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Um mal crônico a erradicar
É
Wilson Palhares Bens de consumo de massa vêm girando em maior volume e maior velocidade nos pontos-de-venda, e a indústria de embalagem sem dúvida só tem a ganhar com isso
uma pena que a cadeia produtiva de embalagem não possa comemorar índices de crescimento tão elevados quanto os obtidos por alguns setores que têm razões de sobra para soltar rojões. Mas não deixa de ser motivo para festejar a informação da Fundação Getúlio Vargas de que, no primeiro semestre deste ano, a produção física de embalagem no país reagiu e cresceu 2,7%, a maior taxa desde o quarto trimestre de 2004. O fato é que, não obstante todas as críticas que possam ser feitas à condução da
política econômica do país, bens de consumo de massa vêm girando em maior volume e maior velocidade nos pontos-de-venda, e a indústria de embalagem sem dúvida só tem a ganhar com isso. Essa agradável situação só não é melhor porque o país não consegue erradicar – ao lado da dengue, do analfabetismo, da corrupção, do compadrismo e da gula governamental em todos os níveis – a crônica doença da má distribuição de renda. Nas reportagens feitas por E MBALAGEM M ARCA , tais questões obviamente não são abordadas de forma
direta, por não ser este o fórum para tal tipo de debate. No entanto, convidamos os leitores a procurar ver, no crescimento de uns ou outros segmentos de mercado, às vezes até marginais, a razão primordial que leva a isso. De nossa parte, entendemos que tal razão é provavelmente a possibilidade financeira das pessoas de atender necessidades e de satisfazer desejos de consumo que a falta de uns poucos centavos muitas vezes impedia. Se um dia todos puderem, todos estaremos melhor. Trabalhemos por isso. Até outubro.
nº 97 • setembro 2007
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Design
Coca-Cola Femsa refina os desenhos das garrafas das águas minerais Crystal
Metálicas
Sucos Minute Maid Mais atacam em nova frente com minilatinha de 235 mililitros
Plásticas
Schincariol aposta em multipacks de filme encolhível para agrupar garrafas long neck
Reportagem de capa: achocolatados em pó
Diversificação de embalagens acompanha disparada de competitividade no setor
Sondagem GNPD
Painel da Mintel apresenta novidades internacionais em achocolatados em pó
Plásticas
Vulcan tateia oportunidades no Brasil para sachê-refil de filme técnico de PVC
Plásticas
Doce belorizontino desfila em embalagem com inovador mecanismo de consumo
Metálicas
Latas cilíndricas com perfil slim são as novas apostas da Brasilata para azeites
36 40 46 48 50
Diretor de Redação Wilson Palhares
Plásticas
[email protected]
Coquetéis de frutas confiam em frascos com gatilhos spray para circular em micaretas
Reportagem
[email protected]
Flávio Palhares
Entrevista: Hugo Agustín Chaluleu
[email protected]
Guilherme Kamio
Porta-voz da indústria brasileira de aerossóis explica por que ela corre risco de aniquilação
[email protected]
Leandro Haberli Silva
[email protected]
Fechamentos
Marcella de Freitas Monteiro
Chega ao Brasil nova tampa esportiva para bebidas da Seaquist Closures
[email protected]
Departamento de Arte
Marcas
[email protected]
Opinião
Administração Eunice Fruet Marcos Palhares
Carlos Gustavo Curado José Hiroshi Taniguti
Sinais de recuperação da Parmalat: volta dos mamíferos e adoção de novas cartonadas Tetra Pak abriu sua sede para mostrar por que é referência em responsabilidade ambiental
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Marketing
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Evento
Departamento Comercial
[email protected]
Karin Trojan Wagner Ferreira
Novas garrafas da vodca Absolut incorporam trabalhos de artistas plásticos nacionais
Circulação e Assinaturas
[email protected] Assinatura anual: R$ 99,00
Quem se deu bem no Prêmio de Design da Associação Brasileira de Embalagem
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Evento
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Codificação
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Artigo
Público-Alvo EMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais que ocupam cargos de direção, gerência e supervisão em empresas integrantes da cadeia de embalagem. São profissionais envolvidos com o desenvolvimento de embalagens e com poder de decisão colocados principalmente nas indústrias de bens de consumo, tais como alimentos, bebidas, cosméticos e medicamentos.
Em sua segunda edição, Embala Nordeste volta a mostrar a dinamização da região
Roche aposta em novo sistema de identificação e rastreamento dos seus medicamentos Embalagem, publicidade e marca, por Victor Basso
Filiada ao
Editorial A essência da edição do mês, nas palavras do editor
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Espaço aberto
Impressão: Margraf Tel.: (11) 4689-7100
Opiniões, críticas e sugestões de nossos leitores
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EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da Bloco de Comunicação Ltda. Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo Antonio • CEP 04718-040 • São Paulo, SP Tel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463
Display Lançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens
18 Internacional Destaques e idéias de mercados estrangeiros
Filiada à
32 Panorama 66 Conversão e Impressão Produtos e processos da área gráfica para a produção de rótulos e embalagens
72 Índice de Anunciantes Relação das empresas que veiculam peças publicitárias nesta edição
74 Almanaque Fatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens
CAPA: ANDRÉ GODOY – STUDIO AG
Movimentação no mundo das embalagens e das marcas
www.embalagemmarca.com.br O conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA é resguardado por direitos autorais. Não é permitida a reprodução de matérias editoriais publicadas nesta revista sem autorização da Bloco de Comunicação Ltda. Opiniões expressas em matérias assinadas não refletem necessariamente a opinião da revista.
faltava ter em mãos a última edição para que nos sentíssemos extremamente lisonjeados e felizes. O motivo da alegria foi a reportagem sobre a tecnologia Foil Less Sealing, que desenvolvemos como alternativa mais econômica às películas de alumínio utilizadas nas bandejas de iogurtes (“Custos em queda”, EMBALAGEMMARCA 96, pág. 54, agosto de 2007). E. G. Valadares Diretor Polipaper Guarulhos, SP
Agradando na Argentina Retorno para anunciantes
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anúncio cooperado entre a Frasquim e a Seaquist Closures inserido na segunda capa da edição nº 96 de EMBALAGEMMARCA já está nos trazendo um retorno bastante satisfatório. Aproveito para elogiar o conteúdo da revista, que tem mostrado importantes inovações, tendências de embalagens e reportagens muito interessantes, tornando a leitura agradável. Forte abraço a toda a equipe. Marco Aurélio Ferrigno Teixeira (Lelo) Diretor Frasquim Ind. e Com. Ltda. Guarulhos, SP
A
Seaquist agradece e parabeniza EMBALAGEMMARCA pelo retorno que, juntamente com a Frasquim, vem obtendo com a inserção de anúncios na revista. Isto nos dá credibilidade, já que a publicação possui ótima tiragem e importantes leitores. Também nos dá a certeza de que apostamos na revista certo para veicular nossos anúncios e obter ótimos resultados. Continuem assim! Mirelle Orpinelli Analista de marketing Seaquist Closures Embalagens Ltda Itapevi, SP
Iogurtes mais baratos
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onhecendo como conhecemos a revista EMBALAGEMMARCA, só nos
6 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2007
C
onheci essa revista faz algum tempo. Por falta de tempo ou porque não acreditei realmente que uma revista brasileira de embalagem fosse me interessar, deixei-a de lado. Hoje, um domingo, entrei no site e naveguei em várias edições deste ano. Fiquei maravilhada no que diz respeito a informação e a novidades. Sabemos que quando os brasileiros se propõem a fazer algo a sério o fazem. Envio minhas felicitações e, ademais, a certeza de que saibam que terão em mim uma leitora mensal. Gostaria de saber se no próximo prêmio da revista poderão entrar casos do exterior. Beatriz Váglica Engenheira de produto Buenos Aires, Argentina
2007). É uma satisfação poder ter essa visibilidade em uma revista de qualidade e de grande valor no setor de embalagens. Felipe Doutel Sukest Indústria de Alimentos e Farma Ltda. Marketing Bauru, SP
Chocolatíssimo pela Romiti
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a página 11 da edição nº 96 de EmbalagemMarca (agosto de 2007), sob o título “Dona Benta Brilha”, as fotos reproduzem caixas de papel cartão da nova linha de misturas para Bolo Dona Benta Chocolatíssimo, impressas pela Gráfica Romiti Ltda e não pela J. Macêdo, como divulgado. Gráfica Romiti Ltda. São Paulo, SP (e-mail enviado pelo departamento de vendas da empresa, sem identificação) A informação foi dada pela assessoria de imprensa da J. Macêdo.
Vendem como água
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Satisfação com a visibilidade
amentamos profundamente a matéria na conceituada revista EMBALAGEMMARCA (nº 96, pág. 32, agosto de 2007) sob o titulo “Multiplicação das águas”. O sucesso do refrigerante H20H! Seven-up é inquestionável, mas não podemos admitir que a revista contribua para induzir o consumidor a erro ao classificar esse refrigerante, assim como outros que fazem parte da matéria, como água saborizada. Gostaríamos que a revista, pela importância que tem no segmento de bebidas, corrigisse a informação. Carlos Alberto Lancia Presidente da Abinam – Associação Brasileira da Indústria de Águas Minerais São Paulo, SP
gradecemos a atenção dada a nós pela revista EMBALAGEMMARCA. O texto e as imagens sobre nossos lançamentos na linha de Chicle de Bola ficaram ótimos (“Display”, EMBALAGEMMARCA 96, pág. 10, agosto de
O objetivo da reportagem não era, de forma alguma, induzir o consumidor a erro. A matéria discutia a multiplicação de embalagens “similares” àquelas que fazem sucesso, usando como exemplo o produto H2OH!, da Pepsi.
Teríamos grande alegria em receber cases de embalagens do exterior no PRÊMIO EMBALAGEMMARCA – GRANDES CASES DE EMBALAGEM. Antes, porém, vamos procurar consolidá-lo no Brasil. De todas as formas, o mercado argentino e o brasileiro, bem como os demais vizinhos latinos, têm tudo para integrar-se efetivamente. Pretendemos fazer parte dessa integração.
A
Edição: Flávio Palhares
Kit de emagrecimento portátil A linha de produtos para emagrecimento Fibrothin, do Laboratório Catarinense, ganha um kit completo criado pela Design Inverso, com a modelo Ana Hickmann em destaque nas embalagens. As caixas de papelão microondulado impressas em off-set pela Gráfica Meyer acondicionam o kit, composto por barras de proteínas e cereais, dosador de cápsulas, gelatina, shakes e sopas. O destaque fica com a alça colocada na parte superior da caixa,
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Alça facilita transporte que facilita o transporte. As barrinhas e as sopas são protegidas por filmes laminados da Relipel. As cápsulas ganharam frascos de PVC da AB Plast, com tampas da Alcoa, também de PVC, rótulos auto-adesivos impressos em off-set pela Baumgarten e cartuchos de cartão impressos também em off-set pela Caeté. O shake é acondicionado em potes de PVC da AB Plast que levam rótulos auto-adesivos impressos pela Sanavita.
Caeté Gráfica Meyer Design Inverso Alcoa Baumgarten Relipel AB Plast Sanavita (51) 3303-7373 (47) 3433-3044 (47) 3028-7767 (11) 4195-3727 (47) 3321-6666 (19) 3404-4244 (19) 3437-2000 (47) 3451-9104 www.abplast.com.br www.alcoa.com.br www.baumgarten.com.br www.caete.com.br www.designinverso.com.br www.graficameyer.com.br www.relipel.com.br www.sanavita.com.br
Talco em frasco de polietileno Mariah Cosméticos aposta em bebês
Dosagem pela cor Novas embalagens de Puran T4 facilitam identificação Alcan Packaging (11) 4075-6500 www.alcan.com.br Brasilgrafica (11) 4133-7777 www.brasilgrafica.com.br Gonçalves Gráfica (11) 4689-4700 www.goncalves.com.br
Puran T4, medicamento da Sanofi-Aventis para o tratamento do hipotireoidismo, chega às farmácias com novo visual. Para cada dosagem do medicamento, em suas 10 apresentações, é atribuída uma cor específica, que facilita a identificação pelo paciente. O cartucho de papel cartão é impresso pela Brasilgrafica e pela Gonçalves Gráfica. Os comprimidos vêm em blisters de PVC e alumínio fornecidos pela Alcan Packaging. O design das novas embalagens foi desenvolvido pela própria Sanofi-Aventis.
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Frascos e tampas de polietileno da Neumann acondicionam o talco Neokids Baby, novo membro da família de produtos infantis da Mariah Cosméticos. Os frascos são decorados com rótulos auto-adesivos fornecidos pela Versacolor. A agência que assina a criação das embalagens é a Desenho em Foco.
Desenho em Foco (11) 6406-3161 www.desenhoemfoco.com.br Neumann (11) 3722-0634 www.neumannpacking.com.br Versacolor (11) 6168-7715 www.versacolor.com.br
Novidades para os pequenos Phisalia amplia linha Banho de Bebê A Phisalia lança as toalhas umedecidas e a lavanda suave, novos produtos da linha Banho de Bebê. As toalhas umedecidas são
acondicionadas em pacotes de PET polietileno de baixa densidade com 50 unidades, fornecidos pela Rhotoplás. A lavanda suave tem frascos de PET 200 mililitros produzidos pela Engratech. Os frascos levam tampas
flip top de polietileno da Plásticos Cária e rótulos auto-adesivos da Kromos. O cartucho de papel cartão é impresso pela Congraf. O design das embalagens é da Tagawa/TWN.
Engratech (19) 3837-8100 www.grupoengra.com.br Kromos (19) 3879-9507 www.kromos.com.br Plásticos Caria (11) 3872-3122 www.caria.com.br Rhotoplás (11) 4199-2555 www.rhotoplas.com.br Tagawa/TWN (11) 5054-3251 www.tagawa.com.br
Achocolatados para kids Tetra Pak acondiciona produtos destinados ao público infantil Dil Brands (11) 4191-9711 www.dilbrands.com Packing (11) 3074-6611 www.packing.com.br Tetra Pak (11) 5501-3200 www.tetrapak.com.br
Dois lançamentos de achocolatados prontos para beber miram o público infantil. O Pirakids sabor chocolate, da Piracanjuba, chega ao mercado em embalagens cartonadas assépticas fornecidas pela Tetra Pak. A agência responsável pelo layout das caixinhas, que destaca um personagem da própria marca, foi a Dil Brands. A Elegê também aposta nas embalagens com personagens para atrair a garotada: o Elegê Kid’s sabor chocolate é acondicionada em caixas de 200 mililitros da Tetra
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Pak, que ganharam a impressão de figuras dos desenhos animados Meninas Superpoderosas e Power Rangers. O verso das embalagens traz brincadeiras para os consumidores mirins. A agência responsável pelo design foi a Packing.
Embalagem de CloseUp une gel e creme As embalagens de CloseUp Fresh Whitening, da Unilever, estão com novo design. O produto incorpora as duas plataformas distintas da categoria de cremes dentais: refrescância (associada a pastas em gel) e benefício funcional específico (associada aos cremes ditos “brancos”). Assim, a embalagem evidencia cada uma das plataformas separadamente no painel frontal – fundo verde e gotas refrescantes para o “Fresh”; azul com hot stamping prateado para o “Whitening”. A impressão dos cartuchos de papel cartão ficou a cargo da Brasilgrafica. As bisnagas e as tampas são fornecidas pela Cebal. O layout é da Rex Design.
Box Print (11) 5505-2370 www.boxprint.com.br SP.OK Design (11) 3815-9155 www.spokdesign.com.br
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Dois em um
Brasilgrafica (11) 4133-7777 www.brasilgrafica.com.br Cebal (11) 6875-3100 www.alcan.com.br Rex Design (11) 3862-5121 www.rexnet.com.br
Inverno e primavera Caixas de lenços remetem a estações do ano A Softy’s apresenta a linha de lenços Aromatherapy, mais uma variante para a Coleção 2007. Os produtos são acondicionados em caixas de papel cartão com 75 unidades fornecidas pela Box Print. As embalagens têm ilustrações com tramas de tecidos quentes, remetendo ao inverno. Os cartuchos de 100 e 150 lenços têm grafismos coloridos baseados em flores, que lembram a primavera. A SP.OK Design assina o layout dos cartuchos.
design >>> águas
Uma nova lapidação Embalagens das águas Crystal são reformuladas para reforçar nobreza da marca
Segmentação com tudo A garrafa “gota” de 350 mililitros da linha VIP, que também é fornecida pela Engepack e sempre foi o símbolo da marca, é outra que ganha traços de modernidade, com contornos mais finos e rótulo preto fosco, mesma cor da tampa, produzida pela Alcoa CSI. O rótulo wrap12 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2007
FOTOS: DIVULG AÇÃO
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o disputado mercado de águas minerais, que enfrenta concorrência cada vez maior de produtos como chás e sucos prontos, refrigerantes com zero caloria e preparados líquidos aromatizados, entre tantas outras bebidas definidas como “saudáveis”, o que tem feito a diferença é a embalagem. E é justamente neste quesito que a Crystal aposta suas fichas. A marca da Coca-Cola Femsa, reconhecida pela diversidade de suas embalagens, renova todo o visual das linhas de águas minerais Sport, VIP e Family. “Desde 1995 a Água Crystal investe na diferenciação de suas embalagens para valorizar as características do produto”, diz a diretora de marketing da Coca-Cola Femsa, Silmara Olívio. Todas as garrafas de PET da linha de águas Crystal ganharam formas de cristais em relevo na área de manuseio (pega), “o que valoriza o ícone de identificação da marca”, diz Silmara. A embalagem squeezable da Crystal Sport cresceu, e passa a ter 600 mililitros, 90 mililitros a mais que a versão anterior. A nova capacidade da garrafa, produzida pela Engepack, foi definida através de pesquisas realizadas pela multinacional com seu público-alvo, os praticantes de esportes, motivo pelo qual o sistema de fechamento é a tampa Sport Lok, da Alcoa CSI, que permite o consumo direto com o uso de apenas uma das mãos. O rótulo plástico termoencolhível, redesenhado em tons de azul, é fornecido pela Sleever International e faz alusão a várias modalidades de esporte.
MAIS OPÇÕES – Crystal padroniza embalagens e lança novos produtos, para atender diversos tipos de público
around, fornecido pela Dixie Toga, tem detalhes em azul, que identificam a versão sem gás, e em roxo, para a água com gás. Novidade, a Mundi é a versão infantil da água Crystal, em garrafinhas da Engepack de 250 mililitros, tamanho ideal para a lancheira e também dotadas de tampas Sport Lok da Alcoa CSI. Os rótulos termoencolhíveis da Sleever International destacam elementos lúdicos e dicas de saúde do personagem-mascote Super Crystal. A última novidade da marca é o garrafão de 5 litros da Crystal Family, fornecido pela Cimplast, que tem formato anatômico e pode ser transportado pela alça da tampa, fabricada pela Garboni. Os “cristais” incorporados ao corpo da embalagem fazem parte da padronização da linha. O rótulo, estreito, é impresso pela Savasa. “Sabemos que os consumidores que procuram uma embalagem específica têm necessidades especiais, e por isso pensamos em cada um deles na hora de reformular nossas embalagens”, conta Silmara. A agência Müller & Camacho assina o projeto de redesign de todas as embalagens. (FP)
Alcoa CSI (11) 4134-2500 www.alcoa.com.br Cimplast (11) 3601-2004 www.cimplast.com.br Dixie Toga (11) 6982-9200 www.dixietoga.com.br Engepack (11) 2149-8800 www.engepack.com.br Garboni (24) 2244-3300 www.garboni.com.br Müller & Camacho (11) 3819-4417 www.mullercamacho.com.br Savasa (11) 4792-4214 www.savasa.com Sleever International (11) 5641-3356 www.sleever.com
metálicas >>> sucos prontos
A hora da latinha Minute Maid Mais inova na categoria de sucos prontos com miniembalagem de 235 mililitros
A
linha de sucos Minute Maid Mais, da Coca-Cola Brasil, traz mais uma opção de embalagem para os consumidores. Após o lançamento, em maio, em embalagem cartonada asséptica de 750 mililitros com tampa de rosca, da Tetra Pak, chega agora ao mercado uma embalagem inovadora na categoria de sucos prontos para beber: a minilata de 235 mililitros, fornecida pela Rexam. Inicialmente, a nova embalagem será comercializada, nas versões pêssego e uva, nos estados de São Paulo, Paraná e Minas Gerais. A Coca-Cola decidiu colocar o preço sugerido na embalagem, que teve o layout criado pela Ana Couto Branding Design, para assegurar que o consumidor compre o produto por R$ 1,50 em qualquer ponto-devenda. “A idéia é conquistar novos Ana Couto Branding Design (11) 3089-4949 www.anacouto.com.br
Rexam (21) 2104-3300 www.rexam.com.br
consumidores, oferecendo um produto de qualidade a um preço acessível”, diz Andréa Mota, diretora de marketing de Novas Bebidas da Coca-Cola Brasil. A empresa também aposta em canais alternativos, como drogarias, bancas de jornais e lojas de conveniência. “O foco inicial é conquistarmos clientes em pontos-de-venda onde não estamos presentes”, ressalta Andréa. “O mercado de sucos prontos para beber vem crescendo muito no Brasil, mas sabemos que há um grande percentual de potenciais consumidores que ainda não aderiram à categoria”, afirma a executiva. Ela argumenta que para os canais que já comercializam Minute Maid Mais em outras versões, a minilata é um diferencial, “pois oferece uma nova opção de tamanho e preço”. (FP) NOVOS CONSUMIDORES – Com nova embalagem, Minute Maid Mais quer atingir canais de venda ainda não atendidos
plásticas >>> cervejas
Long necks miram shrinks Adeptas de papel cartão, garrafinhas aderem a multipacks termoencolhíveis
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Packtec (19) 3881-8600 www.packtec.com.br RES Brasil (19) 3871-5185 www.resbrasil.com.br
dos equipamentos, contudo, os custos da mudança podem causar ressaca. “Mas, para grandes cervejarias, esse investimento é amortizado em no máximo 12 meses”, estima o diretor da Packtec.
Rápida degradação
DÚVIDA NO AR Shrinks da Nova Schin alimentam expectativas na indústria cervejeira
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No caso da linha Nova Schin, o uso de shrinks em garrafas long neck não é exatamente uma novidade. A própria Packtec afirma fornecer esse tipo de embalagem há mais de seis anos para garrafinhas da Schincariol. Comenta-se que a estratégia seria uma forma de aproveitar sobra de capacidade das linhas de latas de alumínio. Seja como for, Juan Berenguer informa que, desde o ano passado, quando a cervejaria de Itu fez anuncipu o uso de shrinks de rápida degradação nas suas linhas de latinhas, as multipacks das long necks também passaram a ser produzidas com aditivos que tornam os filmes plásticos biodegradáveis. A tecnologia, denominada d2w, é da inglesa Symphony Plastic Technologies, representada no mercado nacional pela RES Brasil (ver EmbalagemMarca 83, julho de 2006) (LH).
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ão é difícil entender porque os shrinks, como são conhecidas as embalagens múltiplas feitas de filme termoencolhível, se tornaram um sistema de unitização padrão em diferentes categorias do varejo. Avaliada pelos consumidores como prática, leve e conveniente, no lado das indústrias usuárias essa solução apresenta custos produtivos atraentes. Ao longo dos anos, porém, determinadas categorias de produtos de consumo se mostraram refratárias aos filmes de polietileno (PE) que se amoldam a conjuntos de embalagem mediante exposição em equipamentos que produzem calor. É o caso das cevejas long neck. Diferentemente das latinhas de alumínio, fortes adeptas de shrinks, tal setor é amplamente dominado por multipacks de papel cartão, numa estratégia para alguns alinhada com o posicionamento mais nobre das embalagens de vidro. Todavia, até entre as garrafinhas one way de cerveja os shrinks vêm ganhando força. As long necks da linha Nova Schin, por exemplo, incluindo as versões pilsen, sem álcool e escura (Munich) podem ser encontradas em diferentes supermercados do país unitizadas em filmes termoencolhíveis. Os responsáveis pela marca preferem não comentar o assunto, mas já se vislumbra a possibilidade de mudanças no setor. “Não há nada confirmado ainda, mas existe a expectativa de que outras grandes cervejarias adotem shrinks para long neck em médio prazo”, diz Juan Lledó Berenguer, diretor comercial da Packtec, fabricante de shrinks de Valinhos (SP) que fornece para diferentes indústrias de bebida, inclusive a Schincariol. Segundo ele, em alguns supermercados bahianos as long necks da cerveja Bavaria também podem ser encontradas em shrinks. O fator preço seria o principal atrativo da migração, já que o shrink custa, nas palavras de Berenguer, “menos da metade” do que multipacks de papel cartão. Dada a complexidade dos processos produtivos, no lado
Chique sem garrafa Vinícola espanhola proclama-se a pioneira em vinhos enlatados de qualidade refrescante, de fácil assimilação. De acordo com o Grupo Garvey, controlador da Cavas Hill, a embalagem metálica é completamente hermética, o que evita qualquer alteração da bebida provocada por oxidação ou exposição à luz. Embora não revele a identidade do fornecedor das embalagens, a empresa detalha que as latinhas possuem um envernizamento especial nas paredes internas, que mantém intactas as propriedades organolépticas dos vinhos.
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econhecida como produtora de vinhos de boa qualidade, comercializados a preços populares, a vinícola espanhola Cavas Hill lançou no início de agosto o que define como sua “maior inovação nos últimos anos”: vinhos em latinha, propagandeados como os primeiros acondicionados nessa embalagem com alta qualidade. As latinhas, de alumínio e perfil slim, com volume de 250 mililitros, o equivalente a uma taça, abastecerão lanchonetes (especialmente cadeias de fast food) e serviços de catering e hotéis na Espanha e em países europeus vizinhos. São duas versões de vinho em latinha. O Hill Vino Blanco, como o nome denuncia, é um vinho branco produzido com base na uva Sauvignon Blanc. Por sua vez, o tinto Hill Tempranillo deriva da varietal homônima. Ambas as versões são produzidas de modo a apresentar buquês mais suaves e sabor
Juventude na mira “Nosso objetivo, com a novidade, é atrair um público mais jovem”, declara a Cavas Hill no comunicado oficial de lançamento do produto. Segundo a vinícola, a latinha acondiciona uma quantidade ideal para acompanhar refeições, evitando consumo abusivo de álcool. “Com a lata, também é possível degustar um bom vinho sem a necessidade de se abrir uma garrafa grande”, argumenta a vinícola. (GK)
SEM XÍCARA Iced coffee adotou garrafa Alumi-Tek
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ESTANQUEIDADE – Cavas Hill diz que latinha evita oxidação do vinho. Embalagem leva verniz, no interior, para evitar interações
Sem precisar visitar a cafeteria Com garrafa de alumínio, rival da Starbucks chega ao grande varejo Concorrente figadal da Starbucks, detendo 480 cafeterias nos Estados Unidos, a Caribou Coffee apresentou em agosto uma nova arma para fermentar seus negócios. Numa jointventure com a Coca-Cola, a rede de cafés lançou uma linha de cafés gelados, prontos para beber, no mercado americano. “Nossa parceria com a Coca-Cola levará a experiência de sabor de nosso café premium para a catego-
ria ready-to-drink”, diz Michael Coles, CEO da Caribou Coffee. Em três sabores – Regular, Espresso e Vanilla (Baunilha) – o Caribou Iced Coffee é acondicionado na garrafa de alumínio Alumi-Tek, de 340 mililitros, da Ball Corporation (controladora, no Brasil, da Latapack-Ball). A garrafa possui tampa de rosca que permite o consumo paulatino da bebida. Ball www.ball.com
“Na zdraví!” Cerveja em barril auto-refrigerante cria novo ensejo para os tchecos bradarem “à sua saúde!” mento de um botão situado no topo da embalagem, gelam em sessenta minutos, permanecendo na temperatura média de 5º C por cerca de doze horas. O processo de auto-resfriamento se baseia numa técnica de reação entre água e zeólita, um silicato poroso embutido num compartimento a vácuo construído na parede da embalagem. Ao se acionar a válvula, um vaporizador de água no interior do barril começa a trabalhar. A zeólita adsorve o vapor e o resfria, gelando a cerveja. A temperatura ambiente não influi no desempenho do barril, que é retornável. Disponível nas capacidades de 5, 8, 10, 12, 15 e 20 litros, o CoolKeg já contou com representação oficial para o Brasil. “Hoje, as cervejarias interessadas devem nos procurar diretamente”, informa Gerd-Albrecht Graf, gerente-geral da Cool-System KEG. (GK)
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ona do maior consumo anual per capita de cerveja no mundo – 163 litros, segundo leituras referenciais – e país-natal da popularíssima variante pilsen, a República Tcheca era um alvo natural para o CoolKeg, barril metálico autorefrigerante para grandes volumes de loira gelada. Era. A embalagem, criada pela alemã Cool-System KEG GmbH e abordada em edições anteriores de EMBALAGEMMARCA (mais recentemente na de nº 67, de março de 2005) acaba de ganhar a primeira adoção no mercado tcheco, que marca também seu début na Europa Central. Quem protagoniza a ação é a Staropramen, cervejaria de 3 milhões de hectolitros anuais e integrante do grupo belga InBev, controlador da brasileira AmBev. A Staropramen em barril contém 20 litros de cerveja, que, ao aciona-
CHEGADA – Barril inteligente mantém cerveja Staropramen gelada por doze horas. Produto já é encontrado nos supermercados tchecos. Cool-System +49 (911) 9776-754 www.coolsystem.de
reportagem de capa >>> achocolatados
Mistura que não p Potes soprados, potes injetados, latas, bolsas flexíveis, cartuchos celulósicos. Eis os personagens da dinâmica diversificação em embalagem vivida pelos achocolatados em pó, figurinhas fáceis nas despensas dos brasileiros
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Por Leandro Haberli
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ara driblar o aperto do orçamento e não abdicar das marcas líderes, os consumidores têm se habituado a comparar os folhetos dos supermercados e buscar nas gôndolas embalagens e volumes menores. Quando isso não é suficiente, a solução é partir para marcas mais acessíveis. Em certos aspectos, esse conhecido roteiro parece ter sido feito sob medida para a categoria de achocolatados em pó de preparo instantâneo, segundo maior segmento do mercado brasileiro de chocolates em volume, com 187 000 toneladas produzidas em 2005. Caracterizado pela força de produtos tradicionais, o setor foi invadido por marcas de menor prestígio e por rótulos das redes de varejo nos últimos tempos. A líder Nescau e a více-líder Toddy, que juntas detêm aproximadamente 55% das vendas nacionais, viram a soma da participação das demais marcas saltar de 21% em 2002 para 41,5% em 2005, segundo dados da consultoria Datamark. Os fatores por trás desse movimento são conhecidos, e incluem desde explosão do número de pontos-de-venda e dos itens neles expostos, a queda do poder de compra dos consumidores e inclusão econômica de uma parcela da população até então marginalizada. À parte os motivos, o que se constata é que essa forte divisão de volumes teve conse-
qüências diretas no panorama de embalagens da categoria. As gôndolas de achocolatados em pó ainda são dominadas por latas de aço e por potes plásticos. A Nestlé prefere não se pronunciar, mas estima-se que 90% das vendas da linha Nescau estejam atreladas a embalagens metálicas de fabricação própria. Por sua vez, a Pepsico, dona da marca Toddy, não abriu mão dos tradicionais potes plásticos de coloração marrom e com design inspirado nos frascos de vidro usados até meados dos anos 1980. Todavia, o avanço de produtos regionais e das marcas próprias de supermercados ampliou o leque de tecnologias e materiais de acondicionamento empregados na categoria. Nesse cenário, estruturas feitas de filmes flexíveis e potes injetados conquistaram espaço inédito e ao mesmo tempo serviram de ferramenta de acesso para produtos de pouca tradição.
Injeção aproveita abertura Com limitações de design em relação às moldadas por sopro, as embalagens plásticas injetadas não precisam de tampa de rosca. A vedação se dá com tampas de encaixe e selos aplicados a quente, enquanto os potes soprados normalmente utilizam tampas de rosca e tecnologia de selagem por indução. “Esse é um dos fatores que tornam o investimento em
frascos injetados menor”, explica Paulo Barreto, gerente de desenvolvimento de produto da Interject. A empresa fornece modelos standard desse tipo de embalagem para diversos e emergentes fabricantes de achocolatados. A capacidade de 400 gramas e o formato cilíndrico seguem padrões de mercado. Na parte de decoração, predominam rótulos de polietileno (PE) esticáveis aplicados automaticamente pela própria empresa. A maioria dos clientes da Interject atua com as chamadas marcas de combate. Mas a empresa também atende grandes fabricantes. É o caso do achocolatado Garotada, fabricado pela capixaba Garoto e atendido desde 2002. No início de 2007, a Interject conquistou outra marca forte: Toddy. “Neste caso, atendemos cerca de 15% da demanda de potes soprados”, informa Barreto. A fatia restante é fornecida pela Sinimplast desde que a marca abandonou os potes de vidro e migrou para embalagens plásticas há quase vinte anos. “No final da década de 80, a indústria de potes plásticos investiu e viabilizou ferramentais, oferecendo potes a pequenos e médios fabricantes de achocolatados, que passaram a ter uma alternativa de embalagem viável ao seu tamanho e potencial”, lembra
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FOTO: BLOCO DE COMUNICAÇÃO
ára de crescer
PLURAL – Pote injetado é aliado usual das marcas B, mas também serve a marcas fortes, como a Garoto
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Maurício Moral, diretor comercial da Cinalp. Além de contar com suas próprias marcas, algumas exportadas para países como Rússia e Bolívia, a empresa é hoje uma das principais fabricantes de achocolatados em pó vendidos com rótulos do varejo, fornecendo para redes como Makro, Sonae, Carrefour e Pão de Açúcar.
Bolsa em alta Além de forte adepta de plásticas rígidas, a Cinalp viu a participação das embalagens plásticas flexíveis crescer em seu portfólio nos últimos anos. “Um pote plástico com capacidade de 400 gramas sai por cerca de 30 centavos, enquanto um pedaço de filme flexível para acondicionar a mesma quantidade custa em torno de 2 centavos”, compara Moral. “Também há diferenciais de custo de produção e de rotulagem”, acrescenta o diretor da Cinalp. Mas nem todas as bolsas metalizadas de achocolatados vistas no mercado têm
DEMOCRATIZAÇÃO Fornecedora de achocolatados de marca própria do varejo, Cinalp se beneficiou da disseminação dos potes
aparência simplória e foco em preços competitivos. Numa aparente resposta à crescente concorrência dos produtos de menor tradição, a marca Nescau, por exemplo, vem sendo vendida desde o ano passado numa chamativa bolsa plástica. Com acabamento sofisticado, o invólucro passa longe de mera opção de refil. Composto de três camadas – poliéster, polipropileno bi-orientado metalizado e polietileno de baixa densidade –, ele é dotado de ziper para refechamento e impresso em rotogravura nove cores. “Ainda estamos aguardando melhores resultados no mercado de achocolatados, mas trata-se de um modelo de embalagem que tende a se difundir no setor”, acredita Franciso Barbieri, gerente de mercado da Santa Rosa Embalagens Flexíveis, que atende a multinacional suíça no projeto. Para tanto, ele explica que são usadas todas as estações de impressão da mais moderna das três máquinas italianas Rotomec que a empresa possui. As bobinas impressas são enviadas para a fábrica da Nestlé em Araras (SP), onde são feitos a solda, o envase e a aplicação do zíper para refechamento.
FOTOS: BLOCO DE COMUNICAÇÃO
Do food service para as gôndolas
DE PRIMEIRA Bolsa do tipo quatro soldas não é apenas um refil para o Nescau
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Embora fique em pé nas gôndolas, essa embalagem de Nescau não é considerada um stand-up pouch (SUP). Enquanto este apresenta base sanfonada, a estrutura desenvolvida tem fundo chato, quadrisolda e solda lateral. Dessa forma, e também por ser montada em máquina vertical, a embalagem apresentaria custo menor que o dos SUPs. Afora a progressiva adesão a filmes flexíveis, essa embalagem alternativa de Nescau, que tem capacidade para 900 gramas, ilustra outra tendência do mercado de achocolatados em pó. Trata-se da oferta de apresentações maiores e, portanto, mais econômicas. Antes restritos ao canal de food service, produtos com mais de 1 quilo já podem ser encontrados nas gôndolas da categoria. “Os fabricantes estão preocupados em ampliar o leque de alternativas, antigamente restrito a embalagens de 400 gramas”, entende Léo Mussulini Machado, coordenador de marketing da Igel, que fornece os cartuchos microondulados usados em outra inovadora emba-
Adesão crescente Com tampa e lacre plásticos, lata Ploc Off começa a engrenar em achocolatados
A
lagem de achocolatado, esta recentemente adotada pela marca Toddy. A caixa comporta 2 quilos de produto, oferecendo economia de aproximadamente 15% aos consumidores na comparação com as versões vendidas em potes plásticos de 400 gramas ou menos. A preocupação dos fabricantes de achocolatados em pó – grandes, médios ou pequenos – em oferecer produtos mais acessíveis de certa forma coloca em evidência aquilo que se convencionou chamar de “consumidor estrategista”. No desafio de manter despensas abastecidas, ele é obrigado a comparar preços, calcular mentalmente e em frente às prateleiras dos supermercados o custo por grama de determinados produtos e, quando não consegue preservar o consumo de marcas notórias, partir para chancelas alternativas às líderes. O consumidor estrategista faz isso por preconizar a permanência em determinada categoria de produto em vez de só aceitar a marca de referência. Para ele, se os preços forem compensatórios, vale descartar o líder para não sair da categoria. Em outras palavras, o importante é ter achocolatado disponível no lar. 24 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2007
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CAIXA – Cartucho de papelão microondulado da Igel é uma nova alternativa comercial para o Toddy
o explorar cada vez mais o apelo da economia, embalagens flexíveis e potes plásticos injetados têm facilitado o aumento de participação de fabricantes regionais e de marcas próprias no mercado de achocolatados em pó. O mesmo não pode ser dito sobre as estratégias que envolvem latas de aço. Nas palavras de Thaís Fagury, assessora executiva da Associação Brasileira de Embalagem de Aço (Abeaço), assim como em outras categorias, na de achocolatados de preparo instantâneo o material “busca o caminho do valor agregado”. Isso fica claro na opção de diferentes fabricantes de achocolatados pela lata com fechamento Ploc Off, produzida pela Brasilata. Plástica, a tampa utilizada apresenta lacre de fácil abertura e dispensa o uso de selos, já tendo seduzido antigos adeptos da lata convencional com selo de alumínio (easy peel). É o caso do achocolatado Energia, produzido pela Zaeli Alimentos, de Umuarama (PR). “A marca participava de nosso mix há cerca de dez anos com vendas
Abeaço (11) 3842-9512 www.abeaco.com.br Brasilata (11) 3871-8500 www.brasilata.com.br Igel (51) 3041-8300 www.igel.com.br Interject (11) 6561-0835 www.interject.com.br Santa Rosa Embalagens Flexíveis (11) 3622-2300 www.santarosaembalagens.com.br Sinimplast (11) 4061-8300 www.sinimplast.com.br
POR TRÊS – Lata de aço triplicou as vendas do achocolatado da paranaense Zaeli
FOTOS: BLOCO DE COMUNICAÇ ÃO
abaixo do esperado”, rememora Ana Lucia Vaz, gerente de produtos da Zaeli. Com a mudança para a lata Ploc Off de 400 gramas, ela diz, as vendas triplicaram. Outro caso de sucesso da lata Ploc Off envolve o achocolatado Native Orgânico, da indústria Native – Usina São Francisco, de Ribeirão Preto (SP), uma das pioneiras em produtos orgânicos do país. A empresa adotou as embalagens da Brasilata deixando para trás a antiga apresentação em pote plástico. Com maior concentração de cacau, o produto apresenta litografia em três idiomas (português, inglês e francês), e vem sendo exportado para países como Canadá, Coréia, Líbano, Malásia e França. Até o
MIMO – Ao comprar duas embalagensrefil, consumidor do Ovomaltine ganha lata
FOR EXPORT – Litografia da lata do achocolatado orgânico da Native tem dizeres em três idiomas
tradicional Ovomaltine, alimento matinal à base de extrato de malte, adotou a embalagem da Brasilata em campanha promocional feita recentemente em hipermercados do Nordeste, de São Paulo e do Rio de Janeiro. Neste caso, a lata Ploc Off explora o apelo da reutilização. Ela é oferecida como um brinde recebido pelo consumidor na compra de duas embalagens flexíveis do tipo refil. (LH) Confira na página 26 novidades internacionais no mercado de achocolatados em pó, monitorados pelo
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Sondagem GNPD*: Achocolatados em pó Todos os meses, EMBALAGEMMARCA seleciona alguns cases internacionais de um dos mercados analisados por nossa reportagem, para que os leitores possam compará-los com o que se produz no Brasil
País: Estados Unidos Embalagem: Lata cartonada multifoliada impressa em offset, com base em aço e tampa plástica injetada. A embalagem é lacrada com um selo de alumínio com aba para abertura (pull tab).
Ovaltine Options Instant Chocolate Drink País: Noruega Embalagem: Pote soprado de polipropileno, de 198 gramas, com tampa de rosca injetada e decoração com rótulo plástico termoencolhível impresso em rotogravura
Carla Original Holandské Cacao País: República Tcheca Embalagem: Cartucho de 100 gramas, produzido com papel cartão triplex impresso em offset. O envoltório plástico primário do achocolatado possui fecho com zíper.
Van Houten Chocolate Drink País: Finlândia Embalagem: Cartucho de papel cartão triplex, impresso em offset. Acomoda dez sachês de filme plástico metalizado, impressos em flexografia.
Hershey’s Cacao Reserve - Mayan Blend Drinking Cocoa
Hot Choc Milk Drinking Chocolate
País: Nova Zelândia Embalagem: Cartucho de papel cartão triplex impresso em offset, cotendo cinco sachês de 35 gramas produzidos com papel laminado com resina plástica e impressos em rotogravura.
País: Reino Unido Embalagem: Lata de aço de três peças com tampa por pressão e impressão litográfica. O produto é acondicionado numa bolsa plástica interna, de resina não especificada.
Meiier Organics Hot Cocoa Mix País: Estados Unidos Embalagem: Cartucho produzido com papel cartão kraftliner (pardo), impresso em offset. Contém dez sachês de estrutura laminada, impressa em flexografia. Os sachês são unidos com microserrilhas.
Ko Ko Ro Hot Chocolate Drink País: Tailândia Embalagem: Flow pack de resina não especificada, acondicionando três sachês de filme metalizado, cada um com volume de 35 gramas, impressos em rotogravura. A embalagem secundária tem tiras de orientação para fácil abertura.
Spoonful of Chocolate Drink País: Holanda Embalagem: O bloco de 40 gramas de achocolatado com uma vareta incrustada é acondicionada num saquinho plástico de polietileno, decorada com rótulogargalheira de papel impresso em offset. O rótulo é preso a uma aba plástica, que fecha a embalagem.
As informações apresentadas nesta seção são provenientes de levantamentos e análises da Mintel e são protegidas por direitos autorais. EMBALAGEMMARCA não se responsabiliza pelo conteúdo. O GLOBAL NEW PRODUCTS DATABASE (GNPD) DA MINTEL ACOMPANHA, INTERNACIONALMENTE, NOVOS LANÇAMENTOS DE PRODUTOS, TENDÊNCIAS E INOVAÇÕES. PARA INFORMAÇÕES ADICIONAIS SOBRE O GNPD, VISITE WWW.GNPD.COM OU LIGUE PARA A MINTEL INTERNACIONAL (+ 1 312 932-0600)
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FOTOS: DIVULGAÇÃO
Honeyville Farms Instant Hot Cocoa Mix
plásticas >>> refis
Almofada para reposição Sachê-refil de PVC exala apelo econômico e fragrâncias dos produtos contidos
I
lustre fabricante de filmes e laminados de PVC, a Vulcan aposta em um conceito ainda inédito no Brasil em embalagem plástica flexível. Trata-se de um sachê confeccionado a partir de bobinas técnicas de filme de PVC, o SoftPack, especialmente voltado ao uso como refil para embalagens rígidas de cosméticos e de produtos de limpeza doméstica. Sósia dos clássicos saquinhos de leite, o SoftPack foi criado na França pela Alkor Draka, multinacional holandesa da área de PVC que teve algumas plantas industriais européias adquiridas em janeiro deste ano pela Vulcan (empresa de capital 100% nacional, controlada pela holding Grupo Brasil). Na França, 400 milhões de SoftPacks são consumidos anualmente. O sachê também faz sucesso na África do Sul e começa a engrenar na Oceania e em outras regiões (veja o quadro). Como pré-marketing, no fim de julho a Vulcan iniciou visitas a potenciais indústrias usuárias do SoftPack. Um alvo em vista é o amaciante para roupas. “Como esse produto pode ser vendido concentrado, fica evidente o benefício do SoftPack como refil econômico”, explica André Lobo, gerente
FONTE: ALKOR DRAKA/VULCAN *: ESTIMATIVA
O consumo do SoftPack em outros mercados (em unidades/ano) França África do Sul Austrália e Nova Zelândia Argélia Chile Romênia
400 milhões 90 milhões 15 milhões 12,5 milhões 2,1 milhões* 1,6 milhão*
de vendas da área de embalagens da Vulcan. “Misturado com água, um sachê de 500 mililitros de amaciante concentrado pode repor o conteúdo dos tradicionais garrafões de 2 litros do produto”. Nos cálculos de Lobo, enquanto um garrafão plástico vazio pesa, em média, 80 gramas, um SoftPack vazio não ultrapassa as 15 gramas. “O sachê poupa espaço na movimentação e na estocagem, nas gôndolas, na despensa do consumidor e no descarte”, resume o executivo da Vulcan. “Isso garante uma política de menor consumo de plástico por embalagem.” Mais à frente, Lobo vê potencial para o SoftPack em sabonetes líquidos, especialmente para aqueles comercializados nos mais sofisticados – e caros – frascos com válvulas pump.
“Smell-through” No quesito apelo de vendas, um charme do SoftPack é o chamado efeito smell-through, ou seja, a permeabilidade aos aromas do produto acondicionado. Com isso, as consumidoras não precisam abrir embalagens nas lojas para sentir a fragrância do conteúdo. “Esse é um diferencial que não pode ser explorado pelo stand-up pouch, natural concorrente do SoftPack na área de embalagem-refil flexível”, lembra Lobo. O sachê pode também incorporar paredes translúcidas e com superfície leitosa, acetinada, agradável ao toque. Nas apresentações às empresas nacionais, a Vulcan tem indicado o uso de uma máquina form-fill-seal da francesa Thimmonier para a confecção do SoftPack. O sachê pode ter variados tamanhos, e a idéia da Vulcan é fornecer no Brasil as bobinas já impressas, inicialmente via importações da Alkor Draka francesa. Por se tratar de uma novidade para o Brasil, outros mecanismos de fornecimento estão sendo estudados. Pelo mesmo motivo, a Vulcan também evita, por ora, falar sobre preços do sachê-refil. (GK) FOTO: BL OCO DE COMUNIC
AÇÃO
ALVOS – Na França, SoftPack já cativou amaciantes (à esq.) e sabonetes líquidos (à dir.). Vulcan quer replicar sucesso no Brasil Thimmonier +33 47 208-1919 www.thimmonier.com
Vulcan (21) 3362-2037 www.vulcan.com.br
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plásticas >>> doces
Mineirice rebuscada Embalagem engenhosa viabiliza a industrialização de canudinho doce caseiro
H
it de consumo em Belo Horizonte e adjacências, onde é vendido fresco por doceiras e ambulantes, o canudinho de massa crocante recheado com doce de leite, versão tupiniquim dos italianíssimos cannoli, acaba de ganhar versão industrializada graças a uma criativa embalagem. No Puxe Tac, da mineira Nova Alimentos, canudinho é acoplado a um calço plástico, parecido com uma tampinha. Uma fenda na base dessa peça expõe a aba de um envoltório acomodado no interior do canudinho, contendo o doce de leite. Ao segurar o calço e puxar essa aba de filme plástico, o consumidor faz a bolsa interna se romper, liberando o recheio dentro do tubinho (veja o gráfico). A guloseima tem vida-de-prateleira de 90 dias, não só pela proteção especial do doce pastoso, mas também pelo emprego de atmosfera modificada no empacotamento, que preserva a crocância do canudinho. Para tanto, uma embaladora horizontal foi adaptada. “Fizemos uma modificação própria, pois a injeção de nitrogênio em snacks é mais comum em empacotadoras verticais”, detalha José Roberto Gesualdo, diretor da Nova Alimentos e mentor do Puxe Tac. A flow pack que apresenta o produto no varejo é confeccionada em filme de BOPP (polipropileno biorientado) transparente laminado com filme de BOPP metalizado, e impressa com cinco cores em rotogravura pela Converplast, também fornecedora da bolsinha de BOPP transparente que retém o doce de leite. Estufada com nitrogênio, a flow pack do Puxe Tac ganha outro atributo importante: protege o canudinho de danos no transporte e por manuseio nos pontos-de-venda. O Puxe Tac é distribuído em displays de papel cartão da Cartográfica Fênix, projetados de modo a expor o doce na vertical. “Com isso, o produto não ‘morre deitado’, sem visibilidade, e não empilham outros itens sobre o nosso”, afirma Gesualdo, que admite que o display para apenas quinze unidades, somado à sofisticação da embalagem primária do doce, tem um custo alto. “Mas ele compensa, pois alcançamos o país inteiro”, diz o dirigente da Nova Alimentos. A patente do mecanismo do Puxe Tac já foi devidamente depositada por Gesualdo. O empresário já planeja extensões de linha light e diet e até versões salgadas, com recheios de queijo fundido e de patês. Em tempo: o calço do canudinho é injetado em polietileno pela Implas, tradicional transformadora de plásticos mineira. Já o design gráfico da embalagem coube à Filadélfia Comunicação. (GK) 30 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2007
PUXADA – Acima, diagrama mostra o funcionamento do doce. Canudo é protegido por injeção de nitrogênio
Cartográfica Fênix (31) 3361-6199 www.fenixembalagens.com.br Converplast (11) 6462-1177 www.converplast.com.br Filadélfia Comunicação (31) 3516-0100 www.filadelfiacom.com.br Implas (31) 3333-8844 www.implas.com.br EXPOSIÇÃO – Display acomoda doces em pé e evita empilhamentos
metálicas >>> óleos
Esguio apelo Brasilata tem novas opções slim para azeites e óleos especiais
A
zeites e óleos de alta nobreza agora têm à disposição uma nova opção em embalagem metálica projetada pela Brasilata. Em dia com a tendência de design que associa recipientes de formato delgado a alimentos mais leves e saudáveis, a metalúrgica lança uma família de latas de aço cilíndricas com perfil slim e sistema dosador incorporado para óleos comestíveis premium. As novas latas foram desenvolvidas com prioridades na ergonomia e no apelo de repouso à mesa. “Por serem longilíneas e de menor diâmetro, as novas latas oferecem manuseio confortável, com melhor ‘pega’ para o consumidor e facilidade para servir durante as refeições”, afirma João Vicente Tuma, diretor da Divisão Alimentícia da
Brasilata. “Para o consumidor final, outro diferencial importante do óleo especial envasado em lata é a garantia de um produto com menor grau de oxidação e que dispensa totalmente o uso de conservantes, pois oferece barreira à luz e mantém o óleo vegetal em condições ideais para o consumo”. A novidade está disponível em três tamanhos: 250 mililitros (53 x 112 milímetros), 500 mililitros (57 x 206 milímetros) e 750 mililitros (65 x 238 milímetros). Em tempo: famosa pelo seu incentivo às inovações, a Brasilata foi apontada como uma das 100 melhores empresas para trabalhar no Brasil, segundo a edição 2007 da pesquisa Great Place to Work, divulgada no fim de agosto por uma edição especial da revista Época. (GK)
Brasilata (11) 3871-8500 www.brasilata.com.br
CONFORTO – Formato slim enobrece e propicia fácil manuseio
Edição: Guilherme Kamio
Preparação potiguar A CIV – Companhia Industrial de Vidros planeja construir uma fábrica no Rio Grande do Norte. Concretizada, a unidade seria a quinta da vidraria na região Nordeste. Tudo azul Um estudo do PMMI, a entidade de classe dos fabricantes americanos de máquinas de embalagem, aponta que, em 2006, a expedição dos produtos do setor superou a casa dos 6 bilhões de dólares pela primeira vez na história. Há seis anos esse mercado apresenta crescimento, e promete evoluir a taxas médias de 3% até 2009. Reuso para o banho Deu no site Ciência Hoje On-line: o Núcleo de Pesquisa do Centro Universitário de Itajubá (Universitas), Minas Gerais, criou um painel de latinhas de alumínio que funciona como aquecedor de água. O aparelho, que usa energia solar e tem custo ínfimo, poderá beneficiar famílias de baixa renda. Upgrade virtual Produtora de caixas de papelão ondulado, a Paraibuna Embalagens reformulou sua página na internet (www. paraibuna.com.br). O site traz informações sobre produtos e ações ambientais da empresa, além de dados sobre o mercado nacional de papelão.
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Desempenho um pouco melhor Indústria de embalagem registra trimestre de crescimento, revertendo retrações seguidas monitoradas desde 2004 Depois de seguidos reveses, um sinal positivo. De acordo com estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas e divulgado pela Associação Brasileira de Embalagens (Abre), a produção física da indústria brasileira de embalagens cresceu 2,7% no segundo trimestre, primeiro resultado periódico positivo registrado desde o quarto trimestre de 2004. “O cenário deste ano mostra perspectivas positivas, com aumento da demanda interna de bens de consumo, e isso deve permitir que o setor de embalagens feche 2007 com alta de 1,8%”, aponta Salomão Quadros, coordenador de análises econômicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV. A indústria de embalagens de metal
foi a que teve o melhor desempenho, com aumento de 5,17% na produção, seguida pela do plástico (alta de 3,15%) e pela do vidro (crescimento de 2,14%). No primeiro semestre, o resultado ainda é negativo, mostrando queda de 0,37%, mas os resultados mais recentes mostram a reversão dessa tendência. Já a balança comercial se mantém positiva. As exportações diretas de embalagem tiveram no primeiro semestre um crescimento bastante expressivo em relação ao mesmo período de 2006: 40,65%, com faturamento de 229 milhões de dólares. As importações cresceram 25,98% no mesmo período e chegaram a 159 milhões de dólares.
Incubação local SIG Corpoplast inaugura Centro Tecnológico no Brasil Nome forte na área de máquinas sopradoras para embalagens de PET, a SIG Corpoplast inaugurou em agosto um Centro Tecnológico em São Paulo. A unidade, a primeira do gênero da empresa alemã nas Américas, buscará dar suporte a projetos de clientes brasileiros e latino-americanos, tornando mais rápida a introdução de novos produtos no mercado. “A troca de informações será mais fácil e rápida, e conseqüentemente o prazo de entrega também será reduzido devido ao fornecimento local”, explica Frank Haesendonckx, diretor de marketing da SIG Corpoplast. “Tempos atrás, isto só seria possível em nossa matriz em Hamburgo”. O CT da SIG Corpoplast é preparado para gerenciar design de garrafas, em plataforma CAD, e para realizar
testes de processo, contando com uma estação-piloto de moldagem equipada com uma sopradora Blomax III. Um dos primeiros projetos aprovados no laboratório será para a Pepsi Brasil. Centro da SIG em São Paulo: suporte em P&D
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Sob nova regência Num reflexo da recente aquisição pela indiana Hindalco, a Novelis, antiga divisão de laminados de alumínio da Alcan, com forte atuação em embalagens, estréia uma nova logomarca. Ela incorpora o sol nascente estilizado que domina a comunicação do Grupo Aditya Birla, dono da Hindalco. “Aditya”, em hindi, significa “sol”. A nova logomarca será implantada gradualmente. “A mudança não terá nenhum impacto no relacionamento com os fornecedores”, diz Yllen Spanier, da área de marketing da Novelis do Brasil.
Supermercado do futuro
Revisão de conceitos
Loja conceito do Pão de Açúcar privilegia sacolas recicláveis
Polêmica antiga, a restrição brasileira à reciclagem de embalagens de PET para o reaproveitamento em novas embalagens pode ser revista. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) iniciou uma consulta pública para definir regras e processos para o reaproveitamento seguro do material em novas aplicações com contato com alimentos. A Anvisa espera contribuições até 9 de outubro. Enquanto o Brasil revê conceitos, outros países já legitimaram tecnologias avançadas de reciclagem de PET pós-consumo, garantidas como assépticas e inócuas para o consumidor. Depois da difusão dos processos bottle-to-bottle para a fabricação de
garrafas de refrigerantes a partir da reciclagem, surgem cada vez mais opções de embalagens de PET reciclado para alimentos. A finlandesa Huhtamaki, por exemplo, acaba de lançar no Reino Unido uma nova linha de potes termoformados de PET reciclado para saladas e outros alimentos frescos. No ano passado, uma abrangente pesquisa da WRAP (Waste and Resource Action Programme, entidade não-lucrativa fundada pelo governo britânico) mostrou que 86% dos entrevistados aprovam embalagens de plástico reciclado, e 78% deles disseram que avaliariam mais positivamente produtos e empresas comprometidos com a reciclagem.
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O grupo Pão de Açúcar acaba de inaugurar sua “loja do futuro”, no Shopping Iguatemi, em São Paulo. A chamada “loja de quarta geração” é uma das mais modernas do mundo, e seus freqüentadores poderão fazer compras com auxilio de uma estrutura que conta com a tecnologia mais avançada em termos de varejo, incluindo etiquetas eletrônicas de preços, RFID, bluetooth para comunicação entre carrinhos e caixas, telefonia IP, entre outros itens. “É uma loja conceito, onde testaremos a utilização da TI no auxílio da oferta de produtos”, explica Ney Santos, diretor de tecnologia do grupo. Outro destaque do supermercado é o layout, já que as gôndolas baixas, posicionadas em diagonal, e a pouca comunicação aérea permitem a visualização de toda a loja. Os clientes da “loja conceito” recebem sacolas recicláveis, confeccionadas em papel Kraft, para carregar suas compras. Sacolas produzidas com PET reciclado e polipropileno também estão à disposição dos consumidores.
Anvisa poderá ser menos rigorosa com uso do PET reciclado
Potes de PET reciclado são novidades da Huhtamaki
Mais um polietileno de etanol Dow e Crystalsev selam acordo sobre resina de cana
Pão de Açúcar high-tech prioriza embalagens recicláveis, como sacola de kraft
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Depois de a Braskem ter divulgado o desenvolvimento de um polietileno 100% baseado em etanol de canade-açúcar (veja EMBALAGEMMARCA nº 95, de julho de 2007), a americana Dow Química anunciou uma parceria com a brasileira Crystalsev para construir no Brasil uma fábrica de polietileno derivado da mesma
matéria-prima. A unidade deverá iniciar operações em 2011. Centralizando vendas de várias usinas, a Crystalsev é uma das maiores empresas de comercialização de açúcar e álcool do Brasil. O polietileno é a resina mais utilizada para a produção de embalagens plásticas rígidas e flexíveis.
plásticas >>> bebidas ice
Com o devido abadá Frasco de PET com gatilho adapta coquetéis ao agito dos carnavais temporãos
Conveniência é o canal Os frascos dos coquetéis são moldados numa sopradora SBIII 250, da japonesa Aoki, e são dotados de alta transparência e revestimento especial para suportar ação do álcool e não alterar propriedades organolépticas das bebidas. “Pela sofisticação, o frasco de PET sai quase pelo mesmo preço de uma garrafinha de vidro para bebidas ice”, revela Eric Martins, diretor comercial da Strong Bebidas. No cálculo do executivo também é computada a decoração dos frascos, feita com 36 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2007
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C
oncorridas festas de rua regadas a axé music, as micaretas cada vez mais restringem a circulação de garrafas de vidro, em nome da segurança. Só que, nos picos de catarse, quando os foliões pulam ou se empurram embalados pelas canções, latinhas e copos descartáveis inevitavelmente derramam seus conteúdos para todos os lados, desperdiçando bebida. Percebendo a situação, a Strong Bebidas decidiu criar uma linha de coquetéis com embalagens especiais para os carnavais fora de época. Nos sabores Laranja, Coco, Limão e Citrus, os coquetéis Strong, à base de vodca, são acondicionados em frascos de PET com práticos gatilhos spray, que, além de evitar derramamentos, ensejam uma prática e alegre forma de consumo direto da embalagem. Com válvula de ação por rosca no bico, que trava ou libera a vazão da bebida, os gatilhos spray são construídos em polipropileno e importados pela distribuidora de embalagens Farmatriz. A origem da peça não é informada pela fornecedora. Os frascos aos quais os triggers são atarraxados têm gargalo de 28 milímetros de diâmetro e, curiosamente, perfil farmacêutico. “É a única utilização de um frasco nosso para bebidas”, comenta Erica Elias, do departamento de marketing da fluminense Vedapack, grande produtora de frascos de PET e de polietileno utilizados principalmente por medicamentos e cosméticos.
NA BOQUINHA – Embalagem plástica tem trânsito livre nas festas de rua e trigger permite consumo direto, sem desperdício
Aoki (11) 4071-4385 www.aokitech.co.jp Bendito Design (51) 3333-2022 www.benditodesign.com.br Farmatriz (11) 3115-1230 www.farmatriz.com.br InforPress (11) 4232-8599 www.ifpress.com.br Latapack-Ball (12) 2127-4700 www.latapack.com.br Vedapack (21) 2702-8900 www.vedapack.com.br
rótulos e contra-rótulos auto-adesivos transparentes, que produzem o chamado efeito nolabel look (simulação de decoração direta na embalagem). Impressos pela InforPress, de São Caetano do Sul (SP), os rótulos frontais apresentam generosos detalhes prateados, gravados por hot stamping. O projeto gráfico dos rótulos é da designer Daniela Costa Fernandes, da equipe da Strong Bebidas. Com cores chamativas, os coquetéis Strong são formulados pela Dyrup, também responsável pelo envasamento da linha. Lançados no fim do ano passado no litoral paulista, depois de nove meses de testes de mercado com distribuição em rodeios, os exóticos alcopops chegaram à Grande São Paulo cerca de três meses atrás. Na metrópole, o principal canal de vendas são lojas de conveniência de postos de gasolina. Quase 200 dessas lojinhas já foram credenciadas pela Strong. Os coquetéis são também
vendidos em casas noturnas e começam a ser encontrados em empórios. “Os pontos fixos vêm renovando os pedidos e o sucesso do conceito também cresce nas micaretas, onde o consumidor já pede pelo ‘drinque do gatilho’, diz Martins. “A produção ainda é pequena, mas o giro já nos fez quadruplicar a produção desde novembro.” (GK)
Ingresso nas noitadas Latinha garante acesso do Keep Cooler Black às baladas
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Em sua clássica garrafa de vidro de 295 mililitros, o Keep Cooler Black enfrentava restrições para ser comercializado em casas noturnas. Agora, a bebida levemente alcoólica, elaborada com vinho branco e suco de frutas pela Vinícola Aurora, não será mais barrada no baile. Uma latinha slim, de 250 mililitros, garantirá a oferta do produto aos jovens “baladeiros”, público-alvo da marca. Inicialmente, apenas o sabor morango estará disponível na nova embalagem, que foi desenvolvida pela Bendito Design, de Porto Alegre. As latas são fornecidas pela LatapackBall e o envase é terceirizado, realizado pela NewAge Bebidas.
EXTENSÃO – Com latinha slim, Keep Cooler Black fica devidamente trajado para as danceterias
entrevista >>> Hugo Agustin Chaluleu
A retranca argentina na peleja dos aerossóis
D
e uma qualidade mundialmente reconhecida e uma vitalidade histórica, em poucos anos a indústria brasileira de aerossóis poderá fechar as portas. O alerta é da Associação Brasileira de Aerossóis e Saneantes Domissanitários (Abas), segundo a qual a aniquilação do setor vai de vento em popa desde que a Argentina congelou a rés-do-chão, há cerca de cinco anos, os preços de seu gás propelente, importante componente dos aerossóis. Praticando uma política de preços arbitrária para um insumo normalmente regido como commodity, a Argentina cada vez mais domina a produção dos aerossóis vendidos no Brasil – de inseticidas a produtos de beleza, de tintas a espumas de barbear. Se espernearam contra o avanço, em seu país, de artigos brasileiros como calçados, têxteis e eletroeletrônicos, pleiteando salvaguardas comerciais – que lhes foram concedidas –, os argentinos não querem saber de conversa com os aerossóis. Recusam-se a negociar e contam com complacência do governo brasileiro. Presidente da Abas e da Federação Latino-Americana de Aerossóis (Flada), Hugo Agustín Chaluleu conversou com EMBALAGEMMARCA sobre a situação. Ironia do destino: Chaluleu nasceu na Argentina. “Mas sou um brasileiro insuspeito nessa questão”, ele esclarece, do alto dos quase quarenta anos dedicados à indústria brasileira de aerossóis em seu currículo. De que maneira as importações da Argentina vêm prejudicando a indústria brasileira de aerossóis? A situação é extremamente séria. De cerca de cinco anos para cá o Brasil vem perdendo o mercado para o país vizinho. O segmento de antitranspirantes, por exemplo, é dominado por produtos argentinos num nível acima dos 80%. Se a coisa continuar do jeito que está, a projeção é uma aniquilação da
produção nacional de antitranspirantes em dois anos. Nós estamos sofrendo desindustrialização! (enfático) A Ceras Johnson fechou sua fábrica. A Unilever, que fabricava aerossóis perto de Campinas numa planta industrial excelente, também se mandou. Uma das primeiras fábricas que fecharam foi a da Gillette. Hoje, você vê que a maioria das espumas de barbear é importada... Calculamos 5 000 empregos fechados nos últimos cinco anos, somados, em escala, os empregos indiretos: embalagens, válvulas, tampas, cartonagem, distribuição etc. A política argentina de preços para o butano e o propano, os gases propelentes dos aerossóis, é apontada como a vilã da situação. Qual a importância desse insumo? Cabe esclarecer que não existe aerossol sem propelente, mas a participação do gás varia de produto a produto. Em alguns casos ela nem é tão significativa, mas em outros, como no dos antitranspirantes, ela chega a representar 85% do conteúdo. A Argentina produz excelentes propelentes, e há cinco anos congelou os preços desses gases. É uma distorção de custos de commodities, já que os propelentes argentinos não acompanham os preços internacionais estabelecidos. Quando os preços mundiais estouram, nossos preços acompanham, resultando num gás propelente sideralmente mais caro. O propelente argentino é mais barato que o americano e o europeu, e por isso a Argentina hoje tem um volume de exportação muito importante não só para o Brasil, mas também para a Venezuela, para o México e para outros países latinos. Certamente os argentinos se beneficiam de incentivos fiscais na exportação de aerossóis. Esses mecanismos chegam a resultar em aerossóis argentinos vendidos aqui com latas de matéria-prima brasileira? Com aço brasileiro, não, mas com alumínio brasileiro, sim.
Subvenção do país vizinho pode extinguir os aerosesses produtos. É o que diz Hugo Agustín Chaluleu, presidente da Associação Brasileira de Aerossóis 40 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2007
DIVULGAÇÃO
sóis brasileiros e a indústria local de embalagens para
entrevista >>> Hugo Agustin Chaluleu O Brasil exporta para a Argentina o disco de alumínio, e ele volta para cá como tubo de aerossol para desodorantes e outros produtos sofisticados. É o mesmo que dizer que exportamos folhas-de-flandres e importamos Mercedes-Benz. Todo o valor agregado ficou onde? Fora. O fato é que, além de os argentinos terem propelente de muito boa qualidade a preço baixo, os componentes com drawback para exportar os ajudam bastante. Aqui, nós enfrentamos sérios problemas devido à carga tributária. Se você produz para o mercado interno, não tem vantagem. Se você produz para exportar, aí você tem vantagem. Alguns produtos em aerossol chegam a pagar o absurdo de 30% de IPI. A Argentina recentemente chiou por causa do avanço, em seu mercado, de produtos brasileiros como calçados, vestuário e eletroeletrônicos, o que resultou em contingenciamentos compulsórios nas exportações desses produtos. Por que não exigir uma contrapartida no caso dos aerossóis? Estamos batalhando para que o governo olhe nossa posição com mais atenção. No ano passado, a pedido do governo vizinho, Brasil e Argentina discutiram e criaram o MAC, ou Mecanismo de Adaptação Competitiva. Em resumo, o MAC é um tratado que institui salvaguardas comerciais para setores produtivos que se sintam prejudicados nos negócios
entre os dois países. O problema é que o MAC até hoje não foi internalizado. Com isso, continuamos a sofrer um ataque muito pesado. Existem reuniões bilaterais mensais do setor de aerossóis, mas lamentavelmente a Argentina não veio à última reunião (de 10 de agosto, no Rio de Janeiro). Os argentinos não querem diálogo, o que é lamentável. O avanço argentino incapacita investimentos em inovações tecnológicas pelos fabricantes brasileiros de aerossóis? Não tenha dúvida. É claro que, a despeito da situação alarmante, a indústria continua a investir. Mas não como poderia. Isso é triste, pois o Brasil tem uma história edificante, muito bonita, no campo dos aerossóis. Em 1978 os Estados Unidos e o Canadá iniciaram a restrição à produção de aerossóis com clorofluorcarbonos, os populares CFCs, que migram lentamente e atacam a camada de ozônio. O Brasil foi o terceiro país do mundo a aderir a essa iniciativa, em 1979. Com o programa de substituição dos CFCs por butano e propano como propelentes, nosso setor industrial teve que praticamente recomeçar do zero, a mudar todos os equipamentos. O Brasil também teve participação ativa no Protocolo de Montreal (acordo pela redução da produção mundial de CFC, assinado em 1987 no Canadá). Nessa época, propano e butano eram importados em volume muito grande, como
Mercado Brasileiro de Aerossóis - 2006 (unidades) Total Comercializado
Produção Brasileira
Importação
Hair Spray
5.780.232
5.622.000
158.232
Desodorantes Pessoais
118.777.574
28.303.000
90.474.574
Creme de Barbear
10.873.300
4.673.300
6.200.000
Mousse
1.195.000
1.195.000
Outros
15.386.588
3.360.000
12.026.588
Medicinais
12.100.000
6.100.000
6.000.000
Desodorizador de Ambiente
17.859.379
12.086.250
5.773.129
Ceras Polidoras
2.637.038
154.000
2.483.038
Desinfetantes
365.000
365.000
Limpadores
531.750
531.750
Gomas
460.000
400.000
60.000
Inseticidas
68.447.522
45.720.750
22.726.772
Veterinários
12.718.657
12.239.000
479.657
Inds. e Automotivos
37.075.247
31.047.250
6.027.997
Tintas
26.710.695
11.019.000
15.691.695
Outros
85.000
85.000
Neve Artificial
6.476.250
6.476.250
Alimentos
1.632.838
Total
339.112.070
42 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2007
1.632.838
169.377.550
169.734.520
FONTE: ABAS
Descrição
entrevista >>> Hugo Agustin Chaluleu gás liquefeito de petróleo (GLP), para atender à produção de botijões de uso doméstico. Os propelentes recebiam altas doses de contaminantes para exalar cheiro, para a detecção de vazamentos. Nossa indústria teve que lutar muito para purificar esses gases, o que o fez muito bem. Quais as situações do Brasil e da Argentina em termos de tecnologia para a produção de aerossóis? As indústrias de aerossóis dos dois países vivem em patamares tecnológicos similares? O Brasil é formador de opinião em aerossóis sofisticados e de alta qualidade. As tintas do Brasil são excelentes. Na parte de produtos domissanitários, o Brasil foi pioneiro na utilização de água como solvente, naquilo que chamamos de produtos water based. Nossos inseticidas, por exemplo, começaram a trabalhar com água como solvente há trinta e poucos anos. O Brasil é o único país que proíbe a adição de perfume aos inseticidas, numa decisão ética, para evitar que o produto possa ser erroneamente usado como odorizador de ambiente. Essa excelência explica por que a penetração do produto importado ainda é menor em inseticidas que em outros segmentos. Tecnologicamente nós estamos muito bem posicionados. Veja-se também o caso dos cosméticos em aerossol vendidos porta-a-porta. São de primeiríssima qualidade.
de craqueamento. Só que a Bolívia não tem uma indústria que acompanha, e há de se levar em conta todo imbróglio recente com aquele país. A Venezuela e o México também têm bom propelente. Mas posso lhe adiantar duas boas novidades, que poderão nos injetar competitividade. Primeiro, há um compromisso da Petrobras, que encontrou excelentes propelentes na Bacia de Santos e que sinaliza uma oferta do produto a um preço coerente. Outro aspecto importantíssimo é a iminente abertura de uma empresa que fornecerá localmente o dimetil éter, um derivado do gás natural com características físicas similares às do GLP e que é considerado o propelente do futuro. O dimetil éter já é bastante utilizado por aerossóis na Europa, 100% no Japão e tem um alto consumo também na China. Ele está crescendo muito porque é solúvel em água e emite baixíssima taxa de VOCs, os gases poluentes. O butano e o propano precisam de emulsificantes, necessitam ser chacoalhados para que tenham uma composição homogênea. O dimetil éter, não. O Brasil promete ser o primeiro país da América Latina a ter dimetil éter local como propelente.
“Fomos pioneiros na utilização de água como solvente de
inseticidas. Nossos
cosméticos em aerossol vendidos porta-a-porta são de primeiríssima qualidade. O Brasil é
formador de opinião em
Com seus produtos a preços em geral menores, em todas as áreas, a China é hoje o grande fantasma do setor industrial. Mas, no caso de aerossóis, é viável importá-los daquele país, considerando o frete, que deve agravar-se quando se trata de embalagens vazias? Com uma população de mais de 1,3 bilhão de pessoas, a China consome apenas 850 milhões de latas de aerossóis por ano. Na América Latina, com 523 milhões de habitantes, consumimos anualmente 1,22 bilhão de latas. Estive lá recentemente, por ocasião de um congresso sobre aerossóis, e reforcei a visão de que honestamente a China não nos preocupa. A China não tem como subvencionar aço, alumínio, petróleo e derivados, que são os componentes dos aerossóis. Portanto, creio que ela não é um inimigo virtual. Quando você exporta produtos com grau de flamabilidade, há um custo adicional. No caso isolado das embalagens, os tubinhos de 30 milímetros, aqueles pequenininhos, usados por desodorantes de banheiros, podem ter viabilidade na importação, porque num contêiner entra um milhão de tubos. Agora, outros tipos de tubos, maiores, não, porque transportar ar sai caro.
aerossóis sofisticados e de alta qualidade”
Uma fonte alternativa de gás propelente, um “plano B”, não poderia restaurar um pouco da competitividade da indústria brasileira de aerossóis? Onde se concentram as principais reservas desses gases? Em matéria de gás, é inevitável falar da Bolívia. O gás natural é muito puro, tem muita qualidade, é bem melhor que o gás
Produtos argentinos que mais cresceram no mercado brasileiro de aerossóis (taxas de FONTE: MDIC-DEINT/ABAS
participação nos respectivos segmentos nacionais)
2004
2007
Desodorantes corporais e antitranspirantes
64%
84%
Preparações para barbear
24%
55,5%
44 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2007
Quais os principais mercados para os aerossóis no Brasil? A melhora da renda desde o Plano Real resultou em maior consumo de aerossóis? Os principais mercados para os aerossóis, grosso modo, são cosméticos e household products, os produtos para cuidado do lar. Na área de produtos domissanitários, o crescimento da dengue é um propulsor do consumo de inseticida doméstico. É a única arma que a dona-de-casa tem para proteger seu lar do Aedes Aegypti, um mosquito que vive num raio de somente 300 ou 400 metros, que não vem voando lá do bosque longínquo para invadir as casas. O mercado de desodorantes pessoais em aerossol vem crescendo ultimamente a taxas médias de 17% ao ano. Vale lembrar que o Brasil é o segundo maior mercado mundial para cosméticos, só atrás dos Estados Unidos. Temos mercado e potencial para crescer, haja vista que o consumo anual per capita de aerossóis no Brasil é de 1,8 tubo, contra cerca de dez tubos na Argentina. Quais as tendências mundiais em termos de embalagem para aerossóis e quais delas poderão se consolidar no Brasil, independentemente do momento difícil que vive a indústria nacional? As latas com formatos irregulares, diferentes do cilíndrico, produzidas com tecnologias de expansão, são vedetes mundiais. Mas essas embalagens têm um custo adicional, e é preciso mercado para justificar o investimento na máquina que faz o desenho especial. Tenho informações de que muito em breve poderemos ter no Brasil uma sensação mundial, que é o revestimento de latas com PET. Essa laminação evita o enferrujamento das latas, dando charme aos aerossóis usados em ambientes úmidos, como o banheiro ou a área de serviço. Em decoração, a aplicação de rótulos plásticos shrinkable (termoencolhíveis) é interessante, e já começa a crescer no Brasil – embora essa combinação seja corretamente proibida em inseticidas domésticos, para evitar usos indevidos do produto caso o rótulo se desprenda da lata. Em cosméticos e produtos de higiene pessoal, já existem válvulas que distribuem diferentes ativos em nuvens distintas, com dupla função. O cosmético em aerossol é um produto de excelência. Você aperta aquelas bisnagas plásticas, squeezable, e toma aquele banho de respingos... Isso não tem nada a ver com modernidade! Empresas como a Unilever já divulgaram pesquisas que apontam que o consumidor brasileiro prefere desodorantes em aerossol aos em bisnaga... Claro. O aerossol significa um sistema moderno, de alta categoria. A propósito, também é curioso notar como o desodorante roll-on não pega no Brasil. O povo brasileiro não gosta dele. A bisnaga squeezable, além de ter uma aplicação menos precisa, deixa entrar ar na embalagem. Isso degrada o produto. Se não degrada, cuidado (risos).
setembro 2007 <<<
EmbalagemMarca <<< 45
fechamentos >>> bebidas
Beleza no on-the-go Famosa pelas tampas para cosméticos, Seaquist Closures lança nova flip-top “esportiva” para águas minerais e outras bebidas sem gás
Consumo confortável “O usuário não precisa tocar na superfície que irá usar para beber, mantendo assim o bico sempre limpo e livre de qualquer contaminação”, argumenta o profissional. A sobretampa flip-top abre num ângulo de 180º, garantindo
FOTOS: DIVULGAÇÃO
M
ais conhecida pelas tampas e pelos sistemas de fechamento destinados a cosméticos e produtos de higiene pessoal, a Seaquist Closures quer crescer também como fornecedora da indústria de bebidas. Tanto é que está alardeando o lançamento mundial, inclusive no Brasil, da Original, nova tampa com design flip-top integrado para bebidas não carbonatadas. A tampa é especialmente direcionada a bebidas com apelo para consumo em movimento (on-the-go) e com perfil esportivo, como águas minerais, chás, sucos e isotônicos. Permite a utilização de apenas uma mão para sua abertura e fechamento, o que, de acordo com Marcelo Garcia Chiara, gerente de contas da subsidiária brasileira da Seaquist Closures, assegura mais higiene em relação às tampas esportivas push-pull existentes no mercado.
ERGONOMIA Desenho flip-top da tampa Original garante manuseio com uma só mão e abertura da sobretampa em 180o, facilitando o consumo
Seaquist Closures (11) 4143-8900 www.seaquistclosures.com
BICOLOR – Processo de bi-injeção permite trabalhar bocal e sobretampa em cores distintas
46 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2007
conforto no consumo direto do bocal. Uma depressão no desenho da tampa (finger recess) evita que as mulheres quebrem as unhas tentando acionar o mecanismo flip-top. Desenvolvida pela Seaquist General Plastic, filial francesa da Seaquist Closures, a Original tem o corpo externo construído em polipropileno (PP) e o bocal em polietileno (PE). Desse modo, pode ser produzida em duas cores, por bi-injeção. Chiara ressalta que a nova tampa esportiva da Seaquist Closures permite um fluxo médio de cerca de 3 litros de bebida por minuto, “ao contrário da média de menos de 2 litros por minuto atualmente oferecida pelo mercado”. Inicialmente disponível no diâmetro de 28 milímetros, com versões de 30 e de 38 milímetros com lançamentos programados para breve, a Original pode ainda receber a inserção do dispositivo SimpliSqueeze, válvula desenvolvida pela Seaquist Closures para controlar o fluxo do produto e evitar vazamentos, sujeiras, desperdícios e respingos. (GK)
Estréia no Repelex Válvula SimpliSqueeze é adotada por repelente em bisnaga Creme repelente de insetos para crianças, o Repelex Kids, da Reckitt Benckiser, é o primeiro produto brasileiro a contar com a válvula de silicone SimpliSqueeze, da Seaquist Closures, em seu sistema de fechamento. Conjugada a uma tampa flip-top Tube Top Softline 50 mm, que fecha a bisnaga plástica do Repelex Kids (produzida pela C-Pack), a válvula SimpliSqueeze funciona como uma comporta
de segurança. Ao parar de se comprimir a bisnaga, a válvula se fecha para evitar vazamentos, impedindo a liberação do produto mesmo se a bisnaga estiver de cabeça para baixo. Segundo a Seaquist Closures, a válvula também evita a formação de resíduos em volta do orifício dosador da tampa. Tais diferenciais são destacados pela Reckitt Benckiser no rótulo do produto (veja a foto).
DIAFRAGMA – Válvula regula o fluxo do creme e evita desperdícios
marcas >>> reposicionamento
Um prisma de retomada Em recuperação, Parmalat resgata mamíferos e troca garrafas de PEAD por cartonadas premium No seu retorno à mídia, a Parmalat resgata os mamíferos, que fizeram sucesso na década de 1990 e agora ressurgem como “Mamíferos Crescidos”. A campanha, assinada pela Africa, mostra os mesmos atores que, crianças, vestiam fantasias de mamíferos e agora tentam colocar suas antigas fantasias, sem conseguir, porque tomaram leite Parmalat e cresceram.
“Potencial crescimento” A meta da Parmalat é aumentar a participação dos leites especiais no faturamento (15% dos 901 milhões de reais obtidos em 2006), sempre com novos lançamentos – ou seja, produtos com algum diferencial, reforçando o conceito de valor agregado. “É um mercado com potencial de crescimento ao qual estamos muito atentos”, diz João Audi. De acordo com o executivo, os investimentos em lançamentos, em embalagens e em comunicação chegarão a 40 milhões de reais até o final deste ano. Mesmo afastada da mídia devido à crise interna, a empresa ainda é líder no mercado nacional de leites, com 11,3% em volume. Os problemas da Parmalat afetaram também a distribuição, e apenas com o reposicionamento no varejo, depois da compra pelo fundo de investimentos Laep (Latin American Equity Partners), a empresa viu sua participação em receita passar de 8% para 12,7% do mercado em relação a julho de 2006, segundo a ACNielsen. (FP)
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epois de enfrentar séria crise financeira, afastarse da mídia e ser comprada por um fundo de investimentos, a Parmalat está de volta com tudo. O foco agora é centrado nos leites premium da marca. Todas as embalagens desses produtos foram trocadas: saem as garrafas de polietileno de alta densidade (PEAD) e entram as embalagens cartonadas assépticas Tetra Prisma Aseptic, com tampas de rosca, da Tetra Pak, e design criado pela agência Africa. A empresa investiu forte na diferenciação, colocando seus produtos numa versão de embalagem asséptica que se destaca na categoria dos leites, onde predominam as caixinhas de formato tipo paralelepípedo. A linha de frente da marca, composta pelos produtos Extra Premium, Dietalat (0% de gordura) e Zymil (de fácil digestão), ganhou mais duas versões: Fibresse (com fibra funcional) e Physi-CAL (com cálcio extra). “Pesquisas mostraram que a embalagem de leite com tampa de rosca é aprovada pelos consumidores”, afirma João Audi, presidente da Parmalat Brasil. As pesquisas qualitativas indicam também que os consumidores classificaram a embalagem como “diferente, única e moderna”, relata o executivo. Segundo ele, “os consumidores aplaudiram o fato de a nova embalagem ser 100% reciclável, o que não acontecia com as garrafas plásticas”. O benefício é um dos destaques da comunicação – inclusive nas caixinhas – da empresa.
APROVAÇÃO – Tampa de rosca agradou o consumidor Africa (11) 3094-9999 www.africa.com.br Tetra Pak (11) 5501-3200 www.tetrapak.com.br
COMUNICAÇÃO Selo ressalta que embalagem é reciclável
opinião >>> estratégia
Uma grata surpresa Tetra Pak mostra que embalagem não precisa se esconder quando o assunto é ambiente, e faz disso um diferencial competitivo Por Marcos Palhares
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ecentemente, a Parmalat, líder no mercado de leites, voltou à mídia com os mesmos “mamíferos” que tanto sucesso fizeram nos anos 1990. Literalmente os mesmos, alguns anos mais velhos, agora anunciando a linha premium da companhia que promete se reerguer nas mãos de um grupo de investidores. Ganham destaque na propaganda as embalagens Tetra Prisma Aseptic, da Tetra Pak (ver reportagem na página 48). Além de inovar o visual na categoria, amplamente dominada por outra embalagem da Tetra Pak, a Tetra Brik Aseptic, chama a atenção a frase que encerra o comercial: “em novas embalagens recicláveis”. Acompanho há alguns anos o debate sobre o impacto que as embalagens têm sobre o meio natural, mais especificamente desde que estudei o assunto na Universidade de Oxford, na Inglaterra, entre 2001 e 2002. O que se observa é uma ofensiva cada vez maior de governos e grupos ambientalistas contra as embalagens, e uma reação relativamente tímida da cadeia do packaging, onde o discurso da proteção ambiental ganha força mais rapidamente do que ações concretas. Por isso, o comercial da Parmalat foi uma grata surpresa para mim. Ele traz nas entrelinhas a inteligência da Tetra Pak, empresa de
Reciclagem, que há alguns anos era o calcanhar de Aquiles das cartonadas assépticas, hoje virou diferencial competitivo
embalagem que mais aposta na comunicação para transmitir seus valores fundamentais e reforçar a sua marca, e que há alguns anos vem investindo pesado na gestão ambiental, de olho nas potenciais dores de cabeça que o desconhecimento de consumidores e legisladores pode dar a uma empresa que trabalha com embalagens que combinam papel, polietileno e alumínio. Ao trazer para o grande público a questão da reciclagem, ao mesmo tempo em que trabalha incessantemente na busca por soluções
economicamente viáveis para a recuperação e a reciclagem de suas embalagens, percebe-se que o assunto é uma aposta da Tetra Pak para gerar diferencial competitivo, e faz parte da estratégia mundial da companhia. A “caixinha” que há alguns anos causava arrepios nos ambientalistas mais ortodoxos hoje pode ser totalmente reciclada, e conseguiu a façanha de ser declarada pelo governo alemão (talvez o mais rigoroso com a questão ecológica na Comunidade Européia) como uma embalagem ambientalmente amigável, após estudos mostrarem que, na consideração de seu ciclo de vida, a cartonada asséptica tem impacto aceitável sobre o meio ambiente. Por trás dessa mudança significativa de percepção está um trabalho estruturado e constante, que concilia a busca pela preservação ambiental com negócios pujantes.
“O futuro” está aqui Recentemente, fui convidado para conhecer duas fábricas da Tetra Pak: a de Monte Mor (SP), e a de Lund, na Suécia. Na visita à fábrica brasileira e ao “circuito da reciclagem” (que inclui paradas na Klabin, fornecedora exclusiva dos cartões usados pela Tetra Pak, e em dois recicladores), chama a atenção a importância dada pela empresa ao tema do meio ambiente, em todo o seu ciclo produtivo. Na parte da reciclagem, há que se destacar a tecnologia de plasma, desenvolvida no Brasil, que permite a recuperação das matérias-primas usadas nas embalagens quase em ciclo fechado. O papel volta como fibra para embalagens de papelão ondulado. O alumínio é recuperado, e pode voltar na forma de lingotes. O polietileno vira parafina. Em suma, embalagens vazias voltam ao ciclo produtivo, viram dinheiro. Uma tecnologia elogiada não apenas pela diretora mundial da empresa para o meio ambiente, Erika Mink, mas também pelo presidente e CEO da empresa, Dennis Jönsson. É, aliás, uma tecnologia na qual a empresa diz apostar plenamente como “o futuro”. O que me surpreendeu quando cheguei em Lund, por sua vez, foi a sensação de déjà vu. Tirando o laboratório de desenvolvimento de embalagens (onde são feitos os estudos 52 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2007
Laboratório microbiológico da planta sueca ajuda no desenvolvimento de melhorias nas embalagens Tetra Pak
Protótipo de embalagem personalizada entregue durante visita a Lund
que resultam nos novos itens do portfólio da empresa) e o laboratório de análises microbiológicas (que analisa potenciais contaminações durante o processo), que não possuem estrutura semelhante no Brasil, e que atendem unidades da Tetra Pak em todo o mundo, a impressão que se tem é a de que se está numa versão aumentada de Monte Mor, com a tecla SAP apertada. A semelhança não é apenas física. O discurso corporativo é muito parecido, o que revela uma empresa com cultura unificada, caminhando na mesma direção. O pouco espaço me impede de tecer comentários sobre outro ponto que faz parte do DNA da Tetra Pak: o monitoramento sistemático dos hábitos de consumo, com o intuito de trazer inovações que atraiam os consumidores, ao mesmo tempo em que sejam economicamente viáveis para os clientes da empresa, como explicaram em pormenores Michael Zacka, vice-presidente de marketing e gerenciamento de produtos, e Michael Grosse, vice-presidente executivo de desennvolvimento e engenharia. Mas isso é outra história. Que não se tome este artigo como uma apologia à Tetra Pak, nem como um indício de preferência por esse ou aquele sistema de embalagens. Entenda-se apenas que, numa indústria que tem sido saco de pancadas quando o assunto é resíduos urbanos, ações concretas que vão na direção contrária merecem ser elogiadas. Principalmente quando são mostradas. No caso, em rede nacional.
marketing >>> promoção
Garrafas valorizadas Artistas brasileiros criam versões para embalagem de Absolut Vodka
D
esde seu lançamento, em 1979, a Absolut Vodka sempre procurou valorizar suas embalagens, que hoje são reconhecidas de imediato no mundo inteiro. A primeira “garrafa artística” surgiu em 1985, quando o americano Andy Warhol, guru da pop art, pintou uma embalagem da bebida. Aquela foi a primeira vez que a marca que integrou publicidade e arte. Desde então, a Absolut já patrocinou exposições, desfiles de moda e festivais de música, entre outras formas de expressões artísticas, sempre com a garrafa como tema. Agora, a arte está de volta às embalagens comercializadas no Brasil. A iniciativa foi batizada de Absolut Brasil, e faz parte da estratégia global de comunicação adotada pela marca – além do Brasil, a campanha passou por Estados Unidos e França e chega em breve à Itália. O objetivo é apresentar uma releitura da garrafa da vodca pela ótica de artistas plásticos nacionais. Nelson Leirner e Daniel Senise foram os pintores escolhidos para representar o Brasil nas embalagens. Com tiragem limitada de 48 000 unidades, as garrafas assinadas por Leirner e Senise permanecerão nos pontosde-venda por apenas um mês cada (setembro e outubro, respectivamente). A embalagem de Nelson Leirner traz imagens de borboletas coloridas. A garrafa criada por Daniel Senise tem a imagem de um macaco em meio a estilhaços de madeira.
lectible”, o objeto do desejo dos colecionadores de itens da Absolut. Hoje, a coleção de itens da Absolut inclui mais de 400 obras de arte, que variam de mobiliário e escultura até fotografias, arte digital e tecidos. Além das duas garrafas, a Absolut encomendou trabalhos para outros dez jovens artistas plásticos brasileiros: Nando Costa, Adhemas, Abiuro, Glauco Diogenes, Gui Borchert, Marconi, Nitrocorpz, Colletivo, Rubens Lp e mooz. Eles criaram versões virtuais da garrafa, que estão disponíveis no website da marca. A aposta da Absolut no Brasil é justificada, já que por aqui suas vendas aumentam a vertiginosos 100% ao ano, a maior taxa de crescimento para a marca no globo. (FP)
Sleever International (11) 5641-3356 www.sleever.com
ARTE E EMBALAGEM Iniciativa da Absolut de utilizar artistas plásticos começou em 1985, com Andy Warhol (acima), nos EUA. Projeto Absolut Brasil traz garrafas de Nelson Leirner (esquerda) e Daniel Senise
Todas as garrafas de Absolut Vodka são fabricadas em Limarett, na Suécia, por vidrarias associadas à V&S Spirit AB, proprietária da marca. A decoração das versões Absolut Brasil é feita pela Sleever International com rótulos termoencolhíveis produzidos com filme reciclável TF 95 XB, de poliestireno orientado (OPS). A impressão é feita na França e a rotulagem no Brasil. Além de incentivar a arte, o projeto traz também outra característica da marca, o “col54 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2007
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Decoração com termoencolhível
Desde a sua fundação, em 1984, a Colacril se orgulha de ter contribuído para a consolidação e o crescimento do mercado de
100%
brasileira
pontualidade na entrega
auto-adesivos no Brasil. Com investimentos constantes em tecnologia, seja em equipamentos,
investimento
seja em capital intelectual,
constante
a Colacril sempre esteve à frente das evoluções do segmento. Fincada em parcerias com
visão
de futuro
fornecedores de primeira
respeito ao
linha, a empresa, nascida
ambiente
em Ribeirão Preto (SP), hoje produz em sua moderna fábrica de 50.000m² na cidade
amplo leque de
produtos
de Campo Mourão (PR) mais de 100 itens dirigidos às mais diversas aplicações, e exporta para mais de vinte países espalhados pelos quatro cantos do mundo.
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www.colacril.com.br •
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evento >>> prêmio abre
Projetos vencedores Abre divulga os vencedores de 2007 do seu Prêmio de Design & Embalagem Embalagem. Os vencedores concorreram em três módulos: Design, Tecnologia de Embalagem e Estudante, divididos em 30 categorias, incluindo as categorias especiais Ecodesign, Empresa do Ano e Voto Popular. A seguir, os premiados.
Categoria:
MÓDULO DESIGN
Alimentos doces Produto:
Categoria: Bricolagem
Categoria: Cosméticos e
Sonho de Valsa trufa
Produto: Linha Papaiz
cuidados pessoais
em formato coração
Vencedor: Pande
Produto: Projeto Joaninha/
Vencedor: Kraft Foods
Design Solutions
Fraldas Pampers
Design:
Design: Pande
Vencedor: Orsa Embalagens
Tritec/Narita Design
Design Solutions
Design: Entre Dois Pontos
Convertedores:
Convertedores:
Convertedor: Orsa Embalagens
Ibratec/Itap
MDS Blispack/
Usuário: Procter & Gamble
Usuário: Kraft Foods
Lyons Indústria Gráfica
Categoria: Marcas próprias Produto: Linha Viver Carrefour Vencedor: Pande Design Solutions Design: Pande Design Solutions Convertedores: Gráfica Espírito Santo/
Usuário: Papaiz
Stampafare Embalagens/
Nordeste
Excelsior Gráfica
Categoria:
e Editora
Higiene e limpeza
Usuário: Carrefour
Produto: Perfume para ambientes Amazônia Natural
Categoria: Embalagem para MPEs
Vencedor: Zeh Design
(micro e pequenas empresas)
Design: Zeh Design
Produto: Embalagem para frutas
Convertedores:
vermelhas in natura Baronesa
Kingraf/Plasticase/
Vonleithner
Gana/Thallis
Vencedor: G.A. Produção e
Usuário:
Comunicação
Nutriphitus Cosméticos
Design: G.A. Produção e Comunicação Categoria: Miscelânea
Convertedores: Gráfica Vinhedense/
Produto: Tom Bom Flex 40 ml
Categoria: Redesign
Vencedor:
alimentos e bebidas
MN Design
Produto: Nescafé Dawn Jar
Design:
Vencedor: Nestlé
MN Design
Design: FutureBrand
Convertedores:
Convertedores: Gráfica 43/
MetroprintHecaplast
Saint-Gobain/Sonoco For-Plas/
Usuário: Cria Sim
Owens-Illinois
56 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2007
FOTOS: DIVULGAÇÃO
E
m cerimônia realizada na Casa Petra, em São Paulo, no dia 29 de agosto, a Abre – Associação Brasileira de Embalagem anunciou os vencedores da 7ª edição do Prêmio Abre de Design &
Categoria: Bebidas alcoólicas Produto: Sleeve para Ypióca 160 anos Vencedor: Sleever International Design: Ypióca Convertedores: CIV/Sleever Usuário: Ypióca Categoria: Saúde e farmacêuticos Produto: Embalagem Fibrothin Vencedor: Design Inverso Design: Design Inverso Convertedores: Gráfica Meyer/ Baumgarten/AB Plast/Alcoa Usuário: Laboratório Catarinense Categoria: Embalagem para Perfumes Produto: Isabela Capeto Boneca Frasco Vermelho Vencedor: Casa Granado Design: Holos Design Convertedores: WS Moldes e Peças Plásticas/Tech Spray/ Vidraria Anchieta Usuário: Casa Granado Categoria: Bebidas não-alcoólicas Produto: Embalagem Baggio Aromas Vencedor: Pipa Design Design: Pipa Design Convertedores: Rangel Embalagens/ Gráfica Topázio Usuário: Baggio Coffees Categoria: Alimentos salgados Produto: Linha de patês de atum Gomes da Costa Vencedor: Gomes da Costa Design: Tônica de Comunicação Convertedores: Prada/Poly-Vac/ Rigesa Usuário: Gomes da Costa
Categoria: Família de produtos Produto: Linha de tortas Miss Daisy Sadia Vencedor: Brasilgrafica Design: Team Creatif Convertedores: Brasilgrafica/Klabin Usuário: Sadia
Categoria: Inovação Tecnológica Produto: Embalagem para Amaciante Concentrado com Sistema de Dosagem Interno Vencedor: Unilever
Categoria:
Design: Unilever
Redesign Produtos em
Convertedores: BrasAlpla/Clariant/CCL Label
Geral
Usuário: Unilever
Produto: Natura Biografia – desodorante colônia masculino e feminino Vencedor: Natura Design: Desgrippes Gobé Convertedores: Wheaton/Aptar B&H/ Nilpel/Box Print Grupograf Usuário: Natura
Categoria: Higiene, limpeza,
Categoria: Cosméticos
saúde e farmacêuticos
e cuidados pessoais
Produto: Embalagem
Produto: Natura Ekos
Whiteness Perfect
Óleos Trifásicos
Vencedor: Design Inverso
Vencedor: Natura
e FGM Produtos Odontológicos
Design: Natura
Design: Design Inverso
Convertedores:
Convertedores: Confetti/Toplast/Grifiart/
BahiaPet/AB Plast
Impressora Ipiranga/Gráfica Meyer
Usuário: Natura
MÓDULO TECNOLOGIA DE EMBALAGEM
Usuário: FGM Produtos Odontológicos Categoria: Alimentos Produto: Tampa
Categoria: Embalagem para
rosca Massu 74
food service, delivery e take away
Vencedor: Massucato
Produto: Embalagem para lasanhas
Design: Massucato
Vencedor: Design Inverso
Convertedor: Massucato
Design: Design Inverso
Usuário: Equador
Convertedor: Kenpack
Indústria de Conservas
Usuário: Pastagnolli Categoria: Miscelânea Produto: Cartucho para celular Real Flat GF 970 Vencedor: Rigesa Design: Gradiente Eletrônica Convertedor: Rigesa Usuário: Gradiente Eletrônica
Categoria: Embalagem promocional Produto: Ovo de Páscoa
Categoria: Bebidas
Diamante Negro
Produto: Nescafé Dawn Jar
Vencedor: Itap
Vencedor: Nestlé
Design: Narita Design
Design: FutureBrand
Convertedores: Itap/Emplal
Convertedores: Gráfica 43/ Saint-Gobain/Sonoco For-Plas/Owens-Illinois Usuário: Nestlé
Usuário: Kraft Foods Categoria: Embalagem para perfumes Produto: Isabela Capeto Boneca Frasco Vermelho Vencedor: Casa Granado Design: Holos Design Convertedores: WS Moldes e Peças Plásticas/Tech Spray/Vidraria Anchieta Usuário: Casa Granado
Categoria: Design industrial Produto: Acholatado Light Taeq Vencedor: Sart/Dreamaker Design: Sart/Dreamaker Convertedores: Sinimplast/Zeviplast Usuário: Pão de Açúcar
58 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2007
Categoria: Embalagem para exportação Produto: Embalagem Whiteness Perfect Vencedor: Design Inverso e FGM Produtos Odontológicos Design: Design Inverso Convertedores: Confetti/Toplast/Grifiart/Impressora/ Ipiranga/Gráfica Meyer
CATEGORIAS ESPECIAIS
Usuário: FGM Produtos Odontológicos
Categoria: Voto Popular Produto: Leite Ninho Baldinhos “Torcer pelo Brasil faz bem” Vencedor: CBL – Companhia Brasileira de Latas Design: Pande Design Solutions Convertedores: CBL – Companhia Brasileira de Latas/Sonoco For-Plas/Indeplast Usuário: Nestlé
Categoria: Ecodesign Produto: Natura Ekos – Óleos Trifásicos Vencedor: Natura Design: Natura Convertedores: BahiaPet/AB Plast Usuário: Natura
Natura
Projeto Pack Ball
EMPRESA DO ANO
MÓDULO ESTUDANTE
Cláudia Leidinger
evento >>> embala nordeste
Mais que promessa Feira de embalagem mostra força da região para o setor Por Wilson Palhares
A
segunda edição da Embala Nordeste Feira Intermacional de Embalagens, realizada entre 20 e 23 de agosto, constituiu-se, acima de tudo, numa confirmação de que a região é mais do que promissora para a cadeia produtiva de embalagem, como é aliás do conjunto da economia brasileira. O Nordeste cresce acima da média brasileira e, no campo específico do packaging, é um exemplo de grande dinamismo, pelo menos a julgar pelo que se viu na feira realizada no Centro de Convenções de Olinda, em Pernambuco. O evento foi 60% maior do que a primeira edição, no ano passado, e teve mais de 250 expositores, dos quais aproximadamente dois terços originários de Estados do Sul e do Sudeste do país, numa clara evidência do interesse das empresas fornecedoras em ganhar espaço na região. Os restantes 20% eram, em sua quase totalidade, empresas de Pernambuco, mais algumas oriundas de Estados vizinhos. No entanto, segundo Luiz Fernando Pereira, diretor da Greenfield Promotions,
60 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2007
empresa organizadora do evento, a presença de empresas regionais aumentou expressivamente em relação a 2006. “Devido aos investimentos que vêm sendo feitos em infra-estrutura no Nordeste, com ênfase na petroquímica, várias empresas de diferentes segmentos de consumo estão se instalando na região, daí a percepção da importância estratégica da área pelos fornecedores de matérias-primas, embalagens e seus insumos” Essa percepção, aliás, é manifestada também por empresas regionais, que tratam de ocupar espaços cobiçados por concorrentes do Sul e do Sudeste do país. De acordo com outro diretor da Greenfield, Jayme Wiss, “isso é evidenciado pelo aumento do interesse de fornecedores locais em estarem presentes na Embala Nordeste 2008, que já vendeu 70% do espaço”. A feira fechou seu balanço final com aproximadamente R$ 380 milhões em compras de máquinas e serviços. O destaque ficou com a área gráfica, o Graphium Show, que comercializou quase todas as oitenta máquinas expostas por diferentes empresas.
E
m parceria com a organizadora da Embala Nordeste, a Greenfield, EMBALAGEMMARCA empreendeu na Embala Nordeste uma ação institucional e ao mesmo tempo didática. Foi a mostra Espaço Almanaque – Memória da Embalagem, constituída pela reprodução, em tamanho ampliado (0,80m x 1,20m), de dezesseis páginas da seção Almanaque, publicada regularmente nas edições mensais da revista e prestigiada com um dos mais elevados índices de leitura. Não foi diferente no evento, onde os painéis constituíram, num estande de 42 metros quadrados, uma atração. Muitos visitantes descobriam com surpresa fatos e curiosidades sobre as embalagens e as marcas de produtos de consumo brasileiros e estrangeiros, às vezes relacionados a épocas passadas de suas vidas. Nesse sentido, EMBALAGEMMARCA enten-
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Institucional e didática de que, sem a pretensão de registrar de forma “científica” a história das embalagens e das marcas, atingiu um dos objetivos da iniciativa: mostrar a importância, geralmente ignorada, da embalagem como instrumento de preservação da memória da sociedade. O conceito básico da mostra, como constava do painel de apresentação, foi o de que “a História não é feita apenas de gestos políticos; os objetos produzidos pelas pessoas no trabalho diário, entre eles as embalagens, também a contam”. Do ponto de vista institucional, o Espaço Almanaque cumpriu o objetivo de reforçar a imagem de marca da revista.
codificação >>> medicamentos
Remédio com RG Roche cria sistema de identificação e rastreamento para seus fármacos
PROCEDÊNCIA GARANTIDA Selo de identificação da Roche assegura rastreamento do produto
62 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2007
do produto, registraremos que determinados números de série referem-se a produtos não-validados pela Roche”, explica Fábio Bellucio, gerente de Distribuição e Serviços a Clientes da farmacêutica. Aí a empresa não garante mais a qualidade nem a procedência desses medicamentos.
Identificação individual De acordo com Bellucio, a grande diferença do RocheID para o sistema de marcação de lotes com números e data está na possibilidade de identificar os cartuchos individualmente. “A marcação em lote não permite reconhecer cada unidade. Ou seja, se temos 1 000 cartuchos de um produto, eles não podem ser diferenciados entre si. Quando há um problema em uma caixa, o lote todo está comprometido”. Como o Roche ID cria um RG único (constituído de número de série e número aleatório) para cada cartucho, “é possível rastrear uma caixa de remédio suspeita em um distribuidor ou clínica, e podemos afirmar com certeza se aquele produto é oriundo de roubo ou extravio”, ressalta o gerente da Roche. Inicialmente, o novo sistema de identificação foi implantado para medicamentos de uso controlado por clínicas e hospitais e de preço mais alto. A Roche tem planos para ampliar o RocheID para outros produtos vendidos ao consumidor final, porém ainda estuda a viabilidade de custos. “Mas o sistema, sem dúvida, dificultará roubos e falsificações, o que nos faz crer que iremos implantar a identificação individual para produtos de varejo”, conclui Belucci. A Roche diz que o novo sistema de identificação provocou aumento de custo de “apenas alguns centavos” por embalagem, o que, segundo a empresa, é muito pouco se comparado ao alto valor dos produtos. A farmacêutica não informou quem fornece as etiquetas. (FP)
FOTOS: DIVULGAÇÃO
A
Roche é a primeira indústria farmacêutica do país a lançar um sistema de identificação de medicamentos, batizado de RocheID. Cada caixa dos remédios Herceptin, MabThera e Xeloda, para tratamento de oncologia e hematologia, levará um código único, como se fosse um RG. A criação do sistema tem como objetivo rastrear a procedência dos medicamentos para diminuir a falsificação e o roubo de cargas. A clínica ou hospital que adquirir o remédio poderá imediatamente validá-lo via internet, evitando a aquisição de medicamentos de origem suspeita e, conseqüentemente, prejuízos aos pacientes. No novo sistema de identificação é aplicado um selo auto-adesivo de segurança em cada embalagem dos produtos. O selo tem um número de série seqüencial, visível, e outro número aleatório associado ao primeiro, oculto em uma raspadinha. Essa associação é sigilosa e somente quem a possui é a Roche. Dessa maneira, quando o cliente recebe o produto, terá a opção de validá-lo, raspando e descobrindo o número oculto, e em seguida, informando-o à Roche, via telefone ou internet. Como elementos adicionais de segurança, a etiqueta possui fundo numismático (fundo formado por linhas sinuosas, que dificulta falsificações), linha louca (também chamada de “linha de segurança”, é uma série de desenhos lineares, com inscrições em letras pequenas) e tinta termocrômica. Quando há a tentativa de remoção do selo, o cartucho do medicamento é danificado. “Outro ponto importante é que a cada expedição autenticamos quais números de série (RocheID) estão associados a cada nota fiscal. Assim, em caso de roubo ou extravio
artigo >>> série temas estruturais
Marca, packaging e embalagem como publicidade O poder de fogo da embalagem vem aumentando, e a publicidade representa hoje papel mais natural do que o que tinha há cinqüenta anos, quando se acreditava que um mercado podia ser inventado a partir dela Por Victor Basso (*)
É
interessante ver a evolução do conceito das marcas de mercado e o packaging (1) no tempo. O packaging moderno, expresso como ciência da engenharia aplicada às embalagens, começou em 1860. Antes disso, havia apenas garrafas de vidro que eram utilizadas para vender bebidas ou medicamentos e as velhas latas de estanho grosso, pois as lâminas finas ainda não tinham sido inventadas. Os ícones da época inicial foram: Quaker Oats, que acondicionou pela primeira vez a aveia enrolada em uma caixa de cartolina; a Cadbury, que já embalava seus chocolates em duas folhas – uma de papel e outra de estanho, exemplo seguido pela Uneeda (biscoitos), que juntou os dois conceitos: caixa e lâminas; a Borden e a Campbell Soup, com latas para leite condensado e molho de tomate; e também a Heinz, com seu ketchup em garrafas, em 1876. Em plena Revolução Industrial, as famílias se mudavam do campo para viver nas cidades grandes, onde a venda deixava de ser realizada de forma personalizada pelo comerciante e amigo de antigas relações. Uma pessoa conhecida podia nos vender commodities, fracionadas no momento. Mas esta realidade já não existia, e era necessário transitar da venda subjetiva à objetiva. Agora, havia
um campo propício para o surgimento de novos fatores: as marcas, a embalagem e a publicidade. O packaging evoluiu a partir da Revolução Industrial. As marcas foram a resposta à desconfiança em relação à venda por desconhecidos ou em relação à compra sem ajuda de alguma pessoa, com o aparecimento dos supermercados (1922). A marca era o compromisso de um industrial de que o produto teria sempre a mesma qualidade, o que possibilitou a venda objetiva, na qual a embalagem cumpriu o papel do vínculo emocional que tinha sido perdido. Por fim, a publicidade permitiu a divulgação dos produtos novos que iam sendo criados. Estes três novos elementos juntos – marca + publicidade + packaging – é que permitiram um desenvolvimento fenomenal e a entrada de um leque de produtos novos no mercado. Ou seja, as marcas criaram uma imagem através do valor agregado que os clientes viam nelas e se diferenciavam por serem únicas e singulares, mas estavam sustentadas por uma consistência de resultados que lhe ofereciam confiabilidade. Os atributos da marca e do produto devem ser complementares (do mesmo tipo) e, se não forem, a marca deve ter atributos superiores que incluam os atributos do produto.
“Foram três elementos juntos (marca, publicidade e packaging) que permitiram a entrada de um grande leque de produtos novos no mercado”
64 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2007
As culturas que buscam muito a segurança produzem marcas com liderança muito forte e até monopólios. O oposto também é válido, ou seja, as culturas muito individualistas têm marcas com menos peso próprio. Quando o tipo de produto é novo para um consumidor, este confia mais na compra de uma marca conhecida. Quando incorporou o conhecimento desse tipo de produto, já se arrisca a provar novas alternativas com marcas que incorporem outras vantagens. Quando nos referimos ao conceito de marca, este pode ser de uma instituição, um produto, ou um indivíduo. O valor agregado que essa marca oferece é o principal, mas, para isso, ela deve poder se diferenciar, ou seja, ser única em seu segmento e, além disso, consistente, Vale dizer que precisa cumprir o que o consumidor espera dela a cada vez que a utiliza. Muitos dos atributos da marca não podem ser explicitados ou publicados, pois isso geraria desconfiança. Portanto, a embalagem tem aí a possibilidade de gerar uma complementaridade e/ou suplementaridade com sua própria marca. O poder de fogo da embalagem vem aumentando, e a publicidade representa hoje um papel mais natural do que o que tinha há cinqüenta anos, quando se acreditava que um mercado podia ser inventado a partir da publicidade. E, de alguma maneira, era isso que acontecia. Em um mundo no qual recebemos e enviamos milhares de mensagens por dia e competimos por isso, é fácil entender a importância que a embalagem tem como mensagem direta na linguagem do consumidor.
Quando a referência for à embalagem de um produto será utilizado o termo “embalagem”. *) Victor E. Basso, diretor da EasyPack Ltda. e de Victor Basso & Associados Consultoria Ltda, e ex-presidente da Emzo S/A, é engenheiro mecânico formado pela Universidad del Sur, da Argentina. Atua há 36 anos no mercado de embalagens. Mora no Brasil desde 2002. Para saber mais, acesse www.victorbasso.com
(1) O termo “packaging” é aqui utilizado pois seu uso é generalizado, tanto como “marketing”, e será aplicado para expressar conhecimentos ou ciência das embalagens. setembro 2007 <<<
EmbalagemMarca <<< 65
Termômetros sob vigia RR etiquetas importa dos Estados Unidos etiqueta que controla temperatura
E
tiquetas auto-adesivas dotadas de microchip, mas que não se destinam a aplicações de identificação por radiofreqüência (RFID, na sigla em inglês). Essa é a aposta da convertedora RR Etiquetas, que recentemente anunciou o lançamento da RR TXi, etiqueta com circuito próprio voltada a aplicações de medição de temperatura de produtos sensíveis durante processos logísticos. O produto pode ser fixado a paletes ou embalagens de despacho, permitindo registrar alterações de temperatura e indicar, em tempo real, se os produtos estão sendo transportados adequadamente. “A solução é capaz de fornecer uma leitura precisa da temperatura do ambiente durante todo o processo de transporte de produtos frigorificados, congelados e resfriados”, exemplifica Ronald Sagula, gerente de desenvolvimento de novos produtos da RR Etiquetas. Importada dos Estados Unidos, onde é conhecida como Pak Sense, a tecnologia tem entre seus mercados-alvo principalmente alimentos e bebidas frescas. Mas medicamentos e até sangue para transfusão também podem ser monitorados com a RR TXi. Para que funcione corretamente, a etiqueta precisa ser pré-programada de acordo com a faixa de temperatura especificada para cada produto. A tarefa é tão simples quanto a aplicação da etiqueta, garante Sagula. “O próprio cliente ou seu operador logístico podem fazer a programação”, salienta. Antes de o lote de produto ser embarcado, a etiqueta deve ser ativada, dobrando-se um dos seus vértices. Uma das maneiras de fazer a leitura dos dados se dá através de emissores de luz localizados na própria etiqueta. A cor verde indica que o produto esteve sempre dentro dos parâmetros aceitáveis e o amarelo é sinal de alerta quanto a possíveis desvios. O procedimento é útil para o pessoal que
GUARDIÃ Mudanças de temperatura podem ser checadas em sensores de luz e a partir de microchip
descarrega a mercadoria e para o pessoal de qualidade, em virtude da facilidade visual proporcionada. A etiqueta também gera relatórios detalhados das mudanças de temperatura ocorridas Neste caso, as variações precisam ser descarregadas numa planilha de computador a partir de uma tecnologia de leitura que a RR Etiquetas também está oferecendo. “Isso favorece a identificação, com precisão, do momento exato em que houve desvios das especificações de temperatura e por quanto tempo, permitindo resolver problemas de custo de distribuição e tomar melhores decisões sobre segurança do produto”, ressalta Sagula. (LH) RR Etiquetas (11) 6525-9000 www.rretiquetas.com.br
Quatro décadas de inovações Fundada em 1967, a Prakolar completou 40 anos no dia 28 de agosto. Para marcar a data, a empresa, uma das maiores fabricantes de rótulos auto-adesivos da América Latina, com parque gráfico instalado de 5 000 metros quadrados, lançou um selo comemorativo. No carimbo alusivo aos serviços do Correio, a peça divulga o que a Prakolar define
66 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2007
como dois de seus principais valores: qualidade e segurança. Baseada na capital paulista, a convertedora atua em diversos segmentos, incluindo farmacêutico, veterinário, cosméticos, higiene e limpeza, químicos, automotivos, alimentício e bebidas. Prakolar (11) 6291-6033 www.prakolar.com.br
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Prakolar completa 40 anos e lança selo comemorativo
Edição: Leandro Haberli
Das telas para os correios Papéis especiais da Stora Enso são usados na produção de selos auto-adesivos com personagens da série Star Wars A divisão de papéis especiais da Stora Enso divulgou nota em que afirma ter fornecido os materiais auto-adesivos usados nos selos que comemoram os 30 anos da série cinematográfica Star Wars. As linhas OptiLabel e LumiSil, também usadas na produção de rótulos de embalagens, foram as escolhidas para o projeto, que conta com quinze selos diferentes, contemplando personagens dos seis episódios. O pacote está sendo vendido pela companhia americana de correios (United States Postal Service) por 6,15 dólares. HIBRIDISMO Linhas OptiLabel e LumiSil, também usadas para rótulos, constituem a base dos selos
Stora Enso No Brasil: (11) 3065-5200 www.storaenso.com
Termoencolhíveis para todos (ou quase)
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Sleever desta tecnologia flexo UV para pequenos e médios Depois de fazer barulho no mercado de auto-adesivos, as tecnologias de impressão voltadas a pequenas e médias tiragens estão se popularizando no mundo dos rótulos termoencolhíveis. Além dos equipamentos digitais, os convertedores começam a anunciar impressoras flexográficas igualmente voltadas a pedidos menores. A empresa da vez a anunciar soluções para esse nicho é a francesa Sleever. Uma das pioneiras no mercado mundial de heat shrink labels, a convertedora afirma estar trabalhando com uma nova técnica de impressão flexográfica UV de até dez cores para o atendimento de pequenos e médios pedidos. Resultado de 36 meses de desenvolvimento,
o processo permitiria “reprodução impecável” de textos e imagens. “A tecnologia UV flexo também otimiza a cadeia de suprimentos, resultando na diminuição do prazo de entrega médio para entre duas e três semanas”, diz o departamento de marketing da Sleever. O foco nas baixas tiragens não elimina a possibilidade de a tecnologia ser usada por grandes indústrias usuárias de embalagem, tal como a Unilever, que no mercado europeu usa termoencolhíveis como solução de unitização de de sua linha capilar Seda. O acessório é impresso com a nova tecnologia UV flexo da Sleever. Sleever No Brasil: (11) 5641-3356 www.sleever.com
68 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2007
UNITIZADOS – Na Europa, linha Seda usa tecnologia para venda casada
Sushi com sotaque dinamarquês Restaurante japonês de Copenhague adota embalagens inovadoras para take away Bandejas plásticas encaixadas umas sobre as outras, dentro de uma estrutura de papel cartão que, montada, vira uma sacola. Com alças e vazados laterais em formato de peixinhos, essa chamativa embalagem está sendo usada pela Denmark’s Sticks, rede de restaurantes japoneses de Copenhague, para a venda de refeições retiradas no balcão (take away). Revestido na superfície interna, o cartão é fornecido pela sueca Korsnäs. As embalagens são produzidas em quatro tamanhos, com gramaturas de 240g/m² a 410g/m². Na estrutura mais reforçada, o sistema suporta até 3 quilos. Korsnäs www.korsnas.com
REFORÇADA Estrutura de papel cartão da sueca Korsnäs suporta até 3 quilos
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Pioneiros e privilegiados
Contra os solventes
Brasileiros conhecem Roland que entrou para o Guiness
Sun Chemical anuncia tinta à base de água com custos competitivos
A MAN Ferrostaal organizou viagem à Alemanha para profissionais brasileiros do mercado de conversão e impressão de embalagens. Formada por 28 pessoas, a comitiva visitou sete fabricantes europeus de embalagens, além de ter sido recepcionada pelo presidente de máquinas planas da Roland, Marcos Rall. Durante o encontro, o grupo conheceu o show room da empresa e visitou a linha de produção das Roland´s 500 e 700. “Nosso objetivo foi apresentar as novidades da MAN Roland por meio de
gráficas que desenvolvem trabalhos com valor agregado e substratos diferenciados”, explica Lincoln Lopes, gerente de produtos da MAN Ferrostaal. Outro destaque da viagem foi a visita à gráfica Rosler Druk, cuja Roland 700 entrou para o livro dos recordes ao realizar 412 trocas de chapas num período de apenas 24 horas, totalizando 103 trabalhos. “Fomos o primeiro grupo latino a conhecer essa máquina em pleno processo produtivo, trocando seis chapas em 40 segundos”, salienta Lopes.
Reforço de peso Starlaser passa a distribuir softwares da belga Esko Distribuidora de soluções para a área gráfica, a Starlaser iniciou a representação no Brasil dos produtos da belga Esko Graphics, especializada em sistemas para a área de embalagens. “A Starlaser já é conhecida no segmento de embalagens”, diz Marcel Casarino, gerente de contas
da Esko para o Brasil. Os sistemas da empresa abrangem desde softwares para criação da arte à estrutura das embalagens, incluindo sistemas de gerenciamento de workflows que compreendem todo o processo produtivo. Star Laser (11) 3365-3890 www.starlaser.com.br
70 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2007
A fabricante de insumos gráficos Sun Chemical anunciou um produto que pode alterar paradigmas do mercado de tintas gráficas para embalagens flexíveis. Feito à base de água e específico para impressão flexográfica sobre filme de polietileno (PE), o lançamento foi desenvolvido na Alemanha, e está sendo divulgado como uma alternativa com custo competitivo na comparação com as tradicionais tintas à base de solvente. A tecnologia usa resinas solúveis em amina, e se adapta a velocidades de impressão superiores a 600 metros por minuto. As novas tintas também são uma resposta à crescente pressão de entidades ambientais para restringir o uso industrial de solventes. De acordo com a Sun Chemical, a partir IMPRESSÃO LIMPA de outubro, toda gráfica Tecnologia é uma européia que consumir resposta à crescente pressão de entidades mais de quinze tonéis ambientais para de solvente por ano restringir o uso industrial precisará investir em de solventes unidades de incineração ou encontrar produtos alternativos que substituam no mínimo 75% do uso de solvente. O apelo ambiental foi traduzido nos nomes comerciais dos novos produtos, que homenageiam duas espécies de peixe (Barracuda e Piranha), além de um mamífero cetáceo que ocorre nos mares do hemisfério norte (Beluga). “Esses três produtos oferecem boa qualidade de impressão e representam significativa economia em relação às tintas de base solvente”, ressalta Erik Segers, gerente da divisão de tintas líquidas da empresa. Sun Chemical No Brasil: (11) 6462 2500 www.sunchemical.com
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(11) 5523-4011
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Qualy Print
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27 e 29
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Rio Polímeros
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SIG Combibloc
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72 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2007
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Almanaque COISAS DE LOIRAS Não dava para piscar Skol, a cerveja mais vendida no Brasil, tem na fidelidade de seus consumidores um contraste com a conotação dada ao substantivo sueco, dinamarquês e norueguês para “vasilha”, que representa a marca. Diz a lenda que a tradição de olhar nos olhos dos presentes ao fazer-se a saudação que antecede as libações, como mandam as normas de etiqueta, se deve a antiqüíssimo hábito dos vikings. Aqueles bárbaros da antiga Escandinávia proferiam a palavra antes de entornar o que estava em suas skol. Viking que se prezasse não
era dado à moderação. Por isso suas “vasilhas” eram de tamanho avantajado, a ponto de cobrir os rostos dos bebedores ao serem entornadas. Belicosos até entre si e costumeiros em atacar sem prévio aviso, cada um cuidava de sorver suas talagadas sem tirar pelo menos um dos olhos dos companheiros de beberagem. A Skol foi lançada nos anos 1960 por uma empresa dinamarquesa. No Brasil, a Cervejaria Rio Claro lançou o produto sob licença, e na seqüência a Brahma adquiriu a marca para uso exclusivamente no país.
Há vinte anos ela já sabia A cerveja Malt 90, lançada com pompa pela Brahma para promover o festival musical Rock In Rio (ou seria o contrário?), em 1985, jamais caiu no gosto popular. Durou pouco tempo no mercado, penando com um trocadilho jocoso com seu nome. No entanto, a marca continua sendo lembrada como emblemática pelos nostálgicos dos anos 80, e, mais recentemente, foi trazida à baila por um fato curioso. Circula, no portal de vídeos YouTube, o resgate de
um antigo filme publicitário da Malt 90 em que passageiros, estressados com a morosidade do embarque num avião, recorrem à cerveja para matar tempo de modo prazeroso (abaixo, quadros do comercial). Para os mais espirituosos, tratavase de uma previsão do atual caos aéreo brasileiro – e um atestado de que a Malt 90, alardeada em seu lançamento como uma “cerveja à frente de seu tempo”, não vivia de propaganda enganosa...
Uma história de embalagens Uma boa contribuição para a difusão do conhecimento das embalagens e para seu uso consciente vem de Minas Gerais. Para comemorar seu 64º aniversário de fundação, o Sinpapel – Sindicato das Indústrias de Papel e Papelão daquele Estado lançou em 10 de agosto último a cartilha ambiental intitulada A Evolução da Embalagem – Informações para uma Nova Geração de Consumidores Conscientes. É fruto de minuciosas pesquisas técnicas e históricas das pesquisadoras e ambientalistas Deborah Munhoz e Nícia Mafra e do presidente da entidade, Antônio Eduardo Baggio. A cartilha está sendo distribuída gratuitamente a todas as classes de quinta série do ensino fundamental das escolas públicas mineiras. Contatos:
[email protected]
Mais uma da série “o patrão não ouviu”
IMAGENS: REPRODUÇÃO
Em meados da década de 1920, trabalhando na Kroger Stores, uma cadeia de pequenas mercearias, o americano Michael J. Cullen desenvolveu a idéia de uma loja espaçosa, com prateleiras para clientes se auto-servirem de mercadorias pagas na saída da loja, em caixas expressos. Entusiasmado, Cullen escreveu uma carta ao presidente da Kroger contando sua idéia, mas não obteve resposta. Demitiu-se e investiu na idéia, abrindo em 1930, em Nova York, o King Kullen – considerado o primeiro supermercado do mundo. Seis anos depois, quando Cullen morreu subitamente, o King Kullen já tinha dezessete lojas e um faturamento anual de 6 milhões de dólares, uma fábula para a época.
74 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2007