Quando? E com sua já famosa cara de “vaca-atolada”o pobre Léo nos fitava: - E essa agora? Vou ficar esperando de novo? Esperem um pouco, é melhor que eu lhes explique o martírio de nosso amiguinho gastrópodo bem do começo. Pois bem, nessa época, Léo nunca havia “ficado”. Havia sim, levado inúmeros foras e um sem número de desculpas avacalhadas e fora de mão para negar a companhia: - Ai, preciso regar meu Cactus! - Xi, tenho consulta no meu geriatra!! – e etc... Léo havia conseguido com uma pequena ajuda externa, angariar uma própria que aceitou a missão : Desvirginar os puros lábios do Léo! Combinaram uma vez: - Então, tu me queres? – Tomando-a nos braços - Eu... eu... não sei! – Cabelos ao vento Duas vezes - Scarlett O’Hara, que meus lábios tomem a ti, concede-me este direito? - Uai, sô, assim sem “mainemmeno”? – havaianas. Três Vezes: - Quer ficar comigo, pô? – última chance, dá-lhe! - Sim, eu te quero!!! ( me beije, me beije!) - É? - É- Murchando. - Ô lôco! Mesmo? - Claro! Eu quero!!!! – Mãos na cintura - Quando então? – (Burro! Burro!) Foi aí, depois da homérica “aboborice” que combinaram três dias depois num tal shopping. Léo levou uns tapões, mas concordou que fez besteira e bobeou. Conformou-se. 2a feira no Colégio, dia do encontro: - É... Pessoal? - Fala, Lesma! – Coro. - É o seguinte, nós marcamos hoje na hora do recreio no shopping, mas... Como vou sair daqui esta hora? Nos entreolhamos.... Claro, não tínhamos pensado nisto. E num colégio onde é tão difícil de entrar quanto de sair seria quase impossível.
- Espera um pouco, nós podemos escrever um carta como se fosse a mãe do Léo autorizando a sua saída! Concordamos e o eleito para falsificar a letra de mãe foi Gustavo que com toda maternidade do mundo escreveu:
“ Cara Diretora Autorizo meu filho Leonardo a deixar o colégio hoje às 10:00 pontualmente, pois este tem horário marcado no dentista. Atenciosamente Beatriz “ - E daí, Léo, ficou convincente? Parece a letra da sua mãe? Léo olhou o bilhete demoradamente; leu, releu, meditou até que travou... De repente, olhou-nos seriamente em sua ingenuidade e soltou: - Mas eu não vou no dentista! Ninguém disse nada. Acho que por ele o bilhete seria assim: “Diretora
Por favor libere o Léo da aula hoje por que ( aleluia) ele arranjou uma que aceitou ficar com ele! Por poder ser uma oportunidade única , peço-lhe encarecidamente que arrume seu colarinho e dê-lhe uma pastilha de hortelã, pois às vezes o Léozinho fica com mau-hálito De dedos cruzados Beatriz “ Oribes Neto