Revista Embalagemmarca 082 - Junho 2006

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  • Words: 21,559
  • Pages: 92
www.embalagemmarca.com.br

Outro bom resultado da integração

E

Wilson Palhares A sobrecapa desta edição de EMBALAGEMMARCA constitui a primeira ação desse gênero no Brasil, e não se conhece precedente semelhante no mundo

m seus sete anos de existência, que comemoramos com esta Edição, EMBALAGEMMARCA ganhou visibilidade, entre outros motivos, pelas ações de impacto que freqüentemente realiza com o objetivo de promover o setor de embalagem no Brasil. Nos últimos meses, por exemplo, as páginas internas e as capas da revista trouxeram diferentes amostragens de rótulos, de tipos de substratos e de sistemas de impressão e acabamento. Enquanto isso, desde março último até o final do ano os envelopes de envio da

revista fazem uma demonstração concreta dos excelentes resultados que podem ser obtidos em flexografia e rotogravura quando todos os elos da cadeia se integram efetivamente. Interrompemos essa ação este mês, por cortesia dos parceiros que dela participam (Aquiléia, Arco Convert, Dann Group, Henkel e Recriar), para dar lugar a uma idéia de trabalho conjunto que começou a ser combinado com a Tetra Pak um ano atrás. O resultado desse entendimento é a sobrecapa deste volume. Impressas na planta da Tetra Pak em Monte Mor (SP), em flexografia

com retícula (57 linhas), as bobinas foram cortadas no formato de folhas pela Marinho Papéis em Telêmaco Borba (PR) e de lá encaminhadas para grampeamento em São Paulo na Congraf, que imprime a revista. A Tetra Pak afirma ser essa a primeira ação desse tipo no Brasil e desconhece algo semelhante no mundo. Para continuar festejando, convidamos os leitores a tirar bom proveito desta edição e, de passagem, ir até a página 78, onde a equipe se mostra um pouco mais do que no produto que faz. Até julho.

Seriedade e profissionalismo

A

cabo de ler a edição de maio de EMBALAGEMMARCA, que está excelente, com muitas informações úteis para nosso setor de planejamento. Legal também ver estampada no expediente a marca do IVC, que traz seriedade e profissionalismo à revista. Otto de Barrros Vidal Jr. Sócio-Diretor, Relações com o Mercado PPR - Profissionais de Publicidade Reunidos Ltda. São Paulo, SP

O que faz a diferença

G

ostaria de parabenizá-los pela entrevista (N. da R.: sobre marcas próprias) feita comigo pelo Guilherme Kamio e publicada na edição de abril. Ficou ótima, muito bem redigida e elogiada inclusive pelo dr. Abílio Diniz e por todo o conselho da diretoria em nossa última reunião. Acho importante dar este retorno, pois entendo que o repórter faz toda a diferença na qualidade da reportagem. Iorley C. Lisboa Gerente de desenvolvimento de embalagens, Grupo Pão de Açúcar São Paulo, SP

Quem faz o quê

Q

uero parabenizá-los pela edição nº 80 (abril de 2006). Como sempre a revista está muito bem produzida e traz temas atuais. Contudo, nada é tão bom que não possa melhorar! Apesar da observa-

4 >>> EmbalagemMarca >>> junho 2006

ção feita na reportagem “Um peixe fora d’água?”, sobre o lançamento da nova água saborizada Aquarius, da Coca-Cola, de que não foram informados os fornecedores dos rótulos e das tampas, os nomes destes aparecem no rodapé, mas o da Alcoa CSI, fornecedora das tampas, não. Na matéria da página 46 (“Óleo no ciclo de expansão”), mais uma vez os nomes de fabricantes são citados, porém o nome da Alcoa CSI, fabricante da tampa, não. A Alcoa CSI é líder mundial na fabricação de tampas plásticas e tem sido pioneira em inovações, principalmente nos segmentos de água mineral, refrigerante e óleo comestível. Creio não ser muito pedir maior empenho em citar todas as empresas que participem da formação de uma embalagem. Sei das dificuldades em levantar todos os detalhes de uma embalagem, porém esta é uma das características que diferencia EMBALAGEMMARCA dos demais veículos do seu segmento. Rodolfo Haenni Alcoa CSI South America Alphaville, SP Normalmente a redação procura obter todas as informações relativas aos produtos citados. Nem sempre consegue. Quando isso ocorre, contamos com a compreensão das empresas não citadas para o fato de não termos condições de consultar todos os potenciais fornecedores de cada produto objeto das reportagens. Por outro lado, as portas da redação estão abertas para receber informações relevantes que venham da parte das empresas fornecedoras de embalagens e de seus complementos. Nesse sentido, sugerimos que os interessados liguem diretamente ou acionem suas assessorias de imprensa, se as tiverem, para, de forma pró-ativa, informar a redação sempre que tiverem algum tema de interesse.

Q

uero dar parabéns a toda a equipe de EMBALAGEMMARCA pela qualidade do material publicado. O conteúdo das reportagens é muito útil a todos os envolvidos no ramo de embalagens. Ao longo de 2005, gostei em particular do caderno especial sobre reciclagem (nº 72, agosto de 2005), que mostra as contribuições da indústria de embalagem na preservação do ambiente. Também chamou atenção

a entrevista da edição 73, onde Guido Pelizzari, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Acessórios para a Indústria do Plástico (CSMAIP) da Abimaq alerta sobre a entrada de equipamentos chineses no mercado brasileiro. Trata-se certamente de um forte concorrente para as nossas indústrias. Por fim, a reportagem Tendências e Perspectivas 2006 (dezembro de 2005) também foi muito útil, dando uma visão de como será o mercado de embalagens no decorrer o ano. Trabalhei por muitos anos na área de manutenção em indústrias de embalagens flexíveis e sempre leio EMBALAGEMMARCA por inteiro, por ser informativa e de agradável leitura. José Ricardo Féria Gerente de manutenção São Paulo, SP

Linha divisória

C

onheço EMBALAGEMMARCA desde o primeiro número, e não hesitei em mais uma vez escrever para dar parabéns a todos. Tenho um carinho muito grande (sou “fã de carteirinha”) por essa equipe. Em minha opinião, existe o mercado de embalagem no Brasil antes de EMBALAGEMMARCA e depois de EMBALAGEMMARCA. Veio para ser A Revista. Laura Sanchez Makmelt São Paulo, SP

Informações e cereja

F

ormei-me em design de produto e sou apaixonado por marcas e embalagens. Tenho EMBALAGEMMARCA como referência. Incubei minha empresa no Nücleo de Design da Fundação Parque de Alta Tecnologia de São Carlos, onde trabalhamos na concepção e no desenvolvimento de embalagens para indústria alimentícia. Aproveito para elogiar as reportagens da Lívia Deorsola, sobre o mercado de sabonetes, e do Leandro Haberli, sobre margarinas. Ambas foram apresentadas de maneira simples e trouxeram informações importantes de cada segmento. A seção Display é a cereja do bolo. Parabéns a toda a equipe! Mandré Sola, designer Öokre Package Design São Carlos, SP

Resistência de filmes

S

omente ontem pude ter contato com o número 80 de EMBALAGEMMARCA (abril de 2006), revista muito bem posicionada e com reportagens muito interessantes para o mercado de embalagens. Porém, estranhei a matéria intitulada “O sanduíche pode mudar”. Não concordo que o filme ali citado seja a última grande cartada da Unilever fora do Brasil. Em outra empresa na qual trabalhei, cujo nome não mencionarei por razões éticas, foi desenvolvida há quatro anos aquela mesma estrutura, em parceria com a Votocel e a Nestlé, com resultados muito significativos de performance. Discordo da afirmação de que o material com filmes poliolefínicos seja mais resistente do que o feito com alumínio. O que ocorre é que o filme, depois de submetido a um “crash” durante processo ou dobra, não responde pelas mesmas propriedades de barreira de um filme de BOPP alta barreira. Este tem desempenho superior, comprovado em laboratórios nos Estados Unidos e no Brasil. Porém, em matéria de resistência ao rasgo, tanto o BOPP quanto o PET têm resistência igual a zero, depois de iniciado o rompimento. Nesta estrutura, quem trabalhará de forma contrária a este problema será o filme de PEBD, que pode ser modificado para melhorar a resistência ao rasgo. Já existem no Brasil diversas empresas utilizando filmes de alta barreira até em mercados de exportação: Vitopel, que hoje agrega a Votocel, e Pólo Films, sem falarmos dos filmes da Mobil, da AET e de outros fabricantes mundiais. A própria Mobil lançou no Brasil, com a Nestlé e a Itap-Bemis, barrinhas de cereais com um filme monocamada de altissima barreira selado por cold seal. E a Unilever Brasil já vinha pesquisando esta estrutura nas suas linhas de sopas e caldos. Engº Paulo Caetano Suporte e Processos Majicplast Embalagens Ltda São Paulo, SP O autor da matéria, Guilherme Kamio, responde: 1) Sobre a mesma estrutura do filme ter sido desenvolvida há quatro anos (será que foi para o mesmo tipo de produto?),

ocorre, como já aconteceu outras vezes, de não dispormos da informação, seja por falha nossa, seja, como é freqüente, por ausência de comunicação do fato por parte das empresas; 2) O texto não diz em momento algum que a troca de estrutura é “a última grande cartada da Unilever fora do Brasil”; diz apenas que a nova estrutura está se impondo sobre outra que por mais de trinta anos vigorou na empresa; 3) A matéria fala de substituição de foil

de alumínio, e não de poliéster, por filme metalizado de BOPP; as comparações entre os desempenhos dos filmes tiveram aval da própria Unilever americana. Apenas reproduzimos o “testimonial” que chegou à redação. 4) Sobre os desenvolvimentos de estruturas similares para outros produtos, como barras de cereais, a matéria foca o segmento de alimentos desidratados como noodles (lámen), sopas e similares, e vendidos em envelopes (pouches).

nº 82 • junho 2006

20

32 40 42 44 45 50 3

Reportagem de capa: Tampas

Materiais translúcidos e com pigmentações vibrantes ditam tendências visuais no mercado de fechamentos

Decoração

In-mold decoration quer conquistar usuários no mercado de embalagem

58 60 64 66 67 68

Diretor de Redação Wilson Palhares [email protected]

Flexíveis

Estréia da Bertin em pratos prontos abre espaço aos retortable pouches

Reportagem Flávio Palhares [email protected]

Entrevista: Carlos Anjos

Guilherme Kamio

Professor da Unicamp fala sobre suspeitas envolvendo PET reciclado

[email protected]

Leandro Haberli Silva [email protected]

Plásticas

Livia Deorsola

Empresa ítalo-brasileira lança embalagens para transporte de químicos

[email protected]

Departamento de Arte Carlos Gustavo Curado (Diretor de Arte)

Plásticas

Cesta para colheita reduz perdas e melhora imagem de figos

[email protected]

José Hiroshi Taniguti (Assistente)

Celulósicas

Administração Marcos Palhares (Diretor de Marketing) Eunice Fruet (Diretora Financeira)

Carnes ganham solução econômica e sofisticada em papelão

Departamento Comercial

Tecnologia

[email protected]

Garrafa com botões dá liberdade à indústria e ao consumidor

Karin Trojan Wagner Ferreira

Metálicas

Circulação e Assinaturas Marcella de Freitas Monteiro Raquel V. Pereira

Lata expandida de achocolatado inspira-se no troféu da Copa do Mundo

Celulósicas

Papel cartão antiumidade revigora as vendas dos sorvetes da La Basque

Vidro

69 82

Mercado

88

Mercado

Com arte de cartunista, cerveja que mistura pilsen e malzbier é lançada

Wheaton investe no segmento de miniaturas com spray

Pouches e latas de alumínio estão de olho nos pescados em conserva

[email protected] Assinatura anual: R$ 99,00

Energia

Público-Alvo

Crise do gás é comentada pelo superintendente da Abividro

EMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais que ocupam cargos de direção, gerência e supervisão em empresas integrantes da cadeia de embalagem. São profissionais envolvidos com o desenvolvimento de embalagens e com poder de decisão colocados principalmente nas indústrias de bens de consumo, tais como alimentos, bebidas, cosméticos e medicamentos.

Negócios

Projeto quer exportar produtos – e embalagens – para os EUA

Índice de Anunciantes Relação das empresas que veiculam peças publicitárias nesta edição

Filiada ao

Editorial

Impressão: Congraf Tel.: (11) 5563-3466

A essência da edição do mês, nas palavras do editor

4

EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da Bloco de Comunicação Ltda. Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo Antonio - CEP 04718-040 • São Paulo, SP Tel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463

Espaço Aberto Opiniões, críticas e sugestões de nossos leitores

10 Display Lançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens

Destaques e idéias de mercados estrangeiros

46 Panorama Movimentação no mundo das embalagens e das marcas

70 Conversão e Impressão Produtos e processos da área gráfica para a produção de rótulos e embalagens

90 Almanaque Fatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens

Filiada à FOTO DE CAPA: STUDIO AG - ANDRÉ GODOY

34 Internacional

www.embalagemmarca.com.br O conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA é resguardado por direitos autorais. Não é permitida a reprodução de matérias editoriais publicadas nesta revista sem autorização da Bloco de Comunicação Ltda. Opiniões expressas em matérias assinadas não refletem necessariamente a opinião da revista.

Revitalização sofisticada Nova vodca Orloff tem garrafa com detalhes craquelê e em alto relevo Em continuidade ao processo de revitalização da marca Orloff, iniciado em 2004, a Pernod Ricard Brasil estende a linha de vodcas e lança a Orloff Mix, variante que mistura à bebida aromas de limão, laranja e lima. Com design elaborado pela Usina Escritório de Desenho, a garrafa de vidro de 1 litro é da Owens-Illinois do Brasil e traz dois recortes em alto

relevo, um na parede frontal e outro na parte de trás da garrafa. Quando vistos de frente, os traços formam um “X” alusivo ao conceito mix do produto. Na parte superior, logo após o pescoço, a garrafa traz ainda uma faixa horizontal com textura do tipo craquelê (ranhuras). Para valorizar a transparência da embalagem, a decoração é feita em serigrafia em três cores.

Owens-Illinois do Brasil (11) 6542-8000 www.oidobrasil.com.br Usina Escritório de Desenho (11) 5571-6788 www.usinadesenho.com.br

Packs de ocasião Itap Bemis (11) 5516-2200 www.dixietoga.com.br Santa Rosa Embalagens (11) 3622-2300 www.santarosaembalagens.com.br Vitopel (11) 3089-5466 www.vitopel.com.br

Embalada pelas vendas de Páscoa, Marilan lança tortinhas em flexíveis Atenta à ressaca da Páscoa, quando vendas de doces permanecem em alta, a Marilan estréia sua família de biscoitos do tipo tortinha Doce Sabor, nos sabores chocolate, morango e limão. Os produtos são apresentados em envelopes de 160 gramas, produzidos com BOPP metalizado da Vitopel e impressos em rotogravura pela Santa Rosa Embalagens e pela Itap Bemis. A Marilan não informou quem assina o design das embalagens.

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Doces extensões Termoformados apóiam estréia de novas versões de Danette A linha Dannette, da Danone, acaba de ser incrementada com a chegada de dois novos sabores: Brigadeiro Branco e Chocolate com Avelã. Para as embalagens, desenhadas pela a10 Design, foram usados potes termoformados com chapa de poliestireno da Coexpan e rótulos de alumínio da Alcan, impressos em rotogravura até seis cores. O lançamento é nacional e se soma aos sabores Chocolate ao Leite e Chocolate Branco da série.

a10 Design (11) 3845-3503 www.a10.com.br Alcan (11) 5503-0722 www.alcan.com.br Coexpan (11) 4582-5029 www.coexpan-net.com

Soja explora conveniência Cartuchos dão cara a nova linha de pratos da Sadia

Melão em nova casca

Brasilgráfica (11) 4133-7777 www.brasilgrafica.com.br

Cadbury Adams repagina papel laminado de dropes Melão, sabor pouco usual na formulação de balas, é o preferido dos consumidores dos dropes Vita-C. É o que diz a Cadbury Adams, fabricante do produto, que o relança em novo envoltório, desenhado pela agência Job Design Gráfico e produzida a partir de papel parafinado e laminado com alumínio. A embalagem é impressa em rotogravura pela convertedora paulistana Inapel.

Team Créatif (11) 3704-6248 www.teamcreatif.com

Depois do boom das bebidas à base de soja, pode-se dizer que o grão alcançou mais um degrau na indústria brasileira de alimentos. Apostando numa extensão de sua linha Vita Light, a Sadia levou a soja ao mercado de refeições de conveniência. Em termos de embalagem, a recém-lançada Linha Sadia Vita Soja não difere dos demais pratos congelados vendidos pela empresa. Fornecidos pela

Brasilgráfica, os cartuchos de papel cartão trazem o alimento em bandejas celulósicas que podem ser levadas ao forno de microondas ou ao forno convencional. Na parte gráfica, as embalagens, desenhadas pela unidade brasileira da agência francesa Team Créatif, destacam refeições como lasanha à bolonhesa e ravióli de queijo. Os molhos são feitos com soja em vez de carne.

Inapel Embalagens (11) 6462-8800 www.inapel.com.br Job Design Gráfico (11) 5572-1399 [email protected]

O globo vermelho da Ouro Fino Água supercarbonatada, voltada ao preparo de drinques, é lançada em garrafa especial de PET Uma garrafa de PET esférica, pigmentada em vermelho, dá forma à água mineral gaseificada Red, novidade da Águas Ouro Fino. Trata-se de uma água supercarbonatada, voltada principalmente à elaboração de coquetéis. “Com a Red, queremos alcançar um público diferenciado”, diz Guto Mocellin, presidente da

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engarrafadora. A garrafa, de 300 mililitros, toma emprestado o formato da embalagem da água Ouro Fino Blue, de 5 litros, e é soprada pela SanPet, a partir de moldes fornecidos pela Engepack. Rótulos auto-adesivos da Novelprint, impressos em flexografia, decoram o frasco, fechado com tampa da Owens-Illinois do Brasil.

Engepack (11) 2149-8801 www.engepack.com.br Novelprint (11) 3768-4111 www.novelprint.com.br Owens-Illinois do Brasil (15) 3238-5300 www.oidobrasil.com.br SanPet Embalagens (48) 3629-0400 www.sanpet.com.br

Do pão à panela Em potes de vidro, geléias flertam com a gastronomia Aproveitando ventos favoráveis, que lhe renderam um crescimento de faturamento de 45% em 2005, Saint-Gobain Embalagens a Kiviks Marknad coloca (11) 3874-7482 www.sgembalagens.com.br no mercado a Tropical Gourmet, uma nova família Setprint de geléias finas chancelada (11) 2133-0007 www.setprint.com.br pela marca Queensberry. Em três versões – Cupuaçu Wheaton (11) 4355-1800 e Manga, Jabuticaba www.wheatonbrasil.com.br e Amora e Damasco e Maracujá – a linha não visa apenas a untar pães e torradas, mas também o Indexflex (11) 3618-7100 www.indexflex.com.br

uso na alta gastronomia, cada vez mais voltada aos pratos exóticos, preparados com temperos agridoces. As geléias ganharam potes de vidro personalizados, fornecidos pela Owens-Illinois do Brasil e pela Wheaton. Toda a decoração dos potes é feita com rótulos auto-adesivos impressos em off-set e por processo digital pela Indexflex e pela Setprint.

Aplicação mais fácil Opinião de doutores leva ao redesenho de frasco Por recomendação de veterinários, a embalagem do antiparasitário Amino-Vit, da Fort Dodge Saúde Animal, foi adaptada para facilitar a sua aplicação como medicamento injetável. Antes fabricados com polipropileno, os frascos agora são feitos de polietileno de baixa densidade (PEBD). Produzida pela Poly-Blow, a embalagem leva impressão em silk screen. O projeto visual foi elaborado pela própria Fort Dodge. A fabricante não forneceu dados sobre a produção do cartucho do medicamento.

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Cereal para diabéticos Poly-Blow (11) 4178-0011 www.polyblow.com.br

Gráfica Romiti (11) 6165-1514 [email protected]

Cartuchos da marca Fibre 1, da Nestlé, destacam selos da Anad Duas novidades foram anunciadas pela Nestlé para seu cereal Fibre 1, que promete fornecer a cada porção 53% da necessidade diária de ingestão de fibras de um adulto. Nas embalagens, produzidas com aplicações de alto relevo pela Gráfica Romiti, foram impressos selos da Associação Nacional de Assistência ao Diabético (Anad). Os carimbos indicam que o produto, no organismo do portador de diabetes, ajuda a retardar a absorção de carboidratos e glicose, diminuindo a hiperglicemia após a alimentação. O design gráfico da embalagem, no entanto, ainda não foi adaptado ao novo direcionamento: sem um redesenho específico, as caixas cartonadas continuam estampando uma cena típica de café da manhã com cereais.

E venceram as caixinhas Após testes, Play Max, linha de sucos para crianças da Del Valle, escolhe Tetra Classic

Duas novas grifes de lámens Basilar e Isabela estréiam na área em envelopes de BOPP

Converplast (11) 6480-4477 www.converplast.com.br M Design (11) 3839-0969 www.mdesign.com.br

Os mais de 500 milhões de reais já movimentados pelo mercado de macarrões instantâneos no Brasil (dado da ACNielsen) incentivaram a Adria Alimentos a lançar duas novas linhas do gênero, Basilar e Isabela. Os produtos das marcas são acondicionados em envelopes de BOPP laminados com polipropileno, produzidos pela Converplast através de impressão rotográfica em oito cores, com detalhes em hot stamping. A criação visual das embalagens coube à M Design.

A fim de lançar uma nova linha de sucos para o público infantil, a Play Max, a Del Valle realizou testes com garrafas de PET e de vidro, pouches e embalagens longa vida. Por serem mais práticas, segundo conclusão da Del Valle, as caixinhas foram as escolhidas, mais especificamente as do modelo Tetra Classic

Aseptic, da Tetra Pak. As embalagens levam impressão FotoProcess, que, no design criado pela Seragini/Farné, destaca imagens dos personagens Jack e Kelly, mascotes do produto.

Seragini/Farné (11) 2101-4300 www.seraginifarne. com.br Tetra Pak (11) 5501-3200 www.tetrapak.com.br

Medley dá uma geral nos genéricos Laboratório reformula as apresentações de 21 medicamentos OTC A Medley Indústria Farmacêutica investiu quase 1 milhão de dólares para renovar as embalagens secundárias de seus medicamentos genéricos OTC (over the counter, ou livres de prescrição médica). A mudança pretende dar maior clareza às informações sobre indicações e posologia dos produtos. Tocado pela Future Brand, o redesign abrange 21 itens em genéricos

de venda livre. Os novos cartuchos dos remédios, com papel cartão da Suzano, são convertidos pelas gráficas Mácron, Emibra, Emepê e Magistral. Os genéricos OTC já representam cerca de 10% do mercado brasileiro e movimentam cerca de 2 bilhões de reais por ano. A Medley pretende lançar 25 novos produtos nessa área ainda em 2006.

Emepê Indústria Gráfica e Comércio (11) 3826-8300 www.graficaemepe.com.br Emibra (11) 4748-2199 www.emibra.com.br Future Brand (11) 3821-1166 www.futurebrand.com Mácron Indústria Gráfica (11) 4393-8366 www.macron.com.br Magistral Impressora Industrial (41) 2141-0408 www.magistralimpressora.com.br

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F/Nazca (11) 3059-4800 www.fnazca.com.br Rigesa (19) 3707-4082 www.rigesa.com.br

Do tamanho da expectativa Skol lança pack com 28 latas para a Copa do Mundo Apostando na dobradinha futebol-cerveja, a AmBev lança uma embalagem inédita para a cerveja Skol, voltada à Copa do Mundo. Trata-se do Redondaço, um pack com 28 latas de 350 mililitros da cerveja que desce redondo. A embalagem tem uma alça para facilitar a vida do consumidor. Serão 5,6 milhões de latas embaladas

em packs montados manualmente, com formato octogonal. O Skol Redondaço está disponível nos estados de São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e em Brasília. As multipacks, de papel cartão, são produzidas pela Rigesa, com design da agência de publicidade F/Nazca.

A Copa de Smirnoff Vodca líder ganha rótulos verde-amarelos A vodca Smirnoff, da Diageo, e todas as suas extensões de linha – Smirnoff Caipiroska, Smirnoff Ice (long neck) e Smirnoff Ice Black (long neck) – ganharam rótulos temáticos para a Copa do Mundo. Num desenho da Art Contrast, o brasão da marca ganhou as cores

verde e amarela e seis estrelas, numa alusão à busca ao sexto título mundial. “É a primeira vez que a marca altera a embalagem em um país”, diz Walter Celli, gerente de marketing de Smirnoff. Os rótulos comemorativos são da Gráfica 43, de Blumenau (SC).

Art Contrast (11) 3758-2277 www.artcontrast.com.br Gráfica 43 (47) 3221-1200 [email protected]

Morena com a bola toda Garrafa da cerveja La Brunette tem rótulo temático para a Copa

EP Adesivos (51) 3347-3911 [email protected]

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Até a pin-up (modelo típica dos antigos calendários) presente no rótulo auto-adesivo da garrafa da cerveja artesanal La Brunette, da gaúcha Schmitt Bier, resolveu se vestir a caráter para a Copa do Mundo. A morena está trajando o uniforme canarinho no rótulo comemorativo, impresso em flexografia pela EP Adesivos, de Porto Alegre.

reportagem de capa >>> sistemas de fechamento

A vez dos fecha Tampas translúcidas e com cores vivas estimulam consumo de resinas com pigmentos e aditivos especiais Por Leandro Haberli



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ai longe o tempo em que embalagens e seus sistemas de fechamento carregavam o estigma de “mal necessário”. Tampas, lacres e acessórios de vedação podem hoje fazer muito mais do que proteger os produtos acondicionados. Não é preciso ser especialista para saber que esses acessórios de acondicionamento assumiram papel central nas estratégias de diferenciação frente à concorrência. Por mais elementar que seja, essa idéia ajuda a entender uma notável tendência do atual mercado de fechamentos: a exploração de apelos que não se situam necessariamente no campo da funcionalidade e da conveniência. Tome-se o exemplo do crescente uso de fechamentos plásticos transparentes, visível em mercados como o de bebidas, alimentos e personal care. Ao oferecer inovações visuais às quais

não se dava grande importância pouco tempo atrás, as tampas transparentes já são vistas como aquele algo mais capaz de influir na decisão de compra. Ademais, vêm acelerando no mercado de transformação a demanda por resinas especiais, acrescentadas de novas gerações de clarificantes e aditivos. “As tampas transparentes podem ser uma ferramenta adicional para chamar a atenção do consumidor”, defende Claudia Kaari Sevo, gerente no Brasil da linha de aditivos para polímeros da Milliken, importante fornecedora de especialidades químicas para embalagens plásticas. A empresa oferece aos transformadores produtos como o clarificante Millad 3988, uma de suas especialidades desenvolvidas para garantir a transparência de peças de polipropileno (PP). Aditividas, elas são oferecidas no mercado de

embalagem como uma alternativa ao vidro ou a outros polímeros transparentes, caso do PET.

Tábua da lei No caso específico dos sistemas de fechamento, o PP clarificado traz a possibilidade de destaque num universo em que prevalecem itens opacos. De fato, a idéia de que tampas transparentes podem ajudar a ganhar market share e multiplicar os lucros começa a ser vista como tábua da lei na ponta do varejo. No setor de alimentos, um dos principais mercados para tampas produzidas com PP clarificado tem sido o de margarinas. “A transparência evidencia a qualidade do produto, passa credibilidade ao consumidor e pode ajudar a criar appetite-appeal”, assinala Ângela Mormul, gerente de marketing da Huhtamaki, um dos grandes transformadores de embalagens plásticas do mercado de margarina. Para ela, a adoção de sobretampas plásticas transparentes no setor aconteceu “naturalmente”. “Pouco tempo atrás, o cover-leaf, aquela cobertura de papel aluminizado que protegia a margarina sob a tampa, não continha imagem ou mensagem ao consumidor”, lembra Ângela. Mais recentemente, ela prossegue, esse componente começou a ser explorado como um novo espaço para comunicação. “A fim de enriquecer o contato com o consumidor e fortalecer a marca, os fabricantes de margarina passaram a dar preferência a sobretampas transparentes”, conclui a gerente de marketing da Huhtamaki.

Outras teorias ajudam a explicar o fenômeno. A possibilidade de visualizar a quantidade de produto remanescente na embalagem após sua abertura é uma delas. Afora os motivos, o fato é que os transformadores de embalagens plásticas têm solicitado de forma crescente resinas calcadas no apelo da transparência especialmente para produção de fechamentos. “Com os clarificantes, o visual das tampas fica mais agradável”, reforça Rui Juliani, gerente de projetos e desenvolvimento da Emplal Embalagens Plásticas. A empresa fornece os acondicionamentos da linha de margarinas Cyclus, da Bunge Alimentos, cujas sobretampas plásticas também são feitas de PP clarificado com especialidades da Milliken. A Emplal fabrica ainda sobretampas plásticas com clarificantes para a linha Philadelfia, de queijo cremoso da Kraft, e para diferentes marcas de maioneses vendidas em potes plásticos. No mercado de margarinas, quem também usa especialidades da Milliken é a Dixie Toga, fabricante das embalagens da linha Qualy, da Sadia. No ramo de cosméticos, o uso de tampas clarificadas também ganha força. Desodorantes dos tipos roll-on e stick e géis fixadores para cabelo estão entre os contemplados com fechamentos obtidos a partir de PP translúcido por meio de aditivos. Nesses casos, a tendência pode ser atribuída ao apelo clean que os consumidores associam à cristalinidade das tampas, através das quais é possível visualizar cores e formatos das

STUDIO AG – ANDRÉ GODOY

COMUNICAÇÃO – Em margarinas, sobretampas transparentes revelam selos metálicos mais aprimorados

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válvulas e dos aplicadores.

O valor da cor Outra tendência importante nas novas alternativas visuais de sistemas plásticos de fechamento diz respeito ao uso de corantes poliméricos aliados a soluções de clarificação. Resumidamente, a idéia é dar ainda mais força aos apelos de venda do PP clarificado, abrindo mercado para novas tecnologias de pigmentação. Recurso semelhante foi abraçado pela Colgate-Palmolive, que vem usando tampas transparentes coloridas em produtos da linha Aroma Therapy. No aerossol do desodorante Soft & Gentle, a empresa optou por um fechamento vermelho, mesmo tom da litografia das latas. Já no gel para banho, tonalidades semi-fosforescentes sintonizadas com a cor dos frascos PET ajudam a destacar os fechamentos flip-top. Nos dois casos, os pigmentos não prejudicam a transparência do PP clarificado. Ante a tendência de união entre tonalidades marcantes e estruturas transparentes, a Clariant, outra gigante de especialidades químicas que tem forte atuação no mercado de embalagens, fez no ano passado uma parceria com a própria Milliken. O acordo prevê produção e comercialização da linha Remafin Cleartint de masterbatches elaborados a partir de corantes poliméricos transparentes para polipropilenos clarificados com tecnologia da Milliken.

FOTOS: STUDIO AG – ANDRÉ GODOY

TENDÊNCIA – Cristalinidade é associada a apelo clean no mercado de cosméticos

24 >>> EmbalagemMarca >>> junho 2006

VIBRANTE – Tonalidades vivas destacam tampas feitas de PP clarificado

“Com o acordo, a Clariant se tornou fabricante exclusivo dos concentrados de cor Remafin Cleartint para o mercado latino-americano”, informa Alessandra Funcia, coordenadora de marketing da empresa. Com a tecnologia de corantes poliméricos da Milliken, a Clariant vem fabricando masterbatches transparentes em suas cinco plantas de produção na América Latina. “A combinação do know-how da Milliken para produzir cores verdadeiramente transparentes para PP com a experiência largamente demonstrada pela Clariant como fornecedora de masterbatches trouxe para a indústria de PP da América Latina um produto altamente confiável, a custo acessível”, define a executiva. O foco da parceria ultrapassa o mercado de cosméticos. Os produtos Remafin Cleartint já estão sendo usados na produção de fechamentos para bebidas. Os aditivos e pigmentos serviram a modelos padrão de tampas plásticas produzidas pela Alcoa para os mercados de sucos e águas minerais. As especialidades ainda são usadas nas tampas, também da Alcoa, da água mineral Petrópolis Paulista. Esta empresa, aliás, foi a primeira do mercado brasileiro de bebidas a utilizar a tecnologia da Milliken e da Clariant para tampas coloridas com aspecto transparente. “A transparência confere uma imagem mais nobre e elegante, ideal para produtos premium”, observa Rodolfo Haenni, coordenador de

Aborrecimentos antigos em xeque

BEBIDAS – Alcoa fornece tampas clarificadas no mercado de águas minerais premium. Abaixo, fechamentos com glitter produzidos pela empresa

Novos fechamentos para cosméticos eliminam respingos e favorecem praticidade

FOTOS: DIVULGAÇÃO

STUDIO AG – ANDRÉ GODOY

E

marketing da Alcoa CSI América do Sul. O executivo lembra ainda que a Alcoa não oferece apenas tampas transparentes ou translúcidas. Segundo ele, a empresa dispõe de variadas técnicas e opções para ações promocionais através de fechamentos. “Temos outros efeitos especiais, como cores metálicas e tampas com glitter, que certamente diferenciam as embalagens no ponto-de-venda”, resume Haenni. Além do visual chamativo, outros apelos podem impulsionar a adoção de embalagens coloridas produzidas com clarificantes e pigmentos especiais. Segundo Alessandra Funcia, da Clariant, as novas gerações de especialidades facilitam o uso de tampas, frascos e rótulos feitos do mesmo material. Tal característica pode vir a ser um argumento de vendas no atendimento a empresas com preocupação ambiental, já que embalagens monoproduto são reconhecidas como mais fáceis de reciclar. “Além disso, os pigmentos utilizados são atóxicos, não representando impactos para o ambiente”, completa a executiva da Clariant. 26 >>> EmbalagemMarca >>> junho 2006

nquanto clarificantes e corantes poliméricos trazem a proposta de incorporar novas possibilidades visuais aos sistemas de fechamento, desenvolvimentos recentes focados no mercado de cosméticos destacam tarefas mais conhecidas das tampas. Entre elas, os novos sistemas de fechamento anunciados para itens de beleza, perfumaria e higiene pessoal visam, acima de tudo, evitar sujeira e simplificar a rotina dos consumidores. É o caso da tampa Slide Cap, recentemente anunciada pela Indeplast, que fabrica acessórios e embalagens plásticas injetadas e sopradas, além de rótulos plásticos e lacres termoencolhíveis. Com a proposta de oferecer um novo bico aplicador para frascos de condicionador e cremes para pentear, a empresa desenvolveu um fechamento feito de duas peças (base e sobretampa) a partir de injeção de polietileno de alta densidade (PEAD). Com um sistema de abertura simples, baseado em giro axial de um quarto de volta, o produto dispensa o uso de acessórios cortantes para sua abertura. Essa por si só já é uma diferença considerável em relação aos bicos aplicadores tradicionalmente vistos nas embalagens de cremes para pentear, que não raro precisam de tesouras para ser abertos. Após o uso, um “click” indica ao consumidor o momento em que a Slidecap é fechada. “Além de eliminar elementos cortantes, essa tampa surgiu para resolver problemas de vazamento”, resume Gilberto Pelicia, coordenador de pesquisa e desenvolvimento da Indeplast. Segundo ele, essa é uma reclamação constante das consumidoras, agravada pelo fato de que muitas carregam os produtos para tratamento de cabelo na bolsa, onde

AVANÇO – Indeplast oferece bico aplicador para cremes de pentear que dispensa instrumentos cortantes e evita vazamentos

pequenos vazamentos podem causar grandes estragos. Lançada neste mês, a Slidecap levou um ano para ser desenvolvida.

Mais uma dose

CONTROLE NA SAÍDA – Aplicável em tampas flip-top, válvula de silicone da Seaquist Closures elimina respingos. Pouco disseminada aqui, lá fora solução já é usada em cosméticos, alimentos e bebidas

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Já disseminada lá fora, a tecnologia de válvula de silicone também promete fazer barulho no mercado de fechamentos para cosméticos e itens de beleza e higiene pessoal. Quem está oferecendo o produto no Brasil é a Seaquist Closures, que patenteou sua válvula de silicone com a marca SimpliSqueeze. Aplicável na estrutura interna de tampas flip-top, na região do orifício de aplicação, a solução também foi desenvolvida para evitar vazamentos. Porém, a válvula vai além, gerando maior controle sobre o fluxo de saída e oferecendo ao consumidor a possibilidade de dosar de modo preciso a quantidade de produto retirado da embalagem. Como explica Rodrigo Teixeira, gerente de contas da Seaquist Closures Brasil, a válvula SimpliSqueeze entra em funcionamento quando o frasco é pressionado. “Nesse momento, ela se abre, permitindo que o produto seja dispensado”, descreve Teixeira. Assim que a pressão na embalagem pára, a válvula corta o fluxo, eliminando respingos, sujeira ou restos de produto no lado externo da tampa. “Nas embalagens invertidas, dispostas com as tampas para baixo, a válvula SimpliSqueeze é ideal”, ressalta o gerente da Seaquist Closures. Além de produtos viscosos e líquidos, a válvula de silicone pode ser usada para talcos

e cremes dentais. Na verdade, as aplicações possíveis não são restritas ao mercado de cosméticos. Segundo o fabricante, a válvula funciona com praticamente qualquer tipo de produto. Detergentes, desinfetantes, amaciantes, isotônicos, molhos para salada, mostarda, maionese e outros condimentos também estão na mira da Seaquist Closures. “Inicialmente as tampas flip-top são a melhor opção para o uso da válvula, mas no mercado internacional já existem produtos utilizando-a das mais diversas maneiras”, completa Rodrigo Teixeira. A oferta de novos sistemas de fechamento também promete movimentar o mercado de bisnagas e tubos plásticos, que tem no segmento de cosméticos seu principal filão. Dominado por tampas de rosca, o setor assistiu recentemente à chegada de uma nova alter-

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Sinal vermelho para gatunos A grande vantagem do sistema, acredita Fábio Yassuda, diretor comercial da empresa, está na inviolabilidade. Enquanto nas tampas de rosca “não adianta colocar lacres termoencolhíveis, já que basta desrosqueá-las para abrir a embalagem”, na snap-on o sleeve efetivamente protege contra violações. “Só é possível abrir uma bisnaga dotada de tampa snap-on e lacre termoencolhível rompendo o sleeve”, enfatiza Yassuda. A snap-on da C-Pack, diga-se, não é a primeira tampa de encaixe para tubos plásticos oferecida no Brasil. Empresas como a Cebal, hoje divisão de tubos da Alcan Packaging, já forneceram esse tipo de produto no país. “Mas nossa tampa usa menos matéria-prima, pois é produzida em injetoras e moldes de alta produtividade”, assegura Fábio Yassuda. Atualmente a C-Pack possui três injetoras da marca canadense Husky. A aquisição de pelo menos uma nova máquina está planejada para este ano. Quanto aos moldes, são fornecidos pela Btomec Ferramentaria e Usinagem de Precisão, de Santa Catarina. Para o executivo da C-Pack, dadas suas vantagens, que de quebra incluem visual mais limpo, livre de aletas, a tendência é que os fechamentos de encaixe passem a responder pela maior parte do mercado brasileiro de bisnagas plásticas. “As tampas de rosca só continuarão a existir porque muitos fabricantes ainda compram tubos plásticos com fundo já selado”, diz Yassuda, referindo-se aos usuários que fazem o enchimento das embalagens pelo bico, num processo menos automatizado. Nesse nicho, responsável por 30% do mercado brasileiro de bisnagas plásticas, as snap-on não seriam indicadas. Em último caso, o lançamento da tampa de encaixe representa para a C-Pack o passo mais importante dado desde o início, há um ano e meio, de sua estratégia de injeção de tampas plásticas de polipropileno (PP). Até então a empresa comprava o acessório de terceiros, em especial da Igaratiba, importante player do mercado de embalagens plásticas. A parceria 30 >>> EmbalagemMarca >>> junho 2006

Alcoa CSI América do Sul (11) 4134-2545 www.alcoacsi.com

Clariant (11) 5683-7848 www.cleartint.com C-Pack (11) 5562-8671 www.c-pack.com.br Emplal (11) 4186-9700 www.emplal.com.br Huhtamaki (41) 3661-1010 www.huhtamaki.com.br

Igaratiba (19) 3821-8000 www.igaratiba.com.br Indeplast (11) 6806-5000 www.indeplast.com.br Milliken (11) 3043-7949 www.millikenclarity.com Seaquist Closures (11) 4143-8909 www.seaquistclosures.com

LIMPEZA – Nova snap-on para bisnagas (foto do alto) é livre de aletas

SEGURANÇA – Com lacres termoencolhíveis (detalhe), tampas de encaixe da C-Pack são invioláveis

Btomec (47) 3436-0600 www.btomec.com.br

Husky (11) 4589.7213 www.husky.ca

DIVULGAÇÃO

continua, mas a idéia, agora, é verticalizar a produção de fechamentos para bisnagas. “Até o final do ano investiremos no desenvolvimento de seis novos moldes de tampas”, adianta Yassuda. Seja revelando novas possibilidades visuais, inovações funcionais ou estratégias de mercado, os lances do mercado de sistemas de fechamento servem para confirmar uma antiga teoria: a de que tampas, lacres, selos e acessórios de vedação constituem hoje uma arma de vendas tão importante quanto a embalagem, o produto e a própria marca. Num panorama em que os consumidores exigem cada vez mais das tampas, é natural que os fabricantes se movimentem e ofereçam novas possibilidades de diferenciação. No mercado de embalagens, tampas, em suma, também são essenciais para fechar bons negócios.

FOTOS: STUDIO AG – ANDRÉ GODOY

nativa de fornecimento de tampas snap-on, ou de encaixe, no mercado brasileiro. O anúncio foi feito pela C-Pack, um dos principais fornecedores de tubos plásticos do país.

plástico >>> decoração

Efeito indelével sem fusão In-mold decoration quer ser nova alternativa de acabamento de embalagens

U

ma fita de poliéster, impressa ou metalizada, é posicionada nas cavidades de um molde de injeção plástica. Quando a injeção é feita, calor e pressão transferem os pigmentos ou a metalização para a superfície plástica. Esse é o princípio básico do chamado in-mold decoration (IMD), processo de decoração e acabamento para peças plásticas feito de modo simultâneo à injeção. Mais difundida na Europa, tal técnica começa a ganhar espaço no mercado brasileiro. O IMD tem entre seus potenciais mercados a decoração de aparelhos celulares, peças automobilísticas e eletrodomésticos. No segmento de embalagens, principalmente frascos e tampas de cosméticos (como a que ilustra esta página) estão na mira da tecnologia. Até pela semelhança de nome, o método pode causar certa confusão com os já famosos in-mold labels (IMLs), aqueles rótulos aplicados em embalagens plásticas no momento do seu sopro ou injeção. Pode-se dizer que a diferença entre um e outro processo resume-se a uma questão de fusão. Enquanto no IML o substrato do rótulo (normalmente filmes plásticos de polietileno ou polipropileno) se funde à embalagem, no processo IMD, a fita de poliéster é rebobinada após o fim da injeção, já sem os pigmentos ou a metalização. Ela, portanto, não é incorporada à peça plástica, como ocorre com os IMLs.

“O IMD traz a vantagem de permitir um registro muito preciso”, ressalta Claudio Sthamer, diretor-geral da Kurz do Brasil, empresa que oferece a tecnologia no país. Ele acrescenta que apenas finas camadas de pigmentos são transferidas à peça plástica, abrindo a possibilidade de metalização parcial. “A tecnologia IMD também se destaca pela flexibilidade”, completa Sthamer, afirmando que a decoração pode ser feita em diversos tipos de plásticos, como polipropileno, poliestireno, e ABS. As películas podem ser fabricadas com imagens contínuas, trazendo, por exemplo, efeitos que imitam madeira, aço escovado, ou carbono, ou com imagens personalizadas em até nove cores. “O verniz especial utilizado pela Kurz na fabricação das películas IMD garante resistência química, a abrasão, além de alto brilho e excelente definição das imagens”, destaca Claudio Sthamer. O dispositivo para alimentação e posicionamento da película no molde deve ser adquirido pela empresa que fará o trabalho de injeção da peça. Ao proporcionar brilho e acabamentos especiais, acredita-se que, futuramente, o IMD possa até substituir etiquetas, rótulos e outros métodos tradicionais de decoração de embalagens. (LH) Kurz do Brasil (11) 3871-7340 www.kurzdobrasil.com.br

STUDIO AG – ANDRÉ GODOY

TRANSFERÊNCIA – A partir de fitas de poliéster, técnica estampa em peças plásticas injetadas pigmentos ou metalizações

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Os destaques do jubileu Premiados da 50a edição do FPA Awards demonstram como inovar em flexíveis

U

m dos mais prestigiados prêmios mundiais das entidades de classe ligadas ao setor de embalagens, o FPA Awards, da Associação Americana de Embalagens Flexíveis

(Flexible Packaging Association), comemorou neste ano sua 50ª edição. Num serviço que serve no mínimo como referência para produtoras e usuárias brasileiras de embalagens do mesmo gênero, EMBALAGEMMARCA

mostra a seguir alguns dos destaques entre os vencedores do concurso, divulgados em março último. Uma lista mais abrangente dos projetos laureados pode ser acessada no site da FPA (www.flexpack.org). (GK)

Hidratação mais fácil Prêmio Especial em Excelência em Embalagem (também Ouro em Impressão) Destacado numa edição anterior de EMBALAGEMMARCA (nº 75, novembro de 2005), o Gleukos, um isotônico formulado com glicose, foi lançado num stand-up pouch com formato de ampulheta, o que permite sua colocação em pochetes esportivas e facilita o manuseio pelo consumidor. O pouch, da Ampac Flexibles (www. ampaconline.com), é dotado do fechamento Smart Spout, que impede vazamentos da bebida e facilita o consumo direto na embalagem. O perfil inovador, a eficiência de seu fechamento e a qualidade da impressão garantiram o prêmio máximo à embalagem da bebida.

Più bella idéia

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Ouro em Excelência em Embalagem

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Marca de renome quando se fala em massas, a italiana Barilla introduziu nos Estados Unidos um conceito inovador para vender seus molhos Restaurant Creations. Os produtos da linha consistem na união de dois frascos de vidro: um com extrato de tomate e outro com combinações de especiarias para refogálo. A embalagem que garante o

casamento dos dois compartimentos num só produto é um rótulo termoencolhível. Feito de filme termoencolhível de PETG (PET aditivado com glicol), com espessura de 50 micra, ele leva impressão reversa em oito cores na divisão de flexíveis da Alcoa ( www.alcoa.com/flexiblepackaging) e reforça o apelo premium aos molhos.

Apelo maior, tempo de preparo menor Ouro em Inovação Técnica Criado pela divisão de embalagens para alimentos da Cryovac (www. cryovac.com.br), a Simple Steps é uma embalagem com sistema de fácil abertura para cozinhar vegetais

frescos ou congelados a vapor, em até dois minutos, no forno de microondas. Num sistema a vácuo, o filme plástico do tipo skin amolda-se à bandeja conjugada e ao formato dos vegetais, ampliando o apelo mercadológico dos produtos e sua vida-de-prateleira. Segundo a Cryovac, a Simple Steps pode ser aplicada em embalagens de qualquer tamanho, sejam para o varejo ou para o canal de food service.

Suporte para guarnição saudável Ouro em Inovação Técnica lançar o Apple Dippers, uma porção de pedaços sem pele de maçãs in natura. Uma tecnologia de microperfuração permite ao conteúdo da embalagem respirar e promove o frescor da fruta por até dez dias. Um selo abre-fácil torna a embalagem amigável ao público infantil.

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A vontade – ou necessidade, como muitos vêem – de engordar o cardápio de opções light e saudáveis fez o McDonald’s recorrer à Printpack (www.printpack.com) para

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Solução “cool” Ouro em Inovação Técnica (também Prata em Excelência em Embalagem) Já familiar ao leitor de EMBALAGEMMARCA, tendo sido objeto de reportagens anteriores e estreado no Brasil numa edição limitada de latinhas da cerveja Skol, no verão passado, o rótulo isolante Cool2Go, desenvolvido pela DuPont (www.dupont.com. br), é capaz de proteger bebidas do calor das mãos do consumidor e do ambiente. O envoltório térmico é produzido a partir de um filme isolante, o Thermolite, ensanduichado entre duas camadas do filme de poliéster Melinex, da DuPont Teijin Films. O Cool2Go já é utilizado por uma série de bebidas nos mercados americano e canadense e pode ser empregado tanto em latas quanto em garrafas.

O GAÇÃ FOTOS: DIVUL

Respiro para todos os elos Ouro em Excelência em Embalagem e em Inovação Técnica Vegetais frescos para preparo em microondas ganharam da Amcor Flexibles (www.amcor.com) um stand-up pouch especial, que “respira” quando no forno, permitindo um cozimento ideal. Trata-se do SelfVent, uma solução que distribui benefícios à indústria, ao varejo e ao consumidor. O consumidor ganha com a preservação das vitaminas

e com o maior sabor dos vegetais, aliados ao fácil preparo. Varejistas ganham impacto visual e percepção de qualidade na seção de produtos hortigranjeiros, diminuem desperdícios e vêem-se livres da sujeira típica das vendas a granel. Para os fabricantes, os ganhos são maior shelf life e maior valor agregado aos produtos.

Projeto sem escorregões Ouro em Excelência em Embalagem O Ice Enemy, da Day Saver, consiste em cristais de cloreto de cálcio para derreter o gelo formado em calçadas, escadas, sacadas, jardins e outras superfícies durante os rigorosos invernos americanos, evitando assim acidentes e preservando projetos paisagísticos. Para facilitar a aplicação pelo consumidor, a Flex Pack (www.flexpackusa.com) criou um pouch com uma alça, que permite ao consumidor espalhar os grânulos do produto sacudindo a embalagem. O bocal do envoltório é dotado de um zíper, o que permite o armazenamento do produto para uso paulatino. junho 2006 <<<

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metálicas >>> alimentos

Para erguer e consumir Lata de achocolatado em pó imita formato da taça do Mundial de Futebol

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CANECO DOURADO – Tintas esmaltadas em altas temperaturas dão brilho especial a lata do achocolatado DIVULGAÇÃO

raças a um novo produto de marca própria do Pão de Açúcar, agora o torcedor mais fanático poderá imitar o gesto imortalizado pelo capitão brasileiro Bellini, em 58, e erguer a copa do Mundial de Futebol em casa. Ocorre que o formato do troféu mais cobiçado no mundo do futebol, criado pelo artista italiano Silvio Gazzaniga e adotado a partir da Copa de 1974, serviu de inspiração para a agência Packing Design criar a lata de aço expandida que acondiciona uma edição limitada do Achocolatado Pão de Açúcar. Produzida pela Companhia Brasileira de Latas (CBL) com chapa de folha-de-flandres da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a “embalagem bijuteria” destaca em seu visual as bandeiras dos 32 países participantes da edição de 2006 do torneio. “Foi uma forma de condensar a simbologia do objeto, conquistado apenas por um time, mas que congrega a esperança de todos os outros”, explica o designer Fabio Mestriner, diretor da Packing Design. Para auxiliar a emulação da taça, um alto brilho sobressai na impressão litográfica do recipiente. Conforme detalha Mestriner, trata-se do resultado da aplicação de tintas especiais, esmaltadas em altas temperaturas. A série comemorativa terá tiragem de 30 000 unidades de uma versão de 350 gramas, vendida a 2,75 reais em lojas de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Uma versão de 400 gramas será oferecida apenas nas redes Extra, CompreBem e Sendas, integrantes do Grupo Pão de Açúcar/Companhia Brasileira de Distribuição. Ambas as latas são fechadas por tampas plásticas da Sonoco For-Plas. O projeto do Achocolatado reedita o trabalho sinérgico entre o Pão de Açúcar, a CSN e a CBL, realizado anteriormente para a criação das embalagens da linha de óleos de mesa do Pão de Açúcar, lançada no ano passado. “Temos obtido resultados positivos ao unirmos os elos das cadeias de valor de embalagens, como importantes prêmios nacionais e internacionais antes só conquis-

CBL (11) 6090-5005 www.cbl.ind.br CSN (11) 3049-7100 www.csn.com.br Packing Design (11) 3074-6611 www.packing.com.br Sonoco For-Plas (11) 5097-2750 www.sonocoforplas.com.br

tados pela indústria”, afirma Iorley Lisboa, gerente de desenvolvimento de embalagens do Grupo Pão de Açúcar. “Embora tenha um custo mais elevado do que das latas tradicionais, de formato cilíndrico, a nova lata expandida do achocolatado destaca o produto e dá outro status à marca própria”, entende Walter Pirró, gerente de novos negócios da CBL. Apostando em bons ventos para as latas de perfis diferenciados, no fim de 2005 a CBL investiu 3 milhões de reais em máquinas e equipamentos para ampliar seu parque industrial de latas expandidas. Tais embalagens são hoje responsáveis por cerca de 2% do faturamento da empresa. (LD)

celulósicas >>> sorvetes

Adeus aos desmanches

STUDIO AG – ANDRÉ GODOY

Cartuchos antiumidade reafirmam a alta nobreza dos sorvetes La Basque

INTEIROS – Papel cartão especial evita devoluções e problemas de imagem

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radicional produtora de sorvetes finos, a La Basque só despertou recentemente para um detalhe em suas embalagens que conflitava com a desejada percepção como marca nobre pelo consumidor – posicionamento explicitado até pelo slogan da empresa, “The Premium Ice Cream”. Até pouco mais de um mês atrás, os sorvetes da empresa, primariamente acondicionados em potes plásticos, chegavam ao varejo em cartuchos construídos com papel cartão convencional. Sem tratamento anti-higroscópico, isto é, contra a absorção de umidade, os cartuchos muitas vezes acabavam por se desmanchar nos freezers dos supermercados. “Resolvemos mudar”, conta Daniela Soares, do departamento de marketing da La Basque. A mudança contemplou um aprimoramento na construção das embalagens. Dedicado ao acondicionamento de produtos congelados ou vendidos sob refrigeração, o Bonfreezer, um papel cartão duplex da catarinense Bonet Madeiras e Papéis, passou a ser utilizado nos cartuchos dos sorvetes. De acordo 42 >>> EmbalagemMarca >>> junho 2006

Bonet Madeiras e Papéis (49) 3252-1122 www.bonetsc.com.br Congraf (11) 5563-3466 www.congraf.com.br

com Sérgio Lima, diretor da Nova Era, a representante dos produtos da Bonet em São Paulo, o Bonfreezer é capaz de impedir 90% da absorção de água graças a um componente químico agregado ainda no momento da preparação da sua massa. A fórmula desse aditivo é segredo industrial. Na gráfica paulistana Congraf, a fornecedora das embalagens da La Basque, os cartuchos ainda recebem um revestimento com resina plástica, após a impressão em off-set, para reforçar a sua impermeabilidade. Segundo João Carlos dos Santos, gerente de vendas da Congraf, 300 000 cartuchos são entregues por mês à La Basque. “Trata-se, por ora, de nosso único cliente na área de congelados”, aponta Santos. “Queremos ampliar o atendimento a tal segmento.” A intenção tem motivo. Segundo a ACNielsen, somente nos últimos cinco anos o mercado de alimentos congelados cresceu 253% no Brasil. “Embalagens confiáveis e de boa qualidade são vitais para que o segmento continue crescendo”, argumenta Sérgio Lima. (LD)

mercado >>> cervejas

Deu samba

ARTE – Desenho do cartunista Lan decora os rótulos de Mulata

Combinação de variantes escura e clara, Mulata propõe um novo gingado ao mercado de cervejas

C

antada em verso e prosa como símbolo da sensualidade brasileira, a mulata inspirou a Cintra a lançar uma cerveja inédita no país. Mistura das cervejas pilsen (clara) e malzbier (escura), a Mulata chega ao mercado sob uma identidade visual exótica, assinada pela Animus Design Estratégico com a participação de Lan, cartunista italiano radicado no Brasil há cinqüenta anos e assíduo colaborador de jornais e revistas nacionais. Com o toque da pena de Lan, a Mulata quer se destacar entre as marcas emergentes no mercado de cervejas. As três versões da cerveja mestiça – latas de alumínio da Rexam, garrafas de vidro de 600 mililitros e long necks, da Owen-Illinois do Brasil, fechadas com rolhas metálicas da Aro – destacam a silhueta da mulata estilizada por Lan em tons avermelhados. Os rótulos e gargalheiras das garrafas, em papel cervejeiro convencional e em papel metalizado, são impressos em off-set seis cores pela Makro Kolor e pela Dixie Toga. Também foram desenvolvidas multipacks para a nova cerveja, tanto as de filme plástico contrátil (shrink), fornecidas pela Packduque e pela Plastseven, quanto as de papel cartão (six packs), da Graphic Packaging.

Animus Design Estratégico (21) 2556-0777 www.animus.com.br Aro (11) 6462-7207 www.aro.com.br Dixie Toga (11) 6951-3322 www.dixietoga.com.br Graphic Packaging (11) 4589-4500 www.graphicpkg.com Krones (11) 4075-9504 www.krones.com.br Makro Kolor (11) 5683-8400 www.makrokolor.com.br Owens-Illinois do Brasil (11) 6542-8000 www.oidobrasil.com.br Plastseven (19) 3861-7351 www.plastseven.com.br Packduque (11) 4799-4949 www.packtec.com.br Rexam (21) 2104-3300 www.rexam.com.br

Tendo demandado investimentos de 2 milhões de reais para o seu lançamento, a Mulata chegará primeiro ao Rio de Janeiro, seguindo depois para São Paulo e Minas Gerais. De acordo com Alfredo Lourenço, gerente de marketing da Cintra, a novidade quer atender o consumidor que tem o hábito de pedir cervejas clara e escura e misturá-las, e também mudar a opinião dos bebedores mais ortodoxos, que julgam essa prática uma heresia. “Trata-se de uma mistura perfeita: nem doce, nem amarga”, afirma Isaías de Oliveira, mestre-cervejeiro da Cintra. Visando amolecer os adeptos das loiras geladas e das doces morenas aos encantos da Mulata, a estréia da nova cerveja é apoiada por uma campanha publicitária estrelada pelo cantor Dudu Nobre, pautada por samba, cerveja e... mulatas. (LD)

Linha moderna marca transição na Imperial Com equipamentos da Kosme, microcervejaria fluminense estréia no varejo Há pouco mais de um mês a Imperial Premium Bier, cervejaria de Petrópolis (RJ) famosa por seu chope, deu um grande passo para a expansão dos negócios. A empresa começou a engarrafar sua cerveja, sob a marca Cidade Imperial, com equipamentos da Kosme, empresa do grupo ale-

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mão Krones. “A aceitação de nossa cerveja está sendo ótima”, conta Francisco de Orleans e Bragança, um dos sócios da Imperial. Em long necks, a Cidade Imperial é distribuída a lojas de conveniência, restaurantes e supermercados de alto padrão. A linha adquirida pela Imperial junto

à Krones do Brasil tem capacidade de envasar 3 000 garrafas por hora a partir de uma estrutura tríplice, formada por rinser (enxugadora automática rotativa), tampadora e enchedora, além de uma rotuladora e de equipamento para pasteurização de garrafas dentro de caixas ou paletes.

vidro >>> perfumaria

Aroma de bolso Wheaton apresenta novo frasco para mercado de miniaturas com spray

M

odelos standard, mas com aura de embalagens personalizadas. Assim podem ser definidos os novos frascos que a vidraria Wheaton lançou no mercado de miniaturas com spray. Denominado SB 1516-N, o modelo tem capacidade de 20 mililitros. Prático para ser carregado na bolsa das consumidoras, tal volume também conta com apelo de item de coleção, uma demanda crescente das perfumarias. No formato e características estruturais, a novidade da Wheaton apresenta linhas retas com cantos vivos e fundo grosso. Tais detalhes foram concebidos visando conferir à embalagem a aparência de um “cristal lapidado”, nas palavras de Marta Bagolin, diretora de marketing da Wheaton Brasil. “É um produto industrial, mas LAPIDADO – linhas retas e fundo grosso ressaltam nobreza

que consegue remeter às preciosidades artesanais do passado”, ela descreve. Na parte de decoração, as faces planas proporcionam ampla área para pintura e acabamentos especiais. Já no fechamento, a terminação snap-in com 10,5 milímetros foi projetada para permitir o uso da compacta bomba SP15, fornecida pela Rexam. O acessório tem motor neutro e invisível, dispensando o tradicional recrave de válvulas e podendo ser apresentado na versão plástica ou metálica. Na tampa em si, chama atenção o design alongado, em harmonia com o frasco. A tampa foi produzida em resina plástica PCTA, também fabricada pela Rexam. Sintonizado com a tendência de fechamentos transparentes (ver reportagem de capa desta edição), o material explora apelos translúcidos. Para a diretora de marketing da Wheaton, o lançamento ajuda a ressaltar a nobreza do vidro no segmento de embalagens para perfumaria. “Além da qualidade de produção, o vidro tem a seu favor uma variada gama de acabamentos e decorações, que permite diferenciar cada produto e embalagem”, assinala Marta Bagolin. (LH)

DIVULGAÇÃO

Rexam Beauty Packaging (11) 4815-9800 www.rexam.com.br Wheaton Brasil (11) 5052.4104 www.wheatonbrasil.com.br

Tampas com cronômetro Conhecida por suas etiquetas inteligentes que monitoram a validade de produtos, a inglesa Timestrip fechou uma parceria com a Crown Cork para lançar as primeiras tampas plásticas com os indicadores já embutidos. Elas poderão ser acopladas a alimentos e bebidas e chegarão ao mercado em três meses. Reconhecimento da ONU O Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (UNDP), a Câmara Internacional de Comércio e o Fórum Internacional de Líderes de Negócios Prince of Wales concederam à Tetra Pak o World Business Award 2006. O prêmio deve-se às ações da multinacional sueca de embalagens em prol do desenvolvimento sustentável. Jogada de craque Pelé acaba de fazer mais um golaço no campo dos negócios. O maior jogador de futebol de todos os tempos, para quem não é argentino, fechou um contrato com a cervejaria Petrópolis, a produtora da cerveja Itaipava. “Pelé” será a marca do guaraná da empresa, em sua estréia em refrigerantes. A bebida deverá ser lançada no segundo semestre em latinha e garrafa de PET. Segundo a Petrópolis, ainda não foram fechados contratos com fornecedores de embalagens. Mês recorde... Reformulado, o portal na internet da Associação Brasileira do Alumínio (Abal) superou 32 000 acessos mensais em março. Para a entidade, o registro recorde de visitas ao www.abal.org.br deveu-se ao aumento de mais de 70% de informações sobre a cadeia do alumínio no conteúdo do site. ...e quadrimestre idem Ainda sobre alumínio, a Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade (Abralatas) informou que as vendas de latinhas para bebidas no primeiro quadrimestre foram 15% maiores que as do mesmo período de 2005. Em unidades, o incremento significa 430 milhões de latas. A indústria de latas faturou 3 bilhões de reais em 2005 e espera crescer 8% neste ano.

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Sem um senhor dos anéis INPI veta pedido de patente sobre ações com argolas de latas Sinal verde para o uso dos fechamentos das latas de bebidas como mídia para ações de marketing. Numa decisão expedida no fim de janeiro, o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) indeferiu a solicitação do americano Joseph W. Stasiuk, diretor da CanDO, que reivindicava a patente sobre quaisquer ações promocionais envolvendo anéis das latas de bebidas, como modificações de formato e impressão de mensagens ou logomarcas. Segundo Renault de Freitas Castro, diretor executivo da Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade (Abralatas), a ampliação do mix de promoções com a lata

pode gerar um aumento de 3% a 4% no volume de produtos comercializados no país, ainda mais num ano recheado de eventos como a Copa do Mundo. Não cabem recursos à decisão do INPI.

Anéis decorados, como os da Ball, têm uso liberado

“Em 2006 a indústria tende a personalizar mais a sua produção, com a criação cada vez maior de latas com formatos exclusivos”

De Fernando Mourão, gerente comercial da CSN e diretor da Associação Brasileira da Embalagem de Aço (Abeaço), em boletim desta última. De acordo com ele, a expectativa é de um aumento de 3% a 5% no consumo de aço para embalagens em 2006, totalizando cerca de 700 000 toneladas

A estréia está sendo cozida Mercado nacional poderá ganhar botijões plásticos para GLP Botijões para GLP (gás liquefeito de petróleo) feitos de plástico poderão explodir – no sentido mercadológico – no Brasil. Segundo uma recente edição do informativo Interface, da Riopol, a norueguesa Ragasco, que fabrica o produto na Europa com base em polietileno de alta densidade (PEAD), está atrás de parceiros para lançá-lo no mercado nacional. Em comparação com o botijão convencional, de aço-carbono, diz a Ragasco que o de plástico é mais leve, não sofre corrosão, oferece melhores condições de transporte e estocagem e permite visualizar o nível do gás.

Botijão de plástico: será que vem?

Fechamentos em abertura

Estudo mostra tendências e dados do mercado de tampas O mercado mundial de tampas e fechadutos químicos de largo consumo, como mentos deverá atingir 25,9 bilhões de cosméticos, itens de toucador e limpadólares, ou 1,5 trilhão de unidades, dores domésticos. A China logo deverá até 2009. Quem prevê é a consultoria ultrapassar os Estados Unidos como americana Freedonia o maior mercado mundial Group, no recém-editade tampas em volume. do volume World Caps Bebidas continuarão sendo & Closures. Segundo o as maiores usuárias, resestudo, um catatau de pondendo por dois terços 313 páginas, as vendas da demanda de fechamenglobais crescerão a uma tos até 2009, ao que contaxa média anual de tribuirão as altas dos sports 4,8% no próximo triênio, drinks e dos leites com puxada principalmente sabores. O estudo pode por países emergentes ser comprado por 5 200 como o Brasil – em dólares no site da Freedonia Tampas: alta até 2009 especial na área de pro(www.freedoniagroup.com)

Recado ao agronegócio Descarte de embalagens é tema de ação Nova campanha do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV) com apoio do Governo Federal, a “Devolução de Embalagens Vazias – A Natureza Agradece” busca estimular a reciclagem e o correto descarte das embalagens de defensivos agrícolas. Num filme televisivo já no ar, os atores Matheus Nachtergaele e Eliana Giardini contracenam com o espantalho Olimpio, mascote do inpEV também presente nas ações de mídia impressa do projeto.

A la Tio Sam, o espantalho Olimpio pede atenção

Nanotecnologia inspira corrida Embalagens terão resinas e adesivos com átomos modificados Grande produtora de polipropileno, a Suzano Petroquímica depositou em maio, junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), sua primeira patente em aplicação de embalagens com nanotecnologia – ciência que diz respeito à modificação de materiais no nível dos átomos. Não foi revelada a natureza da aplicação. Quem também prepara novidades nesse campo é a Artecola. A empresa promete lançar ainda neste ano adesivos industriais com desempenho testado em escala nanométrica. Segundo José Luís Haubrich, diretor-geral de Adesivos da Artecola, os novos produtos terão propriedades superiores, Embalagem nanotecnológica como menor peso, maior resistência a temperaturas é iminente extremas, maior resistência química e melhor transparência. Embora ainda engatinhe no Brasil, a nanotecnologia já movimenta um mercado mundial de 32,5 bilhões de dólares, que promete atingir 48 bilhões de dólares em cinco anos. junho 2006 <<<

EmbalagemMarca <<< 47

mercado >>> pescados em conservas

Mais iscas na disputa Plástico e alumínio puxam maré de diversificação de embalagens nas gôndolas de pescados em conserva Por Guilherme Kamio

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olsas plásticas e latas de alumínio. Eis as embalagens que, anistiem-se os trocadilhos, agora se empenham em fisgar o consumidor numa praia por décadas privativa das latas de aço, a dos pescados em conserva. Num negócio de cerca de 500 milhões de invólucros por ano e historicamente pouco afeito à diversidade em apresentação de produtos, era previsível que outros materiais de embalagem cedo ou tarde tentariam puxar a brasa para as suas sardinhas. Com efeito, uma alentada ofensiva se dá por meio da Coqueiro, da Pepsico, líder em pescados processados no Brasil, com 49% de participação de mercado segundo a ACNielsen. A marca acaba de promover a estréia de Coqueiro Facílimo, primeira família de atuns do grande varejo acondicionada em retortable pouches – sofisticadas flexíveis plásticas, aptas à esterilização sob altas temperaturas (autoclave). “É uma linha calcada na inovação”, sustenta Gilmar Vaccas, gerente de suprimentos da Pepsico. “Queremos que a dona de casa a associe com modernidade e praticidade.” O menor peso líquido das bolsas de Coqueiro Facílimo – 70 gramas, contra os 170 gramas dos enlatados convencionais – visa à empatia com importantes alvos da novidade, as pessoas que moram sozinhas (singles) e os jovens casais. Conveniente, a embalagem possui sistema de fácil abertura, dispensando o abridor, e não pede escorrimento, pois o produto é drenado. Apesar disso, num aspecto que poderia soar paradoxal para muitos, a Pepsico garante: o

DESAFIANTES – Retortable pouch, flexível para esterilização de produtos sob altas temperaturas, e lata de alumínio, da Novelis, querem mergulhar no mercado de pescados

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FLEXIBILIDADE – Apostando em novas tendências de consumo, Coqueiro Facílimo, da Pepsico, surge como a primeira linha de atuns em retortable pouches no grande varejo

PACOTÕES – Lançadas no início de 2003, bolsas plásticas de atum vêm rendendo bom resultados à Gomes da Costa no canal de food service

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retortable pouch preserva melhor o atum, mantendo-o mais saboroso, macio e úmido. Não à toa, o slogan da nova linha, composta pelas versões Atum em óleo e Atum Light, é “o jeito fácil de comer atum”. Conforme situa o gerente de suprimentos da Pepsico, embora a Coqueiro já viesse colhendo bons resultados com bolsas plásticas numa linha de patês, lançada em 2004, o projeto de Facílimo não partiu do uso dessas embalagens como ponto pacífico. “Analisamos cadeia versus cadeia, e a do plástico apresentou uma melhor relação custo-beneficio e se mostrou mais competitiva para o lançamento do produto”, afirma Vaccas. Do tipo stand-up pouch, isto é, capazes de serem expostos em pé nas gôndolas, os retortable pouches de Coqueiro Facílimo são importados de uma convertedora da Coréia do Sul e processados com auxílio do cabedal técnico de um envasador parceiro (co-packer), a Cellier Alimentos do Brasil, de Campinas (SP) – pioneira no acondicionamento de alimentos em flexíveis com a tecnologia retort no país. A multina-

cional americana evita comentar as razões de não ter adotado envoltórios daqui, uma vez que determinadas convertedoras nacionais alegam já há algum tempo terem gabarito para desenvolver flexíveis modernas como as de Coqueiro Facílimo, próprias para o acondicionamento de alimentos sensíveis ou de alta acidez. O setor se depara com uma situação parecida na atividade de outra poderosa marca de pescados em conserva, a Gomes da Costa. Foi ela a pioneira na aposta em pouches para atum no país, tendoos lançado nos volumes de 1 quilo e de 500 gramas em fevereiro de 2003, numa série dirigida ao canal do food service (formado por restaurantes, serviços de catering e outras aplicações em cozinha industrial). Meses depois de terem debutado em retortable stand-up pouches nacionais – e conquistado muitos entusiastas, “principalmente as pizzarias”, como detalha a gerente de produtos Food Service da companhia, Regiane Rubino Street – os atuns da Gomes da Costa nadaram para alternativas

importadas, de uma fornecedora que a fabricante prefere manter no anonimato (a propósito, os pouches também ganharam novo projeto visual, da Tônica de Comunicação, em meados de 2005). O fato é que toda essa ancoragem dos retortable pouches para pescados nas importações origina a seguinte dúvida: uma forte depreciação do real não pode fazer das investidas tiros de espoleta? “Estamos atentos ao risco”, comenta Vaccas, da Pepsico. “Por isso buscamos alternativas para minimizar os impactos de uma possível desvalorização da moeda.”

Em outra frente, quem igualmente batalha por quinhões do mercado de pescados em conserva é a latinha de alumínio para alimentos Alu.Lata, produzida com matériaprima da Novelis, empresa criada no ano passado como fruto do desmembramento dos negócios de laminados de alumínio da Alcan. Produzida com uma chapa de tecnologia similar àquela que dá forma às latinhas para bebidas, a lata de alumínio para pescados desembarcou nos supermercados há um ano e meio, vestindo o Atum Light Pescador, da catarinense Femepe, maior indústria verticalizada de pesca do Brasil (veja EMBALAGEMMARCA nº 62, outubro de 2004). Dotada de uma tampa com sistema easy open que, segundo Cláudio Chaves, gerente de marketing da Novelis, “propicia uma abertura mais fácil que as similares de aço”, a Alu.Lata é tida como uma das responsáveis pelo notável crescimento da Femepe nos últimos meses. A participação de mercado da pescadora saltou dos 4,6%, em 2004, para 7% no ano passado, e cresceu para 10,2% no primeiro bimestre deste ano. “O alumínio não enferruja, sofre menos avarias, tem alto valor de reciclagem e sua maior leveza em relação ao aço nos propicia ganhos na distribuição”, levanta Sérgio Seide, gerente operacional da Femepe. “Ademais, ele tem custo competitivo frente a tais benefícios.” A lata de alumínio protagonizou uma ampla campanha de mídia impressa da Femepe no ano passado. Em breve a empresa 54 >>> EmbalagemMarca >>> junho 2006

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Assédio da Alu.Lata

CEVA – Femepe atribui crescimento de market share à lata de alumínio da Novelis, cuja adoção foi amparada por campanha de mídia impressa (no destaque acima)

Fora da água fria

Com silhueta de peixe, flexível de patês e molhos mira crianças

promete novo estardalhaço com o resultado de um ousado plano: a duplicação de sua capacidade produtiva, hoje em 400 000 latas de sardinha e 220 000 latas de atum diárias (sendo cerca de 130 000 destas últimas de alumínio). O projeto, amparado por uma injeção de capital de 20 milhões de reais, estreitará a parceria com a Novelis. Sucede que a Femepe ampliará o uso da Alu.Lata, transferindo a ela os atuns de sua marca Alcyon ainda em julho, e estendendo-a até dezembro ao envase das sardinhas das marcas Navegantes e Pescador, hoje comercializadas nos tradicionais canecos de aço. “Desejamos ampliar em 20% a 30% as vendas de sardinhas em dois anos”, diz Seide, também antecipando a aquisição pela Femepe de uma máquina para fabricação interna da tampa de fácil abertura para as latas da empresa. Hoje a Femepe importa as tampas easy open de alumínio dos Estados Unidos. Segundo Cláudio Chaves, da Novelis, a 56 >>> EmbalagemMarca >>> junho 2006

AQUÁRIO – “Peixes” da Pepsico são importados

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Aproveitando o lançamento em embalagens plásticas flexíveis de seus atuns Coqueiro Facílimo, em abril, a Pepsico colocou no mercado outra inovadora extensão de linha, a Coqueiro Kids, dedicada ao público infantil. Para conquistar aquele que o gerente de suprimentos da Pepsico, Gilmar Vaccas, chama de “o futuro consumidor dos nossos produtos”, os patês e molhos para macarrão de atum da família Kids ganharam retortable pouches com formato de peixes estilizados, nos volumes de 40 e 80 gramas. “A embalagem é lúdica, interage com as crianças”, entende Vaccas. Importados, os pouches apresentam projeto gráfico da Narita Design – também responsável pelos desenhos das flexíveis dos atuns Coqueiro Facílimo.

parceria com a Femepe é apenas a primeira estocada da lata de alumínio para alimentos no mercado nacional. Ele antecipa que a Alu.Can logo poderá estrear em outros segmentos, como no de vegetais em conserva e no de molhos e derivados de tomate. “Na Europa, 10% das latas para alimentos são de alumínio; nos Estados Unidos, esse número já chega a 20%”, pinça de relatórios o gerente de marketing. À época da estréia do atum Pescador em lata de alumínio, a Novelis (então Alcan) divulgara uma pesquisa com consumidores realizada pela Interscience em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, que mostrava 95% de avaliações positivas da lata de alumínio para alimentos. Como não poderia deixar de ser, o retorno foi festejado. Convém notar que, embora ainda não tenha engatado marcha rápida no Brasil, a lata de alumínio para pescados já incomoda a cadeia de valor da lata de aço. Na mais recente edição do Abeaço Notícias, informa-

STUDIO AG - ANDRÉ GODOY

CARDUME – Marcas de sardinhas da Femepe também adotarão latas de alumínio nos próximos meses

tivo da Associação Brasileira de Embalagem de Aço, um registro sobre pescados enlatados destaca tabelas com pontos fortes da lata de aço e pontos fracos da lata de alumínio para as vendas de pescados. Pela Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), a Novelis prometia rebater alguns dados desses quadros, considerados apócrifos. Em meio ao tiroteio, a lata de aço ganha cobertura, provando ser uma embalagem vivaz no ramo dos pescados. Semanas atrás, a Gomes da Costa anunciou o emprego de 51 milhões de reais na triplicação de sua planta industrial de Itajaí (SC). Desse montante, 31 milhões de reais financiarão a construção de uma nova fábrica própria de latas de aço, com lastro para montar 1,5 milhão de embalagens por dia. “O nosso foco, no varejo, é a lata de aço”, diz Regiane Rubino Street, da Gomes da Costa, em tom categórico. Diante das emergentes disputas entre embalagens nesse mercado, vale a pena ter paciência para – à parte mais um jeu-de-mots – ver se as novas iscas atrairão o consumidor. Abeaço (11) 3842-9512 www.abeaco.org.br

Novelis (11) 5503-0722 www.novelis.com.br

Cellier Alimentos do Brasil (19) 3273-0317 www.cellier.com.br

Tônica de Comunicação (11) 3082-5511 www.tonica.com.br

Narita Design (11) 3167-0911 www.naritadesign.com.br

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flexíveis >>> pratos prontos

Naco aumentado

FRESCOR – De alta barreira, flexível dá um ano de shelf life aos pratos Pronto Sabor

Crescendo aos poucos no país, retortable pouch escora a estréia da Bertin no segmento de refeições prontas

S

audada como uma das mais inovadoras soluções em embalagens plásticas flexíveis nos últimos anos, os retortable pouches – bolsas plásticas laminadas passíveis de esterilização sob altas temperaturas – pouco a pouco vão se difundindo entre as indústrias nacionais, como as de atomatados e de pescados (a propósito, veja reportagem sobre este último caso na pág. 50). Os pratos prontos também são alvos primários desses envoltórios, e a aposta na dobradinha ganha fôlego no país através da Bertin Alimentos, divisão do Grupo Bertin, mais conhecido por sua atuação na pecuária. Lançada oficialmente na APAS 2006, feira do setor varejista ocorrida em São Paulo no fim de maio, a linha Pronto Sabor busca encantar o consumidor com os benefícios propiciados pelos retortable pouches, “como facilidade de conservação e manuseio e rapidez no preparo”, nas palavras de Durval Cavalcanti, diretor de mercado interno da Bertin Alimentos. A linha é composta por três produtos – Carne Moída á Bolonhesa, Carne Com Legumes e Strogonoff de Carne – e seu desenvolvimento durou quatro anos, tendo consumido uma injeção de 30 milhões de reais. Os alimentos são acondicionados a vácuo nos pouches e podem ser levados direto ao forno de microondas, ficando aquecidos em apenas um minuto. “Conseguimos uma solução vantajosa em relação às 58 >>> EmbalagemMarca >>> junho 2006

latas, pois o sabor original dos alimentos é mantido e o tempo de esterilização é menor”, entende Pedro Beloto, gerente de pesquisa e desenvolvimento da Bertin. “Além disso, a abertura, feita por um corte no plástico, é muito mais prática que a das tampas de fácil abertura das latas de alumínio”. Capaz de manter-se em pé (stand-up pouch), a flexível de Pronto Sabor, para 320 gramas de produto, combina camadas de polipropileno, poliamida e poliéster. Com altas barreiras a luz e oxigênio, a embalagem garante um ano de shelf life e permitiu à Bertin dispensar o uso de conservantes nas refeições. Conforme detalha Beloto, as embalagens são importadas de fornecedores japoneses e sul-coreanos, cujas identidades ele se esquiva em revelar. “Não encontramos embalagens nacionais que estivessem de acordo com nossas necessidades”, ele justifica. “O prato pronto em pouch é um conceito novo, pouco disseminado no Brasil”, admite Durval Cavalcanti. “Acreditamos, porém, no sucesso da nova linha, pois o consumidor mais e mais exige praticidade, agilidade e flexibilidade.” Em tempo: o projeto gráfico dos pouches, que destaca fotografias das refeições, é da Labcom Comunicação Integrada, de Ribeirão Preto (SP). (LD) Labcom Comunicação Integrada (16) 3967-8009 www.labcom.ppg.br

entrevista >>> Carlos Anjos

Formas de barrar um concorrente ilícito

É comum a idéia de que a avaliação da presença de materiais reciclados em recipientes plásticos só pode ser feita

com base na pré-forma ou no frasco vazio. É possível fazer essa avaliação após o enchimento do produto? As embalagens podem ser avaliadas antes ou depois de utilizadas, bastando realizar uma boa limpeza e lavagem adequada, e submetê-la ao procedimento devido. É importante esclarecer também que é possível fazer análise do produto envasado e verificar se ocorreu algum tipo de contaminação. É preciso esvaziar a embalagem para fazer o teste? Não. O Instituto de Química da Unicamp desenvolveu, por exemplo, um teste para determinação de grupos terminais carboxílicos no polímero, revelando se houve adição de material reciclado ao virgem. Trata-se de uma avaliação de grupos químicos presentes no polímero, e independe se a garrafa foi ou não envasada. Porém, outras análises físico-químicas e mecânicas, além de uma avaliação de aparência e cor, quando feitas em conjunto, podem melhor definir a qualidade desses materiais de embalagem. Dentre essas análises, citam-se: a viscosidade intrínseca, o índice de cristalinidade, a estabilidade dimensional quando sob pressão elevada combinada com temperaturas diferentes, a resistência ao “stress cracking”, a cor e brilho, bem como a transparência. A Unicamp dispõe-se a fazer esses testes para empresas usuárias de embalagem interessadas? Ele é cobrado? O Instituto de Química da Unicamp, através da sua Central Analítica, pode realizar tais avaliações a partir do conhecimento e análise de resinas virgens utilizadas nas referidas embalagens. Existe um custo que deve ser discutido entre o interessado e o laboratório, baseado na metodologia de análise.

Carlos Anjos, doutor da área de embalagens na Unicamp, fala dos métodos de identificação da presença de resinas recicladas em embalagens de alimentos e bebidas 60 >>> EmbalagemMarca >>> junho 2006

ANTONINHO PERRI – ASCO M – UNICAMP

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ltimamente os fabricantes de PVC vêm suspeitando que o mercado de bandejas transparentes fornecidas a confeitarias e padarias foi invadido por um concorrente ilícito: o PET reciclado. Vetado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aplicações em embalagens de alimentos e bebidas, o material pode estar sendo usado ilegalmente não só nos acondicionamentos de bolos e tortas. Variações de cor, brilho, resistência e transparência, observadas em frascos de diferentes alimentos e bebidas, indicam que as garrafas PET coletadas pelos recicladores não se destinam apenas a produzir tufos de vassouras e fibras de macacões e camisas. Teme-se que, com grande contribuição de préformas injetadas e sopradas na clandestinidade em países vizinhos, o reciclo do poliéster esteja servindo para embalar até refrigerantes, numa irregularidade que pode expor consumidores a diferentes impurezas e riscos. Para falar sobre essas suspeitas, que preocupam cada vez mais entidades como o Instituto do PVC, sem falar nos prejuízos potenciais a fornecedores de embalagens PET que trabalham na legalidade, EMBALAGEMMARCA conversou com o professor Carlos Anjos, doutor da área de embalagens da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp. Especialista em aplicações de PET para alimentos, Anjos atua há 25 anos na área, destacando-se por participar do desenvolvimento de métodos eficientes de identificação da presença de resinas recicladas em embalagens plásticas. O serviço está disponível às empresas interessadas, como ele conta na entrevista a seguir:

entrevista >>> Carlos Anjos Apenas universidades estão aptas a realizar tais procedimentos? Institutos de pesquisas e laboratórios reconhecidos no Brasil e no exterior e com experiência na área também podem realizar tais investigações. É o caso do PTI, nos EUA, e do Instituto Fraunhofer, da Alemanha. Ambos têm credenciais junto à Anvisa. Fora dos laboratórios, quais as principais ocorrências que indicam o uso de PET reciclado em garrafas de bebidas e em embalagens de alimentos? Aos olhos do consumidor leigo é muito difícil identificar uma mistura de material reciclado em embalagens. Quando devidamente reciclado, descontaminado e pós-condensado, o uso da resina de PET atenderá aos requisitos de proteção, transporte e segurança alimentar dos produtos acondicionados e dificilmente as características serão diferentes quando comparadas aos materiais virgens. Mas quando se utiliza material indevidamente reciclado, até o consumidor leigo poderá perceber pela aparência e baixa resistência da embalagem.

alimentos e bebidas. Outro fator não menos importante refere-se aos processos utilizados pelos recicladores. A Anvisa não tem meios de controlar a capacidade e eficiência de cada um deles em selecionar, processar, lavar, moer, descontaminar e extrusar. Enfim, não há garantias dos recicladores quanto à qualidade final do material de acordo com as normas e padrões para uso em contato com alimentos e bebidas. Dentre outros fatores, existe uma preocupação séria quanto à presença de compostos químicos intencionais e não intencionais de difícil remoção através dos processos convencionais de reciclagem. Por outro lado, as técnicas de determinação e quantificação ainda necessitam de maior e melhor estrutura instalada. Caso seja autorizado o uso de materiais plásticos reciclados para fabricação de embalagens para alimentos e bebidas pela Anvisa, isso certamente deverá ocorrer na base processo por processo e/ou empresa por empresa. Não vejo meios de isso acontecer de forma generalizada, sob risco de permitir que recicladores informais e não estruturados forneçam às indústrias materiais reciclados de qualidade duvidosa.

“O Instituto de

Química da Unicamp

desenvolveu um teste para determinação

de grupos terminais

carboxílicos no polímero,

revelando se houve adição de material reciclado

ao virgem. Tal avaliação independe se a garrafa

Quais os riscos de utilizar PET e outras resinas termoplásticas recicladas em embalagens de alimento e bebida? A atual legislação brasileira não permite o uso de materiais plásticos reciclados em contato direto com alimentos e bebidas devido a diversos fatores relacionados. Dentre eles destaca-se a qualidade dos materiais reciclados, que na maioria das vezes apresentam níveis muito elevados de resíduos químicos provenientes de diversas fontes, não fornecendo, portanto, segurança quando em contato com

Costuma-se dizer que os problemas de uso de plástico reciclado em embalagens de alimentos e bebidas dizem respeito ao caráter poroso desse material. O plástico PET realmente tem a propriedade de absorver substâncias com as quais entra em contato? Em que medida essa característica pode ocasionar riscos à saúde de quem consome um alimento acondicionado em recipiente produzido com PET reciclado? Todos os polímeros da classe dos termoplásticos podem ser reciclados mais de uma vez, porém as suas proprieda-

foi ou não envasada”

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des são reduzidas nas sucessivas refusões, necessitando de processos especiais ou emprego de aditivos para recompor as propriedades iniciais do material virgem. Os resíduos de compostos contaminantes ficam dispersos no polímero e muitos deles possuem alta capacidade de migração para a superfície dos plásticos, um dos motivos da não utilização em contato com alimentos e bebidas. No caso específico das resinas de PET, o processo de reciclagem conhecido como “Bottle to Bottle” promove descontaminação de acordo com normas internacionais para uso em contato com alimentos e bebidas. Isso ocorre parcialmente durante o processo de fusão e extrusão. Em uma importante etapa, posteriormente à extrusão, ocorre a recuperação das características físico-químicas pela pós-condensação da resina amorfa, propriedades estas obrigatórias para uso principalmente em bebidas carbonatadas. Por que em outros países é permitido utilizar PET reciclado em embalagens de alimentos e bebidas? O processo bottle to bottle de reciclagem de embalagens de PET é reconhecido em muitos países como apropriado para produzir resinas de PET com grau para uso na fabricação de embalagens para alimentos, porém baseado nas legislações específicas de cada país e regido por um sistema de qualidade devidamente monitorado e comprovado

pelos respectivos fabricantes, mediante apresentação da descrição das etapas do processo, procedência dos materiais para reciclagem, fichas de acompanhamento de processo e análises de comprovação da resina em cada etapa do processo em conformidade com os índices designados nas normas aprovadas, dentre outras exigências. A Anvisa está analisando e discutindo pedidos de empresas instaladas e consolidadas no Brasil. Salienta-se que as legislações de cada país diferem na forma de analisar e autorizar, cabendo ao Brasil e aos outros países que compõe o Mercosul estudar e analisar em conjunto uma sistemática de avaliação dos pedidos para futuras decisões. Enquanto isso é conveniente e prudente aguardar uma decisão que venha a contemplar processos de reciclagem corretos, eficazes e que possam ser devidamente monitorados. Quais os nichos em que o material reciclado vem sendo empregado? Além de garrafas, há suspeitas, por exemplo, de emprego de PET reciclado em bandejas usadas pelas padarias de hipermercados? É difícil precisar, enumerar e afirmar que materiais plásticos reciclados são utilizados em embalagens em contato com alimentos, mas quando há suspeita por um motivo ou outro, é possível solicitar uma investigação na tentativa de identificar e confirmar tais práticas. (LH)

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plásticas >>> químicos e derivados

Novo atalho Consórcio entre brasileiros e italianos aumenta opções de embalagens para o transporte de produtos perigosos

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SEM RETORNO – Fustiplast irá trabalhar com garrafas de uso único para IBCs, renegando à reutilização, prática comum no mercado nacional

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m descompasso com o rigor legal de outros países, para não dizer que vive situações que deixariam estrangeiros de cabelo em pé, o transporte de produtos perigosos no Brasil é um campo promissor para o setor de embalagens. A anuência a tal leitura inspirou a inauguração, em agosto do ano passado, da Fustiplast do Brasil, associação entre o grupo italiano Cassina, com negócios diversos em embalagens, e a brasileira Raft Embalagens, forte nome em tambores metálicos. Instalada numa planta de 100 000 metros quadrados em Guarulhos (SP), a empresa baseia sua operação em dois produtos: tambores plásticos e IBCs – sigla para Intermediate Bulk Containers, os contêineres paletizáveis para itens químicos constituídos por um recipiente plástico (garrafa) e uma grade metálica. “Oferecemos os produtos sob propostas avançadas”, disse a EMBALAGEMMARCA Diego Bernini, diretor comercial da Fustiplast italiana. O executivo esteve em maio em São Paulo por ocasião da feira de negócios Brasilpack, onde a Fustiplast brasileira realizou sua primeira grande ação institucional. No caso dos tambores plásticos, oferecidos para volumes de 200 a 230 litros, o principal diferencial se dá em leveza. Enquanto as alternativas hoje encontradas no mercado utilizam de 10 a 11 quilos de material em sua construção, as da Fustiplast empregam 8,5 quilos de plástico (polietileno de alta densidade). “O peso menor reverte em economia no transporte, pois as embalagens têm o mesmo custo das da concorrência”, alega Bernini. Segundo ele, os tambores plásticos movimentam um mercado de cerca de 1,5 milhão de unidades por ano no Brasil. Com uma máquina trazida da Itália, a capacidade produtiva da Fustiplast fica em 100 000 unidades de tambores por ano. Já em IBCs, segmento em que atuará com a marca Flubox e um lastro de 120 000 unida-

des anuais no país, a Fustiplast buscará remar na contracorrente da lavagem e reutilização de garrafas – prática useira e vezeira no Brasil, mas proibida com pulso firme nos países mais desenvolvidos. Nos cálculos de Bernini, a recuperação de IBCs faz girar cerca de 40 000 contêineres por mês no país. A aposta é que, mesmo sem reviravoltas legislativas sobre esse vaivém, a crescente globalização dos contratos de prestação de serviços ajudará a difundir os IBCs one way no país. Com clientes dos quilates de Henkel, Clariant, Bayer, Rohm and Haas e TFL na Europa, a Fustiplast avisa que, para estimular a mudança entre a clientela local, oferecerá garrafas a preços reduzidos. “Muitos IBCs brasileiros estão penando de tanto reuso”, diz Bernini. “Eles representam um risco para suas usuárias e um alento para as nossas metas”. Para garantir qualidade idêntica à oferecida no resto do mundo, a Fustiplast do Brasil sopra as garrafas para IBCs com resina importada. As válvulas e componentes de precisão do contêiner também vêm da Europa. (GK)

LEVEZA – Tambores plásticos, com tecnologia italiana, têm peso menor que os hoje oferecidos pelos concorrentes Fustiplast do Brasil (11) 6488-7311 www.fustiplast.com.br

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plásticas >>> hortigranjeiros

Delicadeza preservada Embalagem plástica para colheita reduz desperdícios de figo agregando valor

FOTOS: DIVULGAÇÃO

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ma embalagem promete aumentar a rentabilidade na colheita de figo, fruta de tez frágil e que sofre muitas perdas durante seu ciclo de venda. Trata-se de uma cesta de polietileno, desenvolvida graças a uma parceria entre a Embrapa Instrumentação Agropecuária, de São Carlos (SP) – órgão ligado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento –, e a Universidade de Campinas (Unicamp). Seu desenho permite que as frutas sejam dispostas em berços individuais e anatômicos durante a colheita, acomodando-as com o pedúnculo (cabinho) virado para baixo. Nessa disposição, o conhecido látex exalado pelos figos recém-colhidos é direcionado para uma bandeja acoplada à cesta, sem escorrer para as outras unidades, manchando-as. A cesta possibilita a triagem das frutas íntegras e de melhor aspecto visual já na colheita. “O agricultor ganha tempo, produtividade e qualidade do produto”, diz Clovis Biscegli, pesquisador da Embrapa. Antônio Carlos de Oliveira Ferraz, professor da Faculdade de Engenharia Agrícola da Unicamp, destaca que “por ser de plástico, o objeto é de fácil higienização”. Em que pese parecer simplória, a solução é resultado de meses de estudos sobre o trajeto do figo do campo aos galpões de beneficiamento, onde ele é embalado e enviado ao varejo. Segundo Biscegli, foi verificado que os danos à fruta ocorrem principalmente em seu empilhamento nas cestas convencionais, geralmente feitas de bambu.

BERÇOS – Acomodados um a um, figos não se danificam com empilhamento e “baba”

Embrapa Instrumentação Agropecuária (16) 3374-2477 www.cnpdia.embrapa.br NSF Equipamentos para Supermercados (16) 3377-9700 www.nsf.ind.br

O protótipo da cesta, projetado para reter 25 figos, ganhou forma após testes de campo com produtores da região de Valinhos (SP). “As perdas na colheita diminuíram em 20% e obtivemos quase 100% de preservação da fruta”, comenta Ferraz. Segundo os pesquisadores, a fabricação e comercialização da solução dependem de interesse da iniciativa privada, que poderá fazer adaptações a partir do projeto inicial da Embrapa e da Unicamp. “Poderão ser feitos aperfeiçoamentos de logística, como a elaboração de um carrinho que comporte várias cestas, ou até mesmo formatos diferentes”, diz o professor da Unicamp. Os protótipos foram fabricados pela NSF Equipamentos para Supermercados, também de São Carlos. A empresa ainda não firmou acordo comercial com a Embrapa. (LD)

In natura por mais tempo Hidrogéis da Embrapa prometem estender shelf life de frutas e legumes O aumento da vida-de-prateleira de frutas e legumes é o alvo de um projeto da Embrapa Instrumentação Agropecuária. Estudos conduzidos pelo pesquisador Odílio Assis demonstraram que a hidroconservação – a aplicação de um filme atóxico baseado em géis de origem animal ou vegetal produzidos em meio aquoso (hidrogéis) – pode estender a shelf life de alimentos in natura, protegendo-os

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de fungos e bactérias e permitindo o seu consumo imediato, sem necessidade de higienização. Os hidrogéis formam películas finas, transparentes e mecanicamente resistentes nos alimentos, e, segundo a Embrapa, têm baixo custo. A tecnologia beneficiará não apenas os agricultores, mas também o varejo, com reduções de perdas. Prevê-se que ela esteja disponível em escala industrial em dois anos.

CAPA – Banho em hidrogel protege fruta

celulósicas >>> carnes

Caixa ao ponto Solução em papelão ondulado pode melhorar proteção e exposição de carnes congeladas

U

ma novidade para o acondicionamento de carnes congeladas acaba de ser lançada pela mineira Paraibuna Embalagens. Sob o nome Frigopack, a solução consiste em caixas de papelão ondulado desenvolvidas para o transporte e a comercialização direta de itens cárneos. Produzidas com capa e miolo de alta resistência, as embalagens são empilháveis, paletizáveis e podem ser utilizadas abertas ou fechadas, com tampas simples acopladas ou mesmo coladas, tornando-se invioláveis. Para as embalagens reduzirem a absorção da umidade nas câmaras frias e para protegê-las da camada de gelo que pode se formar nesses ambientes, o miolo e as capas do papelão empregado passam por uma fabricação diferenciada, recebendo aplicações de amido e de resinas e uma colagem com adesivo de alto desempenho. “O crescimento das exportações de produtos congelados trouxe a necessidade de um papelão ondulado capaz de resistir a baixas temperaturas e a grandes umidades,

além de ser mais rígido para suportar o transporte”, argumenta Mário Henrique Santos, diretor comercial da Paraibuna Embalagens. Segundo Santos, a embalagem Frigopack reverte em economia às indústrias alimentícias ao eliminar desperdícios de produto, possibilitar a automatização de montagem e reduzir custos no manuseio e nos processos logísticos. Ademais, os desenhos inteligentes dos vários modelos disponíveis garantem uma melhora da imagem dos produtos, expondo e valorizando a marca dos fabricantes. Em tempo: no que tange à decoração, a Paraibuna acaba de adquirir uma nova impressora, que aumenta as opções de cores, registra imagens sem manchas e dá maior resistência às caixas – seu sistema a vácuo não atrita com as chapas de papelão, portanto não amassa as ondas. Toda a impressão é feita com tintas à base de água, atóxicas, e as caixas são recicláveis. (GK) Paraibuna Embalagens (32) 2102-4000 www.paraibuna.com.br

DIVULGAÇ ÃO

CURINGA – Com construção especial, Frigopack acena aos produtores de carnes com economia e melhor visual

plásticas >>> tecnologia

Ao gosto do freguês Permitindo a interação do consumidor através de botões de sabores e aditivos, embalagem inteligente prenuncia uma revolução em bebidas

IPIFINI +1 (617) 273-8797 www.ipifini.com

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MIX – Programação de cinco botões possibilitaria obter até 32 variantes de um refrigerante numa só garrafa

DIVULGAÇÃO

S

ob o pretexto de aumentar vendas atendendo aos diferentes gostos do consumidor, as extensões de linha de bebidas têm proliferado nos últimos anos. Agora, uma tecnologia patenteada pela americana IPIFINI promete às indústrias a diversificação de sabores e fórmulas de suas bebidas sem dores de cabeça com novas linhas de produção ou complexos inventários de SKUs. A inovação atende pelo nome Programmable ChoiceEnabled Packaging (“Embalagem de Escolha Programável”, numa tradução livre do inglês), e consiste em embalagens plásticas com botões em suas paredes. Acionados, os botões liberam flavorizantes ou outros ingredientes no conteúdo líquido. Assim, o consumidor pode interagir com a bebida, preparando-a ao seu gosto. Num exemplo levantado pela IPIFINI, um refrigerante de cola com uma garrafa programável poderia dispor de botões para os sabores limão, lima, baunilha e cereja, além de um botão para cafeína. Em análise combinatória, teriam-se 32 diferentes bebidas numa só. Um dispositivo antiviolações desabilita os botões até a abertura do produto. “Permitimos às indústrias de bebidas satisfazer as preferências pessoais dos consumidores de hoje com uma única embalagem”, alardeia Glenn Wachler, um dos inventores da tecnologia. A avant-première da tecnologia ocorreu numa conferência na Europa, em abril. Um evento em Nova Iorque, no dia 24 de maio, a apresentaria ao mercado americano. A IPIFINI pretende licenciar as embalagens programáveis não só para bebidas, mas futuramente também para alimentos, itens de higiene e beleza, tintas e medicamentos. “Percebemos que, ao vê-las, as pessoas ficam intrigadas e querem a todo custo pressionar os botões”, diz Tod Woolf, fundador e presidente da IPIFINI. Em tempo: um vídeo demonstrando o funcionamento da tecnologia pode ser visto no site da empresa. (GK)

vidro >>> energia

Sem pânico

Abividro comenta momento instável do gás

P

oucos anos atrás, as vidrarias brasileiras acentuaram o processo de conversão energética de seus fornos do óleo para o gás. Daí a preocupação que a nacionalização das reservas de gás da Bolívia levou ao setor – e aos usuários de embalagens de vidro, receosos quanto aos preços e à oferta. Lucien Belmonte, superintendente da FATOR EVO – Belmonte pede calma Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Qual o consumo de gás pelas Vidro (Abividro), comenta a vidrarias brasileiras? Desse situação. total, qual a participação do gás boliviano? No campo das embalagens, O consumo total mensal gira a volatilidade de preços das em torno de 24 milhões de resinas termoplásticas vinha metros cúbicos. Cerca da sendo explorada pelas vidra- metade vem da Bolívia. rias como uma desvantagem do plástico em relação ao Quanto a energia representa vidro. O momento instável do nos custos produtivos? gás pode enfraquecer esse O custos dos insumos energéargumento? ticos, incluindo gás e energia Não. Por enquanto continua- elétrica, representam entre mos muito competitivos. Não 20% e 30% do custo de um podemos esquecer que nós produto de vidro. somos muito menos dependentes do que os plásticos Como se deu o processo de são dos preços de petróleo e conversão dos fornos das derivados. vidrarias brasileiras para o gás? Quais objetivos se busHá o temor de subida brusca cavam naquele momento com do preço do gás. Existe a pos- essa iniciativa? sibilidade de o setor vidreiro O setor usa gás desde o inicio reconverter seus fornos? da década de 70. O processo Não pode haver mudança de conversão final das fabribrusca nos preços do gás cas se deu entre 2004 e 2005, em função dos mecanismos quando o governo incentivou de reajuste. Quanto à recon- a indústria a usar gás. O custo versão, é sempre uma possi- do gás é mais baixo do que o bilidade. Mas leva tempo e do óleo, além de ser ambienmuitos recursos. Portanto, é talmente mais vantajoso. Na uma decisão que só pode ser época da conversão havia um tomada em caso extremo. excedente de gás. (LH)

Disputa acirrada Brasil, China e leste da Europa estão envolvidos numa disputa para saber qual dos países receberá investimento de 1,4 bilhão de dólares destinado à construção de uma fábrica de papel e celulose pela americana International Paper (IP), uma das maiores empresas do setor no mundo. O presidente mundial da IP, John Faraci, esteve no Brasil no início de maio último, acompanhado de todo o conselho da empresa. Se o país vencer a disputa, a fábrica deverá ser construída em Três Lagoas (MS).

Novas alternativas em provas Pacote traz impressoras e softwares da alemã GMG Os mercados gráfico e de embalagens têm uma nova opção em soluções para impressão de provas. Dois modelos de impressoras jato de tinta Canon de grande formato, as imagePROGRAF W6400 e W8400, passaram a ser comercializados pela distribuidora de soluções gráficas Starlaser. Os equipamentos são oferecidos

Capital gráfica Melhorar a capacitação técnica e de gestão da indústria gráfica do interior de São Paulo. Esse foi o objetivo da 1ª Semana de Artes Gráficas de Bauru. Promovido pelo Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo (Sindigraf-SP) e pela Associação Brasileira da Indústria Gráfica Regional São Paulo (Abigraf-SP), com realização da ABTG, o evento contou com fóruns técnicos, de gestão e vendas.

Aposta em embalagens Há 25 anos no mercado, a Gráfica Exklusiva, de Curitiba (PR), adquiriu uma nova Roland 504. Comercializado pela Intergrafica, o equipamento imprime desde rótulos até papel cartão com 1mm de espessura. Seu formato de 52 x 74 cm é intermediário entre a folha inteira e a meia-folha, prometendo menos desperdícios durante os processos. A velocidade atinge 18 000 folhas por hora e a troca de chapas é semi-automática.

Destaques do ano da Anave A Associação Nacional dos Profissionais de Venda em Celulose, Papel e Derivados (Anave) divulgou os ganhadores do Prêmio Homenagem do Ano. O agraciado na categoria “Personalidade Extra-Setor” foi Mário César de Camargo, presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf). Para a categoria “Personalidade do setor”, o executivo escolhido foi José Luciano Duarte Penido, diretorpresidente da Votorantim Celulose e Papel (VCP). Já na categoria “Destaque Empresa”, a Aracruz Celulose foi a homenageada.

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em conjunto com três softwares de prova da alemã GMG: colorProof, dotProof e flexoProof, este para provas reticuladas para flexografia. A parceria da Starlaser com a GMG e a Canon traz uma novidade. Além de comprar, o interessado poderá locar os softwares e impressoras que desejar. “Criamos, desta forma, uma alternativa para o cliente que prefere alugar o sistema, já tendo o suporte e insumos necessários inclusos no pacote”, diz Marcelo Escobar, diretor de tecnologia da Starlaser. (11) 3365-3890 www.starlaser.com.br

Ferramenta de fácil acesso Guia gráfico destaca produtividade e diminuição do desperdício A SPP-Nemo, unidade de distribuição da Suzano Papel e Celulose, publicou a quarta edição do Guia Prático da Indústria Gráfica. Com o objetivo de contribuir para a profissionalização e melhoria da qualidade dos serviços da indústria gráfica brasileira, a distribuidora destacou no trabalho aspectos voltados à diminuição dos desperdícios e à maior

produtividade. “É uma ferramenta de fácil acesso e linguagem clara que aborda os principais procedimentos que o cliente pode seguir para obter o melhor desempenho na gestão de seu negócio”, sintetiza Marco Antônio de Oliveira, gerente-geral de distribuição da SPP-Nemo. 0800 055 3966 www.spp-nemo.com.br

Reforço à capacitação em BOPP Limer-Cart inaugura nova sede, onde fará cursos e seminários Distribuidora de filmes de polipropileno biorientado (BOPP), a Limer-Cart inaugurou sua nova sede administrativa. Construída em Limeira (SP), a instalação tem 1 100 metros quadrados, e conta com auditório onde a empresa fará palestras, treinamentos e seminários de capacitação técnica. A unidade produtiva da empresa também foi beneficiada, recebendo um novo laboratório de controle de qualidade, que será disponibilizado

aos clientes para testes técnicos. Já a área destinada à expedição recebeu uma balança com capacidade para 1 500 quilos. (19) 3404-3900 www.limer-cart.com.br

Leque ampliado em acabamentos Soluções Horizon começam a ser distribuídas pela Intergrafica A Intergrafica agregou às suas soluções de impressão uma linha de acabamento com apelos específicos para pequenas tiragens. Os produtos são da fabricante Horizon, com quem a Intergrafica fechou um acordo de distribuição na Ipex. “Embora sejam muito conhecidos no mundo, no Brasil os produtos Horizon ainda estão pouco difundidos”, diz Mario Barcelos, presidente da Intergrafica. As novidades incluem máquinas de dobras, guilhotinas trilaterais e lineares, além de soluções em acabamento para linha digital. Na linha de corte, um dos des-

taques é a guilhotina APC - 61 IISB, dotada de balanceamentos hidráulico e mecânico. (11) 5522- 5999 www.ipp-group.net

Planos de estreitar parceria Sun Chemical e Heidelberg buscam desenvolvimentos conjuntos A Sun Chemical e a Heidelberg pretendem estreitar a parceria voltada ao desenvolvimento de novas tecnologias e processos envolvendo tintas para impressão off-set. Entre outros projetos, a união entre as duas empresas foi destacada no lançamento da Anicolor, unidade de tintagem apresentada durante a Ipex integrada à impressora quatro cores Speedmaster SM 52 da Heidelberg. A solução foi destacada por Felipe Mellado, vice-presidente corporativo da Sun Chemical na Europa, como sendo “o mais importante desenvolvimento dos últimos anos em design para impres-

soras sheetfed que trabalham com offset”. Por sua vez, Mike Winthrop, responsável pela divisão de consumíveis da Heidelberg na Europa, afirmou que as duas empresas estão buscando novas formas de cooperação. “A IPEX foi uma ocasião propícia para essas discussões”, disse o executivo da Heidelberg. Dada a agilidade que oferece no mercado de pequenas tiragens, a tecnologia Anicolor já é apontada como uma maneira de a Heidelberg reagir à invasão da impressão digital em nichos tradicionalmente dominados pelo off-set. (11) 5525-4500 www.br.heidelberg.com (11) 6462-2500 www.sunchem.com

Celulose encarece Os preços do papel e da celulose estão em alta no mercado mundial. O fechamento de unidades de produção, principalmente no mercado norte-americano, e o aumento da demanda estão por trás da tendência. O fenômeno pode ser positivo para o Brasil, país que responde por 31% da capacidade mundial de produção da celulose de fibra curta.

Recorde inventivo... A fabricante de equipamentos de impressão KBA foi considerada pelo German Patent and Trademark Office a empresa gráfica com o maior número de inovações tecnológicas na Alemanha em 2005.

...Na terra da tecnologia gráfica A entidade que concede patentes naquele país publicou no ano passado 200 aplicações da KBA. Com isso, a empresa amealhou, além do primeiro lugar em inovação entre os fabricantes germânicos de equipamentos de impressão, o 22º lugar no ranking de patentes de toda a indústria alemã.

Xerox no azul A Xerox Corporation anunciou lucro de 20 centavos de dólar por ação para o exercício do primeiro trimestre de 2006. A receita total do período foi de 3,7 bilhões de dólares. “A recuperação constante de nossas receitas de pós-vendas demonstra que o modelo de negócio da Xerox está funcionando”, afirmou Anne M. Mulcahy, chairman e CEO (chief executive officer) da empresa.

Hobby lucrativo Além do mercado corporativo, onde é uma importante fornecedora da indústria de embalagem, a VSP Papéis Especiais atua no setor de artesanato. Daí sua participação na Hobbyart, feira de negócios realizada em São Paulo em abril. No estande da empresa foram mostrados papéis perfumados e kits de revestimento e acabamento cintilante. Tais produtos podem ser usados para porta-retratos e páginas de scrapbook para guardar recordações.

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Meta: suprir uma carência de mercado Vilac aposta em cortes especiais para pequenas e médias tiragens A Vilac Rótulos e Etiquetas Adesivas, de Campinas (SP), adquiriu uma nova Plotter DFS (Digital Finishing System), que executa cortes especiais para pequenas e médias tiragens, podendo ser usada em linhas de rótulos com diferentes formatos. “O equipamento flexibiliza a velocidade do trabalho, mantendo a qualidade. Estamos suprindo uma carência de mercado”, acredita o diretor comercial da Vilac, André L. Braga. Com a nova Plotter DFS também é possível aplicar laminação fosca e brilhante nos rótulos. Outra aquisição recente da Vilac foi uma impressora flexográfi-

ca oito cores, verniz UV, que conta com serigrafia rotativa e recursos de hot stamping in line. A empresa preferiu não divulgar a marca do equipamento. (19) 3741-3300 www.vilac.com.br

Catálogo criativo para substratos Fabricante de papéis sintéticos aposta em amostragem inovadora A Yupo Corporation America, uma das maiores fabricantes mundiais de papéis sintéticos do mercado de conversão de embalagens, apresentou seu novo catálogo de produtos. A amostra destaca a linha de substratos brilhantes e resistentes a água e a formulações químicas. Entre as novidades está a família UV Printable, que dispen-

sa uso de primer. Composto de três divisões, o material de divulgação da Yupo tem um bolso central preenchido com cartões que trazem a figura de Wally, o mascote da marca. O conjunto também oferece dicas técnicas para processamento dos produtos. +1 (757) 312 9876 www.yupo.com

design >>> prêmio

Dada a largada Suzano lança 5ª edição do Prêmio Max Feffer de Design Gráfico

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esigners de embalagem, produtores de agências de publicidade impressa, diretores de arte do mercado editorial e demais profissionais de criação envolvidos com a indústria gráfica novamente poderão colocar sua criatividade à prova. Foi lançada pela Suzano Papel e Celulose a 5ª edição do Prêmio Max Feffer de Design Gráfico. Gratuitas, as inscrições podem ser feitas até o dia 31 de outubro. Além de homenagear seu fundador, a Suzano espera com o Prêmio Max Feffer estimular o uso de materiais de sua produção. Serão premiados trabalhos gráficos impressos nos papéis cartão Supremo Duo Design e Supremo Alta Alvura, além do Reciclato, composto por aparas pré-consumo e pós-consumo. As inscrições podem ser feitas em quatro categorias: Editorial, Promocional, Embalagem – incluindo capas de disco e álbuns de CDs e DVDs – e Miscelânea. Segundo a Suzano, o Prêmio Max Feffer foi formulado de acordo com as diretrizes do International Council Of Graphic Designers Association (Icograda), e seu júri é composto por renomados profissionais em design gráfico.

Atrativos Como já virou tradição, além de prestígio ao portfólio, o Prêmio Max Feffer irá agregar valores expressivos à conta corrente dos ganhadores. O criador do trabalho vencedor de cada categoria receberá um prêmio de 14000 reais. Segundo e terceiro colocados embolsam, respectivamente, 6 000 reais e 2 500 reais. Por sua vez, o autor da “Peça Destaque” ganhará uma viagem internacional para participar de evento ligado ao universo do design gráfico. Regulamento e outras informações relativas à 5ª edição do Prêmio Max Feffer podem ser obtidos no endereço www.suzano.com.br/premiomaxfeffer, ou no e-mail [email protected]. (LD)

Para remover e para durar Novas opções de auto-adesivos visam substituir rótulos de papel e serigrafia em garrafas retornáveis

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CCL (19) 3876 9300 www.ccllabel.com.br

REMOVÍVEL – Com WashOff, lavagem da garrafa pode ser feita sem troca da máquina que retira rótulo de papel

DIVULGAÇÃO

O

tempo do tradicional rótulo de papel com cola das garrafas de cerveja pode estar próximo ao fim. Pelo menos essa é a expectativa da canadense CCL Industries, que recentemente comprou a fabricante de autoadesivos brasileira Prodesmaq, com sede em Vinhedo (SP), a qual passou a atuar no Brasil como CCL Label. Voltada para a decoração de embalagens, a empresa está trazendo novidades que prometem revolucionar, ainda que parcialmente, as linhas de produção das vidrarias e das indústrias de bebidas no Brasil – além de se inserir nos segmentos de termoencolhíveis, bisnagas plásticas e garrafas de alumínio (ver o quadro). Entre outros produtos inovadores na área de decoração, destacam-se dois, patenteados pela matriz da CCL Label, divisão da empresa especializada em rótulos, que tem como carro-chefe o auto-adesivo. Um deles, denominado Wash-Off, substitui os tradicionais “lambelambe”, como são chamados os atuais rótulos padrão de cervejas. O outro, de nome Multi-Trip, visa tomar o lugar da decoração por processo de silk screen para os vasilhames retornáveis de vidro, ou ACL – Applied Ceramic Label, na expressão em inglês. O Wash-Off, impresso em filme adesivo, é removível durante a lavagem da garrafa, sem necessidade de substituição da máquina que retira o rótulo de papel no processo de limpeza. Além de abrir a possibilidade do uso de filmes transparentes, tipo no label look, de maior valor percebido, a tecnologia

Wash-Off ofereceria uma vantagem adicional em relação aos rótulos atuais: o custo menor nas modificações de formatos. “Em rótulos de papel com cola, a mudança exige a troca do kit da rotuladora, cujo custo elevado acaba inviabilizando projetos”, diz Clélia De Marco, gerente de marketing da CCL Label no Brasil. “Com o auto-adesivo, basta trocar uma bobina, sem gastos para o engarrafador.” A executiva informa que o objetivo da CCL com esse produto é penetrar no mercado de cervejas, maior usuário de rótulos substituíveis. A outra novidade, o Multi-Trip, igualmente aplicado em garrafas retornáveis, tem conceito oposto ao do Wash-Off. No caso, o auto-adesivo substituiria a decoração ACL, que segundo Clélia De Marco já estaria enfrentando protestos contra danos ambientais nos Estados Unidos e na Europa, devido à presença de metais pesados nas tintas para impressão. “O rótulo Multi-Trip suporta no mínimo 25 ciclos de lavagem sem descolar, e permite que as paredes da garrafa sejam mais finas, pois a pressão para a aplicação é menor que no sistema ACL”, afirma a gerente de marketing. O produto, desenvolvido inicialmente para a Coca-Cola, é destinado sobretudo à indústria de refrigerantes. A aplicação é feita na própria vidraria, que, na argumentação da gerente da indústria de decoração, “teria ganhos evidentes ao substituir toda uma área quente de produção, movida a combustíveis, por rotuladoras automáticas acionadas por eletricidade”. O “pulo do gato” da inovação tecnológica, tanto no sistema WashOff quanto no Multi-Trip – que a empresa promete disponibilizar a curto prazo no Brasil – está no adesivo, desenvolvido e patenteado pela CCL.

Vários coelhos na mira Termoencolhíveis, in-mold, garrafas de alumínio e bisnagas são opções de decoração

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DIVERSIDADE – Garrafas de alumínio aceitam vários formatos e pinturas

PLANOS - CCL quer construir fábrica de bisnagas no Brasil, mas antes pretende analisar as perspectivas do mercado

FOT

Parece haver muitos coelhos numa espécie de cajado múltiplo da CCL Label. Não obstante seu nome, além de rótulos auto-adesivos a empresa aposta em outras áreas de decoração no Brasil, e entra forte no mercado de termoencolhíveis, via importação, e in-mold, com produção local, ao mesmo tempo em que mira as áreas de bisnagas e de garrafas de alumínio para cervejas, isotônicos e energéticos. No chamado shrink-sleeve, por enquanto a empresa trabalha com importações, mas em breve terá produtos feitos no país, na planta de Vinhedo (SP), anuncia a gerente de marketing Clélia De Marco. Os canadenses já estão investindo em equipamentos para acabamento, e oferecerão ao mercado três opções de filmes termo-encolhíveis: de PVC, de PET e de poliestireno orientado (OPS). A gerente de marketing da CCL afirma que o produto “terá alta qualidade e regularidade de fornecimento garantidas”, graças a um acordo para comprar filmes de um grande fabricante europeu. A fábrica de Vinhedo, diz Clélia, “tem condições de atender ao mercado nacional, tanto para projetos de altos, quanto de médios e pequenos volumes”. O in-mold label (IML) – em que o rótulo é aplicado à embalagem plástica rígida no momento de sopro ou injeção, no interior dos moldes, e que tem no mercado de margarinas seu grande filão – já é feito na planta de Vinhedo. A gerente destaca a possibilidade de decoração em todas as faces do pote e a alta resolução gráfica como outros grandes trunfos desse sistema de decoração em relação aos atualmente utilizados em potes. Outra divisão da

Marco. O grupo canadense trabalha com dois tipos de bisnagas: laminadas e extrudadas. Esta última opção tem como forte apelo às empresas usuárias a possibilidade de diversificação de linhas, já que os recipientes aceitam rotulagem com auto-adesivos. A rigor, é uma alternativa que não exclui as garrafas de alumínio. (FP)

DIVULG

AÇÃO

NO BRASIL – Termo-encolhível, como o usado em garrafas de Coca-Cola alemãs especiais para a Copa do Mundo, e in-mold terão produção nacionalizada

FOTOS:

companhia canadense, a CCL Container, também entra com os dois pés no Brasil. Seguindo uma tendência mundial, produz garrafas de alumínio para bebidas, com o foco voltado para o segmento premium. Os alvos são os fabricantes de cervejas, isotônicos e energéticos, principalmente em ações promocionais ou em oportunidades para demonstrar adição de valor a seus produtos. A empresa informa que disponibiliza as garrafas, importadas do Canadá e dos Estados Unidos, em diversas formas e tamanhos, atendendo pedidos sob encomenda. A curto prazo, não há planos para a produção dos recipientes metálicos no Brasil. O concorrido negócio de bisnagas plásticas é outro desafio para a CCL, na divisão Plastic Packaging, que planeja instalar uma fábrica no Brasil. “Não há prazos definidos, primeiro vamos sentir o mercado”, diz Clélia De

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institucional >>> aniversário

OUTRORA – Tempos bons, que não voltam nunca mais. Veja na página 80 como essas crianças estão hoje

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Compromisso com alegria

C

om esta edição, EMBALAGEMMARCA comemora seu sétimo aniversário, e vemos isso da mesma forma que se costuma ver o percurso das pessoas na vida. Ousamos fazer essa analogia por entendermos que nenhum produto cultural existe por si mesmo, mas sim como fruto da atividade humana. Por isso temos nossa revista não apenas como um mero conjunto de informações que a cada mês se consubstancia num volume de papel impresso. Não queremos descambar para a retórica retumbante, mas vamos nos atrever um pouco: para nós, cada edição é motivo de comemoração, reforçado nas datas marcantes. Nesse aspecto, o sétimo aniversário é um pouco mais especial. Sete anos de idade geralmente são considerados um símbolo de energia e de esperança. Eles costumam representar aquele momento único em que as pessoas completam sua formação como indivíduos e ingressam em nova etapa da vida, numa trajetória em que se preparam para dar sua contribuição para o mundo. Chamemos isso de compromisso com alegria em relação ao futuro. Queríamos mostrar esse modo de ver de alguma forma que fosse além das palavras, reiterando a consciência da equipe de que a revista inicia uma nova fase em sua missão de contribuir para o fortalecimento da cadeia de embalagem no Brasil e, consequentemente, para o fortalecimento do próprio país. Mostrar cada um dos membros da equipe quando tinha sete anos de idade foi a maneira que julgamos mais adequada para associar os sete anos da revista à idéia de compromisso com alegria que todos já tiveram aos seus sete anos em relação à vida que vinha pela frente. Na próxima página eles estão como são hoje, responsáveis pela produção de uma revista especializada que, em um setênio, se consolidou como a mais completa e de maior credibilidade no setor de embalagem no Brasil. Aconteceu graças ao inestimável apoio de amigos, anunciantes e leitores e à contribuição de cada um da equipe. Não seria assim se não fosse por eles.

O editor

Fotos atuais 1) Wilson Palhares 2) Eunice Fruet 3) Marcos Palhares 4) Flávio Palhares 5) Hiroshi Taniguti 6) Marcella Freitas 7) Karin Trojan 8) Guilherme Kamio 9) Raquel Pereira 10) Marlene Nogueira 11) Leandro Haberli 12) Wagner Ferreira 13) Carlos Gustavo Curado 14) Livia Deorsola 15) André Godoy

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negócios >>> exportação

Para gringos e chicanos Iniciativa privada visa exportar alimentos com sabor latino para os EUA

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desenvolvimento de pequenas e médias empresas da cadeia alimentar, no Brasil e em países vizinhos, de modo a torná-las exportadoras de alimentos, industrializados, com valor agregado, para o mercado americano. Em sua etapa inicial, o foco do empreendimento é exportar produtos com o sabor latino, um dos quatro chamados “tastes étnicos” (ao lado do africano, do asiático e do caribenho). Juntos, esses sabores representam um potencial de atendimento de 110 milhões de moradores dos EUA (americanos, “chicanos” e latinos em geral) que gastam mais de 140 bilhões de dólares em alimentos por ano – “para comer o que não gostam”, na opinião de Santos Neto. “A idéia é agregarmos valor aos produtos, transformandoos em manufaturados, em vez de exportar apenas commodities”, diz o chairman do IMA. “Só o Brasil perde 300 bilhões de dólares por ano ao exportar – ou melhor, não exportar – alimentos in natura que poderiam ser manufaturados.” As embalagens terão papel crucial nesse intento, e para isso a empresa parceira do IMA na área, a Packing, vem desenvolvendo protótipos e dará consultoria aos interessados em atingir o mercado americano com seus produtos acondicionados de forma a disputarem a preferência dos consumidores nos verdadeiros campos de batalha em que consistem as gôndolas

IMA (11) 3759-7090 www.ima-consulting.net Packing Design (11) 3074-6611 www.packing.com.br

DIVULGAÇÃO

partir de sua próxima edição, em 2007, a Fispal Latino, braço americano da maior feira brasileira de tecnologia dirigida à indústria de alimentos e bebidas que se realiza anualmente em São Paulo, terá uma feira anexa. Será a Latin Tech, réplica – parcial – da Fispal Tecnologia, em Miami, Flórida. O criador da Fispal, Ricardo Santos Neto, hoje chairman de outra iniciativa sua, o IMA – Instituto Mercadológico das Américas, diz que “a Latin Tech atende a pedido de empresas dos Estados Unidos, da América Central e da América andina interessadas em comprar equipamentos do Brasil.” Tal expectativa foi detectada em enquete promovida durante a segunda edição da Fispal Latino, realizada de 10 a 12 de maio último, com a participação de 260 expositores (63 deles brasileiros) em 4 800 metros quadrados de área. A medida do sucesso do evento é de certa forma traduzida pelo fato de a prefeitura de Miami ter adotado como “dias do Alimento Latino” o período em que a feira se realiza na cidade. “O êxito comercial e de visitação nos dá uma espécie de indicação prévia do sucesso a ser alcançado pelo IMA”, entende Santos Neto. Inaugurado em 25 de abril último, esse instituto impôs-se como missão promover o

ADEQUAÇÃO – Para disputar a preferência dos apreciadores do sabor latino

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dos supermercados naquele país. O diretor da agência de design, Fabio Mestriner, conta que já foi desenvolvido um selo para a marca, o Latin Taste (“a primeira marca própria internacional do Brasil”), que será usado como marca guardachuva dos produtos exportados. As embalagens, lembra, precisam atender às características de informação exigidas por leis e hábitos locais. Passando à prática, o IMA promoverá, paralelamente à Fispal Tecnologia, de 6 a 8 de junho, no Pavilhão do Anhembi, o 1º Americas Business Oportunities (ABO), um espaço de relacionamento para o setor de agronegócios. Nele estarão reunidos representantes de toda a cadeia do trade de exportações de alimentos: indústria, investidores, agricultores, Estados brasileiros e especialistas em marcas, embalagens, logística e legislação para exportação. “O objetivo do evento é gerar oportunidades reais de negócios, aproximando a cadeia brasileira de exportação de manufaturados”, explica Santos Neto. “Não vamos expor produtos; queremos que os agentes desse setor se conheçam e façam negócios.” Nas estimativas do IMA, o ABO poderá gerar, já nesta primeira edição, 7

SABOR LATINO Selo da “primeira marca própria internacional do Brasil”

milhões de dólares em negócios voltados para a exportação de manufaturados. No próximo ano, a estimativa é gerar 20 milhões de dólares em negócios. Apesar de estar fisicamente dentro da Fispal Tecnologia, a entrada para o ABO será aberta apenas aos visitantes da feira previamente cadastrados e que representem negócios inseridos na cadeia de exportação. Dez Estados brasileiros terão estandes, nos quais mostrarão oportunidades de investimento, com incentivos fiscais e de financiamento. Com essa iniciativa, entende Santos Neto, “a Fispal ultrapassa seus próprios limites e se torna uma feira permanente de geração de negócios”. (WP)

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“Sempre que veiculamos em EmbalagemMarca a resposta veio imediatamente após a circulação. Isso mostra que a revista, incluindo-se aí os nossos anúncios, é esperada, lida e entendida pelo leitor” Fábio Pereira Marketing, Rigesa

“A qualidade informativa das matérias e o equilíbrio na abordagem de diferentes materiais dão à revista alto nível de credibilidade, e isso é transferido aos anúncios” Alexandre Marchezini Diretor de Vendas e Marketing Owens-Illinois do Brasil

“Consideramos a revista EmbalagemMarca um referencial para o conhecimento e o desenvolvimento de todo profissional de embalagem.” Rafael Sales (esq.) e Iorley Lisboa Desenvolvimento de embalagens Grupo Pão de Açúcar

Na opinião do do mercado de

“Os maiores e melhores fabricantes de embalagens do mercado estão em EmbalagemMarca, o que faz dela uma fonte de consulta para quem quer encontrar bons fornecedores” Marcos Amaral, Analista de Des. de Embalagens e Adelice Moraes, Gerente de Produto, Bom Bril

“Aqui n’O Boticário EmbalagemMarca é uma ferramenta auxiliar nos desenvolvimentos. Conhecemos novos materiais e identificamos tendências. Através dela podemos prospectar novos e potenciais fornecedores” Equipe de Desenvolvimento de Embalagens, O Boticário

“Anunciar em EmbalagemMarca é estar presente num veículo com credibilidade e no ambiente que interessa. O feedback que temos é de que, por ser efetivamente lida, a revista dá retorno.” Maurício Montoro Groke Diretor Comercial Antilhas Embalagens

“Um mailing atualizado garante que EmbalagemMarca atinja os diversos departamentos das empresas, sendo lida por executivos, técnicos, especificadores e compradores, que costumam guardá-la para consultas posteriores.” Gonzalo Rellan Diretor Geral, Guala Closures

“Em visita às indústrias de cosméticos, perfumaria e produtos farmacêuticos, que são o nosso públicoalvo, vemos sempre EmbalagemMarca sobre as mesas dos executivos e empresários.”

“A revista chega de fato a quem interessa e, como já constatamos, é efetivamente lida. Por tudo isso podemos testemunhar: os anúncios em EmbalagemMarca dão retorno.” Marco Antônio Dias Oliveira Sócio-diretor Comercial E-Packing

Renato Massara Jr., Diretor Comercial, Wheaton do Brasil

“Na Yoki Alimentos, todos os envolvidos no desenvolvimento de embalagens lêem regularmente a revista, devido à boa cobertura que faz do mercado brasileiro de embalagens.” Gabriel João Cherubini Vice-presidente Yoki Alimentos

s profissionais embalagens... “Assim como a Poly-Vac, a revista EmbalagemMarca também está mudando para melhor. Está mudando a forma de as pessoas verem e entenderem o mercado de embalagens.” Michela Brigida Arippol Diretora Presidente Poly-Vac

“É assim que a Suzano entende EmbalagemMarca: um produto de alto valor agregado, com qualidade, recheada de informações e, principalmente, respeitada pelos diversos segmentos da cadeia de embalagem.” Marta Vasconcellos Gerente de Marketing, Suzano

“É muito gratificante saber que hoje podemos contar com uma parceria de quem é líder de mercado e principalmente com pessoas que fazem um trabalho sério e de muita competência.” Maurício W. Preto Diretor Comercial IndexFlex

É LIDA PORQUE É BOA. É BOA PORQUE É LIDA. VEJA OS DEPOIMENTOS NA ÍNTEGRA NO NOSSO SITE:

www.embalagemmarca.com.br

“EmbalagemMarca chega a um amplo universo de leitores qualificados, apresentando-se como uma revista séria e que zela pela qualidade editorial e pela apresentação gráfica.”

“EmbalagemMarca torna-se ferramenta freqüente de consulta, uma revista completa, de linguagem clara e objetiva. Uma revista que temos vontade de ler e colecionar.”

Cristina Meireles, Coordenadora de Marketing e Pedro Bocchini, Diretor Presidente, Altec

Equipe de Marketing L’Acqua di Fiori

“Especializados que somos em imprimir embalagens premium, nos orgulhamos em imprimir EmbalagemMarca. Anúncios da Congraf na revista já se transformaram em negócios. Em grandes negócios.” Sidney Anversa Victor Presidente, Congraf

... a melhor, mais útil revist “Além de ser uma leitura prazerosa, temos o hábito de guardar as edições de EmbalagemMarca para serem utilizadas como fonte de pesquisa de dados de mercado e tendências.” Aparecido Borghi e Sarah Marques Kimberly-Clark Brasil

“A qualidade da revista EmbalagemMarca chama a atenção de todos os profissionais do setor de embalagem. A Brasilata acompanha e participa com satisfação da revista.”

“Quando começamos a anunciar, não foi surpresa verificar que os clientes vêem nosso anúncio. É a conseqüência lógica do bom trabalho e da excelência em serviços e qualidade.”

Carlos Viterbo Junior, Gerente de Marketing e Renata Rodrigues, Assistente de Marketing, Brasilata

Cláudia Pereira Gerente de Marketing Imaje do Brasil

“Para designers e convertedores, é uma revista indispensável, que coleciono e recomendo sempre aos meus alunos, na cadeira de Projetos de Embalagens da UFRJ.” Gilberto Strunck, Sócio-diretor DIA Comunicação de Marketing

“Sou leitor assíduo desde a primeira edição, e utilizo a publicação como referência em meus projetos. A revista sempre busca se aprimorar e trazer notícias que atendam às expectativas de seus qualificados leitores.”

“Buscamos acompanhar tendências e movimentos do mercado, e compreendemos a atuação de EmbalagemMarca como um termômetro para oportunidades de negócios e para o fortalecimento do setor no Brasil.”

Gilberto Mendes, designer gráfico Henkel Brasil

Equipe de Marketing Suzano Petroquímica

“Somos anunciantes há quase três anos e temos obtido ótimos resultados, devido à credibilidade e à circulação da revista.” Márcia Rodrigues, Liana Ogawa, Eduardo Siqueira e Ana Decot Marketing e Desenvolvimento de Mercado Itap Bemis / Dixie Toga

mais lida e a do segmento. “Com informações atualizadas e sintonizadas com as mudanças do mercado, a revista trata o ‘mundo da embalagem’ da maneira como deve ser visto: com o devido valor e a importância que tem na vida das pessoas.” Fábio Braga, gerente de marketing Braga Produtos Adesivos

“Para nós, EmbalagemMarca é um parceiro indispensável em nosso fortalecimento no mercado. Queremos fazer parte não só do presente, mas do futuro crescimento da revista e do mercado.”

“EmbalagemMarca nos fornece ferramentas para nos aproximarmos com maior certeza dos consumidores latino-americanos e das tendências da indústria.” José Martinez, diretor para a América Latina PMMI - Packaging Machinery Manufacturers Institute

Clodoaldo José Pontim e Cleiton Marcos Pontim Kromos

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Anunciante

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35 Aisapack +41 (24) 4820 110 www.aisa.com 27 Alcan/Cebal (11) 4723-4700 www.alcan.com 17 Ápice (11) 4221-7000 www.apice.ind.br 11 Arco Convert (11) 6161-8099 www.arco.ind.br 69 Aro (11) 6462-1700 www.aro.com.br 15 CBA (11) 3224-7168 www.aluminiocba.com.br 6-7 CCL (19) 3876-9300 www.ccllabel.com.br 65 Colacril (44) 3518-3500 www.colacril.com.br 38-39 Congraf (11) 5563-3466 www.congraf.com.br 2ª capa C-Pack (11) 5564-1299 www.c-pack.com.br 9 Dixie Toga (11) 6982-9402 www.dixietoga.com.br 37 Easy Pack (11) 4582-9188 www.easypack-brasil.com.br 67 Elástica Design (19) 3837-4873 www.elasticadesign.com.br 37 Elo Design (11) 3871-9942 www.elopress.com.br 75 Embapalast (51) 3338-0800 www.feiraembaplast.com.br 3ª capa Gumtac/Pimaco (21) 2450-9707 www.gumtac.com.br 41 Imaje (11) 3305-9455 www.imaje.com.br 77 Indeplast (11) 6806-5000 www.indeplast.com.br 48-49 IndexFlex (11) 3611-7100 www.indexflex.com.br 73 Innovia Films (11) 5053-9947 www.innoviafilms.com 47 Integral (11) 5535-1110 www.integralpack.com.br 81 Interplast (47) 3451-3000 www.interplast.com.br 55 Kromos (19) 3879-9500 www.kromos.com.br 5 Krones (11) 4075-9500 www.krones.com.br 31 M&G Fibras e Resinas (11) 2111-1373 www.gruppomg.com.br 47 Maddza Máquinas (35) 3722-4545 www.maddza.com 51 Madhouse Pack Works (11) 6168-6752 www.madhouse.com.br 19 Markem (11) 5641-8949 www.markem.com 37 Moltec (11) 5523-4011 www.moltec.com.br 25 Neoplástica (41) 3671-3000 www.neoamerica.com 79 Nostro Café (11) 3976-7721 www.nostrocafe.com.br 33 Optima (19) 3886-9800 www.optima-bra.com 73 Paraibuna Embalagens (32) 2102-4000 www.paraibuna.com.br 11 Polo Films (11) 3707-8270 www.polofilms.com.br 3 Rami (11) 4587-1100 www.ramiprint.com.br 63 Rigesa (19) 3869-9330 www.rigesa.com.br 23 Rio Polímeros (21) 2157-7777 www.riopol.com.br 71 SetPrint (11) 2133-0007 www.setprint.com 57 SIG Beverages (11) 2107-6784 www.sigcorpoplast.com 29 SIG Combibloc (11) 2107-6744 www.sigcombibloc.com 47 Simbios Pack (11) 5687-1781 www.simbios-pack.com.br 37 Sonoco For-Plas (11) 5097-2750 www.sonocoforplas.com.br 47 Speranzini Marketing (11) 5685-8555 www.speranzini.com.br 71 StarLaser (11) 3365-3890 www.starlaser.com.br 53 STM (11) 6191-6344 www.stm.ind.br 13 e 59 Suzano 0800 0 555 100 www.suzano.com.br 69 Technopack (51) 470-6889 www.technopack.com.br 4ª capa Tetra Pak (11) 5501-3262 www.tetrapak.com.br 79 Topp Filmes (11) 3617-4700 www.toppfilmes.com.br 21 Trade Pack (11) 5093-6511 www.alrbrasil.com.br 45 Uniflexo (11) 4789-5946 www.uniflexo.com.br 83 Vilac (19) 3741-3300 www.vilac.com.br 43 Vitopel (11) 3089-5466 www.vitopel.com 61 Wheaton (11) 4355-1800 www.wheatonbrasil.com.br Na edição 81, os dados da DannGroup não foram mencionados: (11) 4156-8900 • [email protected]

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A Tetra Pak tem no seu DNA a inovação e, principalmente, a busca de entender e atender as necessidades de toda a cadeia de alimentos. A revista EmbalagemMarca sem dúvida é uma via de duas mãos: num sentido, de estar sempre informada sobre inovação, e no outro sentido informando e comunicando a nossa contribuição para o desenvolvimento do mercado de embalagens. Por isso é leitura indispensável da nossa equipe de marketing.

Almanaque Uma ode à marca lapidar Nos últimos sessenta anos, muitas estrelas da música popular construíram suas carreiras e imagens empunhando uma Fender. A mais festejada marca de guitarras elétricas nasceu das idéias do californiano Clarence Leo Fender, um perito em rádios valvulados. Logo após abrir sua fábrica, em 1946, Fender lançou as guitarras cujos designs se tornariam os mais populares (e copiados) mundo afora: a Stratocaster (à esq.) e a Telecaster. A companhia agora comemora, em bom tom, seu jubileu de diamante.

“O Brahma Chopp em garrafa Querido em todo o Brasil Corre longe, a banca abafa É igualzinho ao do barril. Chopp em garrafa Tem justa fama É o mesmo Chopp Chopp da Brahma.”

de estender a vida-de-prateleira do chocolate, a Nestlé a substituiria por flow packs de filme plástico. Mas o visual original da marca, criado por Muniz e que pegou tão bem junto ao público, combinando vermelho e branco e com cocos estilizados em destaque, continua prestigiadíssimo até hoje.

De Bastos Tigre e Ary Barroso, a marchinha “Chopp em Garrafa”, hit do Carnaval de 1934, alardeava o início do engarrafamento de Brahma Chopp. Considerado o primeiro jingle brasileiro, o tema ajudou a Brahma a alcançar a produção de 30 milhões de litros de cerveja, um recorde à época, e a destacar seu intérprete, o então calouro Orlando Silva. Silva logo se tornaria “o cantor das multidões”, e, a cerveja em garrafa, a bebida delas.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Mui prestigiada identidade

Lançado em 1962, o Prestígio logo alcançou sucesso. A embalagem clássica do bombom, projetada por Antonio Muniz Simas, da DIL Brands, consistia de uma folha de alumínio envolta por celofane vermelho torcido nas extremidades, tal como um papillote. Décadas mais tarde, sob o mote

A marcha à garrafa

Ovo botado, ovo cantado De que adianta botar o ovo e não cacarejar? O velho adágio vale àqueles que não personalizam seus feitos ou idéias e depois se remoem quando outrem o faz. Ao inventar os flocos de milho, no início do século passado, o fazendeiro americano Will Keith (W.K.) Kellogg foi prudente. 90 >>> EmbalagemMarca >>> junho 2006

Decidiu estampar sua rubrica na embalagem do produto, como se vê ao lado, na reprodução da primeira caixa de Corn Flakes, de 1906. No seu recém-comemorado centenário, a Kellogg permanece um sinônimo de cereal matinal. Esse ovo nenhuma outra galinha pôde reclamar.

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