Piaget-desenvolvimento Cognitivo

  • June 2020
  • PDF

This document was uploaded by user and they confirmed that they have the permission to share it. If you are author or own the copyright of this book, please report to us by using this DMCA report form. Report DMCA


Overview

Download & View Piaget-desenvolvimento Cognitivo as PDF for free.

More details

  • Words: 3,457
  • Pages: 10
Teoria do desenvolvimento cognitivo – Jean Piaget •

A principal preocupação de Piaget ao observar uma criança era elaborar uma teoria do conhecimento. Queria saber como o mundo é conhecido. Como as crianças pensavam para chegar nas soluções dos problemas.



Piaget via a criança como alguém que interage com o ambiente na tentativa de conhecê-lo. Percebeu que de acordo com a faixa etária, a criança possui estruturas mentais que facilitavam a sua adaptação ao meio. Estudou processos cognitivos. O desenvolvimento cognitivo é um processo gradual de aquisições de habilidades nos seres humanos, no sentido de obterem conhecimento e se aperfeiçoarem intelectualmente. Ele sofre um processo normal de SOFISTICAÇÃO. Esta passagem de menor complexidade para maior complexidade pode sofrer interferências ambientais.

• •

• •



Para Piaget o ser humano é capaz de pensar, aprender, evoluir – é racional, ativo, toma decisões, possui livre arbítrio, MAS tem que assumir responsabilidades. O indivíduo constrói seu mundo a partir de suas experiências. Ele é agente do seu desenvolvimento (crescimento) mental. Constrói sua inteligência. Piaget achava difícil usar testes de inteligência, pois a cada dia a criança pode tornar-se mais inteligente. A inteligência não pode ser medida, pois é dinâmica e está em constante evolução. (Conflito de Piaget com a Psicologia que utilizava muitos testes na época – ele ia pesquisar o por que do erro da criança, pois às vezes nós é que não sabemos entende-las).

Conceitos fundamentais: - Hereditariedade – A inteligência não é herdada. Herdamos as estruturas biológicas que favorecem o aparecimento de estruturas mentais. Nenhuma criança deve ser considerada incapaz de fazer algo por não ter herdado isto dos pais. Ela tem toda uma vida para aprender. Esquemas – Sensoriais e motores inicialmente e depois passam a ser mentais. São disposições comportamentais específicas. Por exemplo: 1. Esquema de preensão – cada vez que colocamos algo na mão de um indivíduo, este tentará segurá-lo. (este é um esquema inicialmente sensório motor, pois a preensão é um reflexo. Mas, depois que a criança perde os reflexos, o esquema passa a ser mental, pois ela aprendeu a segurar). 2. Esquema de alguém, como a mãe. O Esquema de mãe – A criança se habitua à voz, ao cheiro e ao toque da mãe, à figura física da mãe e os sentimentos que a criança tem por ela e cria um esquema. À medida que a criança vai crescendo, o esquema vai se modificando. - Adaptação – Quanto mais a criança conhece algo, mais ela acha fácil lidar com isso. Dois processos de adaptação: - Assimilação (Absorver um conceito transmitido num esquema) - O indivíduo enfrenta uma nova situação usando as estruturas mentais antigas. Por exemplo: Uma criança aprendeu a subir uma escada e quando se depara com uma escada nova, que ela nunca experimentou antes, ela vai usar o conhecimento adquirido anteriormente e vai subir também. - Acomodação (fixar o que foi aprendido – modificar o esquema) – O indivíduo muda estruturas antigas com a finalidade de enfrentar situações novas. Por exemplo: Uma criança aprende a andar de bicicleta. Depois ela ganha uma bicicleta com marcha e não vai saber andar. Ela tem que modificar suas aquisições antigas (esquemas) acrescentando mais informações. (ou seja, modificou um esquema anterior em resultado nas novas informações absorvidas pela assimilação). - Equilíbrio – Organização mental das impressões sensoriais. A criança sempre está lutando por coerência, visando permanecer em equilíbrio.

ESQUEMAS: AÇÕES BÁSICAS DE CONHECIMENTO INCLUINDO AÇÕES FÍSICAS /SENSORIAIS/MOTORAS (PEGAR, OLHAR) E AÇÕES MENTAIS (CLASSIFICAR, COMPARAR). ASSIMILAÇÃO: PROCESSO DE ABSORVER ALGUM EVENTO OU EXPERIÊNCIA EM ALGUM ESQUEMA. É UM PROCESSO ATIVO. ACOMODAÇÃO: PROCESSO COMPLEMENTAR, QUE ENVOLVE MODIFICAR O ESQUEMA EM RESULTADO DAS NOVAS INFORMAÇÕES ABSORVIDAS PELA ASSIMILAÇÃO. O PROCESSO DE ACOMODAÇÃO É A CHAVE PARA A MUDANÇA DESENVOLVIMENTAL. (MUDANÇAS DE ESTRATÉGIAS) EQUILÍBRIO: REESTRUTURAÇÃO DOS ESQUEMAS. A CRIANÇA SEMPRE ESTÁ

LUTANDO POR COERÊNCIA, VISANDO PERMANECER EM EQUILÍBRIO.

Características gerais dos períodos de desenvolvimento intelectual: De acordo com Piaget, para cada faixa etária existiriam maneiras diferentes de adaptação com o meio através da interação. Por isso Piaget chamou de Períodos desenvolvimentais, as etapas em que novas aquisições mentais são adquiridas. Para estas aquisições novas é preciso ter um esquema anterior.

Período sensório motor (0-2 anos) Representa a conquista de todo o universo prático que cerca a criança. Isto é, a formação dos esquemas sensoriais motores irá permitir ao bebê a organização inicial dos estímulos ambientais, permitindo que ele tenha condições de lidar com as situações que lhe são apresentadas. Evolução gradual que vai dos atos reflexos (inatos), até os comportamentos mais variados e complexos (feitos com intenção – daí são considerados propriamente inteligentes). Há a exploração do mundo através do seu próprio corpo.

Estágio 1: Exercício dos reflexos (0-1 mês) Reflexo – É considerado como a forma mais simples de comportamento. É inato ao indivíduo com desenvolvimento típico. Apresenta variabilidade (alguns estímulos podem levar ao reflexo) e sofre o processo de adaptação. O processo de adaptação, nesta fase se dá através de três formas de assimilação: Assimilação funcional ou repetição cumulativa: A própria repetição do reflexo possibilita sua maior eficiência. Por exemplo: O reflexo de sucção presente desde o nascimento, após as primeiras mamadas, melhora no decorrer das semanas. Assimilação generalizadora: Incorporação e generalização de situações ou objetos variados ao mecanismo reflexo. Por exemplo: O reflexo de sucção, utilizado inicialmente para alimentação (a criança suga o seio, mamadeira...), mais tarde a criança o utilizará também com o aparecimento de novos estímulos (suga ao colocar sua mão na boca, quando a fralda toca no lábio, etc...). Assimilação recognitiva: Início do reconhecimento prático e motor dos estímulos quando é acionado um mecanismo reflexo. É o inverso da assimilação generalizadora. Por exemplo: O bebê chora por estar na hora da mamada. A mãe lhe oferece a chupeta, ele suga, mas logo larga e chora novamente. Só vai parar quando sugar o seio ou a mamadeira com o alimento.

Estágio 2 – As primeiras adaptações adquiridas e a reação circular primária (1-4 meses)

Reação circular: Exercício funcional adquirido que prolonga o exercício reflexo. Processo que é repetido continuamente para que haja a busca do prazer. O conteúdo dos comportamentos está relacionado com o próprio corpo. (PRIMÁRIA) Por exemplo – Colocar a mão na boca e sugar, pode ser um reflexo, mas a coordenação mãoboca é obtida através da experiência. (DESENVOLVIMENTO) A partir do momento em que os resultados prazerosos obtidos por acaso passam a ser conservados por repetição, temos a REAÇÃO CIRCULAR. (Os reflexos que levam á aprendizagem apresentam circularidade).

Estágio 3 – As reações secundárias e os processos destinados a fazer durar os espetáculos interessantes (4-8 meses) É uma fase de transição entre os atos pré-inteligentes dos propriamente inteligentes. Até os estágios anteriores não havia intencionalidade nos atos da criança. Agora, percebemos que a criança busca repetir resultados, obtidos por acaso, em relação ao meio exterior. (reação circular secundária). O número de resultados novos será infinito de acordo com a estimulação oferecida. A criança terá que modificar os seus esquemas para enfrentar situações novas (acomodação). Estes atos ainda não são considerados completamente inteligentes, pois o fim obtido (resultado), não foi previamente estabelecido, tendo ocorrido pela primeira vez, por acaso. A intenção está vinculada à ação. Estágio 4 – A coordenação dos esquemas secundários e sua aplicação às novas situações (8-12 meses) Aparecimento das condutas propriamente inteligentes. A criança é capaz de variar os meios utilizados para atingir um determinado fim. Por exemplo: Um brinquedo se encontra em cima de alguma coisa, ela poderá puxar, empurrar, balançar, até deixar o brinquedo cair. Mas só utilizará meios conhecidos, seu próprio repertório de esquemas anteriores. Não é capaz de criar meios novos (adaptação através da acomodação ainda é um pouco enfraquecida). Não existe um planejamento prévio do comportamento. Há a mobilidade dos esquemas e nota-se claramente a intencionalidade de alguns comportamentos. O contato com o objeto despertará um desejo inicial desencadeando um comportamento.

Estágio 5 – A reação circular terciária e a descoberta de novos meios por experimentação ativa (12-18 meses) A atitude de experimentação e a busca da novidade constituem as características essenciais das reações circulares terciárias. A criança quer buscar coisas novas. (Uma criança deixa cair um carrinho no chão repetidas vezes e cada vez que o faz, experimenta uma nova maneira de jogá-lo). A criança parece estudar a relação entre meio e fins. Há a repetição dos movimentos com variações e graduação, sendo que a repetição visa mais a uma compreensão do resultado do que apenas a chegar no mesmo fim, há a busca da novidade, através da experimentação. Há a questão da tentativa e erro – A criança faz, erra, tenta novamente, modifica alguns esquemas (acomodação) até adquirir a experiência.

Nesta fase há o aparecimento de três condutas típicas (Piaget fez estas experiências com seus filhos). • Conduta do suporte – A criança á capaz de chegar a um objeto que esteja fora do alcance de suas mãos, deslocando para perto de si, o suporte no qual ele repousa. (a criança puxa a almofada para pegar o brinquedo que está em cima dela). • Conduta do barbante – Um objeto preso a um barbante é colocado longe do alcance da criança. Esta o deseja e não consegue pegá-lo após inúmeras tentativas. Daí descobre a relação barbante objeto. Se puxa o barbante, terá o objeto perto dela. • Conduta do bastão – É o mais rico dos anteriores. Uma criança utiliza um instrumento (bastão, vassoura, cabide ou algo parecido) para deslocar um brinquedo que está fora de seu alcance. Este instrumento varia (subir numa cadeira)

Estágio 6 – A invenção de novos meios por combinação mental (18-24 meses) Transição para o período pré-operatório. Nesta fase se inicia a representação mental dos acontecimentos. A criança continua a fazer as coisas através da tentativa e erro, porém nesta fase, ela tem o momento da interrupção. É como se ela parasse de tentar e imaginasse mentalmente um modo melhor de conseguir. (Experimento de Piaget: Uma caixa de fósforos com um furo foi dada para crianças colocarem um barbante. A criança do 5º estágio tenta várias vezes através da tentativa e erro até de repente acertar. Já a do 6º estágio, tentou uma vez, e ao ver que não conseguiu, parou, olhou para o barbante, fez uma bolinha com o mesmo e colocou no buraco solução mental). Também há o aparecimento da linguagem, confirmando a existência da capacidade de representação mental.

Conceito e permanência de objeto: Permanência do objeto: A criança tem condições de saber se um objeto está ali mesmo não fazendo parte de seu campo visual? Quais são as reações do bebê ao desaparecimento de objetos? Com o desenvolvimento, o bebê vai adquirindo reações diferentes frente ao aparecimento e desaparecimento do objeto.

Durante os dois primeiros substágios não há reação ativa da criança. Ela não procura o objeto escondido, pois ainda não existe o CONCEITO de objeto. Os objetos tornam-se importantes principalmente no segundo estágio, porém como estímulos visuais. Não há a noção do objeto permanente. Estágio 3 – Há uma busca ao objeto desaparecido, embora restrita à trajetória do movimento. A procura não é ativa. (Se o bebê olha para um objeto colorido e você o tira de seu olhar, ele pode reencontrá-lo visualmente se ele estiver em um ponto da trajetória que percorria). Estágio 4 – A criança busca ativamente os objetos que são tirados de seu campo perceptivo e a busca não se limita à trajetória que o objeto vinha seguindo. Por exemplo: Se você esconde um brinquedo em baixo de uma almofada, a criança que presenciou todo o processo, vai

diretamente procurar o brinquedo neste lugar e o encontra. Mas, se você esconder novamente, em baixo de outra almofada, a criança procurará onde encontrou o brinquedo da primeira vez. Há a coordenação tátil com visual (O objeto perdido é o mesmo que o encontrado e que o bebê sente com as mãos). Estágio 5 – A criança já leva em consideração os deslocamentos sucessivos do objeto. Procura-o ativamente num primeiro ou segundo lugar escondido. Já tem noção da permanência deste objeto. (ele está em algum lugar, e não desapareceu). Mas, ainda não leva em conta movimentos invisíveis, como por exemplo, quando você esconde um objeto na mão e depois o esconde embaixo de uma almofada sem que a criança veja. Ela irá procurar o objeto na sua mão, ou seja, procurará o objeto no ponto em que ele foi visto da última vez. Estágio 6 – A criança entende a existência do objeto (adquire a noção do objeto – ele existe mesmo que não faça parte de sua percepção visual). Leva em conta os movimentos invisíveis (há a procura mesmo que haja desaparecimentos invisíveis longe de seu campo visual).

Período Pré-operacional (2 à 6/7 anos) Uso dos símbolos em muitos aspectos do desenvolvimento da criança (representação de uma coisa por outra) Aquisição da linguagem, desenvolvimento da fala. Pensamento rígido, preso a ações (expressa o sentimento através de brincadeiras), preso à sua própria perspectiva = EGOCENTRISMO (a criança não está sendo egoísta, só supõe que todos vêem o mundo como ela vê). - EGOCENTRISMO INTELECTUAL: Justaposição: Os julgamentos são colocados lado a lado, a criança não relaciona ainda. Exemplo: Não tem conceito de classe (inclusão de classe). Rosas e cravos são FLORES. Sincretismo: Generalização indevida. Ex: A laranja está verde (não está madura) e o kiwi é verde (cor da fruta). Não distingue entre o verde da cor, e o verde significando que não está maduro. Irreversibilidade: O pensamento da criança não é reversível. Não consegue fazer o caminho de volta (ex: 2+3=5, mas...5-3+?. A criança ainda não faz inversão mental). Neste item também entram as questões de invariância e conservação. (A criança tem um julgamento perceptual e não conceitual). É raro, as crianças apresentarem alguma forma de conservação antes dos cinco anos. Centralização: Pensamento inflexível. Não faz ainda grandes operações mentais.(ex: como vc se chama? Maria. Como chama seu irmão? João. E como chama a irmã de João????????). Realismo intelectual: Fase da transparência (ex: se a mãe está grávida a criança mulher com bebê na barriga. Um desenho que está de perfil está errado, pois só tem um olho). Animismo: dar vida a objetos inanimados (Minha boneca está pedindo biscoito...). Artificialismo: Criança atribui a origem dos fenômenos da natureza a Deus ou ao homem, de forma mágica (Ex: está chovendo por que deus está triste e está chorando). -

EGOCENTRISMO SOCIAL: BRINQUEDO PARALELO (A criança é capaz de estar junto, mas não de brincar junto-Cada uma brinca com seu brinquedo. Não há planejamento de brincadeiras). VISÕES MAIS RECENTES DO PENSAMENTO PRÉ-ESCOLAR:

-

-

-

-

Novas pesquisas apontam que os pré-escolares são bem menos egocêntricos quanto imaginava Piaget. Tomada de perspectiva: Algumas crianças adaptam o modo de falar e brincar quando estão com crianças mais novas ou deficientes. Aparência e realidade: por volta dos cinco anos a criança é capaz de separar a aparência da realidade (se vê um cachorro com máscara de gato não achará que é um cachorro ou se vê uma esponja pintada para parecer uma pedra, se tocar na esponja, saberá que é uma esponja e não uma pedra, mas se um colega não tocou na esponja, pode ser que pense que é uma pedra. - FALSA CRENÇA) Teorias da mente: A criança desenvolve teorias sobre as idéias e desejos dos outros e sobre como isto afeta o comportamento deles. (Ex: A criança vê um adulto com cara de feliz após comer algo e com cara de “nojo” após comer outra coisa. A criança vai entender que o adulto prefere comer o que lhe deu prazer). Metacognição e metamemória: As crianças precisam ter um conhecimento prévio sobre algo para lembrar ou esquecer este conhecimento. Compreendendo e regulando emoções: Reconhecimento das expressões faciais (por volta dos quatro anos). A criança entende que se alguém conseguiu algo ficará feliz, e se estiver triste, talvez não tenha conseguido. Com três anos aparece o sorriso social (diferente do sorriso espontâneo - a criança sabe que existem momentos que ela precisa sorrir, mesmo sem estar totalmente feliz). Conservação – Os estudos atuais confirmam a teoria de Piaget neste aspecto.

CONCLUSÃO: De acordo com os estudos atuais, talvez Piaget estivesse certo sobre as seqüências básicas, mas apontou a idade errada: a transição observada por ele aos seis ou sete anos, realmente pode acontecer por volta dos quatro ou cinco anos de idade. Pode ser que os estudos atuais tenham exagerado nas capacidades do préescolar, mas confirmam que o desenvolvimento cognitivo é consideravelmente favorecido pelas interações sociais. Para que eles desempenham as tarefas, precisam ter as explicações muito simples e claras. Outro fator importante é que atualmente as crianças têm muitos estímulos e também interagem com muitos adultos, aprendendo sobre sentimentos e reações dos outros. A imitação também ocupa um lugar bastante importante neste caso. Período das operações concretas (6/7 – 11/12 anos) • •

Entrada da criança na escola elementar (ensino fundamental), há mais estímulo. Novas e grandes aquisições intelectuais



• • •

• •

• •



Criança desenvolve regras, começa a querer brincar de jogos que envolvem raciocínio. (dos sete aos nove acaba de aprender regras então vai até o fim com aquela regra. Dos 10 anos em diante muda as regras se todos os participantes concordarem). As brincadeiras começam a ser cooperativas, porém há a preferência para brincadeiras com crianças do mesmo sexo. (brinquedo coletivo) Diminuição do egocentrismo (começa a levar em conta a realidade do outro) É capaz de fazer operação mental – internalização das ações.Porém a operação mental é feita a partir de coisas concretas. (a criança vê o brinquedo e consegue ordená-lo crescentemente) O pensamento é reversível (faz inversão de operações) Já possui noção de invariância ou conservação. Entende que os objetos permanecem iguais apesar das mudanças na aparência. (a conservação de quantidade é entendida pela criança que já conta, a de peso só será entendida aos oito anos e volume com 10). Há inclusão de classes (as rosas e os cravos são subclasses das flores) Pensamento relacional – Os termos mudam de acordo com as relações.(ex: quem é mais alto? Ela saberá que João é mais alto do que Carlos, pois vê João e Carlos lado a lado). É hábil com questões concretas. Desenvolve a capacidade de usar a LÓGICA INDUTIVA (consegue ir de sua própria experiência para um princípio geral) EX: Acrescentar um brinquedo a uma pilha de brinquedos e contar depois. A partir disto, a criança saberá que: ACRESCENTAR SEMPRE RESULTA EM MAIS!

NOVOS TEMAS: • Desenvolvimento da memória e da estratégia (decorar, agrupamento, elaboração e busca sistemática). • Perícia (conhecer bem um assunto determinado): “A Perícia faz qualquer um de nós parecer muito inteligente, cognitivamente avançado; a falta de perícia nos faz parecer muito burros” (Flavel, 1985). • Variabilidade no pensamento das crianças (várias formas de resolver os mesmos problemas).

Período das operações formais: 12 anos em diante (até 16 anos mais ou menos) • • •



• • •

• • • •



Adolescência, a idade das grandes paixões (O adolescente ama tudo e odeia tudo). Desequilíbrio emocional (Sou criança ou adulto?). A característica principal e nova habilidade mental é que este adolescente é capaz de pensar em termos abstratos, não precisando da percepção e da experiência imediata (não precisa ver nem vivenciar as coisas para pensar). Raciocina abstratamente sobre informações verdadeiras ou não – A partir de uma situação é capaz de levantar hipóteses, testa-las e deduzir conclusões lógicas. Forma conceitos abstratos (amor, solidariedade, liberdade, justiça, etc.). Critica o sistema social e os valores morais dos pais. Tem necessidade de um modelo (que não os pais, pois querem ser livres – ex: O pai do meu amigo é super bacana, pois o deixa dirigir o carro, queria que ele fosse o meu pai...). Tem necessidade de ser original como um todo, mas igual a seu grupo, pois andam tribos, gangues (modismo). Tem necessidade de ser responsável (trabalho e dinheiro próprio, cuidar de algo). Descoberta do tempo e da morte (NÃO são reversíveis). O EGOCENTRISMO reaparece, quando ele se considera o instrumento de modificação do mundo sob o seu ponto de vista. Acha que pode resolver os problemas do mundo (mas não os particulares, pois tem dificuldades de falar sobre problemas pessoais). Desenvolve a capacidade de usar a LÓGICA DEDUTIVA (parte de algum princípio geral e em seguida supõe algum resultado). Ir da teoria para hipótese. (É necessário imaginar). Chamado de RACIOCÍNIO HIPOTÉTICO DEDUTIVO.

Conceito central de Piaget: CONSTRUTIVISMO: Desde o nascimento, a criança está ativamente envolvida no processo de construir o entendimento do mundo externo e de suas ações.As crianças são pensadores ativos, capazes de construir novas estratégias e entendimentos avançados para resolver um determinado tipo de problema. Fonte: Bee, Helen – cap 6 Teorias do desenvolvimento, volumes 1, 2, 3 e 4.

Related Documents

Cognitivo
November 2019 16
Deterioro Cognitivo
November 2019 19
Cognitivo P.docx
December 2019 14
Paradigma Cognitivo
December 2019 34
Programa Cognitivo
November 2019 28
Adolescencia Cognitivo
November 2019 12