Porto, Portugal e de chegada 41.327165, -8.150547
Contactos A loja Na sede da Quinta da Lixa funciona uma loja aberta ao público e aos visitantes, onde podem ser provados e adquiridos os vinhos da empresa e outros produtos – azeite, mel e queijo de ovelha.
Quinta da Lixa, Sociedade Agrícola Lda Monte, Lixa Telef: 255 490 590 Fax: 255 490 599 E-mail:
[email protected]
Prozelo, Amares
Solar das Bouças
Uma bela casa senhorial, o perfume da casta Loureiro e o rio Cávado ao fundo Bonita casa senhorial originária da segunda metade do século XVIII, o Solar das Bouças, como outras propriedades congéneres da região, teve uma história atribulada. Há pouco mais de trinta anos estava praticamente arruinado, até que foi parar às mãos de alguém que lhe deu o merecido valor. Referimo-nos a Albano Castro Sousa, que transformou o Solar das Bouças numa das mais respeitadas casas produtoras de Vinho Verde e um dos primeiros a apostar nas potencialidades dos vinhos de quinta.
quantos apreciam o turismo enológico em espaço rural.
Plantadas as vinhas, sobretudo da casta Loureiro, e lançada a marca Solar das Bouças com grande êxito, o velho solar e outras casas da propriedade sofreram mais tarde profundas obras de recuperação, por iniciativa da família liderada por Fernando Luís van Zeller, actual proprietária. Hoje, o Solar das Bouças permanece uma marca prestigiosa de Vinho Verde e transformou-se num local que é um regalo para os olhos e um destino a ter em conta por todos
Alojamento no Solar
autoria do mestre escultor José Cutileiro, um presépio desenhado por Machado de Castro e um lampadário de finais do século XVIII.
A propriedade que integra o velho solar recuperado ganha ainda mais atractivos, por estar implantada numa zona de grande beleza, no concelho de Amares. Os terrenos da quinta confinam em cerca de 800 metros com o rio Cávado, proporcionando trechos lindíssimos, com as ruínas de uma velha azenha e as grandes pedras negras emergindo do espelho de água do rio.
A casa principal, o solar propriamente dito, conta com quatro quartos duplos com capacidade para oito pessoas. A poucas dezenas de metros, duas casas, com três quartos cada, foram transformadas e têm excelentes condições para receber visitantes, estando disponíveis durante todo o ano, com marcação prévia.
Visitas, eventos e gastronomia Aos visitantes, o Solar das Bouças pro-
18 • 31 de Dezembro • Rotas na Região dos Vinhos Verdes
O vinho Produzido exclusivamente a partir da excelente e perfumada casta Loureiro, o Solar das Bouças, da responsabilidade do enólogo Álvaro van Zeller, permanece como o único e prestigiado produto da propriedade. Num ano médio são comercializadas cerca de 80 mil garrafas, produzidas com uvas da quinta. O vinho pode ser provado e adquirido directamente na propriedade.
Como chegar porciona visitas guiadas às vinhas e à adega. A propriedade tem ainda uma adega regional, onde podem ser servidos almoços a grupos de 20 a 80 visitantes, desde que previamente acertados. Junto à adega, um grande salão panorâmico com vistas para o rio Cávado tem condições para receber festas,
banquetes e casamentos, até um máximo de 300 pessoas. Como complemento, a quinta está preparada para nela se poderem celebrar matrimónios religiosos, contando para isso com uma capela contígua ao solar. No interior da capela, merecem destaque a escultura de Cristo Crucificado da
De Braga – Gerar rota no mapa Google com indicações de partida Braga e de chegada 41.618554,-8.38553 Contactos Telef: 253909010 Fax: 253909019 Visitas Sujeitas a marcação prévia
Sousela, Lousada
Quinta de Lourosa Um destino de eleição para os adeptos do enoturismo PARA BEBER
Quinta da Aveleda Vinho Verde Branco Breve Descrição Fruto da harmonia perfeita entre tecnologia e tradição, o vinho Quinta da Aveleda é a imagem fiel do lugar que lhe deu o nome. A designação de Quinta permite uma associação directa à Quinta da Aveleda e confere-lhe um carácter de grande seriedade, história e autenticidade. A sua apresentação, sofisticada e contemporânea, transmite a imagem de um vinho leve, fresco e visualmente apelativo. O aroma intenso da casta Loureiro e a elegância e suavidade da casta Trajadura, combinados com a persistência aromática do Alvarinho, estão na origem do Quinta da Aveleda, um vinho fresco, frutado e delicado com um final de boca longo e persistente.
Com origem no século XVII, a Quinta de Lourosa renasceu no último quartel do século passado, fruto da paixão pelas vinhas e pelo vinho do professor catedrático Rogério de Castro e de sua filha, a jovem enóloga Joana de Castro. É, a vários títulos, uma quinta exemplar e um destino quase obrigatório para os amantes da vitivinicultura. Foi nela que se experimentou um novo e revolucionário sistema de organização das vides, conhecido por condução em Lys. Nos 27 hectares de vinha da Quinta fazem-se ousadas experiências de selecção e adaptação de novas castas na região dos Vinhos Verdes, com resultados encorajadores. Os actuais proprietários da Quinta de Lourosa juntaram à inovação e experimentação vitivinícola, um acolhimento hospitaleiro e condições que proporcionam aos visitantes dias bem passados. As casas foram recuperadas e acrescentadas com novos espaços, conjugando-se tradição e arquitectura moderna. Na Quinta de Lourosa há a preocupação de proporcionar a quem a visita uma oferta integrada e variada, que inclui visitas à quinta e à nova adega, provas de vinhos, e um conjunto de pacotes turísticos onde estão presentes a gastronomia regional ou criativa, o artesanato e visitas a lugares com interesse histórico e monumental. Localizada no jovem concelho de Lousada, a pouco mais de 40 quilómetros do Porto e servida por excelentes acessos, a Quinta de Lourosa é um destino de eleição para os mais exigentes adeptos do enoturismo.
O que tem a Quinta Além das vinhas e da adega, a Quinta de Lourosa está equipada com seis quartos com casa de banho privativa e um apartamento com kitchenet, um salão de jogos, sala de provas, piscina, campo de ténis e um parque infantil. Os vinhos O portfolio de vinhos da Quinta, trabalhado pelo enólogo Anselmo Mendes, conta com Vinhos Verdes tradicionais, espumantes brancos, tintos e rosés e criações saídas de experiências bem sucedidas com castas pouco usadas na região. Há Vinhos Verdes Espumantes Branco, Tinto e Rosé; Vinho Verde Branco “Lot 4”; Vinho Verde Branco “Quinta de Lourosa”; Vinho Verde Rosé “Lot 4”; Vinho Regional Minho Tinto Superior (feito com castas como Touriga Nacional, Aragonês, Syrah, Jaen ou Merlot); e Vinho Regional Minho Tinto (com Touriga Nacional e Merlot). Pacotes turísticos para todos os gostos A Quinta oferece aos visitantes cinco pacotes turísticos diferentes: • Enoturístico: com prova de vinhos, menu de degustação e visitas às vinhas e adega (3 dias e 2 noites) • Cultural: com visita a monumentos da região, exposições, teatro, concertos e artesanato (2 dias e 1 noite) • Romântico: inclui jantar à luz de velas (2 dias e 1 noite) • Saúde e Desporto: inclui aulas de capoeira e yoga, karting e hipismo, ténis, ping-pong e matraquilhos (3 dias e 2 noites); Gastronómico: refei-
ções segundo os critérios da “nouvelle cuisine”, francesinha ou tradicional (3 dias e 2 noites) Rota do Gourmet de Abril a Outubro Percurso turístico-gastronómico que inclui pequeno-almoço na Casa de Juzam; uma prova de vinhos na Quinta da Tapada; um almoço típico numa adega regional; e lanche de petiscos tradicionais na Quinta de Lourosa. A loja Numa das casas recuperadas da Quinta funciona uma loja onde se podem adquirir todos os vinhos produzidos pela empresa e produtos gourmet da Casa de Juste (compotas, chá, azeite e mel)
PARA BEBER
Quinta de Lourosa Vinho Verde Espumante Tinto Breve Descrição Cor rubí púrpura, límpido. Bolha fina, cordão persistente. Aroma frutado e intenso. Corpo médio, acidez presente e equilibrada. Final muito frutado e persistente. Servir ligeiramente refrescado. Sugere-se como acompanhamento de pratos fortes, tipo Cabrito assado em forno a lenha ou Lampreia.
Como chegar De Guimarães: gerar rota no mapa Google com as indicações de partida Guimarães e de chegada 41.294559,8.30266 De Lousada: gerar rota no mapa Google com as indicações de partida Lousada, Portugal e de chegada 41.294559,8.30266 Contactos Quinta de Lourosa, Sociedade Agrícola Lda Sousela, Lousada Telef: 255810480 Telemóvel: 919973136 Fax: 255810489 Visitas Entre as 9.00h e as 20.00h
Verdes e outros vinhos produzidos pela empresa, e também queijos e compotas de produção própria.
Como chegar Do Porto – Tomar a auto-estrada A4 (Vila Real/Valongo) e sair nas indicações Penafiel Sul/Entre-osRios. Depois de passar a portagem, virar à direita no sentido de Paredes. Virar novamente na primeira à direita, a cerca de 300 metros. Seguir 1 quilómetro até encontrar a entrada da Quinta
Horários e contactos As visitas à Quinta da Aveleda podem ser feitas de segunda a sextafeira, das 9h00 às 12h00 e das 14h00 às 17h00. Para grupos, é necessária marcação prévia. Marcações: Telef: 255718200 Fax: 255711139 E-mail:
[email protected]
Rotas na Região dos Vinhos Verdes • 31 de Dezembro • 17
Rota das Quintas Penafiel
Quinta da Aveleda
Beleza, tradição e inovação numa quinta familiar com mais de cinco séculos de história
QUINTAS DO VINHO VERDE Visitar, nos dias de hoje, muitas das quintas onde se produzem grandes Vinhos Verdes, é testemunhar o louvável trabalho que, nas últimas décadas, transformou propriedades praticamente abandonadas e solares arruinados, em bonitos espaços recuperados capazes de proporcionar a quem os visita experiências únicas. Das seis quintas aqui propostas, entre muitas outras possíveis, apenas a Quinta da Aveleda atravessou os tempos, mesmo os mais atribulados, mantendo a aura de nobreza e a ligação a uma mesma família, com os extraordinários resultados que estão à vista na bela propriedade nos arredores de Penafiel. No Solar das Bouças, no Solar de Serrade, na Quinta de Lourosa e na Quinta de Simaens, o amor, o trabalho e os capitais dos seus actuais proprietários fizeram verdadeiros milagres de reconversão. Na Quinta de Sanguinhedo, propriedade da Quinta da Lixa, grandes obras na magnífica casa senhorial vão transformá-la num hotel rural de reconhecido potencial. Descobrir estas e outras Quintas da Região dos Vinhos Verdes permite, num único espaço, viver experiências gratificantes. Algumas têm condições para receber e instalar quem as procura, com provas de vinho, visita às vinhas e às adegas, serviço de refeições e venda directa dos produtos da empresa. Nas Quintas da região, o Vinho Verde está bem acompanhado pela hospitalidade, pelo património, pela gastronomia e pela paisagem. Por que espera?
Pérola da região dos Vinhos Verdes, a Quinta da Aveleda tem uma história tão longa quanto extraordinária. As referências ao seu aparecimento remontam ao século XVI, mas admite-se que terá nascido muito antes. Uma das marcas que a distinguem é a de se manter na posse da mesma família, os Guedes, há mais de trezentos anos; acima de tudo, está o facto de chegar aos dias de hoje como uma grande empresa vitivinícola, líder de mercado dos Vinhos Verdes e detentora de um património invejável, com destaque para a belíssima Quinta dos arredores de Penafiel. Embora o património e a actividade da empresa não se limitem à propriedade localizada em Penafiel e aos Vinhos Verdes, a Quinta da Aveleda é, sem dúvida, a jóia da companhia: pela sua longa história; pela ligação umbilical e ininterrupta à mesma família; e pela extraordinária beleza de uma propriedade que não se esgota nos seus 150 hectares de vinhedos, de onde saem prestigiados vinhos da região.
16 • 31 de Dezembro • Rotas na Região dos Vinhos Verdes
Passear pelas ruas e avenidas que envolvem a bonita casa senhorial; contemplar as suas fontes, lagos e jardins; descansar nos recantos discretos que se abrem à curiosidade dos visitantes; admirar as árvores centenárias que enobrecem o espaço; visitar as vinhas e provar os vinhos da Quinta; ou penetrar no mundo mágico e penumbroso da adega velha, permite sentir a Quinta da Aveleda e perceber, como querem os seus proprietários, uma especial “forma de estar na vida”, criada e preservada há séculos.
Um passeio pela quinta A Quinta da Aveleda propõe aos visitantes um percurso pelas ruas e alamedas da propriedade, sinalizado num mapa distribuído na recepção. Entre outros pontos de interesse, e para além dos jardins, lagos e árvores seculares, destacam-se a Janela Manuelina pertencente à casa-berço do Infante D. Henrique, a Torre das Cabras, a
Casa de Chã em estilo vitoriano, a Fonte das Quatro Estações da autoria do mestre João da Silva, a Casa Senhorial datada, na sua versão inicial, de 1671, a Capela com altar de talha e iluminuras e a Adega Velha, onde repousa a famosa aguardente de Vinho Verde que é um dos ex-libris da Aveleda.
Programas de Visita Para além do passeio pela Quinta, a empresa propõe aos visitantes os seguintes programas: • Serviço de restaurante, para grupos não inferiores a 10 pessoas e não superiores a 50 pessoas, com marcação antecipada (excepto aos sábados, domingos e feriados) • Visitas às caves e às vinhas e prova de vinhos, com início nos jardins da propriedade. Inclui visita às instalações de engarrafamento. Com marcação prévia, para grupos não superiores a 50 pessoas (excepto aos sábados, domingos e feriados)
Os vinhos A gama de Vinhos Verdes da Quinta da Aveleda inclui • Casal Garcia. Vinho Verde Branco, produzido a parte de castas recomendadas para a região. Marca histórica e um dos best-sellers da empresa. • Aveleda Fonte. Vinho Verde Branco. • Quinta da Aveleda. Vinho Verde Branco produzido com as castas Alvarinho, Loureiro e Trajadura • Trajadura-Loureiro (Gama Aveleda Follies) – Vinho Verde Branco. • Alvarinho (Gama Aveleda Follies) – Vinho Verde Branco monocasta.
A Aguardente Velha Adega Velha - Aguardente de cor âmbar, produzida a partir de Vinho Verde, que repousa dez anos em cascos de carvalho da região de Limousin. Uma referência das aguardentes portuguesas.
Comprar vinhos e produtos da quinta Na entrada da Quinta há uma loja onde podem ser adquiridos os Vinhos
Serras do Parque Nacional da Peneda-Gerês Convite para uma experiência duradoura e inesquecível
A VISITAR
Casa Do Campo
Molares 4890 Celorico De Basto Telefone: 255-361231 E-Mail: Infogeral@ Casadocampo.Pt A VISITAR
Casa Do Vale
Moimenta – Cavez 4860 Cabeceiras Basto Telefone: 226176594 E-Mail:
[email protected]
PARA VER ALDEIAS SERRANAS Castro Laboreiro (Peneda) Uma das aldeias da serra mais conhecidas e visitadas, localizada no concelho de Melgaço. Os pontos de interesse são muitos. Um pelourinho manuelino, do século XVI. As ruínas do um castelo. Pontes arcaicas: da Dorna, da Capela, da Cava Velha. Moinhos, fornos comunitários, espigueiros. Gavieira (Peneda) É na Gavieira que se encontra um dos mais procurados locais de peregrinação da região, o Santuário da Senhora da Peneda. Construído em estilo neoclássico com alguns apontamentos de barroco, o santuário integra um longo escadório. O santuário impressiona, também, pela localização, encostado a um gigantesco e dominante penedo granítico. Soajo (Peneda) A eira comunitária, com 24 espigueiros, está implantada num morro de granito e é uma das atracções da terra. A paisagem envolvente é magnífica, como poder ser apreciado do miradouro do Coto Velho. Um pelourinho, um moinho em ruínas, a Ponte Velha, a capela. Paderne (Melgaço) O Mosteiro de São Salvador de Paderne merece uma visita. A igreja primordial, românica, remonta ao século XII, aos alvores da nacionalidade portuguesa. São João do Campo (Terras do Bouro) Tem um cruzeiro suportado por um marco miliário. Espigueiros. Museu Etnográfico com informação sobre a aldeia submersa de Vilarinho das Furnas. Nas proximidades, uma antiga estrada que ligava Bracara Augusta (Braga) à castelhana
Astorga, conhecida por Geira Romana. E a barragem de Vilarinho das Furnas. Lindoso (Soajo) A estrela da aldeia é o seu castelo, do século XIII, com um exterior ainda em boas condições. Em frente ao castelo há um impressionante conjunto de cerca de 50 espigueiros, encimados por cruzes. Próximo da aldeia fica a barragem do Alto Lindoso. Tourém (Montalegre) Na aldeia destaca-se um invulgar e monumental forno, construído em pedra, com paredes reforçadas por grandes contrafortes. Tem capacidade para algumas dezenas de broas de milho. Há ainda a igreja com vestígios românicos, as ruínas de um castelo, um moinho ainda operacional e várias capelas. Pitões das Júnias (Montalegre) Uma das aldeias emblemáticas da Serra do Gerês. Agreste, de difícil acesso, Pitões das Júnias é ainda terra de pastores. E destino para intrépidos caminhantes que não desistem de admirar o seu mosteiro do século XII, em ruínas. Há um relógio de sol e um conjunto de túmulos megalíticos no planalto da Mourela. Um mundo à parte, de profunda rusticidade. Caldas do Gerês (Vilar da Veiga) Uma das portas de entrada nas serranias e destino turístico por excelência. As águas das termas, quentes, têm fama de curar males do fígado e da vesícula. Junto ao edifício das termas há um parque com vegetação luxuriante atravessado por curso de água. PERCURSOS DE AUTOMÓVEL As hipóteses são muitas e
muito diferentes. As estradas estão em bom estado, pelo que é sempre possível a cada um desenhar o seu próprio percurso. Aqui ficam algumas hipóteses, avançadas pelo próprio Parque Nacional da PenedaGerês. 1) Arcos de Valdevez até Castro Laboreiro, passando por Mezio e Lamas de Mouro. Pontos de interesse: Castelo e planalto de Castro Laboreiro; brandas e inverneiras (casas usadas pelo povo serrano no Verão e no Inverno); pontes medievais; turfeiras; florestas de carvalho-negral; lameiros. 2) Arcos de Valdevez até ao Soajo, passando pelo Mezio, Adrão, Srª da Peneda, Várzea, Paradela e Cunhas. Pontos de interesse: antas e mamoas do Mezio; agricultura em socalcos; santuário da Peneda; espigueiros e pelourinho do Soajo 3) Ponte da Barca até ao Lindoso. De Lindoso até Ermida, passando por EntreAmbos-os-Rios. De Lindoso até Germil, passando por Entre-Ambos-os-Rios. Pontos de interesse: castelo e espigueiros do Lindoso; gravuras rupestres (Bouça do Calado); antas e mamoas (Mosteiro e Britelo); mata do Cabril 4) Vilar da Veiga até ao Gerês, passando por Ermida e pelo miradouro da Pedra Bela. Pontos de interesse: miradouro; vidoeiro; termas do Gerês 5) Salamonde até Tourém passando por Cambedo, Paradela, Covelães e Pitões das Júnias. Pontos de interesse: Mosteiro de Santa Maria das Júnias; antas e mamoas da Mourela; forno comunitário de Tourém PERCURSOS PEDESTRES Os percursos de automóvel permitem um reconhecimento rápido e fácil
da serra. Para um mergulho mais fundo no Gerês é preciso “dar à perna”, isto é, caminhar pela montanha por trilhos pré-definidos, ou fazer percursos a cavalo. Há várias hipóteses, desde caminhadas de várias horas com grau de dificuldade elevada, até percursos mais simples que podem ser feitos por todos. Em quaisquer circunstâncias, deve sempre consultar-se quem sabe. Contactos: Parque Nacional da PenedaGerês Avenida António Macedo Braga Tel. 253203480 - Fax 253613169 Delegações: Arcos de Valdevez Rua Padre Manuel Himalaia - Arcos de Valdevez Tel. 25865338 - Fax 258522707 Terras de Bouro Gerês - Vilar da Veiga - Gerês Tel. 253391181 - Fax 253391496 Montalegre Rua do Reigoso - Montalegre Tel./Fax 27652281 Parques de Campismo Lamas de Mouro, EntreAmbos-os-Rios, Vidoeiro, Cerdeira-Campo do Gerês, Trote-Gerês Pousada de Juventude Vilarinho das Furnas, Campo do Gerês Telef: 253351339 Reservas para estadas Adere-PG Largo da Misericórdia, nº 10 Ponte da Barca Telefone: 258 452250/258 452450 Fax: 258 452450 e.mail:
[email protected]. pt Pousada de São Bento Vieira do Minho Tel.: 253649150/1/317 Fax 253647867 Região de Turismo do Alto
Minho Castelo Santiago de Barra Viana do Castelo Tel: +351 258 820 270 Fax: +351 258 829 798 E-mail:
[email protected]
ONDE FICAR Hotel Águas do Gerês Localizado no centro da vila termal do Gerês. Tem restaurante, bar e piscina. A mesma empresa disponibiliza ainda, na Casa da Encosta, apartamentos T0 e T1, com kitchenette. Avenida Manuel Francisco da Costa, 136 Telef: 253390190 Caldas do Gerês E-mail: aguasdogeres@sapo. pt www.aguasdogeres.pt Bungalows no Parque de Cerdeira Pequenas casas de montanha, em pedra, no Parque Nacional da Peneda-Gerês, em plena Geira Romana e perto da barragem de Vilarinho das Furnas. Apartamentos T1 e T2 com kitchenette. A empresa organiza actividades ligadas às tradições locais, percursos pedestres, canoagem, BTT, montanhismo e pesca. Campo do Gerês, Terras do Bouro Telef: 253351005 E-mail: info@ parquedecerdeira.com www.ParqueCerdeira.com Lindoso – Turismo de Aldeia Casa da Fonte da Tornada – T3 rústico, para seis pessoas, construção original do século XIX. Espaço para barbecue no exterior. Casa do Amparo – T1 para duas pessoas, no centro do lugar de Parada, no Lindoso. Construção bicentenária. Não aceita animais de companhia.
O Gerês é um outro mundo. Imenso e poderoso. Bonito de morrer. Próximo, suave e acessível, muitas vezes. Distante, abrupto e misterioso, outras tantas. Luminoso e colorido. Penumbroso e cinzento. Conhecer as serras do Parque Nacional da Peneda-Gerês é uma experiência única, impossível de concluir num dia ou numa semana. O Gerês é, para muita gente, o destino de uma vida. E nem assim, numa vida, a serra se entrega completamente. As sugestões e pistas que aqui ficam devem ser entendidas como o preâmbulo de outras visitas futuras. As serras do Gerês, do Soajo, da Peneda e a serra Amarela, que integram o Parque Nacional criado em 1971, são essencialmente graníticas. O ponto mais alto situa-se a 1500 metros de altitude, no Gerês. Os carvalhais dominam as florestas, mas é nas zonas mais elevadas que a diferença do Gerês melhor se afirma, com espécies que só ali se encontram: o lírio e o feto do Gerês ou o famoso hipericão. E há as matas de floresta original, como as de Albergaria ou do Cabril. E os milhares de animais de água, de terra e do ar. E os vestígios de povoamentos com milhares de anos. E os sinais da Roma imperial. E as aldeias - Castro Laboreiro, Pitões das Júnias, Lindoso, Soajo, Tourém. E os rios, importantes como o Lima ou o Cávado, ou mais pequenos, como o Vez ou o Arado. Não perca mais tempo. Bemvindo ao deslumbrante mundo das serras da Peneda-Gerês.
Soajo – Turismo de Aldeia Casa da Porta da Mina – Casa rústica do início do século XIX, transformada em T1 para duas pessoas. Aquecimento por salamandra. Casa das Videiras – Casa do século XVII, uma das mais antigas da aldeia. T3 para seis pessoas. Aquecimento central. Não aceita animais. Castro Laboreiro – Turismo de Aldeia Moinhos do Poço Verde – Dois apartamentos T1 para duas pessoas. Com lareira e aquecedores. Espaço exterior com barbecue. Reservas: Adere-PG Largo da Misericórdia, 10 Ponte da Barca Telef: 258452250 e 258452450 E-mail: aderepg@mail. telepac.pt www.adere-pg.pt
PARA COMER
Pensão Adelaide Restaurante de pensão, simples mas com cozinha de qualidade. A vista é maravilhosa. Trutas de rio, bacalhau no forno, rojões à minhota, papas suaves de sarrabulho e um respeitável cabrito assado no forno. O Vinho Verde tinto da casa “funciona” bem com o cabrito e o sarrabulho. Rua de Arnasó, 45 Telef: 253390020 Caldas do Gerês
Espigueiro Enchidos, bacalhau frito e presunto famosos. Vitela barrosã, “cozido fagueiro” e cabrito serrano com muitos apreciadores. Bolo de mel Soajo Telef: 258576136
Videira Pataniscas, caldo de farinha, presunto. Cozido à moda da terra e o inevitável cabrito no forno. Pudim e bolo de mel.
Eiró, Soajo Telef: 258576205
Milho Rei Bacalhaus vários, sopa à lavrador, tripas, rojões, cozido à portuguesa. Pudim Abade de Priscos. Feira Nova, Amares Telef: 253993328
Pousada de Santa Maria do Bouro Sopa de grelos enfarinhada. Bacalhau conventual. Arroz de bacalhau com bolinhos do mesmo peixe. Cabrito de caldeirada. Formigos (mexidos com pão e frutos secos) e rabanadas. Santa Maria do Bouro Amares Telef: 253371970
Martins Restaurante de residencial. Bacalhau e pescada à moda da casa. Lampreia e sável quando os há. Papas, rojões, vitela recheada, cabrito no forno. Avenida Dr. Bernardo Ferreira, 259 Vila Verde Telef: 253311619
Torres Entradas avantajadas. Marisco fresco. Bacalhaus e outros peixes frescos e a respectiva parrilhada. Vitela, cabrito, rojões, taco de boi na brasa e picanha para os apreciadores. Toucinho do céu. Bouça, Ponte de S. Vicente Vila Verde Telef: 253361619
Costa do Vez Variedade de peixe fresco. Bacalhaus nas suas variações. Vitela barrosã, entrecosto na brasa, cabrito assado no forno. À terça e ao domingo um substancial cozido à portuguesa. Quinta de Silvares Arcos de Valdevez Telef: 258516122
Rotas na Região dos Vinhos Verdes • 31 de Dezembro • 15
Rota das serras Horizontes amplos, imponência e beleza todo o ano
Serra do Alvão
PARA VER ALDEIAS SERRANAS Lamas de Olo, Ermelo, Fervença, Barreiro, Arnal, Agarez, Pioledo, Varzigueto, Galegos da Serra. Aldeias, algumas delas, ainda próximas da pureza original das povoações de montanha, com construções simples baseadas no xisto e no granito, a merecerem visita. Os tempos são outros e a serra viu-se sangrada dos homens e mulheres mais jovens, e em alguns dos lugares restam uma ou duas dúzias de pessoas, ou ainda menos. Mas há coisas, ritos, costumes que permanecem e saberes que não se esquecem. A agricultura e a pecuária continuam a ser actividades fundamentais: centeio, milho, batata, gado bovino, cabras e ovelhas dão vida à serra e sustento às pessoas. PASSEIOS A PÉ 1) Percurso de dificuldade média com um pouco mais de 13 quilómetros, para durar quatro horas e meia. Partida e chegada a norte da Barragem Cimeira, no ponto de encontro do estradão com a Estrada Municipal 312-1. A ver: aldeias de Barreiro e Lamas de Olo, lameiros, carvalhais, pinhais.
Serra poderosa e de horizontes vastos, o Alvão afirma-se, antes de tudo, pelos seus dotes naturais. Localizada a noroeste de Vila Real, à Serra do Alvão bastaria, para convencer os incrédulos da sua força e majestade, que subíssemos até ao Alto do Fojo e contemplássemos a fantástica escarpa rochosa por onde se precipita, em cascata, o Rio Olo, as famosas Fisgas de Ermelo. Lugar imponente e misterioso, com uma magia especial que convida à reflexão, é paragem obrigatória para quem visita o
Alvão pela primeira vez e pouco menos do que irresistível mesmo para os habitués da serra. São muitas as paisagens do Alvão. A montanha granítica com planaltos adjacentes; uma zona de quartzos, de transição entre montanha e vale; os vales com declives acentuados onde correm linhas de água, plenos de vida e agitação; os pastos e lameiros onde se alimenta o gado maronês. Em aldeias serranas como Lamas de Olo, Barreiro ou Ermelo,
onde resistem algumas casas de xisto e granito cobertas com colmo, o tempo corre devagar e há tradições que ainda são o que eram, desde a confecção do fumeiro até ao fabrico do pão. As visitas turísticas à serra fazem-se habitualmente no Verão, mas o Alvão merece também ser visto em tempo de frio e neve, quando um manto branco lhe dá um encanto especial, ou no Outono, altura em que se veste de cores quentes
2) Percurso de 6,5 quilómetros com uma duração aproximada de três horas, mais difícil do que o anterior. Partida e chegada na Estrada Municipal 1214, entre Agarez a Arnal. A ver:declives rochosos contrastantes com campos verdes. Morro granítico de Arnal e aldeia de Galegos da Serra, moinhos e quedas de água. Vista sobre a cidade de Vila Real. Contacto: Parque Natural do Alvão Largo dos Freitas, Vila Real Telef: 259302830 Email:
[email protected] DE AUTOMÓVEL PELO MIOLO DO PARQUE DO ALVÃO A Estrada Nacional 304, que liga Vila Real a Mondim de Basto, é uma via panorâmica de grande beleza. Atravessa o Parque Natural do Alvão e, de modo simples e muito cómodo, dá uma ideia de alguns dos valores naturais e patrimoniais da serra. Um pequeno desvio perto de Ermelo dá acesso ao fenómeno natural mais marcante de toda a serra do Alvão, as Fisgas de Ermelo. Fisgas de Ermelo – Uma das maiores, ou mesmo, para muitos, a maior atracção natural da serra do Alvão. É um fenómeno que resulta de uma falha geológica provocada por uma barreira de quartzitos, originando uma transição brusca entre a zona alta de Lamas de Olo e, mais abaixo,
14 • 31 de Dezembro • Rotas na Região dos Vinhos Verdes
Ermelo. Entre uma e outra vai uma distância em linha recta de oito quilómetros, passando-se dos 1000 metros de altitude para apenas 450 metros. Da parte superior deste imenso e assustador degrau rochoso despenha-se em cascatas sucessivas o Rio Olo, um afluente do Tâmega. A visão das fisgas desde o monte sobranceiro, no Alto do Fojo, é impressionante. ANTAS DA SERRA DO ALVÃO Classificadas como monumento nacional, as Antas da Serra do Alvão ficam fora da área delimitada do Parque Natural, junto ao Rio Torno, nas imediações de Soutelo de Aguiar. Originalmente, esta necrópole megalítica compunha-se de dez monumentos mortuários, dos quais restam cinco. Contactos: Posto de Turismo de Mondim de Basto Praça 9 de Abril Mondim de Basto Tel. 255 389 370 / 255 381 479 E-mail: turismo@ cm-mondimdebasto.pt Centro de Interpretação do Parque Natural do Alvão Lugar do Barrio, Sítio do Retiro Mondim de Basto Telef: 255381209 Posto de Turismo de Vila Real Avenida Carvalho de Araújo, 94 Telef: 259322819
ONDE FICAR Centro de Acolhimento de Arnal Localizado em plena serra, perto da aldeia de Arnal, a 1000 metros de altitude, resultou de uma antiga casa de guarda florestal. A paisagem que se desfruta é belíssima, com uma visão panorâmica da cidade de Vila Real. Tem quatro quartos com camas individuais, para 12 pessoas. Salamandra, cozinha equipada, água quente. O acesso é feito através da estrada municipal 1214, que parte de Vila Real em direcção a Agarez. Largo dos Freitas VILA REAL Telef: 259302830 E-mail:
[email protected] Casa do Campo Imponente Solar do século XVII adaptado para turismo de habitação. Tem um bonito jardim, onde pontifica uma das mais antigas camélias de Portugal, com cerca de dois séculos e meio. Tem dois quartos, duas suites e dois apartamentos. Piscina, loja de artesanato e actividade agrícola dentro da quinta, com a Serra do Alvão em frente. Molares Celorico de Basto Telef: 255361231 E-mail: infogeral@
casadocampo.pt www.casadocampo.pt Casa da Cruz/Casa do Mineiro Casas rústicas transmontanas com vistas sobre o vale da Campeã, junto ao Parque do Alvão. Quartos e apartamentos T1. Piscina, sala de jogos, serviço de bar, ténis. Actividades organizadas – pesca, cavalos, passeios a pé e em viaturas todo-oterreno. Campeã Vila Real Telef: 259372995 ou 917523575 E-mail:contacto@ casadeferias.com www.casadeferias.com
PARA COMER
Adega Típica de Sete Contes Iscas de bacalhau para abertura, mais bacalhau nos pratos de esforço: cozido, na brasa e assado no forno. Bife na pedra, feijoada à transmontana e vitela da ilhada assada. Doce de Basto no final. Rua Velha Mondim de Basto Telef: 255382342
Casa do Lago Polvo no forno com arroz do mesmo animal. Arroz à pescador, lombinho à vilão e bifinhos com batatas saloias. Edifício das Piscinas Mondim de Basto Telef: 255381800
Casa do Campo Papas à moda do Douro, creme de favas, bolinhos e pataniscas de bacalhau. Roupa velha, lampreia à bordalesa na sua época, arroz de couves com costela mendinha e alheiras com grelos. Molares Mondim de Basto Telef: 253361231
Passos Perdidos Casa com cozinha e ambiente muito gabados e vistas para as serras do Alvão e do Marão. A filosofia gastronómica passa por recuperar receitas quase esquecidas e pelo cultivo da memória de Camilo Castelo Branco. O prato-estrela do restaurante são os milhos com carne de porco. Há também truta do Marão e carapauzinhos fritos. E ainda grelhado com migas ou vitela maronesa com arroz de castanhas. Na sobremesa, destaque para o doce de calondro, feito à base de abóbora. Casa da Coutada Vilarinho de Samardã Vila Real
Toca do Lobo Alheiras de fabrico da casa. Reinam as carnes, com o poderoso cozido à portuguesa à cabeça. Língua estufada, cabrito assado no forno e um prato típico de Vila Real, as tripas aos molhos. Parada de Cunhos Vila Real Telef: 259322741
PARA VER ALDEIAS TÍPICAS Boassas (Oliveira do Douro) Um dos locais de onde se pode apreciar o vale do Douro. Na aldeia, destacam-se a austera Casa do Cubo ou a “Casa Armoriada Setecentista”. A freguesia tem também lugares que merecem visita: Castelo, Fundoais ou Vila Nova. Gralheira (nos limites do concelho de Cinfães) Tida como a “princesa da serra”. Tem no seu centro uma pequena capela dedicada ao Senhor da Boa Morte, com um tosco e adorável Cristo crucificado, em pedra, sobre um altar de talha muito simples. A capela costuma estar fechada, mas a guardiã anda por ali e tem a chave… Há ainda, nos arredores, sepulturas cavadas na rocha, o Penedo da Saúde e moinhos de água comunitários. Vale de Papas (freguesia de Ramires) Uma das aldeias que conserva ainda um bom número de casas com cobertura de colmo. Vá lá, antes que o colmo seja substituído por telha. Há também um conjunto de construções em granito amarelo, a capela, a eira comunitária e os tradicionais espigueiros, conhecidos por “canastros”.
DE AUTOMÓVEL PELO ALTO DA SERRA Uma abordagem cómoda, simples e automobilizada às zonas mais altas da serra de Montemuro faz-se pelo trajecto entre Castro Daire e Cinfães, tomando como eixo a Estrada Nacional 321. Em Castro Daire toma-se a EN2 em direcção a Lamego e, poucos quilómetros volvidos, segue-se pela 321 em direcção a Cinfães, saindo desse eixo rodoviário para estradas secundárias que dão acesso a aldeias serranas. Passagem pela Gralheira, Vale de Papas, Pimeirô e Alhões, e daí atè às Portas de Montemuro. Portas de Montemuro – os vestígios arqueológicos podem ter origem num castro da idade do ferro, mais tarde romanizado e, depois da independência de Portugal, a partir do século XII, usado como fortificação defensiva. Em tempo de paz, para além das ruínas, desfrute de uma magnífica vista sobre o vale do Bestança, um dos rios que nascem na serra de Montemuro. De volta à 321, é altura de derivar até Sá e Casais e de subir ao alto do monte até à capela de S. Pedro do Campo, lugar de bons ares que serviram, em tempos, para ajudar a tratar a tuberculose. De regresso à estrada principal, siga até à saída à esquerda para Marcelim, lugar de onde se avista o Rio Douro. Regresso à 321, até Cinfães.
Contactos Posto de Turismo de Cinfães Paços do Concelho Telef: 255560571 Câmara de Castro Daire Rua Dr. Pio de Figueiredo, 42 Posto de Turismo Telef: 232 382 121 A PÉ PELO VALE DO RIO BESTANÇA Percurso essencialmente pedestre por caminhos estreitos e troços de velhas estradas romanas pelo vale do Bestança, considerado um dos rios menos poluídos da Europa. A EN 321 volta a ser o eixo principal, saindo de Cinfães para sul até à saída para Vila de Muros, onde deve deixar o carro. Descida a pé até ao vale do Bestança para ver o rio, a ponte românica de Covelas e os moinhos. Regresso ao carro para percurso até Pias, onde se atravessa para a outra margem do rio em direcção a Covelas e depois Ruivais, derivando à direita para Ferreiros e a zona arqueológica do Monte das Coroas. Siga depois em direcção à aldeia típica de Boassas e desça até Porto Antigo, onde o Bestança abraça o Douro. Contacto Associação para a Defesa do Vale do Bestança Apartado 22, Cinfães Telef: 255 562 233 ou 968 013 140
[email protected]
ARTESANATO O artesanato é uma das riquezas da Serra de Montemuro. Aqui ficam sugestões e contactos para apreciar alguns dos produtos saídos das mãos de artesãos da região: Cooperativa dos Artesãos do Montemuro Exposição e vendas de cestaria, tamancos e tecelagem de linho e lã Estrada Nacional 2 Mezio - Castro Daire Telf: 254 689 265 / 254 689 247 Fax: 254 689 247 Capuchinhas de Montemuro Trabalhos artísticos em linho e burel Rua da Moutinha, Campo Benfeito Gosende Tel/Fax: 254 689 160 E.mail:
[email protected] Combate ao Frio Trabalhos em linho e lã Relva, Monteiras Telf: 232 373 375 Horário: 2ª a 6ª das 9.00h às 12.00h As Lançadeiras de Montemuro Cooperativa de artesanato Rua da Tapada, nº. 1 Picão Telf: 232 373 777 - 232 373 300 Cestaria em verga e castanho – Codeçais, Ermida Cestaria, Brezas (palha e silva) – Lamelas, Rossão, Colo de Pito e Campo Benfeito Linho, tecelagem de linho e lã – Picão
Serra de Montemuro
Latoaria – Mões Meias de lã, rendas e bordados e queijo de cabra – Moura Morta (232373524) Tamancos e capas de palha – Baltar Tecelagem de mantas – Cêtos e Póvoa de Montemuro Cestaria em vime e madeira – Ermida (232373396) Cestaria em vime, madeira, silva e palha – Rossão (254689179) Cestaria de Junco – Pedra Furada, Reriz (232386724)
ONDE FICAR Casa Campo das Bizarras Casa antiga, de “lavrador rico”, situada junto à Serra de Montemuro. Sala de jogos, piscina, ténis, barbecue. Bar, cozinha, forno e lareira. Aquecimento. Nas proximidades, canoagem, praia fluvial, pesca e caça. Termas a seis quilómetros. Fareja Castro Daire Telef: 232386107 E-mail: casa@ campodasbizarras.com www. casa-das-bizarras.web.pt Hotel Montemuro Hotel com 80 quartos junto às Termas do Carvalhal. Nas imediações, cursos de água, cascatas. Tem restaurante especializado em gastronomia regional. E-mail: reservas@montemuro. com www.montemuro.com Termas do Carvalhal Mamouros Castro Daire
Aldeias típicas, artesanato e vistas sobre o Bestança e o Douro
Telef: 232381154 E-mail: reservas@montemuro. com www.montemuro.com Casa de Rebolfe Três quartos duplos, dois twin, bar e piscina. Aquecimento central. Porto Antigo Oliveira do Douro Telef: 255 562 334 / 228 313 482 / 93 626 68 56 E-mail: casaderebolfe@ oninet.pt / casaderebolfe@ hotmail.com www.casaderebolfe.com Casa do Lódão - Casa de Campo Localizada em Boassas, uma das aldeias típicas de Montemuro. Boassas Oliveira do Douro Telef: 255561337 e 963041628 E-mail: manuelcerveira@ hotmail.com www.casalodao.no.sapo.pt
PARA COMER
Solar de Montemuro Casa tradicional onde reinam a posta arouquesa e as especialidades confeccionadas com vitela e cabrito. Há também umas invulgares papas de perdiz e bacalhau à Azenha. Lugar de Azevedo, Tendais Cinfães Telef: 255571715
O Meu Gatinho Polvo à lagareiro, bacalhau com broa e os pratos baseados nas carnes da região.
Não há muitos anos, um respeitado geógrafo português classificou a Serra de Montemuro como “a mais desconhecida de Portugal”. Se assim era, deve dizer-se que a serra não merecia tal sorte. Encravada entre o Rio Douro, a Norte, o Rio Paiva, a poente, e, a sul e nascente, por uma linha recta que passa pelos concelhos de Lamego, Castro Daire e Régua, Montemuro tem argumentos fortes que justificam a visita. A começar pelas extraordinárias condições naturais e a acabar nos sinais do labor das gentes. Repleta de miradouros naturais com vistas panorâmicas para os vales do rio Bestança e do rio Douro, com cabeços graníticos adornados por caprichosas pedras arredondadas pela erosão, a serra veste-se de urze, giesta, tojo ou carqueja nas zonas mais altas, e de manchas de pinheiro, carvalho e castanheiro nas encostas. Nas margens dos rios e riachos, salguei-
Rua Capitão Salgueiro Maia Cinfães Telef: 255563930
Restaurante da Estalagem de Porto Antigo Com esplanada junto à foz do rio Bestança. Especialidades: “charbonada” e bacalhau à moda da casa. Porto Antigo, Oliveira do Douro Telef: 255560150
Restaurante Mezio Integra um pequeno museu de artesanato ligado a cooperativa de artesãos de Montemuro. Entradas baseadas em enchidos da região. No pratos de combate, destaques para o arroz de feijão com salpicão cozido, o cabrito assado no forno com batatas e arroz e o lombo de vitela assado no forno. Estrada Nacional 2, Mezio Castro Daire Telef: 254689265
O Pastor do Hotel Montemuro Integrado nas Termas do Carvalhal, em Castro Daire. Nos peixes: trutas grelhadas com presunto, bacalhau assado no forno ou à lagareiro, arroz de polvo com gambas. Nas carnes: assado misto de cabrito, vitela e lombo de porco, arroz de feijão com salpicão ou cabrito no churrasco. Mamouros, Castro Daire Tel: 232381154/ Fax: 232381112
A VISITAR
FUNDACÃO EÇA DE QUEIRÓZ VILA NOVA 4640-434 SANTA CRUZ DO DOURO telefone: 254885231 e-mail:
[email protected]
ros, freixos e amieiros ajudam a compor trechos de grande beleza. E há perdizes, galinholas, melros, mochos, rouxinóis. Fuinhas, lebres e javalis. E gente. Em aldeias típicas como Boassas, Gralheira ou Vale de Papas, com os seus rebanhos de ovelhas e cabras, ou no pequeno Museu do Mezio, onde artesãos mantêm vivas tradições de cestaria, tecelagem ou tamancaria. Sem esquecer tempos idos e de grande significado, visíveis nas ruínas da muralha das Portas de Montemuro.
Rotas na Região dos Vinhos Verdes • 31 de Dezembro • 13
Rota das serras
Serra da Freita
Rios selvagens, pedras estranhas e terras do volfrâmio A Serra da Freita ergue-se na região de Entre Douro e Vouga e é um dos destinos predilectos das pessoas das vilas e cidades das redondezas que, sobretudo no tempo quente, apreciam uma tarde bem passada cercados por paisagens imaculadas. Para os forasteiros, os atractivos da Freita resumem-se, por vezes, a uma ou duas aldeias emblemáticas e a dois fenómenos naturais cativantes: uma queda de água de mais de sessenta metros, na Mizarela, e as chamadas “pedras parideiras”. Acontece que a Freita tem mais para nos dar do que a belíssima Frecha da Mizarela, as estranhas pedrinhas que se soltam da pedra-mãe, o bife de Alvarenga ou a famosa posta arouquesa. Na serra nascem e correm
vários cursos de água, e um deles, o Paiva, é um típico rio de montanha, saltando selvagem por vales apertados até se entregar ao gozo de banhistas em tranquilas praias fluviais. Vale a pena percorrer as estradas e caminhos que nos levam a aldeias rústicas encravadas nas encostas, lutando contra a desertificação e procurando manter hábitos e culturas ancestrais. Na Serra da Freita, o planalto austero de vegetação rara e rasteira contrasta com vales profundos atravessados por rios envolvidos em denso manto vegetal. A serra é, também, uma das zonas onde persistem ruínas mineiras, como é o caso de Rio de Frades, que nos tempos da Segunda Guerra Mundial foi uma espécie de “capital do volfrâmio”.
PARA BEBER PARA VER ALDEIAS SERRANAS Ribeira O acesso à aldeia faz-se por uma estrada muito íngreme, quase assustadora, que sai do miradouro da Mizarela, de onde se avista a famosa Frecha. É uma povoação escondida dos olhares distraídos, com moinhos de água, casas tradicionais e uma paisagem envolvente de rara beleza. Mizarela (Frecha da Mizarela) Com o Rio Caima, a Frecha da Mizarela é a principal atracção da aldeia, com uma queda de água de mais de 60 metros de altura, uma das maiores de toda a Europa. A escarpa da Mizarela é, também, algo de espectacular. Cando Pequena aldeia da freguesia de Cabreiros, é uma povoação rústica com uma dezena de casas de xisto que encanta os visitantes e que interpreta bem a alma da Serra. Castanheira (Pedras Parideiras) Aldeia próxima da Mizarela, muito solicitada pela proximidade de um fenómeno geológico único em Portugal e raro em todo o mundo, o das “pedras parideiras”. Trata-se de afloramentos graníticos de onde “saem” pequenas pedras soltas - ou “paridas” - pela pedra-mãe, por efeito da erosão. O fenómeno, segundo informação que pode ler-se no local, tem a bonita idade de 280 milhões de anos… Albergaria da Serra Uma das aldeias mais altas da serra, com nome derivado da existência, em tempos recuados, de um albergue de apoio aos viajantes. Drave Povoação praticamente abandonada, misteriosa,
incrustada nas pregas do monte. O acesso é feito a pé. ALDEIAS DO VOLFRÂMIO A Serra da Freita foi um dos locais escolhidos por companhias estrangeiras durante a Segunda Guerra Mundial, designadamente alemãs e inglesas, para explorar o então precioso volfrâmio. Com o fim da guerra, a exploração foi sendo progressivamente abandonada. Hoje, restam ruínas de minas e habitações ligadas a essa autêntica febre do “ouro negro”, usado no esforço de guerra para endurecimento de armas e munições. Rio de Frades, na freguesia de Cabreiros, e Regoufe, lugar da freguesia de Covelo de Paivô, são duas dessas aldeias marcadas pela corrida ao volfrâmio. PRAIAS FLUVIAIS DO RIO PAIVA Típico rio de montanha, selvagem, tumultuoso e excelente para práticas aquáticas radicais, o Rio Paiva também se oferece calmo e pacífico e vai desenhando, ao longo do seu percurso, oásis para os amantes das praias de água doce. Paradinha, Areinho, Janarde, Vau e Espiunca são algumas das praias fluviais acessíveis. PERCURSOS PEDESTRES As hipóteses de passeios a pé são inúmeras. A Câmara de Arouca propõe, entre outros: • passeio pelas “Cercanias da Freita”, com partida e chegada da capela de Stª Maria do Monte e a duração de três horas, com passagem por Santa Eulália, Burgo, Torre de Mouros e pelo Memorial de Santo António; • o sugestivo “Caminho do Carteiro”, com duração de
12 • 31 de Dezembro • Rotas na Região dos Vinhos Verdes
quatro horas, com partida do Largo da Aldeia do Rio de Frades e chegada junto aos moinhos de Tebilhão; • percurso “Nas escarpas de Mizarela”, durante três horas e meia, com saída e chegada no Parque de Campismo do Merujal, com passagem pelas aldeias da Mizarela e Ribeira; • uma “Viagem à préhistória” com grau de alguma dificuldade, por caminhos tradicionais, durante seis horas, com saída e chegada da aldeia de Merujal. Miradouro do Monte da Srª da Mó A 8 quilómetros de Arouca, a 700 metros de altitude, o Monte da Srª da Mó, para além de uma invulgar capela, permite desfrutar uma vista panorâmica sobre o vale de Arouca. Mosteiro de Arouca O edifício primordial será do século X, com ampliações e reconstruções nos séculos XV e XVI. O que vemos hoje é dos séculos XVII e XVIII. Para além de um notável Museu de Arte Sacra, merecem ser vistos a Igreja, o Coro das Freiras, os claustros, o refeitório e a cozinha. Parque de Campismo do Merujal Merujal, Serra da Freita
[email protected] Tel. 256 947723 Telem 914847311 Fax 256 941834 Restaurante, bar POSTO DE TURISMO DE AROUCA Rua Alfredo Vaz Pinto Arouca Telefone / Fax: 256 943 575
ONDE FICAR Casa de Cela Bonito solar do século XVIII
adaptado para turismo de habitação. Nove quartos duplos, sala de jogos, biblioteca, piscina, campo de ténis, jardins, actividades ao ar livre. Cela, Urrô Arouca Telef: 256944226 e 919445818 ou 919986393 E-mail: casadecela@hotmail. com www.casadecela.com
das suas praias fluviais.
Quinta de Novais Hotel rural a funcionar numa antiga casa agrícola de finais do século XVIII, com vista para a Serra da Freita. Grande espaço exterior com castanheiros, carvalhos e sobreiros. Piscina e jacuzzi. Empresa organiza passeios pedestres, BTT, canoagem, escaladas, slide e paintball. Novais, Santa Eulália Arouca Telef: 256940100 E-mail: geral@quintadenovais. com http://www.quintadenovais. com
Vitela e posta arouquesa na brasa, como não podia deixar de ser. Bacalhau frito com fiambre, cebolada e batatas às rodelas. Cabrito assado no forno, ao domingo. E bacalhaus vários. Arouca, à saída para Burgo Telef: 256944796
Quinta do Pomarinho Casa agrícola do século XIX adaptada para turismo em espaço rural. Piscina, minigolf e ténis. Desportos radicais e percursos pedestres. Quartos com aquecimento central e ventoinha de tecto. Lugar de Romariz, Burgo Arouca Telef: 961430129 Localização GPS: Lat. 40,922540N; Long. 8,250056W reservas@quintadopomarinho. com http://www. quintadopomarinho.com Casa da Eira – Vila Guiomar A casa, em granito, nasceu da remodelação de um antigo celeiro. Tem sete quartos duplos, com aquecimento. Piscina. Situa-se a poucos quilómetros do rio Paiva e
Alvarenga Arouca Telef: 256951246 e 256955504 E-mail: vilaguiomar@oniduo. pt http://homepage.oniduo.pt/ jose.frazao/VilaGuiomar.html
PARA COMER
Alto da Estrada
Quinta do Toutiçal Vinho Verde Branco Breve Descrição Límpido de cor citrina, revela no nariz toda a juventude e aroma a fruta. Na boca é macio, equilibrado, com um final longo, persistente e agradável.Acompanha bem saladas, pratos de peixe ou marisco e carnes brancas. Prémio Verde Honra, pela CVRVV (30 de Maio de 2007). Medalha de Prata, no C.N.V.E. 2007 (07 de Junho de 2007). A VISITAR
Parlamento Vitela e posta arouquesa, chouriça na brasa e salpicão na tábua, bacalhaus, miminhos de vitela na brasa, medalhões e espetada do mesmo animal. No fim, barrigas de freira, castanhas e morcelas doces. Travessa da Ribeira, 2 Arouca Telef: 256949604
Casa no Campo Sala com bonitas vistas para o Monte da Senhora da Mó e a Serra de Montemuro. Vitela arouquesa e cabrito, rojões com castanhas e um bacalhau com broa. O arroz de acompanhamento é de fumeiro. Lugar de Espinheiro, Moldes Arouca Telef: 256941900
O Comendador Restaurante integrado na Estalagem Quinta do Progresso. A carne da raça arouquesa é uma das marcas da casa. Macieira-a-Velha - Macieira de Cambra Vale de Cambra Tel:256410890
Turinroch – Administração de Empreendimentos, S.A. Telefone: 255 688 545 – 91 222 60 50 E-mail: turinroch@rochinvest. com Horário para Visitas Nos meses de Abril a Setembro inclusive De 4ª Feira a Domingo, das 14.00h às 19.00h Nos meses de Outubro a Março inclusivé Sábado e Domingo, das 14.00h às 19.00h. Visitas a durante a semana, com marcação prévia. Vinhos: QUINTA DO TOUTIÇAL ROSÉ QUINTA DO TOUTIÇAL TINTO
Serra da Aboboreira
A VISITAR
Quinta Do Ferro
Igreja - Gestaçô 4640 – 230 Gestaçô- Baião Telefone: 254881975 E-Mail: Quinta-Do-Ferro@Sapo. Pt
A VISITAR
Necrópoles milenares, aldeias serranas e belezas naturais
Rua do Cruzeiro Telef: 258921661 Moledo
A Tasca Uma tasca, como diz o nome. Mas com especialidades culinárias famosas. Peixe para grelhar e parrilhada, um invulgar bife de tamboril na brasa e um adequado bacalhau com broa à moda da Serra d’Arga. Rua Laureano Brito, 4 Telef: 258951183 Vila Praia de Âncora
Hotel Meira Restaurante de hotel com fama de bem servir. Creme de santola, camarão da pedra, peixes grelhados, rojões à moda do Minho e cabrito à Serra d’Arga. Lista de vinhos extensa. Rua 5 de Outubro, 56 Telef: 258911111 Vila Praia de Âncora
Ibraim Marisco e peixe fresco preenchem grande parte da ementa. Sapateira e santola recheadas, amêijoas à Bulhão Pato e outros frutos do mar. Rua dos Pescadores, 11 Telef: 258911689 Vila Praia de Âncora
A Adega Bacalhau à moda da Margarida da Praça, arroz de cabidela, o proverbial arroz de sarrabulho, cabrito assado à moda de Monção, que por lá tem um nome pouco canónico, pergunte e dir-lhe-ão… Leite creme e pudim Abade de Priscos. Lugar da Aldeia, 161 Telef: 258727355 Lanhelas, Caminha
Bar do Rio Muito peixe fresco, em filetes, cozido, grelhado, com arroz. Bacalhau, como convém em casa minhota, e carnes grelhadas, mas não muitas. Lugar da Calheta Telef: 258727772 Lanhelas
As serras, como os homens, não de medem aos palmos. A Serra da Aboboreira não é grande, com os seus 100 km2, mas são muitos os motivos que justificam uma visita. Granítica e muito antiga, estende-se por territórios de três concelhos – Amarante, Baião e Marco de Canaveses – e chega até aos 1000 metros acima do nível do mar. A Serra da Aboboreira encanta-nos, antes de tudo, pelos seus predicados naturais. A vegetação rasteira das zonas mais altas, o tojo, a urze, a giesta. As manchas de carvalhos, sobreiros, castanheiros e pinheirosbravos. O belíssimo azevinho. Os rios, ribeiros e riachos que nela nascem ou a atravessam. As aves de rapina, os répteis, os felinos, as inúmeras espécies de animais que ali encontram condições ideais de vida. Uma das atracções principais da serra é a sua notável necrópole megalítica, uma das maiores do país. Os monumentos encontram-se quase todos em zonas planálticas, com acessos que nem sempre são óbvios para
PARA VER PASSEIO AUTOMÓVEL PELAS ALDEIAS SERRANAS Uma forma fácil de conhecer algumas das mais típicas aldeias da Aboboreira é recorrer às excelentes estradas asfaltadas que bordejam a serra. Saindo de Amarante em direcção à Régua, pela EN 101, há saídas sinalizadas para estradas razoáveis que servem algumas aldeias serranas: Jazente, Carvalho de Rei, Travanca do Monte ou Telões. Um outro percurso simples e acessível é o que liga Baião à EN 101, pela EN 321, dando acesso a povoações como Campelo, Ovil, Boscras ou Loivos do Monte. À DESCOBERTA DAS ANTAS Na Serra da Aboboreira foram já sinalizados cerca de quatro dezenas de monumentos megalíticos (antas e mamoas) que integram um dos maiores conjuntos deste género em território português. É um dos motivos de maior interesse da serra e pretexto para visitas de estudiosos ou simples curiosos. Para quem não se entusiasma com “montes de pedras”, mesmo carregados de história e significado, é sempre um prazer extraordinário penetrar no âmago de uma serra como a Aboboreira. Os acessos para as necrópoles fazem-se por estradões de montanha e, por vezes, não são fáceis. Convém preparar a visita, pedindo informações a quem sabe. 1) Anta de Chã de Parada ou da Aboboreira Datada do III milénio a.C., é a mais famosa, mais bem conservada e maior de todas as antas estudadas na Aboboreira. 2) Conjunto megalítico de Outeiro de Gregos
visitantes desprevenidos. Bem mais acessíveis são as aldeias serranas perdidas nas encostas e em pequenos vales, onde, apesar da desertificação crescente dos lugares, ainda se pasto-
Constituído por cinco mamoas de características diferentes e, pensa-se, erguidas em épocas distintas 3) Conjunto megalítico de Meninas do Crasto Constituído por seis mamoas 4) Conjunto megalítico de Outeiro de Ante Constituído por quatro mamoas. Foi aqui que, há cerca de 30 anos, se iniciaram as escavações e estudo das necrópoles Estes conjuntos localizam-se em Ovil, Baião. Aconselha-se o recurso a informação detalhada, por exemplo, junto do Núcleo de Arqueologia do Museu Municipal de Baião, que prepara visitas às necrópoles megalíticas. Há muitas associações a organizar passeios pela Aboboreira, nem sempre em datas coincidentes com a disponibilidade dos visitantes. Núcleo de Arqueologia do Museu de Baião Rua Eça de Queiroz; Baião Telef: 255540550 Fax: 255540510
reia e se pratica agricultura e pecuária de subsistência. Tudo isto, e o mais que a curiosidade de cada um for capaz de descobrir, estão à sua espera na bela Aboboreira.
vivo e saudável. Na freguesia marcoense de Várzea de Ovelha e Aliviada - terra da famosa cantora luso-brasileira Carmen Miranda e uma das povoações abençoadas pelas águas do Ovelha - há uma associação, a dos Amigos do Rio Ovelha, que organiza passeios pelo rio. Escolha um dia de sol, não se esqueça da máquina fotográfica e deixe-se levar pelos encantos de um rio vivo, limpo e belo. Associação dos Amigos do Rio Ovelha Lugar do Passal Várzea de Ovelha e Aliviada Telef: 916472151 / 918397991 / 931109418 E-mail:
[email protected]
ONDE FICAR
CAMPO ABERTO (Passeios à Serra) Rua de Santa Catarina, 730-2º Dtº, Porto Fax: 22 975 95 92 Email:
[email protected]
Casa da Calçada – Relais & Châteaux Hotel de charme requintado, no centro histórico de Amarante, junto ao convento e à ponte de São Gonçalo. Quartos e suites de luxo e um restaurante onde se cultiva a cozinha criativa. Largo do Paço, 6 Amarante Telef: 255410830 E-mail: reservas@ casadacalcada.com www.casadacalcada.com
PELAS MARGENS DO RIO OVELHA Uma das pérolas líquidas da Serra da Aboboreira, o rio Ovelha nasce na freguesia da Aboadela e percorre umas poucas dezenas de quilómetros até engrossar o Rio Tâmega. É um rio impoluto, cheio de recantos pitorescos, ora manso ora tumultuoso, prenhe de vida. Salgueiros e amieiros saúdam-no das margens, lontras, toupeiras, ratos-deágua, rãs, lagartos e cobras-deágua alimentam-se de tudo o que as suas águas mantém
Casa da Levada Construção acastelada, de pedra, do século XVI, localizada na aldeia de Travanca do Monte, em plena Serra da Aboboreira. As vistas estendem-se do Marão ao Gerês. Um dos lugares frequentados, no seu tempo, pelo poeta amarantino Teixeira de Pascoaes. Travanca do Monte, Bustelo Amarante Telef: 255433833 ou 934244644 e 936472946 E-mail:
[email protected] www.casalevada.com
Casa Das Hortas
Garagem – Valadares 4640-594 Valadares – Baião Telefone: 254881487 E-Mail: Casahortas@Mail. Telepac.Pt
Casa da Quintã Integra uma quinta localizada na encosta poente da Serra da Aboboreira, perto de uma das grandes atracções da região, o impoluto rio Ovelha. Três apartamentos com um quarto e uma vivenda anexa com dois quartos. A Quinta tem praia fluvial e há uma outra, a de Padronelo, a 5 quilómetros de distância. Marco de Canaveses Telef: 968604929 E-mail: contacto@casadeferias. com www.casadeferias.com
PARA COMER
Pensão Borges Aos dias de feira em Baião, aos domingos e feriados, a casa serve um famoso anho assado em forno de lenha “sobre arroz de alguidar”. E há um salpicão de língua de porco, entre outros enchidos mais canónicos. Vitela arouquesa e um estufado de miúdos de cordeiro. Pudim e “bolo da prima”. Rua de Camões Telef: 255541322 Baião
chamada cozinha criativa, com propostas peculiares. Folhado de bacalhau fresco com gravilha de pimentos em vinagreta, ou pudim de castanhas com quenelle de sorvete de Moët et Chandon Largo do Paço, 6 Amarante Telef: 255410830
Casa Silva Pode começar pelas pataniscas de bacalhau e as petingas. Depois, um bacalhau assado e lascado, antes do cabrito em forno de lenha. Remate com um prometedor bolo de chila com amêndoa. Larim, Gondar Amarante Telef: 255441484
Lusitânia Restaurante forte nos assados de vitela e cabrito. A localização, junto à bonita ponte de São Gonçalo, ajuda ao negócio. Rua 31 de Janeiro Amarante Telef: 255426720
Quinta da Lama
Bacalhau à moda da casa ou azeitado com batatas a murro, anho assado no forno, vitela arouquesa e cabrito à serrana. Portela do Gove, Baião Telef: 255551226
Restaurante num antigo lagar de azeite. A tábua de enchidos e queijos merece destaque. Bacalhau com migas de broa de milho, posta à lagar ou bife com castanhas. Real, Vila Meã Amarante Telef: 255733548
O Plátano
Café-Bar São Gonçalo
Arroz de repolho ou de grelos com chouriço. Bacalhau na brasa com batatas a murro. Anho assado aos domingos. Posta de vitela. Largo Eça de Queirós, Fornos Marco de Canaveses Telef: 255534349
No centro da cidade, com vista para o miolo urbano e o rio Tâmega. As propostas variam, desde o arroz de polvo com filetes do mesmo até um arroz de codorniz com pimentos vermelhos. No fim, há doçaria da terra. Praça da República, 8 Amarante Telef: 255432707
O Almocreve
Casa da Calçada Restaurante cultor da
Rotas na Região dos Vinhos Verdes • 31 de Dezembro • 11
Rota das serras
Serra d’Arga Um imenso miradouro granítico para o Alto Minho
SERRAS DA REGIÃO DOS VINHOS VERDES O Vinho Verde, com características que fazem dele um produto único e inconfundível, com a sua delicada frescura e o seu perfume floral, deve muito às serras que se estendem desde a região de Monção e Melgaço até às terras de Arouca e Vale de Cambra. Ao funcionarem como barreiras de condensação da humidade transportada pelos ventos atlânticos, as serras estão entre as grandes “culpadas” pela alta pluviosidade da região, pela sua enorme fertilidade e pela cor verde que domina a paisagem. E são também, no caso particular da sub-região de Monção e Melgaço, as responsáveis pelo micro-clima que deu justa fama ao Vinho Verde alvarinho. Para além desta dívida climática, a região tem nas serras alguns dos seus mais fortes argumentos paisagísticos, culturais e patrimoniais. Em tempo de concentração de pessoas e actividades nas grandes metrópoles, as serras assumem-se como redutos de pureza, de beleza sem mácula e de autenticidade. Subir às imponentes serras da PenedaGerês ou do Alvão, percorrer os caminhos e as estradas que levam a aldeias perdidas como Castro Laboreiro, Pitões das Júnias, Lamas de Olo ou Ermelo, é penetrar num mundo diferente, medido de outra forma e com outros valores. Não há duas serras iguais. Na Aboboreira brilham as necrópoles megalíticas e cursos de água pura como o rio Ovelha. Na Freita há estranhas pedras de onde saem pedras, a extraordinária Frecha da Mizarela e ruínas mineiras que sinalizam a febre do volfrâmio. Na serra d’Arga encontramos, acessível, enquadrado por encostas pintadas de verde, o antiquíssimo Mosteiro de São João de Arga. No Montemuro, as estrelas são aldeias como a Gralheira, Boassas ou Vale de Papas e artesãos que mantêm vivas práticas seculares. Mundos distintos, servidos por acessos fáceis e boas estradas. À sua espera.
Não é possível ter-se uma visão panorâmica da bonita região do Alto Minho sem subir à Serra d’Arga. E é muito fácil lá chegar. As estradas estão em bom estado e atravessam algumas aldeias serranas, como são as famosas “argas”: a Arga de S. João, a Arga de Baixo e a Arga de Cima. Subir à granítica serra que se ergue um pouco mais de 800 metros acima do nível do mar, entre os rios Lima e Minho, é penetrar num autêntico museu de história dos homens e da evolução da natureza. Muitos dos vestígios da actividade humana ao longo dos séculos ainda hoje são visíveis. Desde os remotos monumentos megalíticos, passando pelos castros da Idade do Ferro, até aos tempos do povoamento intensivo da serra, com a introdução da cultura do milho. Ainda há espigueiros, casas de xisto, tradições ancestrais como o trabalho em linho e a matança do porco. Tudo envolvido numa paisagem atravessada por ribeiros de água cristalina, piscinas naturais, campos verdes, carvalhos, sobreiros, pinheiros, amieiros, castanheiros. E animais selvagens e fugidios, como a lontra, a toupeira d’água ou o corço. De carro ou a pé, pelas estradas de asfalto e terra batida ou por trilhos de pastores, visitar a Serra d’Arga é olhar o Alto Minho de uma outra perspectiva, surpreendente.
PARA BEBER
Quinta de Luou Loureiro Vinho Verde Branco Breve Descrição Vinho verde branco. Monocasta – Loureiro Aroma e sabor frutados com notas de pêra e citrinos. Em boca apresenta acidez equilibrada que lhe proporciona uma frescura bastante agradável. A VISITAR
Quinta de Luou Sociedade Agrícola Lda. Telefone: 258.948.488 E-mail quintadeluou@gmail. com Horário para Visitas Semana 14.00h – 17.00h Fim de Semana 14.00h – 17.00h Vinhos: QUINTA DE LUOU LOUREIRO BARCA DO LIMA LOUREIRO BARCA DO LIMA
10 • 31 de Dezembro • Rotas na Região dos Vinhos Verdes
PARA VER PASSEIO AUTOMÓVEL PELAS ARGAS DA SERRA Uma maneira cómoda de conhecer a Serra d’Arga é percorrê-la de automóvel, usando as excelentes estradas que a atravessam. Um dos percursos mais acessíveis é o que se acede da A28, autoestrada litoral que, desde o Porto, passa em Viana do Castelo em direcção à fronteira com Espanha. Pouco depois de Viana, entra-se na serra seguindo as indicações de Arga de São João. Aí chegados, a estrada levanos até um dos mais preciosos locais da serra: o mosteiro de São João d’Arga, composto por capela, do século XIII, e um antiquíssimo conjunto de construções que serviam de albergue aos peregrinos, provavelmente edificado no século VII por ordem do bispo de Braga, São Frutuoso. O mosteiro e a capela é palco de uma das romarias mais típicas do Minho, a 28 de Junho. A visita continua até às aldeias serranas de Arga de Baixo, Arga de Cima e termina na freguesia limiana de Estorãos, uma das povoações onde não faltam casas e moinhos recuperados para passar uns dias descansados em ambiente natural. PASSEIOS A PÉ PELOS TRILHOS DE MONTANHA A Serra d’Arga tem belezas que, para serem apreciadas, exigem mais do que uma visita de automóvel. Uma das formas de entrar mais fundo no coração da serra é através de percursos pedestres devidamente sinalizados. Há várias instituições que organizam caminhadas pela serra. A Valimar, associação de municípios da região, proporciona o acesso a passeios seguros pela serra, através do download de mapas adequados
em (http://www.valimar.org/ index.php?section=2). Entre outros possíveis, há os trilhos da Arriba Fóssil, da Mesa dos Quatro Abades, da Pedra Alçada ou do Cabeço do Meio-Dia. Na aldeia de Arga de Baixo há um refúgio de montanha que pode ser usado pelos caminhantes da serra. Não é um alojamento turístico, perfilando-se como uma estrutura simples de apoio a pernoitas em condições rústicas, com dormitório para 30 pessoas. A administração do local está a cargo do Clube Celtas do Minho, que proporciona também guias de montanha e propõe percursos pela serra. CONTACTOS Valimar ComUrb Villa Moraes Rua João Rodrigues Morais Ponte de Lima Tel. 258 909340 Fax 258 909349 Clube Celtas do Minho Tel. 251818027 ou 961949703/4/5 Email: celtasdominho@gmail. com
Miradouros Senhora das Neves São muitos os locais onde é possível ter uma visão panorâmica da paisagem envolvente da serra d’Arga. Um dos locais de mais fácil acesso é o da Senhora das Neves, no cume da Serra por cima das freguesias de Argela e Venade pelo lado poente e, pelo lado oposto, por cima da Freguesia de Gondar. O panorama é deslumbrante. Vê-se o estuário do rio Coura e o rio Minho junto a Caminha, bem como aldeias portuguesas e galegas nas duas margens do rio.
Povoações a visitar Para além das já referidas Arga de São João, Arga de Cima, Arga de Baixo e
Estorãos, outras povoações podem ser visitadas. A mediática Vilar de Mouros, por exemplo, e também Dem, Orbacém, Montaria, Gondar, Covas ou Cabração.
Vila Praia de Âncora E-mail:
[email protected] http://www.hotelmeira.com/
ONDE FICAR
Casa forte nas entradas, em bacalhaus e peixe fresco. Serve uma caldeirada de peixe famosa, mas é preciso juntar, pelo menos, quatro pessoas, com encomenda prévia. No fim, recomenda-se a tarte de ovos com canela. Rua Direita, 129 Telef: 258921979 Caminha
Refúgio de Montanha Na aldeia de Arga de Baixo há uma casa que abriga os caminhantes da serra. É uma estrutura simples de apoio a pernoitas em condições espartanas, com dormitório para 30 pessoas. A administração está a cargo do Clube Celtas do Minho. Tel. 251818027 ou 961949703/4/5 E-mail:
[email protected] http://www.celtasdominho.org Aldeamento Turístico do Camarido Apartamentos T1 e T2, com infra-estruturas de apoio de utilização comum. Junto ao Pinhal do Camarido, a 15 minutos a pé do centro de Caminha, com envolvente de praia e montanha. Lugar da Joaninha, Cristelo Caminha Telef: 258722130 e 258722585 E-mail: Aldeamento_do_
[email protected] www.AldeamentoCamarido.com Hotel Porta do Sol Na marginal de Caminha, com vista privilegiada para a foz do Rio Minho. Avenida Marginal, lote 1 Telef: 258710360 Caminha E-mail: reservas@ hotelportadosol.eu http://www.hotelportadosol.eu Hotel Meira Bem no centro de Vila Praia de Âncora. O restaurante do hotel é presença habitual nos roteiros de boa comida da região. Rua 5 de Outubro, 56 Telef: 258911111
PARA COMER
Amândio
Café Valadares Especialista em mariscos frescos. Gambas, mexilhões, amêijoas, navalheiras, pitéus que vão muito bem com um bom Vinho Verde branco fresco. Travessa Cabo Custódio Tavares Coutinho Telef: 258921097 Caminha
Teresa Casa simples, perto do fim da Rota das Aldeias da serra que lhe propomos em cima. Uma das especialidades é o cabrito à Serra d’Arga, com um sabor forte e muito característico. Leite creme e arroz doce para remate de refeição. Largo da Feira Telef: 258731409 Lanheses
Ancoradouro Sala rústica e confortável. As carnes barrosãs grelhadas estão entre os pratos recomendados, para além de bacalhau à lagareiro e peixe fresco. Lista de vinhos cuidada. Rua João B. Silva Telef: 258722477 Moledo
Gaivota Bacalhaus, muitos e bons, com o “à Braz” a fidelizar clientela. Rojões, cabrito assado e, ao domingo, cozido à portuguesa. Creme queimado.
PARA BEBER
Deu La Deu Vinho Verde Branco Breve Descrição Vinho elaborado a partir de uvas da casta Alvarinho, distingue-se pelo seu equilíbrio, cor citrina, aroma frutado, característico e impar, cheio de boca e de agradável e de persistente pós-deboca. Com teor alcoólico a rondar os 13% vol, a sua natureza única no mundo, exige que seja bebido a uma temperatura de 12 ºC, de preferência em “frappe” à mesa do consumidor, com garrafa aberta, vinte a trinta minutos antes de ser apreciado. É um vinho excelente como aperitivo e para acompanhar marisco, pratos de peixe e carnes brancas. A VISITAR
Adega Cooperativa Regional De Monção, Crl Telefone: 251656120 E-mail: adegademoncao@ mail.telepac.pt Horário para Visitas Semana 09.00h as 12.30h e 14.00h as 18.00h Fim de Semana Sábado: 09.00h as 13.00h
PARA VER
Capela das Almas (Matriz velha) (Largo das Almas) Primeira igreja matriz vianense, da construção original, do século XIII, pouco resta. É um típico templo do barroco setecentista, que serviu de cemitério até finais do século XIX.
Capela das Malheiras (Rua Gago Coutinho) Bonito exemplar da arquitectura rocócó portuguesa. O retábulo em talha policromada merece ser visto.
Casa dos Costa Barros (Rua de S. Pedro) Casa quinhentista, da época dos Descobrimentos, destaca-se por ostentar uma belíssima e imponente janela.
Igreja Matriz (Sé de Viana) (Largo da Sé) Edifício maciço construído no século XV, ao gosto da arquitectura românica, mas marcado pela influência gótica.
Praça da República Um dos espaços nobres de Viana, carregado de história. O velho chafariz, a Misericórdia e os antigos paços do concelho, todos quinhentistas, são dos locais mais apreciados do centro histórico. Na praça, o Museu do Traje vale a visita, com as suas 900 peças ilustrativas dos trajes de festa e de trabalho do Alto Minho.
Casa da Carreira (Câmara Municipal) (Rua Cândido dos Reis) Considerada uma das mais
PARA BEBER
Reguengo de Melgaço
Vinho Verde Branco Breve Descrição Cor: Cor citrina de intensidade média Aroma: Vinho fresco e com carácter frutado. Mineral, com notas de maçã, ameixa e pêssego, conjugadas com um perfil citrino ainda dominante. Algumas notas florais em segundo plano. Paladar: Excelente volume, com sinais de toque amanteigado a quererem aparecer. Final agradável, longo e aromático, enaltecendo o carácter frutado e mineral. Acidez equilibrada. A VISITAR
HOTEL DO REGUENGO DE MELGAÇO, SA Telefone: 251 410 150 E-mail: vitor.cardadeiro@ tmcmario.pt Horário para Visitas Semana: 9.30H – 12.30H / 14.30H – 17.30H Fim de Semana: Por marcação
bonitas casas senhoriais de Viana, ostenta janelas e portas em estilo manuelino. É, há mais de três décadas, utilizada como câmara municipal.
Hospital Velho (Posto de turismo) (Rua do Hospital Velho) Foi, nos seus primórdios, uma das pousadas utilizadas pelos peregrinos que demandavam Santiago de Compostela. Construída no século XV, foi sendo alterada com o tempo. A fachada e o pátio interior são quinhentistas.
Navio Gil Eanes (porto de pesca) Fundeado no porto de Viana, o navio Gil Eanes apoiou durante muitos anos os pescadores de bacalhau portugueses nos bancos da Terra Nova. Hoje é uma das novas atracções da cidade, funcionando como núcleo museológico.
Nova Biblioteca Municipal (Largo Infante D. Henrique) Mais do que uma biblioteca, o edifício, localizado entre o rio e o centro histórico, é uma das novas construções de Viana com marca de autor, a do consagrado arquitecto Siza Vieira.
Igreja de S. Domingos (retábulo) (Largo de S. Domingos) A atracção maior deste templo quinhentista é o magnífico retábulo saído das mãos do mestre local Álvares de Araújo, classificado por especialistas como “obraprima do estilo rocaille de toda a Europa”
Igreja da Srª da Agonia (Campo da Agonia) O templo setecentista em honra da padroeira da cidade, a Senhora da Agonia, enquadra-se no barroco final e tem belos retábulos em talha.
Forte de Santiago da Barra Construção poligonal de carácter defensivo dos séculos XV e XVI. Integra a chamada Torre da Roqueta, construída em 1502 para, entre outros desígnios, suster os ataques da pirataria.
Basílica de Santa Luzia (e Citânia) (Monte de Santa Luzia) Um dos templos cristãos mais procurados. Construída no século passado, a basílica é um exemplo de arquitectura revivalista e está implantada numa elevação de onde se tem uma extraordinária visão panorâmica da cidade. No monte de Santa Luzia persiste um importante vestígio da cultura castreja.
Casa d’Armas A localização, junto ao porto de Viana, inspira a cozinha da casa. Sopa do mar, arroz de peixe, polvo com azeite de alho, sapateira recheada ou pescada recheada com camarão, gratinada e com um toque de “porto”. Largo 5 de Outubro, 30 Telef: 258824999
Cozinha das Malheiras Outro restaurante onde os sabores marítimos têm preponderância. Sopa do mar, santola recheada, feijoada de marisco. As papas de sarrabulho com rojões têm fama de deixar a clientela prostrada de tanto comer. Rua Gago Coutinho, 21 Telef: 258823680
vários bacalhaus. No seu tempo, lampreia à bordalesa. Papas de sarrabulho e rojões, para matar o repasto. O pudim Abade de Priscos é famoso. Beco dos Fornos, 7 Telef: 258829928
Pousada do Monte de Santa Luzia O sítio tem uma vista extraordinária sobre a cidade e a foz do Lima. A cozinha não deslustra a paisagem: linguado com molho de manteiga, camarão tigre grelhado, medalhões de porco com castanhas ou bife com aguardente velha. Monte de Santa Luzia Telef: 258800370
Taberna do Valentim
PARA COMER
As entradas merecem atenção: sonhos de bacalhau ou sardinhas de escabeche. A seguir, arroz de cherne com gambas ou polvo na caçarola. Nas carnes, entrecosto com vinho tinto ou, aos domingos, o abundante cozido. Rua Manuel Espregueira, 24 Telef: 258822258
Localizado perto da lota de Viana, onde o restaurante se abastece de peixe e de inspiração. A sopa de peixe, a chamada “chorinha”, é uma especialidade muito apreciada. A caldeirada e o arroz de peixe recomendam-se. Rua Monsenhor Daniel Machado, 180 Telef: 258827505
Camelo
Mariana
Confeitaria Natário
Uma das mais famosas casas de comida minhota. O sarrabulho à moda de Santa Marta, o arroz de cabidela de frango “pica no chão” e, uma vez por mês, um cozido à portuguesa de estalo, estão entre os pratos mais requisitados. Para os apreciadores, o Vinho Verde tinto é servido em malga. Rua de Santa Marta, 119 Santa Marta de Portuzelo Telef: 258839090
Laranjeira
O robalo com algas é um dos trunfos da casa. Antes disso, pode começar com umas gulosas amêijoas à Bulhão Pato. Peixes, muitos, grelhados e inspirados pelo mar que fica em frente. O galo caseiro avinhado também se recomenda. Lugar de São Roque, Afife Telef: 258981327
Os três potes Peixes frescos grelhados e
Um dos locais da cidade onde mais se mastigam coisas doces e salgadinhos. Folhados de camarão, pasteis de carne e frigideiras, sempre frescos. Para adoçar a boca, mariazinhas, biscoitos, cavacas e torta de Viana. Lista de vinhos com fama de superar as de muitos restaurantes. Rua Manuel Espregueira, 37 Telef: 258822376
Viana do Castelo Há 750 anos entre o rio, o mar e a montanha A natureza foi pródiga para Viana do Castelo. Não há muitas terras assim, bafejadas pela sorte de gozarem, ao mesmo tempo, a beleza fluvial de um rio como o Lima, praias atlânticas de areia branca e montes que a protegem e proporcionam lugares para estender o olhar até às fronteiras do sonho. De Viana do Castelo se diz que é a capital do folclore português, pelos seus trajes e ricas peças em ouro, pelas suas concorridas e vistosas romarias, pela riqueza do seu artesanato. Mas a cidade é mais do que isso. Terra de marinheiros, Viana teve um papel importante na epopeia dos Descobrimentos portugueses, chegando a ter dezenas de naus e caravelas a sulcar mares desconhecidos. O seu centro urbano, o porto de mar, as margens do rio Lima guardam sinais de uma história rica que já vai nos 750 anos. Os últimos anos da cidade dão mostras seguras de um futuro condizente com o seu passado. A requalificação dos espaços mais nobres de Viana do Castelo, sobretudo na frente de rio e no centro histórico, tem apostado em arranjos e construções que envolvem alguns dos mais con-
A VISITAR
Solar De Merufe Merufe Geraz do Lima (Santa Maria) 4905-608 Geraz Lima (Sta Maria) Telefone: 258731525/ 964130923
[email protected]
ceituados arquitectos portugueses contemporâneos, como são Álvaro Siza Vieira, Eduardo Souto Moura ou Fernando Távora. A cidade atlântica mais setentrional de Portugal insiste em permanecer bela. Rotas na Região dos Vinhos Verdes • 31 de Dezembro • 9
Rota das cidades e vilas históricas Terras pequenas, de fronteira, Monção e Melgaço têm muito de comum: uma história milenar, que se confunde com a existência de Portugal como nação; uma paisagem repleta de todos os verdes da paleta, belíssima, cheia de recantos pitorescos desenhados pela natureza e marcados pelo labor das suas gentes; uma relação forte com a vizinha Galiza e com o rio Minho, que serve de fronteira natural e que ajuda a moldar um microclima responsável por uma riqueza irrepetível noutros lugares: o cultivo e a produção de um vinho branco fresco, perfumado, com características únicas, feito com uvas da famosa casta Alvarinho. Percorrer as ruas de Monção e Melgaço é uma experiência extraordinária. Sobretudo para quem procura ambiências diversas da vida apressada das grandes cidades. É outro o tempo e são outros os valores cultivados nestas duas vilas do Alto Minho. Por todo o lado se encontram sinais da cultura castreja, da romanização dos lugares, dos tempos medievais, de modos de vida onde pontificavam ilustres senhores com os seus solares e casas apalaçadas, de cultos, lendas e crenças e das suas manifestações arquitectónicas - castelos, velhas pontes, mosteiros, igrejas e capelinhas. Saber conjugar esse rico legado histórico com a vida moderna é uma das virtudes das gentes hospitaleiras de Monção e Melgaço.
PARA BEBER
Alvarinho Soalheiro
Vinho Verde Branco Breve Descrição Apresenta cor amarela citrina. O aroma revela o perfil do Alvarinho Soalheiro Clássico, intenso e com a fruta da casta Alvarinho bem presente. A colheita 2007 distingue-se pela complexidade gustativa, associando a nuance frutada do aroma a uma grande complexidade de sabor. O Soalheiro 2007 revela um grande potencial para estágio em garrafa mostrando, enquanto jovem, a frescura e o volume da casta Alvarinho. A VISITAR
Quinta de Soalheiro (António Esteves Ferreira)
Telefone: 251416769 E-mail
[email protected] Horário para Visitas: Semana 9.00h às 19.00h Fim de Semana: Sábado 9.00h às 19.00h Domingo: Sujeito a marcação
Monção e Melgaço Por terras do Alvarinho, com o rio Minho ao fundo
PARA VER
MONÇÃO Igreja Matriz (Largo da Igreja Matriz) Templo de nave única localizado no centro histórico da vila. Conta com vários estilos, do românico ao gótico.
Parque das Termas Espaço excelente para passear, pensar, ler, olhar o rio Minho, escutar as fontes... Se é adepto das virtudes das águas quentes e sulfurosas, as Termas de Monção ficam aí.
Muralhas As muralhas defensivas de Monção são uma das imagens de marca da vila. Andam espalhadas por todo o lado por via de um popular Vinho Verde branco, produzido em boa parte com a casta nobre da região, o Alvarinho.
Palácio da Brejoeira (Pinheiros) Um dos mais imponentes e belos palácios fidalgos alguma vez construídos em Portugal, localizado a seis quilómetros de Monção. De recorte neoclássico, as obras prolongaram-se por várias décadas, com início nos finais do século XVIII. É rodeado de matas e jardins frondosos, com salões faustosos no interior. Privado, tem associada uma conhecida marca de Vinho Verde Alvarinho.
Igreja do mosteiro de São João dos Longos Vales (Mosteiro, Longos Vales) O mosteiro é originário do século XII, mas o actual corpo da igreja remonta já ao século XVII.
8 • 31 de Dezembro • Rotas na Região dos Vinhos Verdes
Torre de Lapela (Lapela) Vestígio provável de um antigo castelo, na margem esquerda do rio Minho. A torre, quadrangular, ergue-se bem acima do casario, com os seus 35 metros.
Ponte do Mouro (Barbeita) Ponte medieval de grande rusticidade, construída provavelmente no século XIV.
Ecopista ValençaMonção A antiga ligação ferroviária entre Valença e Monção, desactivada em 1990, foi, em boa hora, aproveitada para construir um pitoresco percurso, que pode ser feito de bicicleta ou a pé, ao longo de 13 quilómetros. Há zonas de acolhimento, parques para estacionar e descansar e há, sobretudo, uma paisagem deslumbrante com o rio Minho à ilharga.
MELGAÇO Castelo e Torre de Menagem Construção defensiva do século XII, construída por ordem do fundador de Portugal, Afonso Henriques. Desempenhou papel principal na defesa do Alto Minho. A Torre de Menagem domina o conjunto e foi transformada em Núcleo Museológico.
Casa do Solar do Alvarinho (Rua Direita) Bonito edifício de três arcos transformado num dos locais de promoção da principal riqueza da região, o Vinho Verde Alvarinho. No piso térreo podem comprar-se peças de
artesanato, especialidades culinárias regionais e, é claro, Alvarinho. O Solar pode ser o ponto de partida de uma recomendável Rota do Vinho Verde Alvarinho.
Igreja Matriz Edifício de origem românica do século XII, sofreu várias alterações com o passar do tempo. No interior, há retábulos construídos em séculos posteriores, casos de um óleo sobre madeira e uma Adoração dos Magos.
Misericórdia Templo românico do século XIII, muito alterado nos séculos seguintes. A galilé, do século XVIII, é uma das preciosidades do local.
Capela de Nossa Senhora da Orada (Lugar de Orada, Melgaço) Datada de meados do século XIII, a capela situava-se junto a uma antiga estrada medieval que ligava a terras do reino vizinho
Igreja de S. Salvador de Paderne (Lugar do Convento, Paderne) Igreja de um antigo mosteiro do século XIII. Obras posteriores, quatro séculos depois, alteraram profundamente o edifício, designadamente o seu interior.
PARA COMER
A Galiza Mail’ O Minho Um dos novos restaurantes de Monção, com um cardápio inovador. Há fumeiro minhoto, mas também folhados de peixe, marisco ou perdiz. O conhecido bacalhau à lagareiro é servido em cama de pão de milho. Avenida das Caldas Monção Telef: 251640110
O Arado Arroz de marisco, Bacalhau à moda da casa, sável e lampreia no tempo deles ou cabrito assado no forno. Leite-creme para fim de festa. Travessa da Glória Monção Telef: 251653371
O Encontro Casa localizada numa aldeia onde sobressaem as vinhas de Alvarinho. Há bacalhau na brasa, arroz de marisco, cabrito à Encontro ou o famoso arroz de cabidela de galo caseiro. Largo do Encontro, Barreiro, Pias Monção Telef: 251666748
Quinta da Oliveira Rojões, cabrito e vitela assada, segundo os cânones. Peixes e mariscos frescos. Rabanadas e arroz doce para bocas gulosas. Largo da Oliveira Monção Telef: 251653235
Sete à Sete Cozinha de recorte regional. Cabrito à moda de Monção, arroz de sarrabulho, cozido à portuguesa. Barrigas de freira e pudim, antes do café. Rua Conselheiro João da Cunha Monção Telef: 251652577
Adega do Sossego Uma das referências gastronómicas da região. Truta com presunto, salmão, lampreia no seu tempo e alguns pratos tradicionais fortes, feitos por encomenda: cabritinho em forno de lenha, um poderoso cozido à portuguesa e o tradicional arroz de frango de cabidela. O pudim da casa é muito apreciado. Lugar do Peso, Paderne Melgaço Telef: 251404308
Albergaria Boa vista Muitos peixes para grelhar, a pedirem Vinho Verde Alvarinho para acompanhar. E também lampreia de cabidela, cabrito do monte no forno, rojões ou bife de presunto. Peso, Paderne Melgaço Telef: 251416350
Jardim Tasquinha com fama de bem servir. A lista é limitada, com destaque para o bacalhau frito de cebolada ou a costeleta de vitela. Ao domingo, há cabrito e cozido à portuguesa. Lugar de Canhotos, Penso Melgaço Telef: 251416303
Panorama Casa afamada, com uma substancial variedade de entradas, um dos seus trunfos maiores. Bacalhau na brasa e cabrito assado à serrana são propostas tentadoras. A lista de vinhos é muito completa e, depois de tudo, servem-se uns licores invulgares e aguardentes minhotas. Mercado Municipal Melgaço Telef: 251410400
Foral de Melgaço Restaurante panorâmico do Hotel Monte Prado. Enchidos e queijos regionais ou broa frita com presunto para abrir. Cataplana de peixes e mariscos, polvo grelhado com tomilho e espetada de vitela com cebola e pimentos. Monte Prado Melgaço Telef: 251400130
Um símbolo do Alto Minho rural e pitoresco
Ponte de Lima
Se há povoações portuguesas a que o adjectivo pitoresco se pode aplicar sem reticências, a vila de Ponte de Lima é uma delas. Em cada canto se tropeça na milenar história limiana - uma igreja românica, umas alminhas, um palacete, restos de um castro, um cruzeiro, a vetusta e marcante ponte romano-medieval. A natureza também não se fez rogada, semeando na paisagem ribeiras e riachos de água límpida, o belíssimo vale do rio Lima, montanhas acessíveis, vales suaves e infindáveis variações de verde. A caminho dos mil anos de história, o concelho de Ponte de Lima mantém-se, no Minho e em Portugal, como um reduto de autenticidade e de respeito pelo passado. A classificação de Ponte de Lima como capital do turismo em ambiente rural é uma consequência natural do que ficou escrito. Na vila, e sobretudo nos seus arredores, há um sem número de propostas para passar uns dias numa casa senhorial, num moinho recuperado ou numa velha quinta adaptada para receber pessoas que procuram sossego, paisagens imaculadas e gente hospitaleira. Terra de muitos e pequenos agricultores, Ponte de Lima afirma-se também como um dos centros de indústrias tradicionais, como a têxtil, o calçado ou a cerâmica, sem esquecer um dos seus orgulhos maiores: a produção de afamados Vinhos Verdes da região.
PARA BEBER
Adega de Ponte de Lima - Loureiro Vinho Verde Branco (protecção integrada)
PARA VER
Ponte romanomedieval (Largos de Camões e de Alexandre Herculano) Para muitos, Ponte de Lima é esta ponte. Na verdade, são duas pontes em uma: a romana, construída no século I, e a medieval, concluída na última metade do século XIV. Domina a paisagem da vila e foi decisiva como elo de ligação durante séculos.
Largo de Camões Um dos espaços mais solicitados pelos limianos e por quem visita a vila. Em dias limpos, o sol poente, o casario envolvente, o chafariz, o rio e o vulto imenso da velha ponte medieval pintam um cenário inesquecível.
Torres de S. Paulo e da Cadeia (Rua Cardeal Saraiva e Passeio 25 de Abril) As duas torres, com uma presença visual muito forte na vila, integraram as muralhas defensivas de Ponte de Lima. Construídas no século XIV, sofreram alterações ao longo dos séculos
Igreja Matriz (Rua Cardeal Saraiva) Construção originária do século XV, com profundas modificações posteriores. É um
mosaico de estilos, desde o românico ao neoclássico. Os altares merecem ser vistos.
Misericórdia (Rua Cardeal Saraiva) Edifício do século XVII e XVIII, de uma única nave. O altar principal e os laterais, neoclássicos, e o painel com o episódio da multiplicação dos pães, estão entre os principais motivos de interesse.
Paço do Marquês (Rua Dr. Cândido Cruz) Edifício do século XV, foi residência de viscondes e de marqueses. É uma construção maciça e imponente que funciona hoje como posto de informação turística e núcleo museológico.
Museu dos Terceiros (Avenida dos Plátanos) Bonito conjunto de arquitectura oitocentista. O Museu, criado há mais de 30 anos, guarda e mostra um importante espólio de arte sacra.
Casa de Nossa Senhora da Aurora (Rua do Arrabalde de S. João) Casa apalaçada urbana, construída na primeira metade do século XVIII em estilo barroco. A frente da casa, de grande harmonia, está marcada por um conjunto de janelas que lhe emprestam importância e nobreza.
Casa da Garrida (Rua Vasco da Gama) Construção oitocentista, em estilo rocaille. Integra uma capela de decoração vistosa, culminada por torre sineira.
Casa Torreada dos Barbosa Aranha (Calçada da Fonte da Vila) Curioso edifício maneirista do século XVI formado por uma torre quadrangular, encimada por pequenos canhões salientes, e por zona residencial. Na parte frontal, sobressaem as armas da família que dela fez uso.
Palacete Vila Morais Edifício construído na última década do século XIX, por ordem de um natural de Ponte de Lima que se fez milionário no Brasil. É uma construção vistosa que mistura uma série de estilos ao sabor dos caprichos do “brasileiro”.
Capela do Anjo da Guarda (junto à ponte, na margem direita do rio) Estranha capela, aberta, de inspiração românica e gótica, que terá servido de lugar de devoção e abrigo para os passantes. Foi reconstruída no século XVIII, depois de destruição parcial pelas cheias do Lima.
Miradouros Há muitos lugares de onde, subindo, se pode avistar a vila, o rio e o vale do Lima, as grandes manchas vegetais, as terras cultivadas e o que de essencial caracteriza a região. De entre muitos, propomos três: Santa Maria Madalena, Serra d’Arga e Senhora da Boa Morte.
PARA COMER
Carvalheira Uma das especialidades da casa são as entradas: favas com chouriço, polvo em molho vinagrete, feijão com tripas, entre outras. O bacalhau com broa e o poderoso pernil assado são dos pratos mais requisitados. Antepaço, Arcozelo Telef: 258944672
A Tulha Quando há, a lampreia e o sável são bem tratados pela cozinha da Tulha. Quando não há, uma das soluções é o bacalhau na cataplana ou os mais tradicionais rojões ou arroz de sarrabulho. Rua Formosa Telef: 258942879
Bocados O nome do restaurante denuncia a sua inclinação principal: os petiscos. Que são muitos e muito gabados, com direito a menu especial. Truta
fumada com salada, espargos trigueiros com presunto, cogumelos assados, tarte de rebentos de alho… E por aí fora Carreiros, Arca Telef: 258942501
Breve Descrição Elaborado a partir da casta loureiro é um vinho seco, vivo e aromático cor cítrica com reflexos de palha e aroma delicado e fresco com toques florais e final cítrico muito harmonioso, encorpado, com uma acidez característica e persistente no paladar consumir à temperatura de 10ºC
Encanada Durante muito tempo, foi a referência gastronómica incontornável da cidade. Os rojões com arroz seco ou o marcante arroz de sarrabulho, mais as trutas, o sável e a lampreia, continuam a ter muitos adeptos. Mercado Municipal, 7 Telef: 258941189
A VISITAR
Retiro do Sobral Casa de cozinha tradicional, com rojões, sarrabulhos e aparentados, e também bacalhau frito e bolinhos do mesmo peixe. Quando o rio os dá, há também sável e lampreia. Rua General Norton de Matos Telef: 258942435
Taverna Vaca das Cordas Antes dos pratos principais, o bacalhau é rei nas entradas. Depois, vêm o polvo grelhado e arrozes de galo “pica no chão” ou de pato. Se quer saber a origem do invulgar nome da taverna, está tudo explicado nas paredes. Rua Beato Francisco Pacheco, 39 Telef: 258741167
ADEGA COOPERATIVA DE PONTE DE LIMA Telefone 351.258.909.700 351.258.909709 E-mail SECRETARIADO@ ADEGAPONTELIMA.PT Horário para Visitas Semana 9.00h-12.30h / 14.00h-15.30h Vinhos: ADEGA COOP PONTE DE LIMA BRANCO ADEGA COOP PONTE DE LIMA ADAMADO
Rotas na Região dos Vinhos Verdes • 31 de Dezembro • 7
Rota das cidades e vilas históricas
Guimarães O passado como argumento de futuro Guimarães não é apenas o local com mais forte simbologia nacional, associada ao nascimento de Portugal como nação independente. É, acima de tudo, uma cidade que foi capaz de respeitar o passado e que o soube aproveitar como argumento para se afirmar nos dias de hoje. Um sinal disso está no reconhecimento do seu centro histórico como Património Cultural da Humanidade. Embora a região de Guimarães tenha marcas da acção do homem muito anteriores ao século XII e ao nascimento da nação portuguesa, a urbe que hoje conhecemos foi desenhada sobretudo no século XIX, após o derrube das muralhas defensivas. Mas a explosão urbanís-
tica oitocentista deixou intactos numerosos sinais da importância da villa medieval. Para além do castelo, da capela de S. Miguel ou do Paço dos Duques de Bragança, a Rua de Santa Maria corporiza um dos percursos urbanos mais antigos e de maior carga simbólica. Tudo isso pode ser apreciado, num conjunto de espaços e construções criteriosamente preservado. Centro de indústrias transformadoras tradicionais, Guimarães, com mais de 50 mil habitantes no seu núcleo urbano, tem-se afirmado como um dos pólos turísticos nortenhos mais consistentes e tem ganho importância como cidade académica, ligada sobretudo à Universidade do Minho.
PARA BEBER
Casa de Compostela
Vinho Verde Branco PARA VER
Castelo (Monte Latito) Símbolo maior da cidade e do país, foi construído no século X para defesa do convento existente na parte baixa da povoação. Lá terão vivido os pais de Afonso Henriques, fundador da nacionalidade.
Paço dos Duques de Bragança (Rua Conde D. Henrique) Edifício monumental erguido no século XV, sob influência da arquitectura senhorial do Norte da Europa. Foi restaurado e convertido em museu, contendo peças ilustrativas da aventura dos Descobrimentos e das conquistas norte-africanas e de armas dos séculos XV a XIX.
Igreja de Nossa Senhora da Oliveira (Largo da Oliveira) Igreja medieval erguida no século XIV, com um interessante portal gótico. Em frente à igreja está o Padrão do Salado, do mesmo século, erguido a pretexto de uma vitória militar sobre os mouros, na batalha do Salado.
Antigos Paços do Concelho (Largo da Oliveira) Monumento edificado no século XIV, de influência manuelina, remodelado no século XVII, marca um dos espaços mais visitados da
cidade, o mágico Largo da Oliveira. Integra um museu de “pintura naif”.
Museu Arqueológico (Claustro da Igreja de S. Domingos) (Rua Paio Galvão) O Museu Martins Sarmento alberga valiosos objectos da cultura castreja e integra o belíssimo claustro da Igreja de S. Domingos, datado do século XIV.
Rua de Santa Maria Rua milenar, uma das primeiras da velha villa medieval. Ligava a zona alta, do castelo, à zona baixa onde se encontrava o convento primordial da povoação, erguido a mando de Mumadona Dias.
Largo do Toural Centro cívico e convivial da cidade e principal sala de visitas para quem demanda Guimarães. Foi, durante muitos anos, local para comerciar gado bovino e outros produtos.
Praça de Santiago Uma das praças mais antigas e melhor preservadas da cidade, capaz de nos transportar para o ambiente vivido na Idade Média.
Rua D. João I Artéria estreita e sombria e, outrora, uma das mais movimentadas da cidade. Conserva várias casas antigas recuperadas, com varandas
6 • 31 de Dezembro • Rotas na Região dos Vinhos Verdes
em madeira ou ferro forjado, configurando uma das imagens de marca do centro urbano.
Museu Alberto Sampaio (Rua Alfredo Guimarães) Museu integra peças e colecções ligadas à história da cidade e à fundação de Portugal. Está erguido no centro histórico, no local onde Mumadona Dias mandou construir, no século X, o convento matriz da velha villa medieval.
Centro Cultural de Vila Flor (Avenida D. Afonso Henriques) Principal espaço cultural da cidade. Está instalado num edifício de meados do século XVII, recentemente restaurado, e numa nova área, finalizada em 2005, onde funciona o centro cultural propriamente dito.
Citânia de Briteiros (Monte de São Romão, S. Salvador de Briteiros, fora da cidade) Ruínas arqueológicas ligadas à cultura castreja do Noroeste de Portugal. O espólio está depositado no Museu Arqueológico Martins Sarmento, no centro da cidade.
PARA COMER
Baptista Casa de cozinha tradicional a
caminho do meio século de existência. Polvo cozido e assado, bacalhau cozido e o canónico cozido à portuguesa. Rojões e papas de sarrabulho. Para remate: formigos, creme e rabanadas. Rua A, 180, Urbanização Cruz da Argola (freguesia de Mesão Frio) Telef: 253432216
Casa Florêncio Especialidade da casa: o premiado bucho recheado com carne, para quatro bocas. Bacalhau frito e filetes de polvo com arroz de feijão. Um invulgar cação frito em vinha d’alhos. A fechar: pãode-ló e toucinho-do-céu. Rua Nossa Senhora de Madredeus, Azurém Telef: 253415820
Nora do Zé da Curva As duas dezenas de receitas de bacalhau são uma das marcas da casa. Rojões, cozido à portuguesa, arroz de frango, arroz de grelos com vitela, bucho recheado. Doçaria tradicional. Travessa de Gil Vicente, Sampaio Telef: 253414457
Pousada de Nossa Senhora da Oliveira Cozinha de gosto internacional em ambiente senhorial. Creme de espargos, ovos mexidos com salmão, bife pimenta, chateaubriand e coelho à caçador com espumante tinto. Mas também rojões e
frango de cabidela. Rua de Santa Maria Telef: 253514157/8/9
Papa Boa Cozinha multifacetada, com pratos tradicionais e várias “importações”, como o leitão da Bairrada, em dias certos. Folhado de queijo de cabra com frutos silvestres, amêijoas à Bulhão Pato e sapateira recheada. Carne barrosã. A filosofia repete-se nas sobremesas. Rua Capitão Alfredo Guimarães, 412 Telef: 253415872
Breve Descrição Vinho jovem, frutado, com notas florais e acidez redonda. Harmonioso no aroma e equilibrado no sabor com final de boca persistente.
A VISITAR
São Gião Cozinha criativa. Risotto de túbaras, canja de gambas e algas. Morcela de arroz e ovos mexidos com espargos, míscaros e gambas ou feijoada de cogumelos. Para os mais tradicionalistas: tripas à moda do Porto ou costeletas de cordeiro. Avenida Comendador Joaquim de Almeida, 56 Moreira de Cónegos Telef: 253561853
Val de Donas O coelho à bordalesa com molho de vinho tinto é um dos pratos mais gabados. Antes do prato forte, sugere-se grelos com chouriço e alheira. Rojões tradicionais e arroz de tomate com panados de vitela. Para adoçar a boca: pudim de ovos e rabanadas. Rua Val-de-Donas, 4 Telef: 253511411
Casa Agrícola de Compostela, S.A. Telefone:252323279 FAX : 252378599 E-mail
[email protected]. pt Horário para Visitas Semana : 8.00h – 12.00h e 13.00h -18.00h Fim de Semana - com marcação prévia Vinhos: Espigueiro Quinta de Crespos Vinha do Alto
A marca cristã e o esplendor barroco
Braga Localizada no coração da verdejante região do Minho, Braga é uma das cidades mais antigas de Portugal e do mundo cristão, com mais de dois mil anos de história. A marca do tempo e da acção dos homens estão e n t re o s g r a n d e s t r u n f o s d a cidade. Há vestígios de uma Braga antiquíssima, dos primórdios da ocupação das suas terras por povos primitivos. Há uma outra saída do período do domínio imperial de Roma, a velha Bracara Augusta. Há, a seguir, a cidade que se assume como protagonista principal da afirmação cultural cristã, marca que perdurou e permanece viva nos dias de hoje. E há, antes das fases neoclássica e
PARA VER
Sé Catedral (Rua D. Paio Mendes) O edifício mais emblemático de Braga, símbolo maior da importância da cidade como núcleo difusor do culto cristão. Ao longo de séculos, a Sé de Braga foi incorporando diferentes estilos, desde o românico inicial, passando pelo gótico, o manuelino, o barroco e o neoclássico, entre outros de menor expressão.
Paço Episcopal (Jardim de Santa Bárbara, Praça do Município, Largo do Paço) Conjunto de edifícios originalmente destinados à residência dos arcebispos, erguido entre os séculos XVI e XVIII. Proporciona a apreciação de diferentes estilos arquitectónicos, do gótico ao barroco tardio.
Igreja do Pópulo (Praça Conde de Agrolongo) Edifício religioso austero incluído no Convento do Pópulo, com um longo período de construção, entre os séculos XVI e XIX. Foi remodelado pelo arquitecto local Carlos Amarante, que o moldou em estilo neoclássico.
Capela de São Frutuoso (Rua de S. Jerónimo de Real) Curiosa construção religiosa de influência visigótica e um testemunho invulgar da Alta Idade Média em Portugal. Foi reconstruída no século X, mantendo-se praticamente inalterada ao longo dos séculos.
Capela dos Coimbras (Largo de São João do Souto) Torre quadrangular edificada em estilo manuelino no século XVI, para residência de dignitários da igreja. Terá sido a última casa da roda em Braga (local onde filhos indesejados eram deixados, anonimamente, ao cuidado de religiosos)
Santuário do Bom Jesus do Monte (Monte do Bom Jesus, fora da cidade) Uma das mais marcantes obras do barroco em toda a Europa e destino obrigatório do turismo religioso na região. Para além da
moderna, a esplendorosa cidade monumental erguida sobretudo no século XVIII, que deu a Braga a fama e o proveito de ser um dos símbolos maiores do barroco em Portugal. A urbe afirmou-se como uma das mais dinâmicas do Portugal moderno e europeu. Com os seus mais de 170 mil habitantes, ascendeu nas últimas décadas à condição de terceira cidade portuguesa, ligando uma história de muitos séculos a um dinamismo económico que conjuga indústrias e serviços tradicionais com novas tecnologias e negócios de futuro (a indústria de software, por exemplo), estribados em núcleos universitários de reconhecido mérito.
PARA BEBER
igreja, um monumental escadório inclui capelas alusivas aos passos da Via Sacra e fontes alegóricas dos Cinco Sentidos. Outra atracção do local é o funicular, um dos poucos movido a água.
recuperados nos anos oitenta do século passado. As fachadas revestidas por cerrada estrutura de madeira indiciam o clima de religiosidade e recolhimento então vivido na cidade.
especialidades. Para remate, o dulcíssimo pudim Abade de Priscos. Praça Mouzinho de Albuquerque, 7 Telef: 253276650
Fonte do Ídolo
Palácio do Raio
Pedra Cavalgada
(Rua do Raio) Construído em meados do século XVIII, é dos mais exuberantes exemplos do esplendor barroco da cidade e da criatividade do arquitecto André Soares. O nome advém de ter sido comprado pelo capitalista brasileiro Miguel José Raio.
Cozinha portuguesa criativa. Pataniscas de bacalhau e chévre gratinado como entradas. A seguir, “magret” de pato com puré de feijão e redução de vinho do Porto. Bacalhaus, muitos e bons. E sarrabulho. Mas também “carré” de borrego grelhado com puré e ovo escalfado. Grande lista de vinhos. Estrada Nacional 101, Lugar de Assento, Palmeira Telef: 253626596
(Rua do Raio) Monumento raro que terá sido erguido no século primeiro depois de Cristo. Numa massa granítica sobressai uma figura de recorte clássico com pouco mais de um metro, já degradada mas de grande interesse histórico e patrimonial. Exemplo da tolerância de Roma face às divindades locais.
Termas Romanas do Alto da Cividade (Rua Dr. Rocha Peixoto) Descobertas em 1977, as ruínas das termas estendem-se por cerca de 850 metros quadrados. Balneário público construído no início do século II, manteve-se a funcionar nos três séculos seguintes, ao longo dos quais sofreu várias remodelações.
Arco da Porta Nova (Rua D. Diogo de Sousa) Porta de entrada na cidade erguida nos inícios do século XVI. A actual estrutura é mais recente, datando de 1772, sob desenho do grande arquitecto do barroco bracarense, André Soares.
Torre de Menagem (Rua do Castelo) Única construção que resta das muralhas e do castelo, demolido em 1906, e da cidadela medieval bracarense. Funciona hoje como um dos espaços culturais da cidade
Palácio e Museu dos Biscainhos (Rua dos Biscainhos) Exemplar notável de casa senhorial dos séculos XVII e XVIII e um dos sinais do modo de viver da nobreza local. Manteve-se na posse da mesma família ao longo de mais de três séculos. Os jardins barrocos e o museu, a funcionar desde 1978, são argumentos suplementares para uma visita.
Casa dos Crivos (Rua de São Marcos) Edifícios civis típicos do centro urbano dos séculos XVII e XVIII,
Theatro Circo (Avenida da Liberdade) Principal sala de espectáculos da cidade, recentemente reaberta depois de obras de recuperação. Abriu ao público em 1915, com uma faustosa sala de influência italiana.
Estádio Municipal de Braga (Monte Castro, na periferia da cidade) Estádio de futebol com características únicas no mundo, desenhado pelo arquitecto Eduardo Souto Moura. Encostado a uma pedreira num dos topos, abre-se no outro para o vale do rio Cávado, proporcionando três espectáculos simultâneos: a arquitectura, a paisagem e o futebol.
Visita a Barcelos A menos de 15 minutos de Braga de automóvel (pela A11), a cidade de Barcelos merece uma visita demorada. O famoso galo, símbolo tantas vezes associado a Portugal, nasceu lá. Mas há muito mais que ver: o património arquitectónico é riquíssimo (Igreja Matriz, Paços dos Condes de Barcelos, ponte medieval, Pelourinho) e o artesanato faz de Barcelos uma espécie de capital portuguesa nessa especialidade típica.
PARA COMER
Abade de Priscos Foge às receitas tradicionais da região, com excepção do pudim que dá o nome à casa. Bacalhau gratinado, alcatra açoriana ou galinha mourisca estão entre as
Inácio Um dos ex-libris gastronómicos da cidade. O bacalhau e os rojões minhotos estão entre os pratos mais procurados. O cabritinho e a vitela também se recomendam. O leite creme e o untuoso pudim servem de remate. Campo das Hortas, 4 Telef: 253613235
São Frutuoso Casa de muitos bacalhaus, entre os quais o “bacalhau-lagosta” e o que se faz acompanhar com broa de milho. Rojões e papas de sarrabulho, é claro, mas também pescada com folhado. No fim, “gruta da casa”, com ovos e amêndoa. Rua Costa Gomes, 168 Telef: 253623372
Bem-me-quer O bacalhau à moda da casa é louvado e premiado. Papas de sarrabulho ao domingo, rojões, cabrito assado, polvo grelhado e lampreia no tempo dela. Delícias de nata no remate. Campo das Hortas, 6 Telef: 253262095
Arcoense Arroz de caça à moda da casa, muitos bacalhaus, cataplana de peixe, um invulgar arroz de lavagante seco ou os afamados filetes de pescada com arroz de netinhos, estão entre as propostas a considerar. Sopa dourada e aletria de ovos para os mais gulosos. Rua Engº Justino Amorim, 96 Telef: 253278952
Quinta Villa Beatriz Casa das Artes Alia tradição e alguma ousadia gastronómica. Rojõezinhos convivem com “vol-au-vent” de perdiz ou o bife Wellington. Pataniscas misturam-se com açorda de marisco e bacalhau com broa. Na doçaria, há pão-derala e o tradicional abade de Priscos. Rua Costa Gomes, 353, Real Telef: 253622023
Cruz Sobral Vitela e cabrito assados em forno de lenha. Cozinha tradicional da região, com mais de 80 anos de experiência. Leite creme, pudim Abade de Priscos e rabanadas. A lista de vinhos não se confina ao habitual e propõe algumas raridades. Campo das Hortas, 8 Telef: 253616648
De Bouro Linguado com molho de champanhe, gambas ao alhinho, pato com molho agridoce ou bacalhau gratinado com gambas denunciam uma ementa que não se confina à tradição. Mousse de avelãs e bavaroise de ananás. Rua Santo António das Travessas, 30-32 Telef: 253261609
Vinho Verde Branco Breve Descrição O vinho Quinta Villa Beatriz é um vinho de eleição, com ano de colheita e como tal obedece as rígidas normas de selecção, nomeadamente o controlo de maturação, vindima e vinificação.A produção é limitada e dependente das condições climatéricas e naturais. No final da vinificação, os vinhos obtidos são submetidos a uma prova organoléptica, bastante cuidada e em regime de anonimato(prova cega), sob o controlo enológico EngºFernando Moura. O vinho apresenta uma cor citrina, aspecto brilhante e no aroma sobresai o carácter floral, ligeiramente frutado e complexo. No sabor o vinho é equilibrado, harmonioso, persistente e seco. A VISITAR
Expositor Peixe grelhado, bacalhau à marialva, filetes de pescada fresca. Cabrito assado à padeiro e os tradicionais cozido à portuguesa e sarrabulho com rojões. Boa lista de vinhos. Parque de Exposições de Braga Telef: 253217031 ou 253675818
Narcisa Casa modesta e típica, aqui nasceu o afamado bacalhau à Narcisa, um dos pratos marcantes da culinária local. Propostas fortes: sarrabulho, tripas à moda do Porto e cabrito assado no forno. Lugar de culto da gastronomia local. Largo do Monte de Arcos, 25 Telef: 253262948
O Pórtico A abrir, alheiras de caça e gambas com alho. Segue-se uma açorda de marisco e plumas de porco preto. Rabanadas com passas e pinhões para o remate tradicional. Largo do Arco, Bom Jesus, Tenões Telef: 253676672
Capla – Casa Nova Agro Pecuária, S.A. Telefone:253 631 523 Telemóvel:961290856 E-mail:
[email protected] Horário para Visitas Semana : Excepto às segundas e quartas feiras. manhã:10.00 h às 12.00 h tarde: 14.00 h às 16.00 h Fim de Semana : não há visitas
Rotas na Região dos Vinhos Verdes • 31 de Dezembro • 5
Refóios do Lima, Ponte de Lima
Mosteiro de Santa Maria de Refóios Mosteiro com grande carga histórica, ligado a episódios que levariam à fundação de Portugal, no século XII. O seu mentor, o fidalgo D. Afonso Ansemondes, senhor das terras de Refojos, mandou-o erguer em honra da Virgem e destinou-o aos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, agradecido pelas vitórias militares que obteve. O magnífico edifício conventual e a igreja que hoje podemos admirar resultam de obras que decorreram desde o século XVI e que terminaram com a adaptação, há poucos anos, do antigo mosteiro para a actual Escola Superior Agrária. A transformação do antigo mosteiro em escola, da responsabilidade do arquitecto Fernando Távora, merece tanta atenção como todo o legado arquitectónico. O mosteiro, imponente edifício de cor ocre integrado numa bela paisagem rural na margem direita do Rio Lima, proporciona uma viagem por diferentes estilos: barroco, renascentista, rococó, neoclássico, acabando
nos novos edifícios modernistas, construídos à parte, formando um todo harmonioso. Entre outros motivos de interesse para o visitante, destacam-se, além da igreja, o claustro, a cozinha velha do mosteiro com a sua grande chaminé, a sala de música com um bonito tecto de estuque, o refeitório, ou os aposentos do prior forrados com azulejos.
em azeite, mexilhões. O bacalhau à moda da casa é apreciado. Refóios do Lima Telef: 258753015 Como chegar
Outros locais a visitar em Refóios do Lima Tal como o seu mosteiro, a freguesia de Refóios do Lima está carregada de história. Locais que merecem visita: a capela românica de Santa Eulália; a Capela de São Sebastião; a Torre-Solar dos Ansemondes, fundadores do mosteiro (mais tarde Torre dos Malheiros, como é conhecida); o Penedo de S. Simão, sepultura granítica rodeada de lendas; a praia fluvial; o miradouro da Vacariça.
Contactos
Para comer Eido do Bispo Entradas recomendáveis: gambas fritas com alho, lulas pequenas salteadas
Posto de Turismo de Ponte de Lima Rua Cândido da Cruz ou Praça da República Telef: 258942335
De Ponte de Lima – Proposta de percurso desenhada pelo Google De Braga – Proposta de percurso desenhada pelo Google
Escola Superior Agrária de Ponte de Lima (a funcionar nas instalações do antigo mosteiro; possibilidade de visitas guiadas, desde que marcadas com antecedência) Telef: 258909740; 967288263/4 Junta de Freguesia de Refóios do Lima Lugar do Mosteiro 258947757
PARA BEBER ONDE FICAR Casa da Lage Casa senhorial do século XVII, transformada para turismo rural. Perto da Serra d’Arga, da Lagoa de Bertiandos e do Rio Lima. Altos dignitários dos Estados espanhol e português são clientes habituais da casa. Dez quartos. Arcos Ponte de Lima Telef: 258731417 E-mail: ???? www.casa-da-lage.com Casa de Pomarchão Imponente solar minhoto do século XV, a dois quilómetros de Ponte de Lima. Tem apartamentos independentes ou casas situadas na quinta. Arcozelo Ponte de Lima Telef: 258741742 ou 969134481 E-mail:
[email protected] www.casadepomarchao.com
Torre de Refóios A Torre de Refóios é localizada em Ponte de Lima, no Vale da bonita aldeia de Refóios. Conserva as lendas e o romantismo de quase mil anos de história. A magnífica vista desta torre do século XII permite desfrutar de uma paisagem rural tranquila e silenciosa. Refóios Ponte de Lima Telef: 258751030
[email protected] http://torrederefoios.com/
Casa do Barreiro Vinho Verde Branco Breve Descrição Vinho verde típico, aromático e frutado. A sua leveza e suavidade é característica dos vinhos da subregião do Lima. A sua produção é limitada, o que o torna um apetecível vinho de quinta.
A VISITAR
Miguel Diogo Barba Menezes Malheiro Barbosa Telefone: 966 967 930 258 948 137 E-mail:
[email protected] Horário para Visitas Semana :9.00h – 18.00h Fim de Semana: 9.00h – 18.00h
FICHA TÉNICA: Textos e Fotografias: Carlos Romero Coordenação do Projecto: José Luís Reis (CVRVV) Marketing e Comunicação: Isabel Andrade e Carla Cunha (CVRVV) Gestão de Suporte Documental:Conceição Osório (CVRVV)
Rotas na Região dos Vinhos Verdes • 31 de Dezembro • 25