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Mais um serviço para o setor
T
Wilson Palhares
Os leitores poderão se informar, a cada mês num segmento, sobre alguns dos principais produtos lançados em outros países
emos a satisfação de anunciar ao mercado mais uma iniciativa que se soma a nosso permanente esforço destinado a consolidar EMBALAGEMMARCA como uma fonte cada vez mais completa de informações sobre embalagens. Trata-se da inauguração, em julho último, de uma parceria da revista com a Mintel, renomada empresa internacional fornecedora de informações de mercado. Com base no Reino Unido, a Mintel é a responsável pela ferramenta GNPD – Global New Products Database, um acompanhamento de lançamentos de bens de consumo em diversos países que reúne
informações sobre o produto e a embalagem num banco de dados centralizado, acessível de qualquer parte do globo por seus assinantes. A partir de agora, sempre complementando uma de nossas reportagens especiais, em cada edição da revista serão apresentadas novidades e o cenário em que se enquadram alguns produtos cujos lançamentos tenham sido acompanhados pelo GNPD. Além dos lançamentos feitos no mercado brasileiro, que são analisados por nossa equipe, os leitores poderão se informar, a cada mês num segmento, sobre alguns dos principais produtos lançados em outros países. Sem custos
para quem recebe a revista, essa iniciativa se enquadra no objetivo de EMBALAGEMMARCA de municiar a cadeia produtiva de embalagem do Brasil com informações capazes de contribuir para a melhora da qualidade e para a competitividade de seus produtos. Nessa linha, aliás, foi criado o PRÊMIO EMBALAGEMMARCA – GRANDES CASES DE EMBALAGEM, no qual as empresas podem mostrar como colaboram, com suas ações, para o fortalecimento da cadeia produtiva de embalagem e, em conseqüência, da economia do país. Não esqueça: as inscrições vão só até o dia 15 de agosto. Até a próxima.
nº 95 • julho 2007
28 14 16 22 26 44 3
Águas
Nova marca de águas aromatizadas adota garrafas com design despojado e moderno
Plásticas
Brasileiros relatam o que aconteceu em evento internacional sobre standup pouches
Fechamentos
48
Patês de atum apresentam latas com tampa que garante praticidade e conveniência
Materiais
Braskem inova e lança “polietileno verde”, obtido de etanol de cana-de-açúcar
Design
Pouca ousadia em embalagem ajuda a criar percepção de inércia dos produtos de limpeza
[email protected]
Reportagem de capa: Stick packs
Reportagem
[email protected]
Finos, tubulares e flexíveis, stick packs prometem criar novos apelos de consumo para uma série de produtos
Flávio Palhares
[email protected]
Guilherme Kamio
[email protected]
Leandro Haberli Silva
Entrevista: Dennis Giacometti
[email protected]
Marcella de Freitas Monteiro
[email protected]
Publicitário fala sobre a mesmice dos produtos para limpeza doméstica
53 54
Diretor de Redação Wilson Palhares
Departamento de Arte
[email protected]
Carlos Gustavo Curado José Hiroshi Taniguti
Sondagem GNPD
Painel da Mintel apresenta novidades internacionais em itens de home care
Administração Eunice Fruet Marcos Palhares Departamento Comercial
Fispal
[email protected]
Um balanço das novidades em embalagem apresentadas na 23ª edição da feira
Karin Trojan Wagner Ferreira
Circulação e Assinaturas Marlene Lucas
[email protected] Assinatura anual: R$ 99,00
64 68
Público-Alvo EMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais que ocupam cargos de direção, gerência e supervisão em empresas integrantes da cadeia de embalagem. São profissionais envolvidos com o desenvolvimento de embalagens e com poder de decisão colocados principalmente nas indústrias de bens de consumo, tais como alimentos, bebidas, cosméticos e medicamentos.
Mercado
Aquecimento da indústria de construção civil aumenta demanda de embalagens para tintas imobiliárias
Plásticas
Unindo xampus e condicionadores, estojos brilham no PDV e garantem fidelidade às marcas
Filiada ao
Editorial A essência da edição do mês, nas palavras do editor
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Espaço aberto
Impressão: Margraf Tel.: (11) 4689-7100
Opiniões, críticas e sugestões de nossos leitores
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EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da Bloco de Comunicação Ltda. Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo Antonio • CEP 04718-040 • São Paulo, SP Tel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463
Display Lançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens
12 Internacional Destaques e idéias de mercados estrangeiros Movimentação no mundo das embalagens e das marcas
70 Conversão e Impressão Produtos e processos da área gráfica para a produção de rótulos e embalagens
72 Índice de Anunciantes Relação das empresas que veiculam peças publicitárias nesta edição
74 Almanaque Fatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens
Filiada à FOTO DE CAPA: STUDIO AG / ANDRÉ GODOY
40 Panorama
www.embalagemmarca.com.br O conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA é resguardado por direitos autorais. Não é permitida a reprodução de matérias editoriais publicadas nesta revista sem autorização da Bloco de Comunicação Ltda. Opiniões expressas em matérias assinadas não refletem necessariamente a opinião da revista.
muito felizes em ter espaço neste veículo tão conceituado divulgando nosso crescimento, na reportagem “Investimentos aos tubos”. Vamos encaminhar exemplares da revista aos nossos acionistas, investidores na Suíça e para nossos clientes estratégicos. Rosvita Cirtoli Marketing C-Pack Creative Packaging Distrito Industrial, São José, SC
A Prêmio EMBALAGEMMARCA
N
ovamente EMBALAGEMMARCA se destacou das demais pela profundidade e pela seriedade da proposta. Certamente vamos estudar o regulamento e desenvolver cases em conjunto com nossos clientes para concorrer nesta premiação. Contem com nosso apoio total. Mais uma vez, parabéns pela iniciativa. Renata Shayani Departamento de marketing Tetra Pak Monte Mor, SP
A
gradeço em nome dos alunos, da diretoria da escola, da equipe de marketing e dos coordenadores desta entidade pela excelente reportagem intitulada “Agora já tem cara”, veiculada na edição de junho último, a respeito do concurso interno que resultou no projeto do troféu do PRÊMIO EMBALAGEMMARCA – GRANDES CASES DE EMBALAGEM. Valeu muito.Tenho certeza de que agradará a todos. Auresnede Pires Stephan, Eddy Coordenador da área de design Centro Universitário Belas Artes de São Paulo São Paulo, SP
Edição de aniversário
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rimeiramente, parabéns pela edição de oitavo aniversário de EMBALAGEMMARCA, como sempre de excelente bom gosto e rica no seu conteúdo. Ficamos
6 >>> EmbalagemMarca >>> julho 2007
cabei de receber e ler a edição especial de aniversário de EMBALAGEMMARCA. Como sempre, está muito boa e consistente. A competência é que perpetua as boas idéias! Vocês têm, além de muitas boas idéias, enorme competência. Parabéns pelos oito anos. Sergio Hamilton Angelucci Diretor de Relações Corporativas & Suprimentos Embalagens Flexíveis Diadema S/A Diadema, SP
R
ecebi hoje a revista EMBALAGEMMARCA, que realmente está MUITO bonita e com conteúdo muito legal. Parabéns pela publicação especial de aniversário. Ronnie Schröter Diretor Comercial Etirama Indústria de Máquinas Ltda. Sorocaba, SP
Q
uero felicitá-los pelos oito anos de existência de EMBALAGEMMARCA. Oxalá cumpram muitos mais, pois a revista, que conheci há alguns meses, é de grande utilidade para o setor, já que nos aporta valiosas informações, novidades. Sem exceções, suas reportagens são excelentes. Desejo-lhes muitos anos de vida e que continuem sempre oferecendo a qualidade que os caracteriza. Aldo Mazzotti Engenheiro Industrial Buenos Aires, Argentina
P
arabéns à equipe pelo oitavo aniversário de EMBALAGEMMARCA. Foram 94 edições imperdíveis! Um precioso repositório das inovações ocorridas na cadeia produtiva do mercado de embalagens. Pelo critério e pela impar-
cialidade com que a revista aborda os assuntos, essa desafiadora e trabalhosa iniciativa da Editora Bloco de Comunicação, lançando o pioneiro PRÊMIO EMBALAGEMMARCA 2007 – GRANDES CASES DE EMBALAGEM, vai apontar os verdadeiros empresários e profissionais inovadores, nem sempre reconhecidos como tais. E são muitos. Agora vamos conhecê-los em futura edições da revista. Carlos Caprara Publicitário São Paulo, SP
Compartilhando qualidade
S
ou professor da Escola Técnica JK, de Ipatinga, MG, que desde junho último passou a receber os excelentes e de altíssima qualidade exemplares da revista EMBALAGEMMARCA. Gostaria, em nome da entidade, de agradecer a oportunidade de estarem compartilhando com nossos alunos a qualidade que se faz presente em embalagens, além de informações e curiosidades. Marlon José de Mello Coordenador do Curso de Automação da Escola Técnica JK Ipatinga, MG
CORREÇÃO Na reportagem “Investimentos aos tubos” (EMBALAGEMMARCA nº 94, junho 2007), é imprecisa a informação de que a capacidade de produção da fábrica de tubos plásticos da CCL, a ser instalada na cidade de Vinhedo (SP), será de 40 milhões de unidades por mês. A informação correta é 40 milhões de unidades por ano.
Cartas para EMBALAGEMMARCA Redação: Rua Arcílio Martins, 53 CEP 04718-040 • São Paulo, SP Tel (11) 5181-6533 Fax (11) 5182-9463
[email protected] As mensagens recebidas por carta, e-mail ou fax poderão ter trechos não essenciais eliminados, em função do espaço disponível, de modo a dar o maior número possível de oportunidades aos leitores. As mensagens poderão também ser inseridas no site da revista (www.embalagemmarca.com.br).
Edição: Flávio Palhares
Canguru Embalagens (49) 3321-0321 www.canguru.com.br Speranzini Design (11) 5685-8555 www.speranzini.com.br
Absorventes de cara nova Mili Premium tem embalagens reformuladas O absorvente Mili Premium chega às gôndolas com novas embalagens, que ganharam cores fortes e vibrantes. O pro-
duto é envolvido em filmes de polietileno de baixa densidade impressos em rotogravura pela Canguru Embalagens, com oito,
Piá reformula embalagem Creme de leite ganha pote de PP Potes de polipropileno de 200 e de 350 gramas produzidos pela Huhtamaki acondicionam o novo creme de leite Piá, que chega às gôndolas dos mercados da região Sul. As embalagens ganharam lacres de alumínio com polietileno fornecidos pela Selimpack. As tampas de polipropileno também são supridas pela Huhtamaki. O layout ficou a cargo da Meta Comunicação.
Spiltag (14) 3408-1100 www.spiltag.ind.br Tech Sprayer (11) 2198-4888 www.techsprayer.com.br
Huhtamaki (11) 5504-3500 www.huhtamaki.com.br Meta Comunicação (51) 3036-4466 www.metacomunicacao.com.br
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Selimpack (11) 4447-2080 www.selimpack.com.br
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16 e 18 unidades (promocional). A agência responsável pelo layout das embalagens é a Speranzini Design.
Spray para refrescar o rosto Bio Retard lança água hidratante O H2O, produto da Bio Retard indicado para hidratar e refrescar o rosto, chega ao mercado em frasco de PET decorado com silk screen, fornecido pela Spiltag. As válvulas-spray são produzidas pela Tech Sprayer. O design das embalagens é da Bio Retard.
Certs tem novo visual Embalagens vêm da Turquia As embalagens das minipastilhas Certs, da Cadbury Adams, ganharam novo visual. O produto agora é acondicionado em frascos de polipropileno, com tampas também feitas com o mesmo material. Os rótulos auto-adesivos de papel couché ganharam impressão em uv letterpress e funcionam como lacre das embalagens. Os frascos, as tampas e os rótulos são importados da Turquia. O layout das embalagens foi criado pela Narita Design.
Narita Design (11) 3167-0911 www.naritadesign.com.br
Frasco de PEAD para D’Amour Brasfan (21) 3448-7310 Makton (21) 2560-5998 www.makton.com.br Schanuel Ferramentaria (24) 2231-4560
Linha de óleos ganha dois produtos A Kanitz amplia seu portfólio com duas variantes para a linha de óleos perfumados D’Amour. Chamados de Kiss e Segredo, os produtos são acondicionados em frascos de 200 mililitros da Brasfan feitos em polietileno de alta densidade. Rótulos auto-adesivos da Makton decoram as embalagens, que têm tampas de polipropileno fornecidas pela Schanuel Ferramentaria, de Petrópolis (RJ) . O design é da própria Kanitz.
Cepacol tem novo sabor Canela Power chega ao mercado
Labcom Comunicação (16) 3967-8009 www.labcom.ppg.br
Cepacol, marca de higiene bucal da Sanofi-Aventis, ganha a versão Canela Power. Os frascos de PET do novo produto têm as tampas fornecidas pela Alcan e os rótulos auto-adesivos pela Prakolar. O design é da Publicis.
Rigesa (19) 3881-8000 www.rigesa.com.br
Alcan (11) 4075-6521 www.alcan.com.br Prakolar (11) 6291-6033 www.prakolar.com.br Publicis (11) 3196-9000 www.publicis.com.br
Bertin lança quibe para assar Produto é acondicionado em caixas da Rigesa A Bertin Alimentos aumenta sua oferta de produtos com o lançamento do quibe pronto para assar. O produto é embalado em caixas de papel cartão de 520 gramas impressas pela Rigesa, com criação da Labcom Comunicação.
Bebida premium, embalagens especiais Criasett (11) 4997-4044 Dixie Toga (11) 6982-9200 www.dixietoga.com.br Gráfica Rami (11) 4587-1100 www.ramiprint.com.br Latapack-Ball (12) 2127-4700 www.latapack.com.br Riverwood (11) 4589-4500
[email protected] SPO + Pantani (11) 3168-9166 www.pantanidesign.com.br
Itaipava explora estruturas laminadas em novas multipacks de papel cartão A SPO + Pantani assina a nova linha de embalagens da cerveja Itaipava Premium. A novidade é a utilização, tanto para rótulos como para caixas multipacks de estruturas laminadas, fato inédito no segmento de cervejas. O cartão laminado permitiu a utilização da tinta “ouro metálico”, dando um aspecto nobre às caixas, que ficaram semelhantes a embalagens de uísques e outras bebidas destiladas. A Itaipava Premium tem as versões em lata,
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garrafas long neck de 355 mililitros e garrafas de 600 mililitros. As multipacks também têm três versões: six pack para as long necks, ten packs para as latas e 12 pack para as garrafas. As embalagens multipacks são impressas em papel cartão laminado pela Riverwood e pela Gráfica Criasset. Os rótulos em
papel laminado das garrafas de 600 mililitros e das long-necks são fornecidos pela Dixie Toga e pela Gráfica Rami. As latas são da Latapack-Ball.
Sabores diferenciados Matte Leão tem novidades para o inverno A Matte Leão apresenta edições limitadas de chás secos nos sabores amêndoas e chocolate com caramelo. Os sachês são acondicionados em cartuchos de papel cartão impressos pela Magistral. A linha de chá verde, que agora tem a versão maracujá, apresenta novidades nas caixas com capacidade para 15 sachês: relevo e aplicação de hot stamping. O layout das embalagens é assinado pela KommDesign.
KommDesign (11) 3029-2131 www.kommdesign.com.br Magistral (11) 2141-6600 www.magistralimpressora.com.br
Sopas com novas embalagens Knorr diversifica sabores
Design Absoluto (11) 3071-0474 www.designabsoluto.com.br Inapel (11) 6462-8800 www.inapel.com.br
As novas embalagens das sopas Knorr ganharam nova identidade visual, que ressalta a qualidade dos ingredientes. A nova cara das embalagens flexíveis da linha, composta por Sopas, Cremes e Sopões, facilita a identificação de cada segmento. Os sachês são produzidos pela Inapel, com layout da Design Absoluto.
Colher para quê?
U
m fole. É mais ou menos como se comporta o CrushPak, copo plástico de paredes sanfonadas que, ao ser espremido, expele o conteúdo, permitindo o consumo de alimentos pastosos diretamente da embalagem. Maior exportadora mundial de laticínios, a neozelandesa Fonterra adotou esse squeeze pack no fim de 2006 para lançar o Splatz, iogurte voltado ao público infanto-juvenil. O produto virou sensação no país dos maoris e kiwis. Há três meses, a Fonterra novamente recorreu ao CrushPak, no lançamento dos iogurtes Calci-Yum Squeezables. A empresa não cita números, mas assegura que as vendas da novidade vêm batendo as expectativas. Detalhe: os iogurtes em CrushPak têm preços até três vezes maiores que os daqueles acondicionados em copos tradicionais. O copo-fole é uma invenção da também neozelandesa Inveratek, empresa que desenvolve e licencia patentes tecnológicas. “O CrushPak propicia o consumo fora do lar, conquista as crianças e é simples de ser adotado”, disse Paul Adams, diretor da Inveratek, em entrevista a EMBALAGEMMARCA. Tendo-se o molde apropriado, Adams explica, a embalagem pode ser fabricada com chapas convencionais de poliestireno (PS) em qualquer linha de termoformagem do tipo form-fill-seal (FFS), sem modificações. A Fonterra, por exemplo, produz o CrushPak numa máquina FFS standard da francesa Erca-Formseal.
MANIA – Introdutores do copo sanfonado, iogurtes da Fonterra (em destaque) fazem sucesso entre os jovens na Nova Zelândia
Desenho econômico Adams garante que o desenho sanfonado não incide em maior consumo de plástico na construção do copo. Apesar de produzir uma área maior que a de uma parede lisa, a estrutura permite empregar chapas menos espessas, economizando até 36% de material em relação ao copo liso convencional – e com o dobro da resistência ao 12 >>> EmbalagemMarca >>> julho 2007
Erca-Formseal www.erca-formseal.com Inveratek +64 (888) 947-8880 www.inveratek.com
empilhamento. “Consumindo menos matéria-prima, menos energia na transformação e dispensando rótulo no corpo e o uso de colherinhas, o CrushPak minimiza o impacto ambiental”, alardeia o diretor da Inveratek. O CrushPak suporta envase a quente, resiste a baixas temperaturas e também pode ser moldado por injeção. Testes já o produziram em polipropileno (PP), PVC e polietileno de alta densidade (PEAD), inclusive com barreira de EVOH. Além de iogurtes, molhos e condimentos, geléias, sorvetes e polpas congeladas de frutas são potenciais usuários da embalagem. O licenciamento para empresas brasileiras é possível, inclusive com acordos de exclusividade. “As idéias de uso do CrushPak crescem a cada dia, e contribuições sul-americanas são bem-vindas”, atiça Adams. Mais detalhes sobre a embalagem podem ser acessados em www.crushpak.com. (GK)
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Copo que “ejeta” produtos é um diferencial para iogurtes e outros alimentos
Quase etéreas NoBottle, nova tecnologia da Sidel, permite produzir garrafas de PET de extrema leveza da Sidel. “As garrafas NoBottle resistem a variações de pressão e, graças à memória, resistem melhor às etapas de transporte, envase e manuseio.” Ao garantir garrafas de 25% a 40% mais leves, a tecnologia NoBottle consequentemente reverte em menor despêndio com matéria-prima e em embalagens mais afinadas com a sustentabilidade. Segundo a Sidel, os alvos primários da novidade são águas minerais. Acondicionando tais produtos, as garrafas NoBottle transparentes, ultraleves e de linhas refinadas praticamente “desaparecem” – fazendo jus ao seu nome comercial. (FP) Sidel (11) 3783-8814 www.sidel.com DIVULGAÇÃO
A
pós um ano de desenvolvimento e pesquisas, a Sidel acaba de lançar na Europa o conceito NoBottle (em tradução livre, algo como “Sem Garrafa”). Trata-se de uma nova tecnologia para a produção de garrafas de PET com design moderno e extrema leveza – o recipiente de 500 mililitros pesa 9,9 gramas, o menor peso já registrado de uma garrafa para tal volume. Garrafas convencionais de 500 mililitros têm entre 13 e 16 gramas. O resultado foi obtido graças ao desenvolvimento de uma nova tecnologia, chamada pela empresa de “Flex”. O princípio é baseado em flexibilidade e na propriedade de memória do material plástico, que permitem à embalagem recuperar seu formato original depois de sofrer contrações. Normalmente, quando se reduz o emprego de resina em uma garrafa é necessário dotála de anéis de sustentação, para torná-la mais resistente. Isso acaba por limitar o aliviamento de peso, além de jogar contra a imagem premium. A tecnologia Flex elimina a necessidade dos anéis. “Assim, os designers ficam livres para criar vários tipos de formas, com superfícies uniformes e pouquíssimo peso”, explica Franck Hancard, gerente de soluções de embalagens
LIGHT – NoBottle é de 25% a 40% mais leve que as garrafas triviais
mercado >>> águas
Neutralidade realçada Despojadas, garrafas de novas águas com sabor destacam conteúdo límpido FOTOS: DIVULGAÇÃO
S
ócio de uma fonte de água mineral localizada a 30 quilômetros de São Paulo, Paulo Jafet chamou no fim do ano passado os amigos Fernando Figueiredo, presidente da agência de marketing promocional Bullet, e Marcos Lutz, executivo do setor usineiro, para ver como poderiam aproveitar o líquido que brotava do chão. O emergente sucesso das águas aromatizadas no Brasil os estimulou a lançar uma nova marca nesse mercado: a Neutra. Reunidos numa nova empresa, a AD Distribuidora de Bebidas, os novos empresários do ramo de águas compraram uma linha de produção de ponta, capaz de produzir 1 milhão de litros por mês, e a instalaram na fonte de Jafet. “Lá, temos uma água puríssima por estar fora da área metropolitana de São Paulo e ao mesmo tempo perto dela o suficiente para facilitar a logística de distribuição”, ressalta Marcos Lutz. Com o objetivo de agregar valor à água foram testados mais de vinte sabores, para se chegar aos seis que foram colocados no mercado, além da água mineral natural: laranja, limão, hortelã, morango, maçã e pitanga, “um sabor
SEM RÓTULOS? Auto-adesivos transparentes conferem visual “no-label look” às garrafas
Aquarius Fresh também em lata Lançada para combater o sucesso comercial da H2OH!, da Pepsi/AmBev, a Aquarius Fresh, da Coca-Cola, inova no segmento de águas com sabor. A marca é a primeira nesse mercado a ter versão em lata de alumínio. “O êxito das vendas nos motivou a lançar a versão em lata, preferida entre muitos consumidores e novidade absoluta no segmento”, diz a diretora de marketing da CocaCola Femsa, Silmara
Olívio. As latinhas, fabricadas pela Rexam, têm projeto gráfico da Oz Design. Antes, a Aquarius Fresh era encontrada somente em três variantes de garrafa de PET.
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genuinamente brasileiro, que superou as nossas expectativas”, diz Fernando Figueiredo. Os sócios escolheram a marca Neutra “por ser fácil de lembrar e por transmitir o conceito de água, já que essa palavra não poderia ser utilizada, por ser de uso comum”, explica Lutz. Para criar a embalagem, a empresa contratou o escritório de design Sart/Dreamaker, que desenvolveu um projeto em que se evitou interferir na transparência da água e, ao mesmo tempo, chamar a atenção do consumidor no ponto-de-venda. O resultado foi uma garrafa de PET de 500 mililitros, soprada na própria engarrafadora e cujo fechamento é feito com tampa de 28 milímetros de diâmetro, fornecida pela Grafigel. A fim de seguir o conceito de neutralidade da água, a garrafa ganhou rótulo auto-adesivo, impresso pela Indexflex, com efeito no-label look, isto é, cuja decoração aparenta ser feita diretamente no recipiente. A empresa informa ter investido cerca de 1 milhão de reais no projeto da água Neutra. (FP) Grafigel (62) 3272-4000 www.grafigel.com.br
Oz Design Sart/Dreamaker (11) 5112-9200 (11) 3887-4133 www.ozdesign.com.br www.sart.com.br
Indexflex Rexam (11) 3618-7100 (12) 3955-5000 www.indexflex.com.br www.rexam.com/brazil
plásticas >>> evento
SUP ontem, hoje e amanhã B Fórum nos EUA debateu o passado, o presente e o futuro do stand-up pouch (SUP), a embalagem flexível que fica em pé. Dois brasileiros lá estiveram e relatam o que viram
olsa plástica imponente, capaz de ficar em pé graças ao desenho sanfonado de sua base, o stand-up pouch (SUP) é uma forte aposta do setor de flexíveis. De dez anos para cá essa embalagem tem vivido um admirável salto tecnológico, ganhando força como alternativa – vantajosa, segundo seus defensores – a outras flexíveis, às cartonadas, às latas e aos recipientes de vidro. Ao longo desse mesmo período, um evento criado pela consultoria americana Packaging Strategies se consolidou como importante fórum de debates e de antecipação de tendências sobre stand-up pouches. Em maio último, em St. Petersburg, na Flórida, essa conferência – agora intitulada Global Pouch Forum, por também abordar outras flexíveis, e não mais Stand-up Pouches Conference, como no passado – chegou a sua décima edição. Presentes ao encontro, Alan Baumgarten e Ana Decot, respectivamente diretor da Tradbor e gerente de marketing da Itap Bemis (Dixie Toga), fornecedoras de SUPs no mercado brasileiro, contam o que de mais importante o meeting destacou.
FOTOS: DIVULGAÇÃO
OS NÚMEROS
INTÉRPRETES – Ana Decot, da Itap Bemis, e Alan Baumgarten, da Tradbor: visões brasileiras de evento internacional sobre stand-up pouch
16 >>> EmbalagemMarca >>> julho 2007
Alan Baumgarten – “Numa média mundial, o stand-up pouch vem mantendo taxas anuais de crescimento superiores a 15%, ou seja, superiores às das embalagens flexíveis como um todo. O mercado de alimentos continua sendo o principal alvo: estima-se que em 2009 ele consuma, em nível global, 28,6 bilhões de unidades de SUPs, divididos em 10,5 bilhões para alimentos líquidos, 9,5 bilhões para alimentos sólidos e 8,6 bilhões para rações animais. Até lá, cada um desses subgrupos deverá apresentar taxas de crescimento anual de, respectivamente, 12,4%, 15,3% e 13,4%, nas projeções da Allied Development Corporation. O stand-up pouch do tipo retortable (passível de esterilização por autoclave) era uma grande promessa, mas registrou até agora crescimento aquém daquele previsto pelos especialistas anos atrás. Mesmo assim, estima-se que nos próximos cinco anos esse tipo de embalagem cresça 21% na América do Norte, 15% na Europa e – pasmem! – 80% na Índia. Hoje existem sete grandes marcas utilizando-o na Índia, contra dez
na Europa e cinco nos Estados Unidos. Em 2012 elas serão, respectivamente, 25, 15 e dez.”
por magnetismo; irradiação por raio gama; e HPP (High Pressure Processing), por pressão.”
O MOMENTO
AMERICAN WAY
Ana Decot – “O entusiasmo do setor de flexíveis com os stand-up pouches era gigantesco alguns anos atrás. A sensação era de que a embalagem explodiria nos mercados de atum e de rações úmidas, entre outros. O SUP vem crescendo nesses mercados, mas não espetacularmente, e sim de forma mais orgânica, mais natural para a assimilação pelos consumidores. Ao mesmo tempo, palestrantes do evento disseram se ressentir de novos cases de mercado estrondosos, como o que ocorreu nos anos 90 com a Capri Sun, da Kraft (linha de sucos prontos para crianças). A Capri Sun era decantada como baluarte do stand-up pouch, sempre serviu como exemplo de sucesso ligado ao SUP. A Kraft apostou na embalagem e o produto decolou. Frente à diversidade de consumidores, a Capri Sun ganhou versão em embalagem PET... Também foi investido em linhas de alta velocidade para stand-up pouch com spout (válvula) no topo. As inovações não podem parar mesmo nos casos de sucesso.”
Ana Decot – “O stand-up pouch é bastante popular nos Estados Unidos. Em alimentos, ele marca presença muito forte em biscoitos e snacks, principalmente amendoins, nozes e castanhas. O stand-up pouch também é muito consumido por sucos. Quatro, cinco anos atrás, nós achávamos que os sucos em pouches deslanchariam no Brasil, mas a previsão não se concretizou. É uma combinação que ainda não foi bem explorada no mercado nacional. O stand-up pouch é a cara dos sucos infantis americanos. As crianças adoram a embalagem. Criou-se uma identificação com o produto, uma zona de conforto: as crianças associam o pouch ao suco bom, de qualidade. De forma geral, como nos Estados Unidos e em outras grandes economias os produtos são ofertados em variados tipos de embalagem, o stand-up pouch acaba sendo adotado. E muitas vezes se firma como a ‘cara’ do produto, puxando a categoria.”
“O fórum cravou três grandes tendências tecnológicas para stand-up pouches: esterilização (retort), envase asséptico e nanotecnologia” Alan Baumgarten, da Tradbor
OS GARGALOS
NOVAS TECNOLOGIAS Alan Baumgarten – “O fórum cravou três grandes tendências tecnológicas para stand-up pouches: esterilização (retort), envase asséptico e nanotecnologia. O sistema asséptico, em particular, está se transformando numa febre. Isso porque as velocidades do envase asséptico de um SUP só são menores que as dos sistemas para garrafas PET de grandes dimensões, como as de 5 litros. Em embalagens de 250 ou 500 mililitros e de 1 ou 2 litros, a velocidade de envase dos pouches é semelhante à das embalagens cartonadas e à do bag-in-box. Como as bebidas que prometem saúde e bem-estar estão em alta – sucos orgânicos e preparados energéticos, por exemplo – e o envase asséptico dispensa o uso de conservantes, mantendo as propriedades naturais dos produtos, a assepsia está com tudo. Cinco promissoras tecnologias de esterilização foram abordadas durante o evento: PEF (Pulsed Electric Fields), baseado em eletricidade; ILP (Intense Light Pulses), por pulso de luz; OMF (Oscillating Magnetic Fields), uma pasteurização 18 >>> EmbalagemMarca >>> julho 2007
BANDEIRA Capri Sun, da Kraft, solidificou o pouch no mercado americano de sucos infantis, trasformando-se em recorrente exemplo de sucesso
Alan Baumgarten – “Nos Estados Unidos o principal gargalo para o crescimento do uso de stand-up pouches é a velocidade das máquinas de envase. O mercado americano precisa de máquinas de alta cadência, com velocidade de processamento superior a 500 embalagens/minuto. Paradoxalmente, no Brasil o gargalo vem justamente da alta produção. Muitos clientes querem entrar timidamente no mercado com o SUP e, portanto, exigem pequenas tiragens. Alia-se a isso o fato de nenhuma grande empresa ter realmente ‘abraçado’ a causa do SUP e o adotado como sinônimo de categoria. Penso que o Brasil não segue a seqüência lógica da evolução dos SUPs. Nossos convertedores tentam investir em tecnologias complexas, como a do retort, antes mesmo de terem consolidado aplicações convencionais, como as embalagens para produtos sólidos secos. Espero que o mesmo não ocorra com os pouches assépticos...”
UMA OPORTUNIDADE Ana Decot – “Não penso que estimular o pouch
retortable seja precipitação, um passo maior que a perna para o mercado brasileiro. Em matéria de retort estamos atrasados em relação a outros países, mas se houver oferta e propostas consistentes de bolsas flexíveis autoclaváveis o mercado migrará para elas. O retortable pouch é uma alternativa atrativa, por exemplo, para as latas. Garante melhor exposição na gôndola, melhor trabalho de imagem, seu processamento preserva melhor as propriedades do produto, como o sabor. O que falta é convergência de ações e intenções entre convertedores e indústrias de alimentos. No passado muitos pensavam que o SUP não teria futuro em molhos de tomate nacionais. Contudo, as empresas de atomatados que aderiram ao SUP estão com suas linhas operando em capacidade plena, e comprando novas máquinas para suprir produção reprimida.”
PROTEÇÃO E MILHO Alan Baumgarten – “Especificamente no que tange a materiais e ao aumento de barreiras, a nanotecnologia é vista como uma aliada promissora. Nanopartículas prometem aumentar as propriedades mecânicas, garantindo mais resistência e estabilidade química e térmica. Acenam, ainda, com as possibilidades de melhoria da condutividade e de resistência aos raios UV. Uma novidade de impacto foi o lançamento de um filme de PLA (ácido polilactídeo, alternativa aos plásticos convencionais derivada do milho) de alta barreira e mais resistente a altas temperaturas, desenvolvido a partir de uma exclusiva tecnologia de metalização. Como sustentabilidade está em voga e vem sendo exigida das indústrias pelas redes de varejo, o PLA tenderá a ganhar espaço nos pouches. Nesse ponto, como os americanos ressaltaram constantemente, vale destacar o fato de o pouch ser uma embalagem atraente no que concerne a consumo de material e facilidade de descarte.”
ACESSÓRIOS
MENSAGEM Alan Baumgarten – “O evento transmitiu a seguinte mensagem: o stand-up pouch definitivamente não pode mais ser visto como mero substituto de outros tipos de embalagens flexíveis, mas sim como substituto das embalagens rígidas convencionais. O SUP não é mais um upgrade para o saquinho plástico simplório, mas sim uma alternativa de extrema eficiência e funcionalidade para garrafas plásticas, potes de vidro e latas. Outro ponto importante é que todas as vantagens operacionais dos SUPs tendem a suplantar a importância do custo. A empresa que adota o SUP o faz cada vez mais por uma escolha que converge para a praticidade, conveniência e portabilidade da embalagem. A indústria vai se conscientizando de que o consumidor percebe esses valores.”
“De alguns anos para cá não basta ao stand-up pouch só ficar em pé; ele precisa ser conveniente, garantir boa exposição e ter acessórios convenientes” Ana Decot, da Itap Bemis
Ana Decot – “As velocidades das linhas para stand-up pouches que agregam dispositivos como tampas especiais e válvulas estão aumentando nos Estados Unidos. Foi destacado o caso da água mineral Park City Ice Water, envasada num pouch da convertedora Ampac com um bocal plástico sofisticado, que 20 >>> EmbalagemMarca >>> julho 2007
ALENTO Produção maior e mais veloz de pouches com válvula, como o da água Icewater, quebra o mito da inviabilidade da adição de acessórios
permite o consumo direto evitando vazamentos. Antigamente, agregar um dispositivo desse tipo era caro e problemático. Hoje não, pelo menos lá, onde a velocidade de envase está cada vez mais alta. No Brasil, agregar um dispositivo desses ainda é caríssimo, além de problemático. Todos os produtos que tentaram entrar com válvulas acabaram ficando caros para o nosso mercado, para o nosso consumidor. Por ora, a viabilização desse tipo de embalagem depende de consumo em grande quantidade. Assim, os custos podem baixar e ser mais competitivos.”
ENTRELINHAS
Ana Decot – “Ao assistir a esse tipo de evento fica claro o desafio da adição de funcionalidade à embalagem flexível. O surgimento do stand-up pouch, décadas atrás, marcou a incorporação da primeira funcionalidade, a de ficar em pé. De alguns anos para cá não basta só ficar em pé. A embalagem precisa ficar em pé e ser conveniente. Não somente precisa garantir boa exposição na gôndola como também dispor de um acessório que ajude o consumidor a usar a embalagem. Ao mesmo tempo, é claro, todas as indústrias atreladas à produção e processamento dessa embalagem precisam correr e suportar essas exigências. O caminho é aumento de velocidade das linhas, disponibilidade dos dispositivos a um custo acessível e, como não poderia deixar de ser, inovações.” (GK)
fechamentos >>> pescados
É abrir, untar e guardar STUDIO AG – ANDRÉ GODOY
Sobretampa plástica viabiliza o consumo paulatino de patês de atum em lata AOS POUCOS Tampa de PP permite refechamento da lata e entrega conveniência ao consumidor
Arco Convert (11) 6161-0899
[email protected] Cia Metalúrgica Prada (11) 5682-1000 www.cabenalata.com.br
22 >>> EmbalagemMarca >>> julho 2007
Gomes da Costa), a lata é litografada pela Cia. Metalúrgica Prada. O easy peel é fornecido pela Crown. A tampa foi desenvolvida pela Poly-Vac e impressa pela Arco Convert. “O pulo-do-gato da embalagem é permitir o refechamento”, considera Manglano. “O consumidor não precisa comprar a maionese e o atum separadamente e colocar o patê em potes. O produto já vem pronto, numa embalagem adequada que pode ser levada à mesa sem nenhum problema.” Para o varejo, a Gomes da Costa buscou uma solução atraente e que poupa trabalho para a reposição. Desenvolvidos pela Rigesa, os displays de papelão ondulado, que abrigam dez latas, dispensam caixa de embarque. Impressos em flexografia cinco cores mais verniz, são colocados diretamente nas gôndolas. A exposição da embalagem é valorizada, pois a tampa fica virada para o consumidor. “A possibilidade de empilhamento e a profundidade das caixas otimizam a utilização de espaços nas prateleiras”, explica Fernando Maria, especialista de produto da Rigesa. (FP)
Crown Embalagens (11) 4529-1000 www.crownembalagens.com.br GDC Embalagens (47) 3241-8801 www.gomesdacosta.com.br Poly-Vac (11) 5693.9988 www.poly-vac.com.br Rigesa (19) 3869-9330 www.rigesa.com.br Tônica de Comunicação (11) 3572-0990 www.tonica.com.br
ECONOMIA Display para dez latas elimina caixa de transporte
DIVULGAÇÃO
A
brir o recipiente, usar parte do produto, fechar e guardar no refrigerador. Essa seqüência tão elementar de consumo era impossível no Brasil quando se tratava, entre muitos outros produtos, de patê de atum servido diretamente da lata. Agora, aquele alimento acondicionado nesse tipo de embalagem já faz parte da galeria dos prontos para servir. A Gomes da Costa lançou recentemente patês de atum nos sabores Tradicional, Light e Azeitonas Verdes acondicionados numa embalagem inédita no mercado nacional: uma lata de aço cilíndrica, com sistema de abertura easy peel (selo de alumínio) e uma tampa de polipropileno termoformado que permite o refechamento e a conservação do produto. O design da embalagem, de 150 gramas, que lembra uma petisqueira, é da Tônica de Comunicação. Segundo Luis Manglano, gerente de marketing da Gomes da Costa, tanto o produto quanto a nova embalagem foram desenvolvidos para atender a uma demanda de mercado indicada em estudo feito pela empresa. “O patê de atum pronto mostrou-se uma excelente opção para o consumidor, desde que fosse acondicionado numa embalagem que permitisse maior praticidade de uso e maior durabilidade do produto não consumido”, conta o executivo. Produzida na GDC Embalagens (fábrica da
materiais >>> resinas
Polietileno 100% verde S ustentabilidade, a palavra da moda, está virando realidade, e o Brasil tem a ver com isso. A petroquímica Braskem anunciou no final de junho a produção de um material plástico a partir do etanol de cana-de-açúcar, uma tecnologia “verde” certificada pelo laboratório americano Beta Analytic, atestando que o produto contém 100% de matéria-prima renovável. O polímero da Braskem – polietileno de alta densidade – é resultado de um projeto de pesquisa e desenvolvimento que recebeu cerca de 5 milhões de dólares em investimentos e foi iniciado em 2005. Parte desse montante foi destinada à implantação de uma unidade-piloto para produção de eteno – base para a fabricação de polietileno – a partir de matériasprimas renováveis no Centro de Tecnologia e Inovação Braskem, que já está produzindo quantidades suficientes para o desenvolvimento comercial do produto. “A Braskem vê o lançamento como um divisor de águas no Brasil e no mundo”, diz José Carlos Grubisich, presidente da companhia. Na opinião do executivo, “o projeto do polietileno ‘verde’ abre perspectivas muito positivas para o desenvolvimento de produtos plásticos feitos a partir de matérias-primas renováveis, um campo em que o nosso país possui vantagens naturais”. Ele observa que “o Brasil é não só o maior produtor de cana-de-açúcar como tem o etanol mais competitivo do mundo” e faz uma previsão: “Futuramente o país será para o polímero ‘verde’ o que o Oriente Médio é hoje para o polímero à base de petróleo”. A empresa aposta que a demanda por esse tipo de produto será crescente no mundo e que o apelo de sustentabilidade será um aliado para a expansão dos polímeros “verdes” em outros mercados. Para isso, a Braskem se apóia em parcerias feitas com grandes players do setor de transformação. “Já temos acordos com empresas que são líderes mundiais em seus segmentos e estamos prontos para responder às necessidades do mercado”, diz Grubisich. De acordo com o presidente da empresa, “há clientes tão interessados que pagariam um diferencial positivo pelo produto, para ter o selo verde”. 26 >>> EmbalagemMarca >>> julho 2007
Braskem lança polímero feito com matéria-prima renovável: etanol de cana-de-açúcar
SELO VERDE – laboratório americano certifica que matéria-prima é totalmente renovável
Braskem (11) 3443-9999 www.braskem.com.br
Normalmente, o polietileno é fabricado a partir da nafta, um derivado do petróleo ou do gás natural. Segundo a Braskem, outras soluções alternativas não usam 100% de recursos renováveis e não têm as mesmas características do polietileno fabricado com o método convencional. Grubisich adiantou que a Braskem tem pesquisas em andamento para o desenvolvimento de outros polímeros “verdes”, inclusive o polipropileno à base de biomassa. A produção de plásticos a partir do etanol se destina a suprir os principais mercados internacionais que exigem produtos com desempenho e qualidade superiores, com destaque para as indústrias de embalagens para alimentos, cosméticos e artigos de higiene pessoal. Avaliações realizadas na fase inicial do projeto constataram enorme potencial de crescimento e de valorização do mercado de polímeros “verdes”, mas a Braskem não tem previsão do volume que será exportado. Como o desempenho e as propriedades da resina “verde” são iguais aos dos polímeros à base de petróleo, a indústria de manufaturados plásticos não terá necessidade de fazer investimentos em novos equipamentos. O projeto está em fase de detalhamento técnico e econômico, e o início da produção do polietileno renovável em escala industrial está previsto para o final de 2009. A nova unidade de produção – que ainda não tem o local de instalação definido – deverá atingir capacidade de produção de até 200 000 toneladas por ano. (FP)
reportagem de capa >>> plásticas
Pura questã P
equeno, delgado e tubular, o stick pack não é exatamente uma novidade em embalagem. Criado no Japão há cerca de trinta anos, esse bastonete maleável, processado em linhas de envasamento vertical, já era adotado por alguns açúcares e condimentos em pó nipônicos e europeus nos anos 80. Contudo, só mais recentemente o stick se afirmou como prodígio do setor de embalagens flexíveis. Seu consumo em nível mundial praticamente dobrou nos últimos cinco anos, rompendo a casa das 200 bilhões de unidades em 2006. De acordo com o estudo Stick Pouches – Global Markets, Economics and Technologies 2006-2010, da consultoria americana Allied Development Corporation, a tendência é que a disparada dos sticks perdure no próximo triênio, calçada principalmente por rasantes em economias emergentes como a brasileira. Nesses bolsões, aponta o documento, certos produtos têm potencial para sustentar crescimentos anuais de consumo de sticks de até 20% em volume. Entre eles estão os sucos em pó. Líder nacional do segmento de bebidas em pó dietéticas, a Clight dá sinais de que o vaticínio pode ser certeiro. Meses atrás a Kraft Foods Brasil, dona da marca, reativou uma extensão de linha em stick pack. A empresa testara a embalagem há cerca de três anos, em pacotes para o preparo de um copo de bebida (200 mililitros). Agora, o novo Clight em stick rende 400 mililitros, o 28 >>> EmbalagemMarca >>> julho 2007
FOTO: STUDIO AG – ANDRÉ GODOY
o de afinação Boas idéias raramente são compreendidas de imediato, diz um velho ditado. Talvez seja por isso que só agora, anos depois de sua chegada ao Brasil, os stick packs – delgadas embalagens flexíveis, como se fossem tubinhos – começam a deslanchar Por Guilherme Kamio
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EmbalagemMarca <<< 29
ideal para as cada vez mais populares garrafas individuais de água mineral. O perfil alongado do stick facilita o derramamento do pozinho diretamente no bocal das garrafas, num casamento estimulado por anúncios em TV e por uma ilustração na caixa de papel cartão em que a variante, em cinco unidades, é comercializada. “O Clight poderá ser usufruído em qualquer lugar, a qualquer momento do dia”, realça Patrícia Kastrup, gerente de Bebidas e Sobremesas em Pó da Kraft.
Varinha mágica Criar novos apelos de consumo é a principal virtude do stick pack. Como evidencia a recente jogada de Clight, para itens como sucos em pó, basicamente de consumo doméstico, o stick pode servir de ingresso para o candente circuito dos produtos voltados à ingestão em movimento, fora do lar. Nos Estados Unidos, essa percepção já causa uma reviravolta no mercado de sucos em pó. O Crystal Light On The Go, versão ianque do Clight em stick, faz enorme sucesso, assim como outras marcas que aderiram à embalagem-vareta (entre elas a Kool-Aid, também da Kraft, aqui conhecida como KiSuco). “Adesões de marcas fortes tendem a influenciar a concorrência, e, como o mercado de sucos em pó é fortíssimo no Brasil, o cenário é promissor para o stick pack”, entende Ana Decot, gerente de marketing da Itap Bemis, fornecedora dos sticks de Clight
FILHOTES Sticks são veículos para extensão de linha de Tang, para mistura com leite
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ESPELHO Clight em stick quer fazer sucesso como o irmão americano, o Crystal Light On The Go
e também daqueles utilizados pela Kraft em outra inovação, a linha Tang para o preparo com leite (Tang Milky, Tang Yog e Tang Cereais). No cotejo com os sachês e com outras embalagens flexíveis convencionais, o stick pack não apenas se destaca como portion pack, ou seja, como dose individual ou adequada ao consumo instantâneo. “A construção tubular do stick implica em menos consumo de material que em outros formatos para a mesma quantidade de produto”, explica Priscila Mazzarin, gerente de marketing da divisão de embalagens flexíveis da Alcan (Alcan Packaging Mauá). “O stick garante uma economia de material de 30% em média, e em alguns casos de até 50% em relação às produções de muitas embalagens flexíveis planas”, assevera Victor Basso, consultor em embalagem e executivo da EasyPack, fabricante de
Dois-em-um para o cafezinho Acondicionando açúcar, o stick pack ganha cada vez mais popularidade nos pontos-de-dose de café expresso, facilitando o derramamento do produto em xícaras. A situação chamou a atenção da co-packer paulistana Compete do Brasil, que refinou e patenteou uma idéia original: o stick de açúcar com o mexedor plástico agregado. O produto começa a ser ofertado para os operadores de café expresso. A criação do dois-em-um consumiu um ano de pesquisas, exigindo modificações numa envasadora vertical de oito pistas, cuja marca é resguardada. “O stick de açúcar com o mexedor não só é prático como higiênico”, ressalta Nelson
Pirondi Sanches, diretor da Compete. Segundo ele, a idéia amadureceu após viagens – “lá fora, 90% dos açúcares de mesa já estão em sticks” – e contatos com empresas de café. A Compete também fabrica os mexedores, além de variados descartáveis plásticos. Outra aposta da empresa é o mexedor para cafezinho embalado individualmente em stick packs de polietileno. “Já surgiu uma lei sobre embalagens individuais para canudinhos no Rio de Janeiro, e o mexedor pode ser a próxima bola da vez”, antevê Sanches.
PRATICIDADE Rasgado o stick, mexedor cai na xícara junto com açúcar
envasadoras verticais para sticks. Como o que muda é a área, e não a característica do material da embalagem, Basso lembra que as condições de proteção ao produto melhoram, “pois a probabilidade de passagem de gases e umidade é reduzida”. Esse apelo econômico, também interpretado por Basso como um diferencial em sustentabilidade, convenceu a fluminense Viton 44. Mais conhecida pela fabricação das bebidas Guaraviton e Guaravita, a empresa lançou em abril a linha Ginga Stick de sucos em pó, em sticks capazes de preparar um litro de bebida. “O stick se mostrou mais competitivo que o sachê, nos permitindo praticar preços finais muito em conta”, conta Neville Proa, diretor comercial da Viton 44. Com sticks da Converplast, a linha Ginga é comercializada no Grande Rio na faixa dos 70 a 80 centavos a unidade.
ALÍVIO Apelo econômico do stick fez Viton 44 preterir os sachês no lançamento de Ginga
Fino que satisfaz Na Nestlé, o stick pack também é valorizado por outra qualidade: servir como conveniente unidade de medida. “Trata-se de uma embalagem que evita desperdícios e que tem auxiliado o consumidor a utilizar corretamente alguns dos nossos produtos”, comenta Eduardo Yugue, gerente de embalagens da companhia. Prática comum em outros países, a adição de café solúvel em copos de leite não é habitual entre os brasileiros. Muitos consumidores de Nescafé costumavam exagerar na dose, o que motivou a Nestlé a desenvolver, em 2005, versões do produto em stick. O bastonete contém a quantidade ideal para a mistura. Lançado como versão promocional, o Nescafé em stick teve receptividade muito acima da esperada. “Por isso, a Nestlé já avalia a possibilidade de transformá-lo em item de linha”, diz Yugue. Ainda restrito ao Estado de São Paulo, o produto é vendido na forma de um conjunto especial contendo trinta
PROMOÇÃO Nescafé em stick fez tanto sucesso que, de edição limitada, pode virar item de linha
sticks e uma caneca como brinde. O stick também serve como “controlador de consumo” de outro produto da Nestlé: o tempero em pó Meu Segredo, lançado em 2003. Nem só os alimentos e bebidas em pó são alvos potenciais do stick pack. Em produtos pastosos, um desenvolvimento genuinamente brasileiro, o leite condensado em tubinho, com foco no público infantil, é um bom exemplo. Versão do Leite Moça, o Mocinha debutou no mercado há quase sete anos e continua firme e forte no portfólio da Nestlé. Acondicionado em stick da Alcan, mesma produtora dos sticks de Nescafé e do Meu Segredo, o produto até ganhou variantes aromatizadas, de morango e chocolate. Em líquidos, o stick dá o ar de sua graça no Floranew, um composto alimentar fermentado à base de mais de oitenta ingredientes (entre legumes, verduras, ervas, grãos, algas e frutas) da Naturally Anew, filial da japonesa Anew, centrada em produtos naturais. Além de ser indicado para o tempero de refeições e para a mistura em sucos, o suplemento pode ser bebido diretamente do stick. Isabel Makiyama, gerente de marketing da Naturally Anew, conta que o stick mudou o perfil do produto, ajudando na sua propagação. “Antes o Floranew era em pó, comercializado em potes de vidro”, remePASSA-PASSA Floranew ganhou mobilidade com troca de embalagem
TEMPERO Stick contém dose exata para o uso do Meu Segredo
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mora Isabel. “Com o stick, muitos consumidores passaram a distribuir o produto para familiares e amigos, gerando experimentação”. Produzidos pela Empax, os sticks do Floranew são comercializados em caixas com vinte ou noventa unidades. Os varejistas têm autorização para praticar vendas picadas,
BALA – Halls Mastigável mostra viabilidade do stick para acondicionar confeitos
ofertando unitariamente os bastonetes.
DAQUI – Mocinha, o Leite Moça em stick, é idéia original brasileira
Victor Basso, da EasyPack, conta que os primeiros sticks packs foram construídos em papel laminado com polietileno, mas que hoje é virtualmente possível produzi-los com qualquer estrutura flexível, inclusive as mais sofisticadas combinações de filmes plásticos. Tal flexibilidade deixa no ar possibilidades variadas de aplicação da embalagem. “Em molhos e geléias, o formato do stick pode ajudar a untar fatias de pães e torradas”, imagina Basso. Priscila Mazzarin, da Alcan, vê boas chances para a embalagem em chás, cafés, achocolatados, leite em pó, sorvetes e confeitos (neste último caso, vale destacar o lançamento, feito no fim do
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Pega-varetas
Bastião do bastão
ano passado pela Cadbury Adams, do Halls Mastigável, produzido e embalado em stick na Colômbia). “O mercado de sopas também é promissor”, acredita Ana Decot, da Itap Bemis. Até medicamentos estão na mira dos tubinhos. A Aspirina em stick pack, lançada em 2004 pela Bayer, gerou grande repercussão na Europa. A Alcan, fornecedora do invólucro, até ganhou prêmios de inovação em embalagem pelo feito. Em pó, o analgésico efervescente se dissolve mais rápido que os tradicionais tabletes, garantindo alívio mais rápido ao consumidor. Tão importante quanto a funcionalidade e as vantagens de custo garantidas pelo formato é que o stick conta com sistemas de fácil abertura bastante acessíveis. “É possível agregar mecanismos como picotes mecânicos e micro-orientações a laser (laser scoring)”, detalha Priscila Mazzarin, da Alcan. O consenso, aliás, é de que o mercado nacional está bem aparelhado em todos os sentidos para o trabalho com sticks. “Além de ótimas soluções em easy open, desenvolvemos até linhas automatizadas, com sistemas de encartuchamento automático, em parcerias com fornecedores locais”, ilustra Eduardo Yugue, da Nestlé. Aos reticentes, que pensam ser inviável a migração para a embalagem devido ao custo de maquinário, 34 >>> EmbalagemMarca >>> julho 2007
O que motivou a Ajinomoto a apostar no stick pack? Quisemos criar um diferencial no segmento, e o stick é prático e moderno. O sucesso desse tipo de embalagem em outros países, principalmente no Japão, serviu como referência. Não podemos divulgar informações sobre desempenho de vendas, mas vale dizer que o produto vem atendendo aos nossos objetivos. Qual o saldo desses anos de parceria com o stick pack em termos de construção da imagem da marca Mid Sugar? O stick já é o ícone mais forte para identificar a marca. Os consumidores o descrevem quando querem explicar para alguém a qual produto estão se referindo.
Com isso, conseguimos conquistar consumidores leais. Que desafios a Ajinomoto enfrentou para adotar o stick pack? Nosso stick pack é bem diferenciado em relação ao que se encontra atualmente no mercado brasileiro. Ele é totalmente cilíndrico, de diâmetro bem reduzido, o que significou um grande desafio tecnológico. Na época, o projeto foi desenvolvido com suporte de nossa matriz no Japão, pois não era possível encontrar nada semelhante no Brasil, tanto em termos de equipamento como de embalagem. No Japão, a Ajinomoto utiliza sticks para alimentos funcionais com aminoácidos.
ÍCONE Stick se transformou em equity de Mid Sugar
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EFEITO – Na Europa, benefícios do stick pack já começam a conquistar medicamentos, como a Aspirina
Adoçante de mesa não dietético, baseado numa mistura de açúcar e aspartame, o Mid Sugar é considerado o desbravador dos stick packs no Brasil. Muito em função da embalagem, hoje fornecida pela Inapel, o produto ganhou o prêmio de alimento mais inovador de 2000 no FI Awards (atual IS Award-Nielsen). Desde então, serve como um atestado da viabilidade e do potencial dos sticks no mercado nacional. Oizumi Hiroki, gerente de marketing da Ajinomoto, a fabricante do Mid Sugar, conversou com EMBALAGEMMARCA sobre a simbiose da marca com o stick pack.
reportagem de capa >>> plásticas
Diante de tantos atrativos, a pergunta é inevitável: por que, então, o stick pack ainda não explodiu no Brasil? Não há uma resposta simples, mas as empresas interessadas nisso torcem para que aconteça no Brasil algo similar ao que sucedeu nos Estados Unidos. Os sticks por lá desembarcaram no começo dos anos 90, mas passaram anos sem causar grande comoção. O conceito só saiu do casulo para virar borboleta em 1998, com o lançamento do GoGurt, anunciado como “iogurte portátil para crianças”, da Yoplait (General Mills). O iogurte em tubinho fez estrondoso sucesso e estimulou adoções em cascata do stick pack no mercado americano (um parêntese: alguns queijinhos petit suisse em tubinho, como Danoninho VITRINE Sucesso e Chambinho, tentaram repetir por aqui o modelo Go-Gurt, do Go-Gurt pôs stick em mas foram descontinuados após evidência nos EUA alguns anos nos balcões refrigerados). Para muitos, o mercado nacional se ressente de um blockbuster desse gênero. “Cabe ressaltar que a indústria de flexíveis não cria uma nova embalagem a todo ano, nem a toda década”, pondera Basso. “Ser o primeiro no uso de um formato original é uma oportunidade que pode nunca mais bater à porta.”
Alcan Packaging (11) 4512-7000 www.alcan.com.br
EasyPack (11) 4582-9188 www.easypack-brasil.com.br
Allied Development Corporation www.allied-dev.com
Empax (11) 5693-5400 www.empax.com.br
Compete do Brasil (11) 6194-2544 www.compete.com.br
Inapel (11) 6462-8800 www.inapel.com.br
Converplast (11) 6462-1177 www.converplast.com.br
Itap Bemis (11) 5516-2000 www.dixietoga.com.br
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Em versão para infusões, stick pack assedia chás e já mira cafés e outros solúveis
E
nquanto avança nas gôndolas de adoçantes, condimentos e bebidas em pó, o stick pack agora propõe, por meio de uma engenhosa versão criada na Austrália, a reinvenção do modo de se consumir chás. O Tstix é um stick pack repleto de micro-perfurações em seu corpo. Os minúsculos furinhos transformam a embalagem em saquinho de preparo, possibilitando infusões. No processo, o próprio stick, com seu formato de bastonete, serve para misturar a bebida, dispensando colheres e mexedores. Como o chá é uma instituição britânica, o Tstix causou alvoroço na Total Processing & Packaging, mostra de embalagens ocorrida em maio último em Birmingham, Inglaterra. “O chá é cada vez mais visto como bebida antiquada, para velhos”, disse a EMBALAGEMMARCA, no evento, o australiano Geoff Stuart, exexecutivo de empresas como Kraft Foods e Pepsico que desenvolveu o stick ao longo de seis anos de pesquisas. “Aposentando os rústicos e nada práticos saquinhos de infusão, o Tstix tem tudo para modernizar a imagem do produto.” Segundo Stuart, chás e cafés instantâneos são alvos primários, mas sopas, achocolatados, sucos e leite em pó, vitaminas e medicamentos efervescentes são produtos potenciais para a novidade.
Rol de parceiros Dispostas em dois terços do corpo do Tstix, deixando a área restante para a comunicação visual do produto, as micro-perfurações resultam de uma tecnologia desenvolvida pela
ÃO
Replicação aguardada
Pelo ritual mais prático
VULGAÇ FOTOS: DI
Victor Basso, da EasyPack, assegura ser possível recuperar o desembolso num prazo de seis a doze meses.
VAZÃO Micro-perfurações possibilitam a interação do conteúdo do Tstix com líquidos
alemã Wista. São cerca de 1 100 furinhos por embalagem, cada um com diâmetro de 0,5 milímetro. Com estrutura de filme de polipropileno (PP) mais foil de alumínio, o Tstix é fornecido em bobinas, produzidas pela Alcan, na França, e pela Amcor Flexibles, na Alemanha. A fim de se preservar as propriedades do produto acondicionado, o stick pack é envolto por um filme plástico secundário, na forma de flow wrap. A sobre-embalagem pode ser aplicada em nível unitário ou acondicionar múltiplos bastonetes. A alemã Schwarze-Automation projetou uma máquina form-fill-seal vertical especialmente para o envase do Tstix. Com doze raias, a linha standard processa 480 unidades por minuto. Na configuração máxima de trinta raias, a cadência sobe para 1 200 unidades por minuto. De acordo com a empresa de automação, uma linha de embalagem de saquinhos tradicionais de chá chega a custar até cinco vezes mais que uma de mesma velocidade talhada para o Tstix. Na Europa, a Schwarze licencia o Tstix através do fornecimento de operações completas, em regime de turn-key, ou como co-packer (envasadora terceirizada). Para as Américas, a representação do Tstix cabe à americana PTI (Packaging Technologies and Inspection). “No Brasil o Tstix pode ser especialmente interessante para o mercado de cafés”, acredita Tony Stauffer, presidente da PTI. (GK) MEIO Café pode ser via de entrada no Brasil
PTI +1 (800) 532-1501 www.ptiusa.com
Tstix +61 (2) 4751-1979 www.tstix.com.au
Schwarze-Automation www.schwarze-automation.com
Wista www.wista.com
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EmbalagemMarca <<< 37
conte seu cas
. . . a embalagem monomaterial atende à política da empresa de considerar o ecodesign como premissa no desenvolvimento de novas embalagens, e . . .
. . . analisamos o histórico de giro do produto, e verificamos que não precisávamos de uma barreira tão elevada. A substituição. . .
O mercado brasileiro de embalagens é reconhecido internacionalmente por sua excelência em qualidade e tecnologia. Criatividade é o que não falta aos nossos profissionais. Se no período de 1º de janeiro de 2006 a 30 de junho de 2007 sua empresa colocou no mercado um produto que teve a embalagem como grande aliada para a obtenção de resultados positivos, o PRÊMIO EMBALAGEMMARCA – GRANDES CASES DE EMBALAGEM é o reconhecimento que faltava. Informações: prê
[email protected] • (11) 5181-6533 • (11) 5521-4325
inscrições até 15 de agosto
se de sucesso . . . com a redução de 3g em cada embalagem, obtivemos, além de uma diminuição de custos direta, ganhos logísticos significativos. O impacto ambiental das embalagens. . .
. . . esse novo tipo de fechamento agregou conveniência à nossa embalagem, e a resposta do consumidor foi imediata: em 90 dias, superamos em 70% a previsão de vendas do novo produto, o que . . .
. . . o redesenho dos frascos ajudou no reposicionamento da linha. O resultado foi um aumento de 25% nas vendas. . .
Patrocínio Especial
Organização
Apoio Operacional
Patrocínio Master
Edição: Guilherme Kamio
Mais opções em multifoliadas
Globalpack em novas mãos
Brasil é alvo prioritário na expansão de empresa alemã
No dia 23 de junho o Grupo Itavema, controlador da Sinimplast, concluiu a aquisição da fabricante paulistana de frascos e bisnagas plásticas Globalpack junto ao grupo inglês Filtrona. O negócio era cogitado desde outubro do ano passado, e foi fechado em 56 milhões de dólares. Com a aquisição da Globalpack, a Sinimplast, especialmente forte na área de embalagens plásticas sopradas, agrega ao seu cabedal tecnológico os processos de injeção e de extrusão monocamada e multicamada de bisnagas. Vale lembrar que recentemente a Sinimplast
FOTO: DIVULGAÇÃO
(11) 4646-4462 (Innovapack) www.weidenhammer.de
Embalagens da Weidenhammer: olho no Brasil
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Transação criará uma nova potência em bisnagas plásticas
FOTO: STUDIO AG – ANDRÉ GODOY
investira 8 milhões de euros em equipamentos para a produção de bisnagas plásticas (como mostrado na edição anterior de EMBALAGEMMARCA). Com as duas plantas da Globalpack, a Sinimplast passa a contar com um total de sete unidades industriais. A princípio as duas empresas continuarão atuando de forma independente, segundo o Grupo Itavema. Em Londres, Mark Harper, executivo da Filtrona, afirmou que a “Globalpack não fazia parte dos planos da empresa em longo prazo.”
Benefícios mais claros Campanha quer aproximar consumidor das embalagens Iniciativa voltada a informar os benefícios das embalagens para o público, a campanha “Embalagem: tá na cara que é bom” acaba de ser lançada pela Associação Brasileira de Embalagem (Abre). A ação conta com uma página na internet (www.tanacaraqueebom.com.br), que destaca os papéis desempenhados pelas embalagens no dia-a-dia das pessoas, como proteção de produtos, contribuição econômica e social e preocupação ambiental, entre outros.
REPRODUÇÃO SITE
Fabricante alemã de embalagens cartonadas multifoliadas, a Weidenhammer prepara sua chegada ao Brasil. A empresa fechou parceria com a Innovapack, fornecedora argentina de embalagens cartonadas com filial em Itaquaquecetuba (SP), e, através dela, mapeia oportunidades no mercado nacional. “Com grandes contratos, poderemos montar uma fábrica no Brasil em poucos meses”, afirma Oliver Wolff, diretor da Weidenhammer para a América do Sul e o Leste Europeu – regiões prioritárias no plano de difusão mundial da empresa, que possui nove fábricas na Europa ocidental. Wolff aponta alimentos, cafés, condimentos e bebidas de luxo como potenciais clientes no Brasil. Assim como sua principal concorrente mundial, a americana Sonoco (presente no Brasil com a Sonoco For-Plas), a Weidenhammer também produz tampas e embalagens plásticas.
Sinimplast prepara entrada com pompa no ramo de bisnagas
...até 2011 Álvares comandará a entidade até 2011. Juntas, as 44 associadas ao Siemesp – atuantes nos ramos de latas de aço, latas de alumínio para bebidas, tambores de aço e componentes metálicos, aerossóis e bisnagas de alumínio – movimentam anualmente 6 bilhões de reais e empregam 14 000 pessoas. Longa vida renovada Num acordo fechado com a Tetra Pak e com a Aliança pelas Cartonadas de Bebidas e Ambiente no Reino Unido (ACE UK), a cadeia varejista britânica Tesco introduziu bancos de coleta de caixinhas longa vida nas suas 100 lojas. A ação busca aumentar a reciclagem de caixinhas no Reino Unido, ainda em baixo índice. Negócio fechado... A Krones do Brasil, fornecedora de soluções em envase e embalagem para a indústria de bebidas, forneceu quatro linhas de envase em PET para refrigerante para a Schincariol. ...é o primeiro de nova geração Capaz de processar 37 000 garrafas de 2 litros por hora, a linha é a primeira com tecnologia de bloco sopradora/enchedora da Krones comercializada no Brasil. O sistema simplifica a linha de envase, com menos máquinas e equipamentos – rinser e transportadores pneumáticos, por exemplo.
42 >>> EmbalagemMarca >>> julho 2007
Norsa/Coca-Cola investe em garrafas retornáveis Engarrafadora de CocaCola no Nordeste, a Norsa desembolsou 20 milhões de reais pela fábrica da RC Cola em Macaíba, região metropolitana de Natal (RN). A fábrica produzirá toda a linha de refrigerantes da Coca-Cola e deverá ampliar em 15% a capacidade da Norsa, hoje de cerca de 1,2 bilhão de litros anuais. Tão logo concluiu o negócio, a Norsa anunciou que investirá 5 milhões de reais
em estruturação da fábrica para permitir o envase em garrafas retornáveis de vidro – hoje responsáveis por 22% da produção de refrigerantes da empresa e que vingaram como meio de reconquistar o consumidor popular. “Uma garrafa de vidro de um litro é vendida por 1,09 real, contra 3,09 reais da embalagem de PET de dois litros”, lembra André Paes, diretor de operações e finanças da Norsa.
Coca retornável tem apelo popular
FOTO: STUDIO AG – ANDRÉ GODOY
Continuidade... Antonio Carlos Teixeira Álvares, diretor-superintendente da fabricante de embalagens metálicas Brasilata, foi reeleito presidente do Sindicato da Indústria de Estamparia de Metais do Estado de São Paulo (Siemesp).
Vidro em alta no Nordeste
Wal-Mart vizinho mais verde Lojas da rede na Argentina aderem às sacolas oxi-biodegradáveis Desde 15 de maio último todas as catorze lojas do Wal-Mart na Argentina adotam sacolas plásticas de boca-de-caixa de rápida degradação em substituição às convencionais. As sacolas são fabricadas com a tecnologia oxi-biodegradável da inglesa Symphony Plastics, licenciada no país vizinho pela RES Argentina (www.degradable.com.ar). A iniciativa do Wal-Mart é pioneira entre os varejistas argentinos, e é fruto da criação de um comitê interno de desenvolvimento sustentável. “Graças a um aditivo especial nossas sacolas se desintegram com o tempo sem afetar o meio ambiente”, alardeia a rede de supermercados em campanha publicitária. Por sua vez, a RES Brasil, representante da Symphony Plastics para o mercado nacional, fechou uma parceria com a fabricante de masterbatches Cromex. No acordo, a RES Brasil permanece responsável pelos licenciamentos da tecnologia e ven-
das dos aditivos, enquanto a Cromex assume os estoques, a distribuição e o faturamento. “A parceria visa facilitar o acesso dos convertedores nacionais aos aditivos”, afirma Eduardo Van Roost, diretorsuperintendente da RES Brasil (www.degradavel.com.br). Já são quase 100 os licenciados pela empresa no Brasil.
Loja do Wal-Mart em Buenos Aires: só sacolas verdes
FOTO: RES ARGENTINA
Mudanças na AL O grupo americano Owens-Illinois, especializado na produção de embalagens de vidro, confirmou José Antonio Ramos Lorente, até então presidente da subsidiária brasileira (ex-Cisper), como seu novo presidente para a América Latina. Rodney Montenegro substitui Lorente na O-I do Brasil.
design >>> produtos de limpeza
Cadê a ousadia? Design menos comportado ainda é avis rara no setor de home care
N
de arte moderna (algumas delas, como as que são abaixo reproduzidas, projetadas pelo badalado designer egípcio-inglês Karim Rashid), a Method não pára de crescer em vendas e em admiradores. Uma iniciativa desse gênero seria bemrecebida no Brasil? “É o tipo da pergunta de um milhão de dólares”, brinca Beto Almeida, diretor de criação da consultoria de marca Interbrand. “Fabricantes provavelmente a considerariam um passo muito adiante”, diz ele, “ainda mais sem pesquisas ou casos de mercado sinalizando chance de sucesso”. Para Almeida, embora o asseio do lar seja um aspecto fortemente valorizado pelos brasileiros, o mercado interno vive um estágio aquém do dinamismo de outros países, e por isso dificilmente comportaria produtos e marcas com propostas
EMPATIA Desenhados por Karim Rashid, frascos da Method visam criar vínculos emocionais entre consumidor e produtos de limpeza
FOTOS: DIVULGAÇÃO
ão, os produtos na foto abaixo não são cosméticos. São detergentes para louças da americana Method, empresa criada há sete anos com o seguinte princípio: levar inovação em design aos produtos de limpeza doméstica. Os fundadores do negócio, Eric Ryan e Adam Lowry, dois jovens universitários, tiveram a idéia ao reparar como muitos consumidores – eles próprios, inclusive – sentiam-se constrangidos em deixar lava-louças, limpadores, desinfetantes e itens que tais à mostra nas suas casas. Carrancudos, parecendo produtos tóxicos, os frascos desses produtos invariavelmente acabavam escondidos em armários ou “varridos” para debaixo das pias. Lançando mão de produtos com fórmulas biodegradáveis, acondicionados em embalagens que tranqüilamente passariam por obras
44 >>> EmbalagemMarca >>> julho 2007
EXCEÇÃO Projetos como os das embalagens dos limpadores Assim, da Hypermarcas, não são freqüentes na Interbrand
mais emocionais e menos funcionais, como já ocorre no mercado de cosméticos.
Custo prepondera Embora o status quo do ramo de produtos de limpeza refreie ações mais ousadas de embalagem, Antonio Muniz Simas, sócio-diretor da consultoria de marca e de design de embalagens DIL Brands, vê no setor um processo de amadurecimento, ainda que lento. Simas lembra que, até poucos anos atrás, o substantivo “design” soaria alienígena a muitos fabricantes de home care, tirante as multinacionais da área. “Hoje os industriais desse segmento estão mais conscientes dos benefícios do bom design, mas o custo de produção, no caso dos invólucros, ainda prepondera bastante.” A DIL Brands foi a responsável pela reformulação estrutural do indefectível frasco “caixa d’água” do limpador multiuso Veja, da Reckitt Benckiser, cerca de dois anos atrás. Com idéias da consultoria desenvolvidas em softwares de modelagem tridimensional, o recipiente ganhou uma silhueta mais ergonômica e futurista. Simas tenta resgatar da memória outros recentes projetos de embalagem executados para produtos nacionais de limpeza doméstica, mas conclui que o de Veja foi o único. Na Interbrand, que recentemente criou formas e grafismos das embalagens dos limpadores Assim Limpeza Pesada e Assim Limpeza Perfumada, da Hypermarcas, o projeto estrutural para a praia do home care não é usual. “É mais tailor-made”, diz Beto Almeida. “Como 46 >>> EmbalagemMarca >>> julho 2007
são basicamente vendidos em supermercados, ambiente onde o formato da embalagem pode ser um diferencial competitivo, o design precisa ser mais valorizado por esses produtos”, entende Simas. Como mostra o caso da Method, embalagens com visuais menos conformados podem ser valorosas aliadas para marcas novas. Podem, acima de tudo, mudar o estado anímico desse mercado, não sem razão visto por muitos consumidores como “estagnado”, como alerta uma recente pesquisa nacional, discutida nas páginas que seguem. (GK)
DIL Brands (11) 4191-9711 www.dilbrands.com.br Interbrand (11) 3707-8500 www.interbrand.com
SOFISTICAÇÃO DIL Brands reformulou o frasco de Veja valendo-se de softwares avançados
entrevista >>> Dennis Giacometti
O indivíduo, não o consumidor
T
eoricamente, ninguém desconhece que os hábitos dos consumidores – mais exatamente, das pessoas que antecedem essa condição, isto é, os indivíduos – estão em permanente mutação. E mudam em velocidade cada vez maior. Ocorre que os avanços tecnológicos se dão de forma avassaladora, transformando sem cessar o ambiente em que as pessoas vivem e seu próprio comportamento. Por que, então, em certos campos da atividade humana, como o do consumo de bens não duráveis, as mudanças são incompatíveis com os passos da ciência e da arte? Foi a pergunta que o publicitário Dennis Giacometti, diretor da Giacometti Propaganda & Arquitetura de Marca, de São Paulo, se fez ao observar o que chama de “mesmice” nas gôndolas de algumas categorias de produtos, como a de limpeza doméstica. Giacometti encomendou então à TNS InterScience uma pesquisa sobre esse mercado com consumidoras da Grande São Paulo, com idades de 26 a 50 anos, das classes econômicas A, B e C. A enquête, com 502 mulheres, foi batizada de “Cuidando do Novo Lar” e apontou expectativas de consumo que, na opinião do publicitário, indicam a existência de boas oportunidades de inovação e de ganhos de mercado para a indústria de materiais de limpeza. Adicionalmente, a pesquisa deixa transparecer que, mesmo quando inovam, as empresas não estão conseguindo comunicar isso adequadamente. O senhor diz que a pesquisa “Cuidando do Novo Lar” buscou analisar as expectativas das consumidoras de maneira diferente da habitual. Como é isso? O foco é o indivíduo, não o consumidor. Tem uma sutil diferença, aí. Quando se entende o indivíduo e as transformações por que ele está passando – tanto faz se é homem ou mulher – começa-se a entender a demanda dele por novos produtos.
Ele diz: “Minha vida está se transformando e vocês continuam fazendo essas coisas que não resolvem mais o meu problema”. O indivíduo cria uma expectativa de solução que não vem. Num contexto de tecnologia e que tem referência em outros segmentos – eletroeletrônicos, biocombustíveis, materiais de embalagem – a toda hora tem um lançamento, uma novidade. Por que em material de limpeza não se pode ter? O pesquisa mostra que cerca de 50% das consumidoras mais antenadas, aquelas que antecipam as tendências de mercado, não conseguem perceber as novidades nos produtos de limpeza. No entanto, uma das palavras mais usadas nos produtos em geral – e não só nos de limpeza – e na propaganda de todos eles é “novo”. Estaria ocorrendo algum erro de comunicação por parte da indústria, que não consegue mostrar o que de fato é novo? É preciso distinguir as coisas. Primeiro, é necessário compreender todas as pressões por que passa a indústria hoje, o que é a ditadura das grandes redes. Desde as décadas de 80, 90, as grandes redes de varejo vêm pressionando, pressionando, pressionando por custos – e estão atirando no próprio pé. É uma miopia de marketing, porque enquanto elas vão achatando, comprimindo a capacidade de as empresas investirem em novidades, vira tudo commodity. Mas o consumidor não é mais aquele das décadas de 70, 80, bobinho, ingênuo. Se é tudo igual, ele compra o que tem o menor preço. E aí não ganha a indústria, não ganha o consumidor, porque ele efetivamente não tem produto novo – só uns cosméticos, uns florais –, e também não ganha o supermercado, porque a margem dele fica cada vez mais estreita. O consumidor não tem percepção do que se passa por trás das gôndolas, nas negociações entre o fornecedor e o com-
O publicitário Dennis Giacometti aborda os resultados da consumidora de produtos de limpeza doméstica, “assopra” oportunidades para as indústrias do setor 48 >>> EmbalagemMarca >>> julho 2007
DIVULGAÇÃO
de uma pesquisa que, ao mapear percepções e anseios
Desde a sua fundação, em 1984, a Colacril se orgulha de ter contribuído para a consolidação e o crescimento do mercado de
100%
brasileira
pontualidade na entrega
auto-adesivos no Brasil. Com investimentos constantes em tecnologia, seja em equipamentos,
investimento
seja em capital intelectual,
constante
a Colacril sempre esteve à frente das evoluções do segmento. Fincada em parcerias com
visão
de futuro
fornecedores de primeira
respeito ao
linha, a empresa, nascida
ambiente
em Ribeirão Preto (SP), hoje produz em sua moderna fábrica de 50.000m² na cidade
amplo leque de
produtos
de Campo Mourão (PR) mais de 100 itens dirigidos às mais diversas aplicações, e exporta para mais de vinte países espalhados pelos quatro cantos do mundo.
regularidade no fornecimento
www.colacril.com.br •
[email protected] • + 55 (44) 3518-3500
entrevista >>> Dennis Giacometti prador. Ele só vê o que chega à sua frente. Como mostrar que poderia ser diferente? Aí entra o erro. Como se percebe na estratégia de comunicação da maioria das agências de publicidade, elas não levam em conta as transformações do indivíduo. Muitas ainda se baseiam, nesse caso específico de materiais de limpeza, no estereótipo da Amélia, daquela dona-de-casa que está sempre bonita, mesmo com o peso das tarefas domésticas. Com uma simples passada de um pano ela limpa uma parede imunda, com um produto fantástico, e tudo brilha como se fosse diamante. A consumidora não acredita mais nisso. É uma “overpromise”, uma promessa desmesurada, que não tem mais sentido no plano racional. Qual é conseqüência? Setenta por cento das entrevistadas descobrem um novo conceito, uma nova marca de produto por indicação. O boca-a-boca tem muito mais credibilidade do que a publicidade que promete o mundo.
embalagens, tanto em formato quanto em design gráfico? Com embalagens inovadoras podem ser atendidas expectativas das consumidoras quanto a impacto ambiental, a funcionalidade, a proteção. Mas o consumidor não enxerga as mudanças. Um exemplo: para consumir menos material de embalagem, uma empresa lança um produto concentrado, como alternativa a um já diluído. No ponto-de-venda, o consumidor compara o tamanho da nova embalagem – na verdade, um novo produto – com a tradicional e raciocina: “Vou pagar mais por menos?”. A análise do consumidor nem sempre é minuciosa, racional. Vale muito o impulso. Como informar que na inovação houve ganhos de atributos? De novo estamos no meio de um emaranhado de obstáculos. Existem certas miragens no ponto-de-venda que estimulam de forma errônea o consumidor. Ás vezes queremos tornar a coisa mais racional e acabamos sendo perdedores na comparação. Mas não há muito como escapar, a não ser mostrando isso na comunicação. Pode ser da forma tradicional, na televisão, mas se vê cada vez menos isso, publicidade informando sobre a embalagem. Então entramos na nomedia, uma estratégia guerrilheira de entrar no ponto-de-venda e passar essa informação. Caímos então novamente na ditadura do supermercado, e aí tem-se de negociar bastante. É uma luta difícil, e o que resta é incorporar a novidade no texto da embalagem. Mas aí Inês já é morta, porque o consumidor está com a embalagem do concorrente na mão.
“A comunicação dos
materiais de limpeza
muitas vezes ainda se
baseia no estereótipo da Amélia, aquela que com
uma simples passada de pano, com um produto
O boca-a-boca é de fato eficaz. Mas basta para superar a não percepção de novidades pelas consumidoras, submetidas, como já foi dito, ao fenômeno da comoditização? Aí cabe falar do campo do visual merchandising. Dentro do ponto-de-venda são poucos os produtos que estão fazendo gestão de categoria. Existe uma ciência para se colocar um produto lá, expô-lo. Vários estudos sobre o comportamento do consumidor no ponto-de-venda mostram, por exemplo, que 80% das pessoas andam mais pelo lado direito, olham pela direita, destacam os produtos que estão na altura do olhar delas. Mas, por interesse em resultados de curto prazo, por falta de dinheiro, as grandes empresas não investem muito nessa ciência. Então os produtos ficam ali, numa paisagem única, porque também a maioria das embalagens vem dos mesmos fornecedores, para baixar custo. A idéia é: “Já que o produto líder tem a embalagem X, vamos fazer igual”. E aí, atrás das grandes empresas vêm as empresas talibãs, que em vez de pegarem um atalho, fazer uma coisa que supere as expectativas, entram no “me too”, viram “mais um”. Isso acontece porque a tecnologia está cada vez mais acessível, os produtos não diferem muito mesmo.
fantástico, deixa uma parede brilhando.
A consumidora não
acredita mais nisso”
O senhor concorda que um dos campos onde há maiores possibilidades de inovação em materiais de limpeza é o das
50 >>> EmbalagemMarca >>> julho 2007
Caímos de novo na comoditização. Na pesquisa as entrevistadas consideram que os produtos de limpeza, mesmo os recém-lançados, são muito parecidos entre si. Nessa categoria – para não falar em iogurtes, xampus, leite, óleo comestível – vemos nos pontos-de-venda verdadeiras paredes de produtos que parecem ser todos um só. Todo mundo quer ser igual ao líder. Mas, na criação de uma embalagem, como fugir da necessidade de manter o produto dentro dos códigos gráficos de sua categoria? Primeiro, a cultura empresarial brasileira para inovação tem dificuldades enormes. Aqui se prefere por N motivos seguir o líder. Isso protela a necessidade da indústria de ser inovadora de fato. Algumas empresas resolvem deixar de ser seguidoras
entrevista >>> Dennis Giacometti e realmente inovar, mas de cada 100 apenas duas conseguem. E qual é o ponto comum entre elas? É, justamente, produzir conhecimento sobre o indivíduo, para depois saber o que precisa ser feito com o consumidor. Entendendo muito bem o indivíduo, na hora de definir o conceito a empresa de certa forma pré-testa as necessidades e expectativas do consumidor, e pode ter várias alternativas para desenvolver a embalagem, compará-las com as já existentes.
limite máximo da curva, e só quando começa a perder mercado lança um produto novo. É a pirâmide de lançamentos de produtos: tenho em cima um detergente com gel e bactericida, e em baixo o sabão em pedra. No meio tenho os detergentes básicos. Nessa pirâmide, o produto que traz alguma novidade e uma margem maior fica sempre em cima. Mas, à medida que ele vai sendo copiado pelos concorrentes, desce um degrau na pirâmide. Então é lançado um novo produto, que sobe ao topo. Porém, o consumo do produto top é menor. Com essa pressão, as empresas esperam até o limite para lançar novos produtos, porque têm de pagar todo o investimento feito no anterior.
“O que as donas-de-
As fábricas de produtos de limpeza no Brasil são expressivamente subsidiárias de multinacionais, que globalizam ao máximo os produtos, as marcas e as embalagens. Como compatibilizar isso com a questão do conhecimento do indivíduo? O indivíduo americano é um, o japonês é outro, o alemão é outro e o brasileiro, outro ainda... Como sabemos, existe essa nova ditadura da globalização. Entramos num shopping center no Vietnã e é a mesma coisa que entrar num em Miami ou em São Paulo, tanto em questão de marcas quanto em questão de layout. Tudo tem a mesma cara. No caso do Brasil, que é um continente, temos muitos nichos para tentarmos ser locais no meio do global. Entendendo bem as especificidades de regiões, de segmentos sócioeconômicos, consegue-se fazer coisas diferenciadas e aumentar margens, o que torna possível reinvestir e procurar inovação. Em contrapartida, há outro fenômeno que não temos como resolver: mesmo num paíscontinente como o Brasil, os meios de comunicação se encarregam de pasteurizar a cultura, os sotaques e os costumes. A tendência é comoditizar tudo. O folclore vira coisa de museu.
casa querem? Produtos mais práticos, que lhes dêem tempo; produtos
A presença da empregada doméstica nos lares brasileiros vem diminuindo, com as administradoras dos lares se encarregando cada vez mais da limpeza, ou dividindo tarefas com os demais familiares. Que oportunidades essa mudança de hábito abre às indústrias de home care no desenvolvimento de produtos – e, por extensão, de suas embalagens? Muitas oportunidades. O que as donasde-casa estão demandando? Querem, em primeiro lugar, produtos mais práticos. O problema é de tempo: 58% das entrevistadas querem mais tempo para si próprias. Segundo, querem produtos mais econômicos, que desperdicem menos. Terceiro, querem que sejam seguros, por causa dos filhos etc. E quarto, querem que sejam mais amigáveis ao meio-ambiente. Essas quatro variáveis, colocadas à luz de um conceito para um novo produto, vão facilitar a inovação, pois, racionalmente falando, vão deixar a consumidora satisfeita.
mais econômicos;
produtos seguros,
inofensivos para os filhos; e produtos
mais amigáveis ao
ambiente. Essas quatro variáveis satisfazem a consumidora”
A pesquisa revela que as consumidoras “antenadas”, ou future shapers, que corresponderam a 10% da amostragem, estariam dispostas a pagar até 10% mais por produtos que ofereçam algum diferencial facilitador do dia-a-dia da limpeza doméstica. Se projetarmos os números, são 5% do mercado comprador. A que se pode atribuir a inércia da indústria, que não atende esse mercado potencialmente promissor e se limita à guerra de preços? É o seguinte: “Se ainda estiver dando resultado, vamos em frente” – até que entra um concorrente com uma linha totalmente nova. Aí não tem mais jeito, e a empresa muda o produto, a embalagem. Pela pressão de custos, ela vai até o
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Nas entrevistas, houve quem apontasse a padronização de embalagens que atingem muitos nichos desse mercado como um fator negativo? Não. A pesquisa foi dividida em três fases. Uma fase quantitativa, com 500 pessoas. Uma fase de grupos, em que fomos às casa das pessoas, num processo etnográfico, para descrever atitudes e hábitos do consumidor dentro de casa. Depois filmamos as pessoas, sem elas saberem, no supermercado. Nesses três momentos não houve a verbalização de que tudo é mesmice. Mas foi possível ver pelas atitudes das pessoas: elas pegavam um produto, pegavam outro, não perdiam muito tempo para escolher. Pegavam qualquer um e pronto.
Sondagem GNPD*: produtos de limpeza Todos os meses, EMBALAGEMMARCA seleciona alguns cases internacionais de um dos mercados analisados por nossa reportagem, para que os leitores possam compará-los com o que se produz no Brasil
Liangqi Herbal Cleaner
All-in-One Dishwashing Tablets
Desinfetante herbal
Lava-louças em tablete
Fabricante
Chongqing Dailiang Chemical Product Factory
Marca
Dailiang
País
China
Com fórmula antibacteriana concentrada e aroma de limão, o Liangqi Herbal Cleaner é um produto livre de fósforo indicado para remover odores desagradáveis e limpar talheres, jogos de chá, vegetais, frutas e louças. Acondicionado em um frasco de 500ml, o produto não irrita a pele e não tem substâncias venenosas. Embalagem
Frasco soprado de polietileno de alta densidade
Rótulo
Wrap-around de papel, impresso em litografia
Tampa
Flip-top plástica injetada
Automatic Dishwasher Detergent Lava-louças Fabricante
Costco
Marca
Kirkland Signature
País
Canadá
O Eco Klok All-in-One Dishwashing Tablets tem fórmula para peles sensíveis, livre de fosfatos, fragrância e corantes. O produto é 100% biodegradável e contém extrato vegetal ativo de raiz de chicória. Cada embalagem, com 529 gramas, contém 26 tabletes. A embalagem ostenta o selo eco-label europeu e o logotipo da Huidfonds, sinônimos de produtos eco-amigáveis.
Fabricante
Dalli Benelux
Marca
Eco Klok
País
Holanda
Embalagem
Cartucho produzido com papel cartão triplex
Impressão
Litografia
Lysol Disinfectante Limpiador Para Baños Desinfetante
Ostentando a marca Kirkland Signature, da rede varejista Costco o detergente Automatic Dishwasher Detergent apresenta fragrância de limão. O produto é posicionado como de limpeza pesada para louças e tem apelo econômico.
Fabricante
Reckitt Benckiser
Marca
Lysol
País
México
O Lysol Disinfectante Limpiador Para Baños é um desinfetante que promete eliminar 99,9% dos germes e bactérias. O produto é vendido num frasco de 650 mililitros, sendo 30% do volume anunciados como grátis.
Embalagem
Balde injetado, de polietileno de alta densidade, para 6,8 quilos de produto; terminação press-on (encaixe)
Tampa
Injetada, de polietileno de alta densidade, com alça
Decoração
Flexografia
Embalagem
Frasco soprado, de polietileno de alta densidade
Rótulo
Auto-adesivo de papel, impresso em flexografia
Tampa
Válvula spray, acoplada a terminação de rosca e com mecanismo on/off giratório.
As informações apresentadas nesta seção são provenientes de levantamentos e análises da Mintel e são protegidas por direitos autorais. EMBALAGEMMARCA não se responsabiliza pelo conteúdo. O GLOBAL NEW PRODUCTS DATABASE (GNPD) DA MINTEL ACOMPANHA, INTERNACIONALMENTE, NOVOS LANÇAMENTOS DE PRODUTOS, TENDÊNCIAS E INOVAÇÕES. PARA INFORMAÇÕES ADICIONAIS SOBRE O GNPD, VISITE WWW.GNPD.COM OU LIGUE PARA A MINTEL INTERNACIONAL (+ 1 312 932-0600)
julho 2007 <<<
EmbalagemMarca <<< 53
Chega de força bruta Facilidade de abertura é a promessa de duas novas tampas para conservas
C
FOTOS: DIVULGAÇÃO
om desenvolvimentos premiados internacionalmente, os fabricantes brasileiros de sistemas de fechamento confirmaram sua vocação de inovação na 23ª edição da Fispal Tecnologia. A feira, que aconteceu entre os dias 12 e 15 de junho, em São Paulo, trouxe soluções inéditas de abertura de embalagens para alimentos. Bom exemplo vem dos lacres produzidos com tecnologia de corte a laser, que estão causando grande movimentação no segmento de embalagens plásticas rígidas (ver página 60). Numa outra frente, foi possível ver novos desenvolvimentos do tipo easy-open para tampas metálicas. Um dos destaques é resultado de parceria entre a Suzano Petroquímica e a Massucato. Na verdade, não se trata propriamente de uma tampa metálica, mas sim de um fechamento misto, que combina aço e polipropileno (PP). Da área de ferramentaria e injeção de plásticos, a Massucato desenvolveu a idéia pensando em potes de vidro para conservas. Se tudo ocorrer como previsto, muitas donas de casa deixarão de recorrer a seus maridos na hora de abrir potes de produtos como picles, azeitona e palmito. Segundo a empresa, um mecanismo interno permite a abertura com um quarto da força necessária para a retirada de uma twist-off comum. “Em termos de preço, os acessórios se equivalem”, compara José Carlos Massucato, mentor da novidade. Além do aspecto conveniência, a maior resistência a vácuo, outra alegada vantagem da tecnologia, promete disseminá-la no cenário nacional. “Além disso, a tampa não deforma e não enferruja, possibilitando reutilização”, acrescenta Massucato.
54 >>> EmbalagemMarca >>> julho 2007
ESTRUTURA MISTA Parceria entre Massucato e Suzano Petroquímica resultou em tampa feita de aço e polipropileno
Massucato (19) 3246-0322 www.massucato.com.br Rojek (11) 4447-7900 www.rojek.com.br Suzano Petroquímica (11) 3583-5900 www.suzanopetroquimica.com.br
DIÂMETRO AMPLIADO Baseada em alto vácuo e num disco de vedação, tampa BR-1 promete disseminar tecnologia Abre-Fácil em potes de vidro de conservas
O papel da Suzano Petroquímica não se resumiu ao fornecimento da resina plástica. Além de apoiar a criação do molde, a empresa desenvolveu um tipo especial de PP que suporta altas temperaturas, permitindo emprego da tampa em produtos submetidos a processos de pasteurização ou esterilização. Embora o desenvolvimento esteja direcionado a fabricantes de conservas em geral, o foco inicial é no mercado de palmito. A meta é produzir 20 milhões de unidades em seis meses. Nos cálculos de Sinclair Fittipaldi, gerente de marketing da Suzano Petroquímica, o potencial do negócio é de 360 toneladas de PP por ano. A nova tampa oferece opção de cores no painel plástico e impressão litográfica na parte metálica. Dessa forma, pode-se combinar a cor do rótulo com a da estrutura plástica, tornando-a um elemento auxiliar de decoração. A produção inicial será nos diâmetros de 74 e 63 milímetros, com possibilidade de expansão da oferta para 38, 58 e 85 milímetros.
O trunfo da Rojek Em outra demonstração de que o mercado de fechamentos incorporou o “DNA da inovação”, a Rojek, criadora das tampas Abre-Fácil que há anos fazem sucesso em latas e copos de vidro de alimentos, apresentou uma inovação em seu sistema baseado em alto vácuo e num pequeno selo plástico de vedação. A tecnologia agora está disponível em diâmetro ampliado: 113 milímetros. Batizada de BR-1, a nova tampa é dotada de garras, permitindo aplicação em potes de vidro. A idéia também é atender ao segmento de conservas, disponibilizando aí a mesma facilidade de abertura conhecida dos consumidores de requeijões, atomatados, lácteos e doces. Outra novidade em relação à Abre-Fácil tradicional está no selo em si. No novo modelo, o acessório não é totalmente removível. Mesmo após o rompimento do lacre, a região inferior do disco plástico permanece colada à tampa. Assim, o pequeno orifício central pode ser recoberto depois da perda do vácuo, aumentando a percepção de proteção em alimentos que não são consumidos de uma só vez. (LH)
Os caminhos dos estojos Maior resistência e laminação ecológica são tendências em papel cartão
D
e um lado, pressão por custos. Do outro, crescente demanda por embalagens mais resistentes. No desafio de atender essa dupla exigência, fabricantes de papel cartão para embalagens esforçam-se em conciliar maior rigidez e menor gramatura nos seus novos desenvolvimentos. Já conhecida de quem é do ramo, essa tendência foi sacramentada com o principal lançamento da Suzano Papel e Celulose durante a Fispal deste ano. A empresa divulgou seu TP Premium, novo triplex para produção de embalagens cartonadas, que promete paredes mais leves sem detrimento de suas características de resistência. Segundo Gustavo Couto, gerente de marketing da empresa, a nova tecnologia permite que um cartão com 275g/m² apresente a mesma resistência de um cartão convencional com 300g/m². “O TP Premium é uma evolução do TP HI-Bulky”, ele compara, numa referência a outra linha da empresa, esta bastante difundida no mercado de alimentos prontos e semiprontos. Não por acaso, o foco do TP Premium também é na indústria alimentícia. Segundo Couto, trata-se de um segmento que normalmente demanda cartões de altas gramaturas. “Mas outros setores, incluindo cosméticos, medicamentos e produtos de limpeza doméstica, devem ser atendidos”, ele comenta. O gerente da Suzano explica ainda que, embora custe mais caro, o TP Premium pode representar para seus usuários economia de até 5% pela possibilidade de menor consumo de cartão. Outra tendência em papel cartão observada na Fispal foi a de uso de filmes de celulose para laminação de cartuchos e outros tipos de embalagem. 56 >>> EmbalagemMarca >>> julho 2007
ESTRUTURA REFORÇADA TP Premium, da Suzano: versão com 275g/m2 apresenta a mesma resistência de cartão convencional com 300g/m2
COMPOSTÁVEIS Em parceria com Innovia Films, Nilpel divulgou linha laminada com filmes de celulose
Esse tipo de acabamento promete crescer no cenário nacional na esteira das vantagens ambientais oferecidas na comparação com a laminação convencional, feita com filmes de PET ou de polipropileno biorientado (BOPP). Com substratos de celulose, dizem os convertedores que investem na tecnologia, garantese o mesmo brilho, proteção e resistência a abrasão dos laminados de PET e BOPP, porém utilizando-se uma matéria-prima compostável, que não comprometerá a velocidade de degradação da embalagem. Quem apresentou desenvolvimentos nesse sentido foi a Nilpel, indústria gráfica de São Paulo especializada na conversão de cartuchos e estojos cartonados. A empresa lançou durante o evento sua linha de embalagens compostáveis Ciklon, novidade fruto de parceria com a Innovia Films. Esta fornece filmes da família NatureFlex, obtidos a partir de polpa de celulose, que são aplicados nas embalagens pela Nilpel. A idéia, explica Anderson Dalcin, analista de relações institucionais e de comunicação da convertedora, é
oferecer cartuchos de rápida degradação sem abrir mão do diferencial do brilho. “Muitos clientes não utilizam cartuchos laminados por questões ambientais”, aponta Dalsin. Os cartuchos Ciklon são certificados pelo FSC (Conselho de Manejo Florestal, na sigla em inglês), e impressos com tintas produzidas à base de óleos vegetais. A Nilpel mira a novidade nos mercados de cosméticos, alimentos e higiene pessoal.
Metalizados No lado da Innovia, o mercado de papel cartão é visto com otimismo. “Essa estratégia estende a utilização dos filmes Natureflex para a indústria gráfica de grandes tiragens”, analisa Antonio Rufato, profissional de marketing da empresa. Antes das incursões no mercado de cartonagens, ele explica que os filmes de celulose estavam mais focados na indústria de flexíveis. Confiante na demanda proneviente desse novo nicho, Rufato lembra que o uso de filmes de celulose já decolou no mercado gráfico europeu, com lançamentos previstos
na Inglaterra para os próximos dois meses. No mercado europeu, aliás, também há produtos acondicionados em cartuchos laminados com filmes de celulose metalizados. Atenta a essa tendência, a Nilpel produziu para a feira uma embalagem conceito com semelhante acabamento. Já no estande da Innovia Films foi divulgado o uso dos produtos Natureflex na embalagem da marca de papel A4 reciclado Print’pel, da Laps’pel. Também feita de papel reciclado, a embalagem é impressa e laminada pela convertedora Finepack. (LH)
Finepack (11) 4496-8000 www.finepack.com.br Innovia Films (11) 5053-9948 www.innovia.com Nilpel (11) 2191-2300 www.nilpel.com.br Suzano Papel e Celulose 0800 05 55 100 www.suzano.com.br
TRIPLAMENTE ECOLÓGICO Papel reciclado da Laps’pel é vendido em embalagem também reciclada e laminada com filme de celulose
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Muito além dos sólidos Tecnologia retortable não foi o único alvo das caixinhas longa vida na feira
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Selección, da fabricante J. Garcia. Tradicionalmente a empresa com maior área de exposição da Fispal, este ano a Tetra Pak ocupou um estande de 1 540 metros quadrados. Nele foi possível observar uma Ilha de Automação com soluções para melhorar a performance das fábricas de seus clientes. Na parte de envase, a gigante sueca apresentou duas plataformas: a A3 Speed High Capacity (versão 2008), definida como a “mais rápida do mundo do cartonado”, com capacidade de 15 000 embalagens/litro por hora; e a A3 Flex, que opera com diferentes tipos de tampas e com volumes que podem variar de 200 mililitros a 1 litro.
Alimentos sólidos EM DESTAQUE Lançamento da Tetra Gemina Aseptic e comemoração dos 50 anos de Brasil foram pontos altos da participação da Tetra Pak
SIG Combibloc (11) 2107-6744 www.sig.biz/brasil
Como não poderia deixar de ser, a tecnologia Tetra Recart de embalagens longa vida retortable também foi destacada. As caixinhas que suportam as altas temperaturas do processo de autoclave, permitindo o envase de alimentos sólidos e semi-sólidos, já são usadas pela marca Quero, no acondicionamento de milho verde, ervilha, seleta de legumes e molho de tomate com pedaços (ver EMBALAGEMMARCA 93, maio de 2007, página 28). Também interessada em mercados tradicio-
Tetra Pak (11) 5501-3205 www.tetrapak.com.br
NA PONTA DA RÉGUA SIG Combibloc divulgou tecnologia para envase de alimentos com pedaços de até 15mm
FOTOS: DIVULGAÇÃO
m se tratando de embalagens cartonadas assépticas, a Fispal reforçou a percepção de que o acondicionamento de alimentos sólidos representa uma das mais atraentes oportunidades no cenário atual do setor. Mesmo assim, as duas principais fabricantes desse tipo de embalagem, SIG Combibloc e Tetra Pak, não se dedicaram apenas à divulgação de tecnologias envolvendo caixinhas longa vida esterilizáveis por autoclave. A Tetra Pak aproveitou o evento para comemorar 50 anos de atuação no Brasil, onde chegou em 8 de junho de 1957, seis anos após sua fundação na Suécia. “Ao longo de todo esse tempo, a empresa demonstrou acreditar no país, e por isso investiu muito”, assinala Guilherme Franklin, diretor de bebidas e culinários da multinacional sueca. Ele acrescenta que hoje a Tetra Pak tem uma estrutura muito sólida no país, o que faz “grande diferença em termos de atendimento regional”. Adepta da filosofia de que os bons resultados do passado não são garantia de sucesso no futuro, a empresa calcou sua participação na Fispal em novas soluções para as indústrias de sucos, leites e derivados. Um dos destaques apresentados foi a Tetra Gemina Aseptic (TGA), embalagem de perfil diferenciado cuja capacidade por enquanto se limita a um litro. Segundo a empresa, trata-se da primeira caixinha com formato gable top do mundo alimentada por bobinas e com desempenho asséptico completo para o envase de sucos e lácteos. Produzida numa versão da plataforma Tetra Pak A3/Flex, a novidade tem em seu design e no da linha de envase em si elementos que facilitam a troca para outros modelos da própria família TGA que devem ser lançados posteriormente. Equipado com tampa de rosca StreamCap, o produto já estreou no mercado espanhol, onde é usado pela marca de sucos Don Simon – Gran
nalmente dominados por potes de vidro e latas de aço, a suíço-alemã SIG Combibloc centrouse de maneira mais efusiva nas soluções que prometem expandir a presença das caixinhas longa vida para além das prateleiras de bebidas e alimentos cremosos. Durante a feira, grande ênfase foi dada às tecnologias Food Aseptic e Food Retortable, os dois trunfos da empresa para o acondicionamento de alimentos com pedaços. A primeira já é usada lá fora por empresas como Unilever e Nestlé, para molhos de tomate, alimentos para bebê e sopas com pedaços de carne. Por aqui, as caixinhas Food Aseptic estrearam na linha de molhos de tomate com a marca Saúde, da Siol Alimentos (ver reportagem de capa de EMBALAGEMMARCA 94, junho de 2007). Já a tecnologia Food Retortable, ou combisafe, ainda não chegou às gôndolas brasileiras. Mas a empresa defende que, nesse caso, as caixinhas podem receber pedaços maiores do que 15 milímetros e em porcentagem maior do que 50%. Em termos de processamento, a caixinha combisafe suporta tecnologia de pasteurização, no caso de alimentos de alta acidez, ou de
MAIS POSSIBILIDADES Caixinhas Food Retortable podem acondicionar alimentos com alta acidez e pedaços maiores
esterilização em máquinas de autoclave. O sistema já seria usado no mercado alemão para a comercialização de uma linha de molhos com pedaços. A fim de demonstrar as possibilidades dessas duas tecnologias, a SIG Combibloc montou em seu estande uma cozinha gourmet em que chefs renomados prepararam diariamente pratos com alimentos acondicionados em suas embalagens. (LH)
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Picotes do futuro Corte a laser aumenta segurança no PDV
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mpulsionado por novos processos de inviolabilidade no ponto-de-venda, o tema da segurança voltou a atrair atenções no mercado de embalagem. A bola da vez são os equipamentos de corte a laser. Aplicável na formação de pequenas perfurações em fechamentos plásticos, a tecnologia começa a ganhar espaço no mercado brasileiro. Seu grande trunfo é permitir o desenvolvimento de lacres eficientes e ao mesmo tempo fáceis de abrir. Integradores de sistemas, representantes de fabricantes de máquinas e fornecedores de embalagens plásticas rígidas já começaram a anunciar projetos dessa natureza. Um deles pode ser visto no mercado de doces e confeitos. Quem saiu na frente nesse segmento foi a Santa Helena, indústria paulista especializada no processamento e na venda de produtos de amendoim. A empresa adotou novo sistema de fechamento para os potes plásticos de sua linha Paçoquita. Nesse caso, o laser forma um picote entre o lacre e a tampa. O serrilhado permite que as peças sejam destacadas uma da outra, facilitando a abertura da embalagem e evidenciando tentativas de violação. Resultado de dois anos de pesquisas e desenvolvimento, a solução foi obtida a partir de parceria entre a Santa Helena e
INVIOLÁVEIS Dixie Toga desenvolveu lacre para potes de doce de amendoim
a Dixie Toga, fornecedora das embalagens plásticas rígidas usadas como multipacks das paçocas. O conjunto chega para substituir o filme de polietileno que, selado a quente no bocal da embalagem, serve de lacre dos potes. Ainda em fase de testes, a nova solução permite aumento de produtividade, graças à substituição das máquinas de selagem utilizadas na aplicação do lacre atual. “Com a nova tecnologia, eliminaremos uma etapa semi-automática na linha de produção”, explica Luis Carlos Pinheiro, diretor comercial e de marketing da Santa Helena. Paralelamente, a adoção do sistema representou diminuição nos riscos de acidente de trabalho, outro ponto vulnerável da antiga seladora. “O projeto também se destaca por ter sido desenvolvido em termoformagem”, observa Regis Sá, profissional de marketing da Dixie Toga. Segundo ele, lacres de segurança envolvendo equipamen-
No lado dos equipamentos de corte a laser, a ReB Laser, representante brasileira da marca alemã Rofin, está confiante na demanda proveniente do mercado de embalagem. Até o momento, as aplicações de microperfuração em filtros de cigarro representam o carro-chefe da empresa. Mas a intenção é diversificar a atuação, de olho principalmente em sistemas do tipo easy-open voltados ao mercado de stand-up pouches. Nesse tipo de embalagem, o laser pode realizar semicortes que facilitam a abertura dos saquinhos que ficam em pé. Também é possível
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realizar cortes e semicortes a laser em rótulos autoadesivos, aplicação pouco explorada no Brasil, mas que já dá sinais de crescimento lá fora. Por fim, mas não menos importante, há o mercado de lacres para embalagens plásticas rígidas, no qual as estratégias da Dixie Toga e da Emplal são acompanhadas com atenção. “Ao perceber um certo desaquecimento do mercado de filtros para cigarro, nos últimos quatro anos a Rofin passou a investir de maneira sólida no mercado de embalagem”, resume Robinson Batista, diretor da ReB. Segundo ele, mais de quarenta equipamentos já foram negociados em todo o mundo para aplicações em embalagem.
FOTOS: BLOCO DE COMUNICAÇÃO
Mercado de embalagem é profícuo para tecnologia
tos a laser são muitas vezes feitos em tampas plásticas injetadas. “A vantagem da termoformagem está na leveza da embalagem e na produção de peças mais baratas”, explica. Entre os mercados almejados pela Dixie, destaque para doces em pasta e sorvetes. Mas o foco nem sempre foi esse. Quando a empresa iniciou o desenvovimento, havia grande interesse no segmento de margarinas, maior mercado de embalagens termoformadas do Brasil. Pesquisas internas, porém, revelaram que o consumidor desse produto tem receptividade maior ao conjunto formado por sobretampa plástica e selo metalizado.
FLIP TOP Emplal lançou sistema em que a tampa permanece ligada ao corpo do pote mesmo após rompimento do serrilhado
Possibilidades diversas Mas nem todas as empresas que estão investindo em sistemas de corte a laser nutrem a mesma convicção. No caso da Emplal, outro grande transformador de embalagens plásticas rígidas que lançou uma solução de inviolabilidade apoiada na tecnologia, o mercado de margarinas é visto com boas expectativas. “Felizmente as possibilidades de aplicação do nosso produto são diversas”, assinala Rui Antônio Juliani, da área de projetos e desenvolvimentos da Emplal. Além de margarinas, a empresa vislumbra oportunidades em doces de corte, doces em pedaços, manteigas, temperos, sorvetes, confeitos, chocolates e cream cheese. Batizado de Emplack, o lacre da Emplal causou impacto entre os profissionais de embalagem que visitaram a Fispal, onde ocorreu o lançamento oficial. Para marcar a estratégia, a empresa realizou uma apresentação no hotel Holiday Inn,
Dixie Toga (11) 5516-2000 www.dixietoga.com.br Emplal (11) 4186-9744 www.emplal.com.br ReB Laser (11) 4368-7976 www.reblaser.com.br
que fica próximo ao Parque de Exposições do Anhembi, onde a feira é realizada, e distribuiu em seu estande uma embalagem conceito aos interessados. A amostra tem formato circular, mas, segundo Juliani, potes retangulares e ovais também podem ser oferecidos. Também termoformado, o sistema apresenta um anel horizontal que contorna a tampa. Tal acessório coincide com outro anel também horizontal visto ao redor do bocal do pote. O anel da tampa é selado no do pote após o envase do produto. A adequação do sistema à linha de embalagem exige análise específica para cada caso. Mas a empresa afirma que o lacre Emplack agrega apenas um sistema de selagem, ou eventualmente substitui o sistema já existente. Na parte de decoração, as indústrias usuárias podem optar pela impressão dry off-set, ou, para produtos de maior valor agregado, por rótulos termoencolhíveis ou auto-adesivos. Assim como a tecnologia da Dixie Toga, o grande apelo do lacre Emplack é o da segurança no ponto-de-venda. Afinal, não existe outra forma de abrir a embalagem senão pelo rompimento do picote. “Além de ser à prova de abertura (tamper proof), trata-se de uma embalagem que evidencia violações (tamper evident)”, enfatiza o profissional da Emplal. Outra característica do sistema é que a tampa permanece ligada ao corpo do pote mesmo após o rompimento do picote. “Com isso, conserva-se o visual inicial do conjunto”, completa Juliani. Tanto a Dixie Toga quanto a Emplal ressaltam possuir patentes de suas respectivas tecnologias. (LH)
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Primer dispensado
Stretch Machine 2ª Geração, para expansão de latas de aço, foi patenteada mundialmente
Polo lançou filme metalizado que permite impressão sem verniz base
Novo reforço para a disseminação das latas de aço com perfil diferenciado nas gôndolas brasileiras. A Indústria de Máquinas Moreno lançou na Fispal a Stretch Machine 2ª Geração. Com tecnologia 100% brasileira, o equipamento combina dois processos de expansão: o stretching, que pré-expande o corpo da lata; e a expansão por mandris segmentados, que dá a forma final ao corpo da embalagem. Segundo Vlademir Moreno
No mercado de filmes metalizados para rótulos do tipo roll label, a Polo Films e a Sol PP Print apresentaram um produto que possibilita impressão e laminação na face metalizada sem aplicação de verniz base (primer). Chamado de TMT, o filme apresenta média barreira, e pôde ser visto decorando garrafinhas de água mineral distribuídas no estande da Polo. Segundo a empresa, aplicações desenvolvidas também demonstraram bom desempenho em impressões externas de embalagens para alimentos, reduzindo riscos de migração de solventes. No caso de laminações com filme de BOPP ou papel cartão, a empresa diz que o produto pode ser usado também em embalagens de presentes, perfumes e cosméticos. Polo Films (11) 3707-8270 • www.polofilms.com.br SOL PP Print (11) 4199 1316 • www.solembalagens.com.br
Filho, engenheiro da empresa, o emprego conjunto desses dois processos foi patenteado mundialmente, e garante precisão nas dimensões da lata. “Isso contribui para uma recravação segura e de qualidade”, ele diz, acrescentando que a tecnologia permite a fabricação de latas com formas ilimitadas, em alta velocidade de produção e com baixo índice de refugo. Indústria de Máquinas Moreno (11) 4606-1602 www.maquinasmoreno.com.br
Mais uma fronteira a ser vencida pelo polipropileno Linha de envase vista na Fispal usou potes de PP para acondicionar café solúvel Divulgar o polipropileno (PP) como um material de embalagem viável para o mercado de café solúvel, hoje dominado por potes de vidro. Esse foi o objetivo da Suzano Petroquímica ao patrocinar uma das linhas de envase montadas na Fispal deste ano. Os potinhos de PP usados na demonstração foram produzidos a partir do processo de ISBM (Injeção Estiramento e Sopro, na sigla em inglês). Segundo a empresa, eles possuem características de transparência e barreira contra umidade ideais para os fabricantes de café solúvel. Em parceria com a Suzano Papel e Celulose, a Suzano Petroquímica também aproveitou o evento para divulgar suas embalagens produzidas em polipropileno e papel cartão, reforçando a idéia de que os dois materiais
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são complementares. Uma delas foi a sacola fabricada pela Antilhas e distribuída aos visitantes para carregar os brindes da empresa. Suzano Papel e Celulose: 0800-0555100 • www.suzano.com.br Suzano Petroquímica: (11) 3583-5900 • www.suzanopetroquimica.com.br Antilhas: (11) 4152-1100 • www.antilhas.com.br
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Perfis com tecnologia nacional
Aposta em termoencolhíveis Metroprint divulgou investimento em equipamentos da Rotatek e da Karlville Com posição de destaque no mercado de documentos e formulários, para o qual imprime mais de 1000 toneladas de papel por mês, a Metroprint divulgou na Fispal sua estratégia voltada aos segmentos de lacres e rótulos termoencolhíveis. Utilizando túneis de encolhimento da americana Karlville, no ramo de embalagens a empresa já atende clientes de higiene doméstica e bebidas, incluindo marcas próprias de produtos lácteos do Extra e do Carrefour. Na parte de impressão, a Metroprint conta com uma rotativa modelo Off-set Perfect NT. Fornecido pela Rotatek, o equipamento apresenta tecnologia de secagem UV, capacidade para imprimir em até dez cores, automação de tinteiros e motores eletrônicos sincronizados. Metroprint: (11) 3603-2323 • www.metroprint.com.br
One-stop shop em PET SIG Beverages detalhou vocações de cada uma das empresas do grupo Demonstrar o conceito de “value added bottling”. Esse foi o objetivo da SIG Beverages na Fispal. A expressão vem sendo usada pela empresa para designar seu know-how no mercado de garrafas PET, onde desenvolve e fabrica embalagens, revestimentos de barreira e soluções de enchimento asséptico. Também foram divulgadas as especialidades de cada uma das empresas que integram o grupo. A SIG Corpoplast atua com a tecnologia Blomax de máquinas para moldagem e sopro por estiramento, enquanto a SIG Plasmax lida com questões de impermeabilidade, barreira e envase de produtos sensíveis em garrafas PET. Já a SIG Asbofill fecha o ciclo, respondendo pelas áreas de proteção e flexibilidade. A SIG Beverages apresentou ainda sua divisão de design de embalagens. SIG Beverages (11) 2107-6784 • www.sigbeverages.com julho 2007 <<<
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mercado >>> tintas imobiliárias
Arrancada colorida D
esengatada a marcha lenta que conteve os ânimos produtivos nos últimos tempos, a indústria brasileira de tintas vive a expectativa de um período de rápida expansão. Não se trata, pelo menos por enquanto, das altas rotações prometidas pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Mas uma retomada inicial já pode ser observada, com reflexos positivos na indústria de embalagens. Neste caso, os benefícios em potencial recaem no ramo de latas de aço, que tem nos fabricantes de tintas um dos seus principais mercados no país. “De fato notamos aumento da demanda no primeiro quadrimestre”, conta Djalma Carlos, gerente comercial da Prada, grande fornecedora de latas de aço para fabricantes de tintas. A percepção do executivo espelha em grande medida os números do setor. No ano passado, quando foram produzidos 968 milhões de litros de tintas no Brasil, os fabricantes registraram crescimento de apenas 2,8% em relação ao exercício anterior. Em 2007 espera-se avanço de 4,5%. “Mas o reflexo mais significativo desse cenário de expansão será notado somente no ano que vem”, arrisca o gerente da Prada. Tal previsão tem fundamento na opinião de diferentes profissionais do ramo de tintas. Roberto Ferraiuolo, presidente do Sindicato da Indústria de Tintas e Vernizes do Estado de São Paulo (Sitivesp), lembra que o panorama positivo está em grande parte ancorado na política de incentivo à construção civil. Isso inclui a recente desoneração tributária de diferentes materiais de construção e a crescente oferta de crédito imobiliário, que prometem reduzir o déficit habitacional de sete milhões de moradias nos próximos anos. Para a indústria de tintas, vernizes e complementos, tais medidas devem estimular seu principal filão: o segmento de tintas imobiliárias, que responde por 77% do volume e por mais de 60% do faturamento do setor. “Enquanto produtos como cimento e cal reagiram imediatamente ao aquecimento da indústria de construção civil, as tintas apresentam um período de maturação maior”, com64 >>> EmbalagemMarca >>> julho 2007
Prestes a ultrapassar marca de 1 bilhão de litros produzidos, indústria de tintas começa a sentir reflexos do aquecimento do mercado de construção civil
para Ferraiuolo, lembrando que tais produtos só entram na obra na fase de acabamento. “Considerando que o arranque do mercado de construção ocorreu no início de 2006, nosso setor só sentirá os reflexos disso a partir de 2008”, reforça.
Final feliz na negociação com ANTT Enquanto a esperada explosão de consumo não acontece, os fabricantes de embalagem se mobilizam em diferentes causas. Numa delas, eles ajudaram a aprovar um pleito considerado essencial para a indústria de tintas. Tratase da publicação, pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), de alteração na Resolução 420, do Ministério dos Transportes, que regulamenta o transporte terrestre de produtos perigosos. O novo texto flexibilizou
exigências previstas para entrar em vigor no início deste ano, e que eram observadas com restrições pela cadeia de tintas. “Alguns de nossos produtos necessitariam de embalagens cuja manuseabilidade seria muito reduzida”, fala Kleber Tammerik, coordenador de serviços ao mercado da Suvinil. Na opinião dele, para atender as exigências da ANTT, as metalgráficas teriam de fazer investimentos pesados e com “retorno desconhecido”.
Para evitar essa situação, inicialmente os fabricantes procuraram demonstrar que o grande volume de tintas movimentado no Brasil é à base d’água, não devendo ser enquadrado como produto perigoso. No caso das tintas imobiliárias, os produtos base água representam 83% do volume produzido. Numa outra frente, foi entregue à ANTT um estudo da empresa Concepta DG Compliance sobre o mercado de embalagens metálicas destinadas
Papelão mira massa acrílica Tradicional fornecedora de embalagens de papelão ondulado usadas no comércio atacadista de massa acrílica, a Orsa Celulose, Papel e Embalagens lançou uma solução de acondicionamento destinada ao consumidor final desse tipo de produto. Batizada de Orsa Duo Pack, a nova embalagem também é feita de papelão ondulado, e tem a missão de concorrer com as latas de aço, muito comuns nesse mercado. Para isso, a empresa aposta em quesitos como impressão de alta qualidade e boa resistência mecânica. O novo produto alia duas tecnologias: a Orsa Trans Pack, que aumenta a resistência do papelão ondulado; e a Orsa Color Pack, sistema de impres-
são flexográfica de até cinco cores mais verniz. A leveza da Orsa Duo Pack também é incluída entre suas vantagens. Em apresentações que variam de 20 quilos a 28 quilos, a solução já é usada por diferentes fabricantes de massas, entre eles Colorin, Colatex, Leinertex, Metalcril e Texturarte. “O baixo impacto ambiental é outro benefício da Orsa Duo Pack”, acrescenta o departamento de marketing da empresa, informando que 77% das embalagens de papelão ondulado são recicladas hoje no Brasil, contra 29% das AVANÇO – Orsa Duo Pack conquista adeptos em embalagens de aço. apresentações que variam de 20 quilos a 28 quilos
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ao envase de tintas. Explorando dados de dois fabricantes de tintas (Basf e Tintas Coral) e de dois produtores de embalagens (Brasilata e Prada), o trabalho ajudou a demonstrar que as embalagens não precisariam sofrer adequações para aumento de segurança. Para os produtos base solvente, a ANTT acatou a sugestão de que as embalagens de até 5 litros sejam colocadas em paletes e acondicionadas com filme plástico termoencolhível ou em caixas de papelão ondulado. A condição é que cada conjunto de embalagens assim agrupado não ultrapasse 40 quilos. Já as embalagens de tintas base solvente com capacidade de até 20 litros motivaram outro pleito junto à ANTT. Nesse caso, o objetivo é flexibilizar a norma no que diz respeito à utilização de baldes e bombonas plásticas. Paralelamente, cinco fabricantes de embalagens de aço (Aro, Brasilata, CMP, Prada e Novalata) enviaram recentemente à ANTT protótipos de novas latas para esse nicho. Segundo o Sitivesp, as idéias ainda estão sendo analisadas. Ações dos fabricantes de embalagens de tintas também podem ser observadas no campo das promoções de ponto-de-venda. Numa par-
ceria com a Tintas Coral, a Brasilata forneceu seu Balde Plus com 20 litros de capacidade para uma campanha promocional nas lojas da Telhanorte. As 25 unidades da rede promoveram durante os meses de novembro e dezembro de 2006 a linha imobiliária da Coral com custo reduzido. O cliente comprava 20 litros de tinta ao preço de 18 litros. Numa ação inédita no segmento de baldes de 20 litros, a Brasilata desenvolveu o Balde Coral com rótulo especial trazendo o “splash” da promoção. “Foi uma ação sob medida, que resultou em grande visibilidade para os envolvidos”, ressalta José Maria Granço, diretor da divisão química da Brasilata. Com fechamento por trava mecânica, que substitui com vantagens de segurança e conveniência a tampa com garras, o Balde Plus pode ser aberto com uma chave de fenda. Sem perder a resistência mesmo após repetidas operações de abertura e de fechamento, a tecnologia protege contra violação, evidenciando a primeira retirada da tampa. A despeito de inovações que prometem manter a supremacia do aço, outros materiais de embalagem buscam avançar no segmento
MAIS PELO MESMO Brasilata forneceu balde de 20 litros para ação promocional da Coral na rede Telha Norte
A lata de aço da Cerviflan com abertura que permite a introdução do rolo de pintura aos poucos vai se tornando um case de sucesso no mercado brasileiro. Lançada na quinta edição da Feitintas, ocorrida em setembro de 2006, a embalagem tem formato retangular e vem sendo usada pela Suvinil para os produtos Suvinil Látex PVA e Suvinil Acrílico Toque de Seda. Com capacidade de 9 litros, que a posiciona entre os tradicionais galões de 3,6 litros e as latas retangulares de 18 litros, a novidade tem na tampa seu grande diferencial. O acessório pode ser utilizado pelo pintor como recipiente de aplicação, dispensando o uso das
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tradicionais bandejas plásticas. “Essa era uma antiga solicitação de consumidores, pintores e revendedores, constatada em diversas pesquisas de mercado”, diz Jean Daniel Lozargo, da área de marketing da Cerviflan.
INTERMEDIÁRIA - Retangular, lata de 9 litros da Cerviflan tem alça e dispensa bandeja
Ele explica que a tampa possui frisos horizontais para retirada de excesso de tinta do rolo de pintura e fácil escoamento no retorno do produto à lata. “Essa também é a primeira embalagem retangular com alça do mercado brasileiro”, acrescenta Lozargo, lembrando que tal característica facilita o manuseio da embalagem e a pintura de superfícies altas. Para a indústria usuária, ele diz, o produto proporciona facilidade de envase e de fechamento, maior resistência e apelo visual garantido por um amplo painel de informação. Outra vantagem, conclui o profissional da Cerviflan, é que o processo de diluição da tinta pode ser feito na própria lata.
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O rolo passa pela abertura e a tampa vira bandeja
de tintas imobiliárias. O caso mais evidente é o do plástico. Em países europeus, nos Estados Unidos e até em mercados vizinhos como o argentino, o material detém grandes fatias do segmento de embalagens de tintas. Por aqui a participação das plásticas é pequena, e está restrita a marcas de menor prestígio. Afora o maior apelo ambiental do aço, o plástico é considerado pelos fabricantes de tintas um material de acondicionamento com menor resistência mecânica. Embalagens plásticas dificultariam o empilhamento em grandes alturas e demandariam mais espaço de armazenamento – um bem cada vez mais raro e, portanto, precioso em qualquer indústria, não apenas na de tintas. Para especialistas, lá fora as embalagens plásticas para tintas têm mais qualidade do que aqui. Ademais, lá o aço é mais caro. No Brasil se daria o contrário, e quando os fornecedores procuram melhorar a qualidade das embalagens plásticas, o custo as torna impraticáveis. “Só se o preço do aço subir muito o plástico avançará de fato no Brasil”, acredita José Icassati, diretor administrativo da Associação
dos Revendedores de Tintas do Estado de São Paulo (Artestp). “Além disso, a litrografia tem resultado gráfico melhor do que a impressão em embalagens plásticas”, ele opina. Em meio ao incipiente assédio das embalagens plásticas, em 2007 a indústria brasileira de tintas deverá superar pela primeira vez em sua história a marca de 1 bilhão de litros produzidos. Consumindo anualmente mais de 38 mil toneladas de folhas-de-flandres, a matériaprima das latas de aço, tudo indica que o setor deve se tornar cada vez mais representativo dentro da cadeia de embalagem. “Além das medidas de incentivo à construção civil, o bom desempenho da indústria automotiva e de outras com perfil exportador contam pontos a favor do nosso setor”, diz Dílson Ferreira, presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati). Ele lembra que no ano passado também houve quebra de recorde, apesar do baixo crescimento do setor, com o faturamento total da indústria de tintas superando, pela primeira vez na década, a marca de 2 bilhões de dólares. (LH)
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Brasilata (11) 3871-8500 www.brasilata.com.br Cerviflan (11) 6432-5629 www.cerviflan.com.br Orsa (11) 4689-8700 www.orsaembalagens.com.br Prada (11) 5682-1000 www.prada.com.br
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plásticas >>> hair care
VARIANTES – Cada “sistema” de xampu e condicionador ganhou embalagem própria
Convite à combinação Estojo de PP incentiva compra de itens complementares e realça Seda no PDV
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“Um dos principais objetivos da venda agregada é mostrar ao consumidor que existem passos no cuidado com o cabelo, que cada produto possui uma funcionalidade distinta, como limpeza, condicionamento e hidratação”, explica Nathalia Amadeu, da área de marketing de produtos capilares da linha Seda.
Costa Galli (11) 5507-5658 www.costagalli.com.br Gonçalves (11) 4689-4700 www.goncalves.com.br Jorgon (21) 3151-9416 www.graficajorgon.com.br
Material de construção Além de ajudar o consumidor a comprovar a eficácia do uso conjunto dos produtos, de quebra os cartuchos desempenham o papel de mídia no varejo. “Os packs se destacam nas gôndolas pela sofisticação, tornando-se uma importante ferramenta para construção da marca no ponto-de-venda”, entende Nathalia. Os estojos de Seda são produzidos pela Rigesa, que dispõe de tecnologia da AGI Klearfold, empresa especializada em cartuchos plásticos controlada pela mesma empresa, a americana MeadWestvaco. “O grande apelo dessa embalagem é a transparência do substrato plástico aliada à sofisticação da impressão em alto brilho, garantindo diferenciação no ponto-de-venda e a interação do produto com o consumidor”, assinala Otávio L. Fogo, gerente de desenvolvimento de negócios da Rigesa. Segundo ele, o uso desse tipo de embalagem, capaz de ser impresso em até sete cores e agregar verniz UV de alto brilho, é inovador no segmento de xampus. (MF)
Kingraf (41) 3333-53666 www.kingraf.com.br Rigesa MeadWestvaco (19) 3881-8800 www.rigesa.com.br
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ondicionadores, reparadores de pontas, cremes, máscaras de tratamento. Multiplicados nos últimos anos, os lançamentos desses complementadores tentam fazer o público assimilar um singelo recado: somente lavar as madeixas não basta. No entanto, como estimular o consumidor a adquirir um pós-xampu de mesma chancela, evitando cruzamentos de marcas nas cada vez mais populosas gôndolas de produtos capilares? Principal guarda-chuva da Unilever nesse mercado, a Seda aponta uma elegante alternativa. Desde janeiro, combinados de xampus e condicionadores da marca são comercializados em atraentes cartuchos plásticos, confeccionados a partir de chapas de polipropileno (PP). Os estojos trazem um visor na parte frontal definido por dois traços curvilíneos, que transmitem a idéia de onda – forte brand equity de Seda. As cores dos estojos combinam com as dos frascos dos cosméticos, recurso que ajuda o consumidor a diferenciar as versões dos produtos, escolhendo a indicada para o seu tipo de cabelo. Os cartuchos de PP estampam projetos gráficos da agência Costa Galli. Alguns deles ainda contêm em seus versos, num toque de glamour, fotografias de modelos com melenas bem-cuidadas, apresentando os resultados prometidos por cada conjunto.
Cartonados no mesmo barco Venda conjunta de itens de hair care também é um bom vento para os estojos de papel cartão Ganhando força no mercamais lento que o do xampu, do nacional, a venda combiisso (a compra de apenas nada de produtos capilares um item) acaba acontecenjá é um atrativo canal de do”, diz Freitas. escoamento para cartuchos Os estojos da Niely são de papel cartão. Antes dos produzidos em cartão estojos plásticos, a própria duplex e contam com Unilever adotara séries impressão das gráfidessas embalagens para cas Jorgon, Kingraf e acondicionar combinados Gonçalves. As caixas da linha Seda e também de apresentam uma janela Dove. Entre outras empreque, além de facilitar a sas da área de hair care visualização dos produtos, que adotaram os conjuntos destaca o contorno dos cartonados está a Niely, cabelos bem tratados de para quem tais embalagens uma moça. Em virtude do acabaram com um probleformato diferenciado da ma de ruptura. janela foi necessário desenOcorre que muitas consuvolver uma faca especial midoras dos xampus da para o projeto. O design empresa reclamavam de gráfico das embalagens foi dificuldade para encontrar desenvolvido internamente os condicionadores da pela Niely. mesma marca nos pontos-de-venda. A solução para o problema veio com os kits, lançados no primeiro semestre de 2006 e sem data para retirada do mercado. “A idéia é um sucesso absoluto em todo Brasil”, afirma João Freitas, gerente de marketing da Niely. A experimentação dos resultados combinados dos produtos incentiva compras futuras não só dos kits, mas também de embalagens RESPOSTA Kit da Niely atendeu individuais. “Como o conanseio das consumidaras sumo do condicionador é
Agora em espanhol A enciclopédia sobre tecnologia e produção de rótulos escrita pelo especialista inglês Michael Fairley ganhou uma versão em espanhol. Com tiragem inicial de 2.500 cópias, a obra custa 150 dólares, e vem acompanhada de um dicionário inglês-espanhol com os principais termos técnicos utilizados. Mais informações em www. conversion.com/enciclopedia. Estréia nas Américas A Gutenberg realizou em junho a primeira demonstração nas Américas do CtP Xpose! com laser UV para chapas convencionais. O equipamento foi desenvolvido pela suíça Luescher, e já foi negociado no Brasil com a Gráfica Imprensa da Fé, de São Paulo. O produto usa chapas convencionais gravadas com diodos laser. Casa nova I O conselho de administração da Suzano Papel e Celulose elegeu João Cornério diretor da unidade de negócio florestal da empresa. Casa nova II A Heidelberg promoveu mudanças na equipe de vendas do Rio de Janeiro, que atende também o mercado capixaba. A gerência do time foi assumida por Carlos Chahestian, que tem passagens pelas áreas de máquinas planas, pré-impressão e digital. Formação A Mack Color Etiquetas Adesivas organizou em junho a 1ª Semana de Tecnologia Gráfica (SETEG). O evento abordou temas como pré-impressão, flexografia, gravação de matrizes e tintas para impressão. As palestras foram ministradas por profissionais da Bauch Campos, Colacril, Comprint, Esko Grafics, Gutenberg e Siegwerkink.
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EXPANSÃO – Em 2006, 44 países compraram papel de embalagem da Klabin
Lição de casa mais do que feita Klabin anunciou aumentos das exportações de kraftliner e da capacidade instalada do produto A Klabin está expandindo sua capacidade produtiva e ao mesmo tempo comemorando o aumento das exportações de suas linhas de papel kraftliner. Em 2006 a empresa vendeu lá fora 411 000 toneladas do produto, que é usado para produção de embalagens. Atualmente, 44 países compram papel kraftliner da Klabin, incluindo África do Sul, El Salvador, Quênia e Venezuela, que começaram a ser abastecidos no ano passado. Afirmando deter 6% do mercado interpaíses do produto, a empresa também está inte-
ressada nas oportunidades norteamericanas, que se intensificaram após uma onda de fechamento de empresas do setor de papéis para embalagem nos Estados Unidos. Atualmente a Klabin possui 17 unidades no Brasil e uma na Argentina. Sua capacidade de produção anual deverá passar do atual 1,6 milhão de toneladas para 2 milhões de toneladas a partir de setembro próximo. Klabin (11) 3046-5800 www.klabin.com.br
Setor de flexografia reunido Rotatek organizou seminário focado em tendências e novidades em impressão flexográfica A fabricante de impressoras Rotatek promoveu em junho o Seminário Tendências e Inovações em Flexografia. O evento ocorreu em São Paulo, na sala ABTG do Senai Theobaldo de Nigris, e contou com apresentações de diferentes empresas. A própria Rotatek falou
sobre inovações em impressão e ganho de produtividade. Já a Sun Chemical abordou as vantagens da utilização de tintas monopigmentadas de alta concentração e da fabricação de tintas nas instalações do cliente, modelo conhecido como in-plant. Por sua vez, a DuPont apresentou o conceito da sua linha Cyrel para gravação rápida de chapas flexográficas. Rotatek (11) 4195-9888 www.rotatek.com.br
UNIÃO – Sun Chemical e DuPont participaram do evento realizado no Senai Theobaldo de Nigris
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Agenda De 20 a 23 de agosto será feito o 3º Fórum para executivos da indústria gráfica, promovido pela Heidelberg Print Media Academy – PMA. O evento acontece em São Paulo, e será gerenciado por Thomas Schumacher, renomado profissional da área gráfica. Mais informações: www.br.heidelberg. com ou (11) 6618-1477.
Estréia com o pé direito
Aquisição oficializada com êxito
Etirama apresenta nova flexográfica modular e vende duas unidades no coquetel de lançamento Quase 120 convidados prestigiaram o lançamento da Superflex Elite, nova impressora flexográfica modular da Etirama. O evento aconteceu em 9 de junho último, dentro da linha de montagem da fábrica da empresa, localizada em Sorocaba (SP). Segundo Ronnie Schröter, diretor comercial da Etirama, duas unidades do equipamento foram comercializadas no dia do evento. Disponível nas versões 330mm e 250mm, e
com velocidade de 150 metros por minuto, a máquina apresenta estrutura robusta, com chapas em aço de uma polegada de espessura. O modelo exposto estava equipado com oito unidades de impressão, elevadores de bobina na entrada e na saída, secagem entre cores com ar quente e controles individuais. Etirama (15) 3223-3332 www.etirama.com.br
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DESCORTINADO Equipamento está disponível nas versões de 330mm e 250mm
Comprometimento com inovação Suíça Gallus inaugura oficialmente nova fábrica de chapas para impressão serigráfica Grande nome do mercado mundial de impressoras banda estreita para a indústria de rótulos, a Gallus inaugurou oficialmente sua nova fábrica de chapas de impressão serigráfica em
Compra da Rhodia Silicones pela China National Bluestar Corporation é concluída
Herisau, na Suíça. A unidade entrou em operação em 7 de junho, e responderá pelo fornecimento global da linha de chapas Screeny. Cerca de 10 milhões de dólares, ou 12 milhões de francos suíços, foram investidos na estratégia. Gallus No Brasil (11) 5525-4475 www.gallus.org APORTE – Localizada na Suíça, unidade recebeu investimento de 10 milhões de dólares para fabricação da linha Screeny
A China National Bluestar Corporation, maior fabricante de silicones da China, anunciou a finalização do processo de aquisição mundial da divisão Rhodia Silicones. Anunciada no início do ano, a transação resultou na criação da Bluestar Silicones, dona da maior fábrica de monômero de silicone orgânico da China, e sexta maior do mundo. A empresa conta com uma subsidiária brasileira com cinqüenta colaboradores diretos e presidida por José Lucas Freire Júnior. No ramo de embalagens, o foco é na venda de especialidades de silicone usadas na produção de bases para impressão de rótulos auto-adesivos. Com razoáveis reservas de silício, matériaprima de que é feito o silicone, os chineses viram na aquisição a possibilidade de dominar a tecnologia de processamento do minério. Assim, a aquisição aumentará a competitividade da empresa, que atende, entre outros, aos mercados têxtil, automotivo e de construção. Todos os colaboradores da Rhodia Silicones foram incorporados à Bluestar Silicones. A estrutura local permanece a mesma, com a sede brasileira mantida na capital paulista. A unidade fabril situa-se em Santo André (SP), enquanto o centro de Pesquisa e Desenvolvimento fica em Paulínia (SP). Bluestar Silicones No Brasil: (11) 3741-7505 www.china-bluestar.com julho 2007 <<<
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43 SA Gráfica
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43
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Catuaí Print
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Cobrirel
9
(11) 6291-3155
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17
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Colacril
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(11) 3371-3371
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11
(11) 4582-9188
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(11) 4748-2199
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19
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(11) 5081-8225
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Frasquim
(11) 6412-8261
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Indemetal
37
(11) 4013-6644
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(11) 3618-7100
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(11) 3531-7000
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Na Catuaí Print acreditamos no ideal empresarial de trabalhar sempre para a constante melhoria de propósitos, gerando benefícios para clientes e colaboradores. A revista EmbalagemMarca representa a extensão desse ideal e é uma ferramenta fundamental para a decisão sobre embalagens, na medida em que, sem ser tendenciosa, aponta sempre soluções adequadas de acondicionamento e decoração. Neste campo específico, em que possui total domínio na produção de rótulos adesivos e sleeves, a Catuaí Print conhece os mais avançados métodos de como “vestir” produtos com eficiência e baixo custo. Acreditamos que um bom meio de divulgar isso é através de EmbalagemMarca.
Nilton Cardoso de Lima, Diretor
(43) 3552-1186 www.catuaiprint.com.br
É LIDA PORQUE É BOA. É BOA PORQUE É LIDA.
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Almanaque O balão alçou vôo Os papéis Canson costumam evocar recordações de infância em diferentes gerações de brasileiros. Surgida na França, a marca ainda hoje figura em diversas listas de material escolar país afora. O que poucos sabem é que por trás desse nome há uma tradição de 450 anos. Fundada em 1557, a Canson representa hoje uma diversificada linha de produtos, incluindo papéis para fotografia digital e impressão ink jet. Ao longo dos anos, a empresa protagonizou avanços como a instalação da primeira máquina de papel contínuo da França, em 1822. A história de sua logomarca, que segue o mesmo
conceito gráfico desde o século XVIII, também é digna de nota. Consta que, em 1783, descendentes dos fundadores utilizaram papel Canson para construir um balão dirigível em que pudessem voar. Em homenagem ao feito, o veículo virou símbolo da marca, como mostra a seqüência de imagens. Hoje controlada pelo Grupo Arjowiggins, que fabrica papéis para usos técnicos e especiais, a marca recentemente ganhou um mascote. Trata-se do personagem Cansonino, estudante estilizado que promete manter a tradição dos papéis Canson viva entre as novas gerações.
VOCÊ SABIA? A marca “Rapadura” foi registrada pela empresa alemã Rapunzel nos Estados Unidos e na Alemanha. A patente impede que os produtores brasileiros exportem o doce de cana-de-açúcar com a marca “Rapadura” para esses dois países.
65 velinhas para o Bis Vinte barrinhas dispostas num berço cartonado, envolvido por um filme protetor. É essa a clássica e indefectível embalagem do Bis, verdadeiro hit de consumo que acaba de completar 65 anos. Ao longo desse tempo, o chocolate criado pela Lacta (hoje controlada pela Kraft Foods Brasil) passou por diversas modernizações de embalagem. A capa de celofane original, por exemplo, deu lugar a um envelope de polietileno, por sua vez substituído há dois anos por uma sofisticada flow pack plástica. Tudo em nome da manutenção da jovialidade da marca. “Nem parece que ela possui 65 anos”, repara o diretor de marketing de Chocolates da Kraft, Eduardo Nigro.
O antiácido da garrafa azul O leite de magnésia, medicamento antiácido e laxante, foi criado em 1873 pelo farmacêutico inglês radicado nos Estados Unidos Charles Henry Phillips. Na época, ele era proprietário de uma fábrica de velas, mas devido ao sucesso do remédio, uma mistura de hidrato de magnésia e água, montou a indústria farmacêutica Charles H. Phillips Company. Até 1911, o remédio era vendido em frascos standard, e naquele ano ganhou uma embalagem exclusiva, de vidro azul. No Brasil, o Leite de Magnésia Phillips começou a ser fabricado em 1930, mas as embalagens ainda eram importa-
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das. A partir de 1949, a Cisper (atual Owens-Illinois) passou a fornecer os frascos. A empresa era a única que possuía tecnologia para fabricar vidro azul no país. Em 1997, a Glaxo SmithKline, fabricante do produto, passou a acondicionar o Leite de Magnésia em garrafinhas plásticas com rótulos autoadesivos e tampa de rosca.
CLÁSSICOS - Garrafinhas de vidro comercializadas nos EUA no início do século XX e anúncio brasileiro da década de 1940