Revista Embalagemmarca 046 - Junho 2003

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  • Pages: 52
de io ão ár iç rs Ed ive an

Ano V • Nº 46 • Junho 2003 • R$ 6,00

A força do

www.embalagemmarca.com.br

INVERNO, ALVO DAS CERVEJAS • CADEIA DO AÇO SE UNE PARA VENDER

junho 2003

Diretor de Redação Wilson Palhares [email protected]

6 14

ENTREVISTA: JOÃO AUDI Presidente da Abeaço conta como o setor vai brigar para ampliar mercado da lata de aço

26

[email protected]

Flávio Palhares [email protected]

Guilherme Kamio [email protected]

Leandro Haberli [email protected]

34

CERVEJAS Fabricantes de cerveja preparam novidades para manter vendas no período de inverno

Reportagem

HBA/FCE Cobertura das feiras conjuntas voltadas para as área de cosméticos e farmacêuticos

Colaboradores Josué Machado e Luiz Antonio Maciel

MAKING OF Belas Artes e Basf dão exemplo de integração escola-empresa na criação de uma linha de produtos industriais

Diretor de Arte Carlos Gustavo Curado [email protected]

Administração Marcos Palhares (Diretor de Marketing) Eunice Fruet (Diretora Financeira) Departamento Comercial [email protected]

Karin Trojan Wagner Ferreira Circulação e Assinaturas Marcella de Freitas Monteiro [email protected] Assinatura anual: R$ 60,00

18

CAPA: FOOD SERVICE Mercado da alimentação fora do lar explode, deixando oportunidades para a indústria alimentícia e fornecedores de embalagens

38

Público-Alvo

FILTROS UV Novos aditivos e polímeros impedem a ação de raios UV em embalagens plásticas

EMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais que ocupam cargos técnicos, de direção, gerência e supervisão em empresas fornecedoras, convertedoras e usuárias de embalagens para alimentos, bebidas, cosméticos, medicamentos, materiais de limpeza e home service, bem como prestadores de serviços relacionados com a cadeia de embalagem.

Tiragem desta edição 7 500 exemplares Filiada ao

Impressa em Image Mate 145 g/m2 (capa) e Couché Mate 115g/m2 (miolo) da Ripasa

Editorial

36

Celulósicas

45

Novo tipo de embalagem para carnes enobrece o produto e reduz custos

Movimentação na indústria de embalagens e seus lançamentos

17

40

46

Refrigerantes

Exportações

Display

Contra o cross channel, Coca-Cola relança o “litrão” de vidro

ABRE lança portal para incentivar exportações de embalagens

Lançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagem

24

42

49

Imagem

Plásticas

Painel Gráfico

Depois de oitenta anos, fermento Royal muda a estrutura da latinha

Poly-Vac festeja 30 anos disposta a ser de novo líder em termoformadas

Novidades do setor, da criação ao acabamento de embalagens

32

44

50

Rotuladoras

Novos equipamentos nacionais para aplicação de auto-adesivos

Fechamentos

Sonoco vai instalar no país uma fábrica de tampas tipo easy-open

Impressão: Congraf

Panorama

EMBALAGEMMARCA comemora seu quarto aniversário. Sem festa

Almanaque

Fatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens

ILUSTRAÇÃO DE CAPA: RENATO CANTON / inLab DESIGN

5

EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da Bloco de Comunicação Ltda. Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo Antonio - CEP 04718-040 • São Paulo, SP Tel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463 FILIADA À

www.embalagemmarca.com.br O conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA é resguardado por direitos autorais. Não é permitida a reprodução de matérias editoriais publicadas nesta revista sem autorização da Bloco de Comunicação Ltda. Opiniões expressas em matérias assinadas não refletem necessariamente a opinião da revista.

Quarto aniversário sem festa

C

Não nos damos por satisfeitos com os inúmeros testemunhos de que EMBALAGEMMARCA é hoje o principal referencial jornalístico da cadeia de embalagem. Queremos ir mais longe

om esta edição, EMBALAGEMMARCA chega ao seu quarto ano de existência. Não vamos nos dar ao luxo de comemorar, ainda que termos chegado até aqui seja motivo para festejar, como quem corre em meio a um tiroteio. Não deixa de ser motivo de alegria, também, o fato de que a travessia de mais uma etapa significa reconhecimento ao nosso trabalho. Isso teria sido impossível sem o apoio crescente de leitores, amigos e anunciantes. Tal reconhecimento é motivo de grande felicidade para a equipe, que agradece. Mas é sobretudo um in-

centivo a que nos empenhemos para implementar ainda mais a qualidade informativa e visual da revista. Não nos damos por satisfeitos com os seguidos testemunhos de que EMBALAGEMMARCA é hoje o principal referencial jornalístico da cadeia de embalagem. Não nos envaidecemos por termos nos transformado em parâmetro. Não deitamos no berço do comodismo ante a homologação do mercado, traduzida no crescimento no volume de publicidade nestes quatro anos. Chegamos a corar com os elogios ao “nível internacional” da publicação. Gratos pelos

aplausos. Mas queremos ir mais longe. Neste quarto aniversário, reitero em nome de toda a equipe de EMBALAGEMMARCA o compromisso de continuar trabalhando com total dedicação para honrar a imagem alcançada pela revista, a de ser uma fonte de informações úteis a quem integra a cadeia de embalagem no Brasil. Contribuindo para a melhora das atividades de cada um, acreditamos estar cumprindo nossa tarefa na construção de um país mais próspero e mais justo. Obrigado a todos.

Wilson Palhares

entrevista

O aço se une para vender mais o surgir em 1815, a lata de aço, uma das primeiras embalagens criadas na era industrial, representou extraordinária conquista para a humanidade, ao permitir a preservação de alimentos em conserva por longos períodos de tempo. Durante mais de um século e meio a embalagem de folha-de-flandres dividiu praticamente sozinha com a de vidro o mercado de acondicionamento dos mais variados produtos de consumo. Notadamente a partir da primeira metade do século passado, o surgimento e o aperfeiçoamento tecnológico de novos materiais, sobretudo as resinas plásticas e o alumínio, começaram a roubar fatias naquela seara tranqüila. Foi assim no mundo inteiro, e não muito diferente no Brasil. Ao contrário, aqui, um reino de placidez e comodismo durante as décadas de mercado cativo, com variadas barreiras à entrada de tecnologia e de concorrência para valer, a lata de aço e o vidro de certa forma se acomodaram – e acabaram perdendo as gordas fatias que detinham, estimadas em algo próximo a 80% do total das embalagens consumidas no país. Hoje, segundo diferentes pesquisas, o aço teria cerca de 12%, e o vidro, 15%. As embalagens plásticas rígidas e flexíveis ficariam com o equivalente à soma detida pelos dois materiais decanos. Imbuídos do espírito da velha máxima de que “a união faz a força”, integrantes da cadeia de aço estão determinados a reverter esse quadro. Em maio último, fundaram a Abeaço (Associação Brasileira da Embalagem de Aço), entidade que inclui desde a CSN – Companhia Siderúrgica Nacional, único fornecedor da matéria-prima, a folha metálica, e passa pelos fabricantes de embalagem, eventualmente distribuidores ou processadores de folha metálica e por envasadores, alguns dos quais têm linhas de fabricação de recipientes metálicos, como é o caso da Nestlé e da Parmalat. Lançada com 28 associados iniciais, a Abeaço, na expectativa de sua diretoria, po-

DIVULGAÇÃO

A JOÃO AUDI, presidente da Abeaço, recém-criada associação da cadeia de embalagem de folha-de-flandres, conta o que o setor pretende fazer para, unido, reconquistar o amplo espaço que já teve no mercado, além de ganhar presença para a lata de aço em novos segmentos 6 – EMBALAGEMMARCA • jun 2003

derá reunir cerca de sessenta em médio prazo, diz João Audi, diretor de embalagem da CSN, escolhido para presidir a nova associação. Nesta entrevista, ele explica como surgiu e como deverá atuar a entidade. “Nessa cadeia existia um discurso não uniforme, difuso, não havia foco exatamente naquilo que todos nós queremos, que é vender mais embalagem de aço”, conta Audi. “Ao mesmo tempo, o consumidor, lá na gôndola, não tinha nenhuma informação estruturada das vantagens, dos benefícios, das inverdades que se fala sobre a lata de aço. Foi para mudar isso tudo que nos unimos nessa associação.”

em vários segmentos, pela diferenciação no ponto-de-venda, graças à beleza que o aço permite dar ao produto. Em alimentos, a Bertol já trabalha bem, e em sucos temos alguns lançamentos, inclusive uma lata nova da CBL. Queremos também aumentar as exportações.

Em que segmentos? Basicamente, em dois. Primeiro, em produtos acabados e envasados, notadamente café, derivados de leite e carne. Segundo, em componentes, que é uma área em que ainda estamos trabalhando timidamente. A exportação da lata vazia não é viável economicamente por causa do frete, mas a exportação do componente tem A exportação todo o sentido. São fechamentos, anéis, tampa e fundo. Esse é um merda lata vazia não é cado em que é possível fugir de barviável economicareiras. Não tem “201” americana mente por causa do para impedir a exportação de aço (lei americana punitiva e de sanções cofrete, mas a expormerciais). Estamos exportando um tação do compocomponente de uma lata. É muito nente tem todo o melhor para o Brasil criar essa platasentido. São fecha- forma, agregar valor ao produto.

Quais os segmentos de mercado nos quais a embalagem de aço pode melhorar sua participação? Uma estratégia é aumentar a participação no mercado de latas de duas peças. A Metalic, no Nordeste, tem desenvolvido um trabalho de latas de duas peças acoplado com reciclagem, e tem muito a ensinar ao campo da lata de três peças. Ao mesmo tempo, esta área tem vasta experiência a transmitir à Metalic. É o que mentos, anéis, tamem inglês se chama “cross fertilizaEm outros países é possível observar pa e fundo. Esse é tion”. A Metalic e os fabricantes de o uso de embalagens de aço de fortrês peças são associados à Abeaço. um mercado em que ma diferenciada, quebrando paraEsse cruzamento de experiências e digmas. Um exemplo é o uso de latas é possível fugir de informações é riquíssimo. O trabacomo embalagens secundárias de barreiras lho de reciclagem no Nordeste nos perfumes. Outro, o de sabonetes em anima a buscar um caminho para a estojos “de luxo”, como forma de reciclagem da lata de três peças que seja agregar valor. Assim, um simples sabonete mais visível para o consumidor. Ele descovira um objeto de desejo, um presente, uma nhece que a lata de três peças é reciclável. peça de coleção ou um refil. O que impede Temos de divulgar esse atributo, como faz que se faça isso aqui? a Metalic. O mercado de bebidas é a nossa A melhor frase que eu já ouvi para esse grande esperança, uma aposta forte. segmento é a seguinte: “Quando você coloca o seu produto numa embalagem nobre, Basicamente, quando se fala em lata de como a embalagem de aço, você garante duas peças, os mercados são cerveja, refrique o consumidor não está se identificangerantes, sucos e chás prontos para beber. do,visualizando, acessando, convivendo Não dá para separar as características da com a sua marca só na hora do consumo. embalagem daquelas do produto. A embaAquilo vai ficar na casa dele, ele vai cololagem transmite valores ao produto. É imcar outra coisa dentro, vai colocar na prateportante que isso seja realçado pela embaleira e vai ficar ‘respirando’ a sua marca lagem, e apostamos muito nisso. O mercapor muito tempo”. O objetivo é tornar o do de latas expandidas de três peças, por contato do consumidor com a sua marca exemplo, tem muito espaço para crescer mais longo. Esse é o objetivo da embala-

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gem diferenciada, decorativa. Não há expectativa de ampliar o volume. Nossa expectativa ao usar esse recurso é criar mais produtos, abrir o leque. Nós temos no Brasil ótimos fabricantes, mas são especializados. No Brasil é nicho, não é volume.

muito longos. A embalagem de aço, como a de vidro, é muito antiga. São os dois insumos mais antigos na cadeia de embalagens, e as inovações por que passam acabam sendo menos percebidas. É natural que os ciclos de renovação sejam longos. O drive em algumas indústrias de embalagens de outros insumos às vezes é o fabricante do equipamento, às vezes é o fabricante da embalagem, às vezes é o envasador. O drive não tem regras. Aqui acompanhamos mais ou menos o ciclo mundial. A embalagem de aço expandida tem poucos anos na Europa e já foi lançada no Brasil. Não estamos muito atrás do que há lá fora. Nossos ciclos estão um pouco defasados, mas estamos acompanhando os avanços que ocorrem.

O Brasil é privilegiado em relação ao aço, começando pela abundância e pela qualidade da matéria-prima nacional, o minério de ferro, e passando pelos modernos parques dos transformadores. Entretanto, as latas nacionais suscitam em parte dos consumidores a idéia de descompasso tecnológico em relação a outras embalagens, ou mesmo às latas de outros países. Muitos consumidores reclamam, O pulo do por exemplo, da falta de sistemas de abertura fácil em latas de muitos gato para conquistar produtos. Os associados da Abeaço A invasão do PET na área de óleos o mercado de óleos comestíveis tornou-se um exemplo têm consciência dessa imagem? comestíveis é Têm. Acho que a consciência fica clássico da disputa dos diferentes mais forte e fundamentada quando materiais de embalagem no Brasil. oferecer boas existem pesquisas de mercado. Por Qual a participação do aço no setor, opções de abertura. e que medidas podem ser tomadas isso, nosso Comitê de Varejo e Pesquisa de Mercado vai trazer essa in- Estamos muito perto para recuperar o espaço perdido? formação para dentro de casa. É imO aço não está recuperando esse de chegar a uma portante dividirmos isso com os asmercado, o PET continua ganhando solução inteligente, sociados. O Comitê de Inovação e espaço em óleo comestível. Os fabribarata, em que Tecnologia, por outro lado, vai idencantes dessas embalagens entraram tificar com as pesquisas quais são os pelos óleos nobres, que resistem à a dona-de-cada “gaps” de funcionalidade e praticioxidação, como canola e girassol, e tenha facilidade dade, e apontar soluções. Alguns faforam migrando para o óleo de soja. de usar a lata bricantes no Brasil, como a Mococa Neste segmento, devemos fechar e a Rojek, têm bons sistemas de 2002 – são números ainda não defiabertura, mas precisamos de mais nitivos – com 60% do mercado em opções, precisamos nos virar para o mercalata e 40% em PET. Em 2001 o PET fedo. Nesse sentido, é interessante a vinda da chou com 37%. Neste último ano o PET Sonoco Phoenix para o Brasil, com todo o não andou muito. Foi um ano de crise de apoio da CSN ao projeto. petróleo, Iraque, guerra, dólar. Isso tudo não favorece o material, que é derivado de O setor transformador de embalagens de nafta e entra na cadeia produtiva do petróaço ainda é controlado por capital nacioleo. Acho que o pulo do gato para conquisnal, ao contrário de outros segmentos fatar esse mercado é oferecer boas opções de bricantes de embalagens, que se valem de abertura. A CSN e os fabricantes têm trabaintercâmbio tecnológico com empresas inlhado nesse projeto, e estamos muito perto ternacionais. Essa peculiaridade explicade chegar a uma solução de abertura inteliria o fato de as embalagens de aço não gente, barata, em que a dona-de-casa tenha apresentarem novidades com freqüência facilidade de usar a lata por um tempo certão regular? Ou seja: falta capital para into. Porque, como embalagem, não há dúvivestir em tecnologia e inovação? da de que a lata de aço tem as vantagens Acho que não. A indústria de embalagens que todo mundo conhece: é inviolável, de aço no mundo vive ciclos de inovação pode ficar perto do fogão que não pega

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do a nossa embalagem, o nosso negócio. Em segundo lugar, não existe na Abeaço nenhuma discussão de pontos polêmicos da cadeia. Por exemplo, discussões sobre legislação são encadeadas de outra forma. A Abeaço não nasceu para isso. Ela nasceu para divulgar a imagem e, seguramente, tornar todo mundo consciente da vantagem da nossa embalagem e vender mais aço. O objetivo é fazer todo mundo na cadeia vender mais. Só. Para qualquer outra discussão o fórum não é a Abeaço.

Em alimentos, o senhor citou uma das vanMuitos catadores de latas de bebidas destagens que é muito lembrada pelo setor de cartam as de aço, pois o valor pago pelo embalagens de aço em relação a materiais alumínio é maior. Como mudar essa plásticos: a proteção à luz. O desenatitude? volvimento por parte de grandes Não há inteHá dois caminhos a seguir. Um é o empresas de especialidades químido ciclo econômico sustentado, que cas de novos polímeros para fotoresses conflitantes proteção de produtos acondicionana associação. Não foi o caminho adotado pelo alumínio, um metal de muito valor após o dos em embalagens plásticas não há monopólio uso. Hoje, 1 quilo do material em pode comprometer esse diferencial? lata de bebidas – cerca de 70 latas – Esses polímeros de fato funcionam, nenhum. Estamos rende R$ 2,80, quase R$ 3,00. O cimas têm custo elevado. defendendo o clo de valor do alumínio é suficiente nosso interesse, para movimentar a máquina de reciO Brasil apresenta exemplos de exo nosso negócio. clagem. Outro tipo de reciclagem celência em embalagens de aço, que deve ser feito é em cima de educom latas e aberturas premiadas Nossa guerra é cação ambiental, com coleta seletiva, mundialmente. Como a Abeaço vai contra o plástico, separadores nos lixões, responsabiliincentivar a inovação? Como um o PET, o PVC, o dade do município. O trabalho que associado poderá se beneficiar? O trabalho do Comitê de Inovação e vidro, as assépticas fizemos na Metalic, com a Reciclaço, que é a empresa específica de reTecnologia e o acesso a seus resultacartonadas. ciclagem no Nordeste, tem atingido dos será absolutamente democrátiíndices animadores, perto de 70%, co. Se o comitê fizer um projeto, em cima de um subsídio que é dado para qualquer fabricante vai poder mexer nele. aumentar um pouco a remuneração dos caNão terá A, ou B ou C. tadores. Isso tem sido suficiente para movimentar essa máquina. A Abeaço surge como exemplo de pacto empresarial um tanto raro: o único forneMas a atividade é rentável? cedor da matéria-prima se une aos clientes Claro que não é tão rentável e auto-sustenpara defender interesses comuns. Em getável quanto o alumínio, mas temos injetaral, sobretudo quando o fornecedor é um do dinheiro para estimular o hábito. Obsersó, esses interesses não são conflitantes? vamos que com um determinado valor os Tenho absoluta convicção de que não, por catadores são estimulados a movimentar dois motivos. Primeiro: quando se junta esse ciclo. Uma característica interessante toda a cadeia – CSN, fabricantes de embaé que para obter 1 quilo de aço são neceslagens e alguns envasadores – não tem mosárias 34 latas. Assim, o catador abaixa menopólio nenhum, pelo contrário. Estou no nos vezes para recolher a lata de aço e formeio de uma guerra de mercado contra o mar 1 quilo do que precisa no caso do aluplástico, o PET, o PVC, o vidro, as asséptimínio. Ele fatura o dobro. Então, calibra-se cas cartonadas. Há interesses conflitantes e o subsídio em cima disso. interesses comuns, mas estamos defenden-

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veja mais: www.embalagemmarca.com.br

fogo, nela não entra luz nem oxigênio, de modo que o conteúdo não oxida. Visualmente, o corpo da embalagem se comunica muito melhor com o consumidor do que aquele rótulo simples da garrafa de PET. As vantagens da embalagem de aço são muitas. Basta encontrar um sistema de abertura inteligente, em que a dona-de-casa não precise ficar fazendo furinhos na lata. Esse é um problema grave, estrutural, que não acontece com o PET.

cervejas

Fabricantes de cerveja anunciam novidades para manter vendas no inverno

Por Leandro Haberli

Sem medo do frio erão e carnaval são palavras que naturalmente evocam bons presságios na indústria de cervejas. Em meio à estação de calor e àquela que é considerada a maior festa popular do país, os fabricantes da bebida têm motivos de sobra para esfregar as populares mãos invisíveis: nesse período, a demanda da loira gelada costuma crescer a ponto de escoar grande parte da produção anual. Agora, surpresa (ou quase)! Mesmo longe de rivalizar com os imbatíveis meses de sol e samba, a temporada outono-inverno 2003 vem se mostrando especialmente agitada para o setor de cervejas no Brasil. Além da retomada de vendas das cervejas do tipo bock, a indústria cervejeira, que produz 8,4 bilhões de litros por ano no Brasil, registra outras movimentações nesses dias de frio. Coincidência ou não, num momento em que se avoluma o debate sobre restrições à publicidade de bebidas alcoólicas, os grandes fabricantes anunciam novidades. A Kaiser acaba de lançar a Bavária

FOTOS: STUDIO AG

V

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Sem Álcool, e a Companhia de Bebidas das Américas (AmBev) comemora três anos de existência também com novas estratégias na manga. Entre outras ações, a dona das marcas Brahma, Antarctica e Skol aproveita o clima e investe em marcas regionais como a Polar Export. Distribuída apenas no Rio Grande do Sul, onde, segundo a AmBev, é a terceira cerveja mais vendida, com 15% de participação, a Polar, que também conta com versão bock, passou por um intenso redesign de embalagem para chegar às gôndolas. Presente no layout das latinhas de alumínio e nos rótulos das garrafas de vidro de 600ml, a nova identidade visual foi desenvolvida pela agência Brandgroup. A aposta em novas apresentações para esquentar as vendas nesse período de dias curtos e noites longas se estende à Kaiser. Além de estrear a Bavária Sem Álcool, e assim entrar num segmento que movimenta aproximadamente 60 milhões de litros por ano no Brasil, e que vem crescendo à

> média de 5% ao ano, a empresa está lançando a Kaiser Bock Safra 2003, com visual reformulado em relação ao projeto gráfico do ano anterior. Respondendo por cerca de 0,5% do mercado de cervejas durante o inverno, o segmento de cervejas bock está, por sinal, completando dez anos no Brasil. A pioneira do setor foi a própria Kaiser, que este ano espera produzir 4,5 milhões de litros da sua cerveja para dias frios. Além de malte especial, a Kaiser Bock é feita com teor alcoólico cerca de 1 grau acima do que o das cervejas pilsen.

a

20

edição

Salão internacional Máquinas para Enologia e Embalagens

Retornáveis não perdem fatias Apesar da crescente participação dos produtos segmentados, na parte das embalagens fica claro que os lançamentos desse inverno, que parecem privilegiar latas de alumínio, representam uma pequena fatia do mercado brasileiro de cervejas, que só está atrás dos Estados Unidos, China e Alemanha no ranking dos maiores produtores mundiais da bebida. Afinal, quase 70% de toda a cerveja consumida no país são acondicionados em embalagens retornáveis. Nessa fatia, as garrafas de vidro de 600ml só não reinam absolutas pela presença dos barris de chope, que respondem por 4%. Quanto à expectativa de entrada do PET, que indiretamente foi reforçada com o recente lançamento da Cerpa em garrafas PEN, o cenário atual ainda indica que está longe o tempo em que os fabricantes brasileiros de cerveja investirão largamente em embalagens plásticas. Enquanto paradigmas de embalagem

2 – 6 dezembro Feira de Milão (Itália)

2003

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Kaiser lança Bavária Sem Álcool e mantém linha bock, enquanto AmBev aposta em marcas regionais como a Polar Export

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Garrafa de PEN, da Cerpa: uso de plásticos ainda é restrito

DIVULGAÇÃO

permanecem inexpugnáveis, cervejarias de pequeno e médio porte amealham apreciadores em regiões distantes de seu Estado de origem, e assim denotam um movimento inverso ao das marcas regionais. Exemplo latente, embora já venha sendo observado desde o final do ano passado, é o da fluminense Itaipava, que também acaba de passar por uma reformulação visual, feita pela agência a10 Design. Produzida pela Cervejaria Petrópolis, a marca ostenta um desempenho comercial extraordinário.

Embalagem funciona como mídia Sem investir fábulas em comerciais com beldades femininas, mas com um acessório de embalagem que conquista cada vez mais consumidores, o selo protetor, a empresa, dona também da marca Crystal, espera produzir 59 milhões de litros em 2003. Se a estimativa se concretizar, a Petropólis deverá obter uma receita de aproximadamente 70 milhões de reais, resultado que significaria aumento de quase 100% sobre o faturamento do ano passado. Trata-se sem dúvida de um ótimo exemplo da importância de diferenciar-se nas gôndolas, já que não é todo dia que uma marca relativamente desconhecida alcança tamanha aceitação entre os consumidores de cerveja – e a Itaipava fez isso com um apelo inédito de embalagem (sobre selo protetor, ver EMBALAGEMMARCA nº 42). Para se ter idéia, no primeiro trimestre do ano, a Cervejaria Petrópolis teve um aumento de 20% no volume de vendas. Tal crescimento é quase cinco vezes superior Com selo protetor, Itaipava alcançou projeção nacional

Embalagens descartáveis acondicionam menos de 30% da cerveja produzida no Brasil

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16 – EMBALAGEMMARCA • jun 2003

ao obtido pela AmBev, que avançou 4,5% no mesmo período. Para muitos bebedores, o sucesso da Itaipava se deve à qualidade de sua cerveja, que passa longe do gosto aguado que caracterizaria outras marcas regionais emergentes. Mesmo assim, parece inegável que o selo higiênico tem papel central no sucesso da marca. Apesar das evidências dessa teoria, a indústria cervejeira mostra-se reticente quanto à adoção da solução em escala generalizada. Marcos Mesquita, superintendente do Sindicerv (Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja), diz que há no Brasil cerca de quinze projetos de lei sobre o uso de selos higiênicos em latas de bebida. “Mas nosso setor é contrário a qualquer obrigatoriedade nesse sentido”, posicionase Mesquita. Ele defende que as latas de cerveja nunca são contaminadas nas linhas produtivas, mas sim em pontos-de-venda precários, ou mesmo nas caixas de isopor de vendedores ambulantes. “Ao invés de impor o uso de selos protetores, precisamos informar o consumidor de que é preciso lavar as latas antes do consumo”, alega o superintendente. Enquanto não vem uma legislação específica sobre selos higiênicos para latas de bebidas, a indústria brasileira tenta ampliar o volume produzido de cervejas, que pouco evoluiu desde 1995. Como tantos outros segmentos, o setor torce para que o espetáculo do crescimento econômico seja enfim encenado no país.

Fechamos

refrigerantes

sempre ótimos

A volta do litrão

Garrafa retornável para melhorar as margens de lucro Cisper (11) 6542-8076 www.cisper.com.br

ão bastasse o flagelo da “tubainização”, em que marcas regionais tomaram cerca de um terço do mercado em que as grandes marcas de refrigerantes sempre reinaram quase absolutas, de uns tempos para cá estas enfrentam outro problema. Dessa vez a briga é com o “cross channel”, expressão que pode ser traduzida por “fica mais barato comprar no varejo do que do distribuidor”. Aí, o papel de vilão, ou de instrumento, cabe às embalagens one way, abrindo caminho para a volta de recipientes que haviam sido descontinuados, como a garrafa de vidro retornável de 1,25 litro da Coca-Cola. Com o avanço das embalagens descartáveis de PET e de metal, os refrigerantes populares tornaram-se uma alternativa que deu extraordinária força de barganha às redes de auto-serviço nas negociações com produtores de marcas fortes. Tendo seus preços de compra baixados à força, estas são oferecidas nos pontos-de-venda de forma extremamente atraente para os estabelecimentos do “canal frio”, isto é, bares e lanchonetes. Quem perde é o distribuidor. A forma encontrada pelos distribuidores para evitar o “fogo amigo”, mantendo preços competitivos, foi simples: os engarrafadores de Coca-Cola daquelas regiões começaram há cerca de dois meses a reutilizar as garrafas de vidro de 1,25 litro, fornecidas pela Cisper. A possibilidade de vários ciclos de uso simplesmente melhora as margens de lucro. Retornáveis não interessam aos auto-serviços, por exigirem espaços e mão-de-obra para recepção. No relançamento foram conseguidos alguns implementos na embalagem. A decoração, em novo layout, permite melhor aproveitamento do espaço, com um painel mais amplo, valorizando a comunicação. O conteúdo é informado no ombro da garrafa, em cujo rótulo foi introduzido o novo grafismo da marca, que inclui uma onda de cor amarela. Dada a melhora no processo de impressão em silk-screen, tornou-se possível incluir o código de barras na embalagem retornável, o que antes não ocorria.

N

TAMPAS 38 MM A Alcoa tem sempre a solução que a sua empresa precisa para o lacre de embalagens plásticas (PET, PVC, PEAD e PP) e embalagens de vidro, em diversos segmentos, como alimentício, temperos, bebidas, alcoólicos, farmacêutico e químicos.

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Garrafa de Coca-Cola de 1,25 litro contra “cross channel”

negócios.

reportagem de capa

Quase no ponto s últimos anos têm mostrado transformações significativas na divisão do apetitoso bolo produtivo da indústria alimentícia nacional. Fatias cada vez mais generosas têm se desviado dos carrinhos de compras do consumidor para atender o chamado canal institucional, ou de food service, que congrega os negócios ligados à alimentação fora do lar. Cozinhas industriais em geral, restaurantes, lanchonetes, padarias, serviços hoteleiros e de catering e, mais recentemente, até supermercados e hipermercados, com suas rotisserias, estão por trás de um universo de cerca de 1,2 milhão de empresas, que já movimenta anualmente um montante acima dos 30 bilhões de reais. Não é à toa que a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia) vem dedicando especial atenção ao monitoramento desse segmento. Segundo a entidade, os negócios em food service cresceram 121% de 1995 a 2002, enquanto o canal do varejo tradicional evoluiu 60,2% no mesmo período. Tal explosão, contudo, ainda não saturou o mercado. Para a Abia, o Brasil guarda um grande potencial a ser explorado: enquanto nas grandes metrópoles brasileiras perto de 25% das refeições são consumidas fora do lar, na Europa esse índice chega a 75%, e nos Estados Unidos, a 50%.

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ILUSTRAÇÃO: RENATO CANTON / inLab DESIGN

Pulverização Devido a essa ebulição recente no país, os operadores de food service, como o jargão da indústria alimentícia denomina as empresas atuantes do setor, ainda não estão plenamente atendidos no tocante à apresentação dos produtos. Dentro de suas necessidades específicas, ingredientes em porções maiores são exigências óbvias. Todavia, não basta dirigir a esses clientes embalagens de volume paquidérmico, que eliminem qualquer praticidade – o

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Food service cresce e, embora lentamente, opções em embalagens também Por Guilherme Kamio

e evita problemas de higiene, previsíveis quando as embalagens são armazenadas abertas e de modo impróprio. Não se pode dizer, entretanto, que todos os elos iniciais da cadeia produtiva do food service estão descompassados com a realidade. A bem da verdade, o número de soluções apropriadas às necessidades da cadeia de food service só tende a aumentar. Um bom exemplo já existente, mosLíder em sachês e blisters, a Junior agora possui também embalagens institucionais de grande volume

FOTOS: DIVULGAÇÃO

que, segundo Enzo Donna, da ECD Consultoria e membro do grupo de food service da Abia, tem sido a tônica até agora, numa lógica vesga de atacadão. “Houve uma grande multiplicação e pulverização do mercado de food service, e hoje cerca de 97% dos operadores são estabelecimentos pequenos, para os quais as embalagens para grandes cozinhas industriais não são adequadas”, ele aponta. Em outras palavras, ao não dialogar com os consumidores do food service e entender suas carências, a indústria alimentícia, e por extensão os fornecedores de embalagem, estão perdendo oportunidades latentes de ampliar suas margens. O futuro, na opinião do consultor, sorri para as embalagens práticas, com volumes menores e consentâneos a utilização total de uma só vez, ou então para as que agreguem dispositivos de dosagem ou divisões em porções, para agilizar o trabalho dos usuários e ajudá-los a maximizar seu faturamento. Isso reduz desperdícios

trado em uma edição anterior (EMBALAGEMMARCA no 43, março/2003), é dado pela Sonoco For-Plas, que passou a fornecer para a rede McDonald’s embalagens cartonadas multifolhadas para a dosagem padronizada de molhos e de queijo cheddar. De acordo com Daisy Spaco, diretora de marketing da Sonoco ForPlas, a empresa está desenvolvendo uma nova linha de baldes plásticos para alimentos, “com opções em design e fechamentos ideais ao canal institucional”. Prada quer difundir o uso de sua lata de abertura maior para alimentos

Tudo feito em casa Desenvolvimentos dignos de registro também podem ser vistos na Junior Alimentos. Fornecedora de peso de sachês e blisters em dose única para molhos, condimentos, margarinas e geléias oferecidas em restaurantes, serviços de catering e hotéis, a empresa vem redirecionando produtos para o uso no interior das cozinhas dos operadores. Um lançamento é a maionese para o mercado institucional, em baldes de 3kg injetados pela própria empresa. “O produto é acondicionado em filme de alta barreira com bocal, o que permite a sua utilização fracionada e impede o contato direto com o recipiente”, revela Gino Colameo, diretor comercial da Junior e diretor executivo da Abia, na qual coordena o grupo de food service. Outro destaque é o sistema de pouches para molhos pré-preparados, condimentos e recheios e coberturas doces. Disponíveis em volumes de 1kg a 6kg, os pouches garantem maior higiene e flexibilidade no uso. Eles são fabricados pela própria Junior com estruturas multicamadas que variam de acordo com os requisitos de barreira de cada produto, com filmes

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Bag-in-box da Scholle proporciona praticidade ao food service

Potes termoformados, como os da Poly-Vac, aumentam participação em institucionais

fornecidos por grandes convertedores de flexíveis, como Shellmar, Embalagens Diadema, Alcan e Bafema. Todas as embalagens da Júnior, incluindo os blisters e os sachês, são fabricadas internamente, e a empresa também trabalha como embaladora terceirizada (co-packer) para outras fabricantes de alimentos e cadeias de lanchonetes. O food service, aliás, parece ser um porto seguro para soluções inteligentes em embalagens flexíveis. Prova disso é a boa receptividade desse mercado ao bag-inbox, sistema não-retornável para acondicionar produtos líquidos e pastosos que promete vantagens em relação às embalagens rígidas. Formado por uma bolsa selada com bocal, que contém o produto, acondicionada em um recipiente externo, o bag-in-box para o mercado de food service é trabalhado sobretudo nos volumes de 2 litros a 20 litros.

Bags vantajosos “Ele proporciona economia de custos, reduz o espaço de armazenamento, infringe menores perdas de produto e melhora a velocidade do serviço”, argumenta Rogério Brighenti, gerente nacional de vendas da Scholle, multinacional americana que ostenta o título de criadora do sistema e que recentemente inaugurou uma fábrica no interior paulista. A nacionalização, diz Brighenti, está permitindo reduções de em média 30% nos custos do sistema.

Recentes aplicações do bag-in-box na área de food service abrangem óleos comestíveis, condimentos e molhos em geral. Há possibilidade de enchimento asséptico, a quente ou em temperatura ambiente, e diversas opções em tampas, conectáveis a uma ampla gama de equipamentos dispensadores. Além da utilização em cozinha, o bag-in-box pode virar um sistema self-service para molhos de frente de loja, dispensando refis. “É uma solução mais prática e higiênica que os frascos de catchup, geralmente repostos através de bombonas”, ilustra Brighenti. Solução bastante similar é oferecida pela Cryovac. É o sistema Onpack de embalagens institucionais, baseado em máquinas automáticas verticais, do tipo form-fill-seal, para a produção de pouches que também podem ser enchidos a quente ou a frio. Os filmes utilizados são

Lançamentos da UBF Foodsolutions também abrem espaço para as cartonadas da Tetra Pak

da própria Cryovac, da linha FS (Food Service), que proporcionam média ou alta barreira. Tais filmes, segundo a Cryovac, podem ser submetidos ao congelamento e ao reaquecimento em banhomaria, assim como, observando-se condições de segurança, levados ao forno de microondas. O sistema Onpack também permite a instalação de válvulas, que podem ser conectadas a dispensadores, sem que haja contato do produto com o ambiente. Como informa a Cryovac, os pouches podem ser impressos em até oito cores, possuem mecanismos easy-open e são facilmente descartáveis. Ademais, a máquina é de fácil setup e pode trabalhar com uma gama variada de volumes. Frente ao aumento da competitividade no fornecimento de recipientes para produtos institucionais, os tradicionais fabri-

Institucionais, mas quase iguais aos do varejo Enganam-se os que pensam que o mercado institucional, por exigir rendimento e produtos econômicos, é uma cidade morta para as marcas fortes. Poderosas chancelas migradas do varejo tradicional vêm sendo mais e mais utilizadas no food service, principalmente nas cozinhas sofisticadas, como apelo de marketing. De olho nisso, as gigantes alimentícias vêm lançando produtos com embalagens mais esmeradas – e similares às do varejo. A Nestlé FoodServices, por exemplo, está reformulando a identidade visual de seus produtos e apresentando novidades em sua linha de produtos apadrinhados pela Maggi.

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São cremes e uma base para sopa de feijão, que chegam ao mercado com o aval de conceituados consultores gastronômicos e em embalagens flexíveis da Santa Rosa. Apostando no cross-merchandising entre os itens da linha, a Nestlé também está colocando dicas de receitas no verso das embalagens. Por sua vez, a UBF FoodSolutions (ex-Caterplan), divisão food service da Unilever Bestfoods, relançou seus principais temperos Knorr para o canal institucional em janeiro, em packs da Inapel com novo visual e volumes menores. Outros produtos recentemente lançados foram o Creme Culinário, em caixa

longa vida da Tetra Pak, e a Maionese Hellmann’s Profissional, em baldes da Bomix e da Jaguar com rótulo da Silflex. Já a Liotécnica, especializada em alimentos desidratados e liofilizados, dirige ao segmento a sua linha Qualimax Food Service, que abrange, entre outros itens, pós para gelatinas e preparados para pudins, comercializados em flow-packs da Shellmar. A Parmalat é outra que está renovando sua linha institucional, que traz atomatados e conservas em latas de 2kg. O papelão ondulado também contribui, embalando o biscoito Maria em migalhas, para docerias e padarias.

cantes de embalagens rígidas para o segmento também não perdem a atenção e preparam novidades. A Prada, por exemplo, forte na comercialização de latas de aço de grandes volumes para produtos típicos do segmento – óleos comestíveis, margarinas, cremes vegetais e atomatados, entre outros – quer prospectar junto a clientes da área de food service sua lata com abertura de diâmetro 210mm, mais fácil de manipular.

Alcan (11) 4512-7000 www.alcan.com.br

Como um balde

ECD Consultoria (11) 4788-4904

“Ela possui as vantagens de um balde, permitindo inviolabilidade e manuseio mais prático que a abertura de 170mm de diâmetro, normalmente utilizadas pelas latas de 18kg e 16,4 kg, populares no segmento institucional”, comenta Djalma Carlos, gerente de vendas de embalagens para produtos alimentícios da Prada. Ainda de acordo com ele, a iminência da nacionalização de tampas easy-open para outros formatos de latas que prosperam no segmento institucional, como a A10 e a A-20, de volumes respectivos de 2 kg e 4 kg, tenderá a lhes dar maior viço no acondicionamento de conservas e derivados de tomate. “A intenção é fornecer aos operadores latas com abertura fácil e total, que dispensem abridores e aceitem sobretampas plásticas”, adianta Carlos. Falando em aço, aliás, merece registro o caso dos palmitos para food service Plant, da Gini, que as adotaram por um motivo singular. “As latas dão ao cliente a garantia de que o palmito foi produzido com tecnologia de ponta, inerente às linhas de enlatamento”, explica Luiz Ernesto Wilke Sereno, gerente de vendas da Rojek, fornecedora da lata do Plant. Quem também vem escoando uma produção cada vez maior de recipientes ao mercado institucional, só que na área plástica, é a Poly-Vac, especializada em potes termoformados. De acordo com Benilde Carneiro Lodi, supervisor de marketing da empresa, conta a favor dos potes a flexibilidade da produção em variados volumes. Uma das últimas linhas a entrar no mercado institucional em pote da Poly-Vac foi a Tempero Completo Jimmi, em pote de 1kg.

Bafema (11) 5666-9088 www.bafema.com.br Bomix (11) 4523-0100 www.bomix.com.br Cryovac (11) 3833-2831 www.cryovac.com.br

Embalagens Diadema (11) 4066-7833 www.embdiadema.com.br Inapel (11) 6462-8800 www.inapel.com.br Jaguar [email protected] Junior Alimentos (11) 4615-4453 www.junior.com.br Poly-Vac (11) 5541-9988 www.poly-vac.com.br Prada (11) 5682-1000 www.prada.com.br Rojek (11) 4447-7900 www.rojek.com.br Santa Rosa (11) 3621-4000 Scholle (19) 3826-8800 www.scholle.com.br Shellmar (11) 4128-5200 www.shellmar.com.br

“A demanda maior vem sendo pelos potes de 3,6 kg, concorrentes dos baldes de mesmo volume, para o acondicionamento de maioneses”, diz Lodi. Outros produtos que estão adotando os potes com apetite são os doces pré-preparados, como massas para brigadeiros e beijinhos de coco. Aliás, reside aí, nos produtos que queimem etapas e que dêem mais rapidez ao preparo Sistema Onpack, da Cryovac, de alimentos, a ten- promete diversas vantagens dência candente num mercado cada vez mais profissional, sofisticado e exigente.

Linhas de montagem Pré-preparados, de misturas granuladas a molhos para as mais diversas receitas, deverão aumentar significativamente em sortimento no mercado. “As empresas de food service estão deixando o perfil clássico de cozinhas e virando grandes linhas de montagem de refeições”, sintetiza Gino Colameo, da Junior, valendo-se de sua intimidade com o mercado. Essa onda de produtos mais processados, portanto com maior valor agregado, certamente demandará embalagens mais nobres. Na verdade, a embalagem é um dos pontos vitais nos quais a cadeia de produtos alimentícios se escora para confirmar a projeção otimista da Abia para o food service: um crescimento de 87,8% de 2000 a 2005. Em tempos de Fome Zero, apetite, certamente, não faltará. Para o palmito Plant, segurança pesou a favor da lata

Silflex www.silflex.com.br Sonoco For-Plas (11) 5097-2755 www.sonoco.com Tetra Pak (11) 5501-3200 www.tetrapak.com.br

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Abertura ampliada Na lata do fermento Royal já se pode meter a colher de sopa fermento em pó Royal completa oitenta anos de Brasil e faz uma mudança significativa na embalagem. Depois de várias pesquisas, a Kraft Foods, detentora da marca, percebeu uma necessidade básica da consumidora do produto: o diâmetro da abertura da antiga embalagem não permitia o uso da colher de sopa, medida padrão para a maioria das receitas preparadas com o fermento em pó. Embora a demora de oito décadas para a percepção de detalhe tão significativo possa surpreender mais do que a própria mudança, o atraso em levá-la adiante talvez se justifique. Ocorre que o desenvolvimento da nova embalagem, de papel cartonado, com fundo e tampa de folha de flandres, exigiu a modernização do maquinário da linha de envasamento da empresa em Jundiaí, onde é fabricada. A nova lata é mais larga e mais baixa que a anterior.

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Abertura mais fácil A gerente da área de sobremesas da Kraft Foods, Patrícia Corsi, diz que “o sistema de micro-recravação facilita a abertura e o fechamento da embalagem”. Esse sistema consiste num processo de fechamento de latas que permite significativa redução de material e uso de folhas de baixa espessura para tampas e fundos. O novo formato possibilita também o empilhamento de três latas nos pontos-devenda, contra o máximo de duas da embalagem antiga. A nova embalagem do fermento em pó Royal mantém, na parte frontal, o mesmo layout utilizado em sua longa existência no país, talvez o mais duradouro exemplo de rótulo resistente a mudanças no Brasil (mudou uma vez, na década

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Mais bojuda, a nova embalagem garante maior visibilidade nas lojas

Kraft Foods Brasil 0800 7041940

Propaganda vai direto ao ponto, mostrando o benefício da novidade

de 1920, quando deixou de ser Real Fermento Inglez, nome adotado no início do século passado, para voltar ao nome original de Fermento em Pó Royal). O verso da latinha foi alterado de acordo com pesquisas feitas com consumidoras, e agora traz uma coleção de receitas atualizadas com fotos ilustrativas, informações sobre rendimento, tempo de preparo e grau de dificuldade. A embalagem renovada possui também um selo comemorativo dos oitenta anos do produto. A Kraft Foods programou extensa campanha publicitária, com divulgação em televisão e revistas femininas, para informar a mudança. O slogan da campanha é sugestivo: “Finalmente, deixamos você meter a colher em nossa embalagem”.

feira

À altura das expectativas FCE Pharma e HBA South America reúnem cadeia de embalagens e as feiras de negócios se consolidam em setores inimagináveis pouco tempo atrás, atraindo mais visitantes e expositores a cada ano, não seria em segmentos-chave da economia que esse tipo de evento deixaria de receber atenção das empresas. Voltadas aos mercados de cosméticos e produtos farmacêuticos, as feiras conjuntas FCE Pharma e HBA South America, realizadas este ano entre os dias 13 e 15 de maio, no Transamérica Expo Center, em São Paulo, obtiveram resultados que ajudam a consolidar essa teoria. Além da adesão de boa parte dos fabricantes de produtos finais, o evento concentrou fatia representativa dos fornecedores de matérias-primas, embalagens e equipamentos. Se não resultou num número extraordinário de lançamentos, o investimento dessas empresas ao menos indicou que, a despeito da queda da atividade industrial do país, o setor de cosméticos e remédios está bastante movimentado.

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Segundo a VNU Business Media, companhia holandesa responsável pela organização das feiras, a HBA e a FCE de 2003 contaram com cerca de 380 expositores e 16 000 visitantes, num crescimento de aproximadamente 15% em relação à edição anterior. Já o espaço de exposição, 19 000 metros quadrados, aumentou 40% sobre o do ano passado. “Esses números provam que, cada vez mais, as feiras de negócio representam uma estratégia de prospecção das mais eficientes”, diz Joris van Wijk, presidente da VNU Business Media. Na parte das embalagens, essa sentença pareceu especialmente factível. Importantes fornecedores de frascos, dispensers, blísters, rótulos, cartuchos, tampas e tantos outros acessórios para acondicionamento de remédios e itens de beleza e higiene pessoal reservaram seus estandes nas feiras. A seguir, EMBALAGEMMARCA mostra um pouco do que essas empresas expuseram durante o evento:

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Novos formatos e cores em tampas para perfumes Dentro da sua linha de perfumaria, a Incom Packing (antiga TME Cosmetics) ajudou a reforçar a idéia de que as feiras de negócios são vistas como eficientes plataformas de lançamento de produtos. Em um estande dos mais movimentados da HBA South America, a empresa divulgou nada menos do que cinco novos modelos de tampas para frascos de perfume. Reunindo diferentes cores e processos

de acabamento, que misturam de texturização a detalhes polidos, a nova linha é vendida em três opções de diâmetro: 15, 18 e 20 mm. Com formatos e nomes distintos (Isis, Aramis, Mênphis, Matrix e Laura), os produtos têm na matéria-prima sua característica comum. Todas as tampas são produzidas a partir da resina Surlyn, fornecida pela DuPont. www.incom.com.br (11) 4174-3221

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Servo motores agilizam troca de formatos para produtos sensíveis Representante no Brasil de equipamentos das marcas Kalix, Norden, Citus e ADMV, a Simbios-Pack apresentou sua linha de envasadoras, seladoras de bisnagas e encartuchadeiras para produtos sensíveis, como perfumes, batons e kits de coloração. No estande da empresa, três opções estavam expostas de forma mais de-

talhada: os modelos NM 2002S e NP 2002S, da Norden, e o equipamento KX 1101, da Kalix. Segundo Guilherme Arcuri, diretor comercial da Simbios-Pack, este último possui uma estação de selagem que facilita processos e troca de formato. Já as soluções da Norden, além de envase e selagem de bisnagas, operam como

dobrador de bula e leitor de código de barras. “Ela é totalmente operada por servo motores, conceito que otimiza todo o processo de troca de formatos e limpeza, além de facilitar a geração de relatórios estatísticos de controle”, resume Arcuri. [email protected] (11) 5687-1781

Retorno ao vidro e cartela antipirataria na estratégia da Novalgina

STUDIO AG

Para o setor vidreiro, sem dúvida uma das novidades mais expressivas das feiras foi o relançamento do analgésico e antitérmico Novalgina, em frasco de vidro, depois de quarenta anos no inconfundível recipiente plástico. Relançamento, sim, já que, dos pouco mais de oitenta anos em que está presente no mercado brasileiro, o produto foi apresentado em vidro apenas na primeira metade do tempo. Nas quatro décadas seguintes, o pequeno frasco plástico tornou-se praticamente um emblema da

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categoria da dipirona sódica, em que se insere a Novalgina, líder de vendas. Segundo o fabricante, a Aventis Pharma, a mudança é resultado de pesquisas que duraram cerca de cinco anos e atende às demandas de médicos e consumidores que avaliaram a nova apresentação do produto. Davilson Almeida, gerente da linha de analgésicos da Aventis, observa que, com o novo frasco, o medicamento passa a ter um diferencial, em função da maior precisão pelo uso de um novo conta-gotas, tipo vertedor. “Tivemos de capacitar os fornecedores locais, e também foram exigidos estudos para calibrar a quantidade exata do medicamento dispensado pelo dispositivo”. O executivo entende que o vidro dará mais estabilidade ao produto, possibilitando ampliar o prazo de validade do medicamento

dos atuais 18 para 24 meses. Além dessas razões, ocorre um movimento de padronização da embalagem do medicamento nos mais de 100 países em que é comercializado. No Brasil, primeiro país da América Latina a adotar a nova embalagem, os frasco de vidro âmbar, com capacidade de 20ml, são fornecidos pela Saint-Gobain e pela Wheaton Já na Argentina, o famoso medicamento também protagonizou uma forte renovação de embalagem. Vendido também em pílulas, o produto passou a ser acondicionado por lá numa cartela de alumínio formada de um dos lados por um filme holográfico antipirataria. Impresso com a logomarca do laboratório e do medicamento, o material é fornecido pela Hueck Folien, que aproveitou a participação na FCE Pharma para divulgar que a embalagem foi recentemente premiada pela European Aluminium Foil Association (EAFA). www.hueck-folien.de +54 11 4795-2111 www.sgembalagens.com.br (11) 3874-7626 www.wheatonbrasil.com.br (11) 4355-1800

PET também em fármacos A Alcan Packaging do Brasil, divisão de embalagens plásticas da Alcan Packaging, aproveitou as feiras para lançar uma nova linha de frascos PET para medicamentos. Em três tamanhos (100, 120 e 150ml) e com bocal de 24 mm de diâmetro, as novas embalagens complementam o portfólio da empresa no mercado farmacêutico. No trabalho de convencer mais fabri-

cantes de medicamentos a migrarem para o PET, a Alcan defende vantagens como fácil processamento, alta resistência a impacto, além de leveza e higiene. Em paralelo à nova linha, a Alcan Packaging divulgou sua linha de serviços. A empresa oferece, entre outros, impressão serigráfica e engenharia de moldes. www.alcan.com.br (11) 4075-6533

Para vidros, fosco aquoso Na área de acabamento de vidro, a Glass-Vetro Distribuidora apresentou uma solução à base de água para acetinar frascos usados pela indústria cosmética. Segundo a empresa, a ausência de ácidos na fórmula

amplia o emprego do produto na indústria de higiene pessoal. O efeito acetinado, também chamado de foscação, dura seis meses. Além de embalagens cilíndricas, o produto pode ser aplicado em vidros planos.

[email protected] (11) 3662-2125

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rotuladoras

Dados variáveis e diminutos A impressão de dados variáveis em espaços cada vez mais reduzidos, exigência crescente na indústria farmacêutica, motivou a Zebra Technologies a lançar um novo modelo de impressora térmica, a TLP 3842. Próprio também para códigos de barra, o modelo une resolução gráfica de até 300 dpi e suporte à chamada simbologia de espaço reduzido. Conforme explica a empresa, trata-se de um sistema criado para que a indústria farmacêutica atenda às exigências de aplicação do número de codificação em cada unidade de medicamento. www.zebra.com • (11) 3857-1466

Âmbar para itens de beleza

STUDIO AG

Freqüentemente associados ao acondicionamento de remédios, os frascos de vidro âmbar começam a ganhar espaço no segmento de perfumes, como mostrou um dos lançamentos da Wheaton do Brasil. No seu estande, a empresa ressaltou as possibilidades dessa pigmentação através da linha Class, uma de suas principais plataformas no mercado de perfumes. Os frascos Class foram usados como modelo, já que o âmbar pode ser estendido à maioria das embalagens da vidraria. Paula Mesquita, gerente de produto da Wheaton, lembra que esse tipo de pigmentação vem ganhando participação cada vez maior no mercado de perfumes da Europa. Mas por aqui, ela diz, poucos fabricantes de perfume exploram as possibilidades desse tipo de vidro. “Produzimos uma tiragem especial da linha Class exatamente para mostrar os excelentes resultados do âmbar para perfumes”, ela conclui. www.wheatonbrasil.com.br (11) 435-1800

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Abriu a porta, Chega ao mercado rotuladora nacional acondicionamento de produtos em ambientes fechados não constitui uma grande novidade na indústria farmacêutica. Bastante disseminadas entre os grandes laboratórios, as salas limpas cresceram no setor como uma alternativa que garante mais higiene ao envase de medicamentos exatamente graças a ambientes hermeticamente isolados. Todavia, prover maiores graus de assepsia nem sempre é o objetivo do enclausuramento de linhas de embalagem, como demonstra um recente lançamento na área de rotulagem de frascos de remédios e outros fármacos. A fim de gerar mais segurança aos operadores de máquinas aplicadoras de rótulos, a Bauch & Campos, fabricante nacional desse tipo de equipamento, anunciou na última edição da FCE Pharma o modelo Rottec Max, que tem no isolamento da linha de aplicação dos auto-adesivos sua principal característica. “Se o

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Compacta e veloz Também na feira, a Novelprint lançou uma nova ferramenta para rotulagem de produtos, o cabeçote etiquetador NovelTech. Mesmo compacta, a máquina é projetada para linhas produtivas de médio e grande porte e conta com motor de passo e comando eletrônico integrados. Disponíveis em quatro versões (50, 100, 160 e 200mm), os cabeçotes alcançam velocidades de aplicação que variam de 30 a 60 metros por minuto. A performance muda de acordo com o modelo da etiqueta e o estilo de aplicação. Fornecedora não só de equipamentos, a Novelprint aproveitou a FCE Pharma e a HBA South America para expor também sua linha de etiquetas de segurança. Já para o mercado farmacêutico, um dos destaques apresentados no estande da empresa foi a marca Booklet, composta por auto-adesivos dobráveis. Desenvolvido para produtos que precisam conter muitas informações, esse tipo de rótulo pode apresentar até oito páginas.

parou tudo com enclausuramento de segurança

Rottec Max, da Bauch & Campos: operador e produtos mais protegidos

sistema de enclausuramento é aberto, a máquina automaticamente pára”, explica Marcos Takiyama, consultor de negócios da divisão pharma da empresa. De acordo com o executivo, trata-se do primeiro equipamento nacional dotado de uma estrutura enclausurada. “Gerando maiores níveis de automação e proteção também ao produto, a máquina é capaz de rotular embalagens cilíndricas e planas feitas de qualquer tipo de material”, conta Takiyama, acrescentando que, além do enclausuramento, a nova rotuladora conta com um conjunto de documentos que atestam suas características.

Aqui, diferencial. Lá fora, exigência legal Conhecida como validação, tal metodologia vem, de acordo com o consultor, se tornando um importante diferencial competitivo para as empresas de embalagem que atendem às indústrias farmacêuticas. Em linhas gerais, trata-se de uma espécie de certificado de normas de qualidade, que atesta que a máquina faz o que o fabricante promete. A validação ainda não é uma exigência legal no Brasil, como, segundo Takiyama, já ocorre nos Estados Unidos. “Mas a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) tem exercido crescente vigilância sobre os processos de acondicionamento de medicamentos.” “Em função disso, hoje, a primeira coisa que as empresas da área farmacêutica nos perguntam é se nossos equipamentos têm validação”, conclui o consultor. Bauch & Campos [email protected] (11) 4785-2525

Novelprint www.novelprint.com.br (11) 3768-4111

making of

10 com louvor Estudantes da Belas Artes criam estratégia de PDV para a Basf

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Linhas retas e cores diferenciadas para cada embalagem da linha de aditivos da Basf

dor do curso de design da Belas Artes, Auresnedes Pires Stephan, e um dos executivos da Basf do Brasil, Peter Gross. Num encontro casual durante a BrasilPack 2002, feira de embalagem realizada pela Alcântara Machado, os dois comentaram a possibilidade de selecionar jovens estudantes de design para o desenvolvimento da identidade visual de uma nova linha de lubrificantes automotivos, náuticos e para motocicletas. “Como o projeto exigia criação de formas das embalagens, nome da marca, programação visual dos pontos-de-venda e até material promocional, percebemos que não seria possível trabalhá-lo apenas em sala de aula”, diz Stephan, mais conhecido como professor Eddy. “O Escritório Modelo Design nasceu para tornar realidade esse novo projeto da Basf”, completa ele. Dois professores, Alessandro Eloy Câmara e Marcelo Kammer, foram então encarregados de coordenar o trabalho e selecionar um time de alunos para se debruçar sobre o desafio.

Trabalho em etapas Nove estudantes participaram do projeto. Como num escritório de profissionais tarimbados, optaram por dividir o trabalho em etapas. Na primeira, tomaram contato com o tipo de produto para o qual deveriam desenvolver a identidade de marca. “Os alunos estudaram o case e optaram por embalagens com linhas retas, explorando o conceito de produtos automotivos”, conta o prof. Kammer. Além desse tipo de traçado, as embalagens, feitas de PVC, foram concebidas com saídas alongadas, de modo a facilitar o despejamento dos produtos. O passo seguinte foi a definição da marca. Neste ponto, o briefing já estava adiantado pela Basf, que queria um nome capaz de transmitir o valor agregado dos produtos. Foi escolhida a palavra Klasse, e estudantes partiram para a etapa de criação da

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onceito recente no Brasil, as empresas júnior estão entre as iniciativas capazes de favorecer todos os lados envolvidos. Além de facilitar o ingresso de novos profissionais no mercado, para quem recorre a esse tipo de prestação de serviço há no mínimo dois benefícios: o institucional, dado que o nome do usuário se associa a uma causa nobre, e o econômico, pois o custo de trabalhos tocados em ambientes acadêmicos costuma ser menor do que os feitos longe das faculdades e universidades. Comuns nas cadeiras de administração, engenharia e contabilidade, as empresas cuja mão-de-obra é composta por estudantes começam a ganhar força na área de criação de embalagens e identidade visual de marcas. É o que demonstra o Escritório Modelo Design, do qual fazem parte alunos de graduação do curso de design da Faculdade Belas Artes de São Paulo. Menos de um ano depois de o projeto ter sido posto em prática, já está no mercado uma linha completa de produtos cuja estratégia de comunicação no ponto-de-venda foi inteiramente criada pelos talentos que ainda freqüentam as salas de aula dessa faculdade. Na verdade, o Escritório Modelo Design nasceu do contato entre o coordena-

Faculdade de Belas Artes (11) 5576-7300 www.belasartes.br

Alunos também conceberam displays para supermercados e postos de gasolina

logotipia e do padrão de cores, que muda de acordo com a linha. Ao todo, são 24 produtos, divididos nas linhas AutoKlasse, NautiKlasse, DieselKlasse e MotoKlasse. Além de uma família de frascos com cinco tamanhos distintos (150ml, 300ml, 500ml, 1litro e 4 litros) e do conceito gráfico de seus respectivos rótulos, Escritório Modelo criou displays para exposição e estocagem dos produtos nas gôndolas e postos de gasolina, bem como catálogos de divulgação. Conceberam também a programação visual da frota de veículos que fará a distribuição dos produtos, e até os uniformes dos promotores de venda da linha. “Os alunos que participaram dessa experiência tiveram a oportunidade de gerenciar um projeto de criação de marca em todas as suas fases”, conta Márcia Auriani, coordenadora do Escritório Modelo Design. “O resultado obtido ultrapassou todas as expectativas”, ela completa. Para o professor Eddy, o trabalho foi além de enriquecer o currículo dos alunos. “Eles vivenciaram as complexidades que envolvem um projeto de criação de marca dentro de uma grande empresa”, diz. Se outras faculdades que contam com cursos de design adotarem tática semelhante à da Belas Artes, as empresas de branding poderão vir a enfrentar uma competição nota 10.

celulósicas

Peças valorizadas Novo tipo de embalagem para carnes enobrece e reduz custos mbora venha ganhando novidades em embalagens nos últimos anos, o mercado de carnes in natura ainda reserva um espaço mais que promissor para sistemas aperfeiçoados de acondicionamento. Atenta a esse campo de oportunidades, a Rigesa, do grupo MeadWestvaco, lançou no mercado um novo conceito em embalagem que promete conferir vantagens substanciais no acondicionamento de carnes bovinas, suínas, aves e pescados. A solução, que está sendo apresentada ao mercado sob o nome comercial de FrostPack, consiste em embalagens de papelão ondulado projetadas especialmente para o transporte e a comercialização direta de carnes. Feitas com capas e miolo em fibra especial de alta resistência, elas são empilháveis e paletizáveis, e podem ser utilizadas abertas ou fechadas, com tampas simples acopladas ou mesmo coladas (tipo calço), tornando-se invioláveis.

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Maior proteção: caixa FrostPack pode ter tampa encaixável ou colada

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Menos material Segundo a fornecedora, as principais vantagens da embalagem FrostPack para os clientes em potencial – indústrias frigoríficas que trabalham com a distribuição para o varejo ou que exportam valendo-se da chamada cadeia do frio – são a redução de custos, uma melhor performance e a melhor apresentação do produto alimentício. Como explica Danielle Saraiva, engenheira de alimentos e integrante do departamento de Novos Produtos da Rigesa, o caráter econômico da FrostPack é explicado pelo fato de ela possuir um desenho inteligente, consumindo menos material em sua construção que as caixas de papelão ondulado normalmente

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Rigesa MeadWestvaco (19) 3869-9330 www.rigesa.com.br

destinadas ao segmento. “Ademais, a possibilidade de automatização da montagem das caixas pode proporcionar remanejamento da mão-de-obra do cliente para outros setores essenciais, como abate e desossa, além da redução de custos no manuseio e nos processos logísticos dos produtos”, ela afirma. Por outro lado, a viabilidade de se ter uma rica apresentação visual das caixas, expondo a marca do produtor, valoriza os produtos. A impressão da FrostPack pode ser feita em flexografia de alta resolução, com possibilidade de até 5 cores mais verniz, ou 6 cores sem o revestimento. Todas as tintas utilizadas são à base de água, atóxicas e inócuas ao ambiente. “Vale também lembrar, aliás, que a FrostPack é 100% reciclável”, afirma Danielle. A solução pode ser disponibilizada em vários modelos, cada um deles melhor adaptado para determinadas aplicações ou tipo de carne. “As caixas mais comuns são as de 15 kg a 30 kg, mas há flexibilidade para desenvolvermos modelos para outros volumes”, ressalta Danielle. Segundo ela, a Rigesa pode ainda disponibilizar ao cliente uma equipe especializada para a realização de testes on-site.

plásticos

Proteção ao lucro Aditivos e polímeros para embalagens plásticas bloqueiam raios UV andamento obrigatório nas estratégias de gerenciamento de marcas, a diferenciação nas gôndolas muitas vezes é vista como um atributo decorrente apenas de alguma idéia inovadora. Mas para uma marca destacar-se da maneira pretendida, quase sempre é preciso ir além do campo da criatividade, sendo necessário considerar todos os pormenores envolvidos num lançamento. Entre tantos outros pontos, essa realidade ganha força quando se considera o desenvolvimento de embalagens para produtos sensíveis à luz. Em muitos alimentos e bebidas acondicionados em frascos e garrafas transparentes, aquela cor bonita, atraente e apetitosa, que tanto trabalho costuma dar aos engenheiros e químicos responsáveis, pode ficar opaca e inexpressiva depois de alguns dias nas prateleiras dos supermercados. Além dos prejuízos visuais, a sensibilidade à luz pode desencadear alterações físicoquímicas capazes de comprometer o sabor e o aroma, ou mesmo diminuir o prazo de validade de alguns produtos.

Antídotos oferecidos Evocando tais riscos, grandes fornecedores de especialidades químicas vêm oferecendo novas gerações de aditivos especialmente desenvolvidos para a fotoproteção de produtos acondicionados em garrafas e frascos plásticos. Adicionadas às resinas sem comprometer a transparência das embalagens, essas substâncias são criadas para funcionar como verdadeiros filtros solares para itens tão distintos quanto cosméticos, medicamentos, alimentos e bebidas. Com a linha Shelfplus UV, a Ciba é uma das empresas que trouxeram esse tipo de solução para o Brasil. Bloqueando principalmente os raios ultravioleta (UV), os produtos da companhia são oferecidos para evitar problemas detectáveis tanto pelos

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FOTOS: DIVULGAÇÃO

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olhos como pelo paladar dos consumidores. “Além de encurtar o tempo de prateleira, a luz UV pode gerar queda de nutrientes e alterar a viscosidade e a fragrância de muitos produtos”, lembra Flávia Queiroz, gerente de contas da empresa. Segundo ela, os aditivos Shelfplus UV foram criados principalmente para embalagens PET, mas “podem ser adicionados a poliolefinas em geral”. Dependendo de características como o design da embalagem e o material de que é feita, a gerente da Ciba afirma que mais de 90% dos raios UV podem ser bloqueados pelos produtos Shelfplus. A despeito do investimento necessário para adotar a solução, a executiva observa que as empresas usuárias podem economizar em outras partes do processo produtivo. “Gasta-se menos com estabilizantes de conteúdo”, exemplifica Flávia.

Para enchimento a quente Outra empresa interessada em fornecer bloqueadores de raios UV para embalagens plásticas é a americana Voridian. Na última Brasilplast, que aconteceu em março, em São Paulo, a empresa divulgou o polímero

Da esquerda para a direita, seqüência mostra alterações de cor que a exposição à luz pode causar em alguns tipos de produtos

Ciba (11) 5532-7411 www.cibasc.com Voridian (11) 5103-0003 www.voridian.com.br

Heatwave, desenvolvido com foco nos processos de enchimento a quente. Segundo a empresa, o produto tem os benefícios óticos de uma resina transparente, mas atua como bloqueador de raios UV. “O Heatwave evita que a luz solar danifique o conteúdo da embalagem, aumentando a shelf life do produto e impedindo alterações de propriedades como sabor e cor”, diz Juan Moncada, gerente de mercado da Voridian. Para disseminar a linha no mercado nacional, a Voridian aposta nos produtos direcionados às chamadas gerações X e Y, onde cores fortes dão literalmente o tom. Há cerca de um ano nos Estados Unidos, onde é usado sobretudo em embalagens de sucos naturais, o Heatwave, assim como a linha Shelfplus UV, ainda briga para engrossar o número de adeptos no Brasil. No caso da Voridian, o gerente de mercado da empresa atribui as dificuldades à taxação sobre importação e à desvalorização do real, fatores que, segundo ele, tornam os preços do polímero menos competitivos.

Mas a verdade é que, com o ganho de participação das embalagens plásticas nos mais diferentes mercados, esses filtros solares podem se tornar um diferencial competitivo que protege também os lucros.

Embalagem produzida com Heatwave, da Voridian: de olho em sucos naturais

exportações

Embalar lá fora ABRE lança portal para fomentar exportações de embalagens

P

Vontade existe Por mirar os mercados externos, o portal também possui uma versão em inglês, que aborda a qualidade dos produtos nacionais e fornece estatísticas e dicas sobre o mercado brasileiro. “A situação econômica do Brasil é favorável ao comércio internacional e nossas embalagens são competitivas Forma das vendas para outros países Indireta – 24%

Direta – 62%

Direta e indireta – 14%

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Países que mais compram embalagens brasileiras Argentina 22% Chile 16% Uruguai 11% Paraguai 10% EUA 10% México 10% Outros 21%

ABRE (11) 3082-9722 www.abre.org.br

em qualidade e preço”, afirma Luciana Pellegrino, diretora executiva da ABRE. O Comitê de Exportação da entidade de classe realizou uma pesquisa com 35 empresas associadas, a qual revelou que 58% delas já exportam embalagens e produtos correlatos. Das empresas que por ora se concentram no mercado interno, 50% delas disseram pretender exportar. Destacam-se, entre os produtos já exportados pelo setor, PVC, papel-cartão, folha-de-flandres, folhas cromadas, chapas e folhas de alumínio, entre as matérias-primas. Entre embalagens, fechamentos e outros, são escoados para fora potes, bases para ovos de Páscoa, conjuntos pote e tampa, copos descartáveis, caixas de papelão, embalagens flexíveis laminadas, tampas tipo sealed safe e sobre-tampas. Fitas adesivas, etiquetas de identificação, filmes stretch, sacolas e adesivos sintéticos também têm tido bom desempenho. Segundo a sondagem, o perfil das empresas que ainda não exportam, mas que pretendem fazê-lo, é bastante diversificado. Ele abrange fabricantes de embalagens, de equipamentos e de acessórios e prestadores de serviços, que vão do design até estratégias de marketing, incluindo nesse segmento as embalagens promocionais para pontos-de-venda.

FONTE: ABRE

ouco lembradas na pauta dos produtos nacionais exportáveis, as embalagens também podem – por que não? – fazer com que os mercados externos respondam por um quinhão maior em seu faturamento. Tendo isso em mente, a Associação Brasileira de Embalagem (ABRE), através de seu Comitê de Exportação, acaba de lançar em seu site um Portal de Exportação, dedicado exclusivamente à orientação das empresas locais que queiram comercializar lá fora matérias-primas, insumos e embalagens acabadas. O portal dá dicas e orientações sobre termos técnicos e informa nomenclaturas de produtos, tarifas de exportação, sites de órgãos brasileiros de apoio ao setor e formas de contato com Câmaras de Comércio e com Embaixadas Brasileiras no exterior. Ele oferece também oportunidades de negócios, dados estatísticos e publicações sobre o tema, entre outros serviços.

plásticas

Meta: liderança Poly-Vac investe em tecnologia e quer ser a primeira em sua área

D

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Poly-Vac (11) 5541-9988 www.poly-vac.com.br

de 2002, “uma fase mais agressiva de mercado”, diz Lodi. O momento mais intenso dessa fase ocorreu em abril, quando a empresa lançou a campanha institucional “Poly-Vac 30 Anos” e investiu em marketing com diversas ações nos diferentes segmentos em que atua. No âmbito dessas ações, a agência Leo T Design modernizou o logotipo da empresa, complementando a série de selos relacionados aos 30 anos e à conquista da certificação ISO 9001-2000, no final do ano passado.

O que o mercado quer

No 30º aniversário, empresa aumenta sua ampla linha de produtos e festeja ISO 9000-2000

Tendo suas bases assentadas, considera o supervisor de marketing, a companhia pode dar andamento a projetos que contribuirão para alcançar a desejada liderança. “No momento, o principal foco de atuação é o projeto de embalagens para cosméticos”, ele revela. “Outros são sigilosos, mas podemos citar o segmento de produtos alimentícios secos para animais.” Esses dois projetos vêm na seqüência dos mais recentes realizados (pote retangular para sorvete, em substituição ao injetado, e potes para lenços umedecidos, cosméticos e requeijão). Na sua investida em busca da liderança, lembra Lodi, a Poly-Vac conta com um handicap sem dúvida valioso: foi a primeira empresa de atuação mundial com os produtos que fornece, possuindo experiência e know-how em todas as etapas de produção. “O processo de termoformagem”, argumenta, “permite a produção de uma embalagem fina, resistente, bonita e barata.” Em suma, quase tudo que o mercado quer.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

epois de viver relativo período de hibernação em termos de exposição ao mercado, adotando o que se costuma chamar de “low profile”, este ano, ao comemorar, em abril, seu 30º aniversário, a Poly-Vac S/A Indústria e Comércio de Embalagens, de São Paulo, está novamente “botando a cara de fora”, com um objetivo: reconquistar a liderança que já foi sua no segmento de embalagens termoformadas. A empresa não está fazendo isso apoiada “na cara e na coragem”, apenas. “Nos últimos anos”, conta o supervisor de marketing Benilde Carneiro Lodi, “a Poly-Vac aplicou mais de 5 milhões de dólares em tecnologia de ponta e equipamentos de última geração.” Além disso, investiu em uma linha de flexíveis nylon/polietileno, agregando mais um produto à sua linha de fornecimento e passando a atuar também nos segmentos de carnes, lingüiças e queijos, com embalagens a vácuo de alta barreira, de cinco camadas. A empresa já produzia copos e tampas termoformadas, para suprir desde os segmentos de margarina e manteiga até os de temperos, água mineral, copos descartáveis, iogurte, suco, sorvete, doces, queijo, requeijão, sabão em pasta, maionese e pipoca, entre muitos outros. A grande vantagem dessa tecnologia está na redução de custos em relação às injetadas. Com os investimentos feitos, a Poly-Vac alcançou uma capacidade de produção de 1 200 toneladas/mês de polipropileno e 60 toneladas/mês de nylon/polietileno. Com a infra-estrutura consolidada, iniciou, no final

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* u u i i k st m p bl sh ng [custom publishing]

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Há alguns meses, as publicações personalizadas ganharam a mídia. São vistas como a grande revolução na comunicação empresarial. A Bloco de Comunicação se orgulha de ter nascido justamente para fazer isto. Só que em 1987, muito antes de saber que buscar soluções individualizadas para cada cliente teria um nome tão pomposo.

BLOCO

DE

COMUNICAÇÃO

Solução para os seus problemas de comunicação (11) 5181-6533

fechamentos

Abre-fácil cada vez mais fácil Nova fábrica de tampas easy-open amplia opções e visa exportação

N

Tampas de 73 mm, o primeiro foco da Sonoco Phoenix

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Sonoco Phoenix (24) 3355-2705 www.sonoco.com CSN (11) 3049-7100 www.csn.com.br

tada é de 1 bilhão de unidades, esteja instalada já em novembro deste ano, disponibilizando inicialmente tampas com 73mm de diâmetro. A empresa adianta, contudo, que pretende oferecer localmente novos diâmetros num futuro próximo. Mas, inicialmente, um dos principais objetivos comerciais da nova empresa é o mercado externo.

Reforço de marca Praticidade e conveniência. São essas as vantagens trazidas pela tampa easy-open, na opinião do gerente global de mercado da Sonoco Phoenix, Paul McClure. O fato de eliminar a necessidade do uso de abridores (o consumidor consegue abrir a embalagem usando apenas as mãos) nos enlatados é, segundo o executivo, um dos fatores responsáveis pela crescente demanda por tampas abre-fácil em nível mundial. “Tornar a embalagem mais conveniente é uma forma importante de aumentar a fidelidade à marca e estabelecer uma vantagem competitiva”, ele explica. O projeto é resultado de parceria estratégica com a CSN, única fornecedora de folha-de-flandres no Brasil. A empresa abastecerá a Sonoco Phoenix com 100% do aço utilizado na fabricação das tampas easy-open. “O aço da CSN apresenta os altos padrões de qualidade exigidos por nós”, afirma Charles Sullivan, vice-presidente de embalagens da Sonoco. As tampas da subsidiária destinam-se a mercados diversos, como carnes, atomatados e rações animais. Além das tampas de aço, a empresa oferecerá tampas de alumínio e membranas removíveis para embalagens metálicas, plásticas e multifolhadas.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

ão obstante uma criação brasileira de abertura de embalagem tipo easy-open, a AbreFácil da Rojek, ser internacionalmente premiada, o país se ressente da oferta de opções, não só de sistemas, mas também de diâmetros. De olho no enorme potencial que isso oferece – e igualmente nas oportunidades representadas pela possibilidade de exportar –, dia 26 de maio último a Sonoco Phoenix, subsidiária da Sonoco, anunciou que instalaria uma fábrica em Resende (RJ) dedicada à produção de tampas easy-open para embalagens metálicas. A previsão é de que a nova planta, cuja capacidade de produção anual proje-

Dinâmica A Câmara Setorial de Máquinas e Acessórios para Indústria do Plástico, ligada à Abimaq/Sindimaq, iniciou maio com novo presidente, Luiz Antonio D. Simões, diretor comercial da fabricante de equipamentos para embalagem Carnevalli. Suas principais metas serão dinamizar negócios e flexibilizar políticas de financiamento. Sítio novo A RR Etiquetas reformulou seu site (www.rretiquetas.com.br), que agora conta com maior detalhamento sobre os produtos da empresa. Em breve o site deverá estrear um sistema de e-commerce. Tumba Nota do jornal “O Globo” anunciou que pesquisadores da Universidade de Salford, na Inglaterra, criaram tampas de rosca de um plástico especial que se deteriora com o tempo. Utilizadas em frascos de remédios, elas os vedariam para sempre quando do vencimento da data de validade dos produtos. A “vida útil” é fixada pela proporção dos aditivos biodegradáveis no plástico.

Especialidades em alumínio A multinacional chilena Alusa está disponibilizando ao mercado nacional os serviços de sua unidade Alufoil, especializada em impressão em folhas de alumínio de baixa espessura para o mercado de bombons, tampas cortadas de alumínio, laminados de papel/alumínio para cigarros e produtos especiais de papelaria, entre outros produtos.

Um exemplo de aplicação para a área de embalagens são os envoltórios para sorvetes em cone, confeccionados em estruturas de alumínio/papel e impressos em rotogravura em até 8 cores. Atualmente a Alusa fornece este produto no Brasil para a linha de sorvetes Cornetto, da Kibon. (11) 5093-6511 / www.alusa.cl

Consumo de resinas em alta em 2003 O setor de resinas termoplásticas obteve um desempenho positivo no primeiro trimestre de 2003. Segundo dados divulgados pelo Sindicato das Resinas Sintéticas no Estado de São Paulo (Siresp), o consumo aparente desses produtos – produção somada às importações menos as exportações – foi de 845 858 toneladas contra 776 006 toneladas no mesmo período de 2002. O Siresp cre-

dita o aumento da demanda às instabilidades políticas e econômicas no Brasil e no mundo, o que fez com que a alta do dólar e as oscilações no preço do petróleo impulsionassem os transformadores a aumentarem estoques como salvaguarda. Ainda de acordo com o levantamento do período, a produção de resinas aumentou 12%, e as importações caíram 16,5%. O volume de

resinas exportadas aumentou 5% e as vendas internas para exportação de produtos transformados (VIPE) cresceram 13,9%. Todas as resinas apresentaram crescimento. O polipropileno, resina mais produzida pelo setor, responsável por 23,5% do total de termoplásticos produzidos, apresentou um crescimento de 12,6% no consumo aparente. (11) 287-2619 www.siresp.org.br

Xereta em caixinhas e stand-up pouches A fabricante de refrigerantes Xereta está entrando no mercado de sucos através da marca Mix Just. Seu principal diferencial, explicitado pelo nome, é a mistura de frutas para a composição de sabores: Uva + Abacaxi, Pês-

sego + Limão e Laranja + Tangerina. Os sucos Mix Just chegam às gôndolas com visual assinado pela PH2 Design, em embalagens de um litro da Tetra Pak e em stand-up pouches de 200ml, fornecidos pela Empax.

Marilan Teens traz inovações A nova linha de biscoitos Marilan Teens é apresentada em pouches de filme metalizado laminado, que além de ampliar o shelf life do produto destaca-se dos biscoitos convencionais por ficarem “em pé” na prateleira. O design chamativo voltado para

o público adolescente foi criado pela Packing com o objetivo de aproveitar o brilho da superfície metalizada e estabelecer uma comunicação direta com os jovens. A agência montou um cenário que ambienta o produto na linguagem característica desta faixa etária, explorando também o apelo de sabor do produto. Apresentado em três sabores, o novo biscoito está sendo lançado com o apoio de ações de comunicação que incluem a realização de um festival de rock com bandas famosas, um site interativo e prêmios para os consumidores. Tudo isso é destacado na embalagem, através de uma cinta promocional acoplada na soldagem do filme na hora do fechamento da embalagem em máquina. As embalagens são fabricadas pela gráfica Santa Rosa.

CORPUS GANHA NOVO VISUAL A linha Corpus de iogurtes diet da Danone acaba de modificar sua identidade visual. Na nova embalagem, desenvolvida pela Brandgroup, todas as ilustrações foram substituídas por fotos, tornando-a mais leve, moderna e com maior appetite appeal para o consumidor. A novidade foi estendida para os novos sabores da linha – salada de frutas e manga. As embalagens são produzidas pela Alcan.

Roupas de baixo feitas especialmente para adolescentes A CMR, detentora da marca Liz, lança uma marca de lingerie específica para o público feminino, entre 13 e 15 anos, das classes A e B: In.Joy. A comunicação visual do produto foge da tradicional e mostra uma modelo vestida. O produto só aparece na parte de trás da embalagem. O nome da marca é baseado na internet, já que o público-alvo é da chamada geração pontocom. Por coincidência, a Mash também descobriu o mesmo vácuo no mercado

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para o público masculino, e está lançando uma nova marca batizada de Mash.Power, para meninos entre 11 e 16 anos. As embalagens mos-

tram um modelo vestido de preto esticando uma cueca que segura com as mãos. Outra coincidência é o ponto entre as palavras Mash e Power. Só que desta vez foi por acaso, já que a marca Mash já tinha um ponto no final e, na justaposição do power, o ponto acabou ficando entre as duas palavras. As novas embalagens da Mash e da CMR são da 100% Design. As embalagens da In.Joy são da Landgraf e da Mash da Josar Gráfica.

Visual premium para chás Com a chegada do inverno de 2003,

e é vendida em cartuchos de papel-

a Dr. Oetker está lançando uma nova

cartão, fabricados pela Brasilgráfica,

linha de chás de ervas premium. A

com capacidade para 15 saquinhos

nova linha conta com os sabores Ci-

cada. Outras novidades da Dr. Oetker

dreira com Baunilha, Menta com

são a linha de chás mistos em emba-

Chocolate, Camomila com Especia-

lagens menores, de 10 sachês, e no-

rias e Melissa com Flor de Laranjeira

vas latas de chás colecionáveis.

Cartuchos com fácil abertura

Multipacks para amanteigados

A Farinha Láctea Maizena, da Unilever Bestfoods, já pode ser encontrada em duas novas versões no mercado, os cartuchos de 350g e 180g. Produzidas pela Gráfica 43, as novas embalagens têm como destaque a inclusão de um fitilho para fácil abertura, o Rippatape, da PPPayne, tradicional fornecedora dessa solução.

Visando a um novo posicionamento de mercado, a LU Aymoré está lançando sua linha de biscoitos amanteigados em embalagens multipacks, que contêm quatro pacotes individuais cada. Além dos sabores tradicionais, como Chocolate, Coco, Leite e Chocolate com Coco, a empresa traz duas novidades: os sabores Nozes e Capuccino. As multipacks são fornecidas pela Itap Bemis.

Controle de produtividade

Nova alternativa para imagens digitais

Para analisar o desempenho de

De olho no ganho de mercado das máquinas fotográficas digitais, a Maxprint, fabricante de formulários contínuos, bobinas de fax e papéis especiais, está lançando a linha

Sign 2003. Um dos principais even-

Photo Paper de papel fotográfico para impressoras jato de tinta. Segundo Adelaide Anzolin, gerente de negócios da empresa, o produto é em média 50% mais barato que os concorrentes. “Além do mercado doméstico, o Photo Paper é voltado a agências de propaganda que buscam qualidade e preços mais acessíveis”, ela diz. Com embalagens criadas pela agência M Design, o produto pode ser encontrado em kits com 10 folhas A4 com gramatura de 200g/m2 cada.

tos do mercado brasileiro de comu-

www.maxprint.com.br

nicação visual, a feira espera supe-

0800 7043460

seus cerca de 4 000 funcionários, a Votorantim Celulose e Papel (VCP) implantou um software de gestão por competência. Mais do que fiscalizar, o programa permite a criação de um plano de carreira para os empregados.

Comunicação visual em pauta Acontece entre os dias 9 e 12 de julho, em São Paulo, a Serigrafia &

rar a marca de 31 000 visitantes, que foi registrada na edição do ano passado.

Geração de provas simplificada

composição a frio e para a impres-

Para pequenas e médias agências de publicidade, birôs gráficos e convertedores de embalagem, a Agfa está lançando a Sherpa 24m, sistema desenvolvido para a geração de provas de contrato, cor, layout e imposição. A opção básica é composta pelo sistema Sherpa mais pedestal, placa de rede, manual de instalação em português, conjunto de cartuchos de tinta, rolo de papel ADPB (papel para prova contratual), e software de instalação. Segundo a empresa, a idéia é permitir que o próprio cliente instale o equipamento.

são off-set. Ainda em atividade,

www.agfa.com.br

agora assiste à evolução digital na

(11) 5188-6444

Testemunha… A Heidelberg recentemente homenageou o gráfico José Geraldo Vianna, um de seus funcionários mais antigos. Com 65 anos de idade, ele exerce a profissão há cinco décadas.

…Ocular Vianna começou sua carreira convivendo com máquinas de linotipo, testemunhou a transição para a

indústria gráfica.

Lucro também é cultura Nova prova de que o mercado editorial brasileiro reserva boas oportunidades para a cadeia gráfica. Num investimento de 2 milhões de dólares, a editora francesa Laurousse pretende lançar até o final do ano cem títulos no Brasil. As primeiras sessenta obras foram apresentadas recentemente, durante a última Bienal do Livro.

Almanaque Censura para dar segurança Em meados dos anos 60, práticas e políticas de proteção ao consumidor ganharam força nos Estados Unidos. Tal fenômeno obrigou o empresariado a rever minuciosamente a segurança de seus produtos. Uma das preocupações surgidas entre a indústria foi a facilidade com que crianças poderiam abrir frascos dos medicamentos de seus pais e se intoxicarem. Como solução, a vidraria Owens-Brockway apresen-

tou, em 1971, a primeira tampa à prova de curiosidade infantil: chamada Clik-Lok, ela necessitava de um empurrão com força extra para baixo e de um subseqüente movimento giratório para dar acesso à droga acondicionada. Projetos concorrentes nasceram, mas a ClikLok fez sucesso e foi licenciada para o uso em diversos países, tornando-se, assim, a primeira tampa child-proof usada em larga escala.

Para a pele e as melenas Durante a Segunda Guerra Mundial, cientistas europeus percebe-

Jesus, alegria dos maranhenses Quem visita o Maranhão encontra Jesus. Não o nazareno, mas sim o secular guaraná cor-de-rosa que faz enorme sucesso na terra dos Sarney, onde ameaça até a liderança da Coca-Cola em refrigerantes. Até hoje a fórmula da bebida é a mesma criada em São Luís pelo farmacêutico Jesus Norberto Gomes em 1920, quando este acabara de importar uma máquina de gaseificação. Seu objetivo era produzir magnésia fluida, um remédio então na moda, o que não deu certo. Resolveu, dali, fazer uma

bebida para os netos, a partir de 17 ingredientes que descobrira em viagens pela Amazônia. O doce sabor de canela e cravo e a cor exótica impulsionaram a fama do guaraná, que virou instituição maranhense. As embalagens do Jesus estampam o mesmo slogan há décadas (“o sonho corde-rosa”) e o logotipo do produto nasceu da assinatura do seu criador. Curioso, nessa história, é que o farmacêutico Jesus era ateu e foi excomungado pela Igreja depois de uma rinha com um padre…

ram que uma substância chamada Pantenol, análoga à vitamina B5, produzia um efeito cicatrizante ao ser aplicada sobre queimaduras. Pouco depois, em 1947, descobriu-se que o mesmo componente também protegia a fibra capilar, e a idéia de se criar um xampu veio num estalo. A marca de creme com Pantenol que mais prosperou, e que até hoje é sucesso mundial, é a Pantene, da Procter & Gamble.

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STUDIO AG

Você sabia? • A escala musical que adorna a embalagem do bombom Sonho de Valsa é de uma valsa de Oskar Strauss. • O famoso isqueiro Zippo era para se chamar originalmente Clic-Clac, uma onomatopéia de sua abertura e uso. Mas o nome já estava registrado.

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