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SEGUNDA-FEIRA, 14 DE JULHO DE 2008 O ESTADO DE S. PAULO
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Mundo virtual Lively funciona dentro da web, tem utilidade prática de comunicação e pode ser incorporado a blogs FOTOS: REPRODUÇÃO
Google cria metaverso e aposta na web 3D Internet : LUCAS PRETTI Muito usada lá pelos idos de 2007,apalavrametaversodesapareceu dos jornais, da internet, dos blogs. A culpa é do conceito por trás de mundos virtuaiscomooSecondLife,quepropõem uma segunda vida sem ninguémprecisardela.Poisapalavra voltou a ser empregada na semana passada. A culpa dessa vezédoGoogle,que alterouexatamente o conceito por trás dos metaversosparalançarumanova forma de interação, em 3D, pela internet. O serviço ganhou o nome de Lively. A principal diferença em relação a outros mundos virtuais é a natureza útil do Lively. Ele de fato serve para alguma coisa.Cadausuárioconstróisuasala, sem ligação com as demais, e pode compartilhar no ambiente fotos, músicas e vídeos preferidos, textos de blogs, perfis em redes sociais e ainda conversar com os visitantes, como num MSN ou Gtalk da vida. O Google segue a filosofia de que o internauta quer se mostrar. Nada melhor, portanto, do que ter seu “quarto” na internet. O Lively funciona realmente na web. É preciso apenas baixar um plugin de 469 kilobytes (KB) emwww.lively.comeinstalar.Depois,osnavegadoresInternetExplorer e Firefox reconhecem o programa sozinho, o mesmo que ocorrecomanimaçõesemFlash. Se o “peso” do software já é infinitamentemenorqueoexigido pelo Second Life, há outra característica que ilustra a diferença de conceito do Lively: ele pode ser embutido em sites e blogs, como ocorre com o Google Maps. Isso significa integração de conteúdos. No blog pessoal, por exemplo, o usuário pode “receber” as visitas em um ambiente 3D. Uma loja pode expor fotos de seus produtos num local mais amigável do que um
site em duas dimensões. “É muito mais pungente receber um abraço de verdade do que ler os caracteres ‘[]s’ numa tela de chat”, disse a gerente de engenharia do Google, Niniane Wang, no post de lançamento do Lively no blog da empresa. A idéia inicial é manter a ferramenta gratuita e sem publicidade. O Lively ainda está em fase beta, gíria para produtos ainda em teste – e, por isso, só tem páginas em inglês. Mas não está descartada, por exemplo, uma solução baseada nos links patrocinados do Google AdSense, a maior fonte de renda da gigante das buscas. Mais uma diferença para o Second Life: o Lively não foi feito para ganhar dinheiro.
INCLUSÃO VIRTUAL - Programa é leve, tem interface simples e roda em qualquer computador, ao contrário de metaversos como o Second Life
OUTRA PALAVRA ‘ANTIGA’
Outro termo raro no mundo da internet após a decadência dos mundos virtuais, “avatar”, foi reavivado pelo Google. É a representação virtual do usuário, um bonequinho com determinado rosto e roupas. No Lively, há poucas opções de aparência (que podem ser criadas por usuários) e de roupas, além de funções limitadas de modelagem de objetos. Os avatares são uma das fontes de críticas. Só é possívelmovimentá-loscomomouse;assetasdotecladonãoservemparanadanateladoLively, um recurso típico de gamesqueaumentariaausabilidadedoprograma.Outroproblema é o tamanho limitado para upload de músicas para as salas, só de 512 KB. Quase nenhum arquivo em formato MP3 é pequeno assim. Apesar da necessidade de ajustes pontuais, o Lively tem o mérito de inaugurar ou pelo menos olhar de forma diferente para a web em 3D. É o mundo dentro das telas ficando cada vez mais parecido com o “nosso”. ●
MINHA CASA NA WEB - Diferentes visualizações facilitam decoração
‘Second Life’ desaqueceespeculações, mas futuroda internet deve ter três dimensões As discussões sobre o futuro da internetarrefeceramdepoisque o Second Life murchou. O mundo virtual colaborativo criado pela Linden Lab (e explorado no Brasil pela Kaizen Games) chegou a ser visto como o começo de uma nova era de comunicação que mudaria os hábitos humanos. Não mudou. Mas isso não quer dizer que a terceira dimensão não seja realmente promissora. O Google apenas lançou an-
tes, mas há outros metaversos emdesenvolvimentoporempresascomoIBM,SonyeMicrosoft. Doisexemplosjábastanteconhecidos e esperados comercialmentesãooSurface,amesasensível ao toque da empresa de Bill Gates, e o PlayStation Home, mundo virtual para jogadores. O próprio Windows Vista já começa a ganhar contornos 3D, assim como o Ubuntu, sistema operacional baseado em Linux.
Brasileiros já podem incorporar programinhas; ZAP lança aplicativo ■■■
Orkutliberaaplicativo parausuáriosdoPaís Redes sociais : LUCAS PRETTI Além do Lively, o Google anunciououtro lançamentonasemana passada, estevoltado especificamente para usuários do Orkut no Brasil. A rede social agoraliberouparaoPaísosaplicativosdesenvolvidos coma linguagem OpenSocial. São programinhas que ficam embutidos no perfil do usuário com jogos, previsão do tempo, rankingdemúsicaspreferidaseoutros serviços variados. Na prática, já era possível acessar os aplicativos no Brasil. Conforme o Link publicou em abril (reveja em tinyurl.com/57hfsa), só era necessário mudar o país de origem do Orkut para Índia,ondeosprogramasjáhaviam sidolançados.Naprimeirasemana,oOrkuttinhaapenas29aplicativos específicos para o mercado brasileiro – mas cerca de 300 em fase de aprovação pelo Google. A empresa vai “vistoriar” cadaprogramaenviadopor desenvolvedoresindependentes antes decolocá-losno ar.Os principais quesitos são adequação à idéia
de interatividade e segurança. De acordo com o gerente de produtos do Orkut, Eduardo Thuler, a meta entre o envio do aplicativo e a aprovação será de uma semana. OGoogle não tem controle sobre o conteúdo, apesar de ter promovido parcerias com empresascomo Nike,Globo e o portal Terra. “Agimos segundoafilosofiada‘caudalonga’.Damosa plataforma,mas queremos perder o controle sobre ela”, afirma Thuler. O Grupo Estado, em parceria com a Infoglobo, do Rio de Janeiro, lançou um dos primeiros aplicativos para o Orkut também na semana passada, o “Meus Rolos”. É a integraçãodosanúnciosclassificados do portal ZAP (www.zap.com.br) com os perfis de usuários. É possível mostrar suas ofertas direto na rede social. É só digitar “zap” na busca por aplicativos e adicionar ao perfil. O Google permite inserir publicidade nos aplicativos, desde que não fiquem expostos na tela principal. “É uma formadegerarrendadesenvolvendoosprogramas”, dizogerente de produtos do Orkut. ●
FUNCIONAL - Há poucas opções de avatares, afinal não é a segunda vida
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Ambostêm recursospara alternar entre janelas numa interface com três dimensões. NocasodaSony,oprojetohavia sido prometido para o ano passado, mas foi desacelerado e só deve sair em 2009. O mundo virtual servirá para aproximar jogadores, que poderão guardar seus recordes, compartilhar dicas e conversar por meio de avatares. AlgoparecidocomoLively,do
Google,jáhaviatambémsidolançadonoFacebook.Umaplicativo chamado Vivaty Scene (www.vivaty.com) está disponível para membros da rede social criarem seus quartos na web, a mesma idéiado Google,apesardemenos aberta a conteúdos externos. Em 2006, o pesquisador da New York University Jeff Han mostrouempalestranaTED(Technology, Entertainment, Design) que o futuro apontava para o fim dos cliques em ambientes planos.“Muitagenteestápesquisando a terceira dimensão”, disse (veja em tinyurl.com/45jz4a). Quando tudo aponta para o mesmo lugar, certamente isso quer dizer alguma coisa. ● L.P.