Revista Embalagemmarca 070 - Junho 2005

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  • Words: 26,653
  • Pages: 100
A comprovação de que o sucesso é plural sta edição especial de EMBALAGEMMARCA, que sinaliza o sexto aniversário de lançamento da revista, chega às mãos dos leitores com número recorde de páginas, exatamente o dobro da estrutura da número 1. Isso sem contar a sobrecapa e a cinta que envolve o exemplar. Costuma-se dizer que o sucesso é plural. Por isso, ao comemorarmos intimamente a demonstração material de êxito representada por este alentado volume, entendo ser fundamental expressar agradecimentos a diferentes públicos. Primeiramente, agradecemos aos leitores, que de diferentes maneiras testemunham seu apreço pela qualidade da informação que lhes oferecemos todos os meses. Uma parte deles nos envia sugestões de reportagens; outra, críticas. Felizmente esta parte é bem menor, e quero acreditar que não seja por falta de senso crítico dos leitores. Além dessa valiosa contribuição, eles nos prestam, possivelmente sem atentar para isso, a mais esperada das homenagens, que é ler aquilo que escrevemos. Essa efetivida-

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de de leitura contribui enormemente para avalizar a afirmação sempre reiterada por nós a nossos anunciantes: a de que, nas páginas de EMBALAGEMMARCA, suas mensagens publicitárias têm mais visibilidade e dão retorno. Portanto, mais uma vez nosso muito obrigado aos leitores. Agradecemos, claro, aos anunciantes, que proporcionam os meios para o caminhar e o aperfeiçoamento constante da publicação. Na condição de fonte exclusiva de nossa receita, eles certamente percebem que procuramos dar o máximo de nossos esforços para mantê-los, ou “fidelizá-los”, para usar

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o jargão mercadológico. Assim, jamais descuidamos de aprofundar e adensar a qualidade de nosso trabalho. Ao mesmo tempo, temos por norma empenhar-nos em oferecer o mais pronto atendimento a qualquer tipo de solicitação que chegue a nós. Se às vezes falhamos, fica registrado, nesta sessão de agradecimentos, o pedido de desculpas. No tocante a publicidade, ouso interpretar o volume recorde de anúncios como confirmação de que veiculações anteriores deram bom retorno e, ainda, que mais e mais empresas, estreantes em nossas páginas, estão se dando conta disso. Se tal 1 – André Godoy 2 – Marcos Palhares 3 – José Hiroshi Taniguti 4 – Marlene Nogueira 5 – Wagner Ferreira 6 – Karin Trojan 7 – Guilherme Kamio 8 – Marcella Freitas 9 – Flávio Palhares 10 – Carlos Gustavo Curado 11 – Wilson Palhares 12 – Eunice Fruet 13 – Leandro Haberli

apoio significar apenas uma homenagem à revista em seu aniversário, é também um excelente motivo para agradecer. Agradecemos a nossos fornecedores, pela presteza e pela qualidade de atendimento. Por último, fica aqui registrado um agradecimento público aos membros de nossa equipe, apresentados na foto desta página, para os merecidos aplausos. O trabalho desse conjunto, integrado com o apoio de leitores, anunciantes e fornecedores, é a razão de nosso sucesso. Até julho.

Wilson Palhares

nº 70 • junho 2005

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Entrevista: Alexandre Loures Gerente de comunicação externa da AmBev analisa segmentação de tipos e de embalagens de cervejas

Perfil Yamá Cosméticos acentua verticalização produtiva de suas linhas de embalagem

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Diretor de Redação Wilson Palhares [email protected]

FCE Pharma e Cosmetique

Reportagem Flávio Palhares

Lançamentos e movimentação dos eventos conjuntos refletem bons momentos de seus mercados-alvo

[email protected]

Guilherme Kamio

Conveniência

[email protected]

Bandeja com divisiórias removíveis facilita consumo de refeições oferecidas em serviços de entrega

Leandro Haberli Silva [email protected]

Diretor de Arte Carlos Gustavo Curado [email protected]

Assistente de Arte José Hiroshi Taniguti

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Reportagem de capa: Transparência Produtoras de embalagens secundárias investem na oferta de soluções com maiores efeitos diáfanos

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Fechamentos

Administração Marcos Palhares (Diretor de Marketing) Eunice Fruet (Diretora Financeira)

Interpack Pontuada pelas mais recentes inovações mundiais, edição de 2005 da feira alemã Interpack bate recordes de público e de tamanho

Departamento Comercial [email protected]

Karin Trojan Wagner Ferreira

Label Summit

Circulação e Assinaturas

No encontro internacional da de rotulagem, interação, boas idéias e público seleto

Marcella de Freitas Monteiro [email protected] Assinatura anual: R$ 90,00

Exportações Cerâmica paulista quebra fronteiras internacionais com redesign das caixas de seus filtros de terracota

Público-Alvo EMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais que ocupam cargos técnicos, de direção, gerência e supervisão em empresas fornecedoras, convertedoras e usuárias de embalagens para alimentos, bebidas, cosméticos, medicamentos, materiais de limpeza e home service, bem como prestadores de serviços relacionados com a cadeia de embalagem.

Lançado o selo protetor que combina lacre termoencolhível com topo auto-adesivo

Logística Novas soluções de embalagem modernizam o setor de hortifrutigranjeiros

Luxepack Cadeia de embalagem mostra novidades para produtos de prestígio

Filiada ao

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Fispal Prejudicada por feriado e alagamentos, edição 2005 da feira não decepcionou no quesito novidades Impressão: Congraf Tel.: (11) 5563-3466

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Editorial A essência da edição do mês, nas palavras do editor

42 Internacional Destaques e idéias de mercados estrangeiros

90 Display Lançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens

94 Panorama Movimentação na indústria de embalagens e seus lançamentos

96 Painel Gráfico Novidades do setor, da criação ao acabamento de embalagens

98 Almanaque Fatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens

FOTO DE CAPA: STUDIO AG - ANDRÉ GODOY

A sobrecapa desta edição foi impressa em PVC pela Rigesa

EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da Bloco de Comunicação Ltda. Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo Antonio - CEP 04718-040 • São Paulo, SP Tel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463 Filiada à

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entrevista >>> Alexandre Loures

“Bem cobertas no mainstream, oportunidades estão em valor” pós ter visto sua participação no mercado brasileiro de cerveja cair para 62,9% em 2003, quando o Grupo Schincariol celebrava os bons resultados atrelados à campanha publicitária que ficaria conhecida como “fenômeno experimenta”, a AmBev volta a mostrar seu poder de fogo. Enquanto a Kaiser sofre com sucessivas perdas de mercado, que fizeram a canadense Molson Coors, dona da marca, rever seu plano de investimento no mercado brasileiro, a gigante das bebidas fechou março de 2005 com 67,6% das vendas de cerveja no país. Comparado a igual período do ano anterior, o volume de cerveja vendido pela dona das marcas Antarctica, Brahma e Skol cresceu 23,1% nos primeiros três meses de 2005. O resultado serviu até para impulsionar o desempenho da coligada Inbev, que no mesmo período teve vendas consideradas fracas em mercados mais maduros, como o europeu e o americano. Para decifrar o significado desses balanços, EMBALAGEMMARCA conversou com Alexandre Loures, gerente de comunicação externa da AmBev. Familiarizado também com o segmento de não-alcoólicas, no qual, além de refrigerantes como Pepsi e Guaraná Antarctica, a companhia distribui chás e isotônicos, Loures fala a seguir sobre as oportunidades que a segmentação do mercado cervejeiro abriu para a cadeia de embalagens, e ainda explica os detalhes da estratégia de internacionalização da Brahma, hoje uma das três marcas globais da Inbev, ao lado das tradicionais Stella Artois e Beck’s.

A

Segundo dados da ACNielsen, no primeiro trimestre deste ano o mercado brasileiro de cerveja cresceu 7,3%. A AmBev também acaba de divulgar seu balanço trimestral, com expressivo aumento no volume de vendas. Esses nú-

meros podem ser interpretados como indicativo de que o setor, cuja produção e consumo per capta têm apresentado crescimento quase vegetativo nos últimos dez anos, iniciou um ciclo de expansão? O mercado de cerveja obedece a basicamente dois fatores. Primeiro, a renda disponível. Sempre que há crescimento na economia, há crescimento da renda disponível, que por sua vez traz impactos imediatos na venda de cerveja. O segundo fator diz respeito ao clima. Se fizermos uma comparação com o ano passado, quando o país estava iniciando o atual ciclo de crescimento econômico, veremos que o verão de 2005 teve mais calor. Isso também repercutiu positivamente nas vendas do setor. O volume de cerveja consumido no Brasil será capaz de continuar crescendo na mesma proporção em que esses dois fatores forem conjugados de maneira favorável. Na verdade, portanto, os números desse primeiro trimestre nada mais são do que o reflexo de um clima mais quente e do crescimento do país, da maior renda disponível. Além disso, a participação de mercado da AmBev, na comparação entre os primeiros três meses de 2004 e os primeiros três meses deste ano, subiu dois pontos, o que também impactou no nosso aumento de vendas. Na sua opinião, o que tem favorecido o bom desempenho da empresa no setor de cervejas? Um dos destaques é o esforço de desenvolvimento do mercado premium no Brasil. Somos o quarto país em volume de cerveja produzido (atrás apenas da China, Estados Unidos e Alemanha). Porém o país é apenas o 29º em volume per capita, consumindo anualmente cerca de 50 litros por habitante. Por outro lado, o mercado super-premium vem crescendo rapidamente. Embora hoje ele repre-

Alexandre Loures, gerente de comunicação externa da AmBev, faz um balanço do mercado de cervejas e comenta a segmentação do setor – e as oportunidades abertas por ela para a indústria de embalagens 8 >>> EmbalagemMarca >>> junho 2005

entrevista >>> Alexandre Loures sente apenas 5% do setor, em 2000 não passava de 2,5%. As grandes responsáveis por essa expansão foram as marcas da AmBev, principalmente a Bohemia, que está à frente do desenvolvimento do mercado premium no Brasil. Trata-se de um segmento de alto valor agregado, com grande potencial de crescimento no país. A AmBev investe na pavimentação e no crescimento desse segmento específico. Fugindo um pouco do assunto cervejas, vale destacar que este ano a AmBev também passa a investir mais em refrigerante. Pepsi e Guaraná Antarctica têm apresentado resultados excelentes, ganhando importantes fatias do mercado. Hoje temos 17% do mercado de refrigerante, e pretendemos passar a dar mais atenção ao setor de não-alcoólicos em geral, que inclui chás, bebidas isotônicas e águas.

de Janeiro. Devido ao bocal ampliado da garrafa, alguns consumidores fizeram essa associação com a boca grande da Daniella. Mas isso partiu dos consumidores e vendedores, não da AmBev. Nós nem teríamos direito de usar o nome dela. Opondo-se aos bons resultados da AmBev, foi divulgado que a Inbev começou o ano com vendas fracas em mercados mais maduros, como o americano e o europeu. Em termos de potencial de crescimento, o que essa diferença revela? Não analisei os números da InBev a fundo, mas posso dizer que tendências de mercado não podem ser traçadas com base nos balanços de um trimestre. Os executivos de lá têm conhecimento mais profundo sobre esses dois mercados. Dessa forma, prefiro não fazer comentários a esse respeito.

“A Skol hoje detém um

terço do mercado brasileiro de cerveja. É a marca

com mais preferência,

fidelidade e conhecimento entre os consumidores.

Com diversas estratégias de diferenciação, a Skol já há algum tempo está consolidada como líder do mercado nacional de cerveja. Assumidamente a AmBev sempre utilizou a marca como plataforma de lançamento de novas embalagens, como prova, para citar o caso mais recente, a adoção das garrafas Big Neck, no ano passado. Em que medida essa estratégia contribuiu para a consolidação da marca? A Skol hoje tem um terço do mercado brasileiro. É a marca com mais preferência, fidelidade e conhecimento entre os consumidores. Um dos grandes pilares desse posicionamento privilegiado é exatamente a inovação em embalagens, como prova o lançamento das garrafas Big Neck, bem lembrado. Indo mais longe no tempo, percebe-se que a Skol foi a primeira cerveja em lata do Brasil, a primeira em lata de alumínio, a primeira cerveja long neck, a primeira cerveja com lata de boca redonda, a primeira Big Neck com tampa de rosca. Trata-se, enfim, de uma marca que reúne características de inovação, que busca trazer coisas novas e lançar tendências. Por isso ela desfruta desse lugar especial no coração e na geladeira dos brasileiros.

Um dos grandes pilares

Os resultados positivos da AmBev chegaram a ter influência no desempenho da Inbev? Na medida em que os resultados da AmBev são consolidados aos da InBev, eles impactam positiva ou negativamente, conforme a sua performance. Neste primeiro trimestre, como as vendas foram positivas, o impacto foi positivo.

desse posicionamento privilegiado é a

estratégia de inovação em embalagens”

Aliás, uma curiosidade é que a Big Neck foi apelidada de “Cicarelli”, numa referência à modelo e apresentadora de TV. Vocês tomaram conhecimento disso? Sim, e ao que sabemos o apelido nasceu nas praias do Rio 10 >>> EmbalagemMarca >>> junho 2005

Como tem evoluído a operação da AmBev nas Américas? Recentemente foram adquiridas novas marcas na região? A empresa possui penetração em todos os países sul-americanos? Estamos presentes em todos os países do América do Sul, à exceção da Colômbia e das Guianas. Estamos também em alguns países da América Central, mais especificamente Nicarágua, Guatemala, El Salvador e, brevemente, República Dominicana. A maneira como entramos nesses mercados pode ser resumida de três formas. Uma delas é o green field, quando se instala ou se compra uma fábrica e se começa a vender do zero. Outra é por aquisição, como aconteceu agora no Equador, onde compramos a marca Biela, a mantivemos no mercado, mas começamos a vender Brahma, que já tem 20% de mercado, contra 7% da Biela. Nessa modalidade, compram-se os ativos de uma fábrica e começa-se a vender as suas marcas. A última modalidade é por associação, como aconteceu recentemente

entrevista >>> Alexandre Loures na Guatemala, onde nos associamos à engarrafadora de Pepsi local e passamos a atuar naquele mercado. Cada país tem sua história, e, antes de entrar em um novo mercado internacional, temos muito clara a necessidade de respeitar a história e a cultura de cada um deles. A partir dessa premissa, várias combinações de negócio são possíveis. Com a associação com a Quilmes, na Argentina, por exemplo, os produtos do seu portfólio foram mantidos, mas em alguns casos investimos na consolidação da marca Brahma.

ciação com o varejo? Desde o surgimento da AmBev, nossos maiores concorrentes, à exceção da Kaiser, ganharam mercado. Surgiram treze novas marcas de mercado no país, as microcervejarias ganharam grande impulso, e nunca houve tanta concorrência no setor, como mostram diferentes balanços de mercado, em especial os da ACNielsen, onde a troca de posições é freqüente. Atualmente, a própria AmBev é menor do que a soma de mercado que as marcas Brahma e Antarctica detinham antes da fusão. Além disso, é preciso lembrar que a AmBev forma uma série de know-how de venda e distribuição. Quem for a qualquer outra cervejaria de médio porte do país verá ex-funcionários da AmBev, formados aqui. Em vista de tudo isso, acredito que na verdade a AmBev seja muito salutar para o mercado de cerveja, à medida que permitiu que todos os demais players ganhassem participação, formou profissionais para trabalhar em outras cervejarias, e ainda favoreceu a chegada de novas marcas às gôndolas. Outro ponto inegavelmente positivo é que a AmBev criou no Brasil algo que não existia: a cultura das marcas segmentadas. Cervejas como a Bohemia de trigo e escura permitiram que essa cultura se disseminasse a ponto de hoje haver um boom de pequenas cervejarias no Brasil.

“Desde o surgimento da AmBev, nossos maiores

Na AmBev acredita-se que a Quilmes tem potencial de crescimento no mercado brasileiro? Trata-se de um cerveja pilsen mainstream. Modéstia à parte, estamos muito bem servidos nessa categoria. Só na AmBev há Skol, Brahma e Antarctica. A Quilmes é um excelente produto, tem condições de brigar por participação em qualquer país onde eventualmente entrar, mas nesse tipo de produto estamos definitivamente muito bem servidos.

conc0rrentes, à exceção da

Kaiser, ganharam mercado. Surgiram novas marcas, as

microcervejarias ganharam impulso, e nunca houve

tanta concorrência no setor. Acredito que a AmBev

A AmBev fechou março de 2005 com 67,6% das vendas da bebida no país. Esse é o patamar ideal que a empresa espera manter no Brasil? Ou há espaço para novas expansões? É lógico que a missão de toda a empresa de bens de consumo é ganhar mercado. Mas eu diria que estamos mais preocupados em desenvolver o nicho de produtos de alto valor agregado. Trata-se de um setor, como eu já disse, que apresenta enorme potencial de crescimento. Enquanto aqui o segmento premium responde por apenas 5% das vendas, em outros países, como Estados Unidos, ele detém 25%. Em muitos países da Europa, tem ainda mais do que isso. Acreditamos ser possível aumentar nossa participação no montante desenvolvendo esse mercado, mas isso não significa que vamos deixar de lutar por cada ponto de mercado. O que ocorre é que quando se chega num certo patamar é necessário diversificar as formas de ampliar o negócio.

seja muito salutar para o mercado de cerveja”

Para alguns dos demais fabricantes de cerveja, a participação da AmBev traz embutido o risco de concorrência desleal. O que a empresa tem a dizer sobre comentários sugerindo a imposição de condições unilaterais de nego12 >>> EmbalagemMarca >>> junho 2005

Como andam os investimentos que vêm sendo feitos na internacionalização da marca Brahma? Quando foi feita a aliança com a Interbrew, agora Inbev, foram eleitas três marcas globais para a companhia: Stella Artois, Beck’s e Brahma. As duas primeiras já têm uma participação global mais consolidada. Nesse sentido, a Brahma seria a terceira nessa lista a consolidar sua posição global, o que na verdade já foi feito. Qual a importância da Brahma entre as marcas globais da Inbev? Não existe uma hierarquia. Mas a importância da Brahma é muito grande porque globalmente ela veio preencher uma lacuna, como uma cerveja que traz um posicionamento de produto brasileiro. O Brasil, sob certos aspectos, é um país muito bem-visto lá fora, e esses atributos positivos ligados a nós estão também muito ligados ao mercado

entrevista >>> Alexandre Loures de cerveja. Além disso, o Brasil tem uma escola própria de cerveja, como há uma escola de cerveja norte-americana e outra européia. A internacionalização da Brahma representa a oportunidade de o Brasil levar para outros países a cultura de cerveja brasileira, que existe há mais de 150 anos, desde o lançamento da Bohemia, em 1853. Temos a oportunidade de internacionalizar essa escola, e os resultados têm sido surpreendentes. Na Rússia, por exemplo, já vendemos o dobro do que planejávamos.

embalagens retornáveis, isto é, garrafas de 600ml e barris de chope, que hoje respondem por cerca de 70% do mercado brasileiro. Esse paradigma pode ser mudado no Brasil? As vantagens das garrafas retornáveis são inegáveis. A primeira é a econômica. A segunda, a ambiental. Como podem ser reaproveitadas, as garrafas não são lançadas no meio-ambiente. Além disso, elas são de domínio público, o que barateia custos.

Em quais plantas a Brahma internacional está sendo produzida atualmente? Como é a embalagem do produto? No Brasil, em Jacareí (SP). Ela é produzida também na Rússia e na Bélgica. A fórmula, obviamente, segue um controle de qualidade global. Quanto à embalagem, vale dizer que a Brahma internacional é uma cerveja premium. Ela é vendida em embalagem long neck, de consumo individual. Tradicionalmente, nos países da Europa e nos Estados Unidos, essas cervejas são vendidas em embalagens transparentes, incolores. Por isso resolvemos colocar a Brahma também numa garrafa assim. Acontece que esse tipo de embalagem é mais sensível à luz. Então foi necessário fazer apenas uma pequena modificação no lúpulo para que a bebida fosse adequada a essa embalagem. Mas não houve mudança de fórmula, apenas uma adaptação para poder ser engarrafada e vendida nessa embalagem.

A entrada do PET no setor cervejeiro é algo muito aguardado pela cadeia de embalagem, e vem ocorrendo de forma gradual lá fora. Em curto prazo, existe a possibilidade de a AmBev vir a adotar esse material de embalagem no Brasil? Não existe nenhum plano. Acho que a solução retornável é mais eficaz em função das vantagens já citadas. Além disso, o PET apresenta uma deficiência no aspecto de conservação da cerveja. Ademais, considero temerário o problema de aumento da geração de resíduo sólido ligado a esse tipo de embalagem.

“Estamos preocupados

em desenvolver o nicho

de cervejas de alto valor

agregado. É um segmento com alto potencial de

crescimento no Brasil.

As microcervejarias têm

mostrado importante papel no fortalecimento do

mercado super premium”

Por falar em embalagem, na sua opinião há espaço para novos tipos de acondicionamento de cerveja no Brasil? Ou a eterna pressão por custos ainda vetará por muito tempo a disseminação de embalagens de cerveja realmente diferenciadas por aqui? Percebemos que nem sempre é vantajoso perseguir apenas custo. É mais importante trazer benefícios para o consumidor, fazendo-o perceber que vale a pena incrementar determinado custo ao valor da sua cerveja. Pretendemos ainda este ano trazer duas ou três inovações de embalagem para o mercado brasileiro. Mas por enquanto não é possível adiantar detalhes. Parte do setor, inclusive o Sindicerv, defende, como forma de preservar as margens de ganho dos fabricantes, as 14 >>> EmbalagemMarca >>> junho 2005

No caso do mercado de refrigerante, a adoção do PET pela CocaCola já foi vista como um tiro-nopé. Existe a consciência de que a aposta nesse tipo de embalagem plástica pode prejudicar a liderança da AmBev em cervejas? Não. Na verdade não cogitamos o PET por não estarmos convencidos de que ele seja uma solução benéfica para o mercado. As cervejas especiais, feitas em fábricas de pequeno porte, de forma quase artesanal, são as preferidas em vários países europeus, e começam a ganhar, ainda que de forma tímida, participação no Brasil. Como a AmBev avalia essa tendência? Como eu já citei, muitas microcervejarias se beneficiaram, de certa maneira, do poder de fogo da AmBev de lançar e popularizar a cultura das cervejas diferenciadas no mercado brasileiro. É um passo natural. Existe até uma simbiose nesse caso. Acho que qualquer concorrência, desde que feita dentro da lei, com pagamento de impostos, é benéfica. As microcervejarias têm seu papel no desenvolvimento do mercado super premium.

perfil >>> indústria usuária

Quase tudo feito em casa Yamá Cosméticos opta por equipamentos próprios e agência de design interna idéia de que as empresas devem se concentrar em seu core business, ou negócio principal, terceirizando as atividades que não fazem parte de seu foco de atuação, parece estar em alta no mundo corporativo. Mas, quando o assunto é desenvolvimento de embalagem, essa diretrizchave de alguns manuais de sobrevivência de mercado apresenta variadas exceções. Empunhando argumentos como a redução de custos e a agilização da aprovação de novos projetos, cada vez mais empresas apostam em estruturas próprias de produção de seus sistemas de acondicionamento. Não se trata apenas das famosas plantas in-house, em que as máquinas de acondicionamento são instaladas junto à linha de produção da indústria usuária. Também ganham mais e mais força os departamentos internos de criação, que muitas vezes fazem todo o trabalho normalmente destinado às agências de design externas. No mercado de produtos de beleza e tratamento capilar, caso exemplar desse tipo de estratégia vem da Yamá Cosméticos. Num complexo fabril verticalizado de 20 000 metros quadrados, localizado em Cotia (SP), a empresa, fundada em 1967 com foco em produtos populares e atualmente com mais de 200 itens em linha, produz boa parte de suas embalagens. Com injetoras, sopradoras e equipamentos de gravação serigráfica próprios, a Yamá tem capacidade de produzir 30 toneladas de embalagens plásticas por mês. A produção mensal média é de 2 milhões de frascos, saídos principalmente de uma injetora Bekum e de uma sopradora Battenfeld. Como se isso não bastasse, a empresa também é auto-suficiente em caixas de papelão ondulado.

A

ADAPTAÇÃO – Molde dos frascos da linha Yamafix foi projetado em função de um modelo de tampa de rosca já existente

tipia e do layout dos rótulos e de todas as embalagens. Eles também são responsáveis pela criação do design estrutural das embalagens, e ainda cuidam de materiais de comunicação visual, produzindo do site da empresa e ferramentas de apoio a estratégias promocionais, como banners, folhetos e catálogos. Quanto a estes últimos trabalhos, quase tudo é feito numa plotter própria. “Com uma agência interna, muitos dos projetos são aprovados na tela do computador”, conta Milton Ferreira, gerente de criação da Yamá. “Em alguns casos, de manhã criamos e à tarde os arquivos são enviados para impressão já com a aprovação dos diretores e da área de marketing.” Outra vantagem é a economia de custos: a empresa calcula que, com equipamentos próprios e a agência interna, gasta 10% do que lhe custariam projetos de embalagem terceirizados. Entre os produtos recentemente desenvolvidos na estrutura verticalizada da Yamá, um dos destaques é a linha de géis para cabelo Yamafix. Sopradas em PET e impressas em serigrafia com uma cor, as embalagens foram projetadas para se adaptar ao molde de uma linha de tampas de rosca também fabricada internamente, e usada em outros itens da empresa. Não

A verticalização em números • Capacidade produtiva: 30 toneladas de embalagens plásticas por mês • Produção mensal: média de 2 milhões de frascos

House de criação Afora o vigoroso parque fabril, a grande vedete na tática de verticalização produtiva das embalagens da Yamá Cosmésticos é a agência interna de design criada há dois anos. Com estrutura enxuta, ela conta com dois profissionais de artes gráficas, cujas responsabilidades vão além da logo16 >>> EmbalagemMarca >>> junho 2005

NEM TUDO É CASEIRO – Sachês e berços cartonados são de fornecedores externos, mas design estrutural é prata da casa

AGILIDADE – Muitos projetos são aprovados na tela do computador, sem provas

obstante a simplicidade, os produtos têm apelo de diferenciação no ponto-de-venda ao explorar através da transparência dos frascos PET as cores reluzentes das diferentes versões dos géis. Apesar do esforço de verticalização, nem todas as embalagens são criadas 100% internamente. A também recém-lançada família Pó Descolorante Amônia Free é um exemplo. O produto é vendido em sachês envoltos numa estrutura de papel cartão. Todo o design foi feito pela house de criação interna, inclusive a faca do berço de papel cartão, que tem abas desenvolvidas para dar suporte aos sachês. A impressão dos envoltórios, porém, ficou a cargo da gráfica Aquarela, enquanto os sachês são fornecidos pela Grampac.

Mudanças num ícone “Somos abertos a fornecedores externos, pois queremos estar atentos ao que acontece no mercado de embalagem”, conta o gerente de criação da Yamá. Outro caso que mostra essa flexibilidade é o do Kit Clareador, cujos cartuchos, produzidos com papel cartão Hi-Bulky, da Suzano, são impressos em off-set pela Lavezzo. Uma evidência da agilidade que a agência interna proporcionou à Yamá é o fato de a empresa estar cogitando mudanças na embalagem do tradicional Creme de Tratamento Yamasterol, um dos seus carros-chefes nas últimas duas décadas. “Planejamos outra roupagem, e estamos estudando várias possibilidades, inclusive a adoção de rótulos termoencolhíveis”, revela Ferreira. Se concretizada, tal mudança poderá vir a ser um marco na história da empresa, que há anos mantém os equities de seu líder de vendas, acondicionado em frascos plásticos transparentes com impressão em serigrafia e tampa de rosca dotada de bico aplicador.

reportagem de capa >>> transparência

Vale, como nunca, de Favorecendo a comunicação de atributos dos produtos e a diferenciação nas gôndolas, empresas nacionais investem no desenvolvimento e na importação de tecnologias para a fabricação de cartuchos, luvas e outras embalage ns secundárias com plásticos de alta transparência Por Guilherme Kamio uando aplicados nas embalagens, efeitos de transparência costumam preceder aquele estalo na mente do consumidor que, segundos depois, o faz aninhar os produtos portadores em seu carrinho de compras. Cabem especulações, não há compêndios definitivos dos porquês, mas essa qualidade, explorada numa série de embalagens, vende – e disso os longevos sucessos do vidro e de outros materiais com propriedades diáfanas passam recibo. Transparência sugere segurança, enobrece. Por isso, nos últimos anos essa qualidade tem motivado ruidosas movimentações de um setor de embalagens a ela até então pouco afeito em seu cabedal técnico: o de cartucharia, produtor de cartuchos, estojos, luvas e outras peças semi-rígidas usadas como apresentações secundárias de um sem-número de produtos. Com fins de proporcionar algo mais numa seara cativa da opacidade do papel cartão, exceções aos trabalhos com janelas de acetato ou de outros filmes e com lâminas plásticas fechadas por sistemas de encaixe, novas embalagens de chapas plásticas amigas da transparência – baseadas em PVC, polipropileno (PP) e PET – vêm sendo ofertadas por determinadas compa-

STUDIO AG – ANDRÉ GODOY

Q

20 >>> EmbalagemMarca >>> junho 2005

ixar ser visto nhias. Conforme elas divulgam, suas capacidades de impressão e acabamento, de corte e vinco e de colagem estão avançadas como nunca, combinando policromia em off-set passível de registro nas duas faces do substrato, serigrafia, hot stamping, reduzida memória (a tendência do material plástico retornar ao formato original após dobraduras) e adesivos incolores de alta performance, resistentes a variações de temperatura e umidade. “O mais interessante é permitir interações de embalagens secundárias com primárias como nunca se viu no mercado nacional”, aponta Caio Azeredo, da área de marketing da Rigesa, verbete das áreas de caixas de transporte e de soluções em papel cartão que,

desde meados de 2003, distribui no país cartuchos plásticos transparentes, de PVC e de PP, com expertise transferido da AGI Klearfold, divisão de sua matriz americana, a MeadWestvaco. A observação faz todo sentido. Ciosas de lançar frascos, potes, garrafas e outros recipientes utilizando formatos inusitados, decorações esmeradas, cores atraentes e filigranas mil, indústrias devem lembrar que, nos pontos-devenda, as embalagens secundárias, num paradoxo do jargão, são os primeiros portos da visão do consumidor. Com secundárias “sólidas”, o capricho nas primárias não aparece – em outras palavras, um meio de fisgar o consumidor

FOTOS: DIVULGAÇÃO

VISÃO PREMIUM – Gel dental Protta, chás em sticks da Dr. Oetker, linha de esparadrapos for export da Johnson & Johnson br asileira e auxiliar da coloração de cabelos da Lowell aderiram a cartuchos transparentes desenvolvidos pela Rigesa com tecnologia importada

junho 2005 <<< EmbalagemMarca <<< 21

pelo olhar é desperdiçado.

Maior poder competitivo Na Rigesa, esse lembrete já vem rendendo bons resultados. Comercializado diretamente a profissionais da beleza, o auxiliar para coloração de cabelos Protect Care, da paulistana Lowell, adotou, em meados de 2003, um formato inusitado de cartucho de PVC com alta transparência, só quebrada pela impressão em hot stamping do logotipo da empresa e do nome do produto. Para estrear na seara dos dentifrícios, a Protta Farmacêutica pediu um cartucho de PVC para o seu Gel Dental com Própolis, acondicionado numa bisnaga. “A transparência e a impressão sofisticada aumentaram o poder competitivo do produto nas gôndolas”, assina

Claudia Serra, diretora comercial da Protta. Num casamento com a inovação do lançamento de chás instantâneos em stick packs no país, em junho de 2004, a Dr. Oetker encomendou à Rigesa cartuchos transparentes de PVC capazes de ficar em pé nas prateleiras (caso reportado em EMBALAGEMMARCA nº 61, de setembro de 2004). “Percebemos muitas experimentações do produto motivadas por eles”, informa Tatiana Turquete, gerente de produto da Dr. Oetker. “O consumidor visualiza não só a novidade dos sticks, mas também a quantidade do produto, poupando-lhe o trabalho de procurar essa informação na embalagem”. Recentemente, também com aporte tecnológico da AGI Klearfold, a Rigesa lançou um

Novas resinas também apelam à maior visibilidade O setor de cartuchos não surfa sozinho a onda de boas novas em embalagens transparentes. Mirando a chance de indústrias evidenciarem ao consumidor cores e ingredientes especiais de seus produtos, a Braskem acaba de lançar o Prisma 2910, copolímero para a injeção de embalagens transparentes com alta resistência a baixas temperaturas. “Produtores de sorvetes, que têm lançado sabores com cores apelativas e pedaços de frutas, poderão mostrar tais diferenciais ao consumidor”, exemplifica Luis Felli, diretor comercial de Poliolefinas da Braskem. Além de alimentos, tintas e até cosméticos são outros alvos da 2910. Também apelando à transparência, o polipropileno Prisma 3400, clarificado com aditivo da Milliken, é aposta da Braskem para a difusão da tecno-

logia ISBM (Injection Stretch Blow Molding) para a produção de garrafas para bebidas sem gás (na foto). “Com alta transparência, e conseqüente nobreza, embalagens baseadas nessa resina poderão até concorrer com o vidro”, projeta o vice-presidente de Poliolefinas da Braskem, Luiz de Mendonça. Quem também acenou à

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transparência para certos mercados de embalagens plásticas foi a Dow. Um novo poliestireno cristal, de alta resistência, acaba de ser lançado para suprir o mercado de embalagens termoformadas para alimentos, “no qual a transparência e a beleza são fatores importantes e influenciadores no comportamento de com-

pra do consumidor”, pontifica a companhia. As aplicações da nova resina cobrem desde bandejas para iogurte obtidas por form-fill-seal (FFS) até embalagens para sobremesas e copos descartáveis, entre outros recipientes. Outras petroquímicas com atuação no Brasil, como a Voridian e a M&G, referências na área de resinas PET, a Politeno, em polietileno, e a Polibrasil, em polipropileno, também acabam de lançar novas resinas que contemplam maior transparência para uma série de aplicações em embalagens flexíveis e rígidas (algumas delas, aliás, recentemente abordadas por EmbalagemMarca nº 68, de abril de 2005). Sabe-se ainda que esses mesmos nomes possuem mais novidades apelativas à transparência na boca do forno. É aguardar para ver.

novo conceito de embalagem nessa área, o Insight. Nele, dois painéis transparentes, suportando impressão em frente-e-verso, formam um cartucho com perfil elíptico em sua profundidade, similar ao da Dr. Oetker, cuja tampa e fundo rígidos podem ser customizados de acordo com o design do produto acondicionado. Mais: travas violáveis ou invioláveis podem ser incluídas em seu projeto. “O Insight pode até ser uma alternativa logisticamente vantajosa a certas embalagens rígidas, pois são entregues vazias, como luvas”, afirma Azeredo. Até por serem novidades, sem massa crítica consumidora, o Insight e demais cartuchos transparentes high tech impõem custos maiores que os dos cartuchos convencionais. Não são, porém, exclusividade de produtos de luxo ou de alto apelo premium. A própria Rigesa vem cavando espaços no chamado mercado de mídia, com luvas para cases de CDs, e passou a fornecer cartuchos de PVC, em meados do ano passado, para as tintas de impressoras domésticas da Helios e, meses atrás, para esparadrapos especiais das chancelas Band-Aid e First Aid, da Johnson & Johnson, importados para os mercados americano, canadense e japonês. Outro trabalho, porém em PP, foi a embalagem de um kit de branqueamento dentário da marca Kavo.

Reafirmação de imagem De fato, tourear a busca caótica por reduções de custo nas indústrias tem sido desafio para a expansão desse tipo de embalagem no Brasil. Todavia, não é o único, lembra Marcos de Miranda, gerente industrial da Confetti, empresa paulistana atuante desde 1982 na transformação de chapas plásticas, com freguesia cativa nos mercados de papelaria e de produtos escolares, que decidiu afinar sua vocação no escôo de embalagens também há pouco mais de dois anos – quando investiu na obtenção de um novo sistema de colagem das chapas de PP obtidas por extrusão por ela própria. “É preciso espalhar aos designers e profissionais de marketing as possibilidades de trabalho e a viabilidade industrial dessas embalagens, além de passar a borracha num histórico que joga contra”, ele levanta. Explica-se. Muitos cartuchos plásticos ofertados no passado por certos fornecedores não vincavam bem, apresentavam problemas de ancoragem da impressão e suas colagens 24 >>> EmbalagemMarca >>> junho 2005

CARNAVAL – Com chapas de PP, Confetti já coleciona clientes em várias áreas, como na de cosméticos e até na de telefonia (no canto inferior)

eram qualquer nota. “Daí estarmos empenhados numa reafirmação da imagem desse tipo de apresentação”, comenta Miranda. O (re)trabalho tem recebido boas acolhidas por cosméticos, puxadas por vips dessa área, como a Natura, em cartuchos e em estojos para kits promocionais, e por laboratórios, em fármacos de maior valor agregado vendidos over the counter, ou seja, sem prescrição. Até a área de telefonia, por meio da operadora Vivo, solicitou à Confetti uma embalagem com efeitos de transparência, para a comercialização de um aparelho celular da grife Motorola. De olho numa tendência em maturação no mercado, a Confetti prepara terreno para o lançamento de cartuchos transparentes de rápida degradação, mais amigáveis ao ambiente, sedimentados em tecnologias licenciadas na praça local pela RES Brasil (abordadas por EMBALAGEMMARCA nas edições 52, de dezembro de 2003, e 61, de setembro de 2004). “Já existem projetos em fases em avançadas, que deverão chegar logo ao varejo”, antecipa o executivo da Confetti. Quem igualmente visualiza oportunidades no país para os cartuchos de polipropileno com efeitos diáfanos e também brande possuir um sistema especial de colagem é a gaúcha Igel. “Para potencializar esse mercado, desenvolvemos e patenteamos um sistema único, que permite uma soldagem limpa, transparente e muito e muito resistente, proporcionando um excelente acabamento no cartucho”, anuncia o coorPORTFÓLIO – Trabalhos da Igel, baseados num sistema especial de colagem para PP. Entre eles, a luva para latas de atum Pescador

denador de marketing Léo Mussulini Machado, detalhando que os mais recentes trabalhos da Igel nessa área contemplaram marcas como Natura, Tramontina, Souza Cruz, Mundial e Grendene. Numa utilização inovadora, a Igel forneceu luvas de PP transparente até para o atum em lata Pescador, da catarinense Femepe. “É um exemplo de como as embalagens transparentes, com acabamentos especiais e garantindo visualização imediata, valorizam todos os tipos de produto”, diz Machado. Muito longe de gozar por aqui da popularidade observada nos mercados americano e europeu, os cartuchos plásticos transparentes, justamente por causa desse crescimento de oferta, têm à frente um caminho florido no ainda verde terreno brasileiro. “Cremos na sua difusão num efeito cascata, através da adoção por marcas formadoras de opinião em suas áreas e pela tendência do ‘siga o líder’”, antevê Miranda, da Confetti. “Aí, pela progressiva competição pautada pelo bom nível, valer-se de um diferencial em apresentação desse tipo será cada vez mais oportuno”. Certo é que, com os consumidores mais e mais exigentes, é natural a valorização cada vez maior dos produtos cujas embalagens, além de permitir a visualização daquilo que se está vendendo, entreguem diferenciais como o da transparência e das composições visuais garantidas por ela. Se sua empresa quiser apostar nisso, bastará usar a transparência em seu sentido figurado mais conhecido, o de definir ações claras e diretas e,

AGI Klearfold www.agiklearfold.com Braskem (11) 3443-9999 www.braskem.com.br Dow (11) 5188-9000 www.dow.com Confetti (11) 5696-3600 www.confetti.com.br Igel (51) 3041-8300 www.igel.com.br Milliken (11) 3043-7944 www.clearpp.com Polibrasil (11) 3445-5917 www.polibrasil.com.br Politeno 0800 704 0110 www.politeno.com.br RES Brasil (19) 3871-5185 www.resbrasil.com.br Rigesa (19) 3707-4000 www.rigesa.com.br

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fechamentos >>> proteção

Vale o quanto protege Feito a partir de PVC, novo selo de proteção promete assepsia total Por Livia Deorsola onstatada a crescente preocupação do consumidor com o nível de higiene não só no processo de produção, mas também de venda dos produtos alimentícios e de bebidas, o mercado prepara-se para se adequar e encontra novas soluções. Neste cenário, para ocupar um espaço que julga ainda pouco explorado, a Propack Indústria e Comércio de Plásticos desenvolveu um selo de proteção, que batizou como Top Seal. Na esteira do selo higiênico de alumínio que estreou em latas de cerveja, o produto da Propack foi desenvolvido a partir de uma cápsula de PVC termoencolhível, selada no topo com um disco do mesmo material ou de

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FOTOS: STUDIO AG – ANDRÉ GODOY

HIGIENE – Selos plásticos de proteção podem adaptar-se a embalagens com diferentes formatos, e permitem a inclusão de fitilho para facilitar a abertura

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polipropileno. Segundo o fabricante, a inovação apresenta vantagens sobre o similar de alumínio: por ser mais rígido, o selo feito de PVC não “trepida” e impede qualquer contato direto das latinhas e outras embalagens com o conteúdo. Essa possibilidade, segundo Francisco Amante, diretor comercial da Propack, existe quando se trata do selo de alumínio. “Em contato com a água, o alumínio oxida e, se a área de fora da lata for contaminada, o risco de o alimento também se contaminar existe”, afirma Amante.

Versatilidade O executivo afirma que o lacre e o selo podem ser aplicados a qualquer tipo de embala-

FORA DE CONTROLE – Contaminação em geral ocorre fora da indústria, e pode afetar o consumidor no momento do consumo

gem, de latas a potes de vidro e embalagens assépticas. A aplicação é simples. Primeiramente, o produto que será protegido passa por um túnel de encolhimento do lacre. Ao encolher, é formado um anel no centro, sobre o qual será colocado o selo, na parte superior, vedando completamente o recipiente. O novo produto também possibilita a aplicação de fitilho para abertura da cápsula. Como ferramenta de marketing, o selo pode receber a impressão do logotipo da empresa, do produto ou de mensagens, serviço também prestado pela Propack. A aplicação do lacre é feita na velocidade de 500 unidades por minuto, e a do selo, a mil unidades por minuto. Portanto, para maior agilidade, o processo pode comportar duas máquinas para o lacre e uma para a colocação do selo. Segundo Amante, tanto o lacre quanto o selo são recicláveis e só aguardam o resultado do laudo do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) para poderem ser comercializados.

Otimismo fundamentado As boas expectativas da Propack para que o novo selo seja bem recebido pelos fabricantes estão embasadas em dois aspectos. O primeiro diz respeito ao valor que é agregado ao produto, na medida em que embalagens mais protegidas chamam mais a atenção do consumidor. “Geralmente, o problema das condições de higiene não se dão na fabricação, mas sim na armazenagem nos locais de venda”, acredita o diretor. O gelo usado por vendedores ambulantes e quiosques para resfriar os produtos, por exemplo, é o principal agente de contaminação das diversas embalagens de be30 >>> EmbalagemMarca >>> junho 2005

Propack (11) 4785-3700 www.propack.com.br

bidas, fato confirmado por estudo feito pelo Cetea (Centro de Tecnologia de Embalagem) do ITAL – Instituto de Tecnologia de Alimentos. A expectativa é reforçada por um bom antecedente: a cervejaria Petrópolis, fabricante das marcas Crystal e Itaipava – as primeiras a adotarem o selo protetor de alumínio – viu sua participação no mercado nacional de cervejas aumentar 20% depois do investimento em higiene nos pontos-de-venda, segundo a assessoria de imprensa da empresa. Vale lembrar que a proteção é válida não apenas para produtos consumidos diretamente na embalagem, já que muitos produtos, no ato de consumo, podem entrar em contato com a parte externa dos recipientes que os acondicionam. O segundo aspecto refere-se à certeza de que se trata de uma inovação. De acordo com o departamento comercial da Propack, há no país oito requisições de patentes de selos protetores de embalagens, mas nenhuma é conflitante com o top seal, cuja patente já foi requerida. “Agora temos um ano para que ela seja confirmada nos outros países”, acrescenta Amante. A exportação do selo ainda não está programada, mas a empresa adianta que pretende nomear concessionárias para comercializar o produto em outros países. “Antes, temos de sentir o mercado brasileiro”, pondera o diretor. Embora o consumidor reconheça valor nos produtos mais bem protegidos, resta saber quanto a inovação encarecerá o produto final, pois a Propack não quis falar em custos. MAIS VENDAS – Com a adoção de selos de proteção de alumínio, Cervejaria Petrópolis viu participação de suas marcas Itaipava e Crystal aumentar em 20% no mercado de cervejas

logística >>> hortifrutigranjeiros

Protegidas, paletizadas e frescas Caixa de papelão ondulado específica para manga, nova aposta da Rigesa om o desenvolvimento de uma nova caixa destinada ao acondicionamento e ao transporte de frutas – mais especificamente, mangas – a Rigesa acaba de apresentar um caminho para a solução de um problema da área que remonta a uns vinte anos e, na época, constituiu um grande avanço. O fato se deu quando a produção de manga começou a ganhar força no pólo agroindustrial do Vale do São Francisco, hoje responsável por cerca de 60% das 845 mil toneladas do fruto produzidas anualmente no Brasil. Surgiu então uma embalagem que prometia solucionar as perdas causadas pelo transporte precário do alimento. Feita de papelão ondulado, com capacidade para 6 quilos, ela foi projetada em formato trapezoidal, de maneira a compor, nos caminhões, dutos livres entre as caixas, permitindo circulação de ar. “Foi uma forma de tentar suprir a

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COLUNAR – Uma das vantagens da embalagem é a resistência ao empilhametno

falta de cadeia refrigerada”, observa o engenheiro agrônomo Lucas Gutierrez. Ao lado das condenadas caixas de madeira, que vão dos produtores aos centros de distribuição e supermercados sem passar por processos adequados de higienização, aquelas embalagens até hoje constituem o sistema de acondicionamento mais disseminado no mercado brasileiro de manga. O problema, lembra Gutierrez, também especialista de produto da Rigesa, é que elas não cumprem um princípio

Mercado de aves e suínos também está guarnecido Saindo do mercado hortifruti granjeiro e entrando nos seg mentos de carne de frango, ovos e carne suína, novas emba lagens ganham espaço com a promessa de dinamizar as vendas, agregando rentabilidade ao negócio. Essas são as propostas da Klabin, que apresentou, entre os dias 11 e 13 de maio último, na AveSui 2005 – Feira da In dústria Latino-Americana de Aves e Suínos, realizada em Florianópolis (SC), sua linha de cai xas de papelão ondulado destinada a atender às necessidades específicas desses setores.

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Entre as novidades havia as embalagens display, para exposição nas gôndolas, e um sistema bag-in-box em que uma caixa de papelão ondulado é dotada de bolsa plástica interna, permitindo o transporte e o acondiciona mento de produtos líquidos ou pastosos. Soluções voltadas para a exportação de carnes de

frango e suínas também foram apresentadas. “A AveSui 2005 foi mais uma oportunidade de demonstrar nosso comprometimento em oferecer produtos customizados, que unem inova ção, tecnologia e alta qualidade”, assinala o diretor comercial de embalagens da Klabin, Carlos Alberto Masili.

básico do empilhamento de hortifrutigranjeiros, que é alinhar as paredes da embalagem uma exatamente sobre a outra. É o chamado “empilhamento colunar”, que protege os produtos acondicionados ao impedir que o peso da mercadoria disposta acima cause danos e machucados às que estão mais abaixo. Numa tentativa de resolver essa e outras deficiências daquelas embalagens criadas na já distante década de 80 do século passado, a Rigesa anunciou em maio último o Projeto Manga 12. Trata-se de uma embalagem específica para essa fruta, com capacidade para 12 quilos. Segundo a empresa, ela apresenta uma série de vantagens em relação às caixas de 6 quilos atualmente dominantes no setor. A primeira delas é a resistência ao empilhamento, garantida por paredes providas de estruturas reforçadas, especialmente desenvolvidas para suportar o peso de pilhas com alturas elevadas. Outro ponto positivo destacado é a adequação à paletização, “mais uma deficiência das embalagens de 6 quilos”, lembra Ailton de Salles Pupo, gerente de desenvolvimento de produtos da Rigesa. “Além dessas vantagens, nossa embalagem é aberta, pois foi desenvolvida para ser exposta no ponto-de-venda”, ele completa. Ao lado de visualização melhor dos frutos, tal detalhe favorece a ventilação durante o transporte, essencial no caso de frutos como mangas.

Estratégia de fornecimento Desenvolvida para o mercado interno, a nova embalagem leva a chancela Plaform, que a Rigesa utiliza sob licença internacional em embalagens destinadas a diferentes hortifrutigranjeiros. Para ostentar essa marca, o papelão ondulado utilizado precisa, entre outras exigências, apresentar gramaturas específicas e ser submetido a testes severos de resistência a empilhamento e umidade. A idéia é fornecer, em lojas de embalagem como a que foi inaugurada em 2003 na região da Ceagesp, em São Paulo, as caixas já montadas, ou, no caso de grandes produtores, instalar nas próprias fazendas os equipamentos necessários para a montagem. A impressão segue layout padrão, que pode receber a marca do produtor. Pode-se prever que o trabalho à frente será árduo, considerando que, principalmente de novembro a janeiro, no período de safra, muitos produtores transportam suas mangas diretamente nos caminhões, sem qualquer sistema de embalagem ou proteção. As perdas nessas condições ultrapassam 30% da produção. Por outro lado, é inegável o potencial econômico do cultivo de manga, que em 2001 liderou o ranking de faturamento entre as frutas frescas exportadas pelo Brasil, rendendo aos produtores 50,8 milhões de dólares, valor correspondente a 93 400 toneladas. Klabin www.klabin.com.br (11) 4588 7215

Rigesa www.rigesa.com.br (19) 3869-9331

evento >>> luxe pack brasil

Formas de travessia Feira de embalagens de prestígio mostra como viabilizar projetos de design para produtos sofisticados. Apesar de se dirigirem a uma parcela reduzida da população, estimada em 10%, trata-se de um contingente comprador de quase 20 milhões de pessoas, maior que o de vários países. Não é por menos que fornecedores internacionais marcam crescente presença no Brasil e na Luxe Pack. Segundo Salvatore Privitera, da SPR International, empresa responsável pela realização do evento, os 24 expositores da edição de 2005 da Luxe Pack foram unânimes em dizer que “foi atingido alto nível de internacionalização e é previsível que a feira de 2006 poderá chegar a aproximadamente trinta expositores”. No entanto, levando em conta que se trata de um mercado seleto e muito seg-

omo anunciado na edição anterior, de maio último, EMBALAGEMMARCA apresenta a seguir a cobertura da quarta edição da Luxe Pack Brasil’2005 – Feira de Embalagem dos Produtos de Luxo para América Latina, realizada nos dias 13 e 14 de abril, no Centro de Eventos São Luís, em São Paulo. Além de apresentar uma exposição visualmente atraente e estimulante do ponto-devista de negócios e de uma série de palestras focadas em agregação de valor, o evento deu margem a algumas reflexões sobre o mercado de artigos de prestígio no Brasil. Foi possível concluir, por exemplo, que o país se projeta cada vez mais como um poderoso mercado

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mentado, ele considera que “aumentar demais esse número significaria mudar a verdadeira identidade da Luxe Pack, cuja proposta é explorar o universo mais sofisticado da embalagem dos produtos de luxo”. Isso foi feito de maneira concreta com a apresentação de inúmeros exemplos do que há de mais interessante em termos de materiais e produtos acabados para o segmento de embalagens sofisticadas, respaldadas por tecnologia de ponta. Foi, também, uma oportunidade de estudar formas de travessia da ponte que leva do projeto criativo a sua viabilidade – tema sempre presente na discussão do que é bom design (ver o texto lateral). Veja a seguir os destaques da feira.

Resina aromatizada A Eastman lançou na feira sua mais recente novidade: a resina Tenite aromatizada. Na verdade, essa matéria-prima – Tenite celulósico – foi apresentada ao mercado pela empresa na década de 20, mas só no início deste ano surgiu em diferentes versões aromatiza das. Segundo Gabriel Crosta, gerente da Área de Especialidades Plásticas da Eastman para o Mer -

cosul, a Tenite pode ser usada em diversos produtos, para aromatizar escovas de dente, canetas, reló gios, óculos, ou então a tampa de um perfume, com o próprio aroma do produto. A aromatização é feita na matriz da resina e não superficialmente, garantindo duração de vários anos ao aroma. (11) 5506-9989 www.eastman.com.br

Melodie é o nome da válvula pump lançada pela Saint-Gobain Calmar na Luxe Pack Brasil. Segundo o fabricante, as características do produto respondem às necessidades, muito específicas, da indústria de perfumaria de luxo. A peça permite melhor inteFOTO: DIVULGAÇÃO

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gração por ser fabricada em dimensões pequenas. Possui vedação total (evita vazamentos do líquido), e seu sistema de pulverização é muito suave, permitindo fácil manuseio pelo usuário. (11) 3874-7933 www.calmar.com

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Válvula na medida

Devaneios com os pés no chão Não vai longe o tempo em que os departamentos de engenharia das indústrias de embalagem tinham todas as razões para queixar-se de vôos de imaginação de alguns designers. A reclamação básica era de que esses profissionais, afora as habituais exceções, costumavam devanear em seu trabalho, criando projetos inviáveis. De um lado, não havia máquinas capazes de executar certas funções, como uma dobra ou um acabamento contidos no projeto de um cartucho ou de um frasco. De outro, não havia materiais com propriedades adequadas para fazer o objeto desejado. Em resumo, haveria, se não um confronto insolúvel de nefelibatas com a turma do pé-nochão, pelo menos um grande vácuo de informação por parte dos designers. O problema parece continuar existindo, agora de forma avessa, como colocou recentemente, num evento em São Paulo, Gaylon White, diretor global de Programas de Design da Eastman Chemical Company. Ele participava como convidado especial da quarta edição sulamerican a da Luxe Pack Brasil’2005 – Feira de Embalagem dos Produtos de Luxo para a América Latina, que aconteceu nos dias 13 e 14 de abril, em São Paulo. Segundo White, a tecnologia aplicada aos equipamentos e novos materiais se desenvolve em tal velocidade que fica difícil para os designers acompanhar sua evolução. A rigor, da palestra daquele profissional seria possível deduzir que hoje praticamente não há limites para a concre-

Elemento que dá valor A Rigesa desta cou, durante o evento, a força da embalagem trans parente como elemento de adição de valor aos pro dutos através do lançamento da

embalagem Insight, criada pela AGI Klearfold – abordada, aliás, na reportagem de capa desta edição (ver pág. 22). (19) 3707-4000 www.rigesa.com.br

tização dos mais ousados projetos de embalagem. Vital, como sempre foi, é a aproximação com os técnicos das empresas que fornecem insumos e equipamentos, bem como esforçar-se para acompanhar a torrencial literatura técnica que se produz. Segundo White, da parte dos fornecedores esse empenho já ocorre. Ele observou que “nos últimos anos a força do design causou uma grande mudança no processo de desenvolvimento de produtos, o que constitui uma oportunidade para os fornecedores de materiais se tornarem participantes-chaves no processo inovador”. No entanto, pensa ele, “esses fornecedores devem fechar a distância de conhecimento existente entre os mundos de materiais e de design”. Citando o exemplo da própria Eastman, o executivo afirmou que a empresa está se esforçando para estreitar essa distância que tem separado tradicionalmente os designers dos engenheiros e químicos, que são as fontes do conhecimento de materiais. Importante nessa direção, frisou, foi o lançamento do website do Innovation Lab da Eastman (www.eastmaninnovationlab.com), em 2004. Trata-se de um recurso criativo para conectar aos materiais da Eastman proprietários de marcas, designers e profissionais que decidem ou influenciam decisões. Na tentativa de formar e redefinir o valor das capacidades da empresa para engajar novos mercados e clientes procurou-se “olhar os materiais a partir da perspectiva dos designers”. Em resposta à queixa relativamente recorrente dos profissionais de criação sobre a escassez de materiais disponíveis para auxiliá-los no processo de desenvolvimento, o Innnovation Lab – “fá-

O diamante de Britney O público pôde conhecer o frasco do perfume da cantora Britney Spears, fabricado pela francesa Verrerie Pochet, representada por um escritório comercial no Brasil. O recipiente tem formato de diamante, evidenciado por meio da cor azul. Lançado no final de 2004, o perfume já vendeu 10 milhões de unidades em várias partes do mundo. A mesma empresa idealizou o frasco para o perfume do navegador Amyr Klink. É uma peça em formato de vela na cor azul, que lembra os tons da água do mar. (11) 4432-1350 [email protected]

Sacola oficial em estilo clean Conhecida como uma das principais empresas que ofe recem soluções in tegradas para embalagens sofisti cadas, a Antilhas mais uma vez foi a

idealizadora da sa cola oficial da Luxe Pack Brasil. Este ano, optou por ado tar um estilo clean, que por sua vez permitiu o uso de técnica especial.

Foi aplicada na peça uma camada de verniz que, em contato com a luz, oferece tom peroli zado. (11) 4152-1111 www.antilhas.com.br

Saiu, não tem volta A Alcan Packaging Cebal deu destaque ao tubo Airless para produtos que contenham formulações sensíveis, principalmente voltados para cuidados com e

pele. O segredo do lançamento resvala em uma engenhosa válvula existente na cabeça do tubo. O mecanismo dispensa o produto e, automaticamente, bloqueia o orifício, protegendo-o contra o risco de degradação prolongada, já que não há retorno de ar para o interior do tubo. A novidade está disponível no diâmetro 25mm, e sua capacidade de envase é de 15ml a 50ml. (11) 4273-4700 www.alcan.com.br

cil de navegar e altamente visual”, nas palavras do palestrante – descreve, por exemplo, os atributos dos materiais em linguagem simples, não técnica. Apresenta 28 aplicações relevantes com links de rede para informações adicionais e vídeo clips de designers falando sobre produtos e embalagens inovadoras. Em materiais, White fez dois destaques. O primeiro foi para o já conhecido Glass Polymer, nome comercial de diversas resinas plásticas de copoliésteres que resultam em material tão transparente quanto o vidro. O outro foi para o Tenite aromatizado (ver pg 26), apresentado na Luxepack. Na opinião do apresentador, esses dois materiais dão nova dimensão à embalagem de luxo e sintetizam o espírito da seção Inspiração do site, um apelo aos designers: “Mudem sua percepção hoje; façam diferente amanhã”. Em outras palavras, uma recomendação para que continuem a devanear – com os pés no chão.

Papéis com apelo A ArjoWiggins, do segmento de papéis finos, apresentou como novidades os papéis Cool Fire, cujo apelo diferenciado é a alteração da cor em função de um toque por meio dos dedos ou pelo fato de estar acondicionado em ambiente de temperatura mais alta. Os flocos vermelhos existentes no papel desaparecem por alguns instantes. Mostrou também o Wet Artc, que proporciona a sensação de estar molhado, não só pelo visual, mas pela baixa rigidez. Já o Linear é caracterizado por linhas impressas muito finas. (11) 4028-9654 www.arjowiggins.com.br

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Liberdade de design Funcionalidade versus estética foi a proposta da DuPont no evento, com foco no desenvolvimento de material científico para embalagens de cosméticos e higiene

pessoal. Uma das novidades ficou por conta dos efeitos de decoração obtidos por meio da tecnologia DuPont Thick Wall Bottle (TWB). Resultado de um programa de co-desenvolvimento entre a DuPont e a Cheun Kyung of South Korea, a tecnologia Thick Wall Bottle permite empregar a resina Surlyn em mono ou multicamadas e com outros materiais, como polipropileno, polietileno ou EVOH. Esta técnica proporciona mais liberdade de design, permitindo alcançar efeitos visuais diferenciados nos recipientes. (11) 4166-8542 www.dupont.com.br

Na esteira da onda verde-amarela Maior empresa de cartonagem do Brasil, a Greco Prete exibiu em seu estande estojos finos em papelão Paraná, ou pardo, caixas micro-onduladas, sacolas e uma série de embalagens personalizadas. O destaque fi cou por conta da embalagem fabricada para o perfume Linda Mulher (O Boticário). Seguindo

a trajetória de valorização do conceito “o Brasil está na moda”, a embalagem interna foi fabricada em verde e no for mato de berço, capaz de prote ger a embalagem de vidro tan to na parte superior como na inferior. (11) 6239-1222 www.embalagensgreco.ind.br

Amostra interativa de acabamentos A Congraf Indústria Gráfica, que vem dando firmes passos para fincar pé na indústria farmacêu tica, utilizou sua participação na Luxe Pack Brasil como instrumento de consolida ção da imagem de fornecedora de cartu chos de pa pel cartão para cosméticos e

perfumes. Para isso, lançou na feira seu Catálogo Especial. Além de apresentar o fluxo de trabalho dentro da empresa e os equipamentos de que está dotada, a peça é impressa com a aplicação de variados recursos especiais de acabamen to, constituindo-se numa amostra in terativa. (11) 5563-3466 www.congraf.com.br

Termoencolhíveis na crista da onda Não há quem não tenha ouvido falar das imensas oportunidades de negócios com rótulos termoencolhíveis. Multiplicam-se nas prateleiras dos supermercados os produtos que recorrem a esse tipo de decoração para tentar atrair o consumidor. Conseqüentemente, é cada vez maior o número de convertedores de rótulos auto-adesivos que estudam entrar nesse barco, movimentando, assim, a indústria de insumos e equipamentos (veja cobertura do Label Summit Latin America 2005 na página 70).

No Brasil, o número de fornecedores desses rótulos que se contraem sob calor pulou de dois para mais de uma dezena em pouco mais de dois anos, e espera-se, ainda para 2005, a entrada de novos – e portentosos – players nesse mercado para brigar por projetos igualmente grandes em desenvolvimento nas pranchetas dos end-users. Por isso, EMBALAGEMMARCA resolveu focar esta seção com cases internacionais de embalagens justamente em dois produtos comercializados

nos Estados Unidos que alavancaram suas vendas com adoção de rótulos termoencolhíveis – ou shrink sleeve labels, como se diz por lá. Esses e outros cases – não apenas de rotulagem, vale frisar – poderão ser vistos na feira de negócios Pack Expo Las Vegas, a ocorrer entre os dias 26 e 28 de setembro próximo. O evento é organizado pelo PMMI – Packaging Machinery Manufacturers Institute, entidade que congrega os fabricantes americanos de equipamentos para embalagens.

Linguagem fashion A Synergy Body Care, empresa fabricante de produtos de cuidados pessoais, optou por rótulos termoencolhíveis para decorar a sua nova linha Swanky Girl (Garota na Moda, numa tradução aproximada) de hidratantes, gel de banhos e cremes bronzeadores. A idéia era pegar carona no conceito de vanguarda do produto. A impressão em rotogravura com oito cores foi feita sobre um substrato de PET-G com coeficiente de encolhimento entre 75% e 80%, apropriado para amoldar-se perfeitamente às garrafas quadradas com gargalo estreito que compõem a linha. O drástico

encolhimento necessário demandou também um trabalho de compensação de tons e de distorção do desenho por parte da Ameri-Seal, fornecedora dos rótulos. A parceria entre cliente e fornecedor se estende para a aplicação dos rótulos, feita onsite pela própria Ameri-Seal. Segundo Brooke Hansen, CEO da Synergy, isso gerou grandes economias em tempo, equipamentos e estoque. “Além disso, a embalagem final foi um grande sucesso, gerando uma impressionante elevação de 50% nas vendas da empresa”, ela informa. www.ameri-seal.com

A Penzoil-Quaker State Oil deu nova roupagem à sua linha automotiva Black Magic, apostando no visual premium criado pela combinação de cores de impacto. As embalagens em PET, com capacidade para 473ml e 680ml, foram recobertas por um rótulo impresso em rotogravura com oito cores, onde predominam o vermelho vibrante, o

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preto e o prata. Além disso, os frascos dos produtos destinados à limpeza e à conservação de veículos contam com a praticidade de um gatilho aplicador. Esse último detalhe levou o fabricante a investir na ergonomia do frasco, o que resultou em grandes desafios no projeto do rótulo. Além da já tradicional compensação do desenho,

uma estrutura de filme – hoje patenteada pela Penzoil-Quaker – foi desenvolvida exclusivamente para garantir a perfeita acomodação do rótulo na embalagem após o encolhimento. Esse trabalho foi realizado pela SleeveCo, empresa convertedora dos rótulos, em conjunto com a agência de design WBK. www.sleeveco.com

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Tecnologia garante magia negra

evento >>> fce pharma e fce cosmetique

Aquecimento conjunto Desempenhos das feiras FCE Pharma e FCE Cosmetique acompanham as boas situações dos mercados de medicamentos e de cosméticos Por Leandro Haberli ompletando dez anos no Brasil em 2005, as feiras de negócios FCE Pharma e FCE Cosmetique, organizadas paralelamente desde o início, deixaram evidente nas suas mais recentes edições, ocorridas entre os dias 17 a 19 de maio no Transamérica Expo Center, em São Paulo, a boa situação vivida por seus mercados-alvo. Na área de cosméticos, brindada por consideráveis crescimentos do mercado doméstico nos últimos anos, discorrer sobre seu estado de euforia soaria repetitivo. Entretanto, a edição deste ano desses eventos conjuntos ganhou força pelo momento do setor farmacêutico, que após seis anos consecutivos de queda no consumo de seus produtos no país, registrou um bom 2004, com aumento de 10,3% em volume de vendas em relação a 2003, de acordo com dados da Febrafarma – Federação Brasilei-

C

ra da Indústria Farmacêutica. “O reaquecimento da economia acabou impulsionando as vendas de medicamentos”, explica Ciro Mortella, presidente da entidade.

Diante desse cenário, os eventos, organizados pela VNU Business Media Brasil, bisaram neste ano um caráter já exaltado em suas edições do ano passado: a de acontecimentos especializados e técnicos, que congregam os formadores de opinião dos elos dessas cadeias produtivas e efetivamente funcionam como plataformas para a introdução de novas tendências e de novidades tecnológicas. “São eventos ideais para lançar novos conceitos, familiarizar-se com as tendências de mercado e marcar presença entre clientes e amigos”, reforça Ulisses Sabará, diretor da Beraca Sabará, fornecedora de embalagens na área de cosméticos. EMBALAGEMMARCA reporta, a seguir, novidades em embalagens conferidas por sua reportagem nessas duas feiras comerciais, que juntas reuniram mais de 450 expositores e foram visitadas por mais de 17 000 pessoas.

União em prol da beleza destaca frascos roll-on e frasnagas Dividindo o mesmo espaço de exposição e sob a chancela Alcan Packaging Beauty, a TPI Molplastic e a Cebal Brasil, empresas re centemente adquiridas pela divi são de embalagens da Alcan, apresentaram ao mercado de cosméticos e produtos de beleza

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novidades conjuntas resultantes da incorporação de seus portfólios ao da gigante canadense. Uma delas foi a linha de frascos transparentes com aplicadores roll-on indicada para lip-gloss e sombra cremosa. Segundo a área de marketing da empresa, a embalagem tem paredes de espessura elevada, e pode ser usada para acondicionar linha solar, itens de skin care e maquiagem em pó. Já a família Tottle, outro lançamento da Alcan Packaging Beauty na feira, é formada pelas chamadas frasnagas, embala gens plásticas cujas pequenas capacidades (30ml) se prestam à

grande variedade de aplicações: as frasnagas da família Tottle podem ser usadas para acondicionar diversos itens de higiene e beleza, e são indicadas para ser levadas em nécessaires e kits de viagem. (11) 5541-8990 www.alcan.com.br

Frascos miniaturizados, coqueluche em alta perfumaria? A subsidiária brasileira da multinacional ítalo-americana Emsar, especializada em atuadores, válvulas e dispensers em geral, apresentou três novidades na feira. A primeira foi a válvula Elegance, que, importada da Itália, destinase ao segmento de alta perfumaria. Segundo Wagner Saes, gerente comercial da Emsar Brasil, o produto é mais baixo que os concorrentes: tem altura de entre 11mm contra 14mm e 15mm de outras válvulas com o mesmo posicionamento de mercado. “A idéia é direcioná-la a projetos envolvendo frascos menores, de 30ml até 100ml”, ele explica. “Embora ainda estejam poucos

difundidos no Brasil, na Europa os frascos miniaturizados consti tuem uma clara tendência no mercado de perfumaria.” Também focada em acondicionamentos com menores capacidades, a Emsar trouxe a seu estande amostras do Mini Mist. Trata-se de uma embalagem completa voltada a amostragem de perfumaria. É feita de polietileno (PE), e comporta apenas 3ml. “O Mini Mist também é importado, mas pretendemos nacionalizar sua produção”, revela o gerente da Emsar. O último lançamento da empresa foi o espumador por compressão EcoSqueeze. Projetada para acondicionamentos do tipo squeezable, essa válvula representa uma nova forma de transformar líquidos em espuma, favorecendo sua aplicação em

outros mercados além do cosmético, como o de produtos automotivos e limpeza doméstica. “Em vez de acionar o atuador, basta apertar a própria embalagem para se obter uma espuma substanciosa”, descreve Wagner Saes. (11) 4195-5566 www.emsargroup.com

Valor em tampas e estojos iridescentes Dentro da sua linha de fechamentos para perfumes e estojos para maquiagem, a Incom Packing aproveitou a feira para mostrar alguns lançamentos. O mais recente é o estojo para maquiagem Luna, disponível nas versões de pó compacto, duo de sombras e blush e unitária. Com formas circulares, esta última traz novidades em termos de pigmentação. O estojo é produzido com efeito iridescente, cujo brilho é mais aparente na tampa do produto. “A idéia foi dar um toque ainda maior de requinte ao produto”, define Daniella Corrêa Caçador, da área de

marketing da empresa. Ainda na área de maquiagem, outra novidade levada pela Incom à feira foi o estojo Lumini, indicado para todos os tipos de compactação, inclusive trio de sombras. Já na área de tampas para perfume a Incom aproveitou o evento para reforçar a divulgação de duas novidades, ambas feitas com a resina Surlyn, “matéria-prima de alta qualidade, que permite grande variação de cores e transparências”, lembra Caçador. Foram as tampas Sophia e a Claire (no detalhe). (11) 4173-9921 www.incom.com.br

Espaços reduzidos com alta definição Interessada em expandir o fornecimento de impressoras de identificação de produtos com a chamada simbologia em espaço reduzido (RSS, na sigla em inglês), concebida para permitir que a indústria farmacêutica possa fazer marcação individual de cada unidade de medicamento, a Zebra Technologies participou do evento expondo a impressora térmica TLP3842. Segundo a empresa, o equipamento combina o suporte à simbologia RSS com impressão em alta resolução, “gerando códigos de barra, logotipos, gráficos e textos de forma clara e precisa”. A empresa também destacou suas impressoras portáteis com suporte à tecnologia por rádio-freqüência. Tal linha compõe a série QL, criada com exclusividade para a indústria farmacêutica. (11) 3857-1466 www.zebra.com

Tubos extrudados, nova aposta da Embale Conhecida por fabricar bisnagas plásticas pelo processo de sopro e in jeção, a Embale , de Join ville (SC), anunciou du rante a feira a compra de uma extrusora que lhe permitiu ampliar a produtiva capacidade desse tipo de embala gem para 2 milhões de unidades por mês. Os processos de sopro e in jeção, que a empresa

define como mais ágeis para atender clientes que precisam de peque nas tiragens, serão mantidos. Mas, segun do André Rossi, da área comercial, além de au mentar a capacidade produtiva, o investimen to na tecnologia de ex trusão permite obter bisnagas com melhor acabamento em relação às feitas por sopro e in -

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jeção. “Elas podem ser decoradas com aplica ções de hot stamping, e impressas em off-set (até seis cores) ou silkscreen”, diz Rossi. As tampas são de fabrica ção própria, e as bisna gas, que podem ser for necidas com fundo aber to ou fechado, são mo nocamada. (47) 439-5454 [email protected]

Contornos mais definidos, ângulos mais retos A catarinense Inplavel apresentou ao mercado de cosméticos uma nova linha de frascos de polietileno de alta densidade (PEAD) voltada ao acondicionamento de produtos como xampus, condicionadores, cremes de tratamento corporal e hidratantes. Em relação a outros frascos da empresa, a nova família de embalagens tem linhas de contorno mais definidas, formando paredes com ângulos mais retos. “Essa é uma tendência em frascos plásticos, pois permite ampliar a área de decoração”, diz Carlos Tavares, da área de desenvolvimento de produto. De encaixe, formando o que o profissional descreve como sistema auto-lacrável, “que dificulta a abertura após o envase”, as tampas da nova linha são feitas de polipropileno (PP) em

duas peças. As possibilidades de efeitos visuais são variadas. “Podemos fazê-las com efeito translúcido, misturando pigmentos opacos, ou ainda granulados que simulam o brilho da purpurina.” As tampas também podem receber detalhes em hot-stamping, aplicada por uma parceira da Inplavel, a Daelco, de Joinville (SC). Tal decoração é 1mm acima da base da tampa. Essa peculiaridade é bradada como um diferencial competitivo. “A maior parte das empresas aplica o hot stamping exatamente na base da tampa, mas percebemos que, quando colocado 1mm acima, o processo de decoração é sensivelmente otimizado”, conclui Carlos Tavares. (47) 439-5454 www.inplavel.com.br

Para blisters com alta barreira Com forte atuação no mercado global de laminados rígidos de PVC, a Klöckner Pentaplast mostrou sua gama de filmes aplicáveis em blisters de embalagens farmacêuticas. Para medicamentos mais sensíveis, que requerem barreira a umidade, raios ultra-violeta e gases, a empresa destacou as possibilidades da família

Pentapharm, composta por diferentes tipos de filmes laminados (PVC, PVC/PVdC, PVC/PE/PVdC e Aclar). Outra marca voltada à área farmacêutica é a Pentamed, de filmes para embalagem de produtos para diagnóstico e dispositivos médicos. (11) 4613-9999 www.kpfilms.com

Facilitando o transporte e a estocagem nos picos de demanda Na área logística, a Rentank , fabri cante de contentores de aço utiliza dos no mercado de cosméticos duran te os processos de fabricação, transporte e armazenagem, apresentou duas novidades. Com formato cilíndrico e fundo estampado dotado de válvula de escoamento, o MiniTank RGBD tem capacidade de 1000 litros e bag interno de polietileno ou nylon poli que elimina a necessidade de la vagem. O outro lançamento foi o Mi niTank Cind 40, que também tem ca pacidade de 100 litros, porém foi de senvolvido com formato cúbico. Segundo Kleber Ludovico, gerente co mercial da Rentank, os dois produ tos, que podem ser comprados ou alugados por períodos determinados, eliminam perdas e otimizam o espaço disponível nos caminhões em proces sos de transporte. “Além disso, esse tipo de embalagem permite estoca gem provisória, preparando as em presas do setor de cosmético para o aumento da demanda que normal mente ocorre em datas especiais como o Dia das Mães”, conclui Ludo vico. Entre os usuários dos contento res da Rentank há empresas como Avon, O Boticário, Unilever e Natura. (11) 4138-9268 www.rentank.com.br

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Válvulas versáteis em aplicação e tamanhos Produzindo 4 milhões de válvulas pump por mês, o Grupo Aerogas lançou na feira dois novos modelos desse tipo de acessório de embalagem. O primeiro é disponibilizado na medida de 15mm, e pode ser aplicado às embalagens por recrave ou rosca. Com diâmetro maior, de 20mm, o outro lançamento em válvulas pump do Grupo Aerogas é fixado apenas por recrave. Feitas de polipropileno (PP), as duas novidades podem ser fornecidas em cores variadas, e são voltadas principalmente para perfumes. “Mas também podem ser adapta-

das a cosméticos mais viscosos, incluindo géis de fixação e silicones para cabelo”, acrescenta Selma Morais, do departamento comercial da empresa. Também forte em válvulas para aerossóis, o Grupo Aerogas aproveitou o evento para divulgar suas novas instalações para preparação de cosméticos. Atuando nesse setor há mais de trinta anos, a empresa quer acentuar a oferta de serviços de terceirização de formulação e manipulação de produtos de beleza. (11) 3601-1314 www.aerogas.com.br

Portáteis mono ou multicamadas

Lista dos laureados

Sugerindo uma revolução no mercado brasileiro de bisnagas plásticas, a C-Pack apresentou na feira seu Slim Tube. Com formato compacto, portátil e anatômico, o produto foi desenvolvido para ser levado em bolsas femininas ou outros compartimentos que não disponham de muito espaço, como porta-luvas de veículos. Segundo a empresa, trata-se da primeira embalagem posicionada nessa categoria produzida no Brasil. Apesar da compactação, o Slim Tube

Em sua 9ª edição, o Prêmio Excelência Farma 2005, promovido pela FCE em conjunto com a Febrafarma – Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica, teve sua cerimônia de entrega realizada em 17 de maio, após o encerramento do primeiro dia da feira. Criado em 1997 como forma de reconhecer os fornecedores da indústria farmacêutica, o prêmio é dividido em quatro segmentos, e ocorreu no restaurante do pavilhão Transamérica, onde foi feita a 10ª edição da FCE Pharma. Abaixo, EMBALAGEMMARCA destaca os vencedores das catorze categorias que compuseram o segmento Materiais de Embalagem:

é dotado de frente ampla, com laterais estreitas, de modo a oferecer maior área de decoração e mais possibilidades de impressão. Extrudado em mono ou multicamadas, o produto pode ser oferecido com recursos para embalagens translúcidas ou pigmentadas, tampas alinhadas à superfície frontal, hot stamping com posicionamento por câmera, entre outros detalhes de acabamento. (11) 5562-8671 www.c-pack.com.br

• Ampolas/Frascos para parenterais: Schott Brasil • Cartuchos Mácron Indústria Gráfica • Bulas Laramara Associação Brasileira Assistência ao Deficiente Visual • Rótulos Prodesmaq

Encapsuladora fácil de operar Na parte de equipamentos, a unidade brasileira da alemã Bosch, focada no fornecimento de encartuchadoras e encapsuladoras para toda a América Latina, aproveitou o evento para divulgar a aquisição da Sigpack, que marca sua estratégia de expansão global no mercado de embalagem. Entre os lançamentos, a empresa apresentou sua nova encapsuladora modelo GKF 700 BR. Montado no Brasil, o equipamento tem entre seus destaques a velocidade de produção, que atinge até 42 000 cápsulas por hora. Uma balança para checagem dinâmica de peso dos cartuchos, fabricada pela Ishida, do Japão, também foi destacada

no estande da empresa. De acordo com o diretor comercial da Bosch, Kurt Stefan Klaiber, a principal característica desses equipamentos é a facilidade de operação. O novo modelo de encapsuladora traz, por exemplo, controle com tela touchscreen contendo mensagens em português. “Como fabricante de máquinas, observamos que o papel fiscalizador da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem favorecido o crescimento da demanda por equipamentos mais modernos entre os laboratórios de medicamento”, observou o diretor comercial da empresa. (11) 4191-6800 www.boschpackaging.com

• Caixas de papelão Fábrica de Papel e Papelão Nossa Senhora da Penha • Frascos plásticos Allplas Embalagens • Tampas plásticas Védat • Frascos de vidro Wheaton • Bisnagas de alumínio CBE Bandeirantes de Embalagens • Laminados de plástico (PVC, PVDC, etc) Plastwal • Laminados de alumínio Alcan Embalagens do Brasil • Laminados de papel/poliéster Bafema • Tampas de borracha/ selos de alumínio Farmacap • Melhor desenvolvimento de embalagem “Child-proof” Védat junho 2005 <<< EmbalagemMarca <<< 49

conveniência >>> alimentos

Separação na hora certa Com divisórias removíveis, embalagem de refeições executivas facilita consumo ncurtar as distâncias que separam empresários e agências de design envolvidas, entre outros projetos, na criação de marcas e embalagens. Essa é uma das propostas do Centro de Design Paraná, entidade com menos de dez anos de existência que tem mostrado fôlego na organização de atividades de apoio a empresas interessadas no desenvolvimento de novos produtos. Uma das boas idéias desenvolvidas por profissionais assistidos por tal iniciativa foi a Executive Box, embalagem criada para facilitar o transporte e o consumo de refeições vendidas em serviços de entrega (“delivery”). O projeto foi um dos destaques do programa Criação Paraná, que recentemente promoveu em um shopping de Curitiba uma exposição aberta ao público, com 41 novos desenvolvimentos em embalagem e design gráfico e estrutural.

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SEM MISTURA – Durante o transporte, divisórias fazem seu papel. Na hora do consumo, saem junto com a tampa

Divisórias com carrier acoplado Criada pela empresa Ecofábrica Design Verde, a Executive Box é feita de papelão ondulado não impermeabilizado, e conta com espaço próprio para disposição de talheres. A fim de evitar infiltração de gordura e outros líquidos provenientes dos alimentos no material celulósico não tratado, os responsáveis

Centro de Design Paraná (41) 3018-7332 www.centrodedesign.org.br Ecofábrica Design Verde (41) 3029-3207 www.ecofabrica.com.br

pelo projeto criaram um berço de poliestireno (PS). A grande novidade da embalagem, porém, fica por conta de um peculiar sistema de divisória que, além de separar os alimentos, faz as vezes de carrier. Funciona assim porque as divisórias, ao contrário do que normalmente ocorre em embalagens de alimentos prontos e semiprontos, são independentes do berço plástico, formando peças separadas. Estão ligadas, porém, a uma alça de mão, também feita de PS, que entra numa fenda da tampa. Dessa forma, quando a tampa é retirada pelo consumidor, as divisórias, que já impediram a indesejável miscelânea da comida durante o sacolejar do transporte, saem junto, facilitando tarefas tão triviais quanto o corte de um bife. Lacres adesivos e dobras nas paredes laterais de papelão evitam a separação da tampa do corpo da embalagem quando esta é carregada pela alça plástica. “A vantagem está na possibilidade de o consumidor fazer a refeição sem as inconvenientes divisórias”, definem os profissionais da Ecofábrica Design Verde. A Executive Box está em fase de testes, e os fornecedores dos materiais de embalagem ainda não foram definidos. Em breve, porém, o sistema deverá estar em uso no mercado curitibano por um dos clientes da empresa, a Lanchonetes Engenheiro dos Sanduíches.

O ÇÃ GA UL DIV : S EN AG IM

UNIDAS – Feitas de PS, alça e divisórias formam única peça, que entra numa fenda da tampa

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PASSO-A-PASSO – Para abrir a embalagem, basta retirar os lacres adesivos (fig.1), levantar as duas abas maiores da tampa (fig.2) e retirar a tampa puxando a alça para cima (fig.3)

evento >>> interpack 2005

Gigante conti Alta dos negócios internacionais e crescime para visitação e internacionalização recordes Por Guilherme Kamio, enviado a Düsseldorf olta e meia atribui-se ao negócio de embalagens a condição de termômetro da atividade econômica em geral, num enlace de fatores tão reto e direto que, em algumas utilizações, soa ao simplismo, ao açodamento ou à escora num lugar-comum. Essa relação, contudo, esteou a maioria das análises sobre o desempenho sem precedentes da edição de 2005 da Interpack, feira trienal de negócios em embalagens aberta neste ano entre os dias 21 e 27 de abril em Düsseldorf, Alemanha. Para a organizadora do evento, a Messe Düsseldorf, idem para diversos especialistas ouvidos, os recordes de número de expositores – 2 668, de 57 nações, espalhados numa área de 164 000 metros quadrados – e de público, com 176 000 visitantes, 55% deles originários de 106 diferentes países, espelham o cenário atual, de relações comerciais globalizadas como nunca e de economias emergentes com seus mercados internos em ebulição, casos da China, da Índia, dos atores do Leste Europeu e, em escalas mais discretas, dos países sul-americanos também. Como pedra de toque dessas interpretações, um recente anúncio de instituições européias de estudos econômicos era sempre lembrado: a indústria de embalagens gerou no ano passado o maior valor em volume de produção global já registrado, de cerca de 400 bilhões de euros – algo próximo a 515 bilhões de dólares e a 1,2 trilhão de reais. “O momento econômico positivo contribuiu para que mais de dois terços dos visitantes do show fossem de efetivos tomadores de decisão, e dos mais variados pontos do

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nua a crescer nto de economias emergentes contribuem da edição de 2005 da feira alemã Interpack globo”, comenta Wilhelm Niedergöker, diretor administrativo da Messe Düsseldorf. De fato, os dezoito pavilhões da Interpack 2005 formavam uma babel, e o potencial do evento não passou em brancas nuvens para empresas brasileiras de embalagens. Cerca de vinte delas, da área de plásticos, lotaram um estande do programa setorial Export Plastic. Outras empreenderam vôos solo. A Abre – Associação Brasileira de 7 dias Embalagem também representou a cadeia nacional do packaging com um 18 pavilhões estande no principal afluente da feira. 2 668 expositores Quanto a tendências e novas tecnologias em embalagem, a Interpack deste 164 000 m2 de área ano reservou dois salões, os Innovation176 000 visitantes parcs, para soluções em identificação por radiofreqüência (RFID) e para os bioplásticos, base de produtos compostáveis ou de rápida degradação. Em doses regulares, EMBALAGEMMARCA trará nas próximas edições as novidades apresentadas em máquinas durante o evento – modelos capazes de, por exemplo, encher mais de 70 000 garrafas numa hora, formar 1 200 blisters por minuto e com mecanismos de setup rápidos e amigáveis como nunca se viu. Nas páginas a seFERVURA – Entre os guir, mostramos novos conceitos em embalagem e sistedestaques da feira, mas que atraíram a atenção da reportagem lá presente. Aos 96 800 visitantes leitores, bom apetite – ou melhor, guten apetit, como estrangeiros, máquinas dizem os alemães. velozes e bioplásticos

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Os números da Interpack 2005

Um misto de tubo e de garrafa para bebidas A suíça Aisapack apresentou em seu estande o resultado de uma parceria fechada com a finlandesa Huhtamaki: o Cyclero, um inovador recipiente para bebidas. Trata-se de um tubo laminado de alta barreira, com estrutura de polietileno e foil de alumínio, afixado a um ombro, tampa e base de plástico rígido. Esse híbrido entre tubo e garrafa suporta envase asséptico e pode rodar em linhas standard de enchimento de garrafas de PET. “A idéia do desenvolvimento do Cyclero foi combinar os principais pontos fortes das outras embalagens de bebidas numa só”, comenta JeanLuc Luisier, da área de marketing da Aisapack. “Cremos que o Cyclero tem apelo para quaisquer tipos de bebidas, mas especialmente para as ‘new age’, como energéticos, isotônicos e outras bebidas funcionais. É uma embalagem adequada ao

consumo em movimento.” A Aisapack também apresentou sua nova linha Lamex de tubos laminados embarcados com Bacomex – tecnologia que soluciona a permeabilidade dos ombros, ponto fraco dos tubos quanto ao provimento de propriedades de barreira, por meio da construção dessas peças numa estrutura multicamadas, com o EVOH como agente isolante. “A novidade é volta da a cosméticos , cre mes farmacêuticos e outros produtos visco sos que valorizam a conveniência do tubo, mas d e prote precisam çã o que , num mesmo grau, somente o vidro e metais poderiam oferecer até agora”, diz Luisier, destacando ainda o fato de os tubos Lamex poderem ser decorados em toda a sua circunferência, pois eles não possuem a costura (solda) lateral típica dos tubos laminados.

Fitilho abre, adesivo fecha ( v e j a o i n f o g r á f i c o a b a i x o ). “É o fim das facas e tesouras para abrir e dos clipes e pre gadores para fechar as embalagens”, diz Claudio Rai mondo, gerente de marke ting da Ilapak. O sistema Strip-it pode ser aplicado a embalagens de diversos for matos, como flow packs, pil low packs, pouches quatro soldas e saquinhos block bot tom. Elas são produzidas já com o acessório na máquina form-fill-seal vertical Vega tronic 2000.

www.ilapak.com No Brasil: (11) 5103-0863

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FOTO: ANDRÉ GODOY - STUDIO AG

Uma solução criativa para embalagens plásticas flexí veis, especificamente para aquelas de alimentos consu midos em frações, foi mos trada na Interpack pela fabri cante italiana de máquinas Ilapak. O Strip-it conjuga um sistema de fácil abertura, na forma de uma aba que acio na um fitilho, a um sistema que permite tornar a fechar a embalagem. Logo abaixo da tira de abertura há uma ou tra que, retirada, revela uma faixa adesiva. Enrolando-se o topo da embalagem para bai xo, a embalagem se fecha

Aerossol híbrido, um sorriso ao design Um novo conceito em embalagem para aerossóis foi destacado pela Corus Packaging Group na feira. A novidade atende pelo nome The Buzz (algo como “O Zumbido” na tradução para o português) e separa as duas funções básicas de um aerossol, o armazena mento do produto e o mecanismo spray. Explica-se. Um reservatório plástico na parte externa retém o conteúdo, sem pressurização, e possibilita diversos trabalhos de design de formato, en-

Lata inteligente coordena a mistura De olho no crescente mercado de bebidas saudáveis e com propriedades funcionais, a Ball Packaging Europe apresentou na Interpack 2005 a Fresh Can, uma nova lata inteligente. Ela é capaz de manter vitaminas, sais minerais e outros suplementos nutricionais sem contato com o líquido acondicionado até o momento de sua abertura, uma vez que se sabe que substâncias nutritivas, como certas vitaminas, perdem sua eficácia após curto período em soluções aquosas. O pulo-dogato da Fresh Can é a presença, em seu interior, de um compartimento plástico que mantém

estanques os ingredientes especiais. Quando o consumidor abre a lata, a queda de pressão aciona o mecanismo de abertura da caixinha plástica, o que promove a dissolução das substâncias tônicas na bebida. “Produtos que até hoje o consumidor só podia consumir nas formas de tabletes ou de pós agora também podem ser vendidos como bebidas”, ilustra Sylvia Blömker, relações-públicas da Ball. O compartimento plástico fica livre, flutuando entre a bebida, e é fornecido separadamente da lata, para não complicar a logística de entrega.

www.ball-europe.com

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quanto o núcleo de aço é responsável pelo mecanismo propelente. “A parte externa plástica proporciona uma liberdade de design inimaginável e, nesse sentido, uma ampla gama de perfis, materiais, cores e decorações está disponível para criar visuais únicos, garantindo diferenciação nas gôndolas e uma experiência única para o consumidor”, alardeia Roger Steens, gerente de marketing da Corus Packaging Group.

www.corusgroup.com

“Bottle in the bottle” e nova rolha sintética O conceito “bottle in the bottle” de emba lagens para cosméticos e medicamen tos, desenvolvido pela transformadora alemã Gaplast, foi vedete do estande da DuPont. Consiste num exoesqueleto de PET ou de outro termoplástico com uma bolsa em seu interior fabricada com a re sina ionomérica Surlyn, da DuPont, para armazenamento do produto. Uma válvula especial operada sem ar garante o isolamento total do conteúdo, que, sem contato com o ambiente, não se contamina por germes – dispensando-se, assim, o uso pesado de conservantes no produto. Esse mecanismo foi patenteado pela DuPont sob o nome AirLEssMOTION. Segundo Horst Ulrich Reimer, relações-públicas da DuPont na Alemanha, “os prod utores de embalagens beneficiam-se com um alto grau de liberdade de design do estojo externo e, se ele e a bolsa de Surlyn forem transparentes, ganha-se uma apresentação de alto apelo estético, na qual o conteúdo parece flutuar”. A Du Pont também destacou uma rolha sintética desenvolvida pela cliente austríaca Anton Volpini De Maestri Packaging. Lançada com a marca Vinotop, o fechamento possui núcleo expandido em Elvax, copolímero de etileno e acetato de vinila (EVA) especial da DuPont, e uma ca mada externa em elastômero. “É um produto certificado para contato com bebidas pelo FDA americano e que não interfere no buquê do vinho”, assegura Reimer.

www.dupont.com No Brasil: 0800 1717 15

Multifoliadas cada vez mais versáteis Com negócios focados no ramo de latas cartonadas multifoliadas, a alemã Weidenhammer comemorava na Interpack 50 anos de atividades. Em sintonia com o jubileu, a companhia lançou uma nova linha de latas, a EvoCan. Fruto de três anos de testes e um investimento de 2,5 milhões de euros, sua principal melhoria diz respeito ao mecanismo de selagem, que, diz a companhia, “proporciona a retirada do selo de

vedação de um modo suave e sem deixar arestas afiadas como nunca se viu” (imagem 1). Entre itens recém-lançados no mercado europeu com suas embalagens, a Weidenhammer destacou um novo café em almofadas da holandesa Ahold, o Zingles, mirado no público single (imagem 2). “O selo de vedação dessa lata possui uma válvula de sentido único, para permitir a ‘respiração’ do café”, ressalta Ulrike Be-

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cker, gerente de vendas da Weidenhammer. Outra menina dos olhos da companhia é o barril cartonado que acaba de estrear no mercado europeu acondicionando o vinho Medinet, da vinícola alemã Langgut Erben (imagem 3). Ele visa brigar com os bag-in-boxes de formato cúbico e, da mesma forma que eles, também apresenta um bag de alta barreira em seu interior.

www.weidenhammer.de

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Alternativa às sport caps

Carnes com MAP e sequinhas

Dentro da tendência de lançamento de bebidas para o consumo on-thego (fora dos lares), a produtora de fechamentos Seaquist Closures exibiu na Interpack o caso da nova água mineral Levissima Issima, da Nestlé, que acaba de ser lançada na Itália com sua tampa SimpliDrink. Do tipo flip top, e capaz de ser acionada com apenas uma das mãos, essa tampa visa competir com as tampas do tipo sport cap. “Ela é uma alternativa vantajosa frente às ou-

Multinacional finlandesa com negócios em embalagens plásticas em di versos países, a Huhtamaki lançou na feira uma nova opção dentro de sua linha Top Tray de bandejas de EPS (poliestireno expandido) para carnes, aves e peixes frescos, a Top Tray M+. A nova bandeja foi desenhada especialmente para o trabalho com atmosfera modificada (MAP), tecnologia que estende a shelf life dos produtos in natura, preserva suas característi cas naturais e elimina uso de conservantes e aditivos. Com propriedades de

tras tampas esportivas, pois possui um septo interno que controla a saída da água durante o consumo e um bocal higiênico, protegido por uma sobretampa”, divulga Helena Sigler, do marketing da Seaquist na França. “Aliada à garrafa de PET, em forma de cantil e decorada com rótulo termoencolhível, a SimpliDrink constrói uma embalagem de água perfeita para o público jovem e para as crianças”.

www.seaquistclosures.com No Brasil: (11) 4141-2626

barreira garantidas por uma laminação de polietileno e EVOH, a Top Tray M+ também apresenta uma estrutura de células abertas que faz todos os sucos da carne e o sangue serem absorvidos pela própria bandeja, dispensando assim o uso adicional de absorventes.

www.huhtamaki.com

A primeira garrafa originada do milho Produtos destacados no estande da SIG Corpoplast, as novas garrafas plásticas da água mineral americana Biota são as primeiras compostáveis no mundo – submetidas ao calor, à umidade e a microorganismos, as embalagens decompõem-se em água, dióxido de carbono e material orgânico. O atributo ecologicamente amigável é mérito da matéria-prima utilizada, o bioplástico ácido poliláctico NatureWorks PLA, da Cargill Dow, obtido a partir do milho. Três diferentes pré-formas, para a produção das quatro garrafas componentes da família Biota, são injetadas em uma estação da Husky e depois sopradas numa sopradora Blomax 10 Series III, da SIG Corpoplast.

De acordo com a SIG, a produção de recipientes para bebidas com a resina PLA não difere significativamente da baseada em PET, garantindo até velocidades similares. Todavia, ela é restrita ao atendimento de bebidas não-gasosas, uma vez que o bioplástico não garante barreira. Por isso, crê a SIG, o PLA tende a concorrer com o polipropileno. Em tempo: o nome Biota é sigla para Blame It On The Altitude (“culpe a altitude”, numa tradução livre do inglês), expressão popular no Estado americano do Colorado, local da fonte da água, a 9 010 metros acima do nível do mar.

www.sigcorpoplast.com www.natureworksllc.com

Colagem, o trunfo das novas bandejas para congelados Membro do grupo finlandês de celulose e papéis UPM-Kymenne dedicado à laminação e revestimento de materiais, a Walki Wisa demonstrou na feira uma nova linha de bandejas para refeições prontas congeladas. Produzidas com diferentes tipos de papel cartão e uma camada de barreira de poliéster resistente ao calor, as embalagens WalkiTray são fornecidas prontas para irem do freezer ao forno, seja o convencional ou o de microondas, e podem levar metalização, dando crocância às refeições. “O filme de poliéster é aplicado ao cartão numa laminação com cola em vez do tradicional revestimento por extrusão. Isso ofere-

ce melhor adesão entre a camada de barreira e o cartão, além de a cola tolerar melhor o aquecimento”, diz Stefan Erdmann, da área de vendas técnicas e P&D da unidade alemã da Walki Wisa. “Vale também ressaltar que, diante da exigência de flexibilidade no fornecimento, a colagem habilita produções em menores volumes que o revestimento por extrusão.” Outro chamariz para o produto na Europa: como levam menos de 5% de plástico em sua composição, as bandejas WalkiTray são classificadas como de um único material, amortizando as chamadas “taxas verdes”.

w3.walkiwisa.upm-kymmene.com

Alimentos no rastro do RFID Tradicional provedora de soluções em processamento, fatiamento e acondicionamento de carnes e alimentos frescos em geral, a Convenient Food Systems (CFS) apresentou na feira alemã soluções automatizadas e totalmente integradas para implemento de RFID em seus sistemas de embalagem. A aplicação das etiquetas RFID (transponders) nas embalagens fica a cargo das rotuladoras Tiro-

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Label. Antenas embutidas nas máquinas de embalagem gravam, então, os dados requeridos nas etiquetas, garantindo rastreamento individual das embalagens. A CFS informa dispor de uma série de aplicações para o casamento de suas soluções RFID com os mais diversos sistemas de ERP utilizados pelas indústrias.

www.cfs.com No Brasil: (19) 3707-5400

Pílulas seguras e sachê conveniente

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Referência na área de embalagens plásticas na Europa, o grupo RPC mostrou na Interpack algumas recentes inovações de suas empresas controladas. Na área farmacêutica, o destaque ficou por conta do Safe T Pac, estojo em polipropileno para fármacos vendidos em blisters, que traz um mecanismo de segurança contra o manejo por crianças (imagem 1). Para acessar as pílulas, o consumidor deve pressionar duas travas simultaneamen-

te e então girar a parte superior da embalagem – “tarefa fácil para adultos e para idosos, porém complica-

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da para crianças”, argumenta a RPC. Já na seara das flexíveis, por meio da controlada Cobelplast, a RPC realçou o novo sachê SqueezMe!, recém-adotado pela Heinz em seus ketchups e molhos especiais no mercado belga (imagem 2). Com uma estrutura co-extrudada de alta barreira em poliestireno/EVOH/polietileno o sachê oferece uma aba que, ao ser torcida e retirada, provê ao consumidor um mecanismo de fácil abertura.

www.rpc-group.com

Uma sacaria mais verde

Pré-feitos com sliders

Como “alternativa ecológica e tecnicamente vantajosa” aos sacos para itens hortifrutícolas fabricados com redes e ráfia sintéticas, detentores de 95% do mercado mundial, a austríaca Verpackungs Zentrum exibiu sua tecnologia de produção de sacaria DoubleTwist com têxteis baseados em matérias-primas naturais e renováveis – tais como celulose, linho, algodão e até cânhamo (maconha). Nessa tecnologia, os filamentos são enrolados uns aos outros

As embalagens FlexZiBox foram as estrelas da multinacional alemã da área de filmes técnicos Nordenia em Düsseldorf. São pouches com formato do tipo quatro soldas com zíperes do tipo sli der embutidos em sua fronte, e não no topo – construção que, segundo a companhia, elimina riscos de avarias no acessório durante processos logísticos das embalagens já enchidas. Os pouches FlexZiBox são fornecidos pré-fabrica dos em estruturas que variam de acordo com os requisitos do produto, trazem uma membrana selada no verso do zíper para evitar contaminações e podem ainda acoplar uma alça para transporte em seu topo. A Nordenia aposta no potencial da solu ção para o acondicionamento de cosméticos, alimentos secos e cereais, produtos de jardinagem e, principalmente, de pet food. “Já existe alta demanda dessa área e esperamos alto consumo em particular no Leste Europeu, onde embalagens premade são novidades de mercado”, conta Sabine Scheele, da área de marketing da Nordenia. Segun do ela, a FlexZiBox agora está sendo introduzida nos Estados Unidos, onde a Nordenia possui uma planta industrial.

duas vezes, revertendo num elevado grau de resistência à tensão. As redes Double-Twist podem ser fornecidas em bobinas, permitindo o enchimento de sacos em máquinas automáticas, e, segundo a VPZ, sem o risco de “perdas de ponto” como acontece com os sintéticos – o que resulta em buracos por onde o produto acondicionado pode escapar. Os sacos ecológicos podem ser usados repetidas vezes e são compostáveis.

www.vpz.at

www.nordenia.com

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Num só aperto, duas espumas distintas à mão Apresentado como o primeiro mecanismo para for mação de espuma com câmara dupla no mundo, o Dual Foamer foi destaque no estande da holandesa Airspray em Düsseldorf. Duas pequenas válvulas pump espuma ntes são ativadas por um único aciona dor, dispensando quantidades iguais de dois compo nentes numa vazão total de 0,8ml por ataque. O fe -

chamento é, portanto, indicado para produtos forma d o s p or d o i s c o m p o n e n t e s q u e d e v e m permanecer separados até o momen to do uso. “São os casos de novos cosméticos antiacne e anti-sinais, de loções bronzeadoras e de medi camentos, inclusive veterinários”, comenta Norbert de Jong, gerente de marketing e vendas da Airs pray. Recentemente, o Dual Foa mer g anhou sua primeira utilização comercial na Europa. Trata-se de um produto para desinfecção hos pitalar, da inglesa Tristel, baseado n o d i ó x i d o d e c l o r o ( à dir. ) . “ P a r a máxima eficácia contra bactérias e vírus, o dióxido de cloro é gerado i m e d i a t a m e n t e a n t e s do u s o a t r a vés da mistura de dois componen tes químicos”, explica de Jong.

www.airspray.net

Rótulos inovadores, longe de serem commodities O estande do braço europeu da fabricante japonesa de impressoras KoPack atraiu grande público ao pavilhão 8 da feira com as demonstrações da Euroflex 400 UV Film Press, flexográfica de banda estreita lançada para a conversão de rótulos termoencolhíveis, wrap-around e convencionais produzidos em filmes de PET-G (PET aditivado com glicol), PVC e poliestireno orientado (OPS). Durante o evento, a máquina encontrava-se configurada para impressão

na traseira.” Outro pioneirismo exibido foi o rótulo wrap-around com janela utilizado pela Pepsi na Polônia (imagem 2). Com duas camadas de filme, impressas em ambas as faces, o rótulo apresenta em seu verso cupons destacáveis, com cortes feitos em linha na 400 UV. “É um produto especial para promoções e que estimula a separação do rótulo da garrafa, ajudando o processo de reciclagem”, diz Anna.

www.ko-pack.co.uk

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FOTOS: ANDRÉ GODOY - STUDIO AG

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em 12 cores por meio de duas centrais, gerando rótulos termoencolhíveis impressos em seis cores em cada uma de suas faces numa só passagem (imagem 1). “A 400 UV permite outras configurações para impressão nas duas faces da web”, salienta Anna Lovelock, gerente de marketing da Ko-Pack. “Exemplos: dez cores, imprimindo-se oito na face e duas no verso; oito cores, com seis na face e duas no verso; e seis cores, sendo quatro na face e duas

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In-mold enobrece aerossóis Em seu estande, a ho landesa Ten Cate Plasti cum destacou tampas plásticas injetadas para aerossóis ornadas com rótulos in-mold. A idéia da companhia é propor cionar às indústrias embalagens com vi suais de impacto nos pontos-de-venda atra vés da integração da decoração litográfica do corpo das latas com os gráficos estampados nas tampas. “A criação de produtos com identi dades únicas é facilita da pela possibilidade de aplicação de diversos efeitos no rótulo inmold, como imagens fo -

tográficas de alta reso lução, hologramas, me talizações, detalhes que brilham no escuro e re levo. Tudo isso sem fa lar em tintas especiais que promovem texturas suaves ou um melhor grip ( a g a r r a m e n t o ) d a peça”, detalha Jeroen Jonker, diretor da Ten Cate Plasticum. “Quere mos mostrar que o inmold não é uma tecno logia restrita a potes e tampas de potes e mó veis, e é um meio eco nômico de se obter uma tamp a customizada, pois prescinde de cus tos em ferramental.”

www.tcplasticum.com

Zíperes de última geração

Ideais para iguarias

Companhia inglesa que brande a liderança no fornecimento de zíperes para embalagens plásti -

Pontuado por grande competitividade, o mercado europeu de choco lates e confeitos nobres é o principal alvo da alemã Reuther Verpac kung. A companhia divulgou na Interpack o seu produto de força para indústrias dessa área, saquinhos do tipo block bottom fornecidos préformados com uma janela para visualização do conteúdo. Para garantir proteção ao produto e

cas flexíveis na Europa, a Supreme Plastics re velou na Interpack 2005 a Keyseal Advan ce, nova geração de zí peres para pouches. De acordo com a fabrican te, a nova linha garante alta performance na se lagem e eficácia produ tiva em máquinas formfill-seal e de conversão de pouches. A série compreende zíperes es pecialmente desenvolvi dos para pouches de produtos refrigerados e congelados ( na foto ) e um novo zíper retorta ble, para pouches de alimentos úmidos, que suporta processamento sob temperaturas de até 129º C por 45 mi nutos.

www.supremeplastics.com

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ao mesmo tempo apelo premium, a estrutura dessas embalagens combina polipropileno orientado (OPP) com pa pel como camada externa. “É possível obter janelas com desenhos únicos e reforçar a sofisti cação da embalagem com vernizes brilhantes ou foscos, metalizações, relevo e hot stamping”, anuncia Bernard Reu ther, presidente da fornecedora.

Internacional e seletivo Encontro reúne a nata da cadeia de rotulagem do Brasil e de outros países os dias 17 e 18 de maio, São Paulo recebeu importante evento internacional ligado à cadeia de rotulagem. Trata-se do Latin American Label Summit 2005 (Cúpula Latino-Americana de Etiquetas), que juntou no hotel WTC Gran Meliá uma mistura de seminário e feira. Durante os dois dias, palestrantes falaram para uma platéia seleta sobre temas que variavam de tendências em rotulagem a inovações técnicas. Paralelamente, cerca de cinqüenta empresas ocuparam mesas para mostrar novidades e para reforçar sua presença na região. Entre palestrantes, expositores e visitantes, quase 580 profissionais estiveram reunidos para discutir os possíveis caminhos da indústria de rótulos e etiquetas na América Latina. Dadas as limitações de espaço, nem todos os expositores puderam levar seus produtos. Não foi possível ver máquinas em funcionamento, por exemplo. Mas a possibilidade de estar frente a frente com clientes em potencial animou os expositores. “O público do Label Summit foi muito selecionado”, explica Eduardo Xavier Pinto, gerente de vendas da Comprint. “Estavam presentes lá quase todos os principais convertedores de rótulos do Brasil, o que foi ótimo do ponto de vista de relacionamentos.” Fabio Braga, gerente de marketing da Braga Produtos Adesivos, concorda. “A feira foi pequena, mas muito focada nos convertedores”, ele diz. “Fizemos bons contatos, sobretudo com pessoas vindas de outros países latino-americanos.” A presença internacional foi celebrada também por Carlos Chahestian, gerente de produto da Heidelberg. “A vinda de muitos estrangeiros mostra a importância desse evento, que foi um ponto de encontro de grandes empresas interessadas em novidades e na movimentação do mercado”, analisa. Internacional também era o perfil dos palestrantes e dos expositores – o que fez do inglês e do espanhol idiomas quase tão ouvidos durante os dois dias quanto o português. Muitas empresas vieram de fora para estudar melhor o mercado latino-americano e, sobretudo,

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o brasileiro. Foi o caso da RotoMetrics, como explica o responsável pela área de vendas internacionais da empresa, Walmir Rocha. “O evento superou as nossas expectativas e refletiu com clareza as excelentes oportunidades na América Latina, bem como a determinação e o talento dos empresários da região”. Paulo Ruffini, da Stork Prints, também enxergou no Label Summit uma ocasião para conhecer mais a

Aproveitando o vácuo O Label Summit Latin America teve no dia 16 de maio último, em São Paulo, uma espécie de complemento – por antecipação – num evento dirigido à cadeia de convertedores organizado por três importantes empresas do setor: Ahlstrom (liners para auto-adesivos), BASF (adesivos) e Wacker Silicones. Aproveitando o interesse despertado pelo Label Summit, as três empresas uniram esforços para promover, no Hotel Blue Tree Towers Morumbi, um seminário de um dia de duração sobre laminados sensíveis à pressão, ao qual compareceram mais de 100 representantes de empresas do setor. Resumidamente, além de rápidas apresentações dos perfis das empre-

sas patrocinadoras, o seminário ofereceu profusos dados técnicos sobre as especialidades de cada uma e orientações para obter os melhores resultados industriais e mercadológicos de seu uso. A rigor, a ação de oportunidade baseou-se, declaradamente, num dado que endossa a informação de que não só o mercado mundial para auto-adesivos está aumentando, mas também de que isso ocorre de forma especial na América Latina, onde os números anuais de expansão poderão atingir dois dígitos. Outra tendência que estaria se consolidando, pelo que se pôde depreender do evento, é a da mudança da base-solvente parta solvent-free.

fundo as necessidades dos clientes da América Latina. Ruffini avalia que a Cúpula de Etiquetas “foi uma oportunidade interessante para discutir e entender melhor as questões, as tendências e as tecnologias que afetam o convertedor da região”. Contatos. Essa parece ter sido a chave para as boas impressões deixadas pelo Label Summit. Rocha, que está baseado na RotoMetrics dos Estados Unidos, conta que o encontro teve ainda a função de colocá-lo em contato com clientes que ele só conhecia por telefone. Miguel Troccoli, da PTC, foi outro que usou a ocasião para “se apresentar”. Conhecido no meio, onde atua há vários anos, ele assumiu recentemente a representação da Mark Andy no Brasil, fato que pôde comunicar formalmente durante os dois dias do evento. Oportunidade semelhante teve a Gafor, empresa que distribui os substratos para autoadesivos da italiana Arconvert. De acordo com a gerente de negócios da empresa, Roselene Martins, “o Label Summit foi muito positivo, pois pudemos mostrar que a Arconvert está de volta ao mercado brasileiro, com estoque local e pronta entrega”.

Prévia da Labelexpo Pelo lado dos convertedores, o balanço também foi positivo. Na avaliação de Alexandre Chatziefstratiou, diretor industrial da Prakolar, “foi excelente”. Sempre atento às novidades disponíveis para o setor, Chatziefstratiou classificou o evento como uma prévia da Labelexpo que ocorre em setembro em Bruxelas, na Bélgica (ver quadro na página 70). “Pudemos estar em contato com alguns dos principais fornecedores mundiais da cadeia de rótulos, o que constituiu uma ótima oportunidade para

BOM PÚBLICO – Na exposição, profissionais qualificados

esclarecer dúvidas técnicas, observar tendências e estreitar relacionamentos”, opina. Daniel Arippol, diretor de marketing e planejamento estratégico da Novelprint, corrobora a opinião de Chatziefstratiou. “O Label Summit foi muito bom para nos mantermos atualizados com as tecnologias mais recentes disponíveis para a nossa indústria.” Baseado em opiniões semelhantes emitidas por outros convertedores, John Wurzburger, vice-presidente e gerente geral de materiais e produtos do escritório da América do Sul da Avery Dennison, principal patrocinadora do evento, acredita que “a Cúpula demonstrou ter sido de grande valor para a indústria”, e diz que “a Avery Dennison continuará a apoiar eventos de atualização para os profissionais da indústria de conversão de etiquetas”. Atenta ao que ocorria não apenas no evento, mas também às conversas de bastidores, a equipe de EMBALAGEMMARCA presente ao evento identificou algumas tendências centrais do mercado de rótulos. Como os principais produtos e tecnologias apresentados durante o Label Summit já haviam sido mostrados nas duas edições anteriores da revista, a análise que se faz nestas páginas restringe-se a essas movimentações de mercado.

Para evitar “micos” Refletindo o que se observa no dia-a-dia do mercado, os rótulos termo-contráteis tiveram especial destaque no evento. Não são poucos os convertedores que antes se dedicavam apenas à produção de rótulos auto-adesivos e hoje se voltam para os termo-encolhíveis, de olho

PROMISSOR – Mercado de rótulos termoencolhíveis tem atraído a atenção de analistas, convertedores e empresas usuárias

na possibilidade de boas margens nesse segmento. As pessoas que assistiram as palestras do Label Summit saíram de lá com a impressão de que não se pode ficar fora desse mercado. Quem observou na prática esse movimento foi Carlos Rosa, diretor da Gesmat, representante da Karlville (fornecedora de equipamentos voltados para esse segmento) no Brasil. “Após o evento, aumentaram as consultas por parte de interessados em iniciar no mercado de termoencolhíveis”, ele revelou. Mas quem está de olho em oportunidades nessa área deve ter uma precaução, sublinhada por quase todos os palestrantes que abordaram o assunto: como em todo mercado competitivo, a entrada de muitos concorrentes acaba por reduzir margens. Assim, há que se estudar com cuidado o melhor posicionamento, de forma que os investimentos não se tornem “micos”. Convém lembrar, ainda, que um dos grandes entraves ao deslanche do mercado de rótulos termoencolhíveis no Brasil é a reduzida

Fora do Brasil, para reduzir custos Dos materiais usados para a confecção de rótulos termoencolhíveis no Brasil, o PVC é o mais usual. E, das duas tecnologias de produção de filmes desse material – plana e balão –, apenas a segunda existe por aqui. Grosso modo, a diferença entre as tecnologias é um filme mais homogêneo gerado pelo processo plano, o que teoricamente resulta em qualidade de impressão superior. Convertedores posicionados para atender clientes com nível de exigência elevado, portanto, aca-

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bam por depender de fornecedores externos para o fornecimento de filmes. As duas opções mais recorrentes são os filmes vindos da Ásia e os fornecidos pela Klöckner-Pentaplast, empresa que recentemente desmontou sua estrutura de comercialização de filmes no Brasil, passando a atender o mercado latino-americano diretamente dos Estados Unidos. Questionado pela reportagem de EMBALAGEMMARCA sobre o porquê dessa decisão, Daniel Stagnaro, responsável nos EUA pelo atendi-

mento dos clientes brasileiros da empresa, explicou que, em linhas gerais, a idéia era reduzir custos. “Nosso foco são convertedores com equipamentos de impressão de alta produtividade e tecnologia, onde as diferenças entre o filme plano e o filme balão ficam mais evidentes”, ele diz. “No Brasil, ainda se contam nos dedos as empresas desse porte, e por isso decidimos atendê-los diretamente, com estratégias individuais, eliminando as despesas com o atendimento local.”

gama de opções de filmes produzidos com alta tecnologia (ver quadro na página 73), cujo suprimento se dá pela via das importações.

Consolidação de convertedores

ETERNA PROMESSA – Apesar das previsões, RFID como coisa corriqueira ainda deve levar algum tempo

De um lado, clientes globais e de grande porte. Do outro, fornecedores globais e de grande porte. No meio, inúmeros convertedores competindo num mercado fragmentado. Essa realidade, que vigora no mundo inteiro, pode estar com os dias contados, pelo que se pôde extrair das palestras proferidas no Label Summit. Uma onda de consolidações, fusões e aquisições se anuncia, e tentáculos de empresas estrangeiras podem chegar em breve ao mercado latino-americano. Alianças estratégicas na forma da Label Alliance, da qual fazem parte a brasileira Baumgarten, a mexicana Flexo Print e a chilena Toprint (ver EMBALAGEMMARCA nº 60) são uma saída alternativa. Essa consolidação, na visão de analistas de mercado, é inevitável. Seria uma maneira de elevar o poder de barganha do elo intermediário da cadeia, hoje cada vez mais pressionado a reduzir custos sem comprometer a qualidade.

RFID sim, mas quando? Outro assunto que tem movimentado debates na cadeia de rotulagem é a sempre iminente invasão da tecnologia RFID (Radio Frequency Identification). De acordo com as previsões gerais, as etiquetas inteligentes serão uma realidade nos próximos meses. O problema é que

Labelexpo Europe A Labelexpo, que neste ano acontece em Bruxelas de 21 a 24 de setembro, mais uma vez deve atrair um bom número de brasileiros. Tida como o principal evento mundial do setor, a Labelexpo é sempre palco de importantes lançamentos, e constitui uma ótima ocasião para observar o que de mais recente em termos de tecnologia está disponível para a indústria de rótulos e etiquetas. Neste ano, EMBALAGEMMARCA, em conjunto com a ABIEA – Associação Brasileira das Indústrias de Etiquetas Adesi-

vas e com a Tristar Turismo, está organizando pacotes especiais para visitação do evento. Aqueles que aderirem a esse grupo estarão isentos da taxa de visitação da feira, hoje de 40 euros. Para mais detalhes sobre o pacote, consulte [email protected] - (11) 3284-7247, [email protected] - (11) 3016-1411 ou [email protected] (11) 5181-6533.

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Label Latinoamerica De 28 de junho a 1º de julho ocorre no Expomart, em São Paulo, a feira Label Latinoamerica. Em sua segunda edição, reúne fornecedores da indústria de rótulos e etiquetas, e abrange desde insumos até equipamentos. Mais informações em www.labellatinoameri-

entra mês, sai mês, e os “próximos meses” continuam lá. Na verdade, parece haver mais expectativa e vontade de que as coisas aconteçam do que fatos concretos. Para analistas, a implantação generalizada de etiquetas inteligentes no Brasil não se consolidaria pela mesma razão por que ainda não grassou em países de economia mais avançada, com mercados maiores: o alto custo dos chips. Isso torna inexeqüível a demanda – e conseqüentemente a oferta – de altos volumes. Em suma, a potencial generalização de uso do RFID empaca no quebra-cabeças baixa demanda/baixa oferta/altos custos. Assim, grandes players mundiais do lado da oferta estariam se retirando da arena, depois de não verem retorno para elevados investimentos feitos. A meio caminho, muitos se deram conta de que será preciso aplicar sempre mais em tecnologia dispendiosa, de modo a poder oferecer soluções completas, integradas, aos convertedores. Estes, por sua vez, teriam de investir fartamente – e esperar que a indústria usuária também o fizesse – para que a alta demanda forçasse os preços dos chips a descer a níveis razoáveis. Na previsão de executivos de indústrias globais do ramo, ouvidos por EMBALAGEMMARCA também na Fispal e na Interpack, gira em torno de “cinco anos ou mais” o prazo para que o RFID se transforme em algo corriqueiro. Concretizem-se ou não as previsões acima, uma certeza resta para a próxima edição do Label Summit em solo brasileiro, em maio de 2007: a de que fornecedores e clientes mais uma vez estarão frente a frente discutindo o futuro da indústria que compõem. Afinal, ao que parece, todos saíram do encontro com a sensação de dever cumprido. “Para nós, foi excelente”, sentencia Rubens Wilmers, gerente de produtos da Gutenberg. “O nível dos visitantes foi altíssimo, e os convertedores que recebemos estavam interessados em se informar – não havia curiosos.”

celulósicas >>> exportação

Apresentação é o filtro Cerâmica paulista intensifica exportações após readequar embalagens íder do mercado nacional de filtros de terracota para água, com share próximo aos 35%, a Cerâmica Stéfani, de Jaboticabal (SP), é mais uma das empresas brasileiras que, nos últimos anos, decidiram investir nas exportações. Aberta em 1929, ela enxergou potencial lá fora para seu produto de força, popularíssimo no Brasil, mas pouco conhecido em outros países. Só que o plano azedou devido às embalagens dos filtros. As caixas até então utilizadas jogavam contra o sucesso da empresa nos mercados externos, o que motivou um rearranjo na indústria, elevando a embalagem a um posto estratégico. Deu certo. Passados quase três anos desde que a ficha caiu, a Stéfani já penetra em 24 países e vem faturando alto com as exportações, embora não FOTOS STUDIO AG – ANDRÉ GODOY

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divulgue números a esse respeito. “Como na prática do mercado nacional os filtros sempre ficaram expostos fora das embalagens nos pontos-de-venda, a Cerâmica utilizava caixas de papelão ondulado pardo com a única preocupação de proteção do produto no transporte”, rememora Sandro da Conceição, contratado à época da reestruturação da Stéfani para o cargo de gerente de exportações. “As caixas traziam pouquíssimas informações, e somente em português, e padeciam de apelo vendedor, características importantes para desbravar praças onde os filtros não poderiam ser expostos in natura.” Um esforço de redesign das caixas foi posto em prática, com o auxílio da agência de publicidade Jonathan.com GTR, de Ribeirão Preto (SP). A transformação foi radical. “As caixas

PLÁSTICA – Com informações em diversas línguas e maior apelo visual, novas caixas (ao lado) facilitaram acesso a mercados estrangeiros, antes dificultado pela apresentação antiga (abaixo)

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ARROJO – Novos produtos têm design da Seragini Farné

passaram a ser feitas de papelão microondulado e impressas em todo o seu exterior em off-set quatro cores”, detalha Marco de Souza, gerente de vendas da Impressora Brasil, de Jaú (SP), a fornecedora das novas embalagens. Nas novas caixas, a tradicional marca São João, controlada pela Cerâmica, perdeu lugar para a institucionalizada Stéfani, “mais adequada às exportações”, explica Conceição. Os dizeres agora são apresentados em duas ou em até três diferentes línguas, dependendo dos mercados de destino. “O visual das embalagens agora influencia o consumidor nas gôndolas”, entende o profissional da Stéfani, destacando que, empilhadas, as caixas formam um wall display (imagem em composição). Com os bons resultados, a Stéfani investiu também em modernização das embalagens dos acessórios dos filtros. Para os lançamentos das linhas de filtros mais recentes, a empresa contratou os serviços da agência Seragini Farné tanto para a criação das formas dos produtos quanto para o design de suas embalagens. “Agora, queremos promover gradativamente a permanência de todas as novas caixas, que nos propiciaram grande crescimento de vendas lá fora, também no mercado nacional”, adianta Conceição. Impressora Brasil (14) 3621-2233 www.impressorabrasil.com.br Jonathan.com GTR (16) 623-2333 [email protected]

Seragini Farné (11) 3021-6500 www.seraginifarne.com

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evento >>> fispal

A culpa foi dos céus Feriado de Corpus Christi e chuvas prejudicam Fispal Tecnologia 2005 um momento de expectativa de avanço do PIB e da mais do que confirmada retomada dos índices de consumo, seria presumível que a Fispal Tecnologia, hoje a principal referência latino-americana em embalagens, equipamentos e serviços para a indústria alimentícia, gerasse alto retorno para as empresas que nela investiram em espaços. Por diferentes fatores, parece não ter sido assim na 21ª edição da feira, realizada entre 23 e 26 de maio último, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo. Um dos motivos por trás do desempenho aquém das expectativas foi evidente, e não interferiu apenas no andamento da Fispal: uma chuva, como há muito não se via, que caiu sobre São Paulo entre o segundo e terceiro dia do evento, fzendo transbordar rios, quase paralisando a cidade e praticamente impedindo o acesso ao Anhembi. Com isso, no terceiro dia do evento, uma quarta-feira, expositores e visitantes, mesmo os hospedados em hotéis próximos, tiveram grande dificuldade para chegar à exposição, minguando o movimento nos corredores. Por outro lado, o fato de a feira ter sido realizada na semana em que foram celebradas as festividades de Corpus Christi não foi assimilado por muitos expositores. Para esses, ao lado da chuva, a data escolhida, com o último dia do evento caindo numa quinta-feira de feriado, comprometeu a capacidade de geração

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Mais uma estréia em RFID A RR Etiquetas divulgou o início de sua estratégia com a tecnologia de identificação por rádio fre qüência (RFID, na sigla em inglês). A empresa organizou apresentações sobre as vantagens do sistema, que, coqueluche na seara de rotulagem, utiliza microchips inseridos nas etiquetas

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e antenas ativadas por ondas de rádio ou ondas eletromagnéticas. “A RFID tem sido usada com o principal objetivo de reduzir a quantidade de mão-de-obra e melhorar a exatidão dos dados”, resume a empresa.

www.rretiquetas.com.br (11) 6525-9000

de negócios da Fispal Tecnologia 2005, que, oficialmente, contou com a visita de 58 314 profissionais, contra mais de 71 mil na edição do ano anterior. “Seja com a apresentação de embalagens inovadoras ou através da mostra de tecnologias de última geração utilizadas na cadeia produtiva, o evento deve ter movimentado negócios da ordem de 4 bilhões de reais”, calculou Ricardo Santos Neto, chairman da Fispal, revelando assim outro ponto desfavorável em relação à feira de 2004, que movimentou alegados 4,8 bilhões de reais. É imaginável que isso tenha tisnado um pouco a alegria antecipada dos organizadores com a evolução do número de expositores, de 1 764 em 2004 para 1 887 agora, apesar de alguns terem cancelado os contratos, ao terem se dado conta da sobreposição do evento com as vésperas e o dia de feriado longo. A insatisfação dos que não se aperceberam da coincidência materializou-se, entre outras indagações, num questionamento já ouvido em edições anteriores da Fispal, sobre sua periodicidade anual, que seria muito curta, e na pertinência de concentração das verbas de marketing em eventos. De qualquer forma, a variedade de novidades apresentadas na Fispal 2005 também não decepcionou, como pode ser visto abaixo e nas páginas a seguir, em que são mostrados os lançamentos que a equipe de EMBALAGEMMARCA, cujo trabalho também foi prejudicado pela chuva, conseguiu apurar.

Contêiner de papelão ondulado: opção à madeira Focada na produção de papéis, chapas e embalagens de papelão ondulado, a Irani apresentou seu sistema de acondicionamento e estocagem próprio para estratégias de exportação. Chamado de Hard System, o produto é feito de papelão de três ondas, composição conhecida entre os profissionais do setor como ACA. “Essa tripla estrutura confere alta resistência mecânica, permitindo substituir com vantagens materiais como plástico e madeira”, diz Mauro Sales, gerente comercial, afirmando que há cada vez mais preocupações a embalagens de madeira utilizadas em produtos exportados para a Europa. Isso ocorreria devido a preocupações ambientais e higiênicas, já que o material favorece a procriação de fungos quando exposto a ambientes úmidos. “Estamos focados no mercado de alimentos, especificamente de carnes, onde o cliente, em vez de arcar com a logística reversa, pode vender as aparas de papelão ondulado nos próprios países de destino da mercadoria, reduzindo seus custos com embalagem”, argumenta o gerente comercial da Irani.

www.irani.com.br (11) 4154-8200

HFFS com alto índice de nacionalização Filial nacional do grupo italiano G.D, especializado na fabricação de máquinas de embalagens e produtos descartáveis, a G.D do Brasil apresentou novidades dentro da linha Volpack de envasadoras para stand-up pouches. Um dos destaques foi o modelo SP 220. Segundo Dino Ricardo Ferreira, gerente da unidade de negócios packaging, o equipamento, do tipo horizontal form fill seal (HFFS), apresenta alto índice de nacionalização. “Por este motivo é possível financiá-lo com recur sos do BNDES/Finame”, informa o executivo.

www.gdbr.com.br (11) 6095-2009

Triplex da Suzano debuta em refrigerados Apresentada no ano passado, a linha TP Polar de papel cartão triplex para embalagens de alimentos congelados e refrigerados voltou a atrair atenção no estande da Suzano. Em parte o destaque se deveu à apresentação de cases inovadores envolvendo o material, como o da linha de queijos Campo Verde, tradicional fornecedora de queijos fatiados e porcionados para as maiores redes de supermercados do país. Na Fispal a empresa marcou a estréia de sua marca própria, dirigida ao consumidor final, com foco no atendimento da expectativa de conveniência. Constituída de oito itens, a família é comercializada em bandejas de papel cartão produzidas com a linha TP Polar, e impressas pela Antilhas, com design da Projeto Integrado. Além da inovação na parte

de embalagem, o portfólio da Campo Verde traz opções incomuns nas gôndolas brasileiras, como o Salada Cheese (mix de queijos para saladas) e a Tábua de Queijo. Segundo Marcelo Scarano, diretor da Campo Verde, o filme termoencolhível que envolve as bandejas, importado dos Estados Unidos e de constituição não revelada, bem como o acondicionamento em sistema de atmosfera modificada (ATM) garantem vida útil de 22 dias ao conteúdo, sete vezes mais do que as habituais bandejas de poliestireno expandido envoltas em filme de PVC usadas nos supermercados. A Suzano, que até então só tinha aplicações do TP Polar em alimentos congelados, buscou assim reforçar o posicionamento da marca no setor de refrigerados, divulgando também as características próambientais do produto. Neste aspecto, uma das vantagens diz respeito à resina aplicada na parede interna do cartão como forma de prover barreira contra umidade e gordura. Em vez de revestimentos plastificados feitos a partir de polietileno (PE), o produto recebe uma especialidade

desenvolvida pela Clariant com exclusividade para a Suzano. Tal resina não interfere na reciclabilidade do material, que pode ser integralmente reaproveitado. De acordo com César Mendes, gerente de grupo de produto da Suzano Papel e Celulose, “esse atributo é cada vez mais procurado nos mercados internacionais, e está em claro crescimento no Brasil”. Por sua vez, ao destacar a estréia da Antilhas na área de embalagens de papel cartão para alimentos, Cristina Hernandes, gerente de marketing daquela empresa gráfica, observou que ela ocorre “de forma absolutamente coerente com os padrões de respeito ambiental praticados pela empresa”.

www.antilhas.com.br (11) 4152-1100 www.clariant.com.br (11) 5683-7233 www.suzano.com.br 0800 555100

Para alimentos, pouches transparentes e esterilizáveis Representando no Brasil a linha de embalagens flexíveis da marca ita liana Goglio, também conhecida pela produção de válvulas aromáticas para torrefadoras de café, a Atlântica Internacional apresentou uma nova família de pouches e stand-up pouches esterilizáveis. Batizados de Flexiglass, os produtos são feitos de filme pasteurizável de alta transparência. “Ao unir transparência similar à do vidro e barreira característica do alumínio, essa linha traz uma inovação ao setor de flexíveis”, diz Juliana

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Arantes, engenheira de alimento da empresa. A alta barreira é garantida por laminação composta de filme de poliéster e estrutura coextrudada de sete camadas.“Essas embalagens podem ser aplicadas para produtos esterilizáveis, pois suportam as altas condições de temperatura e pressão das auto-claves”, completa Juliana Arantes. A linha Flexiglass pode ser solicitada com alças de manuseio, e receber diferentes tipos de impressão. Para exemplificar as aplicações possíveis, a empresa

expôs em seu estande uma embalagem de molho de tomate voltada ao setor de food-service.

www.atlanticafoods.com.br (11) 4586-1226 www.goglio.it

Diversidade em flexíveis Na área de filmes, a Polo, especializada no mer cado de BOPP, apresentou sua linha de degradação acelerada em novas configurações, que incluem o processo bolha, com espessuras varian do de 15 micras a 30 micras. Já utilizados na linha Eco, marca de papel reciclável da família Chamex, da International Paper, os produtos podem ser fornecidos com as duas fáceis seláveis, ou com uma delas com tratamento corona para adesão de tintas e vernizes. Outro destaque da Polo foi o filme monocamada Twist, que apresenta propriedade de retenção de torção. A idéia, explica Sandra Andrade, do departamento de planejamento e marketing da Polo, é oferecê-lo a fabricantes de caramelos e candies. “O filme Twist tem selagem do lado interno e tratamento do lado externo para ancoragem de tinta e vernizes”, ela descreve. O último lançamento da Polo na Fispal foi a marca Matt de filmes com aspecto fosco em uma face e brilhante na outra. “É uma opção para produtos mais nobres, gerando interessante diferencial no aspecto visual”, resume Sandra Andrade, acrescentando que o filme Matt pode ser metalizado.

www.polofilms.com.br (11) 3707-8270

Flexibilidade ganhando terreno Buscando reproduzir diferentes configurações de suas plantas produtivas, a Tetra Pak divulgou, além de lançamentos como as linhas Tetra Wedge Aseptic, desenvolvida para ir ao forno de microondas, e Tetra Recart, para alimentos sólidos, ambos já mostrados em edições anteriores de EMBALAGEMMARCA, as plataformas Tetra Pak A3/Flex e Tetra Pak A3 Speed, soluções para envase em tamanhos diferentes. Desenvolvidas para aumentar o retorno do investimento nos

equipamentos, permitindo gerenciar com mais flexibilidade mudanças não previstas nas demandas de mercado, as tecnologias da multinacional sueca trazem a promessa de permitir a troca de volumes em embalagens produzidas com a mesma base ou com bases diferentes. “Com a plataforma TetraPak A3/Flex respondemos às necessidades do mercado ao otimizar a capacidade de utilização do maquinário”, resume Eduardo Eisler, diretor de desenvolvimento de negócios da Tetra Pak. Também no mercado de embalagens cartonadas assépticas, a Sig Combibloc, que recentemente anunciou novos planos de investimento para aumentar sua participação no mercado brasileiro, apresentou em seu estande uma novidade internacional. Trata-se da combifitiMidi de 1 litro, embalagem com tampa de rosca e formato original (parede frontal côncava e verso convexo), que foi adotada pela fabricante de sucos prontos para beber Fresh & Co, da Sérvia, e por uma marca austríaca de leites, a AlpenMilch Salzburg.

www.sigcombibloc.biz (11) 2107-6744 www.tetrapak.com.br (11) 5501-3200

Agito em termoencolhíveis e in-mold labels No mercado de termoencolhíveis, a Etiam, da área de impressão, e a Narita, especializada em equipamentos de rotulagem, se uniram e criaram a BR films, que vem com a proposta de atuar em todo o processo produtivo dos termoencolhíveis – da extrusão da matéria-prima até seu encolhimento no corpo da embalagem, passando pelas etapas de pré-impressão, impressão e rotulagem. Para divulgar o lançamento, foram distribuídas garrafas promocionais com shrink labels decorados com diferentes frutas. Dessa forma, a empresa deixou claro seu interesse no mercado de iogurtes líquidos. Outras novidades em rotulagem puderam ser observadas no segmento de in-mold labels, no qual os rótulos são aplicados nos moldes de embalagens plásticas no momento em que estes são soprados ou injetados. A Pavão Indústria e Comércio anunciou um novo modelo de balde provido dessa decoração, com o qual espera ampliar o portfólio de clientes na seara de produtos químicos. Por sua vez, a ExxonMobil Chemical aproveitou a feira para anunciar sua entrada no mercado de rótulos in-mold. “Nossos clientes estavam pedindo esse tipo de solução”, diz Patrícia M a n e l l a , r e p r e s e n t a n t e d e v e nd a s .

www.brfilms.ind.br (11) 4352-1970 www.exxon.mobil.com (11) 3291 8500 www.pavao.ind.br (11) 6967-3337

84 >>> EmbalagemMarca >>> junho 2005

Linaroll nacionalizada

Codificação cede à compactação

A Krones anunciou o início da produção local da rotuladora Linaroll G400, e já com um fornecimento registrado, em maio último. “O produto está voltado ao mercado de refrigerantes, mas há potencial nos setores alimentício e químico”, afirma Rogério Baldauf, diretor-comercial da Krones do Brasil. Por trás da estratégia de nacionalização está o aumento da demanda de rotuladoras, que no início de 2003 já havia levado a empresa a iniciar a produção local de um modelo específico para aplicação de selos higiênicos em latas de bebidas.

No ramo de marcação, novidades foram apresentadas por grandes do setor, como a Markem e a Imaje. Esta trouxe a nova Série 9000 de codificadoras a jato de tinta para pequenos caracteres. O produto pesa menos de 20 quilos, oferecendo facilidade de transporte. Completando sua linha de codificação, a Imaje lançou as Séries 2000 e 4040. A primeira atua com transferência térmica, e é voltada à impressão de dados variáveis nas aplicações de etiquetagem de embalagens. Já a Série 4040 é indicada para marcação personalizada em superfícies porosas. “Nossa expectativa de crescimento está baseada na estratégia de atender qualquer necessidade das indústrias usuárias de embalagem”, diz Cláudia Pereira, gerente de marketing da Imaje. Em 2004 a empresa cresceu 17%. Os bons resultados ajudaram Georg Isleib, diretor da Imaje Brasil, a assumir a diretoria para América Latina da empresa. Por sua vez, a americana Markem aproveitou o evento para oficializar a abertura de um escritório próprio no Brasil, onde atuava até então via representantes. A ação do escritório abrangerá os países da América do Sul. Trabalhando com todas as tecnologias de marcação e identificação de produtos (termotransferência, ink jet, laser e, mais recentemente, RFID), a empresa apresentou em seu estande a série SmartLase 100i. O produto faz parte de seu portfólio de soluções de codificação a laser, mercado no qual afirma possuir a maior participação. Por ocasião do anúncio do escritório brasileiro, a Markem organizou uma entrevista cole-

www.krones.com.br (11) 4075-9500

Pesença institucional No ramo de folhas de alumínio para embalagens, duas grandes empresas do setor, a Novelis e a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), marcaram presença de forma institucional na feira. Criada este ano a partir de um desmembramento da Alcan, a Novelis participou pela primeira vez da Fispal divulgando as diferentes marcas que criou para garantir a procedência de seus produtos aos fabricantes de embalagem. “Nossa intenção também é reforçar a imagem de nossos produtos junto ao consumidor final”, completa Adriana Stecca, gerente de marketing. Por sua vez, a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), que está completando 50 anos, anunciou novo plano de expansão, que prevê a implantação de 164 novos fornos. Até 2007, a meta é produzir 500 mil toneladas de alumínio primário por ano, contra 240 mil toneladas em 2000.

(11) 3224-7000 • www.aluminiocba.com.br (11) 5503-0821 • www.novelis.com.br

86 >>> EmbalagemMarca >>> junho 2005

tiva com a presença do presidente mundial da companhia, Jeff Miller, do gerente de operações para América Latina, Eduardo Chapuis e de Raymond Cartade, vice-presidente de vendas globais. Este informou que a empresa cresceu 15% em 2004, quando o faturamento global excedeu a marca de 300 milhões de dólares. Cartade ainda observou que a Markem é uma das pioneiras na implementação de soluções em identificação por rádio freqüência, mercado no qual acaba de fechar uma parceria com a Zebra Technologies.

(11) 3305-9455 www.imaje.com.br 0800 132020 www.markem.ind.br

Rápida degradação quebrando barreiras Confiantes no crescimento da demanda de embalagens com características pró-ambientais, diferentes empresas trouxeram novidades ligadas a esse filão. A Innovia Films (ex-UCB Films) destacou sua linha NatureFlex de filmes de celofane biodegradável. A empresa espera difundir esses envoltórios no crescente mercado de produtos orgânicos, mas não descarta outros setores, como confeitaria, cuidados pessoais e artigos domésticos. Registrada no Instituto de Produtos Biodegradáveis, a marca NatureFlex ostenta o

símbolo oficial de compostagem criado pela entidade. Na área de bandejas e estojos para lanches, carnes, ovos e outros alimentos perecíveis, a Spuma Pac divulgou sua linha Biospuma, também explorando a demanda por produtos ambientalmente mais amigáveis. O material apresenta rápida degradação na comparação com as tradicionais bandejas de poliestireno expandido. José Melnik, diretor da Spuma Pac, explica que essas embalagens também utilizam poliestireno como matéria-prima, “porém adicionado de aditivos que, embora mantenham as propriedades físicas do material, aceleram sua degradação”. Por isso o material é chamado de “poliestireno oxi-biodegradável”. Outro sistema de acondicionamento ecologicamente amigável apresentado na Fispal foi o Eco-Foam, espuma feita de amido proveniente do milho,

produzida por um processo desenvolvido pela National Starch. Empregada como material de proteção, a espuma é extrudada usando como agente expansor água em vez de produtos químicos.

www.innoviafilms.com (11) 5053-9945 www.nationalstarch.com (11) 3618-3655 www.spumapac.com.br (11) 6859-6000

Gigante em rótulos ataca de rígidas

Grampos em xeque

Cerca de seis meses após a compra da PP Print, numa negociação que resultou num dos maiores fornecedores de rótulos de BOPP do Brasil, o Grupo Sol anunciou na Fispal avanços em outros segmentos do mercado de embala gens. Segundo Márcio Baccan, da área de marketing, a

A JHM Máquinas lançou dois modelos de seladoras de embalagens destinadas a exposição em gancheiras. Ao mesmo tempo em que sela, a Micromatic MH 300 faz o furo através do qual o gancho deve passar. Para dispensar os grampos metálicos usados para fixar nesse tipo de embalagem as estruturas de cartão conhecidas como “solapas”, a empresa trouxe equipamento que a um só tempo faz a selagem e a fixação da cartela. “Os grampos apresentam vários problemas”, entende Julio Cesar Moleti, gerente comercial da empresa. “Na indústria de brinquedos, eles freqüentemente machucam as crianças. Já no setor de temperos e especiarias, podem cair acidentalmente na comida que está sendo preparada.”

empresa estreou recente mente uma unidade destinada à produção de baldes industriais injetados em PEAD e PP. Fornecidos lisos ou serigrafados, com foco nos setores alimentício, químico e de cosméticos, os baldes são projetados com ajuda de um software de simulação de empilhamento e resistência a pressão. Outro setor em que o Grupo Sol está investindo é o de sacaria para frutas e legumes. Segundo Baccan, a e m p r es a d e t é m a t u a l m e n t e 80% do mercado de sacos raschel no Brasil. “A partici pação aumentou com a com pra, há sete meses, da unidade de sacaria da Cia. Jauense”, informa o profissional do Grupo Sol.

www.solembalagens.com.br (11) 4441-6800

88 >>> EmbalagemMarca >>> junho 2005

www.jhm.com.br (11) 4723-3744

Escala no cartucho explica a torra Paralelamente à comemoração de 25 anos no Brasil, a Melitta está lançando novos sabores de cafés – o Forte, o Extra Forte e o Descafeinado Forte – com uma inovação de comercialização entregada pelas embalagens. Os cartuchos de papel cartão das novidades, produzidos pela Brasilgráfica e com visual assinado pela Matriz Escritório de Desenho, trazem uma escala que aponta o ponto de torra da versão acondicionada, “aju-

dando o consumidor brasileiro a entender qual é o café mais indicado para o seu gosto e para cada momento do dia”, afirma Maria Isabel Tarsitano, diretora de marketing da Melitta. Como proteção, os novos cafés são acondicionados a vácuo, em pouches primários da Embalagens Flexíveis Diadema.

Rótulos novos para Premiata Os consumidores da Água Mineral Premiata já notam a mudança na embalagem do produto. No trabalho desenvolvido pela agência Spice Design, a água ganhou nova identidade visual e novos rótulos, com o objetivo de agregar valor ao produto. A garrafa é de PET, soprada nas

instalações da empresa. O rótulo é impresso pela Gráfica Formag's em papel couché Lamimax, da Votorantim. A tampa é da Jomabet. O produto é distribuído nos principais supermercados de São Paulo e do Rio de Janeiro e nos vôos das companhias aéreas Air France e American Airlines.

Sendas ganha novo logotipo Com fins de atualização de imagem e de pontuar sua atual direção pelo Grupo Pão de Açúcar, a rede fluminense de supermercados Sendas acaba de ganhar uma nova identidade visual assinada pela M Design. O novo logotipo, que não abre mão da tradicional cor laranja ligada à bandeira, traz mais suavidade e luz no tom, e sugere movimento através de letras informais e mais finas. Até o fim de julho, as 66 lojas Sendas irão ganhar novas fachadas, acompanhando a mudança.

Caixa de cartão com cartão acoplado De olho no Dia dos Namorados, a Arcor soltou uma caixa especial do Bombom Amor, com 14 unidades. Para valorizar seu apelo de presente, a caixa de papel cartão do produto, produzida pela Ibratec, traz um cartão destacável com mensagens românticas. As embalagens primárias dos bom-

Sensação de cantina italiana A nova linha de produtos Premium da Cepêra – Molhos Prontos Mamma – ganhou novos rótu-

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los, desenvolvidos pela Ph2 Full Creativity. O layout divide-se em quadros que mesclam imagens de ingredientes e pratos prontos, e o efeito quadriculado remete às tradicionais toalhas de cantinas italianas. Cada sabor do molho possui um rótulo diferente, fabricado pela Wilgrafica. Os frascos de vidro são fornecidos pela Owens-Illinois, e as tampas, pela Rojek.

bons são da Converplast.

Contribuir para o futuro...

fazer parte da história! Muita criatividade! Novas parcerias, novos conceitos, novos produtos, novas tecnologias. Esta é a proposta da nova equipe de desenvolvimento de Produtos da L'acqua di Fiori, empresa reconhecida no setor de cosméticos há 25 anos. Para isso, EmbalagemMarca torna-se ferramenta freqüente de consulta, uma revista completa, de linguagem clara e objetiva que aborda diversos assuntos sobre atualidade, tendência, história e design.

Uma revista que temos vontade de ler e colecionar.

Anticaspa com esmero na decoração Rótulos auto-adesivos da Prodesmaq, feitos de filme de polietileno transparente e impressos em serigrafia e off-set com aplicações de hot stamping prateado. Esse é o sistema de decoração das embalagens da recém-lançada linha Elsè-

ve Anticaspa, da L´Oréal. Nas quatro versões de xampu (cabelos secos, oleosos, normais a oleosos e 2 em 1), as tampas e os frascos plásticos são fornecidos pela Alpla. Já a embalagem e o fechamento do condicionador são feitos pela Igaratiba.

Massagem com controle de fluxo A Weleda está investindo em novas embalagens para seus óleos massageadores. Parte dos acessórios de acondicionamento é importada da Alemanha, a exemplo dos frascos e tampas, que têm dosador para regular o fluxo do produto. Mas no óleo Rosa Mosqueta, a embalagem de vidro verde, que protege o produto da luz, é feita pela Vidraria Anchieta, com tampa e batoque da Plásticos Bahi. Os demais acessórios de embalagem também são produzidos nacionalmente. Os cartuchos cartonados são da gráfica Escala Sete, os rótulos da Emacon Comércio e Distribuidora, e as bulas da Simpel Indústria Gráfica.

Refrescos em envelope tamanho família A Brassuco, indústria de produtos alimentícios situada em Itu (SP), está expandindo sua linha de refrescos em pó com a adição dos sabores guaraná e mix de laranja com manga. Os envelopes metalizados acondicionam 30 gramas do produto e são feitos pela Empax Embalagens a partir de filmes de alumínio, poliéster e polietileno. De olho no mercado de food service, recentemente a Brassuco também desenvolveu uma linha de

envelopes contendo 450 gramas de pó, quantidade suficiente para fazer 10 litros de refresco já adoçado.

Café gourmet a preço competitivo

Janelas e diferenciação pela cor Fabricante de acessórios para áu-

com gramatura de 280g/m2, os en-

dio, vídeo e informática, a Newness

voltórios da família de cases para

investiu no redesign das embala-

CDs e DVDs ganharam novo layout,

gens de uma de suas linhas de pro-

a cargo da agência OdoisK Associa-

duto. Feitos de papel cartão duplex

dos. A reformulação da identidade visual privilegiou a cor das diferentes linhas de produto como critério de organização nas prateleiras dos pontos-de-venda. Impressas pela Regnus Indústria Gráfica, as embalagens contam com amplas janelas para que o consumidor possa tocar e enxergar os produtos.

Depois de ter adquirido um lote de grãos nobres, a marca Moka está entrando no mercado de cafés especiais. A empresa recentemente lançou seu Moka Gourmet em embalagens flexíveis de 500g dotadas de válvulas aromáticas. O acondicionamento é fornecido pela Rangel Indústria e Comércio. O filme usado é composto de poliéster, alumínio e polietileno. “Estamos oferecendo um produto em média 15% mais barato que os principais concorrentes”, afirma Jorge Mota, gerente de marketing da Moka.

Uma ação de “co-branding” Ao desenvolver as embalagens do Surf Toque de Fofo, a edição limitada do sabão em pó com amaciante re-

centemente lançada pela Unilever, a agência Design Absoluto definiu como ação de “co-branding” a unificação visual. Terminologias à parte, ao unir os ícones de cada marca, o layout da embalagem contribuiu com o sucesso do produto, que no primeiro mês de vendas (março último) atingiu 3,1% de participação em um mercado que movimenta 517 000 toneladas. Os cartuchos em que o Surf Toque de Fofo é vendido são produzidos pela Dixie Toga, com papel cartão da CMPC e da Klabin.

Padres estréiam em barras brancas A linha de chocolates culinários da

cargo da FutureBrand, o design da

Nestlé, cujas embalagens estam-

embalagem traz os mesmos ícones

pam a clássica figura de uma dupla

visuais presentes nos demais pro-

de padres experimentando o doce,

dutos da linha, realçando a cor do

foi ampliada. Além do tradicional

chocolate branco. Flexíveis, as

chocolate em pó solúvel e das bar-

embalagens são feitas pela Conver-

ras ao leite para cobertura, a em-

plast de estrutura composta por fil-

presa passou a oferecer a versão

me de BOPP transparente e filme

branca da barra de chocolate. A

de BOPP pérola.

Frasco mostra rosa das mães Numa homenagem às mães, a Unilever lançou em maio o Comfort Dia das Mães. A edição limitada do amaciante de roupas ganhou praça num frasco de 1,5 litro transparente, para deixar à mostra a coloração rosa do produto formulada especialmente para a ocasião. O frasco, em PEAD, é produzido pela Sinimplast, e decorado com um rótulo autoadesivo da Color G.

Bom trimestre... As exportações diretas de resinas plásticas cresceram 17,4% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2004, informa o Siresp – Sindicato da Indústria de Resinas Plásticas de São Paulo. Foram vendidas 227 800 toneladas para o exterior, com destacados aumentos de vendas do PEBDL (77,8%), do EVA (75%), do PP (32%) e do PEBD (10,4%). Segundo o Siresp, o motivo da alta na demanda é o crescimento da economia mundial. ...e expectativa para fim de ano O balanço também mostra crescimento de 8,7% nas vendas especiais de resinas para a exportação de produtos transformados. O setor trabalha para crescer 8% este ano e a expectativa é que o consumo per capita de termoplásticos passe dos atuais 23,2 quilos para 25 quilos neste ano. “Entretanto, estamos atentos a fatores econômicos, como taxas de juros e câmbio, e políticos, como o calendário eleitoral, determinantes para o bom desempenho econômico em 2005”, afirma José Ricardo Roriz Coelho, presidente do Siresp. Consolidação Tradicional fornecedora de resinas PET para embalagens no mercado nacional, a Rhodia-ster Fibras e Resinas Ltda. teve sua denominação social formalmente alterada para M&G Fibras e Resinas Ltda. no último dia 31 de março. A mudança integra o plano de administração da companhia proposto após sua aquisição, fechada em 2002, pelo grupo italiano Mossi & Ghisolfi (M&G). Planta chinesa A Alcan anunciou no fim de março a aquisição de uma planta industrial de embalagem na região de Suzhou, na China. Ela irá fabricar embalagens plásticas e de alumínio para cosméticos e atenderá os clientes da região, “em rápida evolução”, segundo a Alcan. “Este investimento nos permite estar melhor alinhados com o crescimento de nossos clientes nesse mercado emergente”, afirmou Christel Bories, presidente e CEO mundial da Alcan Packaging.

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Sandretto agora é da Taylor’s HPM Tradicional produtora de estações de injeção, a Sandretto acaba de ser vendida pelo Grupo Cannon para o grupo americano Taylor’s HPM. Além da Sandretto do Brasil, o negócio envolve as outras companhias pertencentes à divisão de máquinas injetoras da Cannon, a alemã Windsor e o Grupo Sandretto Itália. A Taylor’s atua não só na área de bens de capital, através da HPM,

mas também nas de serviços de logística e de gerenciamento de propriedades. Com o negócio, o grupo Taylor’s contabiliza 62 000 injetoras instaladas pelo mundo. Só a Sandretto, fundada em 1946 na Itália, possui mais de 37 000 unidades funcionando ao redor do globo – cerca de 3 000 no Brasil.

www.taylorsind.com www.sandretto.com.br

Brasilata comemora jubileu em 2005 Uma das maiores fabricantes brasileiras de embalagens de aço, a Brasilata está completando 50 anos em 2005. Com 900 funcionários e três fábricas, a empresa figura entre as 150 Melhores Empresas para Trabalhar no Brasil, conforme pesquisa das revistas Exame e Você S.A. Pioneira na utilização das técnicas gerenciais japonesas, a Brasilata opera desde a década de 80 no conceito just in time com seus clientes, eliminando estoques e garantindo rapidez e pontualidade nas entregas. A empresa compartilha seus resultados

com a equipe de colaboradores desde 1991, quatro anos antes de ser obrigatório por lei. Em 2004, a Brasilata registrou faturamento de 279 milhões de reais, pagou 92 milhões de reais de impostos e distribuiu 1,4 salário aos funcionários como participação nos lucros. Investindo em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, exporta produtos e licencia tecnologia para o México e Estados Unidos, e está investindo 12 milhões de reais na ampliação da unidade de São Paulo.

(11) 3871-8500 • www.brasilata.com.br

Dessecantes com padrão internacional Fornecedora de soluções para a proteção de produtos embalados contra a umidade, a paulistana SPL Dessecantes participou, com um estande próprio, da edição deste ano da feira de negócios alemã Interpack (veja reportagem nesta edição). A empresa, que obteve em março a certificação ISO 9001:2000, conferida pelo BVQI (Bureau Veritas), apresentou na feira uma nova linha de cápsulas des-

secantes. De acordo com Luciano Villano Almeida, um dos diretores da SPL, os novos produtos seguem padrão internacional, atestado pela obtenção de seu registro junto ao respeitado FDA, órgão americano de controle das áreas de alimentos e de medicamentos. Em tempo: a SPL também acaba de reformular seu site na Internet.

(11) 6942-8600 www.spldessecantes.com.br

Tetra Pak contra o aquecimento global

DIVULGAÇÃO TETRA PAK

Numa decisão da matriz sueca, a Tetra Pak Brasil foi escolhida operaçãopiloto do Programa de Mudanças Climáticas, projeto mundial que visa contribuir para a redução da emissão de gases causadores do efeito estufa no transporte de suas embalagens cartonadas assépticas. Cerca de 10% da frota de caminhões utilizada pelas fábricas de Monte Mor (SP) e Ponta Grossa (PR) irão aderir ao biodiesel, combustível obtido pela mistu-

ra de metanol ou etanol (álcool de cana) com óleos vegetais (de mamona, soja ou dendê), gordura animal ou até óleo residual de frituras. A iniciativa pega carona no Programa Brasileiro de Biodiesel lançado pelo governo em dezembro de 2004. “A grande vantagem é a substituição de uma fonte não renovável por uma renovável, diminuindo assim em 2% as emissões de enxofre, dióxido e monóxido de carbono na atmosfera, que são os causadores do efeito estufa”, explica Fernando von Zuben, diretor de Meio Ambiente da Tetra Pak Brasil. “O Brasil será piloto dessa iniciativa porque é um dos poucos países onde se pode produzir o biodiesel de forma economicamente viável, pela disponibilidade de matéria-prima.” O biodiesel será adquirido do centro de desenvolvimento do Governo Federal, situado em Piracicaba (SP). Segundo a Tetra Pak, a iniciativa será analisada e se os resultados forem positivos, ela poderá ser adotada em definitivo.

(11) 5501-3200 • www.tetrapak.com.br

Visuais virtuais fiéis aos reais A companhia química Eastman, grande fornecedora mundial de resinas para embalagens, anunciou uma parceria com a francesa OPTIS, empresa que desenvolve softwares para renderização de iluminações e visualização de produtos. Com isso, designers usuários dos programas da OPTIS poderão ter, em seus monitores de computador, definições acuradas das aparências reais de embalagens e produtos plásticos em desenvolvimento com diferentes resinas celulósicas ou copoliésteres da Eastman. Os programas da OPTIS geram imagens computadorizadas do produto com as propriedades ópticas específicas de um dado material, inclusive cor, reflexo, difusão, opacidade e

transparência. “A Eastman enriqueceu nossas bibliotecas de software, tornando mais fácil a nossos usuários simular materiais inovadores e tecnologicamente avançados”, afirmou Jacques Delacour, presidente da OPTIS. Maiores informações podem ser conseguidas no site da Eastman na Internet, sob a guia Eastman Innovation Lab (Laboratório de Inovação Eastman). Em tempo: a Eastman também acaba de lançar a pedra fundamental de sua nova fábrica de resinas PET na Carolina do Sul, Estados Unidos, e de anunciar Laurie Andriate como sua nova diretora global de marketing e plásticos.

www.eastman.com www.optis-world.com

Photoshop maníacos Aconteceu em maio último, em São Paulo, a segunda edição do Photoshop Conference, principal evento brasileiro relacionado ao programa de edição, tratamento e configuração de arquivos de imagens da fabricante de softwares Adobe. A abertura do encontro ficou a cargo do gerente de desenvolvimento de negócios para a América Latina, Gustavo Brunser, que falou sobre os novos recursos do Photoshop CS 2, produto anunciado em abril último. Fim de uma era A Takano Gráfica e Editora, uma das maiores do setor na América Latina, encerrou suas atividades no final de abril. O motivo não foi revelado oficialmente, mas o Sindicato dos Gráficos de São Paulo afirma que a empresa acumula dívidas de mais de 90 milhões de reais. Martelo batido A Eastman Kodak Company completou em abril último a aquisição da Kodak Polychrome Graphics (KPG) ao comprar da Sun Chemical Corporation 50% dos papéis restantes. O negócio inclui definitivamente a KPG no Grupo de Comunicações Gráficas (GCG) da Kodak. Certificada As duas fábricas, além das áreas de suprimentos, marketing e vendas da Melhoramentos Papéis receberam a certificação ISO 9001:2000. O atestado refere-se aos processos de desenvolvimento, produção e comercialização de pasta celulósica (CTMP e TMP), papéis tissue e produtos de papel tissue. Novo gerente O Graphia, grupo de exportação do setor gráfico, organizado no âmbito da Abigraf Regional São Paulo, junto com o Sebrae-SP e a Apex, conta com novo gerente. É Wagner José da Silva, que gerenciou projetos como o Impsat (rede de cabos ópticos que interliga Chile, Argentina e Brasil).

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Portfólio de máquinas de corte ampliado Após apresentar na Drupa 2004 a Dymatrix 106 CSB, a Heidelberg complementou seu portfólio de máquinas de corte voltadas a gráficas de embalagens apresentando na China Print 2005, feira de impressão realizada recentemente em Pequim, a Varimatrix 105 CS. O equipamento corta e aplica relevo em papéis com gramatura a partir de 80g/m2 . O formato das folhas pode variar de 370mm x 400mm até 750mm x 1,050mm. A força máxima de corte é de 300 tons. Outra característica destacada no equipamento é a existência de um display de toque que facilita o controle e aumenta a produtividade de pequenos traba-

lhos. Na América Central, a expectativa é que a Varimatrix 105 CS passe a ser vendida a partir do início de 2006. www.br.heidelberg.com (11) 5525-4520

DuPont anuncia prêmio flexográfico Até o final de julho poderão ser feitas as inscrições para o Grand Prix Cyrel 2005, concurso voltado à área flexográfica, exclusivo a trabalhos produzidos com chapas Cyrel, da DuPont. Organizado pela multinacional de especialidades químicas, o prêmio é dividido em categorias como filmes flexíveis, rótulos e etiquetas, sacolas de mão, sacos e sacolas, papelão préimpresso, embalagens de papelão ondulado (ondas A, B e C), além de cartão e impressão contínua. Também serão distribuídos três prêmios

especiais destinados aos melhores resultados em impressão e prova. O Grand Prix Cyrel foi realizado pela primeira vez na Europa, em 1982. Na América Latina, ele vem acontecendo desde 1998. “Queremos com esse prêmio agradecer o respeito e a confiança dos nossos clientes, além de retribuir o talento dos profissionais de impressão”, resume Roseli Martins, coordenadora de comunicações da DuPont. www.dupont.com.br (11) 4166-8701

São Paulo ganha novo centro gráfico Em comemoração a seu aniversário de 10 anos, a Fine Papers inaugurou em São Paulo o Design & Graphic Center, espaço cultural e educacional destinado a abrigar serviços, produtos, cursos e exposições relacionados ao mercado gráfico. Na primeira semana de atividades a empresa organizou a 1ª Edição da Semana do Design, visando gerar intercâmbio entre profissionais, estudantes, compradores e fornecedores das áreas gráfica e de design de embalagem e produto. “Queremos estabelecer um centro de referência em de-

sign e mercado gráfico”, resume Stephan Barth, presidente da Fine Papers. O Design & Graphic Center fica na rua Dona Ana Néri, 793, Cambuci. Maiores informações: [email protected] (11) 3385.7300

Nacionalizando as chapas A Agfa anunciou mudanças na estratégia brasileira de comercialização de chapas gráficas. A linha P5S, importada, foi substituída por um modelo nacional, chamado de Meridian P51. O produto vem sendo produzido na unidade de Suzano (SP), e a idéia é abastecer outros países latino-americanos a partir da fábrica paulista. “A chapa Meridian P51 não deve nada às produzidas em países desenvolvidos”, diz Pau-

lo Amaral, diretor da divisão de sistemas gráficos da Agfa do Brasil. Em termos técnicos, a empresa defende que a nova linha traz diversos benefícios aos clientes, como agilidade e eficiência no processamento, tempo de exposição reduzido, alto contraste de imagem, qualidade de reprodução e maior equilíbrio entre água e tinta. www.agfa.com.br (11) 5188-6444

Rapida 105 em destaque na Turquia Interessada em mercados emergentes da Europa, a alemã Koenig & Bauer AG (KBA) participou da Tüyap Fair and Congress, feira gráfica realizada em Istambul, Turquia, entre os dias 17 e 22 de maio último. O desta-

que foi a impressora cinco cores Rapida 105 com torre de revestimento própria, permitindo impressão de pôsteres e embalagens em uma vasta gama de substratos. Classificado entre as soluções de médio formato, o equipamento oferece velocidade máxima de impressão de 15 000 folhas por hora. Além de depositar fichas nessa família, graças aos investimentos que identifica na tecnologia web offset, a KBA está confiante na disseminação no mercado turco dos modelos Rapida 142 e 162, que trabalham com formatos maiores na comparação com os da Rapida 105. www.kba.com.br (11) 6121-5277

Nova geração de tintas para flexíveis A divisão de embalagens da fabricante norte-americana de tintas para impressão Flint Ink anunciou uma nova geração de produtos para aplicações em filmes laminados e rótulos. Sob a chancela Arrowbond Ultra, os produtos são próprios para flexografia e rotogravura, e têm nova fórmula que garante adesão a diversos tipos de substratos, incluindo filmes PET quimicamente tratados. Além de baixa retenção de solvente, a Flint Ink sugere como vantagem da nova linha a possibilidade de aplicação em embalagens que, no processo de selagem, são submetidas

a condições severas de calor, tais como stand-up pouches e acondicionamentos flexíveis dotados de fechamento do tipo zip. www.flintink.com No Brasil (11) 4613-5200

O Companheiro Inseparável Um dos mais recentes avanços na área de bebidas alcoólicas, o recipiente de alumínio com formato de garrafa e tampa de rosca já teve destacada presença no Brasil, mais de quarenta anos atrás – porém com desempenho insatisfatório. Nos início dos anos 60 fazia grande sucesso entre os apreciadores da bebida a Vodca Sputnik, criada por um casal de imigrante russos e produzida com os mesmos rigorosos processos de pureza da famosa Stolychnaia. Um parente que trabalhara numa das fábricas da bebida, em Moscou, trouxe o know-how. A marca permaneceu naquele tipo de embalagem, feita no Brasil, por apenas dois anos e meio, devido à baixa resistência da resina protetora interna à agressão do álcool, que corroía o alumínio. Foi então substituída por uma garrafa de vidro personalizada, também de 500ml, fabricada pela Wheaton. Ao ser vendida para novo fabricante, ainda no século recém-findo, a Sputnik passou a ser acondicionada em litro standard. Foi assim batizada em homenagem ao primeiro satélite artificial da Terra, lançado pelos soviéticos em 1956. O nome quer dizer “companheiro inseparável”. O produto brasileiro não tem relação com a vodca da mesma marca feita na Rússia. 98 >>> EmbalagemMarca >>> junho 2005

Almanaque Como é mesmo o nome da bebida? A mais antiga destilaria de uísque – ainda em plena produção – fica em Bushmills, no condado de Amtrim, na Irlanda. A primeira licença para ali produzir Uisce Beatha, ou “água de vida”, em irlandês, data de 1608, mas a tradição de destilação da bebida no local remonta a 1276, conforme documentos da época. Mas as origens da bebida se perdem na bruma do tempo, e os irlandeses reivindicam para si a primazia da destilação. De fato, há registro de que já em 1170 os soldados do rei Henri-

que II da Inglaterra voltaram alegremente de uma incursão à Irlanda com o hábito de tomar o destilado cujo nome, por não saberem pronunciar, virou Uisce, depois Fuisce e, finalmente, Whiskey.

A mãe de todos os stand-up pouches

Da pedra para o vidro Até a primeira metade do século 17, as hoje onipresentes garrafas de vidro, utilizadas para acondicionar os mais variados tipos de bebida, eram raras. Em 1650, na Inglaterra, onde há registro, a população estava muito mais familiarizada com garrafas de pedra importadas da Alemanha – até hoje um forte produtor – ou com imitações. O domínio do vidro foi meteórico: em 1653, escasseavam os recipientes de pedra que haviam sido praticamente substituídos por atraentes garrafas de vidro verde, usadas para servir vinho às mesas, como decanters e, claro, para armazenar o produto. O último exemplar de garrafa de pedra fabricado no país data de 1672.

Na época sequer se cogitava do conceito de stand-up pouches (SUP), embalagens flexíveis geralmente feitas de filmes plásticos hoje cada vez mais presentes nos pontos-de-venda. Porém, na década de 60 do século 20 a Gordura Vegetal Saúde (hidrogenada), da Anderson Clayton, era comercializada não só em latas de aço de 2 quilos, mas em pacotes de 450g que ficavam em pé. Eram confeccionados em “papel manteiga”, cuja barreira se obtinha com aplicação de fina camada de parafina.

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