Revista Embalagemmarca 049 - Setembro 2003

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  • Words: 14,472
  • Pages: 52
Ano V • Nº 49 • Setembro 2003 • R$ 6,00

www.embalagemmarca.com.br

Embalagens podem agregar valor e multiplicar compras por impulso

BANDA ESTREITA IMPULSIONA FLEXOGRAFIA • CACHAÇAS EM PAUTA

Pela memória da embalagem

U

A evolução das embalagens e das marcas revela parte importante da trajetória da sociedade de consumo em que hoje vivemos

m ano atrás, quando planejamos lançar uma edição Especial de Almanaque, reproduzindo páginas da seção de mesmo nome publicada regularmente na última página da revista, movia-nos o interesse em dar uma contribuição para a memória das embalagens e das marcas no mundo e, principalmente, no Brasil. Aquela iniciativa agradou muito os leitores, dos quais passamos a receber inúmeros pedidos para repetir a dose. Anuncio que já estamos elaborando o Almanaque EMBALAGEMMARCA número 2. Aguardem! Quero aproveitar para rei-

terar uma espécie de convocação que temos feito em todas as oportunidades: que as empresas contribuam para a consolidação dessa memória. Como dissemos na apresentação daquela edição histórica, os registros que mostram a evolução das embalagens e das marcas revelam parte importante da trajetória da sociedade de consumo em que hoje vivemos. Por isso, as páginas de EMBALAGEMMARCA, que já vêm dando uma contribuição, ainda que modesta, à tarefa de resgatar uma parte daquela trajetória, estão abertas para publicar fatos

nem sempre muito conhecidos e fotografias de embalagens que ajudem o Brasil a se conhecer um pouco melhor. Nessa linha, faço aos demais veículos especializados da área uma sugestão construtiva (embora os hábitos comerciais vigentes recomendassem que lhes déssemos o máximo possível de maus conselhos): entrem nessa cruzada, ajudem a resgatar a memória da embalagem brasileira, com reportagens, seções específicas, edições especiais. Até outubro.

Wilson Palhares

setembro 2003

Diretor de Redação Wilson Palhares [email protected]

8

ENTREVISTA Luiz Cláudio Cury, presidente da Ampaq (Associação Mineira dos Produtores de Cachaça de Qualidade), comenta importância do esmero e da diferenciação visual para a bebida

22

Reportagem

IMPRESSÃO As inovações em equipamentos de banda estreita ampliam os horizontes da flexografia

[email protected]

Flávio Palhares [email protected]

Guilherme Kamio [email protected]

Leandro Haberli [email protected]

Colaboradores Josué Machado e Luiz Antonio Maciel Diretor de Arte Carlos Gustavo Curado [email protected]

12

Assistente de Arte José Hiroshi Taniguti

MAKING OF Como foram criadas as embalagens dos produtos da Natura que usam o apelo da brasilidade

Administração Marcos Palhares (Diretor de Marketing) Eunice Fruet (Diretora Financeira) Departamento Comercial [email protected]

32

Karin Trojan Wagner Ferreira

PRÊMIO Quais foram os ganhadores deste ano do Prêmio Abre do Design & Embalagem

Circulação e Assinaturas Marcella de Freitas Monteiro [email protected] Assinatura anual: R$ 60,00

Público-Alvo EMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais que ocupam cargos técnicos, de direção, gerência e supervisão em empresas fornecedoras, convertedoras e usuárias de embalagens para alimentos, bebidas, cosméticos, medicamentos, materiais de limpeza e home service, bem como prestadores de serviços relacionados com a cadeia de embalagem.

3

Editorial

Filiada ao

42 44

ICES O PET busca um lugar na noite

Movimentação na indústria de embalagens e seus lançamentos

6

48

Novidades do setor, da criação ao acabamento de embalagens

38

49

Mercado

Lançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagem

Antilhas inaugura fábrica up to date com o estado da arte

43

50

Marcas

Dilemas no licenciamento de personagens nos rótulos

4 – EMBALAGEMMARCA • set 2003

Impressão: Congraf

EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da Bloco de Comunicação Ltda. Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo Antonio - CEP 04718-040 • São Paulo, SP Tel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463

Painel Gráfico

Opinião, sugestões e críticas dos leitores

Display

Image Mate 115g/m2 (miolo) da Ripasa

Panorama

Pelo resgate da memória das embalagens e das marcas

Cartas

Impressa em Image Art 145 g/m2 (capa) e

Almanaque

Fatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens

FILIADA À

FOTO DE CAPA: STUDIO AG

16

CAPA: CANDIES Novos perfis de pontode-venda e busca por maior valor agregado aumentam importância das embalagens de confeitos e gomas de mascar

www.embalagemmarca.com.br O conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA é resguardado por direitos autorais. Não é permitida a reprodução de matérias editoriais publicadas nesta revista sem autorização da Bloco de Comunicação Ltda. Opiniões expressas em matérias assinadas não refletem necessariamente a opinião da revista.

Especial Luxo

P

arabéns pela primorosa edição Especial Luxo. Ela foi muito bem diagramada e apresenta excelente conteúdo. Agradecemos a inclusão dos nossos produtos Domina Suave e Segredo do Patriarca na belíssima reportagem sobre a cachaça, sem dúvida a bebida do Brasil. Régis A. Barros Casa Règis Armmont (ex-Destilaria Pedra do Cedro) Brumadinho, MG

V

ocês conseguiram o que eu julgava ser impossível: fazer uma edição especial de EMBALAGEMMARCA (Especial Luxo) que suplantou as normais em termos de qualidade. Acabei de recebê-la e adorei. está sensacional, em todos os sentidos. Nós, da Mega Plast, queremos sinceramente parabenizá-los, não só por essa fantástica edição, mas pela revista em si. Attilio Alemi Gerente Comercial Mega Plast S/A São Paulo, SP

P

arabéns pela edição Especial Luxo. Está primorosa . Alías, a revista tem sido sempre assim, tanto a impressão como o conteúdo. Fico feliz pelo amigo e torço pelo contínuo sucesso! Alexandre Côrte Cobram – Cia. Brasileira de Marketing São Paulo, SP

P

rimeiramente, gostaria de parabenizar EMBALAGEMMARCA pela

6 – EMBALAGEMMARCA • set 2003

Edição Especial Luxo. Agradeço a citação de nossa empresa na matéria “Em Pé nas Gôndolas”, na página 71 (Café Três Corações). Gostaria apenas de informar que o nome correto de nossa empresa é Embalagens Flexíveis Diadema, e não Diadema Embalagens, como citado na reportagem. Certa de contar sempre com o apoio da EMBALAGEMMARCA, agradeço a atenção. Patricia Metropolo Marketing Embalagens Flexíveis Diadema São Paulo, SP

Apesar de o primeiro semestre ter sido bem devagar, estamos muito otimistas quanto aos próximos meses, esperando fechar o ano com chave de ouro. Torcemos para que EMBALAGEMMARCA feche o ano de forma esplendorosa. Valdivo Begalli Cebal do Brasil Ltda Mogi das Cruzes, SP N. da R.: Na citada reportagem, o telefone da representante brasileira da suíça Aisa (Titana Tecnologia) foi erroneamente informado. O número correto é (19) 3281-2441.

Referência no segmento

C

ada edição de EMBALAGEMMARCA surpreende os leitores pela qualidade do material apresentado. A revista cresce a cada número, tanto no que se refere ao conteúdo quanto à apresentação gráfica e à qualidade do material publicitário. Seus anúncios inovam e acrescentam informações importantes para o leitor especializado, mostrando novos filmes, papéis, ilustrações e até pequenos objetos, como o atraente caminhãozinho da Lingraf. EMBALAGEMMARCA torna-se, assim, a publicação de referência no segmento de embalagens. Quero me referir, também, na edição de agosto, à correta matéria de capa sobre marcas próprias, que revela o crescimento desse tipo de produtos, antes vistos como de segunda linha pelos consumidores. Aguardo, com interesse, a próxima edição! Antonio Alberto Prado Consultor em Comunicação Empresarial São Paulo, SP

Quarto aniversário

P

arabéns pelos quatro anos de EMBALAGEMMARCA! Que vocês continuem brindando os leitores com essa publicação de alto nível por muitos e muitos anos. Ernani Paulino Filho Diretor – Packnology! Campinas, SP

P

arabéns pelo quarto glorioso aniversário do “principal referencial jornalístico da cadeia de embalagem”. Que o sucesso continue e aumente! Nemércio Nogueira Diretor – RP Consult São Paulo, SP

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MBALAGEMMARCA é a melhor revista sobre embalagem. Continuem assim! Sucesso para todos. Carlos Honda Estudante Unopar – Universidade do Norte do Paraná Londrina, PR

Bisnagas plásticas

Sonho cor de rosa

m nome da Cebal Brasil gostaria de parabenizá-los pela ótima reportagem de capa sobre o mercado brasileiro de bisnagas (EMBALAGEMMARCA nº 47) e agradecer a ajuda de vocês no processo de divulgação de informações esclarecidas e confiáveis.

cabo de receber sua primorosa revista e ela me fez ficar nostálgica com a matéria sobre o refrigerante da minha terra, o Guaraná Jesus (EMBALAGEMMARCA nº 46, junho de 2003). O sonho cor de rosa é realmente um exemplo de resistência e preservação de uma marca. As

E

A

pessoas consideram a cor rosa kitsch, mas acho que seu grande sucesso advém disso. Além do mais, é um chazinho de canela gaseificado que evoca boas lembranças da infância. Parabéns pela revista! Marilane Borges Embaixada da França no Brasil – Ubitec França – Bureau de Divulgação das Empresas e Tecnologias Francesas São Paulo, SP

Almanaque

G

ostaríamos de parabenizá-los pela seção Almanaque. A cada número ela se torna ainda melhor. Ana Cláudia Konichi/Luiza Estima Estima Comunicação Empresarial São Paulo, SP

Embalagens com braile

P

osso estar errado, mas não conheço e nunca vi embalagem de

qualquer produto na qual a preocupação com o consumidor deficiente visual seja lembrada. Será que o deficiente visual não merece uma atenção por parte dos especialistas em marketing e embalagens? Vamos olhar esse consumidor! José Rogério Rodrigues Mo Administrador de empresas Duque de Caxias, RJ N. da R.: Algumas empresas já gravam informações em braile em rótulos e em em cartuchos de papel cartão de seus produtos, como EMBALAGEMMARCA já mostrou em reportagens. De qualquer forma, fica o recado para aquelas que ainda não implementaram esse serviço.

Correções: Na nota sobre a participação da PP Payne na Fispal (edição nº 47, página 34), informamos incorretamente o nome de um dos produtos atendidos pela empresa. Onde se lê Fari-

nha Láctea Nestlé, leia-se Farinha Láctea da Unilever Bestfoods. Na reportagem “Sem Medo do Frio” (edição nº 46, página 14) o design gráfico das latinhas da cerveja Itaipava foi desenvolvido pela Mediterrânea Pantani, e não pela agência a10 Design, como publicado. MENSAGENS

PARA

EMBALAGEMMARCA

Redação: Rua Arcílio Martins, 53 CEP 04718-040 • São Paulo, SP Tel (11) 5181-6533 Fax (11) 5182-9463 [email protected] As mensagens recebidas por carta, email ou fax poderão ter trechos não essenciais eliminados, em função do espaço disponível, de modo a dar o maior número possível de oportunidades aos leitores. As mensagens poderão também ser inseridas no site da revista (www.embalagemmarca.com.br).

entrevista

“Vale a pena investir em marca” mbora a produção de cachaças artesanais possa ser vista em grande parte das regiões interioranas do país, os alambiques espalhados pelo ondulado solo mineiro têm a fama de destilar a mais pura aguardente de cana que o país oferece. Abrigando mais de 8 000 produtores, o Estado provê grande parte das marcas de cachaças que são vendidas em bares e restaurantes de grandes cidades do país a preços que às vezes não deixam a dever para o de bebidas como conhaques, uísques e vinhos. No centro desse processo de valorização está a Ampaq – Associação Mineira dos Produtores de Cachaça de Qualidade. Uma das primeiras organizações que despertaram para a necessidade de consolidação da imagem da cachaça como um produto de qualidade, capaz de competir no mercado brasileiro e internacional com outras categorias de bebidas, a entidade está completando quinze anos convicta de que é possível expandir o contingente de consumidores da bebida. Luiz Cláudio Cury, presidente da Ampaq, fala nessa entrevista sobre a importância da embalagem como elemento de diferenciação das cachaças premium, além de relatar as queixas do setor quanto à falta de opções no fornecimento de garrafas adequadas para esse tipo de produto. “É um ponto crítico para nós, pois sem uma boa estratégia de marketing visual, nunca competiremos em igualdade com outras bebidas finas”, ele diz. As principais diferenças entre as cachaças artesanais e as cachaças industriais, além do apreço de grandes personalidades da política nacional pelo mais legítimo destilado brasileiro, são comentados por Cury a seguir.

DIVULGAÇÃO

E LUIZ CLÁUDIO CURY, presidente da Ampaq Associação Mineira dos Produtores de Cachaça de Qualidade -, analisa a importância do marketing visual no processo de aumento do contingente de consumidores e na estratégia de valorização da aguardente de cana 8 – EMBALAGEMMARCA • set 2003

De uns tempos para cá está se firmando a convicção de que as exportações de cachaça passam por um boom e que vão disparar. Essa expectativa tem fundamento? Acreditamos num futuro promissor para

nossas exportações, embora as vendas para fora representem apenas 1,2% dos cerca de 1,3 bilhão de litros de cachaça produzidos a cada ano no Brasil. A expectativa otimista se baseia no crescimento da procura. As remessas vêm aumentando com a ajuda de novos mercados. O continente asiático, por exemplo, vem sinalizando crescente interesse pela cachaça brasileira. Mas, além de ampliar mercados, precisamos aumentar as exportações de produto acabado. Hoje cerca de 30% das remessas de cachaças chegam lá fora em tonéis. As empresas estrangeiras é que acabam engarrafando a bebida e vendendo-a com a marca delas. É um processo que acontece principalmente com as cachaças industriais, até porque elas respondem pela quase totalidade de nossas exportações.

importante dentro dessa trajetória está sendo concretizado agora. É o lançamento de uma marca única de cachaças do Sistema Ampaq. Essa marca é fruto de uma cooperativa central, que reúne pequenos produtores. A idéia é agregar qualidade e volume, além de permitir que esses produtores sejam incorporados pelo mercado formal de cachaça. Para se ter idéia, Minas Gerais tem hoje 8 500 alambiques, dos quais 85% são clandestinos. Acreditamos que essa medida pode contribuir muito para a geração de empregos e a fixação dos trabalhadores no campo. É uma iniciativa que deveria ser seguida por outros Estados. Aqui em Minas, quando o governador Aécio Neves conheceu o projeto, se encantou, e deu ordens para todos os seus secretários nos apoiarem.

Quais são as diferenças entre “cachaça artesanal” e “cachaça industrial”? Primeiramente, uma cachaça artesanal utiliza cana-de-açúcar livre de agrotóxico e cuja colheita não é feita mediante a queima do canavial. O preparo do caldo e a própria fermentação também são diferentes. Não é permitido a uma cachaça artesanal adicionar qualquer aditivo químico para acelerar seu processo de fermentação. Ele deve ser feito de maneira totalmente natural. Além disso, é necessário usar alambiques de cobre, e, no resultado da destilação, desprezar o que chamamos de cabeça e cauda. A cachaça artesanal utiliza apenas 80% do volume destilado. É o chamado coração do alambique. Por fim, a cachaça artesanal também precisa passar por um processo de envelhecimento, que é normalmente feito em tonéis de madeira.

Aliás, há notícias de que ele próprio é um apreciador de cachaças... Sim, mesmo porque a família Neves é uma tradicional produtora de cachaça, bem como a do vice-presidente, José Alencar. Sem dúvida (rindo), estamos bem amparados, agora precisamos agir. Até o Lula já declarou que adora uma cachaça, o que mostra que esse é definitivamente o grande momento da bebida.

Os produtores de cachaças artesanais precisam fazer seu dever de casa. Ou seja, apostar em estratégias de marketing e em embalagens que sejam capazes de divulgar a pureza e a qualidade de seu produto

Fale um pouco sobre o trabalho da Ampaq. Quais as mais importantes iniciativas da entidade hoje? A Ampaq foi fundada em 1988, para trabalhar em favor dos produtores de cachaça artesanal do Estado de Minas Gerais. Hoje evoluímos para o Sistema Ampaq, mas nosso objetivo se mantém o mesmo: primar pela qualidade da bebida. Um ponto muito

Em editorial em “Cachaça – Revista do Sistema Ampaq” de julho último, o senhor disse que a cadeia produtiva de cachaça em Minas Gerais “peca pela adoção de políticas individualistas, ...”. Por outro lado, empresas que produzem cachaça industrial queixam-se de que os produtores artesanais estariam criando uma discriminação perigosa ao fazer esse tipo de diferenciação. Argumentam que isso coloca seu produto num patamar inferior, prejudicando a imagem da cachaça em seu todo. Como o senhor responde a isso? Não nos cabe provar que nosso produto é melhor ou pior do que uma cachaça industrial. Essa avaliação deve ser feita pelo consumidor. O que temos de fazer é nosso dever de casa, ou seja, investir numa estratégia de marketing que seja capaz de divulgar as virtudes da cachaça artesanal. Não temos nenhum interesse em cultivar qualquer tipo set 2003 • EMBALAGEMMARCA – 9

o quanto é importante, e também altamente recompensador, investir em marca.

A embalagem dessas marcas vedetes em geral é muito pobre – uma garrafa de cerveja de 600ml, com tampa crown e rótulo pouco elaborado. Isso não pode vir a ser uma ameaça à marca, sobretudo quando se considera que nos bares e restaurantes há o costume de se dosar as cachaças na mesa, diante do consumidor? Como se dá a relação qualidade x preço no Por incrível que pareça, há clientes que gosmercado de cachaça? As cachaças pretam das garrafas de cerveja. Mas de uma mium devem custar necessariamente caro? maneira geral, a tendência é essa embalaNa minha visão, o conceito de cachaça pregem ser substituída. Afinal, o produto premium está um pouco distorcido. cisa ser mostrado ao consumidor, e Basta o preço estar lá em cima para para isso é necessária uma garrafa uma cachaça ser classificada dessa transparente. Não há dúvidas de que Nada justifica maneira. Na verdade, é preciso haver temos de investir em marketing vivender uma garrafa uma definição mais clara quanto a sual para a cachaça, adotando não só critérios de qualidade. E é exatamen- de destilado nacional garrafas, mas também rótulos, tama 200 reais. Por te isso que estamos fazendo na Ampas e embalagens secundárias cada paq. Nosso selo de qualidade é a prooutro lado, é preciso vez mais atraentes. No entanto, é preva de que na garrafa onde ele está ciso lembrar que, na parte específica tirar o chapéu aplicado há uma excelente cachaça das garrafas, há um problema grave para as cachaças artesanal. Para obter essa certificapara o setor hoje: a oferta é muito resção, o produto precisa passar por testrita. Há pouquíssimos modelos naque alcançaram tes que são feitos da maneira mais cionais disponíveis, e dependemos esse patamar de séria possível. O que posso dizer é basicamente de dois fornecedores. As preço, pois elas vêm opções importadas muitas vezes são que nem sempre as cachaças caras têm boa qualidade. excessivamente caras, de modo que mostrando que compensa fortalecer muitos produtores enfrentam dificulFalando em custo, há notícias de cadades para encontrar embalagens a marca chaças da região mineira de Salinas adequadas. sendo vendidas a mais de 200 reais a garrafa. O que justifica isso? A Pelo menos uma empresa estrangeimatéria-prima e o processo de produção ra está tentando ocupar espaço para a não são os mesmos dos de outras cachaças oferta de garrafas de luxo, para cachaças da região, vendidas a preços infinitamente que se colocam como produtos premium. menores? A embalagem não chega a ser diNa sua opinião, há espaço para isso? ferente. . . Sim, há espaço, principalmente para as esNormalmente isso tem relação com a traditratégias de exportação de cachaça, porque ção da marca e com o trabalho de markeas garrafas disponíveis hoje para isso são ting feito por seus produtores. É difícil demuito fracas. É uma promessa estimulante, finir como esses produtores conseguiram mas inicialmente essa empresa vai trabalhar isso, mas não há dúvidas de que é um precom distribuidores locais. A idéia é começo totalmente atípico. Pessoalmente acho çar a importar as garrafas, que chegariam que nada justifica vender um destilado nano Brasil custando uma média de 2 euros. cional tão caro. Mas também é preciso tirar Não são garrafas baratas, mas, em compeno chapéu para essas empresas, pois elas fisação, são produtos que têm uma aparência zeram um trabalho que de certa maneira excepcional, parecem feitos de cristal. Brinabriu as portas do mercado para a cachaça cadeiras à parte, numa garrafa dessas a caartesanal. Além disso, esses casos revelam chaça muda até de gosto…

10 – EMBALAGEMMARCA • set 2003

veja mais: www.embalagemmarca.com.br

de rixa com os produtores de cachaça industrial. Por ser mais cara e ter alguns valores agregados, a cachaça artesanal não concorre com cachaças industriais, e sim com bebidas como o conhaque, o uísque e o vinho. Se há algum tipo de desunião, ela precisa ser combatida. Afinal, as leis brasileiras são claras ao definir que cachaça é cachaça. Não há, desse ponto de vista, nenhum tipo de diferenciação.

making of

Brasilidade a toda prova S ão diversos os trabalhos de design nos quais alegadas influências das riquezas naturais e do folclore do Brasil acabam incorrendo em estereótipos ou descambando ao kitsch. A bem da verdade, essa constatação é só o pavio de uma discussão ainda longe de ter respostas definitivas: como ser original e genuíno ao se lastrear projetos de marcas, produtos e embalagens nos aspectos típicos do nosso

Água de Banho, da linha Ekos da Natura: cabaça como fonte de inspiração

Natura mistura materiais para embalar itens inéditos no país

país? Embora na teoria não haja consenso, não se pode negar que certos desenhos têm brasilidade convincente. Exemplos à mão são as embalagens de dois lançamentos da Natura em sua linha Ekos, o Perfume do Brasil e a Água de Banho. Voltadas ao público feminino, as duas novidades têm caráter inovador. O Perfume do Brasil carrega o pomposo nome por ser a primeira fragrância nacional categorizada como eau de parfum, pelos seus 18% de concentração. Na classificação própria do setor de cosméticos, o panorama brasileiro até agora só acolhia as colônias, a grande maioria, e as eaus de toilette, produtos de menor finesse. Por sua vez, a Água de Banho, para ser usada no corpo todo no pós-banho, também é, segundo a Natura, um produto inédito no país. Traz os mesmos componentes ativos do perfume, só que numa concentração de 5%. É a composição dos produtos, aliás, a principal justificativa da carona que o esmerado projeto das embalagens pegou em aspectos naturais e culturais tupiniquins. Ambos os itens trazem, em suas fórmulas, o breu branco, resina oriunda de uma árvore homônima nativa da floresta amazônica que, como salienta a Natura, está sendo utilizada pela primeira vez na perfumaria mundial, e o cumaru, semente de odor singular, também típica da região Norte.

Pedra e semente “Como essas especiarias são difíceis de serem extraídas, são preciosidades, buscamos, no desenvolvimento da embalagem primária do Perfume do Brasil, transmitir a imagem de uma jóia da natureza”, afirma Filomena Padron, designer da Natura que capitaneou o projeto. O re-

À guisa de uma semente, conjunto da edição de lançamento do Perfume do Brasil tem cerâmica artesanal como embalagem secundária

sultado foi um frasco de vidro, de 30ml, com formato que remete a um seixo (pedra de rio). “Essa relação dá a idéia de um objeto trabalhado, lapidado pela natureza”, explica a profissional. Para a obtenção do frasco, foram feitos testes com vidrarias nacionais. Os protótipos, porém, não “casaram” com as especificações do projeto. A saída foi buscar uma solução no exterior, obtida com a tecnologia da francesa Pochet, como relata Filomena. O recipiente de vidro ficou, então, como o único componente estrangeiro no projeto. Vale detalhar que o frasco não possui válvula acoplada, já que é indicado para ser usado atrás das orelhas e dos punhos. Numa edição especial de lançamento, compreendida por 30 000 unidades, uma cerâmica artesanal exclusiva, criada pelo joalheiro Renato Camargo com base em trabalhos indígenas e saída da olaria Cores da Terra, funciona como embalagem secundária do Perfume. Para proteger o frasco, esse “berço” é forrado com palha natural de folha de coco. “O conjunto segue o conceito de uma semente: por fora há uma casca bruta, rústica, que protege o núcleo, a essência que origina a vida”, observa Filomena, ressaltando que a mistura de materiais “revela a miscigenação típica do Brasil”.

PET para a toalete Já para a outra novidade, a Água de Banho, priorizou-se um recipiente plástico. Isso porque o produto é indicado para ser aplicado no pós-banho, ainda no banheiro, onde o manuseio de recipientes de vi-

dro pode representar risco. Assim, a Água ganhou um recipiente plástico de inusitado formato irregular, de 360ml. Seu desenho, curvilíneo e retorcido, remete às formas de cuias, cabaças e moringas. Filomena conta que essa idéia “veio da lembrança de que em diversas regiões do Brasil há o costume de se transportar e de se guardar água nesses objetos”. Devido à concepção assimétrica e ao gargalo afunilado, que deveria ser centralizado para permitir o envase, o sopro do frasco representou uma prova de fogo para a fabricante dos recipientes. “Foi um trabalho desafiador, pois nos deparamos com um frasco tecnicamente difícil de ser soprado e estirado”, comenta André Bornschein Silva, diretor executivo da provedora catarinense de embalagens AB Plast. “Levamos cerca de sete meses entre a adequação do projeto, a confecção e os ajustes do molde, tryouts e testes de decoração, até iniciarmos a produção da embalagem”, ele reconstitui. Vencida a complexidade do formato,

AB Plast (47) 451-9103 [email protected] Bristol e Pivaudran (11) 6465-7000 www.bristolepivaudran.com.br Cores da Terra (73) 537-2281 www.coresdaterra.com.br Greco Prete (11) 3659-5599 www.embalagensgreco.ind.br Ibema (42) 220-7400 www.ibema.com.br Pack Plan (41) 324-3151 Pochet (11) 4432-1350 [email protected] Rio Verde (47) 521-0440 www.rioverde.ind.br Ripasa 0800 113257 www.ripasa.com.br

Os frascos assimétricos em PET, com o gargalo afunilado e centralizado, levaram sete meses para ser desenvolvidos

14 – EMBALAGEMMARCA • set 2003

após baterias de testes em estações de sopro da grife japonesa Aoki, o fornecedor do frasco partiu, com o objetivo de valorizar ainda mais a apresentação do produto, para uma aproximação do frasco plástico com uma peça de vidro. Para isso, a espessura da parede do frasco foi aumentada, o que, além do efeito visual desejado, resultou numa embalagem mais resistente. O frasco da Água, como o do Perfume, também não possui válvula, e é vedado com uma tampa de alumínio “decorada por dupla anodização”, como informa Cláudio Miranda, gerente de vendas da Bristol e Pivaudran, fabricante do fechamento.

Quê de pirogravura Pontos em comum, nos frascos de vidro e de PET, é que seus corpos recebem inscrições em serigrafia, numa simulação de manuscrito e que, à primeira vista, parece resultar de pirogravura. No Perfume do Brasil, estão gravados os nomes do produto e dos dois principais componentes ativos; na Água de Banho, apenas estes últimos. Cartuchos, fabricados pela Greco Prete, também entram no mix de embalagens dos produtos. O do Perfume possui em sua estrutura, dividida em base, tampa e berço, papelão ondulado da Rio Verde, micro-ondulado da Pack Plan e papéis cartão da Ibema e da Ripasa. Já o da Água da Banho é confeccionado inteiramente com papel cartão processado pela Ibema. A linha Ekos, aliás, segundo informações de bastidores, será a plataforma para o plano da Natura de ganhar maior internacionalização. Nesse objetivo, o Perfume do Brasil e a Água de Banho já nascem como potenciais xodós, ao que vale registrar que a Natura terá exclusividade no uso do breu branco em seus perfumes por dois anos. “São produtos que abrem uma nova etapa para a perfumaria nacional”, exalta Elisabete Pereira, gerente da linha Ekos, cuja expectativa para o mercado nacional é de que os dois novos produtos respondam, já neste segundo semestre, por quase um terço do faturamento da sua unidade.

reportagem de capa

mercado Investimentos em apresentação ajudam a valorizar chicles e balas Por Leandro Haberli

STUDIO AG

o longo dos anos, a idéia de que boas embalagens constituem um investimento incompatível com produtos de baixo valor agregado contribuiu para uma enxurrada de marcas de questionável apresentação nas gôndolas. As duras lições do mercado ensinaram, porém, que apresentação sedutora e sistemas de acondicionamento bem elaborados são imprescindíveis na maioria das seções de um supermercado. Mas perguntase: haveria espaço para diferenciação visual entre produtos de alto giro e que custam centavos, poucas vezes mais do que 1 real? O mercado de candies – confeitos, balas, dropes e gomas de mascar – vem provando que, a despeito do baixo valor unitário para o consumidor final, diferenciais de embalagem se tornaram realmente indispensáveis em quase todas as categorias do varejo. A pro-

gressiva atenção que as marcas do setor dispensam às suas apresentações pode ser explicada por vários motivos. Respondendo por 70% dos mais de 1,5 bilhão de reais que a venda de balas e chicletes movimenta a cada ano no Brasil, o público infantil sempre demandou dos fabricantes de candies constante reciclagem de apelos de venda, invariavelmente acompanhada por novas embalagens. Nos 30% restantes, ações com figurinhas, personagens lúdicos e brindes colecionáveis costumam ficar fora dos remanejamentos de marcas e produtos.

Aversão ao “mercado de moeda” Isso, porém, não significa que descuidos com apresentação passem desapercebidos. Na verdade, o público adulto vem sendo cada vez mais disputado, levando as empresas do setor a investir alto para distanciar suas marcas do chamado mercado de moeda e, assim, aumentar a rentabilidade com a ajuda de embalagens cada vez mais sofisticadas. Esse novo direcionamento tem ligação com o processo de expansão dos pontos-devenda de candies para

Multipacks flexíveis acentuam exposição nas gancheiras dos supermercados

Conceito de caixa de bombons para sortidos da Adams

pra por impulso”, observa Newton Soler Ruiz, gerente de desenvolvimento de produtos da Jofer Embalagens, uma das grandes fornecedoras de cartuchos de papel cartão para balas e chicles no Brasil. “Por isso os fabricantes do setor exigem soluções que realmente chamem a atenção do consumidor”, ele completa. Além do papel de diferenciação, as embalagens assumem a função de elementos de suporte de marcas, como mostra um projeto recentemente desenvolvido pela própria Jofer para a gigante Adams. Para divulgar sua extensa linha, que inclui marcas como Trident, Bubbaloo, Clorets e Halls, a empresa colocou no mercado o Festival Adams, produto que reúne alguns de seus principais itens numa única embalagem. Lembrando caixas de bombons sortidos, os cartuchos de papel cartão em que o Festival é vendido contam com acaba-

FOTOS: STUDIO AG

além de bares, padarias e lanchonetes. Sem implicar em concorrência com os pontos tradicionais, onde também são vistos invólucros crescentemente elaborados, drugstores, lojas de conveniência e supermercados vêm tendo seu papel sempre aumentado na estratégia de comercialização de confeitos e gomas de mascar. A expansão de fronteiras lançou nova luz sobre a função da embalagem como ferramenta de diferenciação e ainda abriu campo para o surgimento de multipacks que cada vez menos se limitam aos cartuchos celulósicos que acondicionam chicletes a granel nos caixas de padarias. Demarcam espaço crescente no setor filmes flexíveis e também embalagens múltiplas rígidas feitas de plástico, metal ou papel cartão. Em alguns casos elas chegam a conferir um apelo de presente aos candies. “Apesar das mudanças no perfil de ponto-de-venda, o mercado de confeitos e gomas se mantém bastante atrelado à com-

Luvas de papel cartão e blisters aluminizados se tornam padrão em chicles funcionais

tes do mercado global de candies. “Finalmente nos unimos a um grupo que apresenta total sinergia com nosso negócio”, diz o executivo. A estréia da Cadbury Adams, como a empresa passa a ser chamada, já impulsionou alguns lances estratégicos no Brasil, como a entrada do Trident no promissor mercado de chicles funcionais, a partir da estréia da versão White, que é dotada de substâncias branqueadoras de dentes, segundo a empresa. Na parte da embalagem, chama atenção o emprego de blisters plásticos com fundo de alumínio, en-

Aço perde espaço para plástico, mas mantém apelos As mudanças de embalagens das pastilhas Valda mostram que nem a força da tradição pode resistir a apelos dos consumidores. Depois de quase um século sendo vendidos em latinhas de aço, os produtos, que foram inventados em 1902 pelo farmacêutico francês Henri Canonne e começaram a ser produzidos no Brasil em 1914, abandonaram definitivamente os recipientes metálicos no ano 2000. As antigas latas de aço foram mundialmente substituídas por outras, de plástico. Mas com o formato cilíndrico e achatado mantido, a migração de material nem sempre é notada à primeira vista. “A mudança só é perceptível quando o

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consumidor toca na embalagem”, conta André Golebiovski, gerente de marketing da Valda. Sem revelar quem são os fornecedores do sistema, a empresa diz que a alteração foi impulsionada por protestos dos consumidores. “Havia muita reclamação quanto à dificuldade de abertura”, conta o executivo, acrescentando que o açúcar das balas travava as tampas, além de causar um “incômodo ruído” quando eram giradas para abrir ou fechar. Com as mudanças de embalagem, em cuja esteira as vendas aumentaram mais de 25%, segundo a Valda, tais problemas foram oficialmente transpostos. “Até hoje, quase três anos depois da

reformulação, recebemos mensagens de consumidores que voltaram a comprar as pastilhas graças à mudança das embalagens”, fala Golebiovski. Vale lembrar que a substituição de embalagens dos produtos Valda foi muito além da aposentadoria das latas de aço. Hoje a empresa trabalha também com cartuchos de papel cartão com tampa flip top, além de ter linhas vendidas em flow-packs, como a recémlançada Valdinha Fibras. Mas uma coisa não mudou: os produtos continuam sendo comercializados exclusivamente em farmácias. “Nossos produtos são voltados para consumidores que buscam saúde”, afirma o gerente

de marketing da Valda. “Nem sempre quem vai a um bar está preocupado com isso”, ele acredita. Indiferente às novas políticas de embalagem da Valda, as latas de aço estão longe de desaparecer do mercado de candies. O famoso Drops Supra Sumo, da DM Indústria Farmacêutica, e as balas Flópi, da gaúcha Florestal, são exemplos de que a possibilidade de ampliação da visibilidade da marca, normalmente gerada pelo aproveitamento das latas mesmo após o término dos produtos, faz esse sistema de acondicionamento ser bem aceito no setor. No caso das balas Flópi, as latas são fornecidas pela Tapon Corona.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

mento fosco, aplicações de verniz UV e impressão em alto-relevo. “Sempre consideramos importante investir em marca, em embalagens atraentes e até em rodízio de sabores”, conta Marcel Sacco, diretor de marketing da Adams. Aliás, tal tradição deverá ser posta em prática de maneira ainda mais dinâmica na empresa. Depois de muitos anos controlada por laboratórios farmacêuticos, a Adams foi recentemente comprada pela britânica Cadbury, num negócio que a livrou das mãos da americana Pfizer e formou um dos maiores participan-

Tampas com trava e aumento da visibilidade: vantagens das caixinhas FOTOS: DIVULGAÇÃO

voltos por uma luva de papel cartão, também da Jofer Embalagens, onde aparecem os grafismos da marca. Por sua vez, o Halls, produto tradicional no formato stick, foi há pouco lançado em caixiMuito além dos sticks: depois de flow packs, nhas celulósicas dotadas Halls recorre a cartuchos de tampas flip top. Marcel Sacco diz que as mudanças de embalagem foram feitas para atender às exigências de comodidade dos consumidores. Isso é verdade, mas a impressão que se tem é que a Adams, como outros grandes fabricantes do setor, vem se esforçando para vender itens de maior valor agregado. Sem desmerecer produtos tradicionais como o Chiclets, que se tornou sinônimo de categoria, a empresa começou a depositar mais fichas em fortalecimento e ampliação de linhas. “Como os investimentos são cada vez mais altos, é vantajoso projetar esforços em marcas já existentes”, considera o diretor de marketing da Cadbury Adams.

Embalagens da vez Com extensões de linha ou umbrella brands, os fabricantes demonstram a intenção de agrupar públicos diferentes sob uma mesma chancela. Nessa estratégia, os cartuchos com fechamento flip top – também conhecidos como push-top-box, em função do sistema de travas de suas tampas –, e as cartelas para gomas de mascar funcionais parecem ser as embalagens da vez no mercado de candies. As duas soluções também marcam presença na linha de produtos da gigante ítaloholandesa Perfetti Van Melle. Marcas tradicionais da empresa, como a de pastilhas Mentos e a de chicles Vivident, já têm boa parte das vendas atrelada às caixi-

Marca White tem acabamento holográfico nas cartelas da goma branqueadora da Perfetti Van Melle

Sistema flip top e impressão com encontro de imagens nos fechamentos das push-top-box

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nhas. “Elas geram excelente visibilidade, pois têm uma face maior do que os sticks”, aponta Kátia Guerra, gerente de marcas da empresa. “Além disso, protegem bem o produto e contam com tampas que facilitam o consumo”, completa a executiva. Já os blisters podem ser vistos no Happydent White, chicle com flúor e bicarbonato de sódio, trunfo da Perfetti Van Melle no mercado de gomas funcionais. Sinalizando uma espécie de padrão de embalagens nesse nicho, o produto, que está prestes a estrear um novo visual, também é envolto em luvas de papel cartão, onde a palavra White aparece com acabamento holográfico. A solução é fornecida pela Jofer Embalagens e pela gráfica Nova Página. No outro extremo do mercado de gomas de mascar, o dos chicles de bola, também chamados de tijolinhos, em função da geometria retangular, as apostas em brindes e figurinhas para estimular o natural vínculo com a criançada continuam. Para quem desconfia da importância do setor para a cadeia de embalagem, vale dizer que, embora custem entre 5 e 10 centavos, os tijolinhos são resChicles de ponsáveis por cerca de 60% do bola: demanda só avança com mercado brasileiro de gomas de promoção mascar, que movimenta 730 milhões de reais por ano.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

“A demanda vem crescendo, e para atendê-la são necessários consideráveis investimentos em promoção”, diz Isael Pinto, diretorpresidente da General Brands, empresa originária do mercado de refrescos em pó, que hoje domina quase 20% das vendas de chicles de bola no Brasil. O feito se deve à marca Gang, lançada em 1999, e que, de negócio secundário no início, já responde por 25% do faturamento da General Brands. “O chicle de bola é daqueles produtos que crescem mesmo em meio a crises”, avalia o executivo da General Brands. A trajetória dos produtos Gang, que já são exportados para África do Sul e América Central, ilustra a eficácia de acessórios de estímulo à venda no setor. Depois de figurinhas sobre a história das Copas do Mundo de futebol, a marca vem obtendo resultados de dar água na boca com uma linha de noventa tatuagens, fornecida pela Embalagens Flexíveis Diadema.

Fenômeno: com cartuchos verticais e tatuagens colecionáveis, Gang encostou nas líderes

Criatividade e plástico rígido igual a... balas com apelo de presente

Quem não investe perde mercado Reconhecendo a eficácia da tática, a General Brands já planeja lançar figurinhas e transfers com imagens da floresta amazônica. Os futuros investimentos mostram que não dá para ficar parado no setor. “Nos últimos três anos, a demanda de projetos de embalagens para chicles de bola cresceu quase 40%”, diz Laerte Camargo Leme, gerente comercial da Embalagens Flexíveis Diadema, empresa que também atende fabricantes como Riclan e Parati Alimentos. Para ele, as marcas intermediárias conseguiram ganhar mercado porque a Adams, dona do Ping Pong Ploc – produto que é fruto da fusão de duas das mais tradi-

Artel Embalagens (54) 522-1790 Embalagens Flexíveis Diadema (11) 4066-7833 www.embdiadema.com.br Gráfica Nova Página (11) 3277-5020 www.novapaginagrafica.com.br Jofer Embalagens (18) 643-4000 www.jofer.com.br Tapon Corona (11) 3835-8662 www.tapon-corona.com.br

cionais e outrora concorrentes chancelas de chicles de bola do país –, diminuiu o ritmo de novidades nos últimos anos. “Mas agora que eles voltaram a ser controlados por uma empresa do ramo, a Cadbury, creio que investirão forte para retomar o espaço perdido”, prevê Leme. No mercado de balas, os fabricantes de produtos de menor valor também não parecem inclinados a economizar com ações de embalagem. “Para nós, vale muito o ditado de que a primeira impressão é a que fica”, resume Verno Arend, diretor comercial da Florestal Alimentos, um dos maiores fabricantes de pirulitos e balas do sul do país. Projetando um faturamento de 160 milhões de reais em 2003, a empresa, que recentemente adquiriu da italiana Parmalat a tradicional marca gaúcha de chocolates Neugebauer, foi uma das pioneiras no uso de flow packs individuais para balas duras. Entre os itens de maior valor agregado, o destaque fica para as multipacks de plástico rígido, da Artel Embalagens, que têm formato de coração estilizado e transformam a linha Balinha do Coração num item de presente. “O espaço destinado a candies está aumentando nos supermercados”, assinala o diretor da Florestal Alimentos. “Por isso precisamos de embalagens que se diferenciem e tragam vantagens.” Nada indica, porém, que bares e lanchonetes estejam ameaçados como pontos-devenda de candies. Mas com o aumento do auto-serviço, o reduzido valor de venda de confeitos, balas, dropes e chicletes será um ponto cada vez mais secundário nos planos de investimentos em embalagem. Pode até parecer exagero, mas, no que depender da apresentação, não é demais prever que chegará o dia em que todo mundo vai querer levar bala e chiclete na falta de troco. set 2003 • EMBALAGEMMARCA – 21

impressão

STUDIO AG

Amostras de variados trabalhos com papel cartão feitos em impressora da Mark Andy Comco: flexibilidade na produção

Mais que rótulos Flexografia de banda estreita busca novos horizontes Por Guilherme Kamio aso pudessem materializar um velho sonho da ficção científica e embarcar numa máquina do tempo, saltando aos dias atuais, os operários gráficos do início do século passado certamente ficariam pasmos ao notar o nível atingido pelo método de impressão derivado da tipografia que, em sua época, ainda respondia pelo nome de anilina e dava os primeiros passos. Desde então, muita água, para não dizer um oceano, passou sob a ponte dessa tecnologia, rebatizada na década de 50 como flexografia. Nos últimos anos, sobretudo, a maré tem sido das mais favoráveis. O balanço da Associação Brasileira Técnica de Flexografia (Abflexo/FTA

C

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Brasil), que congrega a cadeia de negócios do processo, diz que o setor cresceu numa média anual de 12% nos últimos cinco exercícios. Isso não somente devido a maiores escoamentos das embalagens flexíveis, o maná da indústria flexográfica, “mas principalmente pela migração para a flexo de serviços anteriormente executados em rotogravura e até mesmo em offset”, detalha Ezequiel Rebelo Fernandez, diretor da clicheria Cliart e presidente da entidade de classe. Esse fenômeno sublinhado pelo executivo se escora em grande parte na propagação das chamadas impressoras de banda estreita (narrow web). Por meio delas é que a flexografia vem se espraiando com ímpeto para a seara dos

rótulos. Agora, numa tendência que ganha força no mundo, tais máquinas vicejam em outros segmentos, como no das próprias flexíveis e no de cartuchos de papel cartão, na confecção de embalagens de pequenas dimensões. Ocorre que a banda estreita, por definição a gravação em suportes com até cerca de 700mm de largura, vem originando impressoras altamente versáteis, que podem trabalhar com vários substratos – entre eles papéis, filmes plásticos, cartão e até folhas de alumínio.

Apelo multifuncional “Vale dizer que, além de garantirem custos menores na etapa de pré-impressão, como na gravação de clichês, em comparação com as tradicionais impressoras de banda larga, elas são de rápido setup e permitem incorporar diversos sistemas de saída e de acabamentos em linha”, detalha Aislan Baer, professor de produção gráfica do Senac, sócio-diretor da agência de desenvolvimento de embalagens Projetopack e gerente técnico da revista Rotoflexo & Conversão. Na prática, uma banda estreita possibilita, numa única passagem, imprimir em diversas cores, cortar e refilar, aplicar acabamentos como cold stamping, hot stamping, vernizes UV ou relevos em linha e ainda dar vazão, digamos, a um cartucho já cortado e vincado. Isso já é realidade em certos países. Por aqui, ainda não, ao que vale lembrar não se tratar da conversão de cartões em flexográficas de banda larga, processo que a Rigesa, por exemplo, bancou até recentemente. Conforme relata Alexandre Dalama, gerente comercial e de produto do braço nacional da fabricante espanhola de impressoras de banda estreita Rotatek, já

Packs de papel cartão para cigarros já estão sendo impressos em banda estreita no país, com máquina da Rotatek

se cogitou no Brasil a fabricação de cartuchos de cremes dentais através da tecnologia, interesse que arrefeceu. “De concreto, temos atualmente uma máquina nossa rodando embalagens flip top para cigarros”, ele afirma. Rubens Wilmers, gerente de produto da Gutenberg, que distribui no país a marca de banda estreita Mark Andy Comco, não titubeia ao afirmar que se trata de um território profícuo a ser explorado. “Numa máquina corretamente configurada e com apenas um operador, você entra com papel cartão em bobina e já sai com o produto pronto”, diz. Segundo Wilmers, certos trabalhos que em offset levam uma semana para ficar prontos “podem ser feitos em banda estreita com o mesmo cartão e na mesma quantidade em três dias”.

Além de rótulos, pequenas embalagens flexíveis também são palatáveis à banda estreita

Workflow otimizado Na aquisição de uma impressora desse tipo, a possibilidade evidente é a de, com uma só máquina, entrar em diversos segmentos. Entretanto, uma vantagem intermediária é a de, ao combinar sistemas tradicionais com a banda estreita, os provedores de soluções cartonadas ou de flexíveis otimizarem o fluxo de trabalho, lançando para determinada máquina os trabalhos mais adequados a ela, com base em variáveis como tiragem, aspectos que o produto acabado deve ter, prazo exigido pelo cliente etc. Trata-se de um benefício talvez mais visível no campo das embalagens flexíveis tradicionalmente impressas em rotogravura ou flexo banda larga, outra frente que a banda estreita visa explorar.

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Gidue E-Combat, vedete da Comprint na área de narrow web que pode acoplar diversos sistemas de saída

Isso porque tiragens menores, deficitárias nas grandes raias por exigirem trocas de serviço que podem durar de três a quatro horas e com custos fixos de préimpressão que “não se pagam”, são palatáveis à banda estreita. Uma vantagem para os convertedores é a redução do lead time, ou seja, do tempo que separa a entrada dos pedidos do seu faturamento. Já os usuários da embalagem podem reforçar sua administração on demand, reduzindo estoques e produzindo de acordo com a saída de produtos, e potencializar a estratégia de segmentar suas marcas e linhas. Aliás, esses são fatores que também explicam a penetração da narrow web no segmento de rótulos. Os possíveis ganhos, contudo, ainda não fizeram a cabeça dos convertedores nacionais. “As máquinas banda estreita ainda são vistas com certa desconfiança”, assinala Dalama, da Rotatek. Para Wilmers, da Gutenberg, o problema é cultural. “A oferta excessiva de máquinas de banda larga no mercado, muitas fabricadas no país e com preços relativamente baixos, origina um choque quando o preço maior das impressoras banda estreita é posto à mesa”, ele afirma. Assim, convertedores fecham a porta de imediato, sem pensar nas vantagens competitivas que a narrow web pode lhes trazer. “Para não perder um grande cliente, muitos convertedores geralmente aceitam rodar tiragens deficitárias para máquinas de banda larga”, analisa Wilmers.

Com tecnologia e know-how, maior qualidade Ainda que a escalada vertiginosa do uso das embalagens plásticas flexíveis tenha impulsionado o desenvolvimento da flexografia como um todo nos últimos anos, no que se incluem impressoras, tintas, substratos e demais equipamentos e insumos, o parque flexográfico brasileiro sempre recebeu certas críticas quanto à sua qualidade. “Isso ocorria especialmente porque não havia preocupação com a pré-impressão”, afirma Aislan Baer, especialista na área gráfica. Ele exemplifica dizendo que muitos utilizavam, para flexo, softwares com defaults bolados para offset. Felizmente, o panorama mudou. Hoje, o setor gráfico tem consciência do papel crucial da pré-impressão para a flexo de boa qualidade. “Contudo, também é salutar que as empresas usuárias saibam que, com controles precisos, não só da pré-impressão como também da impressão, a flexografia atinge resultados fantásticos”, salienta Clodoaldo José Pontim, diretor geral da clicheria Kromos. Da manga, ele tira um trabalho recente para a Guabi, a embalagem da ração Sabor & Vida, anteriormente feita em rotogravura (no canto superior esquerdo). “Modéstia à parte, ficou com qualidade melhor em flexografia”, ele diz. Segundo Baer, indo além das ferramentas para o gerenciamento de cores, para controle densitométrico e de outros aspectos da pré-impressão, uma grande novidade é o computer-to-plate (CtP) para a flexografia, tecnologia que dispensa o uso de filmes, gravando direto dos arquivos para as chapas de fotopolímeros. Uma das empresas que aposta nessa tecnologia é a

“No entanto é preciso considerar que, no bolo do seu faturamento, a competitividade e a crescente segmentação de linhas estão fazendo a fatia que é efetivamente lucrativa diminuir.” Aos que quiserem investir nas novas possibilidades com banda estreita, as opções high-end não são poucas. No balcão de vendas da Comprint,

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Creo, representada no Brasil pela Alphaprint, com sua linha Thermoflex de gravadoras (foto no canto inferior direito). Todavia, ainda são poucas as clicherias que dispõem dessa tecnologia: por enquanto, apenas três unidades da Creo estão instaladas no país. “O interesse é alto, porém a situação econômica não ajuda”, diz Eduardo Sousa, do marketing da Alphaprint. “Devido ao custo, os especialistas vêm estudando processos convencionais mais baratos e que também proporcionam alta qualidade, como o sistema de cópia OLEC com luz puntiforme e softwares especializados para calibração das imagesetters, como o FlexoCal”, ilustra Eudes Scarpeta, gerente industrial da Zaraplast. “Com a globalização, hoje o parque industrial brasileiro está apto a fornecer todos e quaisquer tipos de materiais, equipamentos e periféricos antes encontrados somente em outros países”, expõe Ezequiel Rebelo Fernandez, diretor da Cliart e presidente da Abflexo/FTA Brasil. “Porém toda essa revolução tecnológica não poderia ser absorvida se não ocorresse o principal, que é especialização da mão-de-obra”. Eudes Scarpeta, da Zaraplast, concorda. “O grande ganho, nos últimos anos, foi o do conhecimento.”

que representa a grife italiana Gidue, especializada em flexográficas narrow web, a novidade é a E-Combat, impressora totalmente servo-controlada (shaftless, ou seja, sem o sistema mecânico convencional de engrenagens) e que im-

Proglide MSP, da Mark Andy Comco, tida como uma das mais versáteis do mercado, é trazida ao Brasil pela Gutenberg

prime em diversos substratos entre 280mm e 530mm. “Ela possui interface amigável e sua eletrônica facilita os setups, diminuindo ao máximo os desperdícios”, destaca Eduardo Xavier Pinto, gerente de vendas da área gráfica da Comprint. “Outro trunfo”, ele continua, “é que todos os componentes eletrônicos são do mesmo fornecedor, a Siemens, o que facilita manutenções e upgrades”. Uma novidade é que a E-Combat também permite acoplar um sistema de saída especial para produzir rótulos inmold, como mostrado na edição anterior de EMBALAGEMMARCA.

Por enquanto, espera Opção que também destaca o sistema shaftless, só que de fabricação nacional e especialmente dedicada a rótulos, é a Superflex SF 250, da Etirama, impressora modular de dez cores. De acordo com a empresa, o embarque dessa tecnologia garante maior sincronismo das estações, o que resulta em maior produtividade e facilidade de ajustes. Do lado da Gutenberg, a vedete é sem dúvida a Mark Andy Comco Proglide MSP, que abrange larguras de 406mm a 660mm e cuja sigla MSP (Multi-Substrate Press, impressora multi-substrato) reforça a flexibilidade de poder processar vários materiais. “Ponto positivo é que seu sistema de cassetes agiliza trocas de trabalhos, que podem ser feitos em menos de cinco minutos, pois o serviço seguinte pode ser ajustado offline”, ressalta Wilmers. Por sua vez, a Rotatek tem como carros-chefe no país a MP-150 Combi, máquina modular que permite, num exemplo citado pelo ge-

MP-150 Combi, da Rotatek, permite combinar grupos de flexografia, offset e serigrafia

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rente comercial Alexandre Dalama, “combinar grupos de offset, flexografia e serigrafia”, e a flexográfica Ecoflex. Notícia digna de registro é que, segundo Dalama, a Rotatek irá inaugurar em breve uma fábrica no Brasil, “o que irá reverter em preços atrativos”. Outra grife de renome, a dinamarquesa Nilpeter, representada no país pela IPP, aposta em flexográficas como a FA2500, para substratos com largura de 280mm, e a FA-3300, para largura de 340mm. No caso desta última, o sistema para troca rápida de serviços atende pelo nome Quick-Lock. Na verdade, os atributos dessas impressoras são tantos que seriam necessárias laudas e laudas para descrevê-los com profundidade. Por envolverem tecnologia de ponta, tais equipamentos implicam num considerável investimento. Contudo, os fornecedores argumentam que, na ponta do lápis, analisando o custo e o benefício e vislumbrando um diferencial competitivo num mercado pulverizado como o de conversão de embalagens, o gasto compensa. “A nossa crença é que uma pequena melhora da economia abrirá o mercado”, resume Wilmers. É uma probabilidade que os convertedores não descartam. “Não ignoramos essa tecnologia e nada impede que façamos investimentos nela, mas o momento não é favorável”, alega Célio Magalhães, diretor de marketing da Brasilgráfica, grande fornecedora nacional de cartuchos que baseia seu parque no offset. “Com uma pequena melhora da economia, acredito que até faltará oferta de unidades de banda estreita no mercado”, antevê, com otimismo, o executivo da Gutenberg.

FA-3300, da Nilpeter, com tecnologia QuickLock para troca rápida de serviços

Alphaprint (11) 3816-4747 www.alphaprint.com.br Cliart (11) 6942-8133 www.cliart.com.br Comprint (11) 3371-3371 www.comprint.com.br Etirama (15) 223-3332 www.etirama.com.br Gutenberg (11) 3225-4400 www.gutenberg.com.br IPP (11) 5522-5999 www.intergrafica-online.com.br Kromos (19) 3879-9500 www.kromos.com.br Projetopack (11) 9760-9718 [email protected] Rotatek (11) 4195-9888 www.rotatek.com.br Zaraplast (11) 3952-3000 www.zaraplast.com.br

prêmio

Os nomes da vez Abre anuncia vencedores do seu prêmio de embalagens o último dia 27 de agosto, no hotel Unique, em São Paulo, a Abre – Associação Brasileira de Embalagem anunciou os ganhadores do seu Prêmio de Design & Embalagem 2003. Foram 24 categorias, incluindo as especiais Estudante e Voto Popular, além de um prêmio especial para a Natura Cosméticos, eleita a Empresa do Ano por seus investimentos e inovações em embalagens. O júri, que escolheu entre os cerca de 350 traba-

N

lhos inscritos, foi formado por profissionais ligados ao desenvolvimento de embalagens, design, marketing e varejo, e por pessoas da mídia especializada. As embalagens vencedoras do Prêmio Abre de Design & Embalagem, que podem ser vistas na seqüência, terão a oportunidade de concorrer ao WorldStar, prêmio promovido pela WPO, Organização Mundial de Embalagem, e estarão expostas na mostra Showcase of Packaging Innovations, durante a Pack Expo Las Vegas, em outubro próximo.

Design Alimentos Salgados

Design Alimentos Doces

Sopas Instantâneas Knorr Vencedor: Usina Escritório de Desenho Design: Usina Escritório de Desenho Convertedor: Inapel Embalagens Usuário: Unilever Bestfoods

Tortas Doces Apreciatta Perdigão Vencedor: SPO Comunicação Design: SPO Comunicação Convertedor: Box Print Grupograf Usuário: Perdigão

Design Bebidas Alcoólicas

Design Bebidas Não-Alcoólicas

Skol Beats Vencedor: Cisper Design: Narita Design Convertedor: Cisper Usuário: AMBEV - Cia Brasileira de Bebidas

Santàl Vencedor: 100% Design Design: 100% Design Convertedor: Tetra Pak Ltda Usuário: Parmalat Brasil S.A Ind. de Alimentos

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Design Alimentos para o Público Infantil Ketchup Kid´s Rocket Vencedor: Sleever International Design: Target Convertedores: Olveplast - Olvebra Industrial S.A e Sleever Usuário: Só Fruta Ind. Alimentícia

Design Higiene e Limpeza Omo Progress com janela Vencedor: Dixie Toga S.A. Design: Rex Design Convertedor: Dixie Toga S.A. Usuário: Unilever do Brasil

Design Cosméticos, Cuidados Pessoais Lorence Shower Gel e Desodorante Corporal Vencedor: Kanitz 1900 Cosméticos Design: Kanitz 1900 Cosméticos Convertedores: Neoplástica e Rionil Usuário: Kanitz 1900 Cosméticos

Design Cosméticos, Cuidados Pessoais Infantil Rótulo Sundown Kids Vencedor: Prodesmaq Indústria Gráfica Design: Seragini Farné Convertedor: Prodesmaq Indústria Gráfica Usuário: Johnson & Johnson

Design Marcas Próprias Sucrilhos Extra Vencedor: BrandGroup Design e Comunicação S/C Ltda Design: BrandGroup Design e Comunicação S/C Ltda Convertedor: New Graphic Ind. e Com. de Embalagens Ltda Usuário: Extra Hipermercados

Design Bricolagem

Design Miscelânea

Pó Xadrez Vencedor: Müller Associados Marketing e Comunicação Ltda Design: Müller Associados Convertedor: Ibratec Artes Gráficas Ltda Usuário: Bayer S.A.

DVD Rouge Vencedor: Rigesa Celulose, Papel e Embalagens Ltda Design: Sony Music Entertainment Convertedor: Rigesa Celulose, Papel e Embalagens Ltda Usuário: Sony Music

Design Família de Produtos Free For Life Massas de Grano Duro e Grano Duro Integrais Vencedor: Rieger Brand Marketing Design: Rieger Brand Marketing Convertedor: Magistral Impressora Usuário: SLC Alimentos

Design Industrial Luiza Brunet Night da Avon Vencedor: M Design Comunicação Ltda Design: M Design Convertedores: Augros do Brasil, Magistral Impressora, ARE Embalagens Ltda e Wheaton do Brasil Usuário: Avon

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Embalagem Destaque Alimentos

Embalagem Destaque Bebidas

Pavê de Nozes Miss Daisy Sadia Vencedor: Ibratec Artes Gráficas Ltda Design: Ibratec Artes Gráficas Ltda Convertedor: Ibratec Artes Gráficas Ltda Usuário: Sadia S/A

Suco Hé Vencedor: Sinimplast Indústria e Comércio Ltda Design: 3D Modeling Convertedor: Sinimplast Indústria e Comércio Ltda Usuário: Tiuá

Embalagem Destaque Higiene e Limpeza Coperalcool Gel Vencedor: Copersucar Design: Oficina D'Design Convertedor: Copersucar Usuário: Copersucar

Embalagem Destaque Cosméticos e Cuidados Pessoais Luiza Brunet Night da Avon Vencedor: M Design Design: M Design Convertedores: Augros do Brasil, Magistral Impressora, ARE Embalagens e Wheaton do Brasil Usuário: Avon

Embalagem Destaque Miscelânea DVD Band of Brothers Vencedor: Rigesa Design: T&M Arte Studio Convertedor: Rigesa Usuário: Warner Bros Home Vídeo

Embalagem Destaque Promocional Coca-Cola São Paulo Fashion Week Vencedor: Sleever International Ltda Convertedores: Sleever International e Cisper Usuário: Coca-Cola

Embalagem Destaque Ecodesign Embalagem Brinquedo IGO Vencedor: IGO Design Ind. e Com. Ltda ME Design: IGO Design Ind. e Com. Ltda ME Convertedor: IGO Design Ind. e Com. Ltda ME Usuário: IGO Design Ind. e Com. Ltda ME

Embalagem Destaque Inovação Tecnológica Skol Beats Vencedor: Cisper Design: Narita Design Convertedor: Cisper Usuário: AMBEV Cia Brasileira de Bebidas

Embalagem Destaque Exportação Baycolor Vencedor: Müller Associados Design: Müller Associados Convertedor: Ibratec Artes Gráficas Ltda Usuário: Bayer S.A.

Voto Popular Coca-Cola São Paulo Fashion Week Vencedor: Sleever International Ltda Convertedor: Sleever International Ltda / Cisper Usuário: Coca-Cola

Estudante Embalagem Conceito Leite Vitalac Vencedor: Hérnan Daniel Scavino

set 2003 • EMBALAGEMMARCA – 35

Linha Seda Keraforce ganha novas embalagens

Água em papel reciclado A Linha Águas de Natura de colônias adotou embalagens de papel cartão recicláveis e recicladas para os seus produtos. Produzidas com o papelcartão Ecopack da Ripasa, 78% reciclado e 100% reciclável, as embalagens têm impressão na parte interna, valorizando o produto e mantendo seu lado pardo do lado externo, refletindo um apelo ecológico. O cartucho possui uma tarja horizontal no meio e foi impresso em duas cores, proporcionando um aspecto clean. Em destaque na embalagem há também o uso de alto relevo e informações em braile.

O novo logotipo da Ypê

A Benchmark desenvolveu para a Química Amparo o novo logotipo de sua marca de detergentes Ypê. Com o objetivo de modernizar a marca, a agência utilizou uma tipologia mais moderna e a ampliou o nome Ypê dentro da esfera do logotipo. Além disso, o slogan “Produtos de qualidade” passa a aparecer sob o logotipo.

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Lançada em novembro de 2000, a linha de xampus para cabelos crespos quimicamente tratados Seda Keraforce com Kerobá (extrato de frutas da Amazônia e proteína) e óleo de silicone, está chegando ao mercado com nova fragrância e embalagens renovadas. As tampas, produzidas pela Caria e pela Seaquist, estão com nova cor, acobreada e cintilante, enquanto os rótulos, da Baumgarten, trazem a marca Seda em hot stamping dourado e uma nova

Recheados renovados

arte, que destaca a presença de uma nova modelo, para gerar maior identificação com a consumidora com esse tipo de cabelo. Os frascos são da Sinimplast e da Alpla.

PARA ELES E PARA ELAS Belas embalagens e fragrâncias masculinas e femininas são as cartadas da Art-Bel Cosméticos para ganhar participação no mercado de perfumes nacionais. Sob a marca Di Amante, a empresa está lançando as colônias He e She. Fornecidos pela Wheaton, os frascos de vidro de 50ml dos produtos têm duas colorações: lilás para o perfume feminino, e azul para o masculino. Cria-

A LU Aymoré acaba de renovar sua linha de biscoitos recheados. As guloseimas sofreram alterações na formulação e agora trazem o recém-batizado índio Ayri, mascote da marca, gravado em alto relevo em cada unidade dos biscoitos. “O personagem também interage com os produtos nas embalagens, usando um biscoito como prancha de surfe, por exemplo”, diz Sandra Rietjens, gerente de assuntos corporativos da LU. De acordo com ela, o novo visual das embalagens – do tipo envelope, fabricadas pela Itap Bemis – desperta maior appetite appeal e diferencia mais as versões na gôndola. Ademais, ela diz, “a presença do mascote permite uma identificação com as crianças, fiéis consumidoras dos biscoitos, em particular dos recheados”.

das pelo designer Marcos Eugênio Vega, as tampas das colônias, da Incom, remetem a diamantes. Para ressaltar ainda mais a marca aos olhos do consumidor, as colônias ainda contam com cartuchos plásticos da Sografe.

VCP lança novas embalagens do papel Copimax A VCP – Votorantim Celulose e Papel – está lançando as novas embalagens do papel Copimax, papel reprográfico para impressoras e copiadoras. Um dos carros-chefe da empresa, com 30% das vendas, a linha Copimax está substituindo a cor branca das embalagens dos papéis de 75 e 90 gramas, respectivamente, pelas cores verde e azul. As novas embalagens, que têm forte impacto visual, permitem reconhecer facilmente os dois tipos de papéis, que atendem diferentes segmentos de consumo – do grande público ao setor corporativo. Também fazem parte de uma estratégia de alinhamento da comunicação global da empresa, tanto no mercado interno quanto externo. No desenvolvimento e lançamento dessas embalagens, a VCP investiu R$ 500 mil.

Para desenvolver o design da nova embalagem, trabalho que ficou a cargo da agência de design Müller & Associados, a VCP teve como base pesquisas feitas junto aos clientes, contatos junto aos distribuidores e também uma pesquisa realizada com embalagens de 60 marcas de todo o mundo. De acordo com a empresa, as novas embalagens são as únicas no mercado brasileiro com o novo sistema de selagem a quente, Heat Sealing, que protege o produto da umidade, pois não usa cola para o fechamento. As embalagens são 100% recicláveis, contando com o filme flexível BOPP (polipropileno biorientado), em ambos os lados, enquanto as embalagens dos demais fabricantes nacionais restringem-se a utilizar filme flexível (BOPP) mais papel.

Nestlé renova linha Maggi Como resultado de uma modernização e de um novo posicionamento, a Nestlé resolveu reformular e padronizar a identidade visual da chancela Maggi FoodServices. Assim, as embalagens da linha agora oferecem

mais serviços e informações, como receitas e dicas de uso, além de estarem mais práticas e atraentes. No novo layout, o nome de cada produto é destacado na parte frontal das embalagens, facilitando a

identificação. O novo design, que pode inclusive ser visto nas embalagens de três novos produtos (Caldo Bacon, Base para Molho Branco e Tempero Gril) ficou a cargo da B+G Designers.

SARA LEE INVESTE EM PACK INSTITUCIONAL A grife Café do Ponto Cafe-

ca, adotou-se uma pincela-

terie, da Sara Lee, destina-

da em formato de “S”, que

da às lojas da marca, teve

remete à fumaça, ao calor e

sua embalagem redesenha-

ao aroma próprios do cafe-

da. O novo projeto gráfico

zinho, além do fundo dou-

alinhou o design da emba-

rado envolto por uma faixa

lagem ao do resto da famí-

preta que embute a marca.

lia Café do Ponto e estabe-

O novo visual veste as ver-

leceu um link com o concei-

sões Cafeterie Grãos 1kg e

to visual das lojas. Como

Cafeterie Grãos Torrados e

não compete diretamente

Moídos 500g. Multicama-

nas gôndolas com outras

das, numa estrutura que

marcas, o Cafeterie ganhou

combina polipropileno e fil-

uma embalagem institucio-

mes aluminizados, as em-

nal, sem ilustrações ou fo-

balagens são da Embala-

tos. Para identificar a mar-

gens Flexíveis Diadema.

Pacote da Shellmar amplia mix da Glico A Glico Alimentos,

mada crocante e sem

detentora da marca

gordura saturada

Ebicen, está lançan-

nem colesterol. O

do o Croc-Cen, salga-

produto chega às lo-

dinho assado feito de

jas em flow packs de

amendoins, com leve

30g e 60g, fabricadas

sabor adocicado, ca-

pela Shellmar.

ices

Apelo noturno Garrafas de PET estréiam no mercado de bebidas ice esmo que pareçam detalhes pequenos, certas peculiaridades do canal de venda podem originar boas oportunidades para se explorar através de uma apresentação de produto distinta. À primeira vista, isso soa ao óbvio ululante. Contudo, frente a determinados lançamentos de mercado que pegam carona nessa idéia, surge uma indagação inevitável: por que ninguém fez antes? Um caso providencial é a recente estréia de recipientes de PET no segmento das bebidas ice, reduto que até agora era dominado pelas garrafas de vidro. Ocorre que a produtora Flying Brasil resolveu vestir seus drinques Flying Ice, Flying Strong e Flying Love, baseados na vodca, com garrafas plásticas, ao perceber que em muitas casas noturnas e em grandes eventos proíbe-se circular com garrafas de vidro à mão, a pretexto de garantir a segurança do público. Como ressalta Luca Sálvia, diretor de marketing da Flying Brasil, “muitas casas noturnas costumavam entornar nossos produtos em copos plásticos, para poder comercializá-los”.

M

FOTO: STUDIO AG

Politicamente correta Sabendo que a própria empresa perdia em divulgação da sua marca com essa prática, o marketing da Flying Brasil teve o insight da apresentação alternativa. “Não poderíamos ignorar a penetração do produto no ambiente noturno, onde há um maciço escoamento das ices”, explica Sálvia. “E, nesse contexto, a versão em plástico é mercadologicamente correta.” Como o profissional deixa claro, a apresentação em garrafa de PET é para nichos.

42 – EMBALAGEMMARCA • set 2003

Alcoa (11) 4195-3727 www.alcoa.com.br Mack Color (11) 6195-4499 www.mackcolor.com.br Tapon Corona (11) 3835-8622 www.tapon-corona.com.br

O plano é direcioná-las especificamente para pontos-de-dose e grandes eventos. “As garrafas de vidro ainda continuam no nosso portfólio, acondicionando cerca de 90% de nossas ices, até pelo fato de garantirem, pela alta escala de produção, maiores margens.” Na adaptação para o PET, a empresa priorizou a manutenção dos mesmos rótulos auto-adesivos que ornam as versões em vidro, produzidos pela Mack Color, “por uma questão de identidade”, como frisa Sálvia. Tal premissa também justifica o formato da embalagem plástica, que emula o perfil de uma garrafa de vidro long neck, recipiente hegemônico no segmento de ices. Tal formato foi obtido através de um projeto com a Alcoa. “Demos amplo suporte ao desenvolvimento dessas embalagens, até a viabilização correta de seu sopro”, comenta Ricardo Vaz, gerente nacional da divisão de embalagens PET da Alcoa (que, como EMBALAGEMMARCA recentemente anunciou, está sendo adquirida pela Amcor). As ices em plástico, que são engarrafadas numa linha da paulista New Age Bebidas, contam ainda com tampas plásticas da carteira da Tapon Corona. Por ora, as novas embalagens podem ser vistas somente em algumas casas noturnas, com as quais a Flying Brasil mantém contratos de fornecimento. No varejo – ao que vale dizer que entre os sócios da Flying Brasil estão os irmãos João Paulo e Pedro Paulo “Pão de Açúcar” Diniz – pretende-se manter o vidro. Outra idéia, diz Sálvia, é estabelecer parcerias com a clientela para projetos de reciclagem das garrafas de PET. “São projetos bacanas, que trazem retorno em visibilidade à marca.”

marcas

Cacife dividido o se fechar contratos de licenciamento para promover produtos, um dilema pode se abater sobre as mais variadas indústrias. Vale mais a pena utilizar, no ponto de vista do posicionamento, a marca pela qual se está pagando royalties, ou seja, puramente estampar nas embalagens o nome da atração, ou “subjugá-la” a uma marca pertencente à empresa? Num interessante caso, uma linha de produtos está transitando da primeira para a segunda opção, e por razões estratégicas, segundo o seu fabricante. Ocorre que a Homemade Alimentos conseguiu, no fim de 2002, o licenciamento para apadrinhar geléias com a Turma da Mônica, direito até então pertencente à Unilever, que comercializava seus produtos apenas como Geléias da Turma da Mônica.

A

DIVULGAÇÃO

Opção pelo patrimônio

Decisão da Homemade foi destacar a marca que criou para o público infantil

Nadir Figueiredo (11) 6967-1633 www.nadir.com.br Prakolar (11) 291-6033 www.prakolar.com.br Rojek (11) 4447-7900 www.rojek.com.br Tônica de Comunicação (11) 3082-5511

“Ao adquirirmos os direitos, ficamos na dúvida por qual direção tomar”, rememora Edoardo Magli, diretor da Homemade. No entanto, a empresa decidiu seguir pelo caminho de investir numa marca “de casa” após reflexões. “Sentimos que, a despeito do apoio dos personagens, ganharíamos um patrimônio e um diferencial com uma marca só nossa”, explica o executivo. O fabricante achou por bem criar uma nova marca, “claramente direcionada ao mercado infantil”, nas palavras de Magli, para diferenciar os novos produtos das linhas chanceladas pela marca Homemade, de perfil mais sóbrio e voltado ao público adulto. Desse modo, a agência Tônica de Comunicação, além do visual das embalagens das novas geléias, projetou também a imagem da marca infantil, batizada Purifruti. A opção da Homemade fica clara pelo design dos rótulos: o logotipo Purifruti é especialmente destacado, e o nome “Turma da Mônica” se faz presente de modo discreto. “Isso não impede que os personagens apareçam com ultradinamismo, pois quisemos imprimir movimento e abusar do universo presente nos quadrinhos”, afirma Sérgio Lopes, sócio-diretor da Tônica de Comunicação. Nesse sentido, o trabalho final traz as crias de Maurício de Sousa em diversas situações e atitudes, tanto nos rótulos auto-adesivos, impressos em seis cores em rotogravura pela Prakolar quanto nas litografias das tampas metálicas, fornecidas pela Rojek. Para servir de recipiente principal, a Nadir Figueiredo criou um atrativo copo de vidro para a linha, com desenho exclusivo – predicado que, aliás, traduz o principal benefício percebido com a criação da Purifruti: um bem único, que ninguém tasca.

Agribusiness na mira Especializada em soluções em papelão ondulado, a Frugis Embalagens completou 75 anos em agosto. Para comemorar, a empresa investiu em uma nova linha de produção de embalagens para itens hortigranjeiros. Oferecendo serviços conjugados de impressão flexográfica, a empresa, que há um ano obteve a ISO 9001:2000, quer ampliar sua atuação nesse setor, que atualmente representa

Uma década de fornecimento Grande fabricante de máquinas para o setor plástico, especialmente para o trabalho com rótulos manga – também conhecidos como sleeves ou do tipo roll fed, que geralmente podem ser vistos envolvendo garrafas

de PET de dois litros –, a Narita está comemorando dez anos de atividade. Além de prover soluções ao mercado interno,

a empresa hoje exporta seus equipamentos, fabricados em sua sede de 8 000 metros quadrados de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, para diversos países. (11) 4352-3855 www.narita.com.br

5% de suas operações. Big investimento A Sacoplast, forte em sacos de polipropileno para uso industrial, como big bags, irá construir uma segunda fábrica, em Caruaru (PE), o que dobrará sua capacidade de produção. O investimento será de R$ 50 milhões. Novo sítio I A Sonoco do Brasil, subsidiária da americana Sonoco Products, fabricante de tubos e tubetes de papelão e plástico, iniciou a construção de uma unidade em Alfenas (MG). Na nova unidade, a oitava do grupo no Brasil, serão investidos R$ 3,85 milhões.

O jubileu da Rohm and Haas no Brasil Para festejar seus cinqüenta anos de atividades no Brasil, a Rohm and Haas organizou uma série de eventos comemorativos em agosto. Sob o tema Desenvolvimento Sustentável, que enfocou os tema de saúde, ambiente, ética e responsabilidade social caminhando juntos com o crescimento da empresa, a fabricante de adesivos e especialidades químicas promoveu um jantar para clientes e fornecedores e um open house e um café da manhã para autoridades do Vale do Paraíba, em sua fábrica de Jacareí (SP). Paralelamente, foram intensificadas atividades sociais e

ambientais. Em Jacareí, a empresa lançou um projeto de revitalização da mata ciliar do Rio Paraíba, no trecho que circunda sua planta industrial e parcerias com a instituição Jacareí Ampara Menores (JAM) e com escolas estaduais e municipais. Já em São Paulo, onde mantém seu escritório comercial, a Rohm and Haas desenvolveu campanhas sociais em parceria com a Associação Caminhando Juntos (ACJ), como um fomento à doação de sangue e um concurso de engajamento de jovens no mercado de trabalho. (11) 5185-9000 • www.rhcis.com

Vida prolongada garantida Para alimentos que necessitam de

dez ciclos para diferentes produtos e

Nov sítio II

elevada proteção de sua integridade

possui sensor eletrônico, que asse-

A agência paranaense Datamaker

e alta shelf life, a Sunnyvale está

gura absoluta precisão no controle do

Designers está lançando seu novo

apresentando ao mercado novos

grau de vácuo e quantidade de gás

web site (www.datama-

equipamentos para embalar a vácuo

injetado. Ela pode realizar somente

ker.com.br). Nele, o internauta

ou com atmosfera modificada, fabri-

selagem, vácuo mais selagem ou vá-

encontrará a história e os cases

cados em aço inox pela parceira ita-

cuo mais aplicação de gás e selagem.

da empresa e um e-zine com di-

liana Tecnovac. A grande novidade é

(11) 3048-0121 • www.sunnyvale.com.br

cas sobre design de embalagens,

a embaladora a vácuo T 700bis

entre outras seções.

(foto), digital, programável e com câmara dupla. Sua bomba de vácuo é

Lucro I

integrada e compacta, permitindo

A Dixie Toga anunciou um lucro lí-

que a máquina seja deslocada para

quido de R$ 7,4 milhões no primei-

qualquer setor produtivo. Outro des-

ro semestre, revertendo o prejuí-

taque é a Quick 40, seladora de ban-

zo de R$ 2,97 milhões em igual

dejas de diversos tamanhos e que

período do ano passado. A receita

permite trabalhar com diferentes

líquida da empresa cresceu de R$

composições gasosas. Ela pode ope-

306 milhões para R$ 400 milhões

rar em modo mecânico ou pneumáti-

de janeiro a junho deste ano.

co, permite a programação de até

44 – EMBALAGEMMARCA • set 2003

Site dedicado para o “plástico-vidro” Para demonstrar os atributos de seu polímero Eastar e os benefícios de seu uso pelas indústrias usuárias de embalagens e para os profissionais de marketing e design, a Eastman Chemical Company está lançando um site especial. Nele, a companhia apresenta o Eastar como uma alternativa “fashion” e de alta tecnologia ao vidro para a obtenção de embalagens para produtos de luxo, principalmente nos mercados de cosméticos e artigos de cuidados pessoais. Além de apresentar aplicações comerciais atuais do polímero, o site oferece um desafio ao visitante: apontar a diferença entre embalagens feitas de vidro e as feitas com o Eastar. Os visitantes do site podem solicitar uma amostra para exame,

comparando o toque entre os materiais. “Vemos enormes oportunidades para novos desenhos utilizando o material”, diz Burt Capel, gerente de desenvolvimento de mercado da Eastman para cosméticos. Segundo ele, alguns dos destaques do Eastar são a facilidade de decoração e o fato de ele não estilhaçar, o que garante segurança no transporte e comodidade ao consumidor em viagens. www.theglasspolymer.com

Tubos atraentes com rotogravura A chilena Alusa, que possui escritório de vendas no Brasil, está divulgando o início do fornecimento de uma tecnologia de impressão em espiral para embalagens multifolheadas do tipo fibralata (canisters). O sistema de impressão utilizado é a rotogravura. De acordo com a Alusa, a intenção é fornecer todo o conjunto – rótulo, laminado interno e tampa – às empresas usuárias, que apenas formam a embalagem. Um dos clientes que já vem sendo provido pela Alusa com essa aplicação é a chilena Corpora Tresmontes, que utiliza canisters para embalar snacks. (11) 5093-6511 [email protected]

Alento para itens frágeis Para a proteção de produtos durante processos de transporte, uma boa alternativa pode ser o uso das espumas de polietileno expandido de baixa densidade da Vick. Totalmente recicláveis, elas têm fácil processamento, podendo ser cortadas, termo-seladas e gravadas. Elas são fornecidas como bastões, mantas, redes ou tubos. Como mantas, podem ser filmadas, aluminizadas (prata ou dourado), ter tratamento antiestático e ser co-lami-

Relançados para “squeezable”

STUDIO AG

De olho no segmento de frascos do tipo squeezable (“apertáveis”), a Novelprint está relançando, com aprimoramentos, uma linha de rótulos especialmente desenvolvida para esse tipo de embalagem. De acordo com Osvaldo Belintani, superintendente técnico da empresa, o novo material auto-adesivo se adapta com facilidade aos frascos, conferindo uma apresentação diferenciada, mais durável e resistente ao manuseio, além de permitir o uso de recursos de impressão mais elaborados, tais como hot stamping e degradês. Fornecidos em bobinas, os rótulos da Novelprint podem ser impressos em até dez cores. A empresa oferece o sistema de aplicação automático e a assistência técnica permanente. (11) 3768-4111 • www.novelprint.com.br

46 – EMBALAGEMMARCA • set 2003

nadas com papel kraft, para a proteção de itens como móveis, vidros e espelhos. Em redes, são ideais para embalagens de despacho de frutas “for export”, garrafas, produtos laboratoriais, autopeças, produtos de cerâmica, cristais etc. “O material foi desenvolvido para atender a uma demanda de um mercado que cresce a cada ano cerca de 40%. Na substituição de outros materiais, há queda de custo no processo produtivo”, argumenta Sílvia Orrú, gerente de marketing da Vick. (11) 3871-7888 • www.vick.com.br

Consumo aparente de resinas cai O fraco desempenho econômico no Brasil entre janeiro e junho deste ano comprometeu a performance dos produtores de resinas termoplásticas. De acordo com o Sindicato das Indústrias de Resinas Sintéticas no Estado de São Paulo (Siresp), o consumo aparente – produção mais as importações, menos as exportações – neste primeiro semestre foi de 1 616 565 toneladas, uma queda de 1,68% em relação ao mesmo período de 2002. O setor foi particularmente atingido no segundo trimestre. Transformadores começaram abril com estoques eleva-

dos de matéria-prima, formados em função da alta do dólar e das oscilações do preço do petróleo. Contudo, as indústrias consumidoras de plástico não corresponderam às expectativas, afetando assim as vendas internas de resinas. Uma delas, segundo o Siresp, foi a de embalagens, que apresentou retração de 5,5% nos cinco primeiros meses de 2003. Apesar do quadro desfavorável no primeiro semestre, o setor de plásticos acredita que neste ano haverá crescimento entre 5% a 6% no consumo aparente de resinas.

(11) 287-2619 • www.siresp.org.br

Suzano conquista dois prêmios Aberje A Cia. Suzano de Papel e Celu-

em formato de livro, que busca

lose conquistou dois prêmios da

levar a literatura a todos os con-

Aberje – Associação Brasileira

textos, inclusive financeiro. Com

de Comunicação Empresarial –

o resultado, a empresa já está

São Paulo, nas categorias inova-

classificada para o Prêmio Aber-

ção, com a Revista Idéia, publi-

je Brasil 2003, em novembro.

cação bimestral, lançada há

O Relatório de Administração foi

dois anos, que alia informação

criado pela Gabarito de Marke-

e design na divulgação dos pro-

ting Editorial. Na revista Idéia, a

dutos da empresa; e Relatório

X-Press Assessoria em Comunica-

de Administração, com Relatório

ção responde pela elaboração

de Gestão Empresas Suzano

do conteúdo, e o design e a di-

2002, reescrito por imortais da

reção de arte do projeto são da

Academia Brasileira de Letras,

artista plástica, Helga Miethke.

Agenda A Abigraf espera reunir mais de mil empresários durante o XII Congraf – Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica, que será realizado entre os dias 16 e 18 de outubro de 2003, em Goiânia (GO). Além de workshops técnicos e palestras com análises e debates macroeconômicos, o evento contará com a I Feira da Indústria Gráfica do Estado de Goiás.

Photoshop na rede Está no ar o website photopro.com.br, que é dedicado aos usuários do Photoshop, software de criação e edição de imagens digitais da Adobe. A página conta com notícias, dicas, informações, além de uma série de serviços exclusivos a assinantes. O projeto foi idealizado por Alexandre Keese, que há anos ministra cursos e palestras sobre o aplicativo.

Papéis para escritório A PrintLife inaugurou um novo centro de produção de papel, que oferecerá bobinas de fax, formulários contínuos e etiquetas auto-adesivas para impressoras laser e ink jet. A empresa investiu 950 000 reais na unidade, que fica localizada em Osasco (SP), próximo ao Rodoanel.

Versão para download A Heidelberg incluiu em sua página na internet (www.heidelberg.com) uma versão gratuita do Supercolor 1.0, aplicativo que gerencia a conversão das tabelas de cores usadas nos arquivos PDF para impressão em policromia. A empresa afirma que, além de suportar a conversão automática de RGB para CMYK e cores spot, o Supercolor elimina os contratempos que ocorrem quando há problemas na definição de cor nos arquivos PDF.

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Reciclato agora no escritório Lançado em 2001 como o primeiro papel 100% reciclado produzido em escala industrial no Brasil, o Reciclato, da Cia. Suzano de Papel e Celulose, acaba de ganhar uma versão voltada ao mercado corporativo, que hoje representa 55% do consumo de papel no Brasil. Produzido em formato cut to size, o produto será vendido em dois tamanhos (A4 e carta), em embalagens com 500 folhas. Segundo a empresa, todas as aparas usadas na produção do Reciclato são adquiridas de cooperativas de catadores. A Suzano informa ainda que parte da renda obtida com a marca, cuja produção cresceu sete vezes desde

que foi lançada, é destinada a projetos sociais e ambientais do Instituto Ecofuturo, ONG criada pela própria empresa com o intuito de promover o desenvolvimento sustentável no Brasil. www.suzano.com.br (11) 3037-9000

Sede nova, vida nova A Heidelberg anunciou em agosto a mudança de endereço de sua sede brasileira. O novo prédio da empresa passa a ocupar uma área de 3 000 m2, que abriga os departamentos administrativo, técnico, comercial e logístico. Localizada na capital paulista, a nova instalação servirá de base para as operações regionais de Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Recife e Rio de Janeiro, além de ser o ponto de apoio de todos os escritórios latino-americanos da Heidelberg. Atualmente, a empresa conta com um time de 120 técnicos e mais de 12 000 itens de peças em estoque no Brasil. www.br.heidelberg.com • (11) 5525-4500

Para vender lá fora A VCP – Votorantim Celulose e Papel – comemorou em agosto a conclusão do processo de modernização da Unidade Jacareí, que havia sido iniciado em 2001. Sob a sigla P-2000, o projeto consumiu 490 milhões de reais e elevou a capacidade de produção de celulose da uni-

dade para 1,5 milhão de toneladas ao ano. O aumento das exportações é um dos alvos principais do investimento. A idéia é aumentar as vendas internacionais das atuais 270 000 para 800 000 toneladas ao ano. Diferenciais competitivos não faltam para a meta. Além do aporte em modernização de processos, fatores como o clima e o solo brasileiros fazem com que o custo médio de produção de celulose da empresa gire em torno de 140 dólares a tonelada. Segundo a VCP, em países como os Estados Unidos, Espanha e Portugal, esse valor pode atingir até 300 dólares. www.vcp.com.br (11) 3269-4028

mercado

Investir e crescer Alheia à crise, Antilhas inaugura nova sede com otimismo tão esperado “Espetáculo do Crescimento”, propalado pelo atual presidente da República, ainda não aconteceu para boa parte do setor produtivo, gerando a lamúria dos industriais brasileiros. Mas há também quem não possa se queixar. No final de agosto, quando o balanço do PIB (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre de 2003 acusava um recuo de 1,6% em relação aos três primeiros meses do ano, a Antilhas – Soluções Integradas para Embalagens inaugurou oficialmente sua nova sede, para onde já se mudara cerca de um mês antes. Os números são impressionantes, e dão uma dimensão do bom momento que vive a empresa. Ocupando uma área de 40 000 m2 no município de Santana de Parnaíba (SP), com 22 000 m2 de área construída, a nova sede consumiu investimentos da ordem de 22 milhões de reais, aos quais se somaram outros cerca de 12 milhões em equipamentos. Com isso, a empresa colocou num mesmo local os seus mais de 300 funcionários que trabalhavam em cinco unidades diferentes, uma integração que traz ganhos logísticos e agiliza o trabalho. A propósito, em seu discurso de saudação aos mais de 200 convidados presentes à festa de inauguração, Valter Marques Baptista, diretor presidente da Antilhas, destacou algumas das características que colocam a nova fábrica entre as mais avançadas indústrias gráficas do mundo (tais como um avançado sistema de prevenção e combate a incêndio e a edificação de uma área isolada para manuseio de tintas, vernizes e solventes) e a preparam para continuar na sua trajetória de crescimento. “Nossa expectativa é terminar 2003 com um aumento em vendas superior a 25% em relação ao ano passado”, diz Maurício Groke, diretor comercial da em-

FOTOS: DIVULGAÇÃO

O

presa. O que chama a atenção é que, em 2002, a Antilhas já crescera cerca de 18%. Qual o segredo dessa ilha de prosperidade num mercado estagnado e beirando a recessão? Na explicação de Groke, esse vigor é resultado da estratégia da empresa de diversificar seus mercados de atuação, e de buscar nichos com maior valor agregado. “Nossa gama de produtos é muito ampla, pois buscamos oferecer soluções integradas de embalagem.” O diretor comercial ressalta que a Antilhas monitora as tendências nos mercados de seus clientes, para estar preparada para atender demandas futuras. Outro fator que impulsionou esse crescimento foi, segundo Groke, o bom desempenho de alguns clientes no mercado externo. “Quando eles exportam, nós exportamos junto.” Outra curiosidade destacada por Marques Baptista é a volta, literalmente por cima, às origens. Fundada em 1989, em Barueri (SP), como mais uma pequena gráfica da região metropolitana da capital paulista, a empresa ganhou o nome da rua que a abrigava. Catorze anos depois, com a nova sede, o caminho se inverteu. Agora o novo logradouro é que foi batizado de Alameda Antilhas.

Nova sede da Antilhas: R$ 22 milhões para integrar as cinco unidades da empresa

Antilhas (11) 4152-1100 www.antilhas.com.br

set 2003 • EMBALAGEMMARCA – 49

Almanaque Símbolo do tradicionalismo inglês Oriundo de uma família de tecelões, Thomas Twining tornou-se comerciante em virtude de uma crise econômica. Em 1706, comprou uma cafeteria em Londres que viria a se tornar, provavelmente, a primeira empresa a comercializar chás no mundo, imortalizada no sobrenome de seu fundador. Sobre a porta de

As chamadas lendas urbanas, nascidas não se sabe como, por vezes podem criar verdadeiras dores de cabeça. Que o diga a Associação Brasileira do Alumínio (Abal), cujos telefones e e-mails vivem atolados com pedidos de informações sobre como proceder para vender lacres de latas de bebidas. Ocorre que se espalhou a lenda de que 1 quilo dos anéis das latinhas, “poupado” numa garrafa de PET de dois litros, valeria mais de 200 reais no mercado da reciclagem. Só que, como a Abal esclarece, os lacres, soltos, não têm valor comercial. As recicladoras processam as latas inteiras com ou sem os lacres, mas não os compram separadamente, pois podem se perder durante o transporte e a peneiragem do material. Aliás, como ressalta a entidade, o sistema atual de abertura das latinhas – o stay-on-tab, ou “tampa ecológica”, apelido ganho no Brasil – foi adotado justamente para manter o anel preso à tampa.

50 – EMBALAGEMMARCA • set 2003

bolo distintivo: o nome Twinings (sem apóstrofe), com uma tipologia que até hoje enfeita as embalagens da marca. Há mais de dois séculos em vigor, é o logotipo ainda em uso mais antigo do mundo.

Vale mais prevenir… Seja sob a justificativa de se “adequar à linguagem da categoria do produto” ou para confundir mesmo o consumidor, avolumam-se no mundo inteiro os casos em que grafismos de embalagens são imitados pela concorrência – ainda mais num período em que as marcas se multiplicam na velocidade dos coelhos. Por isso, algumas empresas já vêm arregaçando as mangas para frear o ímpeto plagiador. Um exemplo vindo da Índia ilustra essa preocupação. Os sabonetes Breeze, da Hindustan Lever, tratam

de avisar em suas embalagens: “Imitation of label graphics is a punishable offence”. Traduzindo: imitar o grafismo do rótulo é crime passível de punição. Se a moda pega por aqui…

…do que remediar Se pegar, e se houver rigor na aplicação de uma hipotética Lei industrial, diversas indústrias irão respirar aliviadas. Entre elas, sem sombra de dúvida, estará a L.R. Cia. Brasileira de Produtos de Higiene e Toucador, a fabricante do tradicionalíssimo cosmético Leite de Rosas, cuja identidade visual é das mais “clonadas” no cenário bra-

sileiro. A providencial foto aqui reproduzida é do livro Como Criar Identidades Visuais Para Marcas de Sucesso (Rio Books), de Gilberto Strunck.

FOTO: FERNANDO MAFRA

A vã mania de mutilar latinhas

seu café, Thomas colocou a imagem de um leão dourado, que permanece como símbolo da empresa. Em 1787, seu filho e herdeiro, Richard, deu ares mais grandiosos à fachada. O leão dourado recebeu a companhia de dois chineses, para remeter às origens dos produtos comercializados na loja. Criou também um sím-

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