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SEGUNDA-FEIRA, 4 DE MAIO DE 2009 O ESTADO DE S. PAULO

Microsoft cria comunidade para ouvir músicas, não usa a força do Windows e perde para sites mais antigos ■■■

MSN Música é só outra rádio online

Navegar Impreciso Pedro Doria*

DIVULGAÇÃO

Música

Kindle 2: até me esqueço que não é um livro

:LUCAS PRETTI A Microsoft acaba de se unir à porção(jágrandinha)deempresas(como aNokia - leianapágina L6) que tenta achar uma porta de saída para a crise digital da indústria fonográfica. Na semana passada, chegou ao Brasil o novo canal MSN Música (br. msn.cyloop.com), que permite ouvir de graça (mas não baixar) canções de 24 mil artistas, entre nacionais e internacionais, alémdeseguir amigose artistas esaberquaisasplaylistse músicas favoritas deles. Sim,vocêjáconheciaalgoparecido. As rádios onlineLast.fm e Blip.fm, entre outras, oferecem o mesmo serviço com algumas vantagens “sociais”: nelas, é possível embedar players e postar músicas direto para o Twitter, por exemplo. Por isso, dá para dizer que a Microsoft na verdade entrou no mercado de rádios gratuitas online. O projeto é fruto de parceria com o portal Cyloop, mais um da lista de “FMs online”. Só que ele promete inteligência no sistemaderecomendaçãodemúsicas, com algoritmos que levam emconta a localização,a idade e o sexo do usuário – recurso de relevância relativa para quem quer simplesmente ouvir música e trocar indicações. A integração com o Messenger e o Media Player, principal arma do MSN Música, ainda nãoé explorada.“Lançamos em

E RÁDIO ONLINE - Parceria com o Cyloop repete formato já existente

OPÇÕES MAIS ANTIGAS E MAIS LEGAIS

● LAST FM

● BLIP FM

ONDE - www.last.fm O QUE - Lançada em 2002, a Last. fm foi a primeira a usar o sistema audioscrobble, que cruza informações sobre as músicas ouvidas. É a mais populosa rádio online.

ONDE - www.blip.fm O QUE - O forte da Blip.fm é a integração com a web 2.0. É rádio, comunidade e ainda conquista usuários por enviar links de músicas para o Twitter

fase beta e estamos corrigindo os problemas”, disse ao Link a produtora executiva do MSN Brasil, Andrea Fornes. No futuro próximo, o usuário poderá comprar as músicas ouvidas no iMusica (music.msn.

com.br), sem sair do portal MSN – como acontece hoje na iTunes Store, da concorrente Apple. Será que isso é umaprimeiradicaparaolançamento do Zune, o “iPod da Microsoft”, no Brasil? ●

m fevereiro, a Amazon distribuiu nos EUA os primeiros Kindle 2, nova versão de seu leitor digitaldelivros.Umdeles bateu aqui em casa. Compra carinha: US$ 360. Um geek - como este colunista - tem lá seus métodos para racionalizar a compra de um aparelho digital. A minha: compro muitos livros, tanto no Brasil quanto nos EUA, e com frequência obras que acabam de ser lançadas no exterior. De saída só há edição em capa dura, acima de US$ 25. Inclua mais uns US$ 15 de envio ao Brasil e um livro novo não sai por menos de US$ 40. Aqui, a Amazon entrega de graça e no dia seguinte, mas como em breve estarei de malas prontas paravoltarao Brasilessecusto extra retornará à minha vida. O Kindle o resolve. Quase todososlivrosdigitaiscustammenos de US$ 10. E, como eles vêm via internet, não sai nada para entregar. (Sim, é preciso malabarismopara justificarumequipamento pela economia futura; minha mulher, generosamente, fingiu acreditar.) Mas quem realmente usa um leitor eletrônico de livros? De acordo com os números oficiais da Amazon, 300 mil pessoas compraram o Kindle 2 do final de fevereiro para cá. A expectativaédequeonúmeroatinja meio milhão até dezembro. O primeiro Kindle vendeu 400 mil unidades. Assim, após três anos

cópia descontrolada sem pagamentoviawebqueameaçaestúdios de cinema, gravadoras, e até mesmo a imprensa. Curiosamente,oqueébompara as editoras é ruim para quem lida com notícia. Via Kindle, assinorevistas e jornais. É pago - mas sai barato. Se o mesmo conteúdo está online de graça? Sim. Mas é tão prático pegar o aparelhinho demanhãefuçaroqueestánaprimeira página do New York Times. O que motivou pessoas a compraremmúsicadigital na loja eletrônica da Apple ou mesmo na AmazonfoiaexistênciadoiPod.O dia em que houver um aparelho portátilquefaciliteavidadequem quer ler jornal, vender assinaturas baratas talvez seja possível. Em pequena escala, já acontece com o Kindle. E, sim, faz diferença. Revistas estrangeiras demoram para chegar no Brasile,quandochegam,sãocaras. No Kindle, paga-se o preço que o cidadão americano paga. A dificuldade é comprar um do Brasil. É preciso aproveitar uma viagem ao exterior. A melhor qualidade do apetrecho é que o leitor logo se esquece de que não é um livro. É para isso mesmo que serve. Só para ler. E como funciona bem.● † O colunista passa um ano em

de lançamento o Kindle chegará próximo da marca do milhão. Não é que seja mal. É só que o iPhone 3G, por exemplo, vendeu um milhão nos seus primeiros três dias nas lojas. Comparar comoiPodseriacovardia.OKindlevendebem,masnãoénemde longe um sucesso estrondoso. É um bom aparelho. Não é feio - e é injusto esperar um design tipo Apple em todo equipamento. O mais espetacular do Kindle é algo que só se sente ao usar:elenãocansaosolhos.Embora ligeiramente acinzentada, a tela não reflete luz, as letras são negras e curvas. Há muito mais resolução do que na tela de um computador. Não é papel, mas a sensação é de papel. Há um uso do Kindle com o qual me acostumei nestes últimos meses que não será possível no Brasil. Não levo mais livros em viagem, apenas ele. Às vezes, dá vontade de ler algo que não está carregado. Pelo Kindle, faço uma busca no site da Amazon, escolho o que quero e baixo não importa onde esteja, desde que seja nos EUA. Para isso, o Kindle faz uso da rede de telefonia celular. Também dá para trazer livros, jornais e revistas para dentro via USB. E, no entanto, esta é uma área da vida digital que ainda não virou onda. Para as editoras, é bom. Enquanto leitores de livros digitais não forem populares e comuns a cada esquina, elas estarão protegidas da

Palo Alto, na Califórnia

link *[email protected] Comente esta coluna no site http://link.estadao.com.br

BREVES TWITTER POR GOOGLE MAPS

@manomenezes passa @marcelotas Na noite de quinta, o número de seguidores do técnico do Corinthians no Twitter ultrapassou o séquito de Marcelo Tas, então o detentor do título de brasileiro mais seguido entre microblogueiros. A popularidade de @manomenezes é, no entanto, questionada por muitos. Especula-se que grande parte dos seguidores do técnico seja formada por perfis falsos, os chamados bot’s, criados automaticamente por meio de scripts. As suspeitas surgiram por conta do rápido crescimento do número de seguidores e pelo fato de eles terem nomes como “maryjrju” e “vfcg17”.

No rastro do H1N1, vírus da gripe suína Cada balão no mapa é uma pista do paradeiro do vírus que ameaça o mundo com uma pandemia; roxos são casos confirmados; rosas, suspeitas de contaminação; amarelos, alarmes falsos; veja o mash-up no Google Maps em http://is.gd/uxcZ

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