www.embalagemmarca.com.br
Mais informativa e mais direta
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Wilson Palhares As duas novas seções integram a estratégia da revista de sempre se atualizar, com base em duas fontes de inspiração: a dinâmica da cadeia de embalagem e o acatamento de sugestões dos leitores
stamos inaugurando nesta edição uma seção dedicada a Equipamentos e processando a fusão de duas outras: unificadas, Rotulagem e Painel Gráfico passam a denominar-se Conversão e Impressão. Essas inovações fazem parte da estratégia de EMBALAGEMMARCA de aperfeiçoar-se e atualizar-se permanentemente, baseando-se em duas importantes fontes de inspiração: o acompanhamento da dinâmica da cadeia de embalagem e o acatamento de sugestões e reivindicações dos leitores. Nessa linha, e dado que EMBALAGEMMARCA é, desde
seu lançamento, a publicação brasileira especializada que dá a cobertura mais completa à área de decoração de embalagens, codificação e rastreamento, os fatos e inovações a ela relativos passaram então a ser apresentados de forma organizada sob a rubrica Rotulagem. Para atividades relacionadas ao universo da conversão não ligado especificamente à rotulagem, foi criado o Painel Gráfico. Mas, por serem áreas convergentes e complementares, que envolvem desde pré-impressão, substratos e matérias-primas em geral, bem como diferentes sistemas de produ-
ção de embalagens e seus complementos, essas seções integram a partir de agora Conversão e Impressão, mais ampla e abrangente. No espaço de Equipamentos serão apresentados todos os meses lançamentos selecionados de bens de capital e acessórios destinados desde a produção de insumos para transformadores até máquinas e acessórios apropriados à indústria usuária das embalagens, os “end users”, como também são chamados. Outra mudança é a disposição das reportagens e seções no corpo da revista, com o objetivo de dinamizá-la um pouco mais. Até agosto.
nº 71 • julho 2005
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Especial: Marcas
Quatro cases mostram como tradicionais marcas brasileiras mantêm-se fortes em seus mercados
Especialidades
Petroquímicas investem no mercado de empacotamento automático e aumentam vendas de resinas de alto desempenho
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Diretor de Redação Wilson Palhares
[email protected]
Estratégia
Bombril cria linha de limpeza doméstica mirada no mercado popular
Reportagem Flávio Palhares
[email protected]
Aço
Guilherme Kamio
Latas com perfil expandido debutam nas gôndolas de óleos comestíveis
[email protected]
Leandro Haberli Silva
[email protected]
Reportagem de capa: Vinhos
Colaborou nesta edição: Livia Deorsola
A investida dos rótulos autoadesivos para aumentar pedidos no mercado nacional de vinhos
Departamento de Arte Carlos Gustavo Curado (Diretor de Arte)
[email protected]
José Hiroshi Taniguti (Assistente)
28
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Administração Marcos Palhares (Diretor de Marketing) Eunice Fruet (Diretora Financeira)
Logística
Para aliviar aumentos do papelão ondulado, 3M cria sistema de redução de abas para caixas de transporte
Departamento Comercial
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[email protected]
Karin Trojan Wagner Ferreira
Materiais
Vidraria e usuários agregam valor às embalagens para ganhar mercado
Circulação e Assinaturas Marcella de Freitas Monteiro
[email protected] Assinatura anual: R$ 90,00
Público-Alvo EMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais que ocupam cargos de direção, gerência e supervisão em empresas integrantes da cadeia de embalagem. São profissionais envolvidos com o desenvolvimento de embalagens e com poder de decisão colocados principalmente nas indústrias de bens de consumo, tais como alimentos, bebidas, cosméticos e medicamentos.
Estratégia
Danoninho lança embalagem miniatura para popularizar consumo de petit suisse no país
Entrevista: Fátima Merlin
Gerente de atendimento ao varejo da LatinPanel aborda os hábitos de consumo da população de baixa renda
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Mercado
Globalização de marcas nacionais gera novidades no setor cervejeiro
Filiada ao
Evento
Brasil sedia pela primeira vez a entrega do prêmio WorldStar, da Organização Mundial de Embalagem
Editorial A essência da edição do mês, nas palavras do editor
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Impressão: Congraf Tel.: (11) 5563-3466
Espaço Aberto
EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da Bloco de Comunicação Ltda. Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo Antonio - CEP 04718-040 • São Paulo, SP Tel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463
Opiniões, críticas e sugestões de nossos leitores
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Display Lançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens
20 Internacional
Filiada à
42 Panorama Movimentação no mundo das embalagens e das marcas
50 Equipamentos Lançamentos em bens de capital para linhas de embalagem
62 Conversão e Impressão Produtos e processos da área gráfica para a produção de rótulos e embalagens
66 Almanaque Fatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens
FOTO DE CAPA: STUDIO AG – ANDRÉ GODOY
Destaques e idéias de mercados estrangeiros
www.embalagemmarca.com.br O conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA é resguardado por direitos autorais. Não é permitida a reprodução de matérias editoriais publicadas nesta revista sem autorização da Bloco de Comunicação Ltda. Opiniões expressas em matérias assinadas não refletem necessariamente a opinião da revista.
a revista por muitos e muitos anos levando ao mercado de embalagens notícias e informações do mais alto padrão e conteúdo. Sucesso sempre. Ezequiel Rebelo Fernandez Diretor Cliart Clichês São Paulo, SP
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Sexto aniversário
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aro Palhares. Quero parabenizá-lo e a sua equipe pela excelente edição da revista que acabo de receber. Especialmente a capa transparente, que ficou muito bonita. Mais uma vez EMBALAGEMMARCA mostra inovação e vanguarda editorial. Fabio Mestriner Presidente ABRE – Associação Brasileira de Embalagem São Paulo, SP
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m nome da ABIEF quero parabenizar a equipe pela Edição Especial de sexto aniversário de EMBALAGEMMARCA. Sensacional! Esmeralda Almeida Frias Secretária executiva ABIEF – Assoc. Bras. da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis São Paulo, SP
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revista EMBALAGEMMARCA faz muito sucesso aqui na Braskem e também no mercado, em função das matérias e da excelente qualidade editorial. Claudia Veiga Marketing Braskem – Unidade Poliolefinas São Paulo, SP
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uero parabenizar a equipe pelos seis anos da revista EMBALAGEMMARCA e dizer que me orgulho de ter acompanhado o seu sucesso até agora. Com certeza ainda veremos
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cabo de receber a edição de aniversário e gostaria de parabenizá-los pelo zelo e pelo preciosismo na concepção de cada nova edição, fato que seguramente é o grande diferencial de EMBALAGEMMARCA, aliada a uma pauta de altíssimo nível. Parabéns! Sergio Damião Lopes Administrador de conta Box Print Grupograf São Paulo, SP
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arabéns pela edição de junho da revista. Capa, papel, fotografia, conteúdo. Maravilhoso! Lauro de Moraes Igaraí S/A Ind. Com. de Embalagens São Paulo, SP
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migos da revista EMBALAGEMMARCA. Primeiramente gostaria de mandar os parabéns para toda a equipe. Não conhecia a revista e percebi, na sala de um cliente, que ela estava muito bonita. Realmente destaca-se entre as outras publicações, pois é graficamente muito melhor e mais bonita. Parabéns pela ação na capa da edição número 70, que ficou ótima. Todos da equipe estão de parabéns. Voltarei para Varsóvia, onde moro, e levarei um exemplar para mostrar aos meus amigos. Oxalá meu cliente consiga receber um outro exemplar, porque o dele viajará comigo para a Polônia. Muito boa sorte no trabalho. Suzane Farkas Designer gráfica Varsóvia, Polônia
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arabéns a toda a equipe, pela qualidade que tem conseguido dar a esse veículo e pelos seus seis anos de vida. A revista está com excelente nível, tanto gráfico como de conteúdo. Escrevo também para fazer um comentário sobre a reportagem de capa: Transparência. Não é a primei-
ra vez que a Rigesa traz para si os méritos de um projeto que não é dela. Refiro-me à linha de chás Instantea da Dr Oetker, projeto totalmente desenvolvido pela Segmento Comunicação e Design, como pode ser confirmado pelo cliente e pela própria Rigesa, que recebeu o material já desenvolvido e se entusiasmou muito com ele, pelo ineditismo que representava na época. Sem dúvida a participação da Rigesa nesse projeto foi fundamental. É um verdadeiro case gráfico, uma vez que foram utilizadas doze cores no processo de impressão, mas acho que falta, por parte dela, a citação de que o design e todo o projeto estrutural, bem como gráfico, foi inteiramente desenvolvido pela Segmento. A matéria diz: “...a Dr. Oetker encomendou à Rigesa cartuchos transparentes de PVC capazes de ficar em pé nas prateleiras”. Na verdade, não houve essa solicitação do cliente para a Rigesa. A Segmento ofereceu essa alternativa inusitada para a Dr. Oetker, que aprovou o projeto. Sugerimos também para o cliente que a impressão fosse feita em PVC, como forma de evidenciar o diferencial desse segmento de produto, até então inédito no Brasil. Gostaria imensamente que em algum momento houvesse uma retificação, mesmo porque esse projeto foi ganhador de inúmeros prêmios e muito nos orgulhou, como designers de embalagens, ter participado dele. Roberto Fleury Segmento Comunicação e Design São Paulo, SP
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oberto. Reconhecemos sua reivindicação e ressaltamos que o projeto da embalagem de chás Instantea da Dr Oetker não é da Rigesa, e não temos divulgado esse mérito como nosso. Esse mérito é da Segmento, que com muito profissionalismo e empenho adaptou o projeto ao nosso processo, reforçando ainda mais a nossa crença na integração entre designer, cliente e fornecedor. O que nos motiva a divulgar esta embalagem é a tecnologia de impressão e o processo fabril de embalagens transparentes, que a Rigesa desenvolveu no Brasil e de que foi fornecedora para a Oetker. Gostaria de parabenizar também toda
a equipe da revista EMBALAGEMMARCA pelo projeto de capa da edição de aniversário, que já vem nos dando resultados. Muito nos orgulha fazer parte deste momento importante para um veículo, igualmente importante para o setor de embalagens. Parabéns. Fábio Pereira Gerente de marketing corporativo Rigesa Celulose Papel e Embalagens Ltda Campinas, SP
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ecebi a revista do mês de junho. Está belíssima. Como sempre vocês arrasaram. Parabéns pelo trabalho maravilhoso. Luana Rocha Designer Manaus, AM
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arabéns pela maravilhosa edição de junho. Impecável e primorosa em todos os sentidos. Ernani Paulino Diretor Packnology! Campinas, SP
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ostaria de agradecer o espaço dado ao nosso produto, o Top Seal, na edição nº 70 de EMBALAGEMMARCA (“Vale o quanto protege”), mas queria fazer algumas observações sobre o texto publicado. 1) Durante a entrevista, tive o cuidado de não fazer comparações entre o Top Seal, feito de PVC, e outros materiais. Portanto, lamento ter sido atribuída a mim a declaração de que “o alumínio oxida e, se a área de fora da lata for contaminada, o risco de o alimento também se contaminar existe”. 2) É verdade que solicitamos um laudo do IPT sobre o produto, mas quero deixar claro que a comercialização do Top Seal independe da emissão desse laudo. Francisco Amante Diretor Comercial Propack Embu, SP N. da R.: De fato, esses problemas – que haviam sido constatados em nossa revisão – não foram suprimidos da versão final do texto.
CORREÇÕES • Devido à transmissão de um dado equivocado à nossa redação, informamos incorretamente o nome do fornecedor da embalagem do Leite Moça Serve Fácil na reportagem “Moça na mão” (EMBALAGEMMARCA nº 68, abril de 2005, pág. 22). O tubo, laminado, é fornecido à Nestlé brasileira pela espanhola Tuboplast
Hispania (www.tuboplasthispania.com). • Na cobertura da feira Brasilplast (EMBALAGEMMARCA n° 69, abril de 2005) a fonte correta das informações sobre o lançamento da Carnevalli foi Fernando Machado de Paula Eduardo, gerente comercial da mesma empresa.
Caixinhas buscam jovens talentos As pastilhas Tic Tac, da Ferrero do Brasil, chegam ao mercado anunciando a nova edição do concurso de modelos Tic Tac Mega Model 2005. O concurso pretende revelar talentos para as passarelas. Oito layouts diferentes, cada um com a ilustração de modelos famosos, estampam cerca de 35 milhões de embalagens. Responsável pelo desenvolvimento dos rótulos que divulgam a ação, a Novelprint traba-
lhou com uma lineatura maior, a fim de conseguir melhor definição do cromo na pré-impressão. Segundo Osvaldo Belintani, superintendente técnico da empresa, a dificuldade inicial foi conseguir qualidade de impressão no processo letterpress. “Para isso a arte foi preparada com 175 linhas por polegada”, diz. Os estojos de polipropileno são produzidos pela Plásticos Regina. O layout é da White Propaganda.
Ração para filhotes foi para a lata Produzida pela Socil, empresa do grupo francês Evialis, a ração Croc Baby Vegetais, para cães filhotes acaba de ganhar embalagens de aço produzidas pela Brasilata. Com capacidade de 900g, as latas possuem tampa plástica transparente dotada de anel para facilitar a abertura
e o manuseio. “É uma novidade no segmento, e temos planos de ampliar tal estratégia, adotando esse tipo de embalagem em edições promocionais da linha Croc e de outras marcas da empresa”, adianta Ricardo Franklin de Mello, gerente de mercado petfood da Socil Evialis Brasil.
Expandidas em frutas em calda Já adotadas para acondicionar produtos como extrato de tomate, conservas e cafés solúveis, as latas de aço expandidas produzidas pela Bertol Embalagens, de Passo Fundo (RS), estão ganhando as gôndolas de doces em calda. Neste segmento, quem apostou nas embalagens metálicas com perfil diferenciado foi a gaúcha Icalda,
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dona da marca Cantarelli. Com sede em Pelotas, a empresa recentemente lançou sua linha de pêssegos em calda em latas expandidas com capacidade de 350g. Pioneira na fabricação de latas com perfil expandido no Brasil, a Bertol informa que as embalagens da linha Icalda são produzidas de acordo com as normas da CSN.
O canto da Flamingo De olho num mercado que movimentou mais de 102 milhões de dólares em 2004, a cearense Sucos do Brasil S/A está lançando no varejo brasileiro a marca Sucos Flamingo, numa linha com variados sabores tropicais. Os sucos são apresentados em caixinhas de 200ml e de um litro da Tetra Pak e em garrafas de vidro de 250ml e de 500ml da CIV, com rótulos da Halley Gráfica e Editora e tampa da Alcoa. As garrafas de vidro de 500ml também acondicionam sucos concentrados da nova marca. O design das embalagens é da 333 Propaganda, de Fortaleza.
Equity mantido nas novas caixas A Ferla, tradicional marca de aveia, acaba de debutar novas embalagens no mercado. O principal equity da marca foi preservado na renovação: o logotipo oval vermelho, calçado num detalhe esfumaçado na cor branca. Ele agora ocupa uma área maior no painel frontal. As embalagens em papel cartão duplex são produzidas pela Gráfica Romiti. O layout foi desenvolvido pela Haus Design.
Embalagens incentivam higiene bucal Todo o mix de balas da fabricante de candies e chocolates Erlan chega ao mercado em novas roupagens. Com visual mais clean, as embalagens permitem rápida identificação da marca. Além disso, a empresa lança campanha sem precedentes no segmento de balas. Trata-se de um carimbo na embalagem que busca incentivar a escovação de dentes. “Somos a primeira empresa do setor no
Brasil a ter essa iniciativa”, afirma Rosalina Cardoso Vilela, presidente da Erlan. O trabalho de criação das embalagens foi feito internamente pela Erlan. Os packs das balas, de polipropileno, são impressos em flexografia. Já os envoltórios, também em PP, têm impressão em rotogravura. Valflex, Trya, Plastifica, Propace, Plaszom e Unipropi são as principais fornecedoras das novas embalagens.
Garrafas slim lançam balsâmicos A Castelo Alimentos, de Jundiaí (SP), coloca no mercado a linha especial de vinagres balsâmicos frutados com a marca Fruttati. O lançamento chega com quatro opções de sabores: maracujá, abacaxi, mel, framboesa e é complementado com um azeite de oliva extra-virgem. As garrafas são fornecidas pela Saint-Gobain, que desenvolveu o design em conjunto com a equipe da Castelo. Os rótulos, criados pela 100% Design, são da Indexflex, e as tampas, da Altec.
Envelopes metalizados nos novos Rexona A Unilever relança sua linha de sabonetes Rexona com cinco novos produtos, atuando em dois segmentos de mercado: frescor e ação antibacterial. Os sabonetes Rexona Freshintense possuem três variantes: Microexfoliant, Hydrating e Mineral Clean. Já os sabonetes da linha antibacterial estão disponíveis nas versões Tonic e Sensive. As embalagens, envelopes de papel revestido com tintas metalizadas, são fornecidas pela Empax.
especial marcas
Os segredos das idéias duradouras Por Flávio Palhares, Leandro Haberli e Livia Deorsola
Retratados nesta reportagem especial, quatro produtos que fazem parte do cotidiano dos consumidores brasileiros há muito tempo provam que, para sobreviver e manter competitividade, marcas tradicionais precisam estar sempre modernas
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ostuma-se dizer que, para poder envelhecer, é preciso estar sempre atual. O preceito ganha força no efêmero universo das marcas. A despeito de tradições seculares, estima-se que metade das novas marcas não complete o segundo ano. Num cenário que já foi definido como hostil a idéias duradouras, também rareiam as marcas que reconquistam a preferência dos consumidores após um período de crise ou ostracismo. Tanto num caso como no outro, do distinto time que escapa dos vaivens do varejo pode-se tirar uma lição: para sobreviver em tempos de economia ultracompetitiva não basta ter tradição, é necessário modernizar-se sempre. Essa obrigação de reciclagem contínua fica evidente na trajetória das marcas retratadas nesta reportagem especial de EMBALAGEMMARCA. Como característica comum, todas fazem parte do cotidiano dos consumidores brasileiros há muito tempo. Algumas, por circunstâncias diversas, nos últimos anos andaram encobertas, quase ameaçadas de desaparecer – e agora lutam para se reerguer. Outras nunca deixaram de estar no auge, e mesmo assim (ou por isso mesmo) investem sem parar em modernização. Nesse esforço de renovação, além de um canal direto de comunicação com os consumidores, a embalagem desponta como principal elemento de suporte ao processo de atualização dessas marcas. Afinal, ao longo dos anos a evolução da embalagem dos produtos mostrados a seguir se confunde com o próprio desenvolvimento de suas marcas. Embora mais evidente em questões circunscritas ao campo do design gráfico, essa hipótese não se restringe a cores, ícones ou fontes de uma logomarca. Mudanças no sistema de fechamento, na rotulagem, na ergonomia ou mesmo do material das embalagens também carregam significados relativos ao processo evolutivo das marcas, indicando, por exemplo, seu público-alvo ou novo posicionamento de mercado. Melhor do que teorias, os exemplos práticos mostrados a seguir deixam isso claro, corroborando em todos os casos o papel central das embalagens em distintas estratégias de reposicionamento de marketing. Mais do que isso, comprovam a percepção de que, para atravessar os anos com liderança e jovialidade, as marcas, como nunca, precisam estar atuais.
especial >>> marcas
Os vaivéns de um ícone Criada pela Visconti, marca Io-Iô Crem quer resgatar popularidade dos anos 80
FOTOS:DI VULGAÇÃO
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uando comprou a fábrica de chocolates da Visconti, em 2001, a americana Hershey’s, que havia desembarcado no Brasil três anos antes, assumiu a produção de linhas tradicionais entre os consumidores brasileiros, como as de chocolates granulados e ovos de páscoa. Ao lado desses produtos, conhecidas marcas criadas pela Visconti passaram a ser controladas pela Hershey’s, empresa fundada há mais de cem anos e hoje líder do mercado americano de chocolates. Para a geração que cresceu na década de 80, uma das mais representativas dentre essas foi possivelmente a marca Io-Iô Crem Lançada pela Visconti em 1982, ela fez sucesso entre as crianças da época ao unir numa mesma embalagem creme de chocolate ao leite e creme de chocolate branco. O produto também marcou época com a ajuda de blisters termoformados iguais aos usados no mercado de food service para acondicionar manteiga e geléia. Com eles, muito antes da expressão “consumidor nômade” ficar em evidência, a Visconti conseguiu explorar o apelo de praticidade das pequenas porções,
PIONEIRISMO – Com blisters chamados de síngolas, Io-Iô Crem explora “consumo nômade” há mais de 20 anos
Conquistando novas gerações
NOVOS NICHOS – Marca alçou vôo no mercado de barras de chocolate com Io-Iô Choc
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permitindo que as crianças levassem seus potinhos de Io-Iô Crem para onde quer que fossem.
A par do histórico e da importância da marca no mercado brasileiro, a Hershey’s tem se esforçado para fortalecer os produtos Io-Iô Crem entre as novas gerações de consumidores infantis. Iniciado em 2003, com a renovação da identidade visual, o trabalho abarcou a criação de um mascote para a marca, concebido pela agência Design Absoluto em alusão ao brinquedo io-iô. Além de campanhas publicitárias e merchandinsing em programas infantis, responsáveis por divulgar o nome Io-Iô Crem na mídia após intervalo de seis anos, em junho último o esforço ganhou novo alento, com a chegada aos pontos-devenda do Io-Iô Choc. Parte da estratégia de ampliação da marca para além da categoria creme de chocolate, o produto, vendido em flow-packs de BOPP, foi anunciado como “a primeira barra de chocolate redonda do Brasil”. “As crianças de hoje são mais exigentes e estão em busca de novidades constantemente”, diz Luiz Felipe Pateo, gerente de marca da Hershey’s. “Com Io-Iô Choc quisemos trazer para dentro da linha Io-Iô Crem essa nova geração de consumidores.”
O novo membro da família Io-Iô Crem se juntou a outras versões da marca lançadas pela Hershey’s em anos recentes. Além dos clássicos blisters termoformados de 15g, conhecidos comercialmente como síngolas, o produto pode ser encontrado hoje em copos plásticos de 200g e na versão Io-Iô Mix, que é acompanhada de canudos de waffer e vem sendo vendida em dois novos sabores: chocolate ao leite com morango e brigadeiro. Também fora da categoria de creme de chocolate está a marca Io-Iô Balls, de bolinhas de cereal crocante cobertas com chocolate ao leite e chocolate branco. “Com um belo trabalho de distribuição, Io-Iô se tornou uma das marcas de chocolate infantil preferidas pelas crianças da época”, atesta o gerente de marcas da Hershey’s. Mas, como ele mesmo diz, esses consumidores mirins cresceram, e muitos hoje já são pais. “Além de conquistar as crianças da geração atual, estamos felizes, pois percebemos que muitos dos ex-consu-
midores de Io-Iô Crem passaram a comprar os produtos para seus filhos”, comemora Luis Felipe Pateo. Design Absoluto (11) 3071-0474 www.designabsoluto.com.br
EXPANSÃO – Potes maiores, de 200g, e versão Mix, vendida em copos plásticos com canudos de waffer, também foram colocados sob a marca guarda-chuva Io-Iô
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especial >>> marcas
Para não manter frio Keep Cooler sofre modernização visando reaquecer mercado de coolers
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lançamento do Keep Cooler, em 1986, foi um ruidoso sucesso comercial. Em um ano, o “refresco de vinho” da vinícola gaúcha Aurora, gaseificado e com baixo teor alcoólico, vendeu mais de 30 milhões de garrafas. Os anos se passaram e a febre em torno do produto também. Hoje, a Aurora fecha seu balanço anual com menos de 12 milhões de unidades vendidas. O que ocorreu? Um abracadabra mercadológico, com a multiplicação no mercado de coolers de todo tipo, em muitos casos de operações pequenas e médias, querendo pegar carona no êxito da marca da Aurora. Resultado: comoditização de mercado. Cooler virou sinônimo de produto de qualidade suspeita e, logo depois, demodée. A Aurora, porém, ainda acredita nesse mercado – e no recall de sua marca. Tanto é que acaba de investir numa espécie de relançamento do Keep Cooler.
Clássico e despojado Para reconquistar mercado, a vinícola encomendou à agência porto-alegrense Bendito Design a modernização do apelo visual do
GERAÇÕES – À esquerda, o Keep Cooler clássico remodelado. No meio, o Black, variante com mais álcool. À direita, a antiga garrafa da marca
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Não é cooler nem ice, mas alvos são os mesmos Outra vinícola que investe em bebidas alcoólicas leves de vinho é a Alberto Belesso, de Jundiaí (SP). Grambell é a marca do que a empresa diz ser uma bebida inédita no país, baseada em vinho e suco de uva, 100% natural, frisante e de teor alcoólico moderado. Não é um cooler, frisa a fabri-
cante, e sim uma opção premium mirada nos jovens e nas mulheres. “Pesquisas demonstram que o brasileiro gosta de vinho, mas faltam opções diferenciadas e compatíveis com o paladar nacional”, afirma José Roberto Belesso, diretor da vinícola. Nas versões branco e tinto, o produto estréia em
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garrafa da Saint-Gobain com tampa twist off. “Criamos os rótulos com detalhes dourados para evidenciar a sofisticação do produto”, diz Sara de Paula Souza, da Hi-Design, a responsável pelo visual do produto. Quem produz os rótulos é a Litografia Bandeirantes, também de Jundiaí.
sumo”, justifica Alem Guerra, diretor de marketing da Aurora. Esse público-alvo, aliás, influenciou na decisão de reduzir o volume do Keep Cooler. Segundo Guerra, pesquisas indicaram preferência dos jovens por doses menores, possíveis de serem consumidas sem esquentar. As novas garrafas saem dos fornos da Owens-Illinois do Brasil, são decoradas com rótulos da Dixie Toga e chegam ao varejo em six-packs da Riverwood. A aposta da Aurora é que a nova embalagem repita a boa impressão que a original, dos anos 80 (a garrafa de vidro de shape diferenciado, uma das primeiras no país a contar com tampa twist-off), deixava até o fatídico ataque dos clones.
produto. O rótulo agora é mais despojado, com cores menos efusivas que aquelas em moda nos anos 80. O nome da bebida também mudou para Keep Cooler Classic. Sua garrafa é outra novidade. Ela está ligeiramente menor, com 275ml em vez dos antigos 350ml. Outro aspecto importante é que o reposicionamento da marca abriu espaço para o lançamento da linha Keep Cooler Black, com maior teor alcoólico – de 6,8%, contra os 5,2% das versões clássicas. Com rótulos pretos, ela oferece os sabores citrus, morango e pêssego. Dos sabores clássicos, só não abrange o de uva. “O lançamento vai ao encontro dos jovens, mais exigentes e sempre em busca de novas opções de con-
EXTENSÃO – Nova identidade visual se estende às six-packs cartonadas que chegam ao varejo
Bendito Design Dixie Toga (51) 3333-2022 (11) 6982-9497 www.benditodesign.com.br www.dixietoga.com.br
Litografia Bandeirantes Owens-Illinois Riverwood do Brasil Saint-Gobain (11) 4582-5151 (11) 6542-8000 (11) 4589-4520 (11) 3874-7211 www.litoband.com.br www.oidobrasil.com.br www.riverwood.com.br www.sgembalagens.com.br
Hi-Design (11) 3834-2821 www.hi-design.com.br
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especial >>> marcas
Mudanças que dão gosto Em busca de ganho de exposição no PDV, Nescau aposta em mais um face-lift
FOTOS: DIVULGAÇÃO
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ançado pela Nestlé em 1932 com exclusividade no Brasil, e marcado desde então por uma dinâmica estratégia de modernização visual, o achocolatado Nescau novamente reformula sua identidade gráfica. Considerado um dos mais marcantes face-lifts em toda a história da marca – que só deixou de ser grafada Nescao, com “o”, na década de 50 – o projeto coincidiu com o lançamento da versão Power. Mais jovem extensão de linha da família Nescau, a novidade traz a proposta de oferecer aos consumidores um produto mais escuro e com sabor acentuado de chocolate. A cargo da Futurebrand, o redesign gráfico teve dois objetivos básicos: aumentar a visualização da marca nas gôndolas e, claro, modernizar a aparência dos produtos. A des-
REPAGINADO – Novas fontes, fotografias no lugar de desenhos e tampa vermelha. Acima, versão Power
Fichas também no perfil expandido
STUDIO AG - ANDRÉ GODOY
Antes de reformular a identidade de Nescau, a Nestlé, que já havia aderido às latas com silhueta diferenciada para remoçar o Leite Moça, lançou em março último uma edição especial da marca, o Cappuccino Actigen-E, também numa lata de aço expandida. Projetada com o objetivo de atrair a atenção do público jovem, a lata do Nescau Cappuccino foi fornecida pela Companhia Brasileira de Latas (CBL). Marcos Barbieri Galante, analista de comunicação da CBL, informa que a matéria-prima utilizada apresenta algumas peculiaridades em relação ao aço T59, que segundo ele foi o primeiro material produzido pela CSN para as latas expandidas. Galante diz que, mediante
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o desenvolvimento do mercado e o aprimoramento do processo produtivo de latas expandidas no Brasil, a CSN desenvolveu um novo aço, que é mais barato e suporta expansão de apenas 5%, contra até 15% do T59. “Pode parecer pouco, mas, como prova o Nescau Cappuccino, o resultado visual é totalmente diferente na comparação com uma lata de formato convencional”, ele sustenta. Na parte de acabamento, o analista de comunicação da CBL acrescenta que o sistema de impressão litográfica exigiu ajustes: os vernizes precisaram ser aperfeiçoados para prover maior resistência a abrasão às latas, que são tocadas em diferentes pontos durante o processo de produção e transporte.
peito disso, alguns equities foram preservados. A logomarca, por exemplo, manteve o “bloco azul” que nas últimas décadas vem caracterizando os rótulos de Nescau. Por outro lado, houve alterações no tipo de fonte, com a finalidade de conferir ao logo linhas mais limpas e modernas, sem com isso poluir visualmente o layout.
Símbolos de força Outras mudanças gráficas foram circunscritas aos ícones da marca. Em vez de desenhos, os praticantes de esportes radicais, que já chegaram a ilustrar embalagens antigas, agora aparecem em fotografias. Já o raio, outro símbolo de força e energia do produto, ganhou mais destaque e definição. O objetivo, de
Brasilgrafica (11) 4133-7777 www.brasilgrafica.com.br Futurebrand (11) 3821-1166 www.futurebrand.com CBL (11) 6090-5005 www.cbl.ind.br CSN (11) 3049-7162 www.csn.com.br Sonoco For-Plas (11) 5097-2750 www.sonocoforplas.com.br LINHA EVOLUTIVA – Das primeiras latas, com a marca ainda grafada com “o”, à embalagem que precedeu a atual: mudando sempre
acordo com a Futurebrand, foi dar realismo e aproximar ainda mais a marca dos jovens e adolescentes. Na versão tradicional, o ganho de exposição nos pontos-de-venda teve mais um reforço: a sobretampa plástica, que em conjunto com uma membrana peel-off de alumínio dotada de lingüeta de abertura forma o sistema de fechamento do produto, agora é vermelha. Fornecido pela Sonoco For-Plas, o acessório era incolor, e foi alterado para ampliar a uniformidade visual entre a tampa e o rótulo predominantemente vermelho, que é impresso em papel pela Brasilgrafica. Feita de aço com folha da CSN, a lata é produzida pela própria Nestlé em versões de 200g e 400g.
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especial >>> marcas
Força e fama centenárias Na trajetória da secular Casa Granado, modernização visual e respeito aos equities
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ntegrante do seleto grupo de marcas brasileiras seculares, a Casa Granado, fundada no Rio de Janeiro pelo português José Antonio Coxito Granado, goza de outro prodígio: ela já foi fornecedora da corte imperial. Responsável por um dos mais antigos produtos industrializados no país, o polvilho antiséptico daquela marca, lançado em 1903, a empresa nasceu em 1870, quando seu fundador comprou uma pequena botica onde havia começado a trabalhar como lavador de frascos. Em pouco tempo a qualidade dos produtos ganhou fama na então capital do país, e a Casa Granado conquistou a simpatia de, entre outros clientes ilustres, Dom Pedro II. Ao lado do polvilho anti-séptico, cuja fabricação foi licenciada pelo médico sanitarista Oswaldo Cruz, à época responsável pela Inspetoria Geral de Saúde, a empresa atualmente vende outros clássicos, como o Sabonete de Glicerina, fabricado desde 1915, e a Água Inglesa, lançada em 1891. Porém, contrariando a máxima de que as marcas precisam se modernizar sempre, por muitos anos a Casa Granado conseguiu manter-se lucrativa sem grandes alterações em seus produtos. Eram outros tempos, período em que não havia concorrência significativa. Basta dizer que, até 1993, os pedidos vindos de todo o país ainda chegavam por cartas. Mas os tempos mudam, e suas verrumas desgastam tudo, inclusive
CARRO-CHEFE – Versão atual do polvilho anti-séptico Granado e embalagem antiga: adoção de tubos plásticos e rótulos auto-adesivos preservando grafismos
Guinada de material
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AGREGADA – Desde 2004, a Granado Laboratórios gerencia a marca Phebo, lançada na década de 1930
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as marcas intangíveis. Em suma, a vigorosa marca guarda-chuva Granado foi gradativamente empalidecendo. Para revigorá-la, foi necessária uma grande reformulação na condução dos negócios. Parte das mudanças foi feita pelo consultor inglês Cristopher Freeman, que assumiu a presidência da casa em junho de 1994. Na época, Freeman foi contratado para vender a empresa e, como não achara interessados, comprou ele mesmo o negócio. A partir de então, a Casa Granado passou a investir em novos processos de comercialização de seus produtos. O próprio polvilho anti-séptico Granado não se manteve inalterado ao longo do tempo. Em anos recentes, o produto passou por uma reformulação de embalagem quando adotou rótulos auto-adesivos da Prodesmaq. A mudança, no entanto, não se estendeu aos grafismos das embalagens, que continuaram douradas, enfeitadas com ornamentos art nouveau. “A marca e a aparência da embalagem ainda fazem sucesso porque o brasileiro é conservador”, arrisca Freeman. “Ele precisa sentir confiança no que consome, especialmente se forem produtos de saúde.”
Antes da estréia dos rótulos auto-adesivos, a embalagem do polvilho anti-séptico Granado já havia passado por transformações. Com a Segunda Guerra Mundial e a conseqüente escassez de folha-de-flandres, a lata de aço foi trocada por tubos de papelão. Foi também por volta dos anos 40 que a embalagem do produto ganhou formato menos achatado. “A migração para o papelão também foi impulsionada pelo fato de que o aço enferrujava com facilidade”, observa o inglês. Na comemoração do enchimento de 1 milhão de tubos de polvilho antiséptico, em 1958, a embalagem já era bastante parecida com a atual. Os tubos de papelão,
porém, foram abandonados em 1997, com o lançamento da tampa giratória e do pote de polietileno de alta densidade (PEAD) fornecido pela Sinimplast. Segundo Freeman, a criação de embalagens dos novos produtos é terceirizada. Mas, para os produtos mais antigos, qualquer alteração no molde é pensada pela Granado. No caso específico do polvilho, as modernizações ficaram a cargo da agência Packaging Design, do Rio de Janeiro. A preocupação foi criar uniformidade visual para que o consumidor, ao se deparar com qualquer produto da Granado, identifique imediatamente a marca. Contudo, retoques requerem cuidados. “Na última modificação, percebemos que muitos consumidores não reconheciam mais o produto, e passaram a desconfiar de que não se tratava do original”, informa o presidente da Casa Granado. “Isso nos mostrou que é preciso ter cuidado na hora de mudar algo que já está tão enraizado na percepção das pessoas.” Aliando ponderações como esta à grande força da marca centenária, Freeman aumentou
Clarissa Biolchini (21) 2249-4098 Packaging Design (21) 2512-2980 www.packaging.com.br Prodesmaq (19) 3876-9300 www.prodesmaq.com.br Sinimplast (11) 4061-8300 www.sinimplast.com.br
a linha de produção e desde 2004 gerencia a também tradicional marca Phebo, voltada a produtos de perfumaria, com embalagens desenvolvidas pela designer Clarissa Biolchini. Os reflexos dessa balança não poderiam ser melhores: o faturamento cresceu de 10 milhões de reais, em 1994, para 100 milhões de reais, em 2004. A empresa também acaba de lançar uma linha de xampus, em bisnagas plásticas, e sabonetes, em cartuchos de papel cartão, e planeja lançar outras ainda este ano.
EXPANSÃO – Salto no faturamento e lançamento de linhas de xampus e sabonetes
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Verão das metálicas Calor no hemisfério norte inspira lançamentos de cervejas em latas high tech
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e aqui o inverno sorri aos vinhos, o verão acima do Equador movimenta o mercado de cervejas, esquentando os desenvolvimentos de embalagens especiais. Duas delas, metálicas, acabam de raiar nas prateleiras dos supermercados dos Estados Unidos e do Canadá. A primeira é obra da titã Anheuser-Busch, dona da marca Budweiser. No início de junho a cervejaria promoveu a estréia de seu carro-chefe em cervejas de menor teor alcoólico, a Bud Light, numa garrafa de alumínio cheia de estilo. Suprida pela americana Exal – líder mundial em garrafas metálicas, com produção anual de 1,1 bilhão de unidades dividida em três fábricas, uma delas na Argentina –, a embalagem destaca tons escuros e é revestida por um verniz especial de alto brilho, que simula a aparência do cobalto e lhe dá uma textura acetinada. Para contrastar com tal acabamento, o lettering do logotipo da cerveja é todo branco. “É uma embalagem com a cara do verão, pois mantém a bebida gelada por mais tempo e é inquebrável, aspecto importante no consumo ao ar livre”, diz Dan McHugh, diretor de marketing da Anheuser-Busch.
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Cool2Go estréia em latas Outra cerveja de verão lançada num recipiente inovador é a Labatt Blue Cold One, da canadense Labatt, cervejaria do grupo InBev. Ela é a primeira bebida do mundo acondicionada numa latinha de alumínio com rótulo termoisolante, que protege o conteúdo do calor das mãos do consumidor e da temperatura ambiente. “Uma pesquisa confirmou que os apreciadores de cerveja reclamam que a bebida esquenta muito rápido”, diz Bob Chant, diretor de assuntos corporativos da Labatt no Canadá. O acessório foi desenvolvido numa união de forças entre a convertedora americana Multi-Color e a DuPont, 20 >>> EmbalagemMarca >>> julho 2005
DuPont 0800 171715 www.dupont.com.br Exal (Argentina) +54 (2322) 496-226 www.exal.com Multi-Color +1 (508) 872-4268 www.multicolorcorp.com
PRAGMATISMO – Bud Light em garrafa de alumínio e Labatt Blue com rótulo isolante térmico apostam em adaptação à estação quente
detentora da tecnologia de isolamento térmico Cool2Go, baseada num polímero isolante ensanduichado entre camadas do filme Melinex (sistema detalhado em EMBALAGEMMARCA nº 58, junho de 2004). Um rótulo termoencolhível, produzido com uma blenda especial de materiais que maximizam a proteção térmica, afixa uma banda isolante Cool2Go ao redor da latinha de 473ml da Blue Cold One. O rótulo, porém, não é só tecnologia isolante. Ele é impresso em rotogravura com cores especiais prateadas, “gerando um resultado tão atrativo quanto a decoração litográfica e transmitindo ao consumidor o apelo refrescante do produto”, afirma Angela Santos, da área de marketing da Multi-Color. Dave Klotter, diretor de marketing da empresa, está entusiasmado com a possibilidade de difusão do rótulo isolante. “Já houve diversos contatos desde o lançamento dessa cerveja pioneira.”
especialidades >>> empacotamento automático
Novas resinas puxam desem mercado de empacotamento
Especialidades químicas mais modernas aumentam performance de filmes e embalage Por Leandro Haberli
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omposto por produtos de giro veloz e valor agregado nem sempre evidente, o mercado de grãos e cereais já foi considerado celeiro de embalagens de performance duvidosa e custo quase desprezível. Na contramão desses estigmas, decorrentes de estratégias envolvendo acondicionamentos de pobre aspecto visual e baixa proteção, ou, pior, vendas a granel, novas gerações de resinas multiplicam-se na cadeia de embalagens flexíveis, modernizando as bobinas e filmes técnicos destinados ao empacotamento automático de cereais e granulados. A fim de atender às necessidades de acondicionamento desse setor, a indústria de termoplásticos vem se esforçando para ofe22 >>> EmbalagemMarca >>> julho 2005
recer especialidades que reúnam alto desempenho e preço competitivo. Em linhas gerais, esses são os fatores que vêm favorecendo a substituição do polietileno de baixa densidade (PEBD) na produção de embalagens de produtos como arroz, feijão, açúcar e farinha de trigo por outra especialidade conhecida da cadeia plástica: o polietileno de baixa densidade linear (PEBDL). Além de melhor performance mecânica, por ser mais resistente que o PEBD, o linear permite que a espessura dos filmes seja reduzida. “Isso garante economia para o usuário final”, lembra Cláudio Neves, gerente de produto da Rio Polímeros (Riopol), primeiro pólo gás-químico do país, que no mercado de empacotamento automático está apostando
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penho do automático
ens plásticas de granulados e cereais em blendas ricas em PEBDL com adição de 20% de PEBD convencional. Outro ponto que parece aumentar a competitividade do PEBDL no mercado de granulados e cereais é o desempenho em máquina. “As altas velocidades de ensaque permitem que os filmes técnicos de alta performance proporcionem ao empacotador custo compatível com suas margens de ganho”, observa Patrick Teyssonneyre, engenheiro de desenvolvimento da Braskem, petroquímica interessada em aumentar os volumes de resinas vendidos para o mercado de empacotamento automático. Dentro dos esforços voltados a gerar menores custos médios de longo prazo para os transformadores de filmes e para as indústrias julho 2005 <<<
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Blendas com mais valor A Riopol, por exemplo, tem investido para consolidar o patamar de qualidade de seu grade HF-22008 S3, PEBDL base-hexeno indicado para extrusão de filmes tubulares em misturas com PEBD. “Em aplicações críticas, caso do mercado de empacotamento automá-
MIGRAÇÃO – Transformadores das embalagens de marcas líderes nos mercados de arroz e açúcar aderiram aos compostos da Riopol
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usuárias dessas embalagens, também fica clara a tendência de oferecer composições de PEBDL com desempenhos cada vez mais variados. Tal diversidade já permite que os empacotadores usem diferentes estruturas de filmes num mesmo produto. Isso pode ser vantajoso, por exemplo, quando as praças de distribuição ficam muito distantes umas das outras: ao menos em teoria, um saco de arroz vendido a um supermercado próximo à fábrica do empacotador não precisa ter a mesma resistência daquele que atravessará o país antes de chegar ao pontode-venda. Apesar dessas variáveis, de maneira geral as petroquímicas estão apostando em produtos de alto desempenho, que a um só tempo prometem aumentar a produtividade, gerar maiores barreiras, criar apelo visual no pontode-venda e otimizar a resistência a impacto e perfuração – ou rasgo e dardo, no jargão dos profissionais do setor.
tico, trata-se de um produto cuja performance não deixa a dever ao PEBDL tipo octeno”, compara Cláudio Neves. Outro produto da Riopol para o mercado de empacotamento automático é o BF-2008 S3, PEBDL basebuteno, que apresenta “brilho e transparência, além de ótima soldabilidade quando processado em máquinas de alta velocidade de empacotamento”. Segundo o gerente de produto da empresa, tais vantagens já permitiram que a Riopol, cujo pólo gás-químico começou a ser construído em 2001, fornecesse suas resinas para os transformadores dos filmes utilizados por marcas líderes do mercado de arroz, como Camil e Tio João. Ainda no setor de empa-
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RESISTÊNCIA – Tecnologia PEBDL Quaterpolímero, da Braskem: adaptação aos processos de alta velocidade
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Hot tack Utilizando a tecnologia de produção de PEBDL Quaterpolímero, a empresa afirma que a mistura de resinas leva à obtenção de filmes técnicos com propriedades óticas diferenciadas e
que se adaptam aos processos de ensacamento automático de alta velocidade. Outro ponto alto do produto seria a maior resistência a solda quente, característica conhecida entre os profissionais do setor como hot tack. Em outras palavras, trata-se da capacidade de o filme manter-se selado quando a solda da máquina empacotadora está quente. “É um conceito fundamental não só no mercado de grãos e cereais, mas para toda a indústria de embalagens flexíveis”, ressalta Walmir Soller, gerente de negócios da Braskem. O executivo lembra que a importância do hot tack está crescendo no rastro da maior presença de máquinas empacotadoras de alto desempenho e das conseqüentes e progressivas exigências de performance feitas pelos end-users. Para aumentar a produtividade dos empacotadores, a redução da temperatura ini-
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cotamento automático, Neves informa que outro adepto das blendas da Riopol é o açúcar União, cuja embalagem de 1 quilo vem sendo produzida a partir do HF-2208 S3. Afora a rapidez de ensaque, a necessidade de oferecer resinas que se adaptem a variadas capacidades de embalagens (principalmente 1, 2 e 5 quilos), resistindo a condições severas de transporte e armazenamento, está por trás de boa parte das melhorias atreladas a essas novas gerações de especialidades químicas. Pensando em garantir segurança durante os processos logísticos, equilibrando rigidez e resistência a impactos, a Braskem está oferecendo ao mercado de empacotamento automático uma solução que combina especialidades das famílias Braskem Pluris e Braskem Flexus.
MAIS VANTAGENS: Em relação ao PEBDL convencional, novas especialidades prometem melhor estabilidade do balão
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ALIADOS – Modernização de equipamentos e produtos premium contribuem para a abertura de mercado dos filmes de alta performance
cial de selagem é outra qualidade que as fornecedoras de resinas termoplásticas têm buscado em suas composições destinadas a aplicações de empacotamento automático. “De fato, as características de selagem e resistência mecânica superiores possibilitam maior velocidade na linha de ensacamento do usuário final”, sintetiza Vicente Silva, gerente de desenvolvimento e assistência técnica da Politeno, empresa que no mercado de empacotamento automático está apostando no composto FA-41 D.
A força das classes C e D
Braskem (11) 3443-9999 www.braskem.com.br Politeno 0800 7040110 www.politeno.com.br Riopol 0800 7078898 www.riopol.com.br
para empacotamento automático, caso da família Suplex. De acordo com o gerente de desenvolvimento da empresa, uma das vantagens desse produto é dispensar equipamentos de misturas de resinas. “Isso gera redução de custos com energia elétrica, além de permitir melhor aproveitamento de mão-de-obra”, conclui Silva. Pela variedade de estratégias e produtos, fica claro que, com a contribuição de progressivos investimentos em modernos equipamentos de ensaque, o mercado de empacotamento automático se tornou estratégico para muitos fabricantes de resinas termoplásticas. O motivo é simples: ao reunir produtos que fazem parte da dieta básica de grande parcela da população, o setor consolidou-se como excelente canal de escoamento de especialidades químicas com maior valor agregado. Nesse sentido, as atenções dirigidas pelas petroquímicas aos empacotadores de granulados e cereais evidenciam a relevância dos consumidores de baixa renda na cadeia brasileira de embalagens (ver Entrevista na página 32). “Produtos específicos para as classes C e D estão sem dúvida entre as principais tendências do mercado de flexíveis”, diz Walmir Soller, da Braskem. “O mercado de empacotamento automático é uma boa prova disso.”
À base de octeno, esse PEBDL da Politeno pertence à família LinTech, que reúne outros produtos para empacotamento automático, sacaria industrial, liners, laminação e especialidades em filmes de alta resistência. Além disso, a empresa atua com compostos de PEBDL basebuteno, que podem ser aditivados com agente antibloqueio, agente de processamento e antioxidante. Porém, no aspecto desempenho, a vedete na área de empacotamento automático é mesmo o FA-41 D, que, segundo Vicente Silva, se diferencia das resinas base-buteno por oferecer ganhos de produção de até 25%. “A qualidade final também é contemplada com maiores brilho e transparência das embalagens.” Apesar do foco nesse integrante da família LinTech, a Politeno mantém outras linhas de resinas especiais ESTRATÉGICOS – Investimentos miram alimentos que fazem parte da dieta básica da população 26 >>> EmbalagemMarca >>> julho 2005
logística >>> papelão ondulado
Alívio no custo das abas Sistema de embalagem reduz preço das caixas de papelão ondulado em até 25%
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á pouco mais de um ano a subsidiária brasileira da multinacional 3M vem fornecendo uma solução de empacotamento que está chamando a atenção de concorrentes e da própria divisão de embalagens de sua matriz americana. Desenvolvido no Brasil e já cedido em regime de comodato a diferentes indústrias usuárias de embalagem, o equipamento, ao aplicar fitas adesivas ou filmes de polipropileno (PP) em caixas de papelão ondulado, permite – além do objetivo básico de fechar as embalagens – reduzir o tamanho de suas abas. Batizado de SRA (Sistema de Redução de Abas), o produto surgiu da necessidade de aliviar os aumentos de preço detectados no setor de papelão ondulado, no qual a 3M também é conhecida por fornecer máquinas montadoras de caixas. “Com a elevação dos custos, intensificada nos últimos dois anos, os clientes começaram a solicitar projetos para diminuir os gastos crescentes
SUBSTITUIÇÃO – No Sistema de Redução de Abas, fitas adesivas ou filmes de PP diminuem abas das caixas
Vantagens em dobro
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3M 0800 132-333 www.3m.com.br
ECONOMIA – Antes da implantação do sistema, 3M faz estudo para avaliar ganhos efetivos
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com caixas de papelão ondulado”, resume Walter Bragatto, especialista em marketing da empresa. O executivo explica que, antes da implantação do equipamento, a 3M faz uma avaliação de quanto será efetivamente economizado. Em alguns casos os custos das caixas de papelão ondulado podem ser reduzidos em até 25%, mesmo aumentando-se os gastos com fitas adesivas, que normalmente representam de 2% a 4% do preço total desse tipo de embalagem de transporte.
“O porcentual de economia varia em função de diferentes fatores, como tamanho da caixa, número de ondas do papelão e tipo de produto a ser transportado”, lembra Bragatto. Em caixas com 400mm de largura, por exemplo, a largura das abas pode ser reduzida de 200mm para 50mm. “Se as fitas forem aplicadas nas abas superiores e inferiores, a economia de material dobra.” Principalmente pelo pioneirismo e pelo caráter criativo, as expectativas em torno do equipamento são muito otimistas. O especialista em marketing da 3M informa que, na condição de subsidiárias brasileiras de multinacionais, alguns usuários do SRA comentaram com outras unidades os ganhos obtidos com a redução das abas de suas embalagens de papelão ondulado. A repercussão da propaganda boca-a-boca tem sido animadora. “Nos últimos meses começamos a receber e-mails de países como Inglaterra e Singapura, enviados por diferentes profissionais interessados na solução”, comemora Bragatto. “Nossa matriz americana também tomou conhecimento do SRA, e entrou em contato conosco para obter mais detalhes”, completa o executivo, lembrando que a solução já foi patenteada pela 3M do Brasil.
estratégia >>> lácteos frescos
Queijinho menor, lucro maior Danoninho miniatura tem a missão de difundir petit suisse no mercado popular
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ara crescer, Danoninho acaba de encolher. Esse verdadeiro patrimônio da Danone, motor de quase 20% de seu faturamento em lácteos frescos e líder em queijinhos petit suisse no Brasil, com share de 40%, estreou, no fim de maio, uma versão enxuta. Com duas unidades em vez das oito da bandeja tradicional, ela traz sugestão de preço no rótulo – artifício nunca antes empregado pela Danone e desenvolvido visualmente pela Sapien Design. Apelidada de “precificada”, a novidade custa 79 centavos. A bandeja standard, em média, 3,60 reais. O porquê da miniaturização? Nas palavras do argentino Gustavo Valle, presidente da subsidiária brasileira da Danone, para aproximar o consumidor de baixa renda dessa marca líder. “Esse comprador reconhece nossa liderança, mas leva outras marcas para casa quando o dinheiro é curto.” Amparada por alguns dados, essa estratégia faz sentido. Embora tradicionalíssimo, o produto ainda tem grande potencial para ampliar sua presença nos domicílios nacionais, calculada atualmente em 12%. Com a melhoria econômica, a cesta de compras da população de orçamento apertado vem se sofisticando, e o queijinho petit
MÍNI – Danoninho enxuto traz, pela primeira vez na história da marca, sugestão de preço
Alcan (11) 5503-0722 www.alcan.com.br Coexpan (11) 4582-5029
[email protected] Owens-Illinois do Brasil (11) 6542-8000 www.oidobrasil.com.br Sapien Design (11) 3815-7026 www.sapiendesign.com.br
suisse tem potencial para beneficiar-se disso, segundo recente estudo da LatinPanel (veja a Entrevista desta edição). A nova embalagem, termoformada com chapa de poliestireno da Coexpan e rótulo da Alcan, irá abastecer o pequeno varejo, responsável pela maioria das compras de alimentos pelas classes C, D e E, onde a Danone tem detectado uma prática gaiata. “Muitas lojas de subúrbio quebram as bandejas de Danoninho e vendem as forminhas por unidade”, relata Alberto Bendicho, diretor de comunicação e marketing da Danone. “Isso arranha nossa marca e pode fazer compradores adquirirem um produto sem marcação de validade.” Mas por que não se tentar explorar o mercado popular com uma marca econômica (ou “de combate”, no jargão do marketing), prática levada a cabo por tantas outras gigantes industriais de alimentos nos últimos anos? Simples contenção de investimentos? Segundo Bendicho, não. “Poderíamos ter lançado um produto alternativo com a Paulista, marca já controlada por nós”, ele lembra. “O objetivo, porém, não é apenas gerar massa crítica em curto prazo, e sim ampliar a base consumidora com a marca top de linha da categoria.”
A aposta de marcas líderes em embalagens miniatura para explorar o mercado popular nacional tem na Coca-Cola uma jogadora ilustre. Para frear o ímpeto das tubaínas e recuperar sua média histórica de pouco mais de 50% de share em refrigerantes, quebrada em meados de 2003, a multinacional decidiu pela readoção das garrafas retornáveis de vidro. Nessa ação, lançou uma garrafinha retornável de 200ml, produzida pela Owens-Illinois e comercializada no pequeno varejo por módicos 50 centavos. A
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Coca-Cola não comenta a performance desse produto. Mas há sinais de que ele agradou. Restrito no início à Baixada Fluminense e aos subúrbios da Grande Belo Horizonte, hoje ele é distribuído em todo o país. Dois meses atrás, uma outra Coca enxuta, também atrativa à baixa renda, estreou no Sul: uma latinha de 250ml, vendida a 1 real (na foto). Em tempo: segundo a ACNielsen, a CocaCola recuperou seus mais de 50% de share. As vendas dos refrigerantes da marca cresceram 9% em 2004.
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“Coquinhas” estão fazendo sua parte
entrevista >>> Fátima Merlin
“A baixa renda também é consumidora de marca”
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entadas em folgadas lideranças históricas, gigantes industriais vêem seus market shares despencarem. Operações pequenas e médias crescem e incomodam as donas de marcas de referência. É o cenário brasileiro dos negócios em FMCG – ou Fast Moving Consumer Goods, expressão em voga para bens de largo consumo – nos últimos quinze anos. Seu motor? O consumidor de orçamento apertado, o povão, o mercado CDE. Ninguém mais duvida disso. Responsável por 71% das vendas anuais de produtos de alto giro no país, ou cerca de 400 bilhões de reais, segundo cálculos recentes, o consumo popular lota eventos de management, atrai a atenção de gurus de estratégia corporativa (A Fortuna na Base da Pirâmide, com doze páginas dedicadas ao sucesso das Casas Bahia, é best-seller mundial do indiano radicado nos Estados Unidos C. K. Prahalad) e alavanca pesquisas. Uma delas acaba de ser consolidada pela LatinPanel, joint venture dos grupos TNS, NPD e Ibope para elaboração de painéis de consumo e consultoria em mercados latino-americanos. O estudo da LatinPanel, cabe esclarecer, não contemplou apenas a baixa renda. Monitoraram-se os gastos de residências nacionais de todas as esferas sociais nos meses de outubro de 2004 e março de 2005, numa amostragem representativa de 86% do potencial de consumo domiciliar no país. Os resultados mais reveladores, porém, vieram dos lares de renda apertada. Quem conversa com EMBALAGEMMARCA sobre como vem se comportando esse consumidor das massas, pinçando informações sobre preferências de canais de compra, de marcas e de embalagens, é a economista Fátima Merlin, gerente de atendimento ao varejo da LatinPanel.
O que motivou a realização desse painel de consumidores no Brasil e como ele foi realizado? Na verdade não foi um estudo isolado. Ele é realizado anualmente. Só que a edição mais recente, baseada em resultados de outubro de 2004 e de março de 2005, apresentou respostas interessantes sobre consumo popular – e por isso tem sido objeto de grande interesse. Neste ano ele gerou participações em dois grandes seminários sobre consumo popular, organizados pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) e pela Abras (Associação Brasileira de Supermercados). Realizamos um monitoramento constante, através de visitas semanais a domicílios de todo o Brasil. São 33 000 entrevistas feitas por mês. Vamos às casas aferir o quanto famílias gastam, o que elas compram e em que quantidades, observando o consumo de mais de setenta categorias de produtos em itens de largo consumo – cesta de alimentos, bebidas e produtos de higiene. Também apuramos informações sobre os canais de vendas, como gasto no canal por cesta, locais de compra e fatores importantes para escolha do local de compra. Nota-se um crescente interesse das indústrias em entender os gostos e hábitos do consumidor de baixa renda. Em linhas gerais, o que o mercado popular representa para o consumo de alto giro no país e que desempenho ele teve nessa mais recente pesquisa? A população brasileira de baixa renda é um maná de oportunidades de negócios. Estamos falando de um contingente de consumidores que responde por 77% da população domiciliar e por 71% do consumo de bens não-duráveis no país. São as famílias cuja renda mensal
Fátima Merlin, gerente de atendimento ao varejo do instituto de pesquisas LatinPanel, comenta os resultados de recente levantamento sobre
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consumo popular no Brasil
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CONGRAF
entrevista >>> Fátima Merlin total chega a até dez salários mínimos. A pesquisa reforçou uma noção elementar sobre essa base da pirâmide social. Os fatores renda e emprego têm um impacto muito forte sobre ela. Quando há melhoria conjuntural, com maiores oportunidades de emprego e aumento da massa salarial ou do rendimento real, esse consumidor vai sim às compras. Ele é ávido por consumir. Com a evidente melhora conjuntural, mesmo longe de provocar grandes transformações no consumo, e com a facilitação da concessão de crédito no comércio, as classes populares têm comprado mais.
tados em pó, sobremesas prontas e itens de higiene e beleza – que, aliás, já vêm sendo mais contemplados por esse consumidor. Em geral, os lares de renda apertada são habitados por uma população mais jovem que nos da classe AB. São consumidores mais predispostos a experimentações. Mais de 58% deles disseram ter adquirido itens de marcas próprias do varejo recentemente. Daí é possível dizer que há potencial para o lançamento de produtos dedicados a esse consumidor.
“As marcas de
preços intermediários
Aproveitando a menção, o que foi possível observar sobre o relacionamento desse consumidor com marcas? Posicionamento de preço é um fator crucial, e por isso indústrias quebram a cabeça para saber em qual faixa posicionar suas marcas para atingir o povão. Nosso monitoramento constatou que as marcas de maior destaque foram aquelas de preços intermediários, situados numa faixa 10% abaixo a 10% acima do valor médio praticado na categoria. Elas têm crescido nas cestas de todas as classes, porém mais fortemente nas da base da pirâmide social. O público CDE gastou 43% de seu orçamento para bens de alto giro nessas marcas. As de low price, entretanto, ainda têm relevância. Veja o caso da cesta de higiene e beleza desse consumidor: 42% das compras se deram em marcas de preço baixo. Por trás dessa tendência enxergamos dois fatores. As marcas de primeiro preço surgidas nos últimos anos, as talibãs – embora eu não goste desse termo–, estão se profissionalizando, se consolidando e praticando valores maiores. Paralelamente, grandes indústrias têm lançado marcas econômicas para o mercado popular, querendo no mínimo bloquear essas operações mais enxutas.
têm crescido nas cestas
Mais que comprar em maiores volumes, é de se crer que, menos sufocada, a população de baixa renda tenha ganhado acesso a produtos antes não contemplados em suas compras, como ocorreu de forma célebre com iogurte e frango no período posterior à implantação do Plano Real. A pesquisa mostra isso? Sim. Essas classes não só têm consumido mais, mas também com maior sofisticação. Quando realizamos o último levantamento, com a economia menos favorável, a classe C possuía quarenta categorias de produtos em sua cesta padrão – o mix de produtos de compra regular, de freqüência. Com a melhoria conjuntural, hoje são 56 categorias. Na classe DE isso vem acontecendo em proporção maior. Antes, a cesta padrão desse público era composta por 28 categorias. Agora, ela contempla 49 categorias, numa evolução de 75%. De forma geral, as classes C, D e E têm ampliado suas cestas com produtos menos básicos, com maior valor agregado. Exemplos: leite condensado, iogurtes, salgadinhos, requeijão, maionese e cerveja. Por sua vez, a classe AB incrementou sua cesta de compras de forma mais tímida: passou de 50 para 59 categorias.
de todas as classes,
porém mais fortemente
nas da base da pirâmide social. O público CDE gastou 43% de seu orçamento para
bens de alto giro nessas marcas”
Que oportunidades para as indústrias ficam claras a partir dos dados colhidos sobre a estrutura familiar da população de baixa renda? Acreditamos em oportunidades latentes para produtos infantis na camada de baixa renda. Sucede que o número de crianças nos domicílios da classe DE é praticamente o dobro que na classe AB. Fica claro o potencial para produtos como leites, queijinho petit suisse, achocola36 >>> EmbalagemMarca >>> julho 2005
Gigantes como Coca-Cola, Unilever e Danone têm lançado produtos líderes em embalagens compactas, com volumes menores, para atingir as massas. Os acompanhamentos da LatinPanel têm registrado aceitação desses produtos? Sim. É visível que a grande indústria reconhece que as classes menos favorecidas privilegiam a fartura, a questão do “produto para a família”, ao contrário da classe AB, que prioriza a exclusividade em muitas categorias,
entrevista >>> Fátima Merlin e tem criado embalagens para atender a tal comportamento. Primeiro vieram muitas embalagens econômicas grandes, tamanho família. Agora determinadas marcas fortes apostam em embalagem miniatura, e isso pode ser uma válvula, pois fartura para o consumidor de baixa renda não significa unicamente grandes quantidades, mas também a possibilidade de usufruir as líderes. E as embalagens menores podem contribuir neste momento por causa de uma conclusão que pode ser extraída de diversos estudos anteriores: sempre que há melhoria conjuntural, há melhoras nas performances das marcas líderes.
dade de concentrar as compras logo após o recebimento do salário, os canais alternativos – mercearias, padarias, farmácias, açougues e vendas porta a porta – têm ganhado importância. Excetuando-se o pãozinho, que é um produto de compra diária, os demais componentes da cesta da baixa renda geram de quatro a oito visitas ao varejo por mês. Muito embora a economia venha sendo favorável, isso não tem mexido na tendência da contenção orçamentária das famílias de orçamento apertado. Por isso elas estão se abastecendo cada vez mais fora das grandes lojas. Enquanto 76% dos gastos da classe AB acontecem em supermercados e apenas 24% em outros canais, a classe C realiza 34% de suas compras em lojas de vizinhança. Segundo essa nossa mais recente pesquisa, essa preferência está explícita como nunca na classe DE: 49% dos seus gastos em itens de alto giro se dão no pequeno varejo. Em 2003, esse índice era de 43%.
“Segundo essa
nossa recente pesquisa, a classe DE está se
abastecendo cada vez
Nesse caso, pode-se afirmar que o consumidor de baixa renda também é um consumidor de marca? É isso. Nas nossas pesquisas percebemos nas classes sociais mais baixas uma admiração fortíssima pelas marcas líderes. Marcas fortes são vistas como garantia de qualidade, de “compra sem erro”, e o consumidor de baixa renda quer ser reconhecido como comprador inteligente, principalmente as donas de casa, que desejam ser vistas como exemplares. Elas gostam de mostrar à família e aos vizinhos sua esperteza, do tipo “olha o quanto eu consegui agregar à minha cesta com a minha racionalidade” – seja através de sua inclusão em novas categorias ou pela aquisição de marcas notórias. Sucede que esse consumidor é racional, tem noção exata do seu poder de compra, sabe os valores praticados em cada categoria e embute no custo do produto o quanto ele terá que gastar no transporte para adquiri-lo. Daí essas marcas estarem apostando numa maior proximidade com o consumidor de baixa renda por meio da priorização ao pequeno varejo com embalagens menores. Faz todo sentido. Essas classes perceberam de modo mais prático que, com a inflação controlada, compras grandes são dispensáveis. Elas estão aumentando a freqüência de visitas aos pontos-de-venda e gerando tíquetes com valores pequenos. Compram muito, mas de forma picada.
mais fora das grandes lojas e 49% dos seus gastos em itens de
alto giro ocorreram
Como as diferentes classes sociais se relacionaram com as promoções nesse período analisado? Na pesquisa verificamos que a importância das promoções aumenta conforme aumenta o nível da classe social – e não o contrário, como muitos poderiam supor. Para se ter idéia, promoções representaram 13% dos gastos da classe AB. Na classe C, registramos um índice de 10%. Na classe DE, o número cai para 6%.
no pequeno varejo.
Em 2003, esse índice era de 43%”
Isso parece explicar a maior atenção que a indústria vem dando aos canais alternativos, com sinais de insatisfação pela concentração de poder nas mãos das grandes bandeiras varejistas no pós-Real... Exato. Com a estabilidade da moeda e o fim da necessi38 >>> EmbalagemMarca >>> julho 2005
É possível retirar uma grande lição após a análise de todos os números colhidos nessa pesquisa? Que recomendação eles deixam às empresas? Que de fato se faz necessário investigar a fundo esse público de baixa renda para adaptar modelos de negócios a ele. Fica claro que não é prolífico estender a esse consumidor modelos criados para o atendimento da classe AB. Esse consumidor compra de forma diferente. O empresariado já está atento a isso, o que explica não só o aumento das embalagens econômicas e a maior atenção aos canais alternativos, mas também a comunicação diferenciada, dedicada a essa classe – haja vista muitas redes de varejo desenvolvendo conceitos para atender esse público. Indústrias podem aproveitar melhor as ocasiões de compra desse consumidor de baixa renda. É preciso criar alternativas para ele.
estratégia >>> limpeza doméstica
Pronto para ganhar mercado Revigorada e com nova linha de home care, Bombril quer abordar públicos C e D
FOTOS:DIVULGAÇÃO
S
ob administração judicial desde 2003, quando foi suspenso o poder de controle da Cirio, a Bombril está se movimentando para recuperar o espaço perdido no mercado de limpeza doméstica. Além do reposicionamento da marca Limpol, a empresa anunciou investimento de 5 milhões de reais na nova linha Pronto. Lançada em junho com exclusividade nas regiões Norte e Nordeste do país, a família reúne desinfetantes, detergentes líquidos para louça, sabão em barra, além de amaciante e sabão em pó para roupas. Focados em consumidoras das classes C e D, os produtos serão fabricados na unidade nordestina da Bombril, que ocupa uma área industrial de 14 000 metros quadrados, na cidade de Abreu e Lima (PE). Em cinco anos, a empresa espera que a marca Pronto, inspirada numa expressão lingüística em alta no Nordeste, abocanhe 20% do mercado de home care da região. Segundo dados da ACNielsen, os produtos de limpeza doméstica movimentam no mercado nordestino 680 milhões de reais por ano, que correspondem a 15,5% do total no país. Entre 1994 e 2003, as taxas de crescimento do mercado nordestino de home care superaram a média nacional, ainda de acordo com a ACNielsen. Naquele período, o consumo brasileiro de produtos como sabão em barra caiu mais de 4%, enquanto no Nordeste as vendas da categoria evoluíram 43%, passando a representar 34% do volume nacional. “A concentração de
REGIONAL – Com marca Pronto, Bombril espera conquistar 20% do mercado nordestino de limpeza doméstica
Percepção de qualidade Fullpack (21) 3385-4205 www.fullpack.net
MASCOTE – Ovelha de pelúcia decora rótulos da linha de amaciantes
40 >>> EmbalagemMarca >>> julho 2005
lava-roupas na região é mais baixa do que no resto do país, e a maioria das consumidoras utiliza tanques ou bacias”, observa Andréa Prado, gerente de marketing da Pronto.
Esse detalhe também influiu na escolha do material de algumas embalagens. O sabão em pó, por exemplo, não é vendido nas tradicionais caixas de papel cartão, e sim em pouches flexíveis. “São embalagens mais adequadas ao nosso público-alvo, pois não esfarelam e protegem o produto da água, evitando que fique empedrado”, argumenta Andréa Prado, que não revela os nomes dos fornecedores das embalagens. Com a chancela da marca Bombril, a identidade visual da linha Pronto foi criada pelo Fullpack Design, escritório especializado em branding e embalagens. Cientes de que a proposta da linha Pronto era oferecer a melhor relação custo-benefício para consumidoras nordestinas das classes C e D, os designers da empresa visitaram pontos-de-venda da região e partiram para o trabalho. “Trabalhando com uma logomarca polivalente, que unifica a linha e busca transmitir eficiência e suavidade, estabelecemos uma identidade visual popular, mas com percepção de qualidade”, acredita Mauricio Marquez, diretor da agência. Entre os destaques do projeto está a mascote da linha de amaciantes: uma simpática ovelha de pelúcia abraçada a uma toalha, que aparece nos rótulos do produto.
aço >>> óleos comestíveis
Na pista P
ara reconquistar nacos tomados nos últimos anos pelas garrafas de PET no mercado de óleos comestíveis, a lata de aço vem apelando a novos formatos, destoantes do tradicional cilíndrico (como reportado em EMBALAGEMMARCA nº 66, fevereiro de 2005). Daí a recente estréia nessa seara da primeira lata expandida de aço, a reboque do lançamento de uma nova linha de óleos premium com a marca própria da rede varejista Pão de Açúcar. Com perfil projetado pela Packing Design de modo a valorizar a ergonomia, ou seja, facilitar seu manuseio pelos consumidores, as novas latas acondicionam 500ml de produto. O volume menor do que o habitual se deve aos alvos comerciais da nova linha, as pessoas que moram sozinhas (singles), as pequenas famílias e os usuários moderados do produto. O desenvolvimento das novas embalagens contou com o apoio da Companhia Siderúrgica Nacio-
DIVULGAÇÃO
Lata expandida estréia em óleos
MODERAÇÃO – Com 500ml, latas miram singles e usuários "light"
CBL (11) 6090-5005 www.cbl.ind.br CSN (11) 3049-7162 www.csn.com.br Packing Design (11) 3074-6611 www.packing.com.br
nal (CSN), fornecedora das chapas de aço especiais requeridas pelo processo de expansão. As novas latas são fabricadas pela Companhia Brasileira de Latas (CBL) em sua planta industrial de Lins (SP), conforme detalha seu gerente de novos negócios, Carlos Matarazzo. “É nessa unidade que concentramos a produção de latas expandidas”, conta o executivo. Para todos os envolvidos no projeto, as latas com perfis diferenciados abrem uma nova perspectiva para as latas de aço no segmento de óleos comestíveis. “Com a tecnologia de expansão, as principais marcas de óleos poderão ter formatos personalizados e exclusivos que lhes agreguem praticidade e beleza”, prevê Fabio Mestriner, diretor da Packing Design.
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Com o PP A Suzano Petroquímica e a Basell chegaram a um acordo preliminar para a compra pela Suzano da participação integral da Basell na Polibrasil, líder latino-americana em polipropileno (PP), com produção anual de 625 000 toneladas. O negócio é de US$ 240 milhões. Sem o PP A PP Payne, divisão do grupo britânico Bunzl com negócios na área de fitilhos para fácil abertura de embalagens, anunciou que passará a ser chamada apenas de Payne a partir de julho. Mais dez Completando dez anos, a agência de design B+G reformulou seu site na Internet (www.bmaisg.com.br). Além de apresentar o portfólio da empresa, ele agora conta com uma seção de notícias.
Rápida degradação com freguesia maior Dez empresas acabam de adotar embalagens plásticas de rápida degradação produzidas por convertedoras com a tecnologia inglesa D2W, licenciada no país pela RES Brasil, de Valinhos (SP). Entre as novas usuárias estão Varig, Melhoramentos, WWF
Brasil e bancos. “Uma grande operadora de telefonia celular irá adotá-las em breve”, antecipa Eduardo Van Roost, diretor da RES Brasil. Já passam de 120 empresas que utilizam essas embalagens no país.
(19) 3871-5185 • www.resbrasil.com.br
Casa reformulada Mais dinâmico e alinhado ao visual da empresa. Assim é o novo site da Polo, produtora de filmes de polipropileno biorientado (BOPP). Seções foram reestilizadas e outras são novas, como a de notícias. “A partir de julho, versões em inglês e espanhol estarão disponíveis”, antecipa Sandra Andrade, da área de marketing e planejamento da Polo.
www.polofilms.com.br C’est si bon A Tetra Pak recebeu em junho o Prêmio LIF – Liberdade, Igualdade, Fraternidade, concedido pela Câmara de Comércio França-Brasil, na categoria Meio Ambiente. O motivo foi o projeto de apoio às cooperativas de catadores no país e o incentivo à coleta seletiva. EcoPET com prazo Até 30 de agosto. É o prazo para as inscrições de trabalhos para a sexta edição do Prêmio EcoPET, organizado pela Abipet – Associação Brasileira da Indústria do PET para reconhecer boas idéias e iniciativas em prol da reciclagem. Os resultados saem em novembro. Regulamento e informações podem ser obtidos em www.abipet.org.br. Posses na ECR Cesar Suaki dos Santos, diretor da área de Compras e Supply Chain da Companhia Brasileira de Distribuição (CBD), detentora dos supermercados Pão de Açúcar, Compre Bem, Sendas e Extra, é o novo presidente pelo varejo da Associação ECR Brasil. Ele substitui Silvio Laban Neto, ex-diretor do Pão de Açúcar. A ECR Brasil também tem outro presidente, pela indústria: o diretor de Customer Management da Unilever Bestfoods do Brasil, Lúcio D’Almeida.
“Esperamos manter diálogos mais constantes com as petroquímicas que resultem em acordos benéficos para as duas partes. Temos de frisar nossa posição como parceiros, com a proposta de um jogo de ganha-ganha” Trecho do discurso de posse de Rogério Mani, da Sol Embalagens, como presidente da Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Flexíveis (Abief), em evento no dia 14 de junho, em São Paulo
Top de Marketing para sacola do povão Uma embalagem para transportar compras faturou o primeiro lugar na 38ª Feira Top de Marketing, tradicional evento da Escola de Administração da Fundação Getulio Vargas (FGV-EASP), cujo tema, neste ano, foi o desenvolvimento de produtos para o segmento de baixa renda. Feita em jeans resistente e impermeável e com rodinhas
(11) 3281-7700 • www.eaesp.fgvsp.br
As mais valiosas marcas francesas Valor em 2005 (em bilhões de euros) Evolução 2004-2005
8,09 + 6,59%
5,20
4,72
3,98
3,76
- 18,00% - 13,76% - 18,43 - 21,54
FONTE: INTERBRAND / L’EXPANSION (JUNHO 2005)
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para facilitar o carregamento das compras, a bolsa, nomeada PegueLeve, é idéia de um grupo de alunas do quinto semestre de Administração de Empresas. O projeto levou em conta um dado detectado numa pesquisa das estudantes: 40% das donas de casa vão às compras a pé.
China, maná para plásticos
Usuários com comitê próprio
Pesquisa realizada durante a feira comercial de plásticos e borracha Chinaplas 2005, ocorrida no fim de junho em Guangzhou, levantou que 89% dos chineses consideram a cadeia de plásticos de seu país obsoleta. Para 96% dos entrevistados a China deveria importar tecnologia de outros países, elevando a competitividade da indústria plástica local. Segundo dados setoriais, 20% dos equipamentos chineses para plásticos têm alto consumo de energia, baixa produtividade e falham em atender a requisitos de proteção ambiental, principalmente na indústria de embalagens flexíveis.
Com o intuito de promover maior sinergia entre end-users de embalagens e empresas fornecedoras, a Abre – Associação Brasileira de Embalagem lançou em 23 de junho o Comitê de Usuários de Embalagens. O grupo irá promover eventos e pesquisas e será coordenado por Geraldo Cofcewicz, gerente de embalagem da Perdigão. “Pretendemos buscar entendimentos que beneficiem toda a cadeia produtiva, reduzindo custos operacionais e otimizando resultados”, informa o executivo. A Abre possui outros seis Comitês: Normas Técnicas, Meio Ambiente, Estudos Estratégicos, Exportação, Design e História da Embalagem.
(11) 3082-9722 • www.abre.org.br
Um painel do aquecimento global Enfoque contínuo na saúde, necessidade de praticidade e crescente impacto das marcas próprias. São as três principais tendências que elevaram o consumo de alimentos e bebidas no mundo nos últimos doze meses, segundo o estudo da AC Nielsen Os Produtos Mais Quentes do Mundo – Informações Sobre o Crescimento de Categorias de Alimentos & Bebidas em 2004. Após um acompanhamento das vendas no grande varejo de 59 países, o instituto identifi-
Categoria com mais rápido crescimento
cou os produtos, nesses gêneros, com mais rápidos crescimentos globais, num universo de 89 categorias monitoradas. Os destaques foram bebidas à base de soja e iogurtes líquidos (segmentos abordados em EMBALAGEMMARCA nº 69, maio de 2005). O estudo detectou marcas próprias influindo pesadamente em altas de certas categorias. Exemplos: bebidas isotônicas/energéticas e salgadinhos/batatas fritas. Veja os principais produtos em alta no planeta.
Número de mercados em expansão/analisados
Taxa de crescimento da categoria 03-04
Incremento de valor da categoria (Euros)
Bebidas à base de soja
19 de 20
31%
244 milhões
Iogurtes Líquidos
37 de 40
19%
655 milhões
Ovos
13 de 13
16%
802 milhões
Cereal / Musli / Barra de cereais
26 de 30
14%
314 milhões
Bebidas Isotônicas / Energéticas
45 de 48
10%
438 milhões
Edulcorantes
21 de 28
10%
77 milhões
Refeições completas refrigeradas
15 de 15
10%
487 milhões
FONTE: AC NIELSEN
reportagem de capa >>> vinhos
Maior caixa no campo d Por que a cadeia de valor dos rótulos auto-adesivos está investindo para expandir os negócios no mercado nacional de vinhos, cujos volumes estão muito distantes daqueles registrados no resto do mundo Por Guilherme Kamio
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STUDIO AG – ANDRÉ GODOY
V
inhos dificilmente saturam despensas, esgotam comandas em bares e lotam carrinhos de compras no Brasil. O consumo anual per capita dessas bebidas no país é de 1,8 litro, uma gota frente aos quase 48 litros de cerveja e aos 8 litros de cachaça emborcados anualmente por cada brasileiro. Franceses e italianos descem garganta abaixo mais de 60 litros de vinho por ano. Argentinos e chilenos, uma média de 40 litros. Nos registros da ACNielsen, há quatro anos o mercado local de vinhos evolui a taxas módicas, com crescimentos em volume inferiores a 5%. Ante tais estatísticas, investimentos do setor de embalagens nas safras nacionais poderiam ser rotulados como um desatino. Contudo, eles estão ocorrendo. Veja-se o caso da cadeia de valor dos rótulos auto-adesivos. Provedores de matérias-primas e gráficas, num esforço de aproximação, direcionam como nunca pro-
os cachos dutos e serviços para as vinícolas. Tal movimento atende a uma lógica singela: o mercado pode não ser gigantesco, mas tem potencial, por quase não aquinhoar esses rótulos. “Os vinhos brasileiros ainda utilizam muito pouco os auto-adesivos”, diz Isabela Monteiro Galli, gerente de marketing da subsidiária brasileira da americana Avery Dennison, grande fornecedora de bases auto-adesivas. Recente levantamento feito pela multinacional mostra como a seara de vinhos no Brasil não está em descompasso com o resto do mundo em variedade de rótulos apenas na definição mercadológica, ou seja, em diversidade de marcas, mas também no sentido literal. Na Austrália, emergente produtora de buquês de qualidade, 80% das garrafas de vinhos são rotuladas com auto-adesivos. Esse índice chega a 65% na África do Sul, a 55% nos Estados Unidos e no Canadá e a 32% somados os países europeus. Nas safras brasileiras, calcula-se que o uso percentual de auto-adesivos não chegue à casa dos dois dígitos da produção, estacionando em cerca de 7%.
Só “lambe-lambes” Para decorar suas garrafas, vinícolas locais sempre optaram maciçamente por rótulos do tipo cut-and-stack, os populares “lambelambes”, engomados no momento da aplicação nas embalagens. Sucede que, agora, certas questões na ordem do dia para as vitivinicultoras nacionais sorriem à difusão dos auto-adesivos.
A presença dos auto-adesivos nas garrafas de vinhos Austrália África do Sul Estados Unidos Canadá Europa Brasil*
80% 65% 55% 55% 32% 7%
FONTE: AVERY DENNISON - * ESTIMATIVA
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FOTOS: DIVULGAÇÃO
MIX – Avery Dennison acaba de lançar linha com sugestões para a decoração de vinhos
O setor empenha-se numa espécie de programa de bloqueio às marcas estrangeiras, dominadoras de 53% do mercado nacional de vinhos finos. Ao mesmo tempo, as principais vinícolas nacionais, reunidas no consórcio Wines From Brazil, se empenham em aumentar exportações. Estima-se que nem 10% do faturamento total dessas
empresas provenham dos embarques para o estrangeiro. Daí o recente viés de sofisticação, com a intenção de aumentar a percepção de valor do produto nacional – e a necessidade de expressá-lo por meio das embalagens. “Observamos crescer a cada dia a demanda das marcas nacionais por diferenciação e posicionamento num patamar
Estado da arte se mostra ao setor vitivinicultor Disposta a frear o crescente número de marcas estrangeiras no mercado local e a vitaminar as exportações, as vinícolas nacionais têm nas embalagens uma grande aliada. Só que, em última análise, a embalagem não faz milagres se o produto não for bom. Assim, vale buscar a excelência em todo o processo produtivo, do cultivo da uva ao engarrafamento do vinho. Uma boa oportunidade para aprimo-
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rar conceitos e ver o estado da arte em equipamentos para a vitivinicultura irá ocorrer no Centro de Convenções de Milão, na Itália, entre os dias 22 e 26 de novembro próximo. Trata-se da 21ª edição do SIMEI – Salão Internacional de Máquinas para Enologia e Engarrafamento, evento que engloba desde equipamentos para produção até soluções em embalagens para bebidas (ao contrário do que sugere o nome,
a feira não se restringe a vinhos e promete novidades para os mercados de águas minerais, refrigerantes, sucos e outras bebidas alcoólicas). A feira espera atrair mais de 45 000 visitantes e terá cerca de 750 estandes, de expositores de 23 países. Os interessados podem solicitar mais informações pelo telefone +39 (02) 722-228, pelo e-mail
[email protected] ou conferi-las no site www.simei.it.
DIVULGAÇÃO
superior”, relata Isabela. O cenário, carimbam as companhias envolvidas com rótulos, dá sentido a um maior distanciamento dos rótulos engomados. “Os auto-adesivos suportam melhor o atrito e a umidade nos processos de exportação”, lembra a executiva da Avery Dennison. “Eles garantem maior qualidade de decoração, pois possibilitam conjugar várias técnicas de impressão simultaneamente à utilização de substratos, tintas, vernizes e acabamentos especiais”, sentencia a Prodesmaq, produtora de rótulos baseada em Vinhedo (SP), num comunicado sobre o mercado de vinhos. “Ademais, sua aplicação é mais rápida e limpa.” A Prodesmaq acaba de fornecer os rótulos auto-adesivos de dois lançamentos superpremium da prestigiada vinícola gaúcha Miolo, o Fortaleza do Seival Tannat e o Fortaleza do Seival Tempranillo. Em papel couché fosco e impressos em offset, eles contam com detalhes em relevo e verniz registrado. Também produziu, neste ano, a decoração para o vinho Botticelli
REPERTÓRIO – Da esquerda para a direita, rótulos dos vinhos Miolo, Palomas e Almadén Sunny Days mostram o expertise da Prodesmaq
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Brut, da Vinícola Vale do São Francisco, no Nordeste, e forneceu no fim de 2004 auto-adesivos para os tintos Palomas Gran Reserva e para os frisantes Almadén Sunny Days, da Pernod Ricard – estes últimos com o chamado no-label look, efeito que explora a transparência de filmes plásticos. Outros exemplos colorem a tendência de abertura das vinícolas aos auto-adesivos em suas linhas de valor superior. Pegue-se o caso da Château Lacave. Carro-chefe em sofisticação da vinícola, o Reserva Château Lacave, lançado no fim do ano passado, se escorou num auto-adesivo inspirado num escudo, com desenho da StudioDesign. Seu rótulo, suprido pela Igel, de Cachoeirinha (RS), possui acabamento em verniz UV e detalhes em alto relevo.
Gaúchos puxam difusão Aliás, a Château Lacave, que sempre destaca em seus rótulos estandartes, as insígnias dos castelos medievais, numa referência ao local de engarrafamento de seus vinhos, um castelo na Serra Gaúcha, já decora todo o seu mix de produtos com autoadesivos. Uma vizinha, a Georges Aubert, de Garibaldi, segue o mesmo caminho.
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ESTANDARTES – Autoadesivos da Chatêau Lacave têm forma de escudo numa referência ao local de produção, um castelo em estilo medieval
60 litros
é o consumo anual per capita de vinhos na França e na Itália
1,8 litro
é o consumo anual per capita de vinhos no Brasil MIGRAÇÃO – Georges Aubert adotou autoadesivos em suas linhas há dois anos
“Utilizamos auto-adesivos há dois anos”, relata Rodrigo Veronese, responsável pelo desenvolvimento de produtos da vinícola. “Migramos pela união de qualidade de impressão e resistência que essa decoração oferece”. Duas companhias de rótulos abastecem a Georges Aubert. No Sul, a Adegráfica, do município de Estrela. A outra é a paulistana Setprint, com rótulos com qualidade off-set impressos em sistema digital. Quem também colhe bons frutos de um programa de aproximação com as campanhas do Sul é a Catuaí Print, de Nova Fátima, cidade incrustada no chamado Norte Pioneiro do Paraná. “Notamos os clientes vinícolas mais e mais exigentes e nossos auto-adesivos, impressos em flexografia com acabamentos especiais, como hot stamping, têm galgado espaços nesse mercado”, comenta Maristela Félix, da área comercial da Catuaí Print. O refluxo de todas essas ações é uma maior movimentação também dos fornecedores de matérias-primas. A Avery Dennison está divulgando uma linha com vinte diferentes construções auto-adesivas para inspirar a criação de rótulos por vinícolas e designers. “Ela destaca acabamentos como
Adegráfica (51) 3720-2001 www.adegrafica.com.br
VOLUME – Colacril divulga materiais para rótulos de vinhos em livro trilíngüe
Avery Dennison (19) 3876-7600 www.averydennison.com Braga (19) 3897-9720 www.braga.com.br Catuaí Print (43) 3552-1186 www.catuaiprint.com.br Colacril (11) 6982-6900 www.colacril.com.br Igel (51) 3041-8300 www.igel.com.br Prodesmaq (19) 3876-9300 www.prodesmaq.com.br Setprint (11) 2133-0007 www.setprint.com.br StudioDesign (54) 202-2020 www.studiodesign.com.br
APROXIMAÇÃO – Rótulos em flexografia da Catuaí Print: difusão no Sul
STUDIO AG – ANDRÉ GODOY
frontais metalizados e com texturas, papéis couché semibrilhantes e de alto brilho e filmes transparentes, brancos e metalizados”, explica Isabela. Grande nome dessa área, a Braga também investiu em bases para rótulos de vinhos. “O destaque é um novo couché específico para vinhos, com textura que simula o linho e disponível na cor marfim”, ilustra Fabio Braga, gerente de marketing da empresa. Além da garantia de impacto nos pontosde-venda, o executivo lembra de outro trunfo dos auto-adesivos para vinhos finos. Muitos deles acabam de envelhecer já engarrafados e não são rotulados, pois cut-and-stacks de papel estragariam durante o período de maturação. Só ganham decoração momentos antes da venda, quando as garrafas são lavadas e os rótulos engomados aplicados. “Se fossem utilizados rótulos auto-adesivos de filmes plásticos, como o polipropileno bi-orientado (BOPP), esses vinhos pode-
riam ser rotulados na seqüência do envase, armazenados e lavados na pré-venda sem danos aos rótulos”. Outra vip do mercado nacional de materiais auto-adesivos, a Colacril, acaba de lançar uma brochura dedicada ao segmento de vinhos. Ela reúne os principais produtos de força da companhia para a decoração das embalagens dessas bebidas. “Buscamos maior intimidade com esses usuários finais”, conta Marcelo Bunemer, gerente de marketing técnico da Colacril. “Sabemos que muitas gráficas clientes já fornecem rótulos para eles, mas queremos afinar cada vez mais nossos produtos aos seus gostos e necessidades”. Bases adesivadas de papéis texturizados e de alto brilho são as vedetes do catálogo, salienta o profissional, lembrando que o volume se apresenta em três línguas por uma razão geográfica: mercados mais maduros, como o argentino e o chileno, estão ao lado. O potencial de negócios existe. Segundo o monitoramento da Avery Dennison, são esses os países que mais contribuem nos – ainda módicos – 23% de utilização de auto-adesivos em vinhos na América Latina. “Quando se põem os holofotes em vinhos, os auto-adesivos representam grandes oportunidades aqui, ali e em qualquer lugar – para os elos da cadeia de rótulos e igualmente para as vinícolas”, sintetiza Bunemer, em tom categórico. julho 2005 <<<
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Opções para termoencolhíveis Especializada no fornecimento de equipamentos para a aplicação de rótulos termoencolhíveis, a STM recentemente anunciou o lançamento de novas máquinas destinadas ao crescente mercado de shrink labels. A primeira novidade é o modelo EPET A 300, cuja velocidade de aplicação atinge 300 unidades por minuto. Como opção para usuários com menores capacidades produtivas, as empresas oferecem a EPET A 100, que é capaz de rotular até 100 embalagens por minuto. “Há mais de doze anos a STM atua como fabricante de máquinas, filmes e lacres termoencolhíveis para embalagens”, diz Rodrigo Neiva, responsável pela área de marketing da empresa. “Mais
recentemente, porém, nos especializamos no mercado de máquinas de inserção de rótulos termoencolhíveis, que vem crescendo cada vez mais no Brasil, puxado sobretudo pela indústria de bebidas lácteas refrigeradas”, ressalta Rodrigo Neiva.
www.stmachine.com.br (11) 6191-6344
Nova geração de sopro da Sidel
FOTOS: DIVULGAÇÃO
A unidade brasileira da Sidel lançou na América do Sul sua nova geração de sopradoras SBO Universal. A família de equipamentos produz garrafas plásticas de 350ml para bebidas gasosas à velocidade de 1 800 unidades por hora/ molde. Com esse índice de produtividade, a empresa garante redução de 20% no custo de sopro das embalagens. “Graças ao desenvolvimento de uma nova máquina cinemática e do novo forno a passo de 40mm para manutenção dos tempos de aquecimento, a Sidel obteve aumento da cadência de produção de 12,5%”, contabiliza Marta Ferreira, responsável de marketing para
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a América do Sul. Além dos novos recursos, a empresa investiu no redesign das pré-formas. “A redução dos níveis de alimentação das pré-formas também melhorou o rendimento da sopradora”, completa Marta Ferreira. Afora bebidas carbonatadas, as sopradoras SBO Universal podem ser adotadas nas linhas de embalagem de diferentes produtos acondicionados em garrafas plásticas, como água sem gás, molhos e detergentes.
www.sidel.com (11) 3783-8800
Prospectando controladores Interessada no filão de tecnologias de controle de movimento de máquinas de embalagem, a área de automação e controle de processos industriais da Siemens está investindo na solução Simotion Easy Set. Modular e dotado de bibliotecas de software prontas, o pacote é baseado no conceito TIA (Totally Integrated Automation). Integrando aplicações com controle lógico, controle de movimento e funções especiais, o Simotion Easy Set é composto pelos novos Simotion D e Sinamics S120. “A família Simotion veio para complementar o portfólio de controladores da Siemens”, diz Fabio Massaru Narahara, engenheiro de vendas e marketing da área de automação para máquinas de produção. Por sua vez, o Sinamics S120 (em baixo), lançado recentemente, é classificado como “uma nova plataforma de servo-acionamentos”. “O sistema tem como foco aplicações de alta performance, integrando mecânica, eletrônica e software”, completa Narahara.
www.siemens.com.br 0800 7737373
materiais >>> vidro
Diferenciação para evitar gu Na batalha cada vez mais acirrada por mercado, vidraria e seus clientes procuram agregar
Avelãs com cacau em copo especial O
exemplo mais destacado da política de mostrar mais valor pela via da embalagem é o do creme de avelãs com cacau Nutella, da Ferrero, que também investiu na diferenciação. A subsidiária da empresa italiana decidiu passar a fabricar o produto para o mercado brasileiro em sua moderna indústria em Poços de Caldas (MG), com a inquestionável qualidade do até então importado, já acondicionado em embalagens de vidro. Para isso, desenvolveu em conjunto com a vidraria uma nova embalagem, exclusiva. Trata-se de um copo dife-
GIRO – O novo copo da Nutella: “Pilhas montadas pela manhã reduzidas à metade já ao cair da tarde”
Copos de requeijão para público cativo A adoção de copos plásticos para acondicionar requeijão cremoso, primeiro pela marca líder e em seguida por várias outras, parece ter deixado carente de atendimento um público cativo no Brasil – o de copos de vidro de embalagem daquele produto. Tanto é assim, informa Paula Sanches Nunes Gomes, coordenadora de marketing de embalagens de vidro da Nadir Figueiredo, que a redução de oferta daquele tipo de recipiente reutilizável nas gôndolas dos supermercados levou o varejo a
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procurar a empresa, solicitando que viesse a ser fornecido simplesmente como utensílio doméstico. “Há boa procura por parte dos consumidores”, ela conta. Tão boa, na verdade, que para atendê-los a Nadir tem oferecido copos decorados avulsos e estojos com oito copos lisos vazios. “Além dos aspectos ambientais e técnicos superiores do copo de vidro”, comenta Paula Sanches, “esse fato ressalta de maneira inequívoca seu apelo como ferramenta de vendas.”
FOTOS: STUDIO AG – ANDRÉ GODOY
A
infame distribuição de renda no Brasil, que circunscreve às mãos de 1% dos habitantes a metade da riqueza produzida pela nação, tem como efeito colateral estimular a indústria de bens de consumo a optar por dois caminhos opostos na tentativa de ganhar mercado: fazer produtos com maior valor agregado – e crescer na diferenciação – ou disputar as faixas populares de consumo, na cada vez mais cruenta guerra de preços. Na área de embalagens, a Nadir Figueiredo, sem abrir mão da segunda alternativa, escolheu o caminho da diferenciação, conta Steven Dabbah, gerente de embalagens de vidro da empresa. Depois de investir fortemente em equipamentos, tecnologia e treinamento de sua equipe interna e apostar na diferenciação de design, a vidraria se diz “preparada para entrar na disputa por novos mercados brandindo, mais do que nunca, a marca da qualidade e da criatividade”, nas palavras do executivo. Para demonstrar isso, a Nadir assina as embalagens de vidro de recentes lançamentos de produtos que se destacam, justamente, por exorbitarem do eixo das commodities, como descrito a seguir.
erra de preços valor aos produtos pela via das embalagens renciado, que depois de sua primeira função sem dúvida poderá fazer boa presença nas mesas dos consumidores para outros usos. Com 78mm de altura e 74mm de diâmetro, e 180g (205ml) de capacidade de conteúdo, valoriza duplamente o lançamento. Primeiro porque, ao colocar o produto num só tipo de embalagem, em vez de disputar a preferência do consumidor com recipientes feitos de vidro e de PET, como ocorria no Brasil, a marca optou pela de maior valor percebido. Em segundo, este próprio conceito é ressaltado pelo fato de ser uma embalagem reutilizável, apelo que parece continuar a ter enorme força entre os consumidores (ver quadro). Reforçando tanto a idéia de adição de valor quanto a de utilidade da embalagem para uso após o
consumo, o copo é dotado de uma tampa branca de polietileno de baixa densidade (PEBD), fornecida pela Sonoco For-Plas, selada com lacre termoencolhível de PVC. O rótulo e o contra-rótulo auto-adesivo, impressos em quatro cores em papel couché, ocupam a metade superior do copo, que é lisa, enquanto a parte de baixo tem ornamentos. O lançamento da nova embalagem da Nutella foi respaldado por campanha de mídia, incluindo televisão, e por reforço de exposição em pontos-de-venda. A Ferrero não abre números, mas é no varejo que se pode constatar o bom desempenho comercial do produto: em muitas lojas, pilhas dos novos copos do creme de avelã com cacau, montadas pela manhã, muitas vezes estão reduzidas à metade já ao cair da tarde.
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materiais >>> vidro
Design exclusivo, brilho e outros apelos A
DIVULGAÇÃO
o detectar evidente expectativa das consumidoras da classe B por produtos alimentícios com padrão semelhante a similares europeus, a Predilecta Alimentos, de Matão (SP), desenvolveu uma linha, batizada de Premium, composta de catorze itens, divididos entre geléias, molhos de tomate, mostarda, molho madeira e mango chutney. Não houve dúvida quanto à escolha de um instrumento que transmitisse no ponto-de-venda a imagem de artigo de alto valor agregado: a embalagem. Em parceria com a Nadir Figueiredo, a Predilecta desenvolveu um pote de vidro com design exclusivo. “Foi um ano de trabalho e de investimento até chegarmos a essa embalagem”, conta Rogério Byczyk, gerente de marketing da empresa. “Valeu a pena, pois desde o lançamento, há dois meses, a linha vem tendo excelente desempenho de vendas”, ele informa. Ovalado, suavemente bojudo, o recipiente, com tampa BRILHO – Expostos à luz, elementos em branco...
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...se destacam no escuro
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metálica tipo twist-off, da Metalgráfica Rojek, oferece também o apelo da comodidade de uso: a boca é de 74mm, de modo a permitir a introdução até de uma colher de sopa. Os rótulos auto-adesivos, desenvolvidos internamente, são fornecidos por convertedores variados. Ainda na linha de valorizar os produtos com embalagens diferenciadas, a indústria de Matão adotou, para sua linha de extratos de tomate, uma inovação inédita no Brasil: copos decorados que brilham no escuro. Para produzi-los a Nadir Figueiredo importou uma tinta luminescente especial. Expostos à luz do sol ou mesmo artificial, os elementos impressos no vidro com essa tinta, sempre em branco fosco, reluzem no escuro. Os recipientes têm três versões diferentes de decoração – estrela, lua e sol – e são direcionados ao público infantil, apesar de o produto destinar-se ao uso culinário. A Predilecta tem experiência nessa seara, pois já trabalha o público infantil, com copos decorados com personagens Warner e Disney. No caso, a tentativa de aumento de percepção de valor visa às crianças, pelo aspecto lúdico e pelo estímulo à coleção, e às mães, pela possibilidade de reutilização do copo, atributo sem dúvida vendedor (ver quadro na página anterior). Como isso tudo se dá numa categoria de produto em que centavos influem na decisão de compra, convém lembrar que os copos não têm rótulos: todos os elementos de identificação do produto são impressos na tampa Abre-Fácil, da Rojek.
VONTADE – Linha Premium da Predilecta: para a consumidora da classe B que quer produtos similares aos europeus
Expressão Multicomunicação (53) 3225-0379 www.agenciaexpressao.com.br Gráfica Cometa (51) 3748-0755 www.graficacometa.com.br Nadir Figueiredo (11) 6967-1633 www.nadir.com.br Metalgráfica Rojek (11) 4447-7900 www.rojek.com.br Sonoco For-Plas (11) 5097-2750 www.sonocoforplas.com.br
Standard destacados N
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SEIS LADOS – Shelby adotou potes sextavados, com rótulos auto-adesivos, para linhas premium
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ão é só em produtos exclusivos que a Nadir Figueiredo aposta como forma de agregar valor às embalagens e, conseqüentemente, às marcas usuárias. O gerente de embalagens de vidro Steven Dabbah enfatiza que a empresa tem investido também na diferenciação de seu mix de produtos standard. Como exemplo ele apresenta um pote sextavado recém-lançado, destinado ao mercado de geléias e produtos premium, como tomate seco, chutneys e compotas finas. Disponíveis nas versões 170ml e 230ml, ambos os potes têm terminação twist-off de 63mm. Coube à Shelby, que tem foco no Sul do país, estrear em junho último a nova embalagem, com uma linha de geléias. Os rótulos auto-adesivos de papel, cujo design foi desenvolvido pela agência Expressão Multicomunicação, de Pelotas (RS), foram impressos pela gaúcha Gráfica Cometa, de Lajeado. Amílcar Fuhro, diretor da Shelby, informa que, dado o formato irregular dos potes, os rótulos vêm sendo aplicados manualmente, mas a empresa já está estudando com um fornecedor a implantação de uma rotuladora automática.
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mercado >>> cervejas
Também no Brasil C
om o indiscutível favorecimento representado pela presença global de suas proprietárias, multinacionais de grande porte no setor, o sabor e a marca de cervejas produzidas no Brasil chegam cada vez mais a outros continentes e parecem cair no gosto dos consumidores. Além do caso mais notório, da Brahma (ver o quadro), a Superpremium Bavaria Exportação, da canadense Molson Coors (Kaiser), “conquistou os apreciadores de países como Inglaterra, Nova Zelândia, Austrália, Estados Unidos e Canadá”, segundo a empresa. A fabricante informa que desde seu lançamento no exterior, há cerca de três anos, já foram exportados mais de 15 milhões de litros. Só no Canadá, em menos de um ano de exportação, a bebida brasileira já havia entrado na lista das cinco cervejas
superpremium mais vendidas. Depois de ter ido, ser vista, experimentada e aceita, “A Marca Bavaria”, como a cerveja é comercializada, pois o nome já é registrado em outros países, começou a ser comercializada no Brasil, com o mesmo sistema de embalagem em que o produto vai para fora. Esse movimento, porém, talvez seja menos expressivo em termos simbólicos do que a plantação da bandeira Bavaria made in Brazil em terras estrangeiras. Na verdade, ela reforça a tendência exportadora de produtos industrializados com maior valor agregado, aí incluído o sistema de embalagem. No conjunto, destaca-se a garrafa exclusiva de vidro incolor long neck, da Owens-Illinois do Brasil, em que o rótulo dá lugar, em alto relevo, ao brasão, à marca e à origem do produto. O design da
FOTO: INBEV®
Agora para o mundo, mas por aqui não Recentemente, os brasileiros tomaram conhecimento, por meio de intensa campanha publicitária, de que a cerveja Brahma está indo “agora para o mundo”. Pelo menos por enquanto, será tudo o que poderão tomar dessa cerveja pilsen que a belga Inbev elegeu para formar, ao lado das globais Beck’s e Stella Artois, sua trinca de marcas planetárias. Produzida pela mesma fábrica da AmBev de Jacareí (SP) que faz e distribui a marca Brahma no mercado interno, a que vai lá para fora é no entanto outro produto. Por ser comercializada internacionalmente em garrafa long neck de vidro incolor, de consumo individual, a Brahma tipo exportação precisou sofrer pequenas modificações no lúpulo, como informou na Entrevista da edição de junho último de EMBALAGEMMARCA o gerente de comunicação externa da AmBev, Alexandre Loures. Os brasileiros
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contiunuarão consumindo a bebida com o sabor que a caracteriza há décadas, já que permanecerá sendo comercializada no país em garrafas de cor âmbar. Se for consolo, vale lembrar, à maioria que não tem chance de viajar para o exterior e lá experimentar a Brahma for export, que se trata de um produto feito no Brasil ganhando o reconhecimento do mundo. E, ao menos na fase inicial, como observa Alexandre Marchezini, diretor de marketing da Owens-Illinois do Brasil, fornecedora da garrafa, “numa embalagem de vidro fabricada no país”. Se quiser ver uma sinuosa garrafa parecida com aquela em que o produto é exportado para sete países (Estados Unidos, Rússia, Ucrânia, Suécia, Bélgica, França e Holanda), o consumidor deve olhar uma de long neck Skol Beats, feita pela mesma vidraria e base de inspiração para o design da Brahma global.
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Depois de exportada para vários países, cerveja Bavaria superpremium chega ao mercado interno
embalagem foi desenvolvido por uma agência canadense. A rotulagem propriamente é desempenhada pela cápsula de papel que envolve a rolha metálica fornecida pela Aro. Impresso em verde e amarelo, pela Dixie Toga, esse “rótulo” tem também a função de lacre protetor. Embarcadas em caixas de papelão ondulado, impressas também nas cores básicas da bandeira brasileira, pela Rigesa, as 12 unidades da Bavaria são acondicionadas em embalagens de agrupamento (six packs) de papel cartão, fornecidas pela Mead Embalagens (hoje Rigesa), no formato de cestas com alças (baskets). Como na caixa de transporte, estas trazem informações em inglês, português e francês sobre a qualidade do produto e a origem da marca, datada de 1877. A Molson informa que após dois meses de uma bem sucedida distribuição limitada às cidades de Brasília, Campinas, Jundiaí e São Paulo, já em julho “A Marca Bavaria” começaria a ser distribuída em todo o Brasil. Aro (11) 6462-1700 www.aro.com.br
Owens-Illinois do Brasil (11) 6542-8000 www.oidobrasil.com.br
Dixie Toga (11) 5516-2200 www.dixietoga.com.br
Rigesa (19) 3707-4000 www.rigesa.com.br
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PRATICIDADE – Nas caixas de embarque, duas embalagens six-pack com alças
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eventos >>> worldstar 2004
Festa em SP Brasil sedia entrega dos troféus de prêmio da Organização Mundial de Embalagem
S
inscritos. Os postulantes aos troféus primeiro têm de ser reconhecidos em prêmios de embalagem em seus países. Com shows e degustação de acepipes típicos, a festa da WPO laureou oito inscrições brasileiras (veja o quadro) e ainda revelou o ganhador do troféu especial do prêmio, o “Best of the Best”, concedido ao produto de maior destaque entre todos os inscritos, o suíço SIKA Mix & Go Kit. A seguir, EMBALAGEMMARCA resume os atributos desse grande vencedor e das outras três embalagens que com ele concorreram ao prêmio máximo do WorldStar. Outros cases internacionais ganhadores de troféus serão destacados em futuras edições da revista, na seção Internacional.
FOTOS: DIVULGAÇÃO
e ainda enfrenta pesadas resistências para assegurar cadeiras em determinados conselhos e mesas decisórias mundiais, o Brasil já é reconhecido como voz importante da indústria global de embalagens. Evidência recente dessa ilação é o fato de o país ter sediado pela primeira vez, no dia 24 de maio, a cerimônia de entrega do prestigiado WorldStar, prêmio anual que leva a chancela da WPO – Organização Mundial de Embalagem. O evento, relativo à edição 2004 do prêmio, foi realizado no hotel Meliá Mofarrej, em São Paulo, por intermédio da Abre – Associação Brasileira de Embalagem, congregou cerca de 100 executivos formadores de opinião da cadeia global do packaging e distribuiu troféus a 154 trabalhos
Pouch auxilia o faça-você-mesmo Ganhador do “Best of the Best”, o SIKA Mix & Go Kit foi inscrito pela produtora suíça de embalagens flexíveis Wipf. Trata-se de um stand-up pouch que acondiciona argamassa seca, possui tampa de rosca e é selado com uma membrana de proteção. Adicionando-se água, tampandose novamente e amassando o pouch com as mãos, o conteúdo é transformado em cimento
homogêneo. O pouch possui ainda uma micro-serrilha horizontal feita a laser. Ao rasgar a embalagem utilizando essa orientação, o consumidor ganha uma espécie de balde com o cimento pronto para uso. Uma pá acompanha o pouch, ajudando na aplicação do produto. Origem: Swiss Star 2004, Suíça Informações: www.wipf.ch
Um abridor de caixinhas longa vida Apresentado como o primeiro fechamento de ação única do mundo capaz de ser aplicado em embalagens cartonadas através da perfuração de sua estrutura, à guisa de um abridor de latas, o combiCut foi inscrito no WorldStar pela SIG allCap, divisão da
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companhia suíço-alemã SIG Combibloc para a criação de tampas para caixinhas longa vida. Com ele, procedimentos industriais hoje necessários para a aplicação de tampas plásticas em caixinhas cartonadas, como micro-perfurações por laser, para orienta-
ção – e a conseqüente necessidade de posicionamento preciso dos fechamentos para o encaixe nessas perfurações –, são dispensadas. Origem: German Packaging Competition 2004, Alemanha Informações:
www.sigallcap.com
O drible na alça do frasco Com o objetivo de diferenciar sua linha de detergentes líquidos para roupas Vizir, a Procter & Gamble recorreu à francesa Sleever International, referência mundial no desenvolvimento de rótulos termoencolhíveis. O expertise da fornecedora foi posto à prova para quebrar uma barreira: a decoração de frascos com alça integrada, nunca feita antes com termoencolhíveis. A Sleever resolveu o
problema com a formulação de novos rótulos de PET, aplicados sob vapor, com cortes prévios para deixar as alças expostas. Desse modo, foi possível o desenvolvimento de uma solução de alto apelo visual com acomodação uniforme ao formato irregular e complexo da embalagem. Origem: Trophees unite de vente consommateurs 2004, França
www.sleever.com
Rastreador facilita inventários O contêiner inteligente iCon, embarcado com a tecnologia ConTracer, rendeu um posto entre as finalistas do “Best of the Best” para a holandesa Bonar Plastics. Trata-se de um contêiner de 1 000 litros, construído em polietileno e aprovado pelas normas da ONU para o transporte de produtos químicos, com um sistema de monitoramento wireless (sem fio), em tempo real, via satélite. Com isso, operadores logísticos e indús-
trias podem determinar com precisão, através da internet, o local e o nível de volume dos contêineres, ganhando acesso rápido a dados para a construção de planos de administração de estoques, históricos de pedidos de clientes, previsões de vida útil dos contêineres e planilhas de manutenção. Origem: Goulden Noot 2004, Holanda Informações:
www.bonarplastics.com
Abre (11) 3082-9722 www.abre.org.br World Packaging Organisation www.packaging-technology.com
Inscrições brasileiras com 100% de aproveitamento O WorldStar 2004 destacou os projetos brasileiros de embalagem como nunca. Para se ter idéia, o Brasil foi o único país com mais de três inscrições nessa mais recente edição do prêmio a ver todas as peças laureadas. Os projetos brasileiros – a maioria deles analisada em edições anteriores de EMBALAGEMMARCA – concorreram com mais de 275 inscrições de 32 países. Um júri especializado, formado por representantes
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de associações filiadas à WPO e da mídia especializada em embalagens, escolheu os premiados no fim de outubro de 2004, em Mumbai, na Índia. Na categoria Bebidas, as embalagens da caipirinha for export Caipiveritas e da cerveja Bohemia Weiss ganharam troféus. Em Alimentos, prêmio para a caixa dos Bombons Nestlé. As embalagens do absorvente íntimo Intimus Day Micro e do Perfume do Brasil Natura Ekos
Priprioca levaram em Saúde e Beleza. Utilidades Domésticas e Produtos de Limpeza premiaram a lata do Detergente em Pó Extra e a embalagem para misturadores de cozinha da Deca. Já em Farmacêuticos e Médicos o troféu brasileiro foi para a Tampa Child Proof da Vèdat. O acesso desses projetos ao WorldStar foi garantido por suas premiações no Prêmio Abre de Design e Embalagem de 2004.
Alto valor para todos Tela rotativa, recurso para aproveitar crescimento do mercado
Duas larguras A RSI Compact é disponibilizada em larguras de 254mm ou 330mm, e tem variação de tamanho de 100mm a 460mm, com incrementos de 63mm. Segundo o fabricante, pode operar de maneira uniforme, em velocidade de até 100m/min, em conjunto com outros processos de impressão. É compatível com as telas RotaMesh da Stork, que por ser soldada em níquel puro e perfurações hexagonais garante alta estabilidade na impressão. As telas podem ser regravadas, em geral até quinze vezes.
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FOTO: ALBERTO DIONISI
U
suários de impressoras de banda estreita, especialmente os que não dispõem de equipamentos complexos, de alto desempenho e tecnologia sofisticada, precisam muitas vezes mostrar enorme criatividade para conquistar clientes que pedem rótulos capazes de agregar valor aos produtos. Mais complicado para eles é responder à exigência de tiragens limitadas, ditada pela crescente tendência de fabricantes oferecerem linhas diversificadas de suas marcas no varejo. Assim, não raras oportunidades de negócio e de crescimento são perdidas porque o convertedor que trabalha com banda estreita, por não ter potencial de grande volume, suficiente flexibilidade ou, como é mais comum, capital, se sente inseguro para investir. Muitos evitam mesmo apelar para um recurso considerado uma espécie de chave para entrar em mercados de alto valor, que é valer-se da impressão com serigrafia rotativa, combinada com outros métodos. Paulo Ruffini, da Stork Prints Brasil, subsidiária da matriz holandesa instalada em Piracicaba (SP), afirma que esse problema está superado. Está disponível no mercado “um projeto simples, com características que permitem baixa manutenção e campanhas
COMPACTO – Módulo pequeno e com apenas
40 quilos de peso
uniformes de impressão”, diz ele, referindose a um produto de sua empresa. Trata-se de um módulo de integração de tela rotativa, a RSI Compact (Rotary Screen Integration Unit, ou Unidade de Tela Rotativa), recémdesenvolvido pela Stork Prints, líder mundial no fornecimento de telas para impressão rotativa e de módulos de impressão e pré-impressão, sistemas de alimentação e serviços de gravação de matrizes. Ruffini descreve o equipamento como “um módulo pequeno e de pouco peso (40 quilos), que pode ser ajustado com facilidade em quase todas as impressoras de bobina estreita do mercado”. Jaap Poelman, gerente de programa e do grupo de tecnologia da Stork Prints na Holanda, destaca que com o uso da tela rotativa podem ser obtidos acabamentos tácteis, em Braille, efeitos de vernizes de alto brilho, acabamentos metálicos, opacos, nolabel look, marcas de segurança e até rótulos que mudam de cor. Segundo ele, os custos de manutenção tendem a ser baixos, porque o projeto resulta em menos partes móveis. Partes gastas são facilmente substituídas, até sem necessidade de chamar um técnico. A unidade, acionada por servo-motor, tem poucas engrenagens.
Stork Prints Brasil (19) 3437-1315
[email protected]
Mais um comprimido
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Etiqueta de segurança visa solucionar a dor de cabeça das contrafações
FLAGRANTE – Substrato especial das etiquetas STES delamina em caso de tentativas de violação, inviabilizando reutilização das peças
U
m novo comprimido para as indústrias às voltas com a dor de cabeça da pirataria, incômodo que já movimenta anualmente 80 bilhões de reais segundo a Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF), está sendo prospectado no mercado nacional pela subsidiária brasileira da franco-britânica ArjoWiggins, líder mundial no fornecimento de papel-moeda e de papéis de segurança. É o STES, sigla da expressão em inglês Synthetic Tamper Evidence Substrate, ou etiqueta de segurança que evidencia tentativas de violação de produtos e documentos. A etiqueta funciona por meio de um mecanismo simples, que encontra similares no mercado de segurança de bens de consumo. Tentativas de violação de embalagens se tornam indeléveis porque resíduos do substrato da etiqueta ficam nela marcados. Em tentativas de remoção ocorre uma delaminação da face da etiqueta, inviabilizando sua reutilização ou o seu reposicionamento nas embalagens.
Arjo Wiggins 0800 10 0648 www.arjowiggins.com.br
“Quem adquire um produto autenticado pela etiqueta tem em mãos, com toda certeza, um original.” De acordo com o executivo, o STES pode ser desenvolvido para se adaptar aos mais diferentes materiais de embalagens, como papéis, vidro e plásticos. É também uma solução de autenticação de documentos. Utilizações já testadas incluem lacres de segurança de bagagens em aeroportos, selos fiscais para bebidas em garrafas de vidro ou plásticas, selos de identificação de inventário, embalagens de cosméticos e perfumes, caixas de papel e cartuchos de medicamentos. “Já fechamos nossos primeiros negócios e acreditamos no potencial do produto no país”, conta Lorenzi. Segundo ele, as etiquetas são recicláveis e suportam diversos sistemas de impressão, adequando-se à necessidade do usuário da embalagem – off-set, flexografia, serigrafia, tipografia, calcografia, hot stamping, jato de tinta e transferência térmica. “Somente a impressão a laser não é recomendada.”.
Segurança invisível O “segredo” é o substrato-base do acessório antipirata, um filme produzido com uma lâmina de polietileno de alta densidade bi-orientado. “As etiquetas STES contêm elementos de segurança invisíveis a olho nu que impedem sua reprodução”, afirma Marcos Tadeu de Lorenzi, gerente de marketing da Arjo Wiggins no Brasil.
INVISIBILIDADE – Elementos de segurança da STES só podem ser vistos sob luzes especiais
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Chapas em versão para pequenos A KSR Distribuidora, unidade de negócios da Votorantim Celulose e Papel (VCP), desenvolveu novas embalagens específicas para sua linha de chapas. Antes disponíveis em caixas com 50 e 100 unidades, os produtos agora são vendidos em embalagens contendo a partir de cinco unidades. “A idéia é atender à demanda dos
pequenos e médios clientes da distribuidora, oferecendo as chapas na medida certa para trabalhos específicos”, resume Flávia Cioni, consultora de produtos da KSR. Até o final do ano a empresa espera incrementar em 50% as vendas de chapas no mercado de pequenos e médios gráficos. A KSR está adequando as instalações de suas filiais com auxílio da IBF (Indústria Brasileira de Filmes), fabricante de chapas e parceira da distribuidora no fornecimento desse produto. Feitas em papel kraft, as novas embalagens seguem o padrão gráfico das originais. www.ksr.com.br 0800 55 85 44
Menos desperdício na gestão gráfica Especializada em sistemas de gestão empresarial, a Calgraf Informática e Consultoria está lançando no mercado de embalagem um novo software para traçado de cartuchos cartonados. Batizado de G-CAD, o programa foi planejado para reduzir custos no processo
de desenvolvimento desse tipo de embalagem. A empresa afirma que o software é capaz de reduzir o desperdício de matéria-prima, aumentar a produtividade do orçamentista e minimizar erros de produção. www.calgraf.com.br (11) 3885-0500
Boas novas na 4ª edição do Max Feffer A Suzano Papel e Celulose anunciou no início de junho a 4ª edição do Prêmio Max Feffer de Design Gráfico, que este ano inova ao incluir na categoria embalagem a inscrição de trabalhos desenvolvidos com o papel Supremo Alta Alvura. Também podem concorrer projetos gráficos impressos em outros dois produtos da empresa: papel cartão Supremo Duo Design e papel Reciclato. O concurso recebeu no ano passado cerca de 1 000 inscrições. Na 4ª edi-
ção, os melhores trabalhos das diferentes categorias, incluindo embalagem, ganharão prêmios de 13 000 reais (primeiros colocados), 5,5 000 reais (segundos colocados) e 2 000 reais (terceiros colocados). Outro atrativo é a categoria “Peça Destaque”, cujo vencedor ganhará uma viagem internacional para participar de um evento relacionado a design. Com inscrições abertas até o final de outubro, o prêmio é voltado a diretores de arte e de criação, designers, produtores de agências e outros profissionais que tenham desenvolvido peças gráficas impressas nos segmentos promocional, editorial ou de embalagens. Mais informações: www.suzano.com.br
[email protected]
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Mais papéis para auto-adesivos Às vésperas de completar 115 anos, em setembro próximo, a MD Papéis anunciou investimentos de 21 milhões de reais na ampliação de sua linha de produtos. Adquirida em 1997 pelo Grupo Formitex, a empresa destinará a maior parte do aporte (14 milhões de reais) aos papéis base para siliconização destinados à produção de etiquetas adesivas. “O mercado de auto-adesivos tem crescido muito nos últimos anos”, lembra o diretor de negócios da MD, Rubens Bambini. Apesar do interesse nesse setor, a empresa atua com outras indústrias de conversão, fornecendo papéis especiais para confecção de fitas adesivas, filtros descartáveis para café e diferentes embalagens flexíveis, como sacos de pipocas para microondas, sachês de adoçantes e embalagens de chicletes. Tendo exportado 14 500 toneladas em 2004, ou 20 milhões de dólares, a empresa espera este ano expandir para 35% a participação das vendas lá fora no faturamento. Nos últimos anos, esse índice tem se mantido entre 20% e 25%. www.mdpapeis.com.br (11) 4441-7800
Com mais de vinte anos de atuação no mercado de impressão e conversão de filmes plásticos, papéis e embalagens em geral, a Altec é líder no fornecimento de produtos para inspeção, automatização e controle de processos. Devido a tal posição no mercado, a empresa opta pela divulgação de sua marca num veículo de alta credibilidade. Optando pela Altec, o cliente garante a qualidade do seu produto final, diminui seus custos de produção e eleva significativamente o rendimento do seu processo produtivo. EmbalagemMarca chega a um amplo universo de leitores qualificados, apresentando-se como uma revista séria, comprometida e que zela pela qualidade editorial e pela apresentação gráfica. O atendimento correto e sempre cordial da equipe de EmbalagemMarca é, sem dúvida, a prova de que a parceria estabelecida entre revista e anunciante é adequadamente focada em resultados. A Altec orgulha-se em divulgar seus produtos e serviços neste veículo.
Almanaque
O rigor tragou o doce da mão das crianças Vício de gerações e gerações de crianças brasileiras, os Cigarrinhos de Chocolate ao Leite da Pan – Produtos Alimentícios Nacionais, de São Caetano do Sul (SP), surgiram em 1947, inspirados em similares europeus. O doce era envolto por uma imitação de cigarros reais – de papel laminado, com direito até a um filtro laranja impresso – e vendido em “carteiras” de papel cartão que ficaram célebres. Vermelhas, traziam ora um garotinho negro, ora um branco posando com um
cigarrinho entre os dedos. Ficaram assim de 1952 a 1996, quando a Pan cedeu à onda antitabagista. Os Cigarrinhos tornaram-se Rolinhos Chocolate ao Leite e sumiram das mãos dos garotos-propaganda nas caixinhas, dando lugar a um sinal de positivo. Outros retoques foram feitos até o fim de 2002. Nessa época, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a comercialização de alimentos alusivos ao cigarro. Os cigarrinhos de comer viraram fumaça.
Cigarrinho ficou na caixa até 1996...
...quando deu lugar a um "positivo"
Pureza em causa própria
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O padrão de pureza das boas vodcas russas foi determinado pelo cientista siberiano Dimitri Mendeleev (1834-1907), criador da tabela periódica dos elementos químicos. Diz
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a lenda que ele teria estabelecido aquela referência em causa própria, depois de monumental porre do destilado. Na realidade, teria trabalhado a pedido do governo russo, para acabar com a péssima qualidade da bebida que se fabricava no início do século passado no país. Consumida em quantidades gigantescas pelos russos, a beberagem ceifava vidas de pessoas ainda jovens aos magotes. Era o oposto do significado das palavras que deram origem ao nome da bebida: “zhiznennia voda”, ou “água da vida”. Durante o governo comunista os índices de pureza foram elevados na extinta União Soviética, com o uso de carvão ativado na destilação.
Do centeio às centenas de produtos Os primeiros canudinhos industrializados para bebidas apareceram em 1888. Foi quando o americano Marvin Stone, dono de uma fábrica de piteiras de cigarros, patenteou um processo de fabricação de canudos por meio de espirais de papel revestido com parafina. Até então, os canudinhos na boca do povo eram naturais, de cânulas de hastes de centeio. Numa série de adaptações, o processo concebido por Stone para canudinhos ajudaria nos desenvolvimentos futuros de uma série de produtos – de rádios e motores elétricos a fogos de artifício, cilindros para papel higiênico e embalagens cartonadas multifoliadas, as populares “latas celulósicas”. São esses itens, hoje, as reminiscências dos canudinhos de papel: em meados dos anos 60, eles foram aposentados pelos canudinhos plásticos.